ISSN 1808-2815
Erechim/RS – Março de 2015 – Ano 38 – Nº. 422
Mensagem do Papa
para o Dia da Paz e
Quaresma 2015
Reflexões de Dom José
Página 09
Página 03
São José oficializado
Padroeiro da Diocese
Página 16
Notícias diocesanas
e outras
Página 17
Agenda do Bispo (Março)
Agenda pastoral (Março)
- 07, 09h30, Santuário Santo Antonio, Bento Gonçalves, ordenação episcopal do Pe. Adelar Baruffi, Bispo eleito de Cruz
Alta.
- 09, 14h, reunião do Conselho Presbiteral.
- 10, Reunião da Província Eclesiástica de Paso Fundo.
- 11, Visita Pastoral na Paróquia de Mariano Moro, 09h30, comunidade São José, Rio Branco; 14h30, comunidade São Valentim; 19h30, São Pedro, Três Pinheiros.
- 12, Continuação da Visita Pastoral em Mariano Moro, 09h30,
Santa Lúcia; 14h30, São Domingos; 19h30, São Paulo;
21h30, Escola Estadual de Mariano Moro.
- 13, Contato com professores, alunos e funcionários das Escolas
de Mariano Moro, 08h, Três Pinheiros; 09h e 15h30, Escola Estadual da cidade; 10h, Rio Branco; 11h e 13h, Várzea;
14h30, Creche.19h, igreja São Caetano, Severiano de Almeida, ordenação diaconal de Vicente Colla.
- 14, Visita aos doentes da cidade de Mariano Moro; 14h30, comunidade São Roque, Linha Várzea; 19h, na igreja São Francisco de Assis da cidade.
- 15, 10h, início do ministério episcopal de Dom Adelar Baruffi
na Diocese de Cruz Alta.
- 17, 15h, encontro dos Bispos com o Governador do Estado.
- 17 e 18, Reunião dos Organismos do Regional Sul 3 da CNBB,
na Vila Betânia, Porto Alegre.
- 19, Na visita pastoral à Paróquia São Caetano de Severiano de
Almeida, 09h, N. Sra. de Fátima, Linha Doze; 14h, São Sebastião; 19h30, Santa Terezinha, Coronel Teixeira.
- 20, Na visita pastoral à Paróquia de Severiano de Almeida,
09h30, São Miguel; 14h30, N. Sra. Aparecida, Tiradentes;
19h30, São Cristóvão.
- 21, 16, missa na Catedral São José, com consagração do Altar e
oficialização de São José como padroeiro da Diocese.
- 24, Reunião dos Presbíteros e Diáconos, no Centro Diocesano.
- 25, 19h, na Catedral de Caxias do Sul, ordenação episcopal do
Pe. Leomar Brustolin, nomeado Bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre.
- 26, Na visita pastoral à Paróquia de Severiano de Almeida,
14h30, comunidade São Pedro, Linha Antas; 19h30, Santo
Antonio, Cerro do Meio Dia.
- 27, Em Severiano de Almeida, 09h, comunidade São José,
Sanga Funda; 14h30, São Braz; 19h30, Sto Agostinho, Linha
Mirim.
- 28, 08h30, na Gruta de Mariano Moro, encontro com os/as
catequistas de Mariano Moro, Severiano de Almeida e Três
Arroios; depois, visita aos doentes da cidade de Severiano de
Almeida; 19h, na igreja São Caetano.
- 29, Ramos
- 31, Na visita pastoral em Severiano de Almeida, comunidade
São João Batista, Linha Norte.
- 1º, Abertura das atividades do ano do Movimento Familiar Cristão.
- 02, Às 8h30, reunião com as coordenadoras paroquiais da Infância e
Adolescência Missionária, no Centro Diocesano; 14h, reunião com
as coordenadoras paroquiais das zeladoras das capelinhas, no Centro
Diocesano; às 14h30, reunião da diretoria do Apostolado da Oração.
- 03, Às 8h30, reunião da área pastoral de Gaurama, em Áurea.
- 05, 19h30, início do Curso de Extensão de Teologia para leigos, Seminário de Fátima.
- 07, Reunião da equipe de Coordenação do Núcleo dos Religiosos de
Erechim; 09h30, em Bento Gonçalves, ordenação episcopal de Pe.
Adelar Baruffi, eleito Bispo de Cruz Alta.
- 09, 09h reunião da Comissão dos Ministros e Servidores, no Seminário;
às 09h reunião com representantes das paróquias do Apostolado da
Oração, no Centro Diocesano; às 14h, reunião Conselho Presbiteral,
Centro Diocesano; 08h30, reunião da equipe regional da Pastoral Litúrgica, na CNBB – Porto Alegre.
- 10, Às 09h, reunião da Província de Passo Fundo e abertura ano letivo
do ITEPA, em Passo Fundo.
- 11, Encontro de estudo das Pastorais Sociais, no Centro Diocesano.
- 12, Às 08h30, reunião da Área Pastoral de Erechim, no Centro Catequético da Paróquia são Cristóvão; às 19h, reunião dos representantes
paroquiais de liturgia, Centro Diocesano.
- 13, Às 19h, Ordenação Diaconal de Vicente Cola, em Severiano de
Almeida.
- 13 e 14, “24 horas para o Senhor” – momento de oração penitencial
convocado pelo Papa.
- 14, Das 14h às 18h, e 15, das 08h30 às 11h30, na Catedral, preparação
ao casamento, (a cargo da paróquia da Salete).
- 16, Às 09h, reunião dos representantes paroquiais da Pastoral da Saúde,
no Centro Diocesano.
- 17, Às 08h30, reunião da Pastoral da Educação, no Centro Diocesano;
às 14h, reuniões dos Coordenadores paroquiais da Caritas. Reunião
da Comissão Regional de Presbíteros, em Porto Alegre; início da trezena de Santo Antonio na igreja da Salette, Três Vendas, Erechim;
19h30, reunião da Área de Severiano de Almeida, em Mariano Moro.
- 17 e 18, Encontro dos Organismos Regionais, Casa de encontros Vila
Betânia, Porto Alegre.
- 18 a 20, às 18h15, tríduo em preparação a festa de São José, na Catedral.
- 19, Às 08h30, reunião do Conselho Missionário Regional, em Porto
Alegre; às 19h, reunião Área de São Valentim, em Barão de Cotegipe.
- 20, Às 14h30, encontro de oração do Apostolado da Oração, na igreja
Santa Luzia, Atlântico, Erechim.
- 21 e 22, EFAIAM (Encontro de Formação para Assessores da Infância
e Adolescência Missionária.), no Centro Diocesano; Curso para animadores da Pastoral da Juventude, em Erechim.
- 21, Às 16h, missa na Catedral com dedicação do novo Altar, oficialização de São José como Padroeiro da Diocese e inauguração das
reformas.
- 22, Às 8h30, 3º Encontro de Formação para os cursilhistas, no Seminário.
- 23, Às 18h30, reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral, no Centro Diocesano; Reunião da Organização dos Seminários e Institutos
do Brasil do Regional Sul da CNBB, em Porto Alegre.
- 24, Às 8h30, reunião dos presbíteros e diáconos, no Centro Diocesano;
- 24 e 25, Reunião da Pastoral Vocacional-Serviço de Animação Vocacional, Sul 3, em Erechim.
- 26, às 13h30, reunião dos líderes paroquiais da Pastoral da Pessoa Idosa, no Centro Diocesano
- 27 e 28, Encontro da Conferência dos Religiosos do Brasil - Regional.
- 28, Às 09h, encontro das lideranças das paróquias da Área de Gaurama,
em Viadutos.
- 29, Ramos – Coleta da Solidariedade.
EXPEDIENTE:
COMUNICAÇÃO DIOCESANA
Boletim Informativo da Diocese de Erexim
SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL
Av. Sete de Setembro, 1251 – Caixa Postal, 795
2 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Mensagem do Papa Francisco para a celebração
da 48ª Jornada Mundial da Paz – 1º/01/2015
Já não escravos, mas irmãos
1. No início dum novo ano, que acolhemos como uma graça e um dom de Deus
para a humanidade, desejo dirigir, a cada homem e mulher, bem como a todos os povos
e nações do mundo, aos chefes de Estado e
de Governo e aos responsáveis das várias religiões, os meus ardentes votos de paz, que
acompanho com a minha oração a fim de que cessem as
guerras, os conflitos e os inúmeros sofrimentos provocados quer pela mão do homem quer por velhas e novas
epidemias e pelos efeitos devastadores das calamidades
naturais. Rezo de modo particular para que, respondendo
à nossa vocação comum de colaborar com Deus e com todas as pessoas de boa vontade para a promoção da concórdia e da paz no mundo, saibamos resistir à tentação de nos
comportarmos de forma não digna da nossa humanidade.
Já, na minha mensagem para o 1º de Janeiro passado,
fazia notar que «o anseio duma vida plena (…) contém uma
aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem
não encontramos inimigos ou concorrentes,
mas irmãos que devemos acolher e abraçar».
1 Sendo o homem um ser relacional, destinado a realizar-se no contexto de relações interpessoais inspiradas pela justiça e a caridade, é
fundamental para o seu desenvolvimento que sejam reconhecidas e respeitadas a sua dignidade, liberdade e autonomia. Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do
homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão
e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo
respeito, a justiça e a caridade. Tal fenómeno abominável,
que leva a espezinhar os direitos fundamentais do outro e
a aniquilar a sua liberdade e dignidade, assume múltiplas
formas sobre as quais desejo deter-me, brevemente, para
que, à luz da Palavra de Deus, possamos considerar todos
os homens, «já não escravos, mas irmãos».
À escuta do projeto de Deus para a humanidade
2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filêmon; nela, o Apóstolo
pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filêmon, mas agora tornou-se
cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser
considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios:
«Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas
para sempre, não já como escravo, mas
muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se
cristão, Onésimo passou a ser irmão de
Filêmon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em
Cristo constitui um novo nascimento (cf.
2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como
vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.
Lemos, no livro do Génesis (cf. 1, 27-28), que Deus
criou o ser humano como homem e mulher e abençoou-os
para que crescessem e se multiplicassem: a Adão e Eva,
fê-los pais, que, no cumprimento da bênção de Deus para
ser fecundos e multiplicar-se, geraram a primeira fraternidade: a de Caim e Abel. Saídos do mesmo ventre, Caim
e Abel são irmãos e, por isso, têm a mesma origem, natureza e dignidade de seus pais, criados à imagem e semelhança de Deus.
Mas, apesar de os irmãos estarem ligados por nascimento e possuírem a mesma natureza e a mesma dignidade, a fraternidade exprime também a multiplicidade e
a diferença que existe entre eles. Por conseguinte, como
irmãos e irmãs, todas as pessoas estão, por natureza, relacionadas umas com as outras, cada qual com a própria
especificidade e todas partilhando a mesma origem, natureza e dignidade. Em virtude disso, a
fraternidade constitui a rede de relações
fundamentais para a construção da família humana criada por Deus.
Infelizmente, entre a primeira
criação narrada no livro do Génesis e o
novo nascimento em Cristo – que torna,
os crentes, irmãos e irmãs do «primogénito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de
criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de
sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim
não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de
Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da
vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe
em evidência o difícil dever, a que todos os homens são
chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros». 2
3 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Também na história da família de Noé e seus filhos
(cf. Gen 9, 18-27), é a falta de piedade de Cam para com
seu pai, Noé, que impele este a amaldiçoar o filho irreverente e a abençoar os outros que o tinham honrado, dando
assim lugar a uma desigualdade entre irmãos nascidos do
mesmo ventre.
Na narração das origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na
cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da
dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização
de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de
Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5,
20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar
o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o
Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para
Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adoptivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5).
No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se
converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer
que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça
cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (At 2, 38). Todos aqueles que responderam
com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na
fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2,
17; At 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e
homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade
de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por
isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no
amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13,
1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7).
Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo –
por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21,
5)3 – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor,
pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a
filiação adoptiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O
próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo
servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz
o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos
dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
As múltiplas faces da escravatura, ontem e hoje
3. Desde tempos imemoriais, as diferentes sociedades humanas conhecem o fenómeno da sujeição do homem pelo homem. Houve períodos na história da humanidade em que a instituição da escravatura era geralmente
admitida e regulamentada pelo direito. Este estabelecia
quem nascia livre e quem, pelo contrário, nascia escravo,
bem como as condições em que a pessoa, nascida livre,
podia perder a sua liberdade ou recuperá-la. Por outras
palavras, o próprio direito admitia que algumas pessoas
podiam ou deviam ser consideradas propriedade de outra
pessoa, a qual podia dispor livremente delas; o escravo
podia ser vendido e comprado, cedido e adquirido como
se fosse uma mercadoria qualquer.
Hoje, na sequência duma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura – delito de lesa humanidade4 – foi formalmente abolida no mundo. O direito
de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão
ou servidão foi reconhecido, no direito internacional,
como norma inderrogável.
Mas, apesar de a comunidade internacional ter
adoptado numerosos acordos para pôr termo à escravatura
em todas as suas formas e ter lançado diversas estratégias para combater este fenómeno, ainda hoje milhões de
pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades
– são privadas da liberdade e constrangidas a viver em
condições semelhantes às da escravatura.
Penso em tantos trabalhadores e trabalhadoras,
mesmo menores, escravizados nos mais diversos sectores,
4 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
a nível formal e informal, desde o trabalho doméstico ao
trabalho agrícola, da indústria manufatureira à mineração,
tanto nos países onde a legislação do trabalho não está
conforme às normas e padrões mínimos internacionais,
como – ainda que ilegalmente – naqueles cuja legislação
protege o trabalhador.
Penso também nas condições de vida de muitos
migrantes que, ao longo do seu trajeto dramático, padecem a fome, são privados da liberdade, despojados dos
seus bens ou abusados física e sexualmente. Penso em
tantos deles que, chegados ao destino depois duma viagem duríssima e dominada pelo medo e a insegurança,
ficam detidos em condições às vezes desumanas. Penso
em tantos deles que diversas circunstâncias sociais, políticas e económicas impelem a passar à clandestinidade,
e naqueles que, para permanecer na legalidade, aceitam
viver e trabalhar em condições indignas, especialmente
quando as legislações nacionais criam ou permitem uma
dependência estrutural do trabalhador migrante em relação ao dador de trabalho como, por exemplo, condicionando a legalidade da estadia ao contrato de trabalho...
Sim! Penso no «trabalho escravo».
Penso nas pessoas obrigadas a prostituírem-se, entre
as quais se contam muitos menores, e nas escravas e escravos sexuais; nas mulheres forçadas a casar-se, quer as
que são vendidas para casamento quer as que são deixadas
em sucessão a um familiar por morte do marido, sem que
tenham o direito de dar ou não o próprio consentimento.
Não posso deixar de pensar a quantos, menores
e adultos, são objeto de tráfico e comercialização para
remoção de órgãos, para ser recrutados como soldados,
para servir de pedintes, para atividades ilegais como a
produção ou venda de drogas, ou para formas disfarçadas
de adopção internacional.
Penso, enfim, em todos aqueles que são raptados e
mantidos em cativeiro por grupos terroristas, servindo os
seus objetivos como combatentes ou, especialmente no
que diz respeito às meninas e mulheres, como escravas
sexuais. Muitos deles desaparecem, alguns são vendidos
várias vezes, torturados, mutilados ou mortos.
Algumas causas profundas da escravatura
4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está
uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objeto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e
dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como
seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos. Com a força,
o engano, a coação física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada
da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de
alguém; é tratada como meio, e não como fim.
Juntamente com esta causa ontológica – a rejeição da
humanidade no outro –, há outras causas que concorrem
para se explicar as formas atuais de escravatura. Entre elas,
penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na exclusão, especialmente quando os três se aliam
com a falta de acesso à educação ou com uma realidade
caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes,
oportunidades de emprego. Não raro, as vítimas de tráfico
e servidão são pessoas que procuravam uma forma de sair
da condição de pobreza extrema e, dando crédito a falsas
promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias informáticas modernas para
atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do mundo.
Entre as causas da escravatura, deve ser incluída
também a corrupção daqueles que, para enriquecer, estão
dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico das
pessoas humanas requerem uma cumplicidade que muitas
vezes passa através da corrupção dos intermediários, de
alguns membros das forças da polícia, de outros atores do
Estado ou de variadas instituições, civis e militares. «Isto
acontece quando, no centro de um sistema económico,
está o deus dinheiro, e não o homem, a pessoa humana.
Sim, no centro de cada sistema social ou económico, deve
estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o
dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e
chega o deus dinheiro, dá-se esta inversão de valores». 5
Outras causas da escravidão são os conflitos armados, as violências, a criminalidade e o terrorismo. Há
inúmeras pessoas raptadas para ser vendidas, recrutadas
como combatentes ou exploradas sexualmente, enquanto
outras se veem obrigadas a emigrar, deixando tudo o que
possuem: terra, casa, propriedades e mesmo os familiares.
Estas últimas, impelidas a procurar uma alternativa a tão
terríveis condições, mesmo à custa da própria dignidade e
sobrevivência, arriscam-se assim a entrar naquele círculo
vicioso que as torna presa da miséria, da corrupção e das
suas consequências perniciosas.
Um compromisso comum para vencer a escravatura
5. Quando se observa o fenómeno do comércio de pessoas, do tráfico ilegal de migrantes e de outras faces conhecidas e desconhecidas da escravidão, fica-se frequentemente
com a impressão de que o mesmo tem lugar no
meio da indiferença geral.
Sem negar que isto seja, infelizmente,
verdade em grande parte, apraz-me mencionar
o enorme trabalho que muitas congregações
religiosas, especialmente femininas, realizam
silenciosamente, há tantos anos, a favor das
vítimas. Tais institutos atuam em contextos difíceis, por
vezes dominados pela violência, procurando quebrar as
cadeias invisíveis que mantêm as vítimas presas aos seus
traficantes e exploradores; cadeias, cujos elos são feitos
não só de subtis mecanismos psicológicos que tornam as
vítimas dependentes dos seus algozes, através
de chantagem e ameaça a eles e aos seus entes
queridos, mas também através de meios materiais, como a apreensão dos documentos de
identidade e a violência física. A atividade das
congregações religiosas está articulada a três
níveis principais: o socorro às vítimas, a sua
reabilitação sob o perfil psicológico e formativo e a sua reintegração na sociedade de destino
ou de origem.
Este trabalho imenso, que requer coragem, paciência e perseverança, merece o aplauso da Igreja
inteira e da sociedade. Naturalmente o aplauso, por si só,
não basta para se pôr termo ao flagelo da exploração da
pessoa humana. Faz falta também um tríplice empenho a
nível institucional: prevenção, proteção das vítimas e ação
5 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
judicial contra os responsáveis. Além disso, assim como as
organizações criminosas usam redes globais para alcançar
os seus objetivos, assim também a ação para vencer este
fenómeno requer um esforço comum e igualmente global
por parte dos diferentes atores que compõem a sociedade.
