Universidade Católica de Brasília PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROJETO DE PESQUISA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Enfermagem A INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE EM MORADORES DE RUA NA RODOVIÁRIA DO PLANO PILOTO - DF. Autor: Geyson Alberto Oliveira Almeida Orientadora: Prof.(a) Dra. Maria do Socorro Nantua Evangelista BRASÍLIA 2009 2 Geyson Alberto Oliveira Almeida “A incidência de tuberculose em moradores de rua na Rodoviária do Plano Piloto - DF.” Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem da Universidade Católica de Brasília como exigência parcial para obtenção do grau de bacharelado em Enfermagem. Orientadora: Prof.(a) Dra. Socorro Nantua Evangelista Brasília 2009 Maria do 3 PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO -PRG Curso de Enfermagem FOLHA DE AVALIAÇÃO Aluno: Geyson Alberto Oliveira Almeida Tema da monografia: A incidência de tuberculose em moradores de rua na Rodoviária do Plano Piloto – DF. Data da defesa: 16/06/2009 Local da defesa: Universidade Católica de Brasília - UCB Matrícula: UC05011381 Orientador: Drª Maria do Socorro Nantua Evangelista Assinatura:______________________________________ Avaliador 1: Msc. Alexsandro Cosme Dias Assinatura:______________________________________ Avaliador 2: Dr. Allan Kardec Rezende Napoli Assinatura:______________________________________ 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela oportunidade de ser teu filho e receber o dom gratuito da vida, por guiar e zelar fielmente por mim. Aos meus pais, por lutar junto comigo a cada dia sem hesitar, sendo sempre meu refúgio e fortaleza. A grandes homens e mulheres especiais que ainda que não sejam citados aqui sabem que foram e são de suma importância em minha vida. Em especial, a minha orientadora Prof.(a) Dra. Maria do Socorro Nantua Evangelista, que dispôs de muita paciência e simpatia, para me ajudar a vencer esse importante degrau da minha vida. 5 Resumo A população que mora na rua é um dos grupos muito susceptíveis a diversas doenças, inclusive a tuberculose. Estudar a incidência de tuberculose entre moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto – DF. Este é um estudo do tipo transversal. Analisaram-se 9 pessoas, sendo aplicado um instrumento contendo informações sócio-demográficos, sintomatologias, doenças e estilo de vida dos suspeitos de tuberculose entrevistados. O banco de dados e a análise foram realizados no Excel e SPSS versão 13.0. Os resultados mostraram que 66,7% dos moradores de rua faziam uma refeição por dia, 66,7% utilizavam substâncias químicas ou entorpecentes, 77,8% deles se abrigam em grupos de mais de três pessoas e relatavam emagrecimento. O grupo etário mais freqüente foi o de 20 a 39 anos, com predominância em homens, as doenças mais relatadas foram Hepatite B e Ptiríase vesicolor. Em relação as baciloscopias elas foram na totalidade negativas. Não houve nenhum caso confirmado de tuberculose. Palavras-chave: Tuberculose, desabrigados. Abstract The population that lives on the street is one of the groups most susceptible to several diseases, including tuberculosis. To study the incidence of tuberculosis among residents of the street plan of the Pilot Road - DF. This is a study of the transverse type. We analyzed 9 people and is applied with a socio-demographic information, symptoms, diseases and lifestyle of suspected tuberculosis interviewed. The database and analysis were performed in Excel and SPSS version 13.0. The results showed that 66.7% of residents of the street were a meal per day, 66.7% used illegal drugs or chemicals, 77.8% of them home in groups of more than three people and reported weight loss. The most frequent age group was 20 to 39 years, predominantly in men, the most reported diseases were hepatitis B and Ptiríase vesicolor. For the sputum smear microscopy they were wholly negative. There was no confirmed case of tuberculosis. Keywords: Tuberculosis, homeless. 6 LISTA DE TABELAS: Tabela 1– Distribuição dos casos de moradores de rua segundo o sexo e a faixa etária. Rodoviária, Plano Piloto (DF), 2009 (n=9)...............................................................................27 Tabela 2– Condições de abrigo referido pelos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9).............................................................................................................28 Tabela 3–Condições de alimentação dos moradores de rua na Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9).................................................................................................................................29 . Tabela 4– O uso de substâncias medicamentosas, químicas entorpecentes e o estilo de vida apresentado pelo do morador de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9)................30 Tabela 5– Distribuição das enfermidades atuais e pregressas dos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9)................................................................................31 Tabela 6– A informação que os moradores de rua da Rodoviária tem sobre a tuberculose, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9)...................................................................................................32 Tabela 7– Distribuição dos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto segundo a sintomatologia apresentada. 2009 (n=9)...................................................................................33 Tabela 8 - Distribuição de sintomas clínicos dos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009. (n=9)............................................................................................................34 Tabela 9- Exames anteriormente realizados pelos moradores de rua da Rodoviária para o diagnóstico da tuberculose. Plano Piloto(DF), 2009. (n=9)......................................................35 Tabela 10- Exames diagnósticos de tuberculose solicitados aos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009. (n=9).......................................................................35 e 36 Tabela 11- Resultado das baciloscopias dos moradores de rua da rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9).............................................................................................................36 7 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS HIV Human immunodeficiency virus MHC Major histocompatibity complex IL Interleucine NK Natural killer IFN- γ Interferon gama TNF-α Tumor necrosis factor alpha Tb Tuberculose a. C. Antes de Cristo d. C Depois de Cristo UT Unidade tuberculínica PPD-Rt Purified protein derivative resept tuberkulin BCG Bacilo Calmette-Guerin BAAR Bacilos álcool-ácidos resistentes DOT Directly observed therapy EMB Entambutol PZA Pirazinamida RMP Rifampicina INH Isoniazida PNCT Programa Nacional de Controle da Tuberculose LACEN Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal MGIT Mycobacteria Growth Indicator BK Bacilo de Koch SES-DF Secretaria de Saúde do Distrito Federal TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido NPS/SES Núcleo de Pneumologia Sanitária /Secretaria Estadual de Saúde do DistritoFederal PCT Programa de controle da Tuberculose 8 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................10 2. OBJETIVO GERAL.............................................................................................................10 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................10 4. