EDITORIAL
Ficamos muito felizes em apresentar-lhe o quarto exemplar de nossa Revista. Em sua publicação quadrimestral, esta edição já está ultrapassando seu primeiro ano de vida. Junto das notícias cotidianas que formam
o ambiente móvel da Revista, essa quarta publicação representa uma amostra das várias atividades científicas
desenvolvidas em nosso recinto institucional.
Começamos com o texto de Marcelly Palladino, Karina Damas e Maria José Tucunduva, que apresentam o
uso de imagens tomográficas para estimar o volume e a distribuição da gordura em nosso corpo. Observando
o trabalho das autoras, pode-se aferir que o uso desse recurso oferece um nível de detalhamento bastante
eficaz, embora com custo ainda elevado. Contudo, trata-se de uma excelente alternativa quando, por alguma
razão, requer-se o máximo de acuidade nessas medidas. Em seguida, temos a descrição das características
histológicas do esôfago da cachara, um peixe de água doce, sem escamas (peixe de couro, portanto) e parente
(mesmo gênero) do também conhecido pintado, bastante apreciado pelos amantes da pesca esportiva ou por
um apurado gourmet. Por essas propriedades, ele tem sido eleito como um dos alvos para reprodução em
cativeiro e posterior repovoamento em ambientes despoluídos. O sucesso dessa criação depende de conhecer
dados relacionados com sua alimentação, e parte dessa informação é fornecida pelos autores Nelson Pazzim e
Guadalupe Santos. Com esse mesmo intuito, o de buscar alternativas sustentáveis e melhorar a preservação,
evitando-se o uso excessivo de material biológico, vem o trabalho apresentado por Sidney Gerônimo e Thássia
Leite. Eles propõem o uso da parafina gel como meio para revestir exemplares previamente tratados para exibição. Conferindo maior resistência à manipulação e garantindo a necessária transparência, essa pode ser uma
alternativa de baixo custo, seja em aula ou como mostra em museu. Na sequência, ainda na seção de Relato
de Pesquisa, nos deparamos com uma densa análise sobre os progressos, em quase uma década, das condições
de saneamento básico no Brasil. O grupo de pesquisa, liderado pela professora Jacira Toso Alves, desvenda as
diversas nuances, sobretudo as consequências, do esforço em elevar as condições mínimas de vida em várias
regiões de nosso país.
Seguem-se duas mini-revisões que tratam de temas tão distintos quanto relevantes para a melhora de
nossa qualidade de vida. Primeiro temos uma instigante avaliação sobre o processo de comunicação em uma
sociedade (a nossa) cuja estrutura de vida é baseada em múltiplos arranjos. Assim, “Organização”, enquanto
conceito, passa a ser focada sob um ponto de vista gregário, no qual a interação (ou perda dela) é baseada nos
processos de comunicação. O texto da autora, Sueli Yngaunis, é bastante inquieto quando relaciona poder com
(ou como) canal de interação entre os membros. Já a revisão de Julianne Maldonado e Márcia Koike apresenta
uma atualização sobre um dos mais importantes corredores hormonais de controle da atividade cardiovascular, o sistema renina-angiotensina-aldosterona, em corações após infarto. De forma extremamente didática, as
autoras navegam pelos mecanismos de controle e ajustes fisiológicos dos hormônios em questão, oferecendo
uma leitura obrigatória para qualquer profissional envolvido com atenção em saúde.
A edição finaliza com dois Pontos de Vista sobre duas sempre atuais consequências do progresso e crescimento das interações sociais e dos avanços tecnológicos. No primeiro caso, evoluem as relações sociais e, com
elas, aumenta a mobilidade dos fatores de risco. Baseando-se em dados científicos, as conclusões da equipe,
liderada pela pesquisadora Sylvia Brenna, convidam a refletir sobre o aumento da liberdade sexual e suas consequências no cotidiano do indivíduo e, por conseguinte, também nas políticas públicas de saúde, dentro do
Sistema Único de Saúde. O segundo ensaio disseca os riscos para a vitalidade ocular em pessoas que utilizam
muito o computador. O olhar constante na tela pode gerar desde um simples, porém incômodo, desconforto
até complicações mais graves. Compreender e, principalmente, prevenir essas decorrências é o objetivo do
trabalho elaborado pela equipe da pesquisadora Rosana Gentil.
Nosso desejo é de uma entusiástica leitura.
Revista Science in Health
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