Os Estados deveriam vigiar por que as respectivas
legislações nacionais sobre as migrações, o trabalho, as
adopções, a transferência das empresas e a comercialização de produtos feitos por meio da exploração do trabalho
sejam efetivamente respeitadoras da dignidade da pessoa.
São necessárias leis justas, centradas na pessoa humana,
que defendam os seus direitos fundamentais e, se violados, os recuperem reabilitando quem é vítima e assegurando a sua incolumidade, como são necessários também
mecanismos eficazes de controle da correta aplicação de
tais normas, que não deixem espaço à corrupção e à impunidade. É preciso ainda que seja reconhecido o papel da
mulher na sociedade, intervindo também no plano cultural
e da comunicação para se obter os resultados esperados.
As organizações intergovernamentais são chamadas, no respeito pelo princípio da subsidiariedade, a implementar iniciativas coordenadas para combater as redes
transnacionais do crime organizado que gerem o mercado de pessoas humanas e o tráfico ilegal dos migrantes.
Torna-se necessária uma cooperação a vários níveis, que
englobe as instituições nacionais e internacionais, bem
como as organizações da sociedade civil e do mundo empresarial.
Com efeito, as empresas6 têm o dever não só de garantir aos seus empregados condições de trabalho dignas
e salários adequados, mas também de vigiar por que não
tenham lugar, nas cadeias de distribuição, formas de servidão ou tráfico de pessoas humanas. A par da responsabilidade social da empresa, aparece depois a responsabilidade social do consumidor. Na realidade, cada pessoa
deveria ter consciência de que «comprar é sempre um ato
moral, para além de económico».7
As organizações da sociedade civil, por sua vez,
têm o dever de sensibilizar e estimular as consciências
sobre os passos necessários para combater e erradicar a
cultura da servidão.
Nos últimos anos, a Santa Sé, acolhendo o grito de
sofrimento das vítimas do tráfico e a voz das congregações
religiosas que as acompanham rumo à libertação, multiplicou os apelos à comunidade internacional pedindo que
os diversos atores unam os seus esforços e cooperem para
acabar com este flagelo.8 Além disso, foram organizados
alguns encontros com a finalidade de dar visibilidade ao
fenómeno do tráfico de pessoas e facilitar a colaboração
entre os diferentes atores, incluindo peritos do mundo académico e das organizações internacionais, forças da polícia dos diferentes países de origem, trânsito e destino dos
migrantes, e representantes dos grupos eclesiais comprometidos em favor das vítimas. Espero que este empenho
continue e se reforce nos próximos anos.
Globalizar a fraternidade,
não a escravidão nem a indiferença
6. Na sua atividade de «proclamação da verdade do
amor de Cristo na sociedade»,9 a Igreja não cessa de se
empenhar em ações de carácter caritativo guiada pela verdade sobre o homem. Ela tem o dever de mostrar a todos
o caminho da conversão, que induz a voltar os olhos para
o próximo, a ver no outro – seja ele quem for – um irmão
e uma irmã em humanidade, a reconhecer a sua dignidade
intrínseca na verdade e na liberdade, como nos ensina a
história de Josefina Bakhita, a Santa originária da região
do Darfur, no Sudão. Raptada por traficantes de escravos e
vendida a patrões desalmados desde a idade de nove anos,
haveria de tornar-se, depois de dolorosas vicissitudes,
«uma livre filha de Deus» mediante a fé vivida na consagração religiosa e no serviço aos outros, especialmente aos
pequenos e fracos. Esta Santa, que viveu a cavalo entre os
séculos XIX e XX, é também hoje testemunha exemplar
de esperança10 para as numerosas vítimas da escravatura e
pode apoiar os esforços de quantos se dedicam à luta contra esta «ferida no corpo da humanidade contemporânea,
uma chaga na carne de Cristo».11
Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a
realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto
6 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados
quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos
com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres
humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos
produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias,
ou por razões económicas, fecham os olhos. Outros, pelo
contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando
no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra,
trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um
sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a
vida a uma pessoa que tateia na invisibilidade e mudar
também a nossa vida face a esta realidade.
Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única
comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenómeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os
homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo
nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas,
de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contempo-
rânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não
afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e
irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade,
mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,12 o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos
mais pequeninos» (Mt 25, 40.45).
Sabemos que Deus perguntará a cada um de nós:
Que fizeste do teu irmão? (cf. Gen 4, 9-10). A globaliza-
ção da indiferença, que hoje pesa sobre a vida de tantas
irmãs e de tantos irmãos, requer de todos nós que nos façamos artífices duma globalização da solidariedade e da
fraternidade que possa devolver-lhes a esperança e levá-los a retomar, com coragem, o caminho através dos problemas do nosso tempo e as novas perspectivas que este
traz consigo e que Deus coloca nas nossas mãos.
Vaticano, 8 de Dezembro de 2014. / FRANCISCUS
Mensagem do Papa para a Quaresma 2015
Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8)
Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja,
para as comunidades e para cada um dos
fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo
favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus
nada nos pede, que antes não nô-lo tenha
dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou
primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença;
pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos
pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O
deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem
e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos
outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os
seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem;
e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que
não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença
atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de
uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar
que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor,
encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre
o qual me quero deter nesta Mensagem, é
o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o
próximo e para com Deus é uma tentação
real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma,
o brado dos profetas que levantam a voz
para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o
até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo
o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja
é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da
proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos,
do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl
5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo
e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no
mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a
Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada,
esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si
mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos
propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros»
(1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe
esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença.
Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo
da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para
se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem
nô-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito
do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés,
mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas
exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros;
este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou
lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com
Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como
7 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e
recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia.
Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de
Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença
que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos
corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro.
«Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os
membros; se um membro é honrado, todos os membros
participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque,
nela, tomam parte os Santos mas também porque é comu-
nhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que
incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar
por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o
reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo
pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos
jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos
com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à
sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?»
(Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é
necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo?
Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo
que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida
dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou
refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que
Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja
visível em duas direções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na
oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até
à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A
Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás
as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já
contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio,
graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta
vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos
caminham conosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado
não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que
sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora
da Igreja: «Muito espero não ficar inativa no Céu; o meu
desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas»
(Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria
dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso
desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela
vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A
Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si
mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que
quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A
missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue
Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até
aos confins da terra (cf. At 1, 8). Assim podemos ver, no
nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e
ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares
onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações»
(Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo
ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir.
8 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da
Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração
de muitos! A iniciativa 24 horas para o
Senhor, que espero se celebre em toda a
Igreja – mesmo a nível diocesano – nos
dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe,
graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A
Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas
concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão
recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos
a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas
que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir
à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões
de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem
este tempo de Quaresma como um percurso de formação
do coração, a que nos convidava Bento
XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31).
Ter um coração misericordioso não
significa ter um coração débil. Quem
quer ser misericordioso precisa de um
coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que
se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos
do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um
coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se
gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma
desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus).
Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo
nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada
crente e cada comunidade eclesial para que percorram,
frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos
abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de Outubro de 2014. / Francisco
Reflexões de Dom José
Homilia na ordenação diaconal de Jacir Lichinski (13/12/14)
Lema: “Tu me ensinaste, Senhor, o caminho da
vida” (At 2,28)
Saúdo o caro irmão Dom Girônimo Zanandréa, o
Revmo. Pe. Edinaldo, pároco desta Paróquia, e, através
dele saúdo todos os sacerdotes aqui presentes, os diáconos, os religiosos, as religiosas, os seminaristas, as autoridades civis e militares. Quero saudar de modo
especial a família do Jacir, sua esposa Lúcia,
seus filhos Cristiane e William, seu neto Braian,
os irmãos e irmãs desta e de outras comunidades aqui presentes.
Estamos vivendo o tempo do Advento,
tempo de preparação, para celebrarmos juntos
a festa do Natal do Senhor Jesus, a festa da manifestação do amor de Deus. Mas, para a nossa
Diocese de Erexim, podemos dizer que este é
o ano da graça do Senhor. Celebramos o Ano da Família,
iniciamos o Ano da Iniciação Cristã, e, em comunhão e
solidariedade, o Ano da Paz no Brasil, e o ano da Vida
Consagrada, proclamado pelo Papa Francisco para a Igreja em todo o mundo.
Queridos irmãos e irmãs, temos vários motivos para
louvarmos e agradecermos à Trindade Santa, que acompanha a vida da Igreja, Igreja povo de Deus a caminho da
casa do Pai. Mas Deus, no seu amor infinito, é generoso
conosco. Neste ano dedicado à família, Ele nos concede a graça de estarmos aqui hoje, e vivermos juntos este
momento da ordenação diaconal de Jacir Lichinski. Pai
de família, mas vendo as necessidades da Igreja povo de
Deus, e sentindo no seu coração este chamado para servir
a Deus e aos irmãos, aceitou colocar-se a serviço do Evangelho, como diácono. Jacir, hoje
serás ordenado diácono, mas creio que a tua vocação de servir ao Senhor foi cultivada desde
os tempos de menino. Nunca abandonaste o teu
sonho. Deus, porém, te guiou por outros caminhos, te fez descobrir e viver a beleza da vida
matrimonial, de construir e amar uma família,
e da família receber amor, apoio e o consentimento para viver este chamado de Jesus: “Tu
me ensinaste, Senhor, o caminho da vida...”.
A nossa Diocese de Erexim tem a sua história marcada pela simples, frutuosa e significativa presença dos
Diáconos permanentes desde a sua origem. Estes foram
restabelecidos na Igreja pelo Concílio Vaticano II, como
um fator de renovação na Igreja. Graças a uma releitura
histórica da Igreja dos primeiros séculos, quando os diáconos se distinguiram pela vida de santidade e fidelidade
9 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
no serviço da Igreja e da comunidade. Com a missão de
servir à Igreja e ao povo de Deus é que foi instituído o
diaconato na Igreja primitiva, e neste serviço entregaram
a vida a Deus os diáconos e mártires Estevão, Lourenço e
tantos outros.
Queridos irmãos, na vida da Igreja, estão presentes
uma variedade de carismas que fazem parte da vida e da
corresponsabilidade de todos os batizados. Mas alguns
batizados veem que podem exercitar um carisma pessoal,
colocando-o a serviço da Igreja, em nome da fé. Por isso,
o ministério diaconal, também está a serviço dos carismas
e dos dons do Espírito Santo junto ao povo de Deus.
Na qualidade de ministro ordenado, o diácono é escolhido, consagrado e enviado para representar sacramentalmente, em toda a sua vida e por toda a vida, o Cristo
servo, do qual a Igreja nasce. Fazendo isso, o diácono empurra a Igreja para fora de si mesma, abrindo-a à acolhida
do pobre, do estrangeiro e dos excluídos, sobre o rosto dos
quais se apresenta o rosto de Cristo. Neste sentido, os diáconos são colaboradores naturais do bispo para garantir e
promover a identidade apostólica de uma Igreja “serva”, a
exemplo de Jesus seu Mestre e Senhor.
O diácono também representa Cristo servo e bom
samaritano, enquanto exprime o seu caráter de serviço
eclesial; e representa Cristo pastor em virtude da sua responsabilidade no cuidado pastoral em relação à comunidade na qual exerce o seu ministério.
Podemos dizer que é essencial na vida do diácono o
serviço da caridade. Este se manifesta no serviço sacramental à mesa da eucaristia e no atendimento aos pobres. Mas é
igualmente essencial na vida do diácono a proclamação da
palavra. O diácono “é mestre quando proclama a Palavra
de Deus; é santificador quando administra o sacramento
do batismo e os sacramentais; e guia quando é animador
da comunidade e dos setores da vida eclesial”.
O diácono deve ter na sua missão e serviço o modelo de Jesus Cristo: enviado por Deus para completar a
obra de salvação da humanidade. Portanto, os diáconos
representam Jesus Cristo na sua diaconia, isto é, no seu
serviço e na sua missão. Por isso, o diácono é revestido
com a dalmática no dia da sua ordenação, não é enfeite “é
o avental do serviço”.
Ouvimos no evangelho, bem-aventurados os pobres, os aflitos, os mansos, os que têm fome e sede de
justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que
promovem a paz... Jacir, sê para todos eles instrumento do
amor, da ternura e da bondade de Deus. Tem compaixão
de todos aqueles que de ti se aproximarem buscando ajuda
e consolo, revela no teu serviço a face paterna de Deus,
como nos apresentou o seu filho Jesus Cristo.
Que Maria Santíssima, mãe e serva do seu Filho Jesus, te ensine e nos ensine sempre a segui-lo e servi-lo nos
irmãos necessitados. Amém.
A luz do Natal para a humanidade
Homilia na noite de Natal na Catedral São José.
Estimados sacerdotes, religiosos, religiosas, irmãos e irmãs, desta comunidade paroquial, de outras comunidades da Diocese, e os visitantes de outras Dioceses,
que vieram rever os familiares e celebrar a Festa do Natal
conosco.
No livro do Gênesis, o primeiro da Bíblia, está escrito que no início do mundo as trevas recobriam os abismos
quando Deus disse: “faça-se a luz” (Gn 1,
2-3). Luz é a primeira palavra que Deus
pronuncia na Bíblia, palavra que marca o
início da criação. E a partir do momento
em que Deus disse que a luz era uma coisa
boa, o homem nunca mais deixou de amá-la e buscá-la, mas tem medo das trevas e
da escuridão. As trevas lembram a morte,
e essa o ser humano não deseja encontrar.
Quem nasce vem à luz. A luz é aquilo que de mais
imaterial conhecemos Por isso, entre todos os povos, foi
interpretada como o símbolo da espiritualidade de Deus.
O Senhor – diz o salmista – “está revestido de luz como
de um manto” (Sl 104).
O Natal é a festa da esperança e da luz. Nela celebramos a vinda ao mundo da luz verdadeira, aquela que
ilumina cada ser humano. Mas é uma luz que deve confrontar-se com as trevas do mundo, num encontro dramá10 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
tico porque – segundo Jesus – “os homens preferiram as
trevas à luz, porque as suas obras não eram boas. Quem
faz o mal odeia a luz e não se expõe à luz para que suas
obras más não sejam descobertas” (Jo 3,19-20).
Nesta noite de Natal, nós lembramos a escuridão
da gruta onde Jesus nasceu. Ela representa as trevas que
envolviam o mundo antes da sua vinda. Mas celebramos
também a realização de uma profecia do profeta Isaías:
“O povo que caminhava na escuridão viu
uma grande luz; para os que habitavam nas
sombras da morte, uma luz resplandeceu”.
Para descrever a imensa alegria pelo surgimento desta luz divina, o profeta faz duas
comparações ligadas à cultura e à experiência do seu povo: “todos se regozijam
em tua presença como alegres ceifeiros na
colheita ou como exaltados guerreiros ao
dividirem os despojos”.
Com o nascimento de Jesus, tornou-se visível ao
mundo a benevolência de Deus, foi anunciada a salvação
para todos os homens. Se nesta noite santa, o Filho de
Deus tivesse vindo do céu para nos dizer que só os bons
se salvam, não teríamos motivos para nos alegrar, porque
não seríamos iluminados por essa nova luz. A alegria desta noite, da festa do Natal, torna-se contagiante quando
nos damos conta de que o Filho de Deus veio para anun-
ciar a salvação para todos os homens e todas as mulheres,
porque é graça, é dom e não depende da nossa fidelidade,
mas da sua.
Nas nossas casas e nas nossas igrejas, é comum a
presença do presépio. Ele nos leva a refletir sobre a Encarnação do Verbo de Deus, sobre o mistério do Natal. O
presépio nos leva a refletir sobre a humanidade de Deus
ali apresentada, a sua transparência e a revelação da sua
autêntica humanidade. Ali nós podemos contemplar o Jesus homem, na fragilidade de uma criança, na humildade
do seu nascimento, na profecia da manjedoura e das faixas. Nesta imagem, estão presentes de certa forma, todos
os acontecimentos históricos de Jesus. Deus revela a sua
divindade, na humanidade de Jesus, na sua compaixão por
aqueles que padecem e sofrem, na sua misericórdia para
com os pecadores, no seu amor sem limite pela humanidade ferida pelo pecado que destrói a vida, a ponto de doar a
própria para salvar a todos.
Quando falamos do Natal ou lembramos das ações
de Deus na história da humanidade e na nossa história
pessoal, podemos correr o risco de não recordarmos do
Deus Pai, revelado pela humanidade de Jesus Cristo. E
acabamos construindo a imagem de um Deus que rege o
mundo pela força e pela violência, um Deus que se cala
do alto, oprimindo e punindo o ser humano, subjugado
pelo pecado, pela corrupção e pela falta de justiça, que tira
a dignidade de vida de tantos irmãos. Esse não é o Deus
revelado por Jesus Cristo, mas pode ser a projeção dos
nossos sonhos mesquinhos de grandeza e de poder. A humanidade de Jesus, transparência da sua divindade, revela
o ápice da aliança entre Deus e o homem. Ela nos revela
um Deus solidário, benevolente, misericordioso, manso,
acolhedor, hospitaleiro, capaz de perdoar.
Na humanidade de Jesus, podemos contemplar a
nossa verdadeira humanidade, fragilizada pela condição
humana, mas divinizada pelo amor, pela ternura, bondade
e misericórdia do Pai.
Celebramos a liturgia do Natal durante a noite, para
reproduzir ou recordar também a escuridão vencida pela
palavra do Criador e as trevas da nossa condição humana,
iluminadas pela vinda do nosso Salvador Jesus Cristo.
Estimado irmão e estimada irmã, nesta noite em que
celebramos o nascimento do menino Jesus, peço a Deus
Pai que a “luz do mundo” brilhe no teu coração, no coração dos enfermos, no coração daqueles que cuidam dos
enfermos, no coração dos pais e mães de família e no coração dos filhos. Que juntos, possamos caminhar para a
casa do Pai, como filhos e filhas da luz, guiados por Jesus.
Um Feliz e abençoado Natal a todos.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
O verdadeiro sentido do Natal
Homilia de Dom José na missa da manhã de Natal
no Santuário de Fátima – Natal 2014
Saúdo os estimados irmãos e irmãs aqui presentes, os que nos acompanham através da Rádio Virtual e da
Rádio Aratiba, você que está na sua casa, você que está
enfermo, aos que cuidam dos enfermos, aos que estão trabalhando neste dia de Festa, em que celebramos o Natal
do senhor Jesus.
Este dia pode trazer presente, na
história de nossa vida, muitas recordações
sobre acontecimentos, bonitos e alegres, da
nossa infância, quando tínhamos muitas expectativas sobre o dia do Natal. Com o tempo, na medida em que fomos nos tornando
adultos, talvez, a Festa do Natal tenha tido
um novo sentido, muitas coisas podem ter
mudado na nossa vida e no jeito de nos prepararmos para celebrarmos o Natal. Mas o
que não mudou nestes dois mil anos é o sentido do Natal,
porque a fidelidade de Deus é mais forte do que as nossas
fragilidades humanas.
A nossa confiança e a nossa esperança no Senhor
diminuem quando esquecemos Deus e confiamos somente nas realidades e ilusões deste mundo que prometem a
felicidade plena, mas acabam nos levando à desilusão e à
solidão. Porém, o Senhor que é sempre fiel não nos abandona e sempre está pronto para nos libertar: “Eis que está
chegando o teu salvador, com a recompensa já em suas
mãos e o prêmio à sua disposição”.
São Paulo indica na vinda de Jesus Cristo ao mundo
a salvação para os homens. A sua encarnação é um acontecimento marcado pela graça de Deus. Graças à abundância do seu amor, nos fomos libertados da morte.
Na descrição do evangelista Lucas que ouvimos,
coexistem a humildade dos pastores, a simplicidade do
ambiente e da manjedoura que acolhe o
menino Jesus, o silêncio de Maria que permanece em meditação. Da mesma forma,
estão presentes a glória daquele evento e
o entusiasmo pelo nascimento do Filho de
Deus no mundo. Os dois aspectos encontram conciliação no próprio menino Jesus:
criatura frágil e ao mesmo tempo salvação
potente para o povo de Israel.
O anúncio do nascimento de Jesus,
o Filho de Deus, não foi feito primeiro aos
reis nos palácios, mas aos simples pastores. Eles simbolizam todos aqueles que eram considerados impuros e
indignos de se aproximarem de Deus. No entanto, foram
eles que ouviram o primeiro anúncio do anjo na noite de
Natal: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande
alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de
Davi, nasceu para vós um salvador, que é o Cristo Senhor”
(Lc 2,11).
Aqueles pastores acolheram a mensagem celeste,
colocaram-se a caminho, rumaram para Belém, em busca
11 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
do Salvador e, encontrando-o, foram comunicar a todos
a sua alegria de terem visto o Messias tão esperado pelo
povo de Israel.
As etapas percorridas pelos pastores são aquelas que
toda pessoa que quer alcançar a vida deveria percorrer. O
primeiro passo é tomar consciência da própria condição
de infidelidade ao Senhor. Depois, na escuridão da noite
em que está envolvida, deve elevar os olhos ao céu de
onde vem a palavra de salvação e a indicação da estrada
que leva a Cristo Jesus. Não fica parado, não se entrega ao
próprio pecado, mas parte à procura do Salvador, como
fizeram os pastores. Encontrando-o, corre para dizer a todos da alegria do encontro com aquele que doa a vida.
Queridos irmãos e irmãs, vamos celebrar a Festa do
Natal, com o coração em festa, porque Ele está entre nós,
nos conduzindo no caminho que leva ao Pai. Feliz Natal
a todos.
Feliz Natal a você, mãe e pai de família, que, mesmo diante das dificuldades, não desanimam, não abandonam os filhos, não abandonam a família.
Feliz Natal a você, enfermo, e se deixa cuidar por
aquela pessoa que está a seu lado.
Feliz Natal para quem cuida dos nossos enfermos.
Muitas vezes, o cansaço, o desânimo fazem com que se
tenha vontade de abandonar quem sofre, mas aí, no enfermo, está presente o Jesus do Natal, o Jesus da Cruz que
deu sua vida por todos.
Feliz Natal a você que está trabalhando nos hospitais, cuidando dos enfermos.
Feliz Natal a você que está na prisão. Jesus nasceu
também para você.
Feliz Natal a você, jovem que se deixou levar pelo
caminho das drogas e às vezes perdeu o sentido da vida.
O Natal nos lembra que a vida é dom de Deus, que vale a
pena lutar pela via e defendê-la, a acreditar no amanhã, a
não deixar morrer a esperança, na certeza de que Deus nos
dá a paz e Jesus nos ama.
Que todos nós nos sintamos amados e acolhidos por
Deus.
Maria que acolheu Jesus em seu seio, que o acolheu
em seus braços, acolhe a todos nós e nos ajuda no caminho de encontrar Jesus e de segui-lo para a casa do Pai.
Feliz Natal para todos.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Saudação e acolhida a Dom Odelir
na Catedral de Chapecó (1º/02/15)
Como Administrador Apostólico desta Diocese, em nome de
seus organismos, especialmente dos
presbíteros e de todos os diocesanos,
com alegria, saúdo e acolho neste momento, o caríssimo irmão Dom Odelir José Magri, que hoje inicia o seu
ministério episcopal como 5° Bispo
desta Diocese de Chapecó.
Agradecemos a Deus, ao Papa Francisco e a Dom
Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil e a seus
colaboradores, pela atenção dispensada à Diocese no encaminhamento de todo o processo da sua escolha para ser
o pastor e guia desta porção do povo de Deus.
Caro irmão, és filho desta Igreja Diocesana, mas
sentido no teu coração o chamado do Mestre Jesus, do
“vem e segue-me”, na tua adolescência, deixaste tua família, tua comunidade e esta terra para segui-lo. Ele te
conduziu e te fez encontrar o seu rosto no rosto de tantos
irmãos e irmãs que encontraste nesta longa estrada que
percorreste antes de retornar. Esta estrada te fez reconhecer os irmãos na Europa, na realidade da missão na África
e no serviço da Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, em sua direção central em
Roma.
Neste longo caminho, a graça de Deus esteve sempre contigo, mas pôde manifestar-se na tua vida graças à
tua disponibilidade de amar, seguir e servir a Jesus Cristo
e à sua Igreja, povo de Deus a caminho da casa do Pai.
12 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Hoje inicias o teu ministério
de pastor nesta Diocese de Chapecó,
trazendo contigo toda a riqueza da espiritualidade e do carisma da tua Congregação, mas também toda a riqueza
da espiritualidade do povo de Deus,
que encontraste na tua trajetória de
vida, em realidades tão distintas, mas
enriquecedoras. De modo especial, do
povo de Deus da Diocese de Sobral, a tua primeira Diocese, o teu primeiro amor como bispo, sucessor dos apóstolos.
Dom Odelir, retornas para casa, para esta Igreja,
este povo e esta terra. O povo rezou pelo novo bispo, mas
penso que Deus ouviu também a oração de alguém que rezava e pedia sempre para que viesses para mais perto, sua
querida mãe, dona Lúcia. Um feliz retorno à sua terra natal, sejas bem-vindo; a tua família, o clero, os religiosos,
os seminaristas e o povo de Deus da Diocese de Chapecó,
integrado em quarenta paróquias, com suas mil quatrocentas e sessenta e oito comunidades, te acolhem de braços
abertos e com o coração em festa, felizes pela tua disponibilidade de servir e por tê-lo como pastor. Que o Espírito
Santo ilumine o teu ministério, e que o povo possa ouvir a
voz do pastor: “Vinde em meu seguimento e farei de vós
pescadores de homens”.
Dom Odelir, sejas feliz na condução desta Igreja e
no pastoreio deste querido povo de Deus.
Homilia na missa de exéquias de
Libino Inácio Streher (Sede Dourado, 08/02/2015)
Saúdo os sacerdotes aqui presentes, as religiosas, o
povo de Deus desta paróquia, que tem demonstrado espírito de comunidade, celebrando com alegria as festas
comunitárias, mas também sabe estar presente e ser solidário, quando a irmã morte visita as famílias. Unidos pela
mesma fé em Cristo Jesus, nos reunimos aqui, de vários
lugares, para prestarmos nossa solidariedade e expressar
nossos sentimentos à família Streher pelo falecimento do
seu Libino.
Solidariedade de modo especial ao Pe. Olírio, seus
irmãos, irmãs, cunhados, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas.
Em menos de um mês, vocês viram a querida mãe e nona, dona Atelma e o querido
pai e nono Libino partirem. Termina assim
um capítulo de uma longa história de amor,
fundamentada no amor de Deus. Porque o
Deus de Jesus Cristo que se manifesta no
amor e por amor criou o homem, também
deu-lhe a capacidade de amar. O amor uniu
a senhora Atelma e o senhor Libino para formarem uma
família, e nessa família, os filhos foram acolhidos, amados, aprenderam a dar e receber amor.
Vivemos numa sociedade do amor egoísta e descartável, onde muitos duvidam que seja possível amar ou encontrar um amor verdadeiro, que perdure ao longo de toda
uma vida, sem esquecer daqueles que anunciam que o
amor é uma utopia. Hoje nós temos aqui um testemunho,
que nos diz, não com palavras, mas na realidade concreta
da vida, que o amor existe e que é possível viver um amor
verdadeiro, fiel e forte entre duas pessoas; um amor que
traz paz e alegria; um amor que une duas pessoas, fazendo-as sentirem-se livres no respeito recíproco. Um amor
vivido em comunhão, onde não há espaço para separação,
nem para aquela provocada pela irmã morte. Libino, no
dia da morte de sua querida esposa, disse: “Como podes
partir sem mim...?!”
Juntos percorreram uma longa estrada nesta terra,
escolheram percorrer juntos aquela que leva à eternidade
na casa do Pai.
Que esta história de amor, de vida familiar, alicerçada numa profunda fé em Jesus Cristo, nos valores cristãos,
nos valores da família, nos valores da vida em comunidade, nestes tempos em que a família é tão provada e desafiada, possa falar aos nossos corações, aos corações dos
jovens, para que não tenham medo de viver um grande amor; para que não tenham
medo de assumir os compromissos de família, achando que não é possível viver o
amor familiar. Aqueles que deixaram este
mundo comprovam que é possível; que é
possível quando no coração se tem perdão,
gratidão, reconciliação, estima pelo outro,
amor pelo outro.
Que esta lição de vida de família possa nos ajudar a
vivermos intensamente a nossa vida na responsabilidade,
com lugar para Deus e possamos cultivar, acima de tudo, a
dimensão maior do amor que se doa, acolhe, espera, sente
saudade, saudade da pessoa amada. É difícil ficar distante
porque, unidos na vida, muitas vezes se unem também na
morte. Onde há amor infinito, ninguém pode dividir, nem
os homens, nem Deus, expressão máxima do amor porque
Ele é amor.
Tocados pela Palavra de Deus e por sua presença
em nós, possamos amar e manifestar ao longo de nossa
existência, cada um do seu jeito de ser, esta força de Deus
presente em cada um de nós.
A luz de Deus está entre nós (Voz da Diocese, 21/12/2014)
Estimados Diocesanos! No Natal, os cristãos lembram e celebram a data histórica do nascimento de um
menino. Para os cristãos, este menino é o Filho de Deus,
e, quando adulto, ao assumir a missão de anunciar o Reino
de Deus, será conhecido como Jesus
de Nazaré.
Por isso, quando os cristãos
celebram o Natal, não deveriam
apenas recordar o nascimento histórico de Jesus para si mesmos, mas
também terem presente seu compromisso missionário. Isto é, celebrando um fato do passado,
anunciá-lo a todos como o Messias, o Salvador, a luz do
mundo, o Cristo Jesus, o Filho de Deus Pai.
Em nossas comunidades e em nossas famílias, temos várias formas de nos prepararmos e expressarmos os
nossos sentimentos e a nossa alegria na preparação e na
celebração do Natal. Muitos pais acolhem este momento
como uma oportunidade para transmitir aos filhos tradições familiares e centenárias sobre esta celebração. Outras
vivem o Natal, como um momento
forte de confraternização, de reconciliação e de construção da paz.
Temos muitas formas para
representar o Natal, mas creio que
o presépio nos fala no silêncio do
despojamento e da simplicidade da
vinda de Jesus entre nós. Ele nos leva a refletir sobre a
encarnação e o mistério do Natal. A refletir sobre a humanidade de Deus, a sua transparência e a sua revelação de
uma humanidade autêntica, descrita de forma simples e
profunda.
13 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Nele contemplamos o Jesus homem, na fragilidade
de uma criança, na humildade do seu nascimento. Nesta
imagem tão frágil, estão presentes todos os acontecimentos históricos de Jesus, o Salvador. O Deus revelado por
Jesus não é apresentado com os traços da prepotência e da
força, mas revelado na sua humanidade. Nesta humanidade de Jesus, transparece a sua divindade, e nele se revela
o ponto mais alto da aliança entre Deus e o ser humano.
Deus manifesta-se solidário, benevolente, misericordioso,
manso, acolhedor, hospitaleiro e capaz de perdoar.
No Natal, somos convidados a contemplar a humanidade de Cristo na nossa verdadeira humanidade. O
menino Jesus é a luz que veio ao mundo e que resplandece
nas trevas para nos guiar para a casa do Pai.
Que a luz de Jesus ilumine o vosso coração e a
vossa vida. Um feliz e abençoado Natal a todos.
Uma família para amar (Voz da Diocese, 28/12/2014)
Estimados Diocesanos! Neste último domingo do ano, celebramos a festa da Sagrada Família, na qual recordamos aquela família simples
de Nazaré, formada por Jesus, Maria e José. Mas
na simplicidade daquele lar, no coração dos seus
moradores, existia algo de muito precioso, que
não se pode comprar e nem vender. Esse bem
precioso que existia no lar de Nazaré chama-se
“amor”. E o amor foi importante para acolher
aquela criança, cuidá-la e ajudá-la a crescer e viver no mundo a missão que Deus lhe havia confiado.
O amor da família marcou a vida de Jesus e marca
também a vida de cada um de nós. Todo ser humano que
vem a este mundo precisa de amor, independentemente
da condição social de quem o gerou e da família ou lugar
que o acolhe. Os filhos são um dom de Deus para o mundo e são de todos, porque através deles a humanidade se
renova.
A família é o lugar privilegiado para a formação e
a educação básica da vida de uma pessoa, mas não é a
única. Toda criança também precisa integrar-se numa comunidade para que possa crescer, amadurecer, encontrar
os irmãos e irmãs e aprender a acolher a disponibilidade gratuita, a colaboração, a tolerância
e o perdão. Mas para isso é preciso que a família se abra a novos horizontes, porque, quando
esta se fecha no seu pequeno mundo de afetos
e interesses, pode perder o contato com a comunidade, deixando de construir fraternidade,
alimentando apenas uma certa idolatria da instituição familiar.
Os pais e mães de família passam por momentos difíceis quando os filhos devem partir. Por esta
experiência passou também a família de Nazaré, quando
Jesus partiu para cumprir a missão de anunciar o Reino.
Passam por esta experiência também os pais e mães dos
sacerdotes, dos consagrados e consagradas, que entregam
a vida a Deus.
Maria e José são um modelo para todos os pais e
mães de família, aos quais Deus confia os seus filhos. Estes são dons do céu para doar ao mundo, lembrando que
a família querida por Deus, na verdade, é aberta, é uma
etapa da vida, tendo presente que a família definitiva dos
filhos e filhas de Deus é a do Pai celestial.
É tempo de refletir e construir! (Voz da Diocese, 04/01/2015)
Estimados Diocesanos! Come-
çamos o Ano Novo, entre fogos de artifício e comemorações, e creio que muitos ficaram alheios ao início de mandato
das autoridades do poder executivo e
legislativo em nível federal e estadual,
que irão conduzir o nosso País pelos próximos quatro
anos. Das políticas públicas destes governantes, dependerão, de certa forma, o emprego, a assistência à saúde, a
educação, o combate à miséria, que ainda atinge milhões
de brasileiros, mesmo com todos os programas de combate à pobreza implantados ao longo dos últimos anos.
Sem esquecer as tão sonhadas e esperadas melhorias
nas infraestruturas dos transportes, (os gargalos: ferrovias,
estradas, portos e aeroportos) que afetam vários setores
produtivos do nosso País, tirando da nossa indústria a
14 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
competitividade nos mercados internacionais. Aguardamos também a conclusão do já anunciado, iniciado, reiniciado projeto da transposição do Rio São
Francisco, que deverá levar água para
amenizar os efeitos da seca e proporcionar melhores condições de vida a milhões de brasileiros
que vivem no sertão nordestino.
Os desafios que os nossos governantes terão pela
frente são muitos, mas o nosso País também possui muitos recursos naturais. Temos um parque industrial bastante
diversificado e a força da nossa agricultura, que alimenta
a agroindústria em vários setores. Mas também merece,
por parte das autoridades, um olhar e uma atenção especial a agricultura familiar, que emprega muitas famílias e
dependem de politicas públicas adequadas, para continua-
rem produzindo grande parte dos alimentos que consumimos no nosso dia a dia.
Malgrado as notícias de corrupção tenham ocupado
um espaço considerável nos noticiários depois das eleições, pelas cifras citadas, o que torna mais vergonhoso é
que o foco central da corrupção atingiu uma estatal símbolo de tantas lutas populares para mantê-la sob o controle
do Estado. Pesa também para o Governo Federal a responsabilidade de continuar financiando moradias populares,
para dar condições dignas aos milhões de brasileiros que
vivem nas favelas e cortiços, bem como as obras de saneamento básico, principalmente nas periferias, porque destas dependem também a melhoria das condições básicas
de saúde da nossa população.
Outro desafio que atinge a nossa sociedade é a violência. Podemos simplesmente dizer que é uma questão
de segurança pública, mas precisamos nos conscientizar
de que a paz, se constrói com a participação de todos. O
primeiro anel desta corrente da paz é a família. É ela o
primeiro ambiente de educação para a paz e para sermos
construtores de paz. Não teremos uma sociedade que valorize a paz, sem termos famílias que acolham a vida e
cuidem da vida num ambiente de paz.
O primeiro dia do ano, no qual comemoramos a
chegada do Ano Novo, há 48 anos, é o Dia Mundial da
Paz. Vamos juntos construir a paz, durante todo este ano
de 2015, dedicado à paz, em nosso País, para termos este
dom divino anunciado na noite de Natal aos homens e mulheres de boa vontade, na nossa vida, nas nossas famílias,
nas escolas, nas comunidades e na sociedade em geral.
Que o Senhor faça de ti, caro ouvinte, um instrumento da
sua paz.
Batizados em nome da Trindade (Voz da Diocese, 11/01/2015)
Estimados Diocesanos! Neste ano de 2015, o 12°
Plano da Ação Evangelizadora da nossa Diocese traz como
prioridade a “Iniciação à Vida Cristã”. Dom Bruno Forte,
Bispo italiano, no livro Breve introdução aos sacramentos, define iniciação cristã como “caminho de experiência progressiva do mistério de Cristo, dividido por etapas,
que alimentam e celebram a fé”. Portanto, o objetivo da
iniciação cristã é levar a pessoa a percorrer o caminho do
encontro com Cristo.
Segundo Tertuliano, pensador e
escritor dos primeiros tempos da Igreja,
nesse caminho, através dos sacramentos, “a carne é lavada, para que a alma
seja purificada; a carne é ungida, para
que a alma seja fortificada; a carne é
sombreada pela imposição da mão, para
que a alma seja iluminada pelo Espírito; a carne é alimentada pelo corpo e pelo sangue de Cristo, para que a alma
seja saciada de Deus” (Tertuliano, De resurrectione, 8).
O primeiro dos sacramentos é o batismo, e neste
domingo a Igreja celebra a Festa do Batismo do Senhor
Jesus. Ele foi pessoalmente até o Rio Jordão para ser batizado por João Batista. Aquele que batizaria com o Espírito
Santo aceitou ser batizado com água por aquele que não se
achava digno nem de desamarrar as suas sandálias. Creio
que é uma oportunidade para refletirmos sobre como estamos vivendo o nosso Batismo. É uma reflexão necessária,
porque ser cristão é viver o Batismo e não compreendemos o nosso Batismo sem compreender previamente o
mistério de Cristo.
O batismo com a água no nome da Trindade é um
ato querido pelo Senhor para dar início à existência da
nova criatura. Essa vida nova nasce da participação na
morte e ressurreição de Jesus, tornada
presente no batismo mediante o sinal
da água. Pelo batismo, fomos sepultados com ele na morte, para que, como
Cristo foi ressuscitado dos mortos pela
ação gloriosa do Pai, assim também nós
vivamos uma vida nova.
O batismo é mistério e sacramento
do encontro com Deus Pai e com seu Filho, Jesus Cristo;
enquanto participação na sua morte e ressurreição, é também sacramento da ação do Espírito Santo. No Espírito, o
batizado é configurado ao Filho Jesus Cristo na plenitude
do seu mistério: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo,
não pertence a Cristo”, ensina São Paulo (Rm 8,9).
Queremos juntos, como Igreja povo de Deus, nos
aproximar do Senhor Jesus, caminho verdade e vida que
nos conduz ao Pai.
Itinerantes por missão (Voz da Diocese, 18/01/2015)
Estimados Diocesanos! Estamos no início do ano, e
todos nós temos projetos que gostaríamos de vê-los realizados. Mas, na vida da Igreja e na sua missão junto ao
povo de Deus, o projeto principal a ser levado adiante é o
do anúncio do Reino. Todas as outras ações ganham signi-
ficado quando estão ligadas a esta missão que cabe a todos
os batizados.
Pelo batismo, todos nós somos chamados a viver
o discipulado e o engajamento na missão, não aquela ad
gentes, mas aquela no ambiente da família, no mundo do
15 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
trabalho, feita mais pelo testemunho
de vida do que por palavras. Dentre
os batizados, alguns foram chamados e consagrados, outros ordenados
para exercerem a vocação e a missão
no serviço aos fiéis na Igreja. É indispensável viver esse
ministério e serviço como um chamado do Senhor Jesus.
Porque é na comunhão com Ele que está o sentido da vocação religiosa e sacerdotal, que se alimenta no cotidiano
e no serviço da missão numa íntima comunhão com o Senhor. Sem essa comunhão, o serviço na missão pode parecer demasiado exigente, desgastante e pouco gratificante
do ponto de vista econômico e social.
Porém, quando nos sentimos chamados a estar com
Jesus, a serviço das relações pessoais dele com cada irmão
e irmã, a nossa missão ganha um novo sentido, porque ligada à missão que Jesus recebeu de seu Pai e foi delegada
aos seus discípulos através do Espírito Santo. Podemos di-
zer que a missão não será evangélica,
se na sua origem, não estiver ligada a
uma intimidade com o Senhor.
Na missão de servir o povo de
Deus, os religiosos e os sacerdotes
também são chamados a viver a itinerância dos discípulos.
Por isso, é comum na Diocese, que o Bispo, com o Conselho Presbiteral, ouvindo solicitações dos padres, tendo
presente as necessidades de atendimento ao povo e o bem
da Igreja, promova algumas transferências de sacerdotes.
É importante para a comunidade que o sacerdote
saiba agradecer a colaboração de tantos leigos e leigas engajados na vida paroquial, que ajudam o sacerdote na sua
missão. Mas é também importante para a sua missão que
o padre seja bem acolhido no lugar onde for trabalhar. Da
comunhão com o Senhor e da comunhão entre si, depende
a saúde espiritual do pastor e do rebanho.
São José oficializado Patrono
da Diocese de Erexim
Seguindo os passos previstos, Dom José encaminhou consulta aos padres, diáconos, religiosos e leigos
para a oficialização de São José como padroeiro da Diocese de Erexim.
Após receber as folhas com muitas assinaturas favoráveis, apresentou o pedido à Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos.
Esta, em dezembro passado, enviou o seguinte Decreto, confirmando oficialmente São José
como Padroeiro da Diocese:
CONGREGAÇÃO DO CULTO
DIVINO E DA DISCIPLINA DOS
SACRAMENTOS.
Na verdade, na data de 13 de novembro de 2014, o
mesmo solicitou em carta insistentemente que esta eleição
e aprovação fossem confirmadas segundo as normas relativas aos Padroeiros.
Em decorrência disso, a Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, em virtude das faculdades outorgadas pelo Sumo Pontífice Francisco e tendo constatado que, diante das razões expostas, a eleição
e a aprovação foram realizadas de acordo
com as prescrições do direito, acolhe benevolamente as solicitações externadas e
confirma
SÃO JOSÉ, ESPOSO DA BEMAVENTURADA VIRGEM MARIA,
PATRONO JUNTO DE DEUS DA
DIOCESDE DE EREXIM
Prot. N. 351/14.
O clero e os fiéis da Diocese de
Erexim veneram com grande devoção São
José, esposo da Bem-aventurada Virgem
Maria, o qual, varão justo, nascido da estirpe de Davi, foi constituído pai do Filho
de Deus, Jesus Cristo que quis ser chamado
filho de José e a ele ser submisso como filho ao pai e se
tornou senhor da sua família.
Por esta razão, sua Excelência Reverendíssima Dom
José Gislon, bispo de Erexim, após consulta de praxe ao
clero e à população e acolhendo os votos comuns, aprovou, segundo os ritos, a eleição de São José, esposo da
Bem-aventurada Virgem Maria, como patrono junto de
Deus da diocese de Erexim.
16 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
com todos os direitos e privilégios litúrgicos decorrentes, segundo as rubricas.
Não obstante qualquer coisa em contrário. Da sede da Congregação do Culto Divino e da Disciplina do Sacramento, 2 de dezembro de 2014.
Arturus ROCHE, Arcebispo secretário. R.P. Conradus MAGGIONI, S.M.M., Subsecretário.
(O texto veio em latim. A tradução foi de Bertilo
Brod)
Notícias diocesanas e outras
Falecimento de Ir. Paula Francisca Petkovicz
Às vésperas de completar 93 anos, depois de longa enfermidade, faleceu, dia 15 de
dezembro, em Viadutos, Ir. Paula Francisca
Petkovicz, das Irmãs Franciscanas da Sagrada
Família de Maria.
Em nossa região, Irmã Paula trabalhou
em Viadutos, Capoerê, Paulo Bento e Erechim.
Desde 1998, estava na Casa da Congregação Imaculada Conceição em Viadutos. Em
longa enfermidade, Ir. Paula ficava em seu quarto, fazendo suas orações e devoções. Precisou de muita paciência
nos momentos de sofrimento e de dor. Oferecia suas orações por muitas pessoas.
O velório de Ir. Paulo se dá na própria casa das Irmãs de Viadutos. A missa de corpo presente será na igreja
Sagrado Coração de Jesus de Viadutos na tarde desta terça-feira, 16.
Dados biográficos de Ir. Paula
Ir. Idelise Lurdes Selski - SF
Ir. Paula nasceu no dia 21 de dezembro de 1921 em
Carlos Gomes – Rs. Era filha de João e Stanislava Petkovicz, os quais tiveram 19 filhos. Ingressou na Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria
no dia 1º de setembro de 1942, na comunidade das Irmãs
em Carlos Gomes. Sua formação no Postulantado foi no
ano de 1943 e em dezembro do mesmo ano foi admitida
ao noviciado em Curitiba, no Paraná. Professou os primeiros Votos Religiosos em 05 de dezembro de 1944 e os Votos Perpétuos no dia 08 de dezembro de 1951em Curitiba.
Uma de suas irmãs, Cristina, também foi religiosa
da mesma Congregação.
Ir. Paula trabalhou em diversas comunidades no Paraná e no Rio Grande do Sul. Na
Província do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com sede em Erechim, atuou em Guarani
das Missões, Bom Jardim, Viadutos, Capoerê,
Paulo Bento e Erechim.
Desde 1998 estava na casa das Irmãs Imaculada Conceição de Viadutos.
Realizava todos os seus trabalhos com
amor, dedicação e responsabilidade. Eram serviços gerais:
cozinha, horta, lavanderia, e também trabalhos manuais
como crochê e tricô.
Nas horas vagas não perdia tempo, sempre tricotava, fazia blusas para as Irmãs e também ensinava os trabalhos manuais a quem lhe pedia.
Como Irmã, era piedosa e passava muito tempo na capela rezando. A Missa e a Eucaristia eram sua força e seu
alimento espiritual. Nunca faltava na celebração eucarística,
participava sempre que tinha oportunidade. Era devota do
Sagrado Coração de Jesus e também de Maria. Ir. Paula rezava o terço diariamente e nas festas de Nossa Senhora e outros momentos fortes, principalmente em sua enfermidade,
rezava o rosário. Fazia orações ao Espírito Santo, São José,
às almas do purgatório e também à Divina Misericórdia.
Ela afirmou que sentiu maior entusiasmo, alegria e
crescimento espiritual quando começou a rezar muito pelos outros. Assim, crescia mais na fé e no amor fraterno.
Seu ponto de apoio nas horas difíceis era Jesus no Santíssimo Sacramento. Agradecia sempre a Jesus a vocação
religiosa e as graças recebidas de Deus durante a sua vida.
Os últimos anos de sua vida foram marcados pela
enfermidade. Ir. Paula ficava em seu quarto e ali fazia suas
orações e devoções. Precisou de muita paciência nos momentos de sofrimento e de dor. Oferecia suas orações por
muitas pessoas.
Coordenação de Pastoral encerra
atividades do ano com avaliação
Dom José presidiu a última reunião do ano da coordenação diocesana
de pastoral na noite do dia 15 de dezembro com avaliação das atividades realizadas e encaminhamentos para 2015.
Em relação ao ano em curso,
houve destaque para: Ano da família
com suas diversas ações; o estudo da
prioridade Iniciação à Vida Cristã em
vista de ser o destaque em 2015; escolas catequéticas; escola de servidores;
escola de formação de agentes comunitários a curto prazo por área; estudos
de documentos da CNBB sobre a Paróquia e a questão agrária; encontros
vocacionais; escola da juventude; ro17 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
maria; curso dos padres; visitas pastorais de Dom José;
curso bíblico em paróquia; assembleia da juventude; ordenação de diácono permanente, Jacir Lichinski; formação dos diáconos; encontros do apostolado da oração e
zeladoras de capelinhas; a participação da diocese através
de seus coordenadores das diversas pastorais em seminários e cursos de formação em nível regional e nacional; a
nomeação de Dom Girônimo como referencial na Pastoral
da Pessoa Idosa no Regional Sul 3 da CNBB; visitas dos
padres aos doentes; acompanhamento da Caritas nas comunidades indígenas proporcionando os sacramentos da
Iniciação à vida Cristã.
Indicações para 2015: continuar e intensificar a formação dos agentes e lideranças; maior comunhão entre
paróquias e diocese; estudo mais aprofundado do documento sobre a renovação paroquial; ação caritativa mais
intensa; fomentar o Ano da Paz; envolver mais os leigos
na promoção vocacional; apoiar a agricultura familiar;
contemplar a realidade da região na pastoral social; um
olhar especial à pastoral do adolescente; um olhar mais
atento às questões políticas; implementar o destaque Iniciação à Vida Cristã.
Entre as comunicações, Ir. Luiza informou que no
próximo ano a representante dos religiosos na coordenação será outra religiosa. Assegurou sentir-se feliz por ter
participado até agora.
O coordenador de pastoral, Pe. Valtuir Bolzan, retomou as datas das reuniões e outras atividades já previstas
para o próximo ano.
Por fim, Dom José agradeceu a todos pelos trabalhos realizados na Diocese, com votos antecipados de Natal feliz e 2015 abençoado.
Bispo, padres e colaboradores do Centro Diocesano e
familiares vivem encontro de Natal
Dia 16 de dezembro, depois do expediente, Dom José se encontrou com os
padres, os colaboradores e seus cônjuges
ou namorados para uma reflexão e jantar
por ocasião do Natal e passagem de ano.
No momento orante, o Bispo manifestou seu reconhecimento a todos
pelo serviço à Diocese e o objetivo de
reforçar os laços de convivência também com quem está
mais perto de cada um.
O Vigário geral e Coordenador da
Cúria, Pe. Dirceu Balestrin, ressaltou o
espírito de equipe entre os colaboradores
e seu esforço de buscar qualificação para
prestar seus serviços com maior competência.
O ecônomo da Diocese, Ildo Benincá, mencionou a importância da unidade entre todos e o valor do momento de oração semanal.
Centenário de nascimento da Irmã Consolata
A Paróquia São Cristóvão, o CECRIS, as
irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora e alguns membros do antigo Coral Sabiazinho organizaram missa comemorativa dos
100 anos de nascimento de Irmã Consolata, de
grande atuação naquele Bairro e em outros da
cidade, dia 20 de dezembro, o último sábado antes do Natal.
A missa foi presidida pelo pároco, Pe. Edinaldo dos Santos Bruno e concelebrada p elo ex-pároco, Pe. Valtuir Bolzan, acompanhados pelo
diácono Jacir Lichinski. Membros do Coral Sabiazinho,
que era de adolescentes e jovens dirigido pela Ir. Consolata, animaram os cantos da celebração litúrgica.
No início da celebração, Joselito Onhate, membro
do antigo Coral Sabiazinho, lembrou alguns dados biográficos da Ir. Consolata. No seu final, Ir. Estelita Tonial, que
teve Ir. Consolata como sua formadora, deu depoimento a
respeito dela.
18 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Dados biográficos
Ir. Consolata, cujo nome civil era Agnes
Graber, nasceu no dia 22 de dezembro de l9l4
na cidade de Rankweil, situada na região dos
vales e lagos, na Áustria. Filha de um músico
profissional e de uma dona de casa, Irmã Consolata tinha sete irmãos, sendo um homem e 6
mulheres. Conforme ela mesma escreveu em
sua autobiografia, foi com a família que aprendeu o necessário para a vida, num clima de fé
profunda, trabalho, estudos, lazer e compromissos sociais.
“Com muito amor, firmeza e coragem, meus pais me educaram, em nossa casa toca-se piano, flauta, violino, violoncelo, órgão, cítara e outros instrumentos musicais, o
nosso lema era fazer feliz os outros e ser feliz” disse ela,
ao falar da família, há 23 anos atrás, quando ainda estava
entre nós. Neste dia especial em que celebramos os 100
anos do seu nascimento, lembramos dos bons exemplos
da irmã Consolata, que chegou a Erechim com apenas 24
anos, no dia 25 de janeiro de l938, quando nossa cidade era ainda um campo pequeno, com apenas 20 anos de
existência e três mil habitantes. Irmã Consolata chegou
em nossa cidade como professora, mesmo sem saber falar nossa língua. Ministrou aulas de música, alfabetizou
crianças e já se apaixonou pelo Brasil. Mas Ela, buscava
a felicidade, pois veio para o Brasil como missionária não
professora. Passados 15 anos de estada na Capital da Amizade, Erechim começava a crescer e nos bairros da cidade
concentravam-se os moradores, mais pobres e humildes.
Na Vila Operária, formada à beira do Rio Tigre, Irmã
Consolata encontrou um banhado e poucos operários. A
maioria era sem rumo ou não tinha profissão. Ali, ela arregaçou as mangas e começou a trabalhar na humanização das pessoas. E como contava, “tudo começou com um
saco de laranjas” que trouxe e distribui para os moradores. Passados 76 anos desde que Irmã Consolata chegou
a Erechim, a Vila Operária não existe mais. Aqui ficou
o legado dessa serva do Senhor, enviada por Deus, que
transformou a Vila Operária no próspero e desenvolvido
bairro São Cristóvão. Em cada um de nós ficou um pouco
da irmã Consolata, que transformou pessoas em famílias,
não só no São Cristóvão, mas também no bairro Progresso e São José, promoveu a dignidade humana e ajudou a
construir um pedaço de Erechim.
Paróquia de Áurea conclui curso de Bíblia
De março a dezembro, a Paróquia de Áurea realizou um curso
de Bíblia com um encontro mensal, aos sábados pela manhã, num
total de 10 e quarenta horas-aula,
com assessoria do Pe. Jair Carlesso, Diretor do Itepa Faculdades de
Passo Fundo.
Dia 13 de dezembro, houve o encerramento do curso
na missa da comunidade, presidida pelo Pe. Valtuir Bolzan, Coordenador Diocesano de Pastoral, concelebrada
pelo pároco, Pe. Claudino Talaska,
pelo próprio assessor do curso e
pelo Pe. Hermes José Novakoski,
da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência, natural
daquela Paróquia.
No final da celebração, os 67
participantes do curso receberam
certificado de conclusão pelo Itepa Faculdades. O curso
proporcionou a eles uma visão geral da Sagrada Escritura,
do Novo e do Antigo Testamento.
No início do Ano da Vida Consagrada,
jovem de Severiano de Almeida assume Vida Religiosa
Na manhã do dia 21 de dezembro,
o último antes do Natal, com a chuva
muito esperada pelos agricultores, a jovem Ir. Clarice Julieta Bisol professou
os votos definitivos de religiosa na Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, na igreja
São Caetano de Severiano de Almeida,
no início do Ano da Vida Consagrada,
instituído pelo Papa Francisco. O rito de
consagração religiosa se deu em missa
presidida pelo Frei Capuchinho Doraci Tartari, Mestre
de estudantes da Congregação, e concelebrada pelo Pároco local, Pe. Sidmar Rech, por outro frei capuchinho,
Claudecir Fantini, pelo animador vocacional da Diocese,
Pe. Anderson Faenello, e Pe. Isalino Rodrigues, natural
da mesma Paróquia. Mais de 50 Irmãs da Congregação,
muitos parentes da nova Irmã e grande número de fiéis
participaram da celebração.
O rito de Consagração
de Ir. Clarice
Concluída a Proclamação da Palavra, a Superiora Provincial, Ir. Marinês Burin, chamou a candidata, Ir. Clarice Bisol, dando início ao Rito da sua
Consagração. Frei Doraci lhe fez as
perguntas próprias do rito, pelas quais a
candidata manifestou sua disposição de
servir a Deus e buscar a perfeição da caridade. Fez também seu pedido de ingressar na Congregação das Irmãs à
sua superiora, sendo prontamente aceita. Então, Ir. Clarice colocou-se de joelhos enquanto a assembleia cantava
a ladainha de todos os santos, após a qual, proferiu sua
profissão, prometendo cumprir os votos de pobreza, obediência e castidade, com fidelidade à Igreja, a serviço do
povo cristão. Assinou sua profissão e entregou-a à Superiora que a depositou sobre o Altar e entregou à nova irmã
19 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
o livro das Constituições da Congregação, indicando sua
completa pertença à família religiosa. Na sequência, Frei
Doraci, acompanhado da Superiora, Ir. Marinês, invocou
a bênção divina sobre a neoprofessa, ladeada pelos familiares. Por fim, como gesto de reconhecimento à família
da neoprofessa, a comunidade das irmãs entregou-lhe uma
imagem de Nossa Senhora.
A homilia de Frei Doraci.
Em sua reflexão, Fr. Doraci iniciou recordando frase
da fundadora, Madre Bernarda: “do contato com Cristo
emerge a pessoa consagrada, de uma inigualável beleza
espiritual”. Lembrou que deste encontro surgiram muitos vocacionados e vocacionadas ao longo da História
da Igreja, entre os quais Francisco, Clara de Assis, Santa Maria Bernarda... Recordou alguns aspectos do perfil
de quem assume a vida religiosa. Observou à Ir. Clarice
que a vida consagrada depende da qualidade do amor a
Jesus Cristo. Convivendo com Ele, aprenderá a ser sua
missionária, a exemplo de Madre Bernarda, a fundadora
da Congregação.
Manifestações no final da celebração
O Pároco, Pe. Sidmar, em nome da Paróquia expressou sua alegria pela celebração, felicitou a neoprofessa e
seus familiares e colocou a paróquia sempre à disposição
para a presença das irmãs, que têm casa no local.
Pe. Anderson, em nome da Pastoral Vocacional,
cumprimentou a nova irmã, assegurando-lhe orações. Assinalou também que sua consagração se dá no contexto
do Ano da Vida Consagrada. Expressou o desejo de que o
gesto da Ir. Clarice seja semente de vocações na Diocese
e em toda a Igreja.
Representante da fraternidade onde Ir. Clarice reside atualmente, o Lar de Nazaré, em Marau, recordou
aspectos particulares da vida da Ir. Clarice, evidenciando
sua simplicidade, amabilidade, relacionamento fraterno e
compromisso com Deus e com a Igreja.
Ir. Marinês, a superiora provincial, ressaltou que Ir.
Clarice acabava de entregar sua vida nas mãos de Deus
para estar a serviço dele. Manifestou gratidão a Deus por
este gesto e o compromisso da Congregação de acompanhá-la sempre. Expressou a gratidão da Congregação à
família e à toda a comunidade. Exortou também as jovens
presentes a refletirem sobre possível chamado de Deus a
algumas delas para a vida religiosa.
Por fim, falou Ir. Clarice. Assegurou ter dado um
sim a Deus com toda convicção, confiada na sua graça.
Agradeceu às pessoas que a acompanharam na formação,
religiosos e religiosas, membros da comunidade, especialmente à sua família, berço da sua vocação. (Sua mensagem igualmente está mais à frente).
O Ano da Família na Paróquia de Viadutos
Com o incentivo do Pároco, Pe.
Valdemar Zapelini, leigos da Paróquia de
Viadutos, constituíram o grupo da pastoral familiar que planejou e coordenou a
realização de diversas atividades em favor da família neste ano a ela dedicado na
Diocese de Erexim, conforme seu Plano
da Ação Evangelizadora.
De março a dezembro, o grupo realizou uma atividade marcante em cada mês, com destaque para a visita às
famílias da sede paroquial e cinco encontros de famílias nas comunidades rurais,
em maio, julho, setembro, outubro e novembro; encenação do rosário no mês de
maio; participação na preparação da festa
do Sagrado Coração de Jesus e Santo Antonio, em junho; palestra com integrante
da Escola de Pais de Erechim, Dr. Cezar
Detoni na semana da família em agosto e tríduo de N. Sra.
da Saúde em dezembro.
Jovens em noite de oração antes do Natal
Jovens de Paróquias de Erechim
e de diversas localidades da região,
como Severiano de Almeida, Aratiba,
Jacutinga, Getúlio Vargas, Campinas
do Sul e Passo Fundo, participaram da
vigília de Natal desde as 22h do dia 23
de dezembro até às 06h do dia seguinte , no Santuário de Fátima.
O encontro iniciou com missa às 22h, presidida
pelo Pe. Maicon Malacarne e concelebrada pelos padres
20 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Sidmar Rech, Jóssi Golembiewski,
Cezar Menegat e Valtuir Bolzan. No
final da missa, dois jovens encenaram
Maria e José. Depois da missa, os jovens foram alternando cantos, leituras
bíblicas, recitação de salmos, silêncio
e reflexões partilhadas. Participaram
também em momentos da oração Dom
Girônimo e o Pe. Cleocir Bonetti.
Religiosos celebram datas especiais no Bairro Atlântico
Pe. Fiorelo Collet celebrou 80 anos
de vida e seu irmão, Frei Domingos, 60 de
vida religiosa na Ordem dos Capuchinhos,
em missa na manhã do dia 21 de dezembro,
último domingo antes do Natal, na igreja
Santa Luzia, Bairro Atlântico, concelebrada
pelo pároco local, Pe. Moacir Noskoski, e
Pe. Adelar De Davi, que ajuda na Paróquia.
A celebração litúrgica, seguida de almoço de
confraternização, reuniu familiares e amigos
dos dois, especialmente do Pe. Fiorelo que residiu e atuou
pastoralmente naquela paróquia em 2011 e que atualmente reside em Goiânia, GO, Arquidiocese à qual pertence.
Frei Domingos, que não é o padre, mas irmão capuchinho,
reside na Paróquia de André da Rocha, RS.
Pe. Fiorelo Collet
Nasceu Chapadão, paróquia de Paulo Bento, no dia
11 de julho de 1934. Ele é o quinto dos nove filhos de
Ângelo Eugênio Collet e Amábile Mazzorollo Collet, já
falecidos. Há bastante tempo, a família se transferiu para
a cidade de Erechim.
Pe. Fiorelo cursou o fundamental, ensino médio, filosofia e teologia nas casas de formação dos freis capuchinhos. Tem também pós-graduação em Sociologia e Orientação Educacional pela PUC de Belo Horizonte, MG;
mestrado em Ciências da Religião, pela PUC de Goiânia,
GO, curso de história no México e trabalho de pesquisa na
América Latina, Caribe e Estados Unidos.
Foi ordenado padre no dia 19 de dezembro de 1960, em Porto Alegre, RS. Seu
lema de ordenação é: Eu vim para que todos
tenham vida (Jo 10,10).
Como padre, foi pároco de Rio Verde, GO, de 1963 a 1975. Vigário Paroquial
e Pároco em Campo Grande, MS, de 1987 a
2000; Pároco e Vigário Paroquial em diversas paróquias de Goiânia, de 2001 a 2006;
coordenador da Pastoral Universitária na
PUC de Goiânia, de 2007 a 2010.
Atuou no campo social e educacional, fundando
uma Escola de Promoção Humana em Rio Verde, onde
também participou ativamente da implantação do Ensino
Superior. Foi professor universitário por muitos anos.
Há mais dez anos, passou a integrar o presbitério da
Arquidiocese de Goiânia, à qual ainda pertence.
Frei Domingos Collet
Nasceu no dia 02 de agosto de 1936, em Chapadão,
Paulo Bento. Em 1947, entrou no Seminário dos capuchinhos. Fez seus primeiros votos em 31 de julho de 1955.
Trabalhou nas seguintes localidades: Caxias do Sul, no
jornal Correio Riograndense, por 5 anos; Aparecida do
Tabuá, Mato Grosso, por 4 anos; em Veranópolis, no Seminário, por um ano; Em Bagé, no Instituto de Menores,
por 20 anos; em Maracujá, SC, no Seminário, por 4 anos;
em Bagé, novamente no Instituo de Menores, por 4 anos;
em Caxias do Sul, no Correio Riograndense, por 10 anos;
André da Rocha, na Paróquia, há 3 anos.
No sepultamento da mãe do Pe. Olírio,
Bispo destaca amor materno
A Paróquia São Pedro de Sede
Dourado, município de Aratiba, viveu
o velório e o sepultamento de Atelma
Streher, mãe do Pe. Olírio, dia 16 de
janeiro. A missa de corpo presente foi
presidida por Dom José e concelebrada
por Dom Girônimo e 13 padres. Contou
com a participação de dois diáconos, diversos ministros, representantes das paróquias de Gaurama, Jacutinga, Aratiba, Erechim e parentes de outras cidades do Estado e de fora dele.
No início de sua homilia, Dom José se referiu ao
luto de duas famílias, a Streher e a presbiteral, pois a mãe
de um padre, por extensão, torna-se mãe dos outros presbíteros.
A partir da leitura da missa, da primeira carta de São
João, sobre o amor de Deus, o Bispo ressaltou o amor da
mãe, que acolhe e protege a vida. Ela é
o coração da família. Por isso, quando
uma mãe falece, parte do coração da família vai para o céu com ela. A mãe é a
ternura de Deus. É um ombro amigo em
todas as fases de nossa vida. São João
deixa claro que o amor vem de Deus Pai
que nos ama com o coração de mãe. Vivendo esta experiência amorosa, Atelma ensinou a seus
filhos este amor, ensinou o caminho cristão, o caminho
da fé, da participação na comunidade, nas celebrações. A
mãe parte, mas o testemunho fica. Testemunho de fé e de
vida. O amor com que amou a levou até Deus. O coração
que ama nunca se esvazia.
Concluindo, fez um convite: não deixemos de amar,
não deixemos morrer o amor em nós, pois o amor a Deus
e aos irmãos é o caminho para a casa do Pai.
21 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Em nome dos presbíteros Pe. Bolzan destacou a presença muito especial do Pe. Olírio na família presbiteral e
externou a comunhão e a solidariedade de todos com ele e
com os familiares.
Pe. Olírio em nome da família agradeceu a presença
dos bispos, padres, diáconos, ministros, familiares, parentes e comunidades. Observou que este era o 4º momento
em que todos os membros da família estavam presentes.
O 1º foi na sua ordenação e primeira missa, o 2º nas bodas
de ouro dos pais, o 3º nas bodas de diamante dos pais e o
4º neste dia, na partida da mãe. Concluiu com uma frase
da mãe: “Eu tenho uma vida boa”!
Há menos de dois meses, dia 25 de novembro, na
mesma comunidade, houve velório e missa de corpo presente do pai do Pe. Altair Steffen.
Atelma Ely Streher
Atelma nasceu no dia 29
de outubro de 1927, em Linha
Liso, Município de Aratiba.
Tem duas irmãs e 4 irmãos, todos falecidos. Atelma, sendo a
mais velha, foi a última a falecer.
Com dois anos de vida, foi, com
sua família, morar na Linha Santa Cecília, estrada entre
Sede Dourado e Aratiba, local da sua morada até hoje.
Casou-se com Libino Inácio Streher no dia 2 de fevereiro de 1946.
Atelma tem dez filhos: Ari (casado com Loiri Maria
Hilgert), Iraci Maria (casada com Flávio Kottwitz), Elói
(casado com Ivaldina Isotton), Egon Antônio (casado com
Cleusa Alves Pereira), Pe. Olírio, Valdir (casado com Ana
Odete Dudek), Ademir (Casado com Zabelita Tonin), Gilmar (casado com Ires Trentin), Valdecir (casado com Marli
Madalozzo) e Rosane Fátima (casada com Elói Matté).
Atelma tem 21 netos, 13 bisnetos e 1 trineta.
Incansável trabalhadora, manhã, tarde e noite. Muito atenciosa aos afazeres da casa. ‘Nas horas de folga’, ia
trabalhar na horta, no jardim ou na roça.
No domingo, a principal coisa a fazer: participar da
missa, o que a impedia de fazer no último ano, devido às
forças físicas debilitadas.
Alegria dela era a família, família unida e reunida.
Alegria especial era acolher a visita de seus filhos.
Uma das últimas palavras ditas, ao ser perguntada
por um filho:
- “A mãe está contente?”
- “Sim! Eu não tenho nenhum motivo para estar reclamando”, disse ela. Paróquias de Aratiba e Dourado reúnem animadores de canto
Pe. Rudinei Lolato, Pároco da Paróquia São Tiago
de Aratiba e Administrador Paroquial da Paróquia São
Pedro de Sede Dourado, reuniu animadores de canto das
comunidades para ensaio com o Pe. Olírio Streher, Pároco
de Gaurama, na noite do dia 21 de janeiro, festa de Santa
Inês, jovem mártir do início da Igreja.
Com sua metodologia envolvente, Pe. Olírio fez os
79 participantes vibrarem com canções do tempo quaresmal, especialmente o hino da Campanha da Fraternidade
deste ano, que tem como tema: Fraternidade, Igreja e Sociedade e o lema “Eu vim para servir”. O CD, o folheto
o caderno com a partitura dos cantos ensaiados estão à
disposição na Livraria Diocesana.
Paróquia São Pedro de Erechim acolhe novo vigário paroquial
Em missa às 18h, no dia 24 de
janeiro, na igreja São Pedro de Erexim,
dom José apresentará o novo vigário paroquial Pe. Adelar Pedro De David, que
substituirá o Pe. Jóssi Golembiewski,
que exercerá a mesma função na paróquia N. Sra. do Rosário de Barão de Cotegipe a partir do dia 30 de janeiro.
Pe. Adelar será também responsável pela capelania do
Hospital de Caridade, em conjunto com o Pároco, Pe. Paulo
Bernardi.
Pe. Jóssi foi vigário paroquial da São Pedro em 2010 e
2011 e em 2014. Em 2012 e 2013, foi Pároco da Paróquia N.
Sra. Aparecida, Bela Vista. Nesses cinco anos, foi capelão
do Hospital de Caridade e do Lar dos Velhinhos.
22 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Pe. Adelar Pedro De David
Nasceu no dia 21 de julho de
1945, na Linha Lambedor de Severiano
de Almeida. Estudou no Seminário de
Fátima de Erechim, parte da filosofia no
Seminário N. Sra. Imaculada Conceição de Viamão e parte na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Fez Teologia na Pontifícia
Universidade Católica de Porto Alegre. Posteriormente,
já como padre, fez Mestrado em Teologia da Missão na
América Latina em São Paulo. Foi ordenado padre no dia
16 de dezembro de 1972, em Severiano de Almeida. Trabalhou no Seminário de Fátima de 1973 a 1975, atuando
também em Bairros da cidade e acompanhando a JOC, Ju-
ventude Operária Católica. Por solicitação da CNBB, foi
cedido pela Diocese para ser assistente da Juventude Operária Católica de 1976 a 1979, acompanhando também a
Ação Católica Operária e a Pastoral Operária. De 1980 a
1981, trabalhou na Diocese de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, onde foi assistente dos jovens, acompanhou os movimentos sociais com atuação de cristãos e participou da
comissão pró-criação da Diocese de Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense. Passou a trabalhar na nova Diocese
de 1982 a setembro de 2013, quando teve um ano sabático,
tempo de estudo, reflexão e revigoramento, residindo em
Severiano de Almeida e em Erexim. De outubro do ano
passado até agora, ajudou na Paróquia Santa Luzia, Bairro
Atlântico, onde motivou a criação de um núcleo local da
Cooperativa de Habitação Central do Brasil, Coohabras.
Na Diocese de Duque de Caxias exerceu diversas funções:
foi o primeiro vigário geral, foi Coordenador de Pastoral,
membro do Conselho de Presbíteros, vigário episcopal de
uma região, foi pároco em cinco paróquias e por algum
tempo responsável por três paróquias junto com dois padres e um diácono. Ajudou a constituir muitas Comunidades Eclesiais de Base e atuou nos movimentos populares,
no projeto de combate à miséria e à fome e no do combate
à desnutrição materno-infantil, no processo da Constituinte e no movimento pela ética na política. É um dos fundadores da Organização Não Governamental Centro de Ação
Comunitária, CETAC, para a formação de militantes sindicais e de movimentos sociais.
Bispo preside sepultamento de pai de
funcionário da Cúria Diocesana
Às 09h do dia 26 de janeiro,
na igreja N. Sra. Aparecida, Bairro
Bela Vista, Dom José, junto com o
pároco, Pe. Cezar Menegat, e outros
seis padres, presidiu missa de corpo
presente do Senhor Roberto Darci
Petzhold, pai de Juliano, funcionário da Cúria Diocesana
há mais de vinte anos.
Dom José refletiu com os fiéis sobre a experiência
da morte, comum na vida de todos. Mesmo que
não se queira pensar nela, é uma realidade, mas na
fé em Cristo, ela é passagem para a ressurreição.
O próprio Cristo assumiu a morte para abrir-nos
o caminho da vida eterna, conforme a leitura da
missa. Marta, figura do evangelho da celebração,
manifestou que via em Cristo esperança de vida:
“Se tivesses estado aqui, meu irmão teria morrido”. Mas ele lhe assegura: “Eu sou a ressurreição
e a vida”. Toda pessoa, ao nascer, inicia a história
de sua vida. Quem casa, inicia uma história de vida familiar. Partilha sua vida. Além da família, a comunidade é
forma de partilhar a vida. Roberto, em sua vida, constituiu
família e estava integrado na comunidade. A história de
sua vida vai além dele e da própria
família. Vai ser lembrado pela comunidade. Assim como as pessoas
foram manifestar solidariedade a
Marta e Maria, pela morte do irmão,
Lázaro, os membros da comunidade
se solidarizam com a família do falecido. Os familiares
têm o consolo e o conforto das pessoas porque foi solidário e de grande de fé. Ninguém poderá apagar a história de
sua vida. Por fim, desejou que Maria, a mãe de Jesus, acompanhe Roberto para apresenta-lo ao Pai.
Roberto nasceu no dia 13 de fevereiro de
1939, em Getúlio Vargas. Aos 13 anos, quando a
família já se mudara para Erechim, foi trabalhar
na madeireira dos Irmãos Menegatti até se aposentar. Em 1962, casou com Delcyra Secchi, com
quem teve 4 filhos (Rosângela, Roseleine, Clariston e Juliano) que lhe deram 4 netos (Bruna, Jéssica, Bernardo e João Felipe).
Membro da comunidade N. Sra. Aparecida há 31
anos, foi coordenador do seu Conselho por dois períodos.
Em consequência de acidente vascular cerebral, estava enfermo há 10 anos.
Assembleia da Paróquia São Tiago, Aratiba
Sob a coordenação do Pároco, Pe. Rudinei Lolatto,
147 lideranças das comunidades rurais e urbanas participaram de assembleia paroquial no dia 27 de janeiro, no
Salão Comunitário de Aratiba.
Pe. Rudinei apresentou a Pastoral do Dízimo e a
prestação de contas da Paróquia no exercício de 2014. As
lideranças também fizeram a avaliação dos trabalhos pastorais e administrativos realizados no ano que passou e
levantaram sugestões para o corrente ano.
Entre as diversas atividades previstas para este ano,
a Paróquia terá a visita pastoral do Bispo Diocesano, Dom
José Gislon.
Para o Pároco, a assembleia é momento de afirmar
a unidade na caminhada da Paróquia, em sintonia com a
Diocese, e também de proporcionar às lideranças o exercício de pertença à Igreja’.
23 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Pe. Cleocir e Pe. Jóssi na condução da
Paróquia de Barão de Cotegipe
Dom José Gislon, acompanhado de
16 padres, muitos ministros, seminaristas e
coroinhas, oficializou os padres Cleocir Bonetti e Jóssi Golembiewski no ministério de
pároco e de vigário paroquial da Paróquia N.
Sra. do Rosário de Barão de Cotegipe, em
missa nesta sexta-feira, 30, às 19h30. No início da celebração, Pe. Altair, o pároco que
concluía seu período na paróquia, acolheu o
bispo e a todos os participantes, justificando a ausência do Pe. Luiz Warken, até agora
vigário paroquial, em razão de estar em recuperação de cirurgia na clavícula esquerda,
em consequência de acidente de carro. Dom
José apresentou os dois padres que passam a conduzir a paróquia, com a leitura da provisão de sua nomeação.
Pe. Cleocir Bonetti
Pe. Cleocir nasceu no dia 07 de agosto de 1972,
em Vista Alegre, Município e Paróquia de São Valentim.
Fez o curso fundamental na Escola de Vista Alegre e
no Colégio de São Valentim. Cursou o segundo grau no
Seminário de Fátima, filosofia no Seminário de Viamão
e teologia no Instituto de Teologia e Pastoral de Passo
Fundo. Foi ordenado padre no dia 06 de fevereiro de
1999, na igreja de São Valentim. Trabalhou no Seminário de Fátima de 199 a 2001. De 2002 a agosto de
2005, foi vigário paroquial da Paróquia São Cristóvão
de Erechim. De agosto de 2005 a agosto de 2008, esteve
em Roma em curso de especialização em História da
Igreja. De 2009 a 2014, foi assistente dos seminaristas
da filosofia e teologia da Diocese de Erexim, em Passo
Fundo. É professor do Instituto de Teologia de Passo Fundo.
Pe. Jóssi Golembiewski
Nasceu no dia 10 de setembro de
1980, em Gaurama. É o terceiro dos 4 filhos de Carlos Golembiewski (já falecido)
e de Judite Lavandoski Golembiewski.
Sua família residia no interior do município de Centenário, comunidade Lajeado
Valeriano, pertencente à Paróquia Santa
Ana, em Carlos Gomes. Atualmente, a
mãe e o Túlio residem na comunidade
Cristo Rei de São João da Urtiga, Diocese de Vacaria.
Pe. Jóssi ingressou no Seminário Nossa Senhora
de Fátima - Erechim, em 1995, cursando a oitava série.
No ano de 1999 fez o curso Propedêutico e iniciou o
curso de Filosofia na UPF- Universidade de Passo Fundo. Fez a Teologia no Instituto de Teologia e Pastoral,
Itepa, em Passo Fundo.
Foi ordenado diácono no início de 2009. No mesmo ano, exerceu o ministério diaconal na Paróquia Santa Luzia, Atlântico, Erechim.
Foi ordenado padre no dia 19 de setembro de
2009. Como padre, continuou na Paróquia Santa Luzia
até o final de 2009. Como Diácono e como Padre ajudava também na Paróquia de Erval Grande.
Em 2010 e 2011, foi vigário-paroquial da Paróquia São Pedro, Erechim.
Em 2012 e 2013, foi Pároco da Paróquia Na. Sra.
Aparecida, Bairro Bela Vista, Erechim.
De março de 2014 a janeiro de 2015, Vigário Paroquial da Paróquia são Pedro, Erechim.
Itatiba do Sul viveu missões jovens
De 5 a 8 de fevereiro, a Paróquia São Roque de Itatiba do Sul, na
preparação da comemoração de seu
jubileu de ouro, viveu as missões
jovens, atividade da Pastoral da Juventude da Diocese no início de cada
ano. Mais de 110 jovens de diversas
paróquias da Diocese, da Arquidiocese de Passo Fundo e da Diocese
de Vacaria visitaram as famílias, os
estabelecimentos comerciais, as comunidades proporcionando momentos de oração com a
bênção das casas e celebrações.
24 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
O lema das atividades foi versículo do evangelho de São João:
“Se vocês quiserem ser felizes,
vão e coloquem isso em prática”.
O símbolo foi o girassol, a flor que
se volta para o sol da manhã à noite, lembrando que toda pessoa deve
voltar-se a Cristo, Sol da justiça.
Dom José esteve na abertura
das missões, estimulando os jovens
nesta iniciativa evangelizadora. Pe.
Maicon, assessor diocesano da Pastoral da Juventude, e
Pe. Cleberton Piotrowski, Pároco, presidiram a celebração
de abertura e de conclusão das missões.
Em menos de um mês, Pe. Olírio
e irmãos sepultam mãe e pai
No dia 07 de
fevereiro, no hospital
comunitário de Aratiba, faleceu Libino
Inácio Streher, pai do
Pe. Olírio, cuja mãe,
Atelma, falecera no
dia 15 passado. O sepultamento foi no dia seguinte, 08,
domingo, às 16h, com missa de corpo presente na igreja
São Pedro de Sede Dourado, presidida pelo Bispo Diocesano e concelebrada por Dom Girônimo e 17 padres, além
do Pe. Olírio. Expressiva caravana de Gaurama, onde Pe.
Olírio é Pároco, participou da missa. Bom número de pessoas de Jacutinga, onde ele também foi Pároco, e de Erechim, por sua ligação com o Santuário, também participou
da missa, junto com muitos membros da comunidade e os
familiares do falecido. De seus 10 filhos, apenas aquele
que reside no Mato Grosso não conseguiu estar pela impossibilidade de chegar em tempo.
Dom José falou do amor que uniu Libino e Atelma
que ultrapassa a própria morte. (A íntegra da homilia do Bispo está acima, no bloco Reflexões de Dom José)
No final da celebração, Pe. Olírio agradeceu a todos
pela presença, especialmente ao irmão e cunhada que cuidaram dos pais até sua morte. Recordou que o corpo do seu
pai estava num lugar em que muitas vezes estivera. Quando
a igreja foi construída, ele foi um dos primeiros que ajudou a quebrar pedras e assentar a base dela. Nessa igreja,
filhos dele casaram e ele foi ordenado padre. Em fevereiro
de 1996, celebraram aí as bodas de ouro dos pais e em 2006,
as de diamante, junto com outras datas jubilares da família, entre elas as de prata sacerdotal do próprio Pe. Olírio.
Registrou, que pelo testemunho do irmão e da cunhada que
cuidaram dos pais, os últimos anos foram o tempo em que
mais namoraram. Ouviam-nos dizer: “Há quantos anos estamos juntos”, manifestando serem plenamente felizes. Por
esta razão, quando Libino chegou à capela mortuária para
o velório da esposa, exclamou: “Quase 70 anos juntos e tu
vais embora?!” Concluiu testemunhando: “estamos todos
com o coração dolorido, mas agradecido.”
Antes de dar a bênção, Dom José registrou que o Pe.
Olírio estaria de aniversário nesta segunda-feira, dia 09,
apresentando-lhe os cumprimentos de todos e votos de que
continue vivendo com alegria e plena doação seu ministério.
Dados biográficos
Filho de João Ströher e Etelvina
Klein Ströher, Libino Inácio Streher nasceu no dia 25 de Novembro de 1920, em
Picada Cará, Município de Feliz, na época, Município de São Sebastião do Caí. De 2 de maio de 1939 até 02 de abril de 1940, em
tempo de 2ª Guerra Mundial, Libino serviu no Exército, 8
meses em São Leopoldo e 4 em Pelotas, na Unidade do 9º
Regimento da Infantaria. Nesse tempo, foi mudado seu sobrenome: de Ströher para Streher.
Ainda solteiro, Libino veio das “colônias velhas” no
dia 1º de junho de 1941. Chegou em Três Arroios, onde permaneceu um mês. Depois foi trabalhar um ano na casa de
seu irmão mais velho, José, na capela Nossa Senhora dos
Navegantes, Porto Itá, Município de Aratiba. Morou três
anos com sua irmã Leonora, casa do Claudino Schuch, em
Sede Dourado
Casou-se com Atelma Ely no dia 2 de fevereiro de
1946.
Tiveram dez filhos: Ari Afonso (casado com Loiri
Maria Hilgert), Iraci Maria (casada com Flávio Kottwitz),
Elói Blasius (casado com Ivaldina Isotton), Egon Antônio (casado com Cleusa Alves Pereira), Pe. Olírio, Valdir
(casado com Ana Odete Dudek), Ademir Roque (Casado
com Zabelita Tonin), Gilmar Francisco (casado com Ires
Trentin), Valdecir Pedro (casado com Marli Madalozzo) e
Rosane Fátima (casada com Elói Matté).
Os filhos lhes deram 21 netos, 13 bisnetos e 1 trineta.
Libino foi internado no Hospital de Aratiba na tarde
de sábado, dia 7 de fevereiro, vindo a falecer no mesmo dia
às 21 horas. Há poucos dias, no dia 15 de janeiro, faleceu sua esposa Atelma Ely Streher. No dia 02 de fevereiro de 2015,
teriam celebrado 69 anos de vida matrimonial. Agora, convivem eternamente no amor fiel que testemunharam em vida
neste mundo.
Paróquia São Pedro, de Sede Dourado,
Aratiba realiza assembleia
O Administrador Paroquial, Pe. Rudinei Lolatto, coordenou assembleia com 76 lideranças das comunidades da matriz e
capelas, dia 26 de janeiro, no Salão Comunitário de Sede Dourado. Pe. Rudinei apresentou a Pastoral do Dízimo no exercício
de 2014. As lideranças também fizeram a avaliação dos trabalhos pastorais e administrativos realizados no ano que passou e
levantaram sugestões para o corrente ano. Entre as diversas atividades previstas para este ano, a Paróquia terá a visita pastoral
do Bispo Diocesano, Dom José Gislon. Também esta Paróquia,
a partir de maio, terá novamente seu novo pároco, Pe. Jorge
Elias Dal’Agnol, atualmente pároco de Capoerê, para onde irá
o Pe. Altair Steffen, natural de Sede Dourado. 25 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Dom Demétrio celebra jubileu de ouro de
ordenação presbiteral e 75 anos de vida
Dom Luiz Demétrio Valentini, Bispo de Jales, SP
desde 15 agosto de 1982, natural de São Valentim, da Diocese de Erexim, completou 75 anos de vida no dia 31 de
janeiro e 50 anos de ordenação sacerdotal, no dia 06 de
fevereiro, com celebrações onde nasceu e onde trabalhou
como padre. No dia 30, às 19h30, celebrou missa de ação
de graças na igreja N. Sra. Medianeira, da Paróquia da
Barra do Rio Azul, onde foi administrador paroquial de janeiro de 1978 a maio de 1982; No dia 31, às 18h, missa na
igreja São Tiago, Aratiba, onde foi pároco também de janeiro de 1978 a maio de 1982; Dia primeiro de fevereiro,
às 08h, missa no Santuário de Fátima, pois foi professor
e reitor do Seminário de 1965 a 1977; às 10h30, missa na
igreja São Valentim de São Valentim, de onde é natural e
onde foi ordenado padre.
Em cada celebração destacou algum aspecto marcante de sua vida na localidade.
A celebração na Barra do Rio Azul
O
pároco,
Pe. Nelson Longo,
acolheu o Bispo
jubilar. Presença
especial na celebração foi a de seu
colega de estudos,
Dom José Mário Stroeher, Bispo de Rio Grande, bem
como a de dois padres de Jales. Além do pároco, outros
três padres e um diácono da Diocese de Erexim participaram da celebração, que teve especial animação por um
vibrante grupo de canto.
Na homilia, a partir do evangelho da última Ceia de
Cristo, na qual instituiu a Eucaristia, o jubilar ressaltou que
ela é o que de melhor e maior o padre pode realizar. Recordou que em sua ordenação episcopal, recebeu de presente
daquela Paróquia o vaso para os óleos dos sacramentos,
que tinha consigo. O sacramento que o bispo mais celebra
é a crisma. Nos seus quase 33 anos de bispo confirmou
muitas pessoas e ultimamente os filhos dos primeiros, o
que o faz perceber o transcurso do tempo. Mais ainda como
a fé se transmite de pais para filhos. Lembrou também seu
trabalho na Diocese de Erexim na animação vocacional,
cujos frutos são um bom número de padres. Fez relação
da padroeira da Barra, N. Sra. Medianeira, com a Diocese
de Santa Maria, onde se cultiva intensamente a devoção
à Medianeira. Escolhendo esta padroeira, os fundadores
expressaram sua com a Diocese a que então pertenciam.
Por fim, lembrou sua sobrecarregada agenda de trabalhos
quando pároco de Aratiba e Barra, com aulas na Universidade em Erechim e em escola em Aratiba.
No final da celebração, os dois padres de Jales usaram da palavra para expressar a estima a seu bispo e o reconhecimento à Diocese de Erexim da qual ele é natural.
26 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
O diácono Neudir Bagatini, saudou o jubilar destacando a vocação abraçada e a forma edificante como a
vive.
Dom José Mário, registrou que na véspera de sua
ordenação presbiteral, em Roma, seu colega Demétrio lhe
desejou que fosse um bom padre. Enalteceu no jubilar sua
dedicação a Deus e à Igreja, com especial empenho pela
justiça e pelos pobres. Caracterizou-o como bispo amigo,
que transmite aos outros o amor de Deus derramado em
seu coração. Destacou sua tenacidade e a capacidade de
trabalho. Desejou que N. Sra. Medianeira acompanhe a
todos sob seu manto azul e exortou o amor à família. Por
mais problemas que haja na própria família, é sempre melhor do que não ter família.
Pe. Valdemar recordou que foi pároco de Aratiba e
Barra logo após Dom Demétrio ser nomeado Bispo. Também se referiu ao ritmo intenso de atividades dele. Manifestou admiração pelo entusiasmo e vitalidade de Dom
José Mário.
Por fim, o coordenador do conselho econômico da
comunidade, Sílvio Madalozzo, em nome de todos, entregou um brinde ao jubilar.
Concluída a celebração, houve jantar com padres e
algumas lideranças.
A celebração em Aratiba
No dia de seus 75
anos de vida, 31 de janeiro, festa de São João
Bosco, Dom Demétrio
Valentini, Bispo de Jales, com Dom José e seis
padres, presidiu missa
na igreja São Tiago de Aratiba, celebrando seu jubileu de
ouro de ordenação presbiteral. Depois do canto inicial, o
pároco, Pe. Rudinei Lolatto, acolheu a todos e manifestou
a alegria pela presença do ex-pároco, hoje bispo, acompanhado de dois padres de sua diocese. Em seguida, Dom
José saudou o jubilar, destacando seu trabalho na diocese
e disponibilidade ao chamado de Deus para assumir a função de sucessor dos apóstolos em Diocese distante daqui.
Enalteceu também o gesto de retornar e celebrar o jubileu
nas paróquias em que atuou antes de ser eleito bispo.
Ao falar aos ex-paroquianos, Dom Demétrio afirmou ter muitos motivos de louvar a Deus, e o fazia a partir de alguns fatos. Começou por lembrar que recebeu de
presente da Paróquia de Aratiba o anel de bispo. Mas não
era o mesmo que está usando, pois um dia passou por um
assalto em sua residência. Levaram-lhe o anel, algum dinheiro e alguns pertences. Mas não lhe levaram o mais
importante a vida. A partir do episódio, disse agradecer
a Deus por protegê-lo de muitos perigos, de acidentes no
trânsito nas muitas vezes que viajou de carro a Brasília,
a serviço da CNBB, percorrendo 882 km. Referindo-se
mais diretamente às Paróquias de Aratiba e Barra, onde
trabalhou de 1978 a maio de 1982, ressaltou a pluralidade
cultural pela presença de várias etnias. Mencionou a presença dos franciscanos que atendiam a região a partir de
Três Arroios. No seu espírito evangelizador, deram nomes
de apóstolos a algumas comunidades: São Pedro, para
Sede Dourado; São Tiago, para Aratiba; São João para Lajeado Ouro. Recordou o intenso trabalho no atendimento
às duas paróquias, citando um domingo em que precisou
celebrar duas missas em Aratiba, uma na Barra, duas em
comunidades com festa, uma de sepultamento e participar
de outra no encerramento de encontro de jovens, chamado Treinamento de Liderança Cristã (TLC). Registrou ter
sido em Aratiba que recebeu correspondência da Nunciatura Apostólica informando de sua nomeação episcopal
para Jales, que estava sem Bispo há um ano, o que denotava possíveis problemas.
No final da missa, a coordenadora de Catequese
Mengéle Fátima Wermeier Dalpont, em nome da comunidade, saudou o jubilar. Manifestou-lhe que muitos, em
Aratiba, tiveram sua vida marcada pela presença de Dom
Demétrio quando pároco. Deixou marcas, grande legado
de fé e muitas boas lembranças. Citou frase do santo do
dia, São João Bosco: “com amor, torna-te forte, humilde,
robusto. A seu tempo, tudo compreenderás”. Citou também frase de texto do próprio jubilar: Precisamos animar
pessoas com o nosso exemplo, acolhendo a Boa Nova no
coração, deixando, como Cristo, um exemplo supremo de
amor e torná-lo fonte inspiradora de nosso viver.
Em nome da comunidade, o casal coordenador do
Conselho Econômico lhe entregou um brinde.
Depois da missa, o pároco convidou os dois bispos e
os padres para o jantar, preparado pela funcionária da casa
paroquial e por membros do Conselho Econômico.
A celebração no Santuário de Fátima
Depois da celebração jubilar nas paróquias em que trabalhou como padre, Barra
do Rio Azul e Aratiba,
Dom Demétrio presidiu
missa de ação de graças
por seus 50 anos de ordenação presbiteral no Santuário de Fátima, na manhã do
dia primeiro de fevereiro, concelebrada pelo Pe. Valter Girelli, Diretor do Seminário, por dois padres de Jales e pelo
Pe. Antonio Valentini Neto, do Centro Diocesano.
No início da missa, Dom Demétrio agradeceu a
oportunidade da celebração, pois lhe proporcionava reviver seus anos de estudo e seus trabalhos ligados ao Seminário: 5 anos como aluno, 3 anos como professor, 5 como
reitor e 5 como coordenador diocesano da pastoral vocacional.
Na homilia, referiu-se à leitura da missa que falava
da bondade de Deus que a todos enriquece com sua graça
em Cristo e nele escolhe pessoas para os serviços da Igreja
e ao evangelho que narrava a instituição da eucaristia e a
recomendação aos discípulos de serem servidores. Ressaltou que é sempre reconfortante ouvir que somos chamados e santificados por Deus. Disse que nestes dias, está
recordando inúmeros momentos da vida e pessoas com
quem viveu. Do Seminário de Fátima, destacou o ano de
1953, quando foi inaugurado e ele foi um dos seus primeiros 36 alunos. Funcionava numa construção de madeira. A
construção do seminário de Tapera e de Erechim se deve a
Dom Cláudio Colling, primeiro bispo da Diocese de Passo
Fundo, criada em 10 de março de 1951. Antes pertencia a
Santa Maria. Ainda no final de 1951, o seminário de Tapera estava pronto e iniciou suas atividades em 1952, onde
foi dos primeiros alunos. Quem dirigiu as obras do seminário de Erechim foi o Cônego Dionísio Basso. A madeira
veio das colônias de Monte Alegre. Os tijolos, de olaria
da chácara do Seminário. Assegurou que aquele foi o melhor ano de seus estudos. A primeira aula, com o professor
Vitalino Bevilaqua, foi debaixo de uma árvore, perto do
campinho de futebol. Depois, foram no refeitório. Os alunos trabalhavam e estudavam. Colocaram cerca ao redor
de todo o extenso terreno. Quando chegava um caminhão
com tijolos para a construção do Seminário, interrompiam
os estudos e iam descarregá-los. Faltavam condições, mas
eram contentes e felizes. Em 1955, foi inaugurada a primeira ala, com a presença do Núncio Apostólico, Armando Lombardi. Em 1957, a segunda, com a presença do
Presidente da República, Juscelino Kubitscheck de Oliveira. Em 1965, logo após sua ordenação sacerdotal, retornou ao seminário como professor. Estes e outros fatos
do Seminário de Fátima, como aluno e como professor,
lhe davam motivos de ação de graças.
No final da celebração, o popular “Tuca” dirigiu
breve saudação a Dom Demétrio, testemunhando que fora
um pai para ele, no tempo em que estudou no seminário.
Enalteceu sua competência e sua autenticidade. Em seguida, o Vereador Lucas Farina, entregou ao Bispo jubilar
mensagem com votos de congratulações aprovada pela
Comissão Representativa da Câmara Municipal de Vereadores de Erechim, por requerimento de sua autoria.
A celebração em sua terra natal,
São Valentim
Concluindo as
celebrações de seu
jubileu de ouro presbiteral na região, na
manhã deste domingo,
Dom Demétrio presidiu missa na igreja
São Valentim de São
Valentim, onde foi ordenado no dia 6 de fevereiro de
1965, tendo a seu lado o colega de estudos e de trabalhos,
o bispo emérito, Dom Girônimo Zanandréa, dois padres
de Jales e cinco padres da Diocese. Na impossibilidade da
presença do pároco, Pe. João Zappani, em missa em numa
27 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
comunidade da paróquia, Pe. Antoninho fez o encaminhamento da missa, apresentando os bispos e os padres. Presença especial foi da senhora Inês Vaccaro, com 95 anos,
madrinha de ordenação do jubilar.
Em sua terra natal, na homilia, Dom Demétrio recordou o despertar de sua vocação, padres que marcaram os primeiros anos da Paróquia de São Valentim, seus estudos em
Roma, no período do Concílio, e sua ordenação alguns meses depois de retornar de lá, para se reintegrar na realidade
local. Fez referência ao Côn. Estanislau Pollon, por 40 anos
Pároco da Paróquia de Barão de Cotegipe, à qual São Valentim pertencia até 1944. Criada a Paróquia, foram iniciados
os trabalhos de construção da igreja da sede paroquial. Inicialmente, era para ser no morro atrás da atual. Porém, pela
dificuldade de fazer o rebaixamento e de o povo depois ter
acesso ao templo, ela foi construída embaixo. Foi erguida ao
redor da antiga igrejinha de madeira, sem demoli-la, até que
a nova estivesse quase pronta. Outro padre a que se referiu
foi o primeiro pároco de São Valentim, de 1944 a 1958, Estêvão Vonsowski, simples, humilde, zeloso e com atenção
especial às vocações, a quem se deve, certamente, a ordenação de diversos padres na paróquia. Na festa do padroeiro de
1944, no início da Paróquia, esteve presente o representante
do bispo de Santa Maria, Mons. Oscar Bertoldo. Tendo ouvido que o menino Demétrio queria ser padre, deu-lhe uma
moeda, com o valor, na época, de dois mil reis. Em 1950,
com dez anos, foi para o seminário de Frederico Westphalen, levando quase dois dias para chegar lá. Mencionou ainda o Pe. Atalibo Lise, pároco de São Valentim de janeiro
1959 a maio de 1966, e que está enfermo há quase 9 anos.
Com oração e sua enfermidade continua a fazer muito bem
para a Paróquia e para a Diocese. Por fim, ressaltou que,
com estas recordações históricas, com seu tempo de estudos
e de trabalhos na Diocese como padre, 13 anos no Seminário
e 4 e meio nas Paróquias de Aratiba e Barra do Rio Azul, se
sentia feliz em celebrar missa de ação de graças com seus
parentes e conterrâneos.
Antes da conclusão da celebração, a senhora Lucimar Cortina dirigiu significativa mensagem a Dom Demétrio e um representante do conselho lhe entregou um
brinde.
Após a missa, houve almoço no salão paroquial,
preparado e servido com esmero, competência e cordialidade pelo conselho econômico e colaboradores.
Dom Demétrio Valentini
Dom Luiz Demétrio Valentini nasceu no
dia 31 de janeiro de 1940, em São Valentim-RS.
Seus pais, já falecidos: Antônio Valentini e Tereza Bertoldi. Fez o primeiro grau nos Seminários de Frederico Westphalen, Tapera e Erechim, RS; o segundo grau no Seminário Menor,
Erechim, de 1956 a 1958. Cursou Filosofia no
Seminário Maior de Viamão, RS, de 1957 a
1960 e teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, de 1960 a 1964. Mais tarde,
fez a faculdade de Letras em Palmas, PR. Foi
ordenado padre no dia 06 de fevereiro de 1965, em São
Valentim, por Dom Cláudio Colling, então Bispo de Passo
Fundo. Foi ordenado Bispo no dia 31 de julho de 1982,
na Catedral São José, Erechim, também por Dom Cláudio
Colling, mas agora Arcebispo de Porto Alegre.
Como padre, exerceu as seguintes funções: Professor no Seminário Menor Na Sra. de Fátima de Erechim
(1965-1969); Reitor do mesmo Seminário de Erechim
(1968-1972); Professor na Universidade de Passo Fundo e
no Centro Universitário de Erechim-RS; Promotor Vocacional da Diocese de Erexim (1973-1977); Coordenador
do Setor Vocações e Ministérios e Professor na Escola de
Servidores de Comunidade da Diocese de Erexim
(1972-1978); Pároco de Aratiba e Administrador Paroquial da Barra do Rio Azul (1978-1982).
Suas atividades como Bispo são: Responsável pela
Pastoral Rural no Regional Sul 1; Membro da Comissão
Episcopal de Pastoral da CNBB e, como tal, responsável
pelo Setor de Pastoral Social, Presidente da Cáritas Brasileira e acompanhante da Comissão Brasileira de Justiça e
28 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Paz - por dois mandatos (1991-1998); Delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembleia
da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo
II (1997); Membro da Comissão Pós-Sinodal
do Sínodo da América; Membro da Comissão
Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade,
da Justiça e da Paz-CNBB e novamente Presidente da Cáritas (2007-2011). Como Bispo de
Jales, mantém diversos programas de rádio e
redige muitos textos.
Seu lema de Bispo é: “Venho para Servir”.
A saudação do Papa ao jubilar
Ao Venerável Irmão, Dom Luiz Demétrio Valentini,
Bispo de Jales!
No dia 06 do próximo mês de fevereiro, com alegria
completarás 50 anos de tua Ordenação sacerdotal.
Este evento singular de tua vida, por tantos dons
concedidos neste longo espaço de tempo, se torna motivo de ação de graças Àquele de quem procedem todos os
bens.
Chamado a seguir os passos de Cristo, completados
os estudos filosóficos e teológicos, seja no Seminário Arquidiocesano de Porto Alegre no Brasil, ou na Pontifícia
Universidade Gregoriana em Roma, com ulterior formação literária, recebeste o Sacerdócio, e assumiste não poucos encargos na Diocese de Erexim, onde foste professor
no Seminário Menor, e Reitor do Maior, Professor na Universidade, Promotor Vocacional e Pároco.
Em 1982, por ato de nosso antecessor, o Santo Papa
João Paulo Segundo, de feliz memória, foste nomeado
Bispo da Diocese de Jales, com a finalidade precípua de
orientar os fiéis, instruí-los e santificá-los, tendo um especial cuidado dos fiéis leigos, convocando-os a empenhar
suas forças na missão evangelizadora, “que é o primeiro
serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira em nosso tempo, que fez admiráveis progressos,
mas parece ter perdido o sentido das coisas supremas e de
sua própria vida” (Redemptoris Missio).
Além disto, conhecemos o teu trabalho que prestaste e continuas prestando junto à Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, onde foste também responsável pela
Cáritas, e também como delegado eleito para o Sínodo
Especial para a América, e como membro da Comissão
Especial do mesmo Sínodo.
Celebrando pois o Jubileu de Ouro Sacerdotal, Venerável Irmão, muito te convém celebrar os louvores ao
Pai Celeste, proclamando: “ó Senhor de todas as virtudes,
quem será semelhante a ti?... Tu és meu Pai, meu Deus e o
refúgio de minha vida” (Salmo 89, 9.27).
Cristo, o Príncipe dos Pastores, sob o auspício de
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, com a intercessão de todos os santos desta Nação, de guarde, fortaleça e sustente, em sua providência e clemência.
E como sinal e expressão de nossa fraterna caridade,
seja a Bênção Apostólica, que desta sede de São Pedro
te concedemos, e por teu meio, a toda a tua comunidade
eclesial.
Estejam sempre convosco, caríssimos filhos brasileiros, “a graça e a paz de Deus nosso Pai e de Cristo nosso Salvador!”. (Tit.1, 14.
Vaticano, aos 08 de janeiro do ano de 2015, segundo
de nosso Pontificado.
Assinado: Francisco
Para Dom José, Campanha da Fraternidade
aborda realidades urgentes
Às 18h do dia 18 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, no subsolo da Catedral diocesana, Dom José fez a
abertura da Campanha da Fraternidade deste ano para toda
a região, com transmissão de diversas emissoras de rádio.
Na ocasião, ele assim se pronunciou:
Saúdo com estima e afeto fraterno os irmãos e irmãs
que se encontram aqui no subsolo da Catedral São José.
Saúdo a todos os rádio-ouvintes da rede de emissoras da
região, em cadeia com a rádio Difusão Sulriograndense
AM de Erechim. Saúdo a você que está enfermo, tendo
presente a compaixão de Jesus por aqueles que padecem
com a enfermidade.
A celebração da vida de fé do
povo de Deus é marcada pelos acontecimentos que envolvem a sua caminhada na história. Ao longo dos últimos
cinquenta anos, através da Campanha
da Fraternidade, a Igreja Católica no
Brasil tem abordado temas pertinentes
da nossa sociedade, que afligem milhões de irmãos e irmãs. Graças a ela, muitas realidades
que amarguravam a vida do nosso povo tornaram-se conhecidas e receberam atenção especial por parte da sociedade e das autoridades competentes.
A Campanha da Fraternidade de 2015 tem como
tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. E o lema: “Eu
vim para servir” (Mc 10,45). O objetivo geral desta campanha é aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a
colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo
Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo
brasileiro, para a edificação do Reino de Deus. Neste tempo da Quaresma, queremos recordar juntos, como povo
de Deus a caminho da casa do Pai, o mandato missioná-
rio de Jesus. Lembrando que na sua essência, a Igreja é,
antes de tudo, uma comunidade em saída (em missão).
A Missão recebida do próprio Senhor é de anunciar o Reino, sem medo, indo ao encontro dos excluídos,
e convidá-los para seguirem Jesus, caminho, verdade e
vida, que nos conduz ao Pai. Por isso, tomo a liberdade de
convidar você a fazer deste tempo da Quaresma um tempo especial da graça de Deus em sua vida, a caminho da
Páscoa do Senhor. Quaresma é tempo de conversão. No
Antigo Testamento, conversão significa dar meia volta,
voltar atrás, de um caminho errado. Quem erra a estrada deve voltar sobre os próprios passos e buscar o caminho certo, mas, sobretudo deve voltar
a uma Pessoa que o espera, o Pai de
misericórdia que o ama e aguarda o
seu retorno.
Na vida não é importante a situação da qual iniciamos um processo de
conversão, mas aquela aonde queremos chegar. O Reino de Deus está entre
nós na pessoa de Jesus, e entra na realidade concreta da
vida de cada um pedindo para ser aceito.
Estimados irmãos, em comunhão com todas Dioceses do Brasil, declaro aberta a CF – 2015 na Diocese
de Erexim e convoco os ministros ordenados, instituídos e oficializados, outros agentes de pastoral, as comunidades e as famílias da Diocese a viver com alegria
e muitos frutos de conversão este tempo quaresmal.
Exorto a todas as pessoas de boa vontade a trabalharmos juntos na superação de tudo o que fere a dignidade
de cada pessoa humana. Invoquemos a bênção Deus
para vivermos com proveito este tempo especial que
Ele nos oferece.
29 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
Cinzas, sinal da transitoriedade humana
e da misericórdia divina
Acompanhado pelos padres da Catedral e da Cúria, Dom José presidiu missa
com imposição de cinzas às 18h15 do dia 18
de fevereiro, no subsolo da Catedral, após ter
feito a abertura da Campanha da Fraternidade deste ano, sobre Igreja e Sociedade, com
o lema “eu vim para servir”.
Ressaltou que o rito da imposição das
cinzas, no início da caminhada quaresmal,
quer recordar o quanto é frágil e passageiro o ser humano,
mas também o quanto ele é amado pela misericórdia de
Deus e precioso aos seus olhos, que, em sua generosidade,
não deixou de dar o seu próprio Filho para a sua salvação.
Daí que este tempo de preparação à Páscoa é um chamado
a cada pessoa se reencontrar consigo mesmo, ajudado por
uma vida espiritual mais intensa, marcada pela oração,
pelo jejum e pela caridade.
Destacou que, através da Campanha
da Fraternidade convida seus filhos e filhas
a trabalharem para que as estruturas, as leis,
a organização da sociedade estejam a serviço
de todos, a exemplo de Cristo que veio para
servir e não para ser servido.
Mencionou a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma na qual ele exorta
a todos a superar a tentação da indiferença
para com Deus e para com o próximo, ouvindo o brado
dos profetas que levantam a voz para as pessoas tomarem
consciência do que se passa. Advertiu também para o risco da incoerência de professar o ser cristão com os lábios,
mas negá-lo com as ações e atitudes, que escandalizam,
ferem e fazem sofrer os irmãos da própria comunidade.
Milhares de romeiros da Terra em David Canabarro
Mais de dez mil pessoas
participaram da 38ª Romaria da
Terra, dia 17 de fevereiro, em
David Canabarro, Arquidiocese
de Passo Fundo. Bom grupo da
Diocese de Erexim estava entre elas. A partir das 07h30, os
romeiros foram acolhidos pelo
Arcebispo de Passo Fundo, Dom
Antonio Carlos Altieri e equipe
de recepção em frente à igreja Sagrada Família. Para Dom
Altieri, “nesse dia, a Arquidiocese se torna casa comum
onde se reúnem os filhos e filhas com a maternal bênção
da Mãe Aparecida”. De lá partiram em procissão num percurso de aproximadamente 2 km até o Módulo Esportivo
Municipal.
A procissão teve três paradas para reflexão sobre temáticas específicas, dentro do tema geral da Romaria, sucessão rural familiar, políticas públicas e sustentabilidade
social, à luz do seu lema: eu darei esta terra à sua descendência, que é a promessa de Deus a Abraão. A primeira
parada esteve a cargo da Emater, e abordou a sucessão
rural familiar. A segunda, a cargo da Cáritas Arquidiocesana, destacou o pedido do Papa: “Por favor, continuem
na luta pela dignidade da família rural, pela água, pela
vida e para que todos possam se beneficiar dos frutos da
terra”. A terceira, sob a coordenação do MST, aprofundou
a temática das políticas públicas.
Na culminância da procissão, houve a missa presidida pelo Arcebispo de Passo Fundo e concelebrada por
outros 8 bispos do Rio Grande do Sul e pelo Bispo de
Chapecó e muitos padres. (Estavam presentes, além do Ar30 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
cebispo local, Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre,
Dom José Gislon, de Erexim,
Dom José Mário Stroeher, de
Rio Grande, Dom Canísio Klaus,
de Santa Cruz do Sul, Dom Sinésio Bohn, emérito de Santa
Cruz do Sul, Dom Remídio José
Bohn, de Cachoeira do Sul, Dom
Liro Vendelino Meurer, de Santo
Ângelo, Dom Odelir José Magri, de Chapecó e Dom Alessandro Rufinoni, de Caxias do Sul).
Na homilia, Dom Altieri citou o Papa Francisco,
que, no encontro com representantes de Movimentos Populares, em outubro passado, destacava três grandes aspirações e necessidades de todo ser humano: terra, casa
e trabalho. Recordou a mensagem bíblica sobre a criação
que indica a missão do homem e da mulher de serem os
guardiães da terra, que deve ser um grande jardim onde
todos possam viver com dignidade, sem as desigualdades
e a corrupção presentes em nossa sociedade. Mencionou o
anseio dos jovens pelo uso consciente da terra. Concluiu
com um louvor e uma exortação. “Bendito o fruto da terra
e do trabalho humano. Bendito o suor de quem o produz.
Benditas as famílias do mundo inteiro que acreditam e não
deixam morrer a fé, a história, as lutas, a utopia e o júbilo
da esperança que se concretiza no bem de todos. Que a fé
no Deus de toda Terra, que o testemunho dos mártires de
nossas Américas, que o grito de nossos lábios e do nosso
coração convertido ao Amor e a força de nossa união despertem as autoridades responsáveis pelo cuidado de nosso
povo, pelo bem viver de todos”.
Jovens em acampamento e na
Romaria da Terra
Nos dois dias anteriores à Romaria da Terra, mais de
450 jovens do Estado participaram do 10º Acampamento
da Juventude. Mais de 40 eram da Diocese de Erexim.
No primeiro dia, domingo, houve painéis sobre
Gênero, Modelo de produção, Sustentabilidade e Direitos Humanos. No segundo dia, segunda-feira, os grupos
aprofundaram aspectos levantados nos painéis, especialmente sobre a sucessão rural e as questões de gênero.
Realizaram também atividades sobre mística e espiritualidade das causas sociais, abelhas nativas, teatro e juventude rural, filtro dos sonhos, agitação e propaganda,
sucessão rural familiar e autonomia, sistemas agroecológicos e frutas nativas, necessidades e desejos da juventude rural, cooperativismo e sindicalismo, juventudes e
protagonismo por culturas de paz, juventude e reforma
política, produção de insumos alternativos e economia
popular solidária.
Para dom Altieri, o 10º Acampamento da Juventude
foi “uma oportunidade para a juventude se sentir parte integrante e responsável na luta pela justiça e pela paz entre
os povos. A força da juventude é fundamental nesta empreitada da vida”.
Os jovens do 10º Acampamento da Juventude tiveram participação intensa também na Romaria da Terra,
acolhendo os romeiros e romeiras e auxiliando nos momentos de celebração, mística e animação.
Mostra de Ações Sociais Solidárias
Já na última Romaria de N. Sra. Aparecida, no mês
de outubro, em Passo Fundo, houve uma Mostra de Ações
Sociais da Arquidiocese, visando divulgar e fortalecer o
trabalho de promoção humana. Na Romaria da Terra, a
experiência foi repetida, sendo coordenada pela Cáritas
Arquidiocesana, com a participação de mais de 60 grupos,
entre eles empreendimentos da Economia Popular Solidária e agroindústrias da região. Entre os produtos comercializados estavam artesanatos, panificação, lanches, sucos,
hortigranjeiros e orgânicos.
Carta da 38ª Romaria da Terra
Na conclusão das atividades do dia, com a bênção do envio, foi lida a
Carta desta Romaria da
Terra. Ela inicia lembrando o tema e o lema
da mesma: Sucessão
Rural Familiar, Políticas Públicas e Sustentabilidade Social, com
o lema: “Eu darei esta
terra à sua descendência”. Defende um projeto social que garanta
a vida, colocando no
centro o ser humano e a
vida na terra. Apresenta alguns compromissos, entre eles: denúncia do sistema capitalista, intrinsecamente perverso; defesa da democracia e do direito
do povo brasileiro escolher o seu caminho; luta contra a
privatização dos serviços públicos: combate à desmoralização, à criminalização e à repressão dos Movimentos
Sociais Populares e suas causas; retomada e aprofundamento da Reforma Agrária, condição inclusive para
avançar na agroecologia e na agricultura familiar e camponesa; esforço para exigir o compromisso do Congresso Nacional com o Plebiscito oficial por uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma do Sistema
Político; denúncia e combate da violência e extermínio
das juventudes, especialmente a pobre, negra e marginalizada e outros.
Na conclusão da carta, os romeiros se declaram
animados e encorajados por tantas testemunhas que
doaram suas vidas por estas causas, e, inspirados pelas
palavras do Papa Francisco no encontro com os movimentos populares, quando afirmou “O amor pelos pobres está no centro do Evangelho” e que “Terra, teto
e trabalho são direitos sagrados”. Manifestam sua confiança no Reino de Deus, cuja plenitude só se realizará
quando não houver “nenhuma família sem casa, nenhum
camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”.
Renovam o desejo de que os bons frutos desta Romaria
da Terra possam repercutir na vida de todas as nossas
comunidades de fé e de luta. Local da próxima Romaria da Terra
A 39ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul e
o Décimo Primeiro Acampamento da Juventude serão
no município de São Gabriel, na Diocese de Bagé. Os
eventos comemorarão os 260 anos da morte de Sepé
Tiaraju, líder indígena na defesa da terra do seu povo, e
o início das romarias, em 1978. (Com informações e fotos de Pe. Valtuir Bolzan e Victória Holzbach, assessora
de comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo).
31 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
A alegria do Evangelho: uma Igreja que se renova
Ao enviar os discípulos, Jesus
dirigiu-os “às ovelhas perdidas”. A
missão deles era proclamar a proximidade do Reino dos Céus. Por
isso, eles deviam “curar os doentes,
ressuscitar os mortos, purificar os
leprosos, expulsar os demônios”.
Tudo devia ser feito no espírito de
gratuidade: “De graça recebestes,
de graça dai” (Mt 10,6-8). E foram
enviados para tornarem todas as nações “discípulos” de
Jesus (Mt 28,19). Vê-se, portanto, que a perspectiva missionária, transformadora e geradora de vida perpassa a
missão de Jesus.
O Evangelho é sempre o fundamento de nossa fé,
da vida cristã e da missão da Igreja. À luz da Palavra de
Jesus, a missão da Igreja é evangelizar, isto é, dar continuidade àquilo que Jesus “começou a fazer e ensinar” (At
1,1). Por isso, assim se expressou o Papa Paulo VI: “... a
tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão
essencial da Igreja [...]. Evangelizar constitui, de fato, a
graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda
identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14).
Com o Concílio Vaticano II (1962-1965), a Igreja
entendeu-se mais como discípula da Palavra de Deus,
abrindo-se ao mundo moderno com espírito de diálogo.
Por isso afirmou que “as alegrias e os sofrimentos, as esperanças e as angústias dos homens do nosso tempo, são
também as alegrias e os sofrimento, as esperanças e as angústias dos discípulos de Cristo...” (GS 1). Diante do contexto sócio eclesial atual, o Papa Francisco, com a Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho, convida toda
a Igreja para uma “nova etapa evangelizadora”, marcada
pela “alegria” do anúncio do Evangelho. Seu objetivo é
“indicar caminhos para o percurso
da Igreja nos próximos anos” (n. 1).
Quer mostrar, portanto, por onde a
Igreja deve caminhar.
Nas palavras introdutórias
(n. 1-18), o Papa destaca: a necessidade de abrir-se ao outro, não se
fechando nos próprios interesses
(n. 2); a importância do encontro
pessoal com Jesus Cristo (n. 3); o
valor da Palavra de Deus na evangelização (n. 4); a beleza
de compreender o projeto de Jesus como fonte de alegria:
“para que a vossa alegria seja completa” (Jo 15,11) (n. 5);
a importância da simplicidade de vida (n. 7); a grandeza
da abertura ao outro: “quem deseja viver com dignidade e
em plenitude, não tem outro caminho senão reconhecer o
outro e buscar o seu bem” (n. 9).
Na sequência, o Papa Francisco ressalta que “na
doação, a vida se fortalece” e, “no comodismo e no isolamento”, ela “se enfraquece”. Por isso, ele faz um forte
apelo: “recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, ‘a
suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas!’” (n. 10). Para ele, “a
Igreja cresce não por proselitismo, mas ‘por atração’” (n.
14). Segundo o Papa Francisco, “a atividade missionária”,
no contexto atual, “representa o máximo desafio para a
Igreja” e “a causa missionária deve ser [...] a primeira de
todas as causas” da Igreja (n. 15).
Questões para refletir:
1. Que relação há entre a missão que Jesus deu aos apóstolos e a missão da Igreja, hoje?
2. Que Igreja quer o Papa Francisco para os dias atuais?
Cuidado, frágil!
Há algum tempo, apareceu uma reflexão sobre o celular e a Bíblia. O texto lembra que o aparelho se tornou
peça onipresente na vida das pessoas. Para algumas, é o
primeiro objeto a colocar na bolsa ou no bolso. Perceber-se sem ele, causa-lhes inquietação e insegurança. A propósito, o autor questionava: por que não se dá a mesma
atenção para a Bíblia?
A pergunta poderia significar também: por que não
se dá a mesma atenção à oração, à celebração litúrgica
dominical da comunidade, ao diálogo na família e no ambiente de trabalho, à participação voluntária e solidária em
obras sociais e serviços comunitários, à preservação pessoal contra a corrupção e qualquer tipo de ilícito...?
32 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
A inscrição e os sinais nas embalagens comerciais
e de viagem podem também sugerir especial reflexão.
Trata-se das palavras: “cuidado, frágil” e da seta virada
para cima, indicando a posição em que o objeto deve ser
mantido. À inscrição e à seta, pode-se juntar as normas
para o transporte de animais de estimação em viagens e os
cuidados que as pessoas dedicam a eles.
E se fosse ter o mesmo cuidado com a vida humana, especialmente das pessoas mais frágeis, as crianças, os
doentes, as de situação de vulnerabilidade social?
Mencionando isto, alguém me dizia incisivamente:
mas é assunto polêmico. Mas nem por isto deve ser silenciado. Nada contra os bichinhos de estimação. São Francisco
tratava os animais com familiaridade, mesmo o lobo feroz
que ameaçava a população de Assis. Mas será que se dá o
mesmo carinho dedicado a eles às pessoas da convivência
diária? Este carinho será mesmo altruísta ou esconde sutil
egoísmo que os transforma em mero objeto de compensação? E o que é canalizado a eles em alimentação, em tempo,
em tratamento de saúde e de higiene, enquanto a tantas pessoas faltam estes cuidados? Segundo dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais
de Estimação), em seu site, em 2012, as indústrias ligadas
ao setor faturaram R$ 14,2 bilhões. Os Estados Unidos lideram o mercado mundial (30%), seguidos em segundo lugar
por Brasil e Japão (8%), Reino Unido (7%), França (6%)
e Alemanha (6%). Conforme a mesma associação, gastos
com animais de estimação chegam a ocupar 44,7% do orçamento da classe E. As estimativas são de que há 60 milhões
de animais domésticos nas casas brasileiras. Muitas delas
chegam a gastar R$ 600,00 por mês com os seus.
A seta nas embalagens indica para cima. E se procurássemos sempre os “valores do alto”, como recomenda
São Paulo: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas
do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima e não às da terra. Porque
estais mortos e a vossa vida está escondida
com Cristo em Deus”.
Se nunca invertêssemos a ordem dos
valores e princípios fundamentais da vida?
Papa Francisco, na exortação A Alegria do
Evangelho, falando de alguns desafios a serem enfrentados na evangelização, adverte
que na “cultura dominante, ocupa o primeiro
lugar aquilo que é exterior, imediato, visível,
rápido, superficial, provisório. O real cede o
lugar à aparência. Em muitos países, a globalização comportou uma acelerada deterioração das raízes culturais com a invasão de tendências
pertencentes a outras culturas, economicamente desenvolvidas mas eticamente debilitadas” (nº 62).
Na sequência, Francisco alerta que “vivemos numa
sociedade da informação que nos satura indiscriminadamente de dados, todos postos ao mesmo nível, e acaba
por nos conduzir a uma tremenda superficialidade no momento de enquadrar as questões morais. Por conseguinte,
torna-se necessária uma educação que ensine a pensar criticamente e ofereça um caminho de amadurecimento nos
valores” (nº 64).
Lembra também a importância de uma cultura popular evangelizada, pois contém “valores de fé e solidariedade
que podem provocar o desenvolvimento duma sociedade
mais justa e crente, e possui uma sabedoria peculiar que
devemos saber reconhecer com olhar agradecido” (nº 68).
Na atual crise hídrica, com racionamento de água
e ameaça de colapso na energia elétrica, percebe-se mais
vivamente a necessidade do cuidado com este dom natural, indispensável para a vida neste planeta. Porém, muitos permanecem insensíveis. Logo que passar, volta-se ao
desperdício rotineiro.
Muitos cientistas apontam para a situação dramática do meio ambiente. O cuidado com ele se torna um
desafio cada vez mais dramático e urgente. Mas ninguém
cede. Países ricos não querem renunciar à quota necessária de diminuição do nível de consumo a que chegaram.
No evangelho, Cristo admoesta a respeito da atitude do
descuido, da falta de atenção para a realidade, lembrando
o tempo de Noé, quando ninguém dava a mínima e veio o
dilúvio e os levou a todos (Mt 24,36-39).
O cuidado tem, pois, muitas dimensões. A fundamental é a humana. Papa Francisco exorta com frequência
a superarmos a cultura da indiferença para sermos solidários com todos, especialmente com os mais necessitados.
Entre eles, estão os mais frágeis, as crianças e os idosos.
Devemos cuidar de nós próprios e dos outros, da
vida e dos dons que com ela Deus nos concede. A carta
aos colossenses pede o cuidado para que ninguém nos engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições
humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar
em Cristo. São frequentes também os apelos bíblicos à
vigilância, à atenção para não haver nenhum desvio do
caminho de Deus. “Vigiai” recomenda Cristo, porque não
se sabe nem o dia nem a hora... (Mt 24, 42; Mc 13,33ss).
A carta aos Hebreus recomenda com firmeza: “Cuidai para que ninguém abandone a graça de Deus. Que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós,
tumultuando e contaminando a comunidade”
(Hb 12, 15).
Leonardo Boff afirma que há uma falta incomensurável de cuidado. Esta falta tem
como consequência número sempre maior de
pobres, de crianças nas ruas, idosos sem assistência, milhões de pessoas sem viverem o
tempo que poderiam e a terra explorada predatoriamente, comprometendo o futuro da
vida no Planeta.
Para ele, sem cuidado, o ser humano
não sobrevive. “Um recém-nascido deixado a si mesmo,
após poucas horas, morre. Se não cuidarmos de nossa
saúde, de nossa formação permanente e de nossa espiritualidade, lentamente, vamos degenerando, adoecemos,
nos desatualizamos e embrutecemos. O cuidado é a maior
força que se opõe à lei suprema da entropia, vale dizer,
do desgaste natural das coisas. Tudo o que cuidamos dura
muito mais, desde a camisa que usamos até as mãos que
escrevem este texto” (site do autor - https://leonardoboff.
wordpress.com).
Deus cuida de nós e de toda a sua obra. Nós devemos cuidar de nós, dos outros e de tudo o que nos rodeia
e que faz parte de nossa vida. O desafio é o cuidado do
essencial, daquilo de que devemos cuidar mais e do que
nem tanto.
Conforme ainda Leonardo Boff, sem este “cuidado,
transformado em paradigma de compreensão e de atuação e articulado com a solidariedade e a responsabilidade
poderá salvar a vida, a espécie humana e o planeta Terra.
Sem ele não há paz nem alegria de viver”.
Erechim, 21 de fevereiro de 2015.
Pe. Antonio Valentini Neto,
a serviço no Centro Diocesano.
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Dinâmica do Setor Animação Bíblico-Catequética (69)
Tânia Madalosso, coordenadora.
Dinâmica de Acolhida:
Esta é bem conhecida, mas sempre
bom relembrar e aplicar (pode-se
aplicar em todas as etapas).
Ao iniciar um encontro de
Catequese, é importante acolher
bem nossos catequizandos.
Durante a narrativa da história o grupo deve fazer gestos a cada vez que aparecem as
palavras, procurando pessoas diferentes a cada vez que o
gesto se repetir.
Incentive a turma a fazer os gestos com rapidez, sem
retardar o ritmo da narrativa.
PAZ – Um aperto de mão NARRATIVA: Era uma vez uma pessoa chamada
Amor. Aquela pessoa chamada Amor sonhava sempre
com a paz. Certo dia, descobriu que a vida só teria sentido
quando ele encontrasse a paz. E foi exatamente naquele
dia que o Amor saiu à procura da paz.
Chegou ao local aonde ia todos os dias e encontrou
os seus amigos com um sorriso nos lábios. Então, Amor
começou a perceber que o sorriso dos amigos comunicava a paz.
E percebeu que a paz existe no íntimo de cada pessoa e, para vê-la basta aprender a dar um sorriso. No mesmo instante, seus amigos perguntaram juntos: Amor, ó
Amor! Você sabe onde está a paz? Ao que ele respondeu:
Sim, encontrei a paz. Ela existe dentro de cada um de nós.
Basta sabermos dar um sorriso. Então, todos os que têm
Amor tragam a paz e o sorriso para cá. E assim, todos
ouçam: Bem-vindo!
AMOR – Bater palmas três vezes SORRISO – Uma gargalhada
Ervas e alimentos medicinais (74)
Pe. Ivacir Franco
CNF/MT nº. 0120.
Ipê Amarelo
dwith
Tabebuia alba, San-
Pertence à família
das Bignoneáceas
Também conhecido
como: Ipê, árvore-símbolo-do-Brasil
O Ipê Amarelo é
uma árvore adaptada ao
Brasil todo. Quando adulto chega atingir 15 metros
de altura. Apresenta folhas verdes compostas de três folíolos ásperos. As suas
flores são de cor amarelo-dourado e floresce na primavera
na região Sul. É a árvore símbolo do Brasil.
Propriedades medicinais:
Pode ser usado dele a entre casca, os ramos novos
e a flor.
Consumindo suas flores em forma de chá encontra-se moderadamente a vitamina C que é um antioxidante
que tem capacidade de proteger o organismo dos danos
34 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
provocados pelo estresse, e equilibra o organismo todo.
Para quem utilizar fazer o chá de sua casca ou os
ramos novos o mesmo é moderadamente depurativo do
sangue, pois ajuda a eliminar os pruridos e eczemas do
organismo e da pele toda. Também desta forma é feito o
chá que auxilia bastante a diminuir as dores provocadas
pelo reumatismo e dores ligadas aos ossos.
Também o chá de sua casca ajuda no combate de
ulceras, e ajuda a diminuir as inflamações na mucosa, feridas na boca na gengiva e na garganta.
Muitos usam do mesmo também em forma de chá
para eliminar a água do inchaço das pernas e diminuir as
dores em geral, pois o mesmo é um ótimo calmante. Para
quem consumir o chá dos brotos novos o mesmo age contra tumores internos e ao mesmo tempo diminuindo a dor
que também é moderadamente analgésico.
Nossos índios e primitivos usam fazer o banho com
a flor do mesmo para diminuir a dor provocada por entorses, hematomas e dores em geral.
Muitos usam também fazer o banho do mesmo misturando as flores e os brotos novos para purificar feridas e
também para eliminar coceiras diversas.
Obs.: A mulher no período da gestação ou lactação
não deve consumir o chá do mesmo.
73ª Receita de Culinária
Daniela Guerra, Erval Grande
Estrogonofe de Chocolate
INGREDIENTES
- duas latas de leite condensado;
- 395 ml de leite;
- seis colheres de chocolate em pó;
- seis ovos;
- uma colher de sopa de manteiga
- uma cx. de creme de leite;
- 100 g de nozes picadas
- 400 g de chocolate ao leite em lascas;
MODO DE PREPARO:
1. Misture o leite condensado, o leite e o chocolate em pó.
2. Junte as gemas peneiradas e a manteiga e
leve ao fogo baixo sem parar de mexer até
ponto de brigadeiro mole. Deixe esfriar.
3. Bata as claras em neve e incorpore-as devagar ao creme.
4. Acrescente o creme de leite, as nozes, o
chocolate ao leite em lascas e o rum. Mexa e
distribua em taças. Sirva gelado.
- 50 ml de Rum.
Falecimento do Diácono emérito
Domingos Coan
Na manhã do dia 06
de janeiro, faleceu o diácono emérito da comunidade
N. Sra. do Rosário, Rio
Negro, da Paróquia da Catedral São José, Domingos
Coan. Seu sepultamento
foi no dia seguinte, 07 de
janeiro, com missa de corpo presente naquela comunidade, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom José
Gislon.
Domingos nasceu no
dia 16 de abril de 1928.
Estava, pois, com 86 anos.
Era o primeiro dos seis filhos de Bernardo e Irene
Coan, membros do grupo
de fundadores da comunidade. Ele casou com Clarice
Tereza Calegaro em 14 de maio de 1955. O casal teve
cinco filhos - Maria Nilce, Inésia, Carlos, Ivete e Neu-
sa. Sempre atuante na comunidade, especialmente
na liturgia, em 1975, fez
o curso de preparação ao
diaconato. Foi ordenado
diácono no dia 05 de junho de 1983. Em 31 de
outubro de 2006, o então
Bispo Diocesano, Dom
Girônimo
Zanandréa,
aceitou seu pedido de renúncia ao ofício de diácono, por “sentir-se debilitado fisicamente e por já
contar com setenta e oito
anos de idade”, passando
a ser diácono emérito. (A
foto é de primeiro de maio
de 2011, por ocasião da
missão canônica de Adélia Dariva, em missa presidida
por Dom Girônimo Zanandréa, com a participação do
Pároco, do Diácono Domingos e de vários ministros).
35 - COMUNICAÇÃO DIOCESANA – Março / 2015
ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
No Ano da Paz em nosso País, com o Papa Francisco, o Bispo
e os padres desejam a você a Paz que Cristo transmitiu aos
apóstolos no dia da Páscoa e que “a força transformadora que
brota da sua Ressureição alcance a todos em sua dimensão
pessoal, familiar, social e cultural e fortaleça em cada coração
sentimentos de fraternidade e de viva cooperação”.
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Mensagem do Papa para o Dia da Paz e Quaresma 2015 Notícias