Entomofauna em manejo da caatinga para fins apícolas no semiárido piauiense Fábio S. Santiago1; Gabrielle A. Ribeiro1; Felipe T. Jalfim1; Nielsen C. G. Silva1; Ricardo M Blackburn1; Mariana B. Nanes1; Raíssa R. L Freitas1 Maria A. de Azevedo1; Abelardo. A.A. Montenegro2. 1 Projeto Dom Helder Camara - Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) / Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) / Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Rua Francisco Alves, 84, CEP 50070490, Recife, PE, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], 2 [email protected], [email protected]; Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE - Departamento de Tecnologia Rural, Av. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Campus Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil. Fone: (81) 33206273. [email protected] A conservação das espécies e sua alta diversidade nos ecossistemas promovem maior resistência à perturbação, restaura o equilíbrio de ciclagem de nutrientes e fluxo de energia. A diversidade da fauna edáfica é excelente bioindicadora das alterações ambientais do solo. O Projeto Dom Helder Camara - SDT/MDA, que atua no desenvolvimento rural de famílias agricultoras do semiárido nordestino, em colaboração com o FIDA e o GEF, promove ações de manejo sustentável da Caatinga. Este trabalho avalia a biodiversidade entomológica da macrofauna edáfica no Assentamento Fazenda Lagoa/Nova Zabelê, em São Raimundo Nonato-PI, em área de manejo da caatinga com fins apícolas - referencial (W 42º45'53 “; S 08º55'48,9") comparando-a a área de caatinga não manejada – testemunha (W 42°45’54,5”; S 08°55’41,9”), monitoradas entre 2009 e 2010. Na área referencial realizou-se raleamento arbóreo e arbustivo, enleiramento do material produzido, favoreceu-se a regeneração das espécies herbáceas e plantaram-se espécies nativas, como umburana (Amburana cearenses) e umbuzeiro (Spondia tuberosa). Os insetos foram coletados em 6 armadilhas tipo Pitfall distribuídas em um hectare, durante 5 dias a cada semestre. Os resultados nas duas áreas apontaram a presença de Orthoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Díptera e Hemiptera. Os índices de diversidade segundo Margalef, Shannon e Pielou na área referencial demonstraram aumento entre 2009 e 2010, respectivamente, de 1,38 para 1,64; de 0,08 para 0,19 e 0,02 para 0,04. Já na área testemunha estes mesmos índices se reduziram respectivamente de 1,77 para 1,73; de 0,22 para 0,11; e de 0,04 para 0,02. Conclui-se que as práticas do manejo da caatinga com fins apícolas contribuíram para aumentar a riqueza, diversidade e a distribuição dos indivíduos entre as espécies da fauna edáfica, presumindo assim, maior equilíbrio do ambiente, e por sua vez, maior sustentabilidade. Palavras-chave: macrofauna; biodiversidade; semiárido.