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15 SET 2015
Alunos do SENAI se unem para criar soluções para problemas
urbanos
Dos participantes da nova metodologia de ensino, 60% consideraram que aprenderam mais do que em outras
atividades em sala de aula
Dois mil e quinhentos estudantes de cursos técnicos de nível médio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) trabalharam durante os últimos quatro
meses para desenvolver soluções para problemas da vida urbana nas áreas de resíduos industriais, energia, água e mobilidade urbana. É o projeto Desafio SENAI
de Projetos Integradores. Cada proposta foi desenvolvida por grupos de até quatro alunos de, pelo menos, dois cursos técnicos diferentes, com o objetivo de
desenvolver a competência de trabalho em equipes multidisciplinares. Na tarde desta terça-feira (15), os mais bem avaliados em cada categoria foram anunciados
em Brasília.
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Morgado, a nova metodologia de ensino, que integra alunos de cursos diferentes, é importante para a
por experiência de imersão de uma semana em empresas que atuam com a área correspondente ao desafio
(primeiros lugares) e um curso na área de inovação e empreendedorismo (segundos lugares).
De acordo com o gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI Nacional, Felipe
formação de profissionais para a indústria. “Tomamos o cuidado preparar os docentes envolvidos para que a
iniciativa integrasse as situações de aprendizagem trabalhadas em sala de aula”, explica. Dessa forma – diz
ele – não se trata de uma atividade extra classe, mas sim uma atividade “intra-classes”.
Os resultados positivos foram constatados não apenas entre os finalistas. A pesquisa de avaliação realizada
com os participantes mostrou que 60% deles consideram que aprenderam mais na elaboração dos projetos do
que nas outras atividades. Veja a lista dos projetos premiados:
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
1º colocado
Pastilha Eco Tablet: a pastilha é produzida a partir da
compactação da serragem de madeira com aplicação de resina
e verniz, o que a torna impermeável. O produto pode ser
utilizado em paredes de banheiros, cozinhas e áreas cobertas.
Seu diferencial é o reaproveitamento do material que seria
descartado e utilizado como combustível, cuja queima
produziria gases de efeito estufa. A equipe é formada por
alunos do curso técnico em mecânica e técnico em redes.
ENERGIA
1º colocado
Smart Cover Generator: é uma telha capaz de captar, ao
mesmo tempo, a energia solar e a gerada por vibrações
mecânicas provocadas pelo vento, pela chuva e por ruídos e, depois disso, transformá-las em energia elétrica. A telha utiliza um filme plástico para captar a energia
solar e materiais piezo-elétricos, como cristais, para as ondas mecânicas. A equipe responsável tem dois estudantes do curso técnico em mecânica e dois do curso
técnico em elétrica do SENAI de Aracruz (ES).
Darkson Humberto Oliveira Ribeiro, 18 anos, do curso de mecânica, conta que o mais importante da experiência foi a possibilidade de trabalhar com profissionais de
diferentes áreas. “A gente buscou sugestões em outras turmas, e contou também com o apoio de todos da equipe. Foi a nossa união que fez o projeto dar certo”,
afirma.
ÁGUA
1º colocado
Agrowater: o sistema instala sensores para medida de umidade, temperatura, PH, pressão nas plantações. A partir das informações fornecidas para um sistema em
tempo real, é possível fazer a melhor gestão da água para irrigação. Atualmente, as análises são feitas com frequência semanal. Realizado por um estudante de
administração, dois de logística e um de informática para internet do SENAI de Maceió (AL), o projeto levou em conta que 70% da água potável do mundo é utilizada
para irrigação.
Lucas de Omena Ramos, 17 anos, que integra a equipe, destaca o fato de que um bilhão de pessoas sofrerão com a falta de água até 2050, segundo a Organização
das Nações Unidas (ONU). “Analisando esses dois dados, nossa expectativa é que, além da economia de água, seja possível também reduzir o preço dos
alimentos”, revela.
MOBILIDADE
1º colocado
Pinhais na Linha Certa: a proposta é utilizar, de forma eficiente, a linha férrea que liga Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, à capital paranaense, com
veículos leve sobre trilhos (VLT). O meio de transporte operaria com ideais sustentáveis, energia limpa e adaptação para se integrar a outros modais, como
bicicletas. O projeto foi desenvolvido por um grupo de dois alunos de segurança do trabalho e dois de logística do SENAI de Pinhais (PR).
Por Ismália Afonso
Foto: José Paulo Lacerda
Da Agência CNI de Notícias
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