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................10 4.1 Imunopatogenia 4.2.1 Epidemiologia da tuberculose em grupos de risco 4.2.2 Epidemiologia da tuberculose no Brasil 4.3 As limitações e a importância de trabalhar com grupos de risco em tuberculose 4.4 Aspectos gerais da tuberculose 4.5 Diagnóstico da tuberculose 4.5.1 PCR 4.5.2 PPD 4.5.3 BAAR 4.5.4 Radiografia 4.6 Transmissão 4.7 Sintomas 4.8 Tratamento 4.9 Prevenção 5. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................23 5.1 Área do estudo.........................................................................................................23 5.2 Tipo do estudo.........................................................................................................24 5.3 Amostra...................................................................................................................24 5.3.1 Critérios de inclusão.............................................................................................24 5.3.2 Critérios de exclusão............................................................................................25 5.4 Instrumento da pesquisa..........................................................................................25 5.5 Desenvolvimento do estudo....................................................................................25 5.6 Procedimentos na coleta de dados...........................................................................26 5.7 Aspectos éticos........................................................................................................26 5.8 Análise dos dados....................................................................................................26 6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS......................................................28 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................37 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................38 9 9. ANEXOS..............................................................................................................................51 9.1 Instrumento de coleta de dados..............................................................................52 9.2 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.........................................54 10. Ofícios....................................................................................................................56 10.1 Autorizações........................................................................................................58 10 1. JUSTIFICATIVA Pesquisas realizadas a respeito da tuberculose em populações urbanas vem mostrando a gravidade da doença em um grupo de risco especifico, incluindo os desabrigados. Por apresentarem características favoráveis ao desenvolvimento da doença como a carência nutricional, ligado também á fatores ambientais (moradia, espaço, ventilação, iluminação, umidade, etc), além do déficit na assistência à saúde e fatores como o não adoecimento de sujeitos susceptíveis. A rodoviária do Plano Piloto - DF localizada no centro da Capital Federal chama a atenção por ser alvo de um quantitativo de pessoas que circulam e vivem ali, sem condições adequadas de sobrevivência o torna-se um possível foco da doença. 2. OBJETIVO GERAL Estudar a incidência de tuberculose entre moradores de rua na Rodoviária do Plano Piloto – DF. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Levantar as características dos moradores de rua sintomáticos respiratórios; - Analisar a incidência da tuberculose neste grupo de desabrigados; - Identificar as patologias mais freqüentes e o estilo de vida dos moradores de rua entrevistados na rodoviária do Plano Piloto. 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Imunopatogenia A imunopatogenia da tuberculose diz respeito à maneira como o sistema imune do hospedeiro atua para impedir que a doença progrida no organismo humano. As primeiras informações obtidas a respeito do processo imune da tuberculose, foram demonstradas em animais de laboratório, a partir da infecção com o bacilo do M. tuberculosis, resultando em 11 proteção contra a doença (LAPA E SILVA, 2004). Esta reação foi conhecida como fenômeno de Koch, em 1891 quando o experimento foi realizado por Robert Koch. Quando a micobactéria penetra no pulmão de um indivíduo, após ser expectorada em minúsculas partículas por um paciente tuberculoso, ela é inicialmente fagocitada por macrófagos no pulmão (LAPA E SILVA, 2004). Após este processo ela migra em direção ao linfonodo regional, formando o complexo de Ghon. Paralelo a este evento ocorre o inicio de um processo inflamatório, para onde outros macrófagos são atraídos formando um conglomerado de células inflamatórias em volta do microorganismo, formando o granuloma (TEIXEIRA, 2007), isto ocorre em função do estabelecimento da imunidade celular. O granuloma persiste com o bacilo quiescente nas lesões, ou seja, em forma latente, sem desencadear a doença. No casos do individuo desenvolver uma imunossupressão, seja por uma condição de saúde, por infecção pelo HIV ou pelo uso de imunossupressores, reativa a tuberculose (RAVIGLIONE, 2001; KAUFMAN, 2005). O desenvolvimento do processo imunológico se estabelece a partir dos linfócitos T CD4 que expressam receptores celulares, e reconhecem antígenos apresentados no contexto de MHC (major histocompatibity complex) de classe II ativando células efetoras da imunidade e recrutando mais células de defesa para o local onde estão os bacilos (FRIEDEN, 2003) . Ainda os linfócitos T CD4 helper são capazes de secretar citocinas, Th1 e Th2 (KRITSKI, et al. 2005). Enquanto os linfócitos T CD8 são capazes de reconhecer os antígenos apresentados por moléculas de MHC de classe I, com ação de citotoxidade a célulaalvo. O macrófago uma vez infectado secreta a IL 1 e a IL 2 sensibilizando o linfócito T CD4 Th1, e os linfócitos NK (natural killer) a secretar IFN- γ (interferon gama) que é o principal mediador desse processo (OTTENHOFF, 1998; BONECINI, 2004; KRISTSKI, et al. 2005; SALGAME, 2005). Além disso, observa-se a ativação de macrófagos a partir deste processo, com produção de radicais livres de oxigênio e nitrogênio auxiliando na destruição do bacilo, assim como o TNF-α (tumor necrosis factor alpha) que ativa os macrófagos infectados e favorece a formação do granuloma fibrosado (JOUANGUY, 1996; KRITSKI, et al. 2005). Após um período médio de 20 a 40 dias do contato do bacilo com o individuo, o linfócito T CD4 começa a produzir IL-4, IL-5 e IL10, sendo estas citocinas envolvidas na produção de IgE (imunoglobuline E), no recrutamento de eosinófilos e na inibição dos linfócitos de Th1 e dos linfócitos NK (KRITSKI, et al. 2005), além da ativação de células B. Desde então, as células B dão origem aos plasmócitos e a formação de anticorpos, 12 responsáveis pela imunidade humoral (ARAÚJO, 1983; SILVA & BOÉCHAT, 2004) que não tem nenhuma implicação na defesa do indivíduo contra a tuberculose. 4.2 Epidemiologia da tuberculose em grupos de risco A tuberculose é um problema social resultante de várias situações tais como a baixa renda familiar, educação precária, habitação ruim/inexistente, famílias numerosas, adensamentos comunitários, idosos, movimento migratório, desnutrição alimentar, alcoolismo e de doenças infecciosas associadas (OMS, 1998; ROUQUAYROL, 1999; BRASIL, 2002; BESERRA, 2006). Também tem se mostrado como um importante problema de saúde pública, apresentando uma elevada taxa de morbi-mortalidade (KUSANO, 2002) particularmente em grupos de co-morbidade. Segundo os dados da OMS (2000), a tuberculose e a aids juntas constituem, hoje, uma calamidade sem precedentes na história da sociedade em função da magnitude do problema. Alguns estudos mostram que o indivíduo HIV positivo quando infectado pelo M. tuberculosis tem o risco de adoecimento muito maior do que na população geral (SELWYN 1989; LUCAS, 1994). Segundo Dollin (1994) O risco de um co-infectado desenvolver tuberculose ativa é de 5,0 a 10,0%, sendo maior do que o de um indivíduo soronegativo exposto durante toda a vida (LUCAS, 1994). O grupo populacional de analfabetos também apresenta um percentual importante de casos de tuberculose (MASCARENHAS, 2005). Um Estudo realizado por Mascarenhas (2005), revela que a doença tuberculose afetou mais indivíduos do sexo masculino, com idade entre 21 e 40 anos, sendo que 68,4% dos doentes eram analfabetos. O pouco conhecimento dos indivíduos sobre a tuberculose e a tomada de atitudes relacionadas ao impacto que o diagnóstico e o tratamento prolongado da tuberculose causavam a eles próprios e ao seu meio social, favorecia a interrupção do tratamento, além de relaciona-se a motivos enraizados no não-dito, efeitos colaterais dos medicamentos, desorganização dos serviços de saúde e ilusão de estar curado (PEREIRA, 1999). 13 Fatores como o alcoolismo, os traumas psíquicos, o uso do tabaco, as situações de "stress" e os estados fisiológicos ou patológicos alterados são favoráveis ao desenvolvimento da tuberculose (RICH, 1946; REY, 1959; RUBIN, 1965). Em estudo realizado na Carolina do Norte – EUA no período de 1994 à 2006 puderam mostrar que dos indivíduos em estudo que faziam uso de álcool em excesso, foram mais propensos a ter tuberculose pulmonar (92,5%) do que aquelas pessoas que não faziam uso de álcool (77,2%), e os casos que tinham características clínicas associadas com maior infecciosidade, eram os que faziam ingestão de álcool em excesso (FISKE, 2008). Estudos realizados relacionando a ingestão alcoólica e a tuberculose pulmonar, identificou-se uma maior associação entre a tuberculose pulmonar e os bebedores excessivos, enquanto no período de 2 a 4 anos, que precede a doença, foi mais forte a associação entre tuberculose pulmonar e os bebedores ativos (CARON-RUFFINO, 1979). De acordo com pesquisas realizadas em 1998 no Estado de São Paulo, verificou-se que os transtornos mentais devido ao uso de substâncias psicoativas, foram considerados como uma das causas associadas à morte por tuberculose em 138 (8,4%) casos dos 232.806 óbitos avaliados. Desse total, 92,7% era do sexo masculino e 94,2% foram devido ao uso de álcool (SANTO, 2003; ANDRADE, 2005) . Os idosos, são reservatórios de bacilos, sendo mais predispostos à reinfecção em função da depressão de defesa orgânica própria da idade avançada e de condições imunossupressoras associadas tais como a diabetes, insuficiência renal, desnutrição e terapia prolongada com corticóides (GOODMAN,1978; THOMAN, 1989; SIMONS, 1990). Em pesquisa realizada em 2000 no Recife-PE verificou-se que dentre as doenças infecciosas e parasitárias, a tuberculose é a maior causa de morte entre os idosos recifenses, com um coeficiente de 10,1% (SILVA, 2008). A relação entre diabetes mellitus e tuberculose pulmonar tem atraído muitos pesquisadores, e estudos têm mostrado que a prevalência de tuberculose entre os diabéticos é de 2 à 5 vezes maior do que a população não diabética ( TURNER, 1951; OPSALD, 1961). Outros estudos apontam que há uma propensão maior no desenvolvimento da Tb em pacientes portadores de diabetes que estejam na faixa etária igual ou superior a 40 anos (BACAKOLU, 2001). 14 Jeon (2008) descreveu que pessoas com diabetes tem 3 vezes mais chances de desenvolver tuberculose ativa do que aqueles que não possuem diabetes, o que remete uma maior atenção a pessoas diabéticas. De acordo com SANCHEZ (2006), nas prisões do Rio de Janeiro, a taxa de incidência de tuberculose em 2005 foi de 3.532/100 mil habitantes, sendo 30 vezes superior aos dados do Estado. Outros estudos realizados utilizando-se o exame radiológico de tórax com 6.500 presos mostraram uma prevalência de tuberculose entre 4,6% e 8,2%. A incidência de tuberculose é maior entre os presos do que na população geral (BELLIN, 1993). Mesmo antes da prisão, muitos detentos estão expostos a fatores de alto risco para a doença, como a desnutrição, higiene escassa e condições de vida inadequadas (GLASER, 1993; MARTÍN, 1994), e ao chegar na prisão se depara com a superlotação (MACINTYRE, 1997), pouca ventilação e uso de drogas (GLASER, 1993), os quais favorecem a transmissão da doença. Um estudo realizado com 416 casos de óbitos por tuberculose no município de São Paulo-SP, em 2002, cerca de 78,0% das mortes apresentavam a forma pulmonar; o diagnóstico foi efetuado após a morte em 30,0%; 76,0% dos doentes eram homens, mediana da idade foi de 51 anos; 52,0% tinham até quatro anos de estudo, 4,0% eram prováveis moradores de rua (LINDOSO, 2008). A população que mora nas ruas é um outro grupo muito susceptível a diversas doenças, inclusive a tuberculose (BRITO 2008). Brito (2008) observou 330 usuários de albergues com 40,2 anos em média, 80,9% deles eram homens e residiam nas ruas, em média, há um ano. Observou-se uma prevalência de 1,8% de HIV, 8,5% de vírus de hepatite C, 30,6% de infecção pregressa por hepatite B, 3,3% de infecção aguda ou crônica pelo vírus hepatite B e 5,7% de sífilis. A positividade para HIV foi de 10,0% e 50,0% para vírus da hepatite C entre usuários de drogas injetáveis (BRITO 2008). 4.2.1. Epidemiologia da tuberculose no Brasil Em 2004 a taxa de incidência de tuberculose no Brasil foi de 41 casos para cada 100.000 habitantes, com 74.540 novos casos (BRASIL, 2004), segundo dados da OMS 15 (2005) ocorrem 110 mil casos novos de tuberculose no Brasil, o que seria representado por uma taxa de incidência de 62 casos por 100 mil habitantes. Nos 22 países com maior carga de tuberculose, a estimativa é de 6.910.000 casos da doença, com a Índia ocupando a 1a posição com 1.856.000 casos novos anuais, o Brasil na 15a posição num total de 116.000 doentes e o Afeganistão com 70.000 pacientes. Se classificados pelo coeficiente de incidência, o Zimbabwe que está em 21o lugar em número absoluto de casos e assume a liderança com 584/100.000 habitantes, e o Brasil passa para o 22o lugar com uma estimativa de 68/100.000 (HIJJAR, 2001). A tuberculose ainda mata pelo menos 6 mil pessoas/ano no Brasil. O percentual de cura é de 72,2% e o percentual de abandono é de 11,7%, alcançando valores de 30 a 40%. Esses dados representam um grande desafio para o Brasil em relação às metas pactuadas junto à OMS (GAZETTA, 2007). 4.3 As limitações e a importância de trabalhar com grupos de risco em tuberculose Ao se desenvolver o processo de assistência ao portador de tuberculose surge uma gama de limitações. Um estudo realizado por Monroe em São Paulo (2008) nas unidades básicas de saúde de três macroregiões, mostraram algumas dessas dificuldades. As principais delas envolvem a implantação do tratamento supervisionado para tuberculose, onde há resistência dos profissionais de saúde à incorporação do tratamento em decorrência da falta de recursos humanos, gerando prejuízos para o serviço de saúde (JUNQUEIRA, 1990) e o paciente de tuberculose. A qualificação profissional e a educação continuada tornam-se um problema na prática pela grande rotatividade de profissionais; e a descentralização dos centros de referência para o tratamento da tuberculose nas unidades básicas, a compreensão por parte do doente, da necessidade do uso regular do tratamento indo até a unidade de saúde para fazê-lo; o déficit de qualificação profissional acarreta a falha na humanização do tratamento e conseqüentemente a não adesão ao tratamento. Agregado a isso o paciente de risco se insere neste serviço para realizar seu tratamento, já carregando consigo as suas dificuldades próprias, o que tornou ainda maior a vulnerabilidade do paciente para dar a continuidade ao tratamento da tuberculose (CANTALICE FILHO, 2007). 16 Todas essas dificuldades refletem diretamente na assistência aos grupos de risco da tuberculose. No caso dos idosos o tratamento para tuberculose tem sido o mesmo instituído para adultos jovens, mas precisam receber cuidados específicos durante a quimioterapia, como a dosagem proporcional ao peso, acompanhamento das funções hepática e renal, interações medicamentosas e supervisão direta das tomadas (TAN, 1991; ZAFRAN 1994; CANTALICE FILHO, 2007). A tuberculose e o vírus da imunodeficiência humana (HIV) são, individualmente, as duas maiores infecções do mundo. A associação do vírus da imunodeficiência humana com o M. tuberculosis torna mais difícil o diagnóstico, devido a um quadro clínico instável e a apresentações extrapulmonares que dificultam a identificação da Tb. A co-morbidade cria um tratamento desafiador para a tuberculose, devido às interações entre os medicamentos antiretrovirais e anti-tuberculosos, sobreposição de toxicidades das drogas, bem como a síndrome de reconstituição imune inflamatória (EL-SADR, 2008). O tratamento e a quimioprofilaxia da tuberculose devem ser administrados com cautela em pacientes com história de uso de álcool, uma vez que este grupo é considerado de alto risco para desenvolver toxicidade. Além disso, outros efeitos colaterais são comumente encontrados nesses pacientes tais como as manifestações neurológicas, caracterizadas por neuropatia periférica e neurite ótica, manifestações psiquiátricas, caracterizadas por distúrbios do comportamento, alterações do padrão de sono, redução da memória e psicoses (BRASIL, 2002; ANDRADE, 2005). Sem o controle da tuberculose nas prisões, sugere-se que não seria possível controlar a doença fora delas. Assim, as penitenciárias são importantes focos de origem e transmissão da tuberculose (GLASER, 1993; BELLIN, 1993; REYES, 1997; MARCH, 2000; OLIVEIRA, 2004). O controle da tuberculose nas prisões deveria ser parte rotineira das intervenções de saúde pública, a fim de eliminar e prevenir a resistência às drogas anti-tuberculose na comunidade (OLIVEIRA, 2004). Um outro fator de risco para a tuberculose é ser portador de diabetes, trata-se de uma condição caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue e as complicações a longo prazo que envolvam a baixa capacidade do organismo para combater infecção (JEON, 2008). 17 4.4 Aspectos gerais da tuberculose A tuberculose (Tb) é uma doença infecto-contagiosa que apresenta características sociais e demográficas, também é conhecida como peste branca, tísica pulmonar ou doença do peito, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. É um bacilo não formador de esporos, sem flagelos, não produtor de toxina, espécie aeróbica estrita e intracelular facultativo, mede de 1 a 4 µm de comprimento por 0,3 a 0,6 µm de largura, apresenta parede celular complexa e é facilmente destruído por agentes físicos ( calor e radiação ultravioleta). Esta bactéria é mais encontrada nos grandes centros, onde a densidade populacional é alta, influenciando na morbidade e mortalidade. (COSTA, 1998; ROSEMBERG, 1999; GUTIÉRREZ, 2000; SOUZA, 2005; HINO, 2005; VIEIRA, 2008). Estima-se que a tuberculose exista desde de 120.000 a.C., provavelmente pelo fato do homem ingerir carne de mamíferos podendo ter adquirido um ancestral do Mycobacterium bovis. A múmia egípicia mais antiga com envolvimento pulmonar foi datada entre 1.000 a. C. e 400 d. C e apresentava aderência pleural e evidências de hemoptise, além da presença de bacilo álcool-ácido-resistente presente na traquéia. Parece que, à medida que o homem começou a ingerir o leite do gado contaminado pelo M. bovis, a tuberculose tornou-se mais freqüente, além do confinamento com animais, principalmente no período do inverno, junto as casas pode ter favorecido o contágio por vias aéreas entre o gado e o homem. Na Idade Média surgiu um mito de que o toque do rei com uma moeda de ouro no local da fistula, a qual se atribui a evolução da tuberculose ganglionar, esse ritual ocorreu durante 12 séculos terminando em 1825 na coroação do rei Carlos X na França (KRITSKI et. al, 2005). Já em meados do século XVIII com a revolução industrial as condições de moradia próximo as fábricas eram miseráveis, na cidade de Manchester, na Inglaterra havia duas latrinas para 250 pessoas, com 1.500 porões onde dormiam três pessoas por cama. A doença tuberculose se alastrou rapidamente pelas cidades do Oeste Europeu, cerca de 25% dos óbitos eram atribuídos a Tb, assim também aconteceu na América do Norte, China e Japão e na I Guerra Mundial (1914 – 1918) matou milhares de soldados (KRITSKI et. al, 2005). Identificada por Robert Koch em 1882, o isolamento do bacilo, posteriormente conhecido como bacilo de Koch, foi extremamente importante para o diagnóstico e tratamento da tuberculose. Roengten em 1885 contribuiu para o diagnóstico e acompanhamento da doença através da radiografia. Pouco se sabia à respeito do tratamento, pacientes com Tb eram isolados em sanatórios com clima de montanha ou ares marítimos; os medicamentos 18 usados eram à base de quinino, creosoto, enxofre, cálcio e preparados de bismuto, também havia tratamentos cirúrgicos com a ressecção do pulmão com tuberculose. Em 1944 é descoberta a estreptomicina e a isoniazida conhecida desde de 1912 , tem sua eficácia demonstrada contra a Tb em laboratório (KRITSKI et. al, 2005). 4.5 Diagnóstico da tuberculose 4.5.1 PCR A melhor forma de se identificar um sintomático respiratório é pela observação da tosse por três semanas ou mais (BRASIL, 2002, BRASIL, 2005; MACIEL, 2008). Existem vários métodos laboratoriais para o diagnóstico da tuberculose, com destaque para a reação em cadeia de polimerase (PCR). Essa técnica fornece um resultado num período de tempo semelhante ao da baciloscopia, e exige concentrações bacilares semelhantes às do cultivo e é capaz de definir a etiologia do agente causal (HANCE, 1989; ABE, 1993). Com o uso desta técnica o início do tratamento pode ser acelerado, tornando-o menos oneroso ao paciente e pesquisador (Kivihya-Ndugga, 2004). 4.5.2 PPD No Brasil, está padronizada a técnica de reação cutânea de Mantoux, conhecida como prova tuberculínica. Este teste consiste na intradermorreação que deve ser aplicada na face anterior do antebraço, cuja leitura é feita após 72 horas da sua aplicação e realizada com com 2 UT (0,04 mg) de derivado protéico purificado PPD-Rt 23 (Purified Protein Derivative Resept Tuberkulin, vigésima terceira partida), em 0,1 mL de diluente. A medida deve ser do maior diâmetro transverso da área de induração palpável. O resultado é registrado em milímetros, com a classificação de 0 a 4 mm (não reator), 5 a 9 mm (reator fraco), 10 mm ou mais (reator forte). A prova tuberculínica superior a 15 mm, mesmo em crianças vacinadas com BCG e independente da época da vacinação ou da idade da criança deve ser considerada como altamente indicativa de infecção por M. tuberculosis. Porém os estudos consideram atualmente como ponto de coorte o valor de 10 mm como indicativo de infecção por M. tuberculosis, mesmo em crianças vacinadas com BCG (KRITSKI et. al, 2005). Na prova tuberculínica pode haver algumas alterações anergisantes sendo mais comuns a desnutrição protéico-calórica, a imunodeficiência T congênita ou adquirida, as 19 neoplasias, as vacinas com vírus vivos, os edemas e os erros técnicos na aplicação ou na leitura do teste (KRITSKI et. al, 2005). 4.5.3 BAAR A pesquisa bacteriológica é o método prioritário para o diagnóstico e controle da tuberculose, por meio do exame de escarro para baciloscopia direta, denominado de pesquisa de BAAR (Bacilo álcool ácido resistente). Outro método diagnóstico é a cultura do M. tuberculosis, na maioria das vezes realizada em pacientes com idade maior de 5 anos e adolescentes. Adolescentes podem expectorar corretamente e daí cpletam o escarro para exames baciloscópico. Em idades menores é realizada a tríade clínica, radiológica e epidemiologia (KRITSKI et. al, 2005). Encontra se bem documentado que os pacientes com tuberculose pulmonar, em cujas expectorações observam bacilos álcool-ácidos resistentes (BAAR) nos esfregaços diretos, infectam mais comunicantes que aqueles com exames diretos negativos (SALEM, 1990). 4.5.4 Radiografia Na radiografia de tórax, a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (reticulares/retículo-nodulares), linfonodomegalias hilares ou mediastinais e derrame pleural. Imagens compatíveis com doença ativa, como nódulos centrolobulares de distribuição segmentar, cavidades de paredes espessas, espessamento de parede brônquica ou bronquiolar, bronquiectasias e linfonodomegalias, podem ser observadas pela tomografia computadorizada do tórax; cavidades de paredes finas, bronquiectasias de tração e estrias são imagens sugestivas de seqüela da doença, assim como o enfisema e o aspecto em mosaico do parênquima pulmonar (BOMBARDA, 2001). O uso do exame radiológico torácico é indicado sempre como método auxiliar, nos seguintes casos: sintomáticos respiratórios negativos à baciloscopia do escarro espontâneo; contatos de pacientes bacilíferos em todas as idades, intradomiciliares ou institucionais, com ou sem sintomatologia respiratória; suspeitos de tuberculose extrapulmonar; infectados pelo vírus da imunodeficiência humana ou com a síndrome da imunodeficiência adquirida (MOROE, 2005). O sistema BACTEC 460 TB (Becton Dickinson Diagnostic Inst Systems, Sparks, MD) é um método de cultura radiométrico que utiliza o meio líquido Middlebrook 7H12 acrescido 20 de ácido palmítico marcado com radioisótopo carbono 14. Quando ocorre crescimento bacilar, o ácido palmítico sofre metabolização através de uma reação que libera dióxido de carbono, cujo carbono estava marcado. Esse dióxido de carbono marcado será detectado por uma câmara, indicando que houve crescimento de uma micobactéria. Com esse sistema o tempo de detecção bacilar é de 7 a 14 dias. Existe ainda o sistema BACTEC 900, utilizado para o isolamento de micobactérias a partir da cultura de sangue inoculados no frasco Myco/F com líquido 7H9 o qual possui em sua base um sensor fluorescente sensível ao oxigênio, à medida que este é consumido pelo metabolismo microbiano, a fluorescência é liberada gradativamente e proporcionalmente ao consumo (KRITSKI et. al, 2005). 4.6 Transmissão A transmissão da TB se dá por vias aéreas e promove uma grande infecção nas faixas etárias dos 15 aos 34 anos de idade, porém o risco de adoecimento é mais freqüente entre os indivíduos de baixa idade, idosos, imunodeprimidos. É estimado que um paciente bacilífero infecte de dez a 15 pessoas saudáveis na comunidade na qual está inserido em contato contínuo de período igual a um ano. Sendo disseminado o bacilo pela tosse, fala, no espirro, canto, na respiração do traqueostomizado, o paciente elimina gotículas de Flügge (contaminadas) de tamanhos variados. Essas partículas ficam em suspensão no ar por horas, e após esse período os núcleos secos das gotículas de Flügge passam a ser chamados de núcleos de Wells, com diâmetro menor do que 5 µm e contendo de um a três bacilos. As gotículas de tamanho maior ficam retidas na mucosa do trato respiratório superior, já no trato respiratório inferior é beneficiado pela remoção pelo mecanismo mucociliar e com posterior deglutição dos bacilos eles serão então inativados pelo suco gástrico e eliminados pelas fezes. Existem fatores ambientais que diminuem o risco de inalação do bacilo de Koch que são as correntes de ar, a luz ultravioleta e a radiação gama. Então o risco de transmissão da tuberculose se relaciona diretamente com os fatores ambientais, o tipo de contato e a forma de apresentação da doença, além da virulência do bacilo. O intervalo de tempo representa risco de infecção a pessoas expostas a um indivíduo com Tb pulmonar é variável, podendo ser de 5 horas ou mais (KRITSKI et. al, 2005). 4.7 Sintomas 21 A grande maioria da população desconhece a sintomatologia da doença tuberculose. Os sintomas mais comuns apresentados pelos pacientes que recebem o diagnóstico de tuberculose são tosse (que pode ser produtiva ou não, sendo que ao avançar da inflamação e a necrose do tecido pulmonar torna-se freqüente a produção de secreção), febre (em 37% a 80% dos casos), hemoptise (porém é raro, ocorrendo em alguns casos na fase ativa da doença), dispnéia (que geralmente acontece quando há um envolvimento de grande área pulmonar), sudorese, emagrecimento e dor torácica (BRASIL, 1979; JOB, 1986; NATALIZI, 2003). Segundo Acuna (1981) e Gozzano (1985) o tempo decorrido do início dos sintomas e a procura do médico, leva mais de 30 dias e o tempo entre o início da sintomatologia e o do tratamento demora mais de 2 meses. De acordo com Arenas (2008) a infecção inicial da tuberculose geralmente é assintomática, no entanto essa infecção silenciosa pode evoluir, culminando em tuberculose miliar, meníngea ou extrapulmonar, vindo a surgir os principais sintomas. 4.8 Tratamento No Brasil, os medicamentos de primeira linha para o tratamento da tuberculose estão em uso desde 1982, sendo adminstrado a isoniazida (INH) e rifampicina (RMP) por seis meses em parceria com pirazinamida (PZA) para o primeiro bimestre. As drogas são fornecidos pelo Governo sem custo para o paciente, e o tratamento baseia-se na autoadministração e no DOT (directly observed therapy - tratamento diretamente observado) (BAPTISTA, 2006; BALIZA, 2008). O DOT é um conjunto de estratégias políticoadministrativas que inclui o tratamento supervisionado, com o objetivo de estimular a adesão ao tratamento. Esta estratégia é considerada uma das melhores intervenções em relação ao custo-benefício (TEIXEIRA, 1995; FLOYD, 1997; RAVIGLIONE, 2002; SÃO PAULO, 2005; VIEIRA, 2008). O tratamento da tuberculose no Brasil é dividido em dois grandes grupos, os fármacos de primeira linha, que são mais eficazes e menos tóxicos e de custo menor, e os de segunda linha. Os medicamentos de primeira linha são a isoniazida, a rifampicina, a rifabutina, a pirazinamida e o etambutol. Entre medicamentos de segunda linha estão a etionamida, a estreptomicina, o ácido para aminossalicílico, a capreomicina, a amicacina, a ofloxacina, a terizidona e a clofazimina (KRITSKI et. al, 2005). 22 A isoniazida é um fármaco bactericida que age na síntese do ácido desixirribonucléico contra o Mycobacterium tuberculosis intracelular e extracelular. É administrado por via oral, atravessa todas as barreiras, atinge o líquido cérebro-espinhal e é eliminada no leite materno. A isoniazida tem rápida absorção entre 1 e 2 horas, que se reduz o espaço até 50% em seis horas. A isoniazida pode desenvolver no paciente uma hepatite até mesmo déficit de vitamina B6, podendo causar neuropatia periférica, mais incomum pelagra. Esse déficit é mais comum em portadores de HIV-positivo, alcoolistas, diabéticos, grávidas, mal nutridos e pacientes com insuficiência renal crônica (KRITSKI et. al, 2005). A rifampicina é fármaco bactericida na síntese do ácido ribonucléico contra o Mycobacterium tuberculosis intracelular e extracelular, administrado por via oral alcançando níveis séricos entre uma e duas horas. Atravessa todas as barreiras, atingindo inclusive o liquor. A rifampicina causa náuseas e vômitos mais comumente do que a isoniazida. Embora possa causar aumento das enzimas hepáticas , a rifampicina sozinha raramente causa hepatite, sendo mais freqüente quando associada a outros fármacos que não a isoniazida (1,1 %) ou associada a isoniazida (2,7 %). A rifampicina interage com outros medicamentos, causando redução a ação dos contraceptivos orais e do cumarínicos, de fenilhidantoína, dos corticóides, dos contraceptivos orais e do fenobarbital (KRITSKI et. al, 2005). A pirazinamida age em bacilos intracelulares e em pH ácido. Administrado por via oral está substância alcança níveis séricos em duas horas e atravessa todas as barreiras, atingindo também o líquido cérebro-espinhal. A ocorrência de hepatite está associada a altas doses e ao tratamento prolongado ao mesmo tempo. Inibe a secreção renal de ácido úrico, podendo causar hiperurecemia assintomática em 1% a 7% dos casos e artralgia. Outros efeitos adversos descritos são anemia sideroblástica, dificuldade miccional, exantema, fotossensibilidade, náuseas, anorexia e proteinúria de cadeias leves (KRITSKI et. al, 2005). Existe o risco de cepas do M. tuberculosis tornarem-se resistentes, devido a gama de medicações usadas na terapia medicamentosa (MCSHANE, 2009). Nos casos em que não se seguiu corretamente o esquema terapêutico, é iniciado o retratamento. Realizando-se um esquema diferente do usado anteriormente, tanto no período de administração como nas drogas utilizadas. A composição do esquema de retratamento no Brasil é realizada com pirazinamida (PZA), rifampicina (RMP), isoniazida (INH) e etambutol (EMB) de acordo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) (Diniz 1995). 23 4.9 Prevenção A única vacina atualmente licenciada contra a tuberculose é o bacilo Calmette-Guerin (BCG) sendo uma cepa atenuada de M. bovis. A BCG foi utilizada pela primeira vez em humanos em 1921 (WHO, 2006), desde então tem sido usada como a principal forma de prevenção contra doença, sendo mundialmente administrada no indivíduo logo ao nascer. Muitos ensaios clínicos tem sido realizados em todo o mundo para avaliar a eficácia desta vacina, pois existem argumentos apontando que a BCG é eficiente apenas nos primeiros dez anos de vida do ser humano, mais especifica para à forma meningítica, e não completamente para a forma pulmonar da doença entre outros (MCSHANE, 2009). Existe o risco de cepas do M. tuberculosis tornarem-se resistentes, devido a gama de medicações usadas na terapia medicamentosa, mesmo vacinado com a BCG o sistema imunológico fica suscetível a algumas formas da doença. Por isso há necessidade do desenvolvimento de novas vacinas como a MVA85A que segundo estudos tem se apresentado altamente imunogênica (MCSHANE, 2009). A quimioprofilaxia da tuberculose consiste na administração de isoniazida em pessoas não infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis para prevenir a infecção (quimioprofilaxia primária) ou para evitar o desenvolvimento da doença nos indivíduos infectados (quimioprofilaxia secundária). Entretanto, outras drogas vêm sendo recentemente introduzidas, como a rifampicina e a pirazinamida (BRASIL, 2002). 5. MATERIAL E MÉTODOS 5.1 Área do estudo O estudo será realizado na rodoviária do Plano Piloto – DF, localiza-se no cruzamento entre o eixo monumental, onde se encontram os ministérios, e o eixo rodoviário. Deste terminal, existe o acesso para todas Regiões Administrativas do Distrito Federal, além de 24 algumas cidades do entorno, para os Estados de Goiás e Minas Gerais. Passam por suas dependências diariamente uma média de 600 a 800 mil pessoas. 5.2 Tipo de estudo Esse estudo é do tipo transversal, produz um retrato “instantâneo” da situação de saúde de uma população investigando “causa” e “efeito” simultaneamente. Consiste somente na análise dos dados que permite identificar os grupos de interesse, os “expostos”, os “não expostos”, os “doentes” e os “sadios”, de modo a investigar a associação entre exposição e doença. (Pereira, 2004) 5.3 Amostra A população situava-se na área da Rodoviária do Plano Piloto - DF, foram abordadas 19 pessoas, e apenas 9 moradores de rua aceitaram participar, sendo 6 homens e 3 mulheres. 5.3.1 Critérios de inclusão Foram incluídos na pesquisa os moradores de rua que apresentavam sintomas respiratórios e que concordaram participar do estudo. 5.3.2 Critérios de exclusão Foram excluídas as pessoas que não apresentaram sintomas respiratórios e os que não concordaram em participar da pesquisa. 5.4 Instrumento de pesquisa 25 O instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário, composto por questões abertas e fechadas, formado de seis partes: dados sobre o entrevistado, ambiente e qualidade de vida, condições de saúde do suspeito, informações sobre a tuberculose, sintomas da tuberculose, exames solicitados. O instrumento foi aplicado aos moradores de rua na Rodoviária do Plano Piloto que participaram do estudo. 5.5 Desenvolvimento do estudo Inicialmente, foi necessário uma autorização do Núcleo de Pneumologia Sanitária /Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Feral (NPS/SES-DF) para iniciar o estudo, em seguida solicitou-se, por meio de um ofício, a Administração da Rodoviária do Plano Piloto – DF, sendo informando o dia, local e o horário da coleta de dados. Também, por meio de um ofício redigido pelo NPS/SES-DF, foi autorizado pelo CREAS-Brasília (Centro de Referência Especializado de Assistência Social Brasília/SEDEST – DF), o apoio para a identificação e localização da população de rua na rodoviária com a presença de um agente social para auxiliar e acompanhamento do pesquisador durante a coleta de dados. O material para o estudo se deu pelo PCT/DF consistindo em 60 potes limpos e não estéreis, caixa térmica para transporte dos potes e pedidos de exames (baciloscopia, cultura e raio x). As amostras foram processadas no LACEN – DF (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal). Os resultados de exames “Raio X” seriam encaminhados para o Hospital Dia/SES – DF, no período da manhã. Dessa forma, todos os casos que fossem confirmados como positivos, seriam instruídos a iniciar o tratamento no próprio Centro de Saúde Nº 01 (Hospital Dia). Além da baciloscopia, forma solicitados o processamento e análise de MGIT, e cultura para BK. 5.6 Procedimentos na coleta de dados Os moradores de rua da rodoviária foram abordados e informados a respeito da pesquisa e seus objetivos, assim com a apresentação imediata do TCLE e incluindo automaticamente aqueles que aceitaram participar da pesquisa. Logo os participantes passaram pelo instrumento de pesquisa (questionário), em seguida foi solicitados que expectorassem uma pequena amostra de escarro, no local indicado 26 pelo pesquisador, em pote limpo e higienizado (de acordo com o padrão) foram usados dois potes um para o exame de baciloscopia e outro para cultura. Então os potes contendo o material (escarro) foram identificado com o nome do paciente e data de nascimento (dd/mm/aa). Os potes seguiram armazenados em recipiente térmico, com o máximo de cuidado, de acordo com normas técnicas. Após este processo o material foi encaminhado ao laboratório, onde se realizou o processamento do material. 5.7 Aspectos Éticos O principal aspecto ético é o encaminhamento do estudo em questão para à apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa – CEP, assim como o uso adequado do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. 5..8 Análise de dados: Para a análise dos dados, foi utilizado a abordagem: - Análise estatística simplificada, para identificação da frequência das respostas às questões fechadas e as respostas de questões abertas foram lançadas como itens de questões fechadas. Para efetuar-se a análise estatística dos dados obtidos com as questões fechadas e abertas, foi utilizado o programa SPSS e Excel, procedimento estatístico de análise quantitativa. 27 6.0 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram entrevistadas 9 pessoas para participar do estudo, num total de 19 pessoas abordadas na Rodoviária do Plano Piloto, das quais 10 pessoas não aceitaram participar, sendo automaticamente excluídas da pesquisa. A seguir será apresentada a tabela 1 com os dados dos moradores de rua entrevistados na rodoviária, segundo o sexo e a faixa etária. Tabela 1. Distribuição dos casos de moradores de rua segundo o sexo e a faixa etária. Rodoviária, Plano Piloto (DF), 2009 (n=9). Variáveis n % Masculino 6 66,7 Feminino 3 33,3 10 – 19 anos 1 11,1 20 – 29 anos 3 33,3 30 – 39 anos 3 33,3 40 – 49 anos 2 22,2 Sexo Faixa etária Quando analisado a questão do sexo entre os entrevistados (tabela 1), verifico-se uma maior predominância de homens (66,7%) em relação às mulheres (33,3%). Ao considerar a distribuição dos casos por grupo etário, foi observada que a faixa mais comumente observada se encontrava entre 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos, ambos com 33,3%. Além disto, os demais entrevistados apresentavam a faixa etária de 10 a 19 anos (11,1%) e de 40 a 49 anos (22,2%). De acordo com Mascarenhas (2005), o grupo etário mais atingido pela tuberculose são os de 21 a 40 anos do sexo masculino. Comparando tais dados com os dados da pesquisa realizada, observa-se que os resultados estão de acordo, com um representativo de mais da metade dos casos. Abaixo, na tabela 2, serão apresentadas as condições de moradia e os fatores ambientais que envolvem os moradores de rua da Rodoviária do Pano Piloto-DF. Tabela 2. Condições de abrigo referido pelos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9). 28 Variáveis Quantas pessoas se abrigam no mesmo local que você? Uma Duas Três Mais de três O local onde se abriga é frio? Sim Não O local onde se abriga está sujeito a chuva? Sim Não O local onde se abriga tem sol? Sim Não N % 1 0 1 7 11,1 0,0 11,1 77,8 5 4 55,6 44.4 3 6 33,3 66,7 4 5 44,4 55,6 Ao analisar a tabela 2, observou-se que 77,8% dos moradores de rua se abrigavam em grupos com mais de três pessoas. Quando analisado o contato desses moradores junto ao abrigo coletivo, com três pessoas e mais, eles responderam por 88,9% dos casos, ou seja uma ocorrência na maioria dos entrevistados. Ao serem interrogados sobre o local do abrigo, os entrevistados informaram que eles se acolhem em área fria (55,6%) na maioria dos casos. Ao serem interpelados quanto à proteção da chuva, os moradores de rua informaram que parte deles não se protege contra a chuva (66,7%). Na análise da iluminação solar das áreas onde os pesquisados se abrigam, foram referidos uma baixa iluminação solar, por cerca de 55,8% dos casos. O grande número de pessoas aglomeradas em um mesmo local, com pouca ventilação, iluminação, umidade são fatores enfrentados pelos entrevistados, casos que coincidem com situações que favorecem consideravelmente o desenvolvimento e transmissão da tuberculose. A bactéria da tuberculose é mais encontrada nos grandes centros, onde a densidade populacional é alta, influenciando na morbidade e mortalidade (GLASER, 1993; COSTA, 1998; ROSEMBERG, 1999; GUTIÉRREZ, 2000; SEVY COURT, 2003; SOUZA, 2005; HINO, 2005; VIEIRA, 2008). A seguir, apresenta-se na tabela 3, as condições de alimentação dos morados de rua na rodoviária do Plano Piloto (DF): 29 Tabela 3. Condições de alimentação dos moradores de rua na Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9). Variáveis Quantas refeições faz ao dia? Uma Duas Três Quatro Mais de quatro Nenhuma N % 6 66,7 0 0,0 1 11,1 0 0,0 1 11,1 1 11,1 1 11,1 0 0,0 8 88,9 0 0,0 De que forma é adquirida a comida que você consome? Comprada Retirada do lixo Doada por alguém Adquirida de outras maneiras Analisando os dados referentes as condições alimentares, na tabela 3, pode-se perceber que em relação a quantidade de refeições que o morador de rua da Rodoviária do Plano Piloto faz ao dia, observou-se que 66,7% dos entrevistados referiram alimentar-se uma vez ao dia. Quando analisado a maneira de como foram adquiridos os alimentos consumidos pelos moradores de rua da rodoviária, os mesmos responderam que consumiam os alimentos adquiridos, em sua maioria, por meio de doações, correspondendo a 88,9% dos casos, e 11,1% dessas refeições eram adquiridas por meio de compra. Um dos pontos importantes no processo patológico da tuberculose é a alimentação, uma questão muito demarcada por diversos estudiosos, pois a miséria e fome que assola a muitos, permite cada vez mais o avançar da doença. O fato de uma alimentação deficitária favorece a proliferação da doença (GLASER, 1993; FIUZA & HIJAR, 1996; ROUQUAYROL, 1999; KRITSKI et. al, 2005), tornando se algo comum entre os resultados encontrados por esses autores e a pesquisa em questão. Na tabela 4 apresenta-se o uso de substâncias medicamentosas, substâncias químicas entorpecentes, além do estilo de vida relatado pelos moradores de rua da rodoviária, a seguir: 30 Tabela 4. O uso de substâncias medicamentosas, químicas entorpecentes e o estilo de vida apresentado pelo do morador de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9) Variáveis Faz uso de alguma medicação? Sim Não É usuário de alguma substância química entorpecente? Sim Não Faz uso de álcool? Sim Não Faz uso de tabaco? Sim Não n % 0 0 0,0 0,0 6 3 66,7 33,7 6 3 66,7 33,3 6 3 66,7 33,3 Em relação ao uso das medicações e as demais substâncias utilizadas pelos entrevistados, verificou-se na tabela 4, que 100,0% dos casos entrevistados não utilizavam medicação no momento da pesquisa. Quanto ao uso de substâncias químicas entorpecentes pelos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto, observou-se que um grande número dos entrevistados faziam uso destas substâncias, num total de 66,7% dos pesquisados. Quando avaliado o estilo de vida dessas pessoas, 66,7% dos analisados informaram que faziam ingestão de álcool. Já na análise do estilo de vida dos moradores de rua da rodoviária observou-se que a utilização do tabaco entre eles era freqüente (66,7%), e 33,3% dos casos não faziam uso de tabaco. Segundo Glaser (1993), Martín (1994), Kristski (2005) e Lindoso (2008), todos esses fatores, anteriormente apresentados na tabela 4, associados ou isoladamente, favorecem em grande escala o desenvolvimento da tuberculose e inviabilizam um tratamento adequado da doença, ou seja, para tratar de algum mal que o acomete ou para agregar uma redução de sua dura realidade a si mesmo. Os resultados encontrados por esta pesquisa e os citados pelos autores relatados apresentam-se idênticos, possuindo pequenas variações de percentis. A seguir a tabela 5, apresenta-se as doenças infecciosass e o tratamento de doenças crônicas e respiratórias relatadas pelos moradores de rua. 31 Tabela 5. Distribuição das enfermidades atuais e pregressas dos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9). Variáveis Tem ou teve alguma doença infecciosa? Sim Não Qual ou quais doenças diagnosticadas anteriormente? Nenhuma Hepatite Ptiríase vesicolor Faz ou fez tratamento para doença crônica? Sim Não Possui alguma doença respiratória? Sim Não n % 2 7 22,2 77,8 7 1 1 77,8 11,1 11,1 1 8 11,1 88,9 0 9 0,0 100,0 Ao analisar os dados da tabela 5, observou-se que 22,2% dos casos relatou doença infecciosa prévia, contra 77,8% dos casos que não apresentaram a problemática. Uma vez interrogados à respeito de patologias pregressas, os moradores de rua entrevistados, 11,1% deles relataram já terem sido acometidos por algum tipo de doença tais como a Hepatite e Ptiríase vesicolor. Ao analisar a questão do tratamento de doenças crônicas, verificou-se que 88,9% dos entrevistados jamais fizeram tratamento para de doença crônica. Quando abordado sobre as doenças respiratórias entre os entrevistados, 100,0% dos casos não referiram essa doença. No estudo realizado por Brito (2008), obeservou-se que 8,5% dos pesquisados haviam sido acometido pelo vírus da hepatite C e 30,6% deles foram afetados por hepatite B. Estes resultados não apresentam compatibilidade com os resultados apontados na pesquisa realizada na rodoviária do Plano Piloto (DF). O tratamento de doenças crônicas torna-se uma grande dificuldade, pois, não há facilidades de aderência ao tratamento de qualquer doença que se já por parte dessa população e ainda barreiras colocadas pelo profissionais de saúde a assistência a esse tipo de paciente, que se encontra sujo, com mal aparência, sem moradia fixa entre outros fatores (TAN, 1991; ZAFRAN 1994; CANTALICE FILHO, 2007). A seguir, na tabela 6, estão apresentados os dados referentes ao conhecimento dos moradores de rua sobre a tuberculose. 32 Tabela 6. A informação que os moradores de rua da Rodoviária tem sobre a tuberculose, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9) Variáveis Sabe o que é tuberculose? Sim Não Conhece alguém que tem ou já teve tuberculose? Sim Não Sabe como é transmitida essa doença? Sim Não Possui informação quanto ao tratamento da tuberculose? Sim Não Já tratou de tuberculose na vida? Sim Não n % 4 5 44,4 55,6 3 6 33,3 66,7 2 7 22,2 77,8 0 9 0,0 100,0 0 9 0,0 100,0 Analisando a tabela 6, identificou-se que mais da metade dos casos estudados não sabiam a definição da tuberculose (55,6%). Uma vez que os pesquisados foram questionados a respeito do contato com indivíduos afetados pela tuberculose, cerca de 33,3% dos casos entrevistados respodentam positivamente à questão, sendo que a maioria dos analisados afirmaram não conhecer alguém que teve ou tem a enfermidade. Referente a transmissão desta doença, a maioria dos entrevistados não conherciam a forma de transmissão da tuberculose, representando 77,8% dos pesquisados. Ao analisar a informação quanto o tratamento da tuberculose dos moradores de rua da rodoviária, eles responderam que não tinham conhecimento quanto ao tratamento da patologia, ou seja, 100,0% dos casos estudados. Verificou-se também que 100,0% das pessoas entrevistadas nunca fizeram tratamento para tuberculose. Em seu estudo Mascarenhas (2005) verificou que 68,4% dos casos estudados eram analfabetos, já Pereira (1999) referiu em sua pesquisa, que os sujeitos participantes possuíam pouco conhecimento a respeito da tuberculose, e que a interrupção do tratamento se relacionava com este fato e outros associados. Realizando um comparativo entre as informações prestadas por esses autores e os resultados encontrados por esta pesquisa verifica-se que há coerência, pois 55,6% dos entrevistados responderam não saber o que é tuberculose, assim com 77,8% não sabe como a doença é transmitida e 100,0% dos casos não tem informação quanto ao tratamento da tuberculose. 33 Na tabela 7, a seguir, são descritos os sintomas apresentados pelos moradores de rua da rodoviária, como tosse, escarro, febre vespertina e dor no tórax. Tabela 7. Distribuição dos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto segundo a sintomatologia apresentada. 2009 (n=9) Variáveis Apresenta tosse produtiva há mais de 3 semanas? N % Sim 4 44,4 Não 5 55,6 Amarelo/esverdeado 1 11,1 Com sangue 1 11,1 Hialino 6 66,7 Sem escarro 1 11,1 Sim 2 22,2 Não 7 77,8 Sim 2 22,2 Não 7 77,8 O escarro se apresenta com aspecto? Apresenta febre vespertina? Apresenta dor torácica? Analisando a tabela 7, verificou-se que 44,4% dos moradores de rua da rodoviária, apresentavam tