SISTEMAS OPERACIONAIS O Windows oferece nativamente diversas possibilidades para criar sistemas RAID, visando mais velocidade ou segurança. Entenda como funciona este sistema e veja passo-a-passo como montar facilmente um RAID para proteger seu sistema contra falhas nos HDs. Quem leu o artigo anterior, nesta mesma edição, já conhece os tipos principais de RAID e também sabe que esta técnica, de ligar dois ou mais discos para trabalhar em conjunto, pode ser usada para aumentar a performance, o espaço em disco, a confiabilidade ou tudo isto junto. Também já sabemos que é possível montar um RAID usando apenas hardware (com controladoras dedicadas), inteiramente via software ou, ainda, usando um misto das duas soluções. O uso de controladoras dedicadas é aconselhado para quem já entende profundamente de hardware, RAID e de servidores, por isto vamos deixar esta opção de lado, pois quem já sabe tudo isto é porque domina o assunto e, provavelmente, não está precisando de mais dicas. Vejamos, portanto, soluções simples, porém eficientes, para montar sistemas RAID usando as ferramentas nativas do Windows, que apesar de baratas quebram um bom galho para tornar os servidores mais eficientes e seguros. FORMAS DE USAR O RAID A implantação dos diversos tipos de RAID depende da quantidade de discos, do tipo de controladora, da forma de interligação e, claro, do resultado que se espera obter. Desde o Windows NT 4 a Microsoft oferece a possibilidade de fazer RAID via software, nativamente, pelo sistema operacional. Este recurso vem sendo mantido, de maneira quase igual, nas versões que derivaram do NT4, 50 ou seja, Windows 2000, XP, 2003, Vista e 2008. O venerável Windows 98, que por incrível que pareça ainda é usado, não tem este recurso nativo. Os tipos de RAID via software possíveis de montar com o Windows são, basicamente, dos tipos 0 e 1, ou seja, espalhamento e espelhamento. Com alguma criatividade e conhecimento é possível também montar sistemas RAID 5, 0+1 e RAID 1+0 (RAID 10). Entretanto, para o uso normal que se faz dos micros e servidores aqui no Brasil entendemos que podemos ficar com duas opções: • RAID 0 – Para estender o espaço em disco assim como a velocidade de gravação e leitura. • RAID 1 – Para fazer o espelhamento de um ou mais discos, tornando o sistema imune às falhas de disco. A segunda opção, em especial, é altamente recomendada para servidores e também para estações de trabalho que armazenam arquivos importantes. Podemos dar nosso testemunho quanto a isto, uma vez que utilizamos RAID 1 em nosso servidor principal desde 2002 e, em mais de uma ocasião, ele já nos salvou da perda de arquivos importantes. Temos uma vasta coleção de programas, drivers, textos, ilustrações, fotos e máquinas virtuais que já passaram da casa dos terabytes (1.000 GB). Neste montante, o backup em mídias de DVD seria difícil e pouco prático, por isto mantemos tudo pronto para uso em um servidor e, de tempos em tempos, fazemos backup para um servidor auxiliar, porque o RAID não é substituto para os backups. A propósito, a respeito dos backups, sugerimos que se leia o artigo “Técnicas de backup” na Revista PnP nº 6. O RAID 1 nos servidores pode ser feito de diferentes formas. Para entender melhor, acompanhe as possibilidades mostradas a seguir: Revista PnP nº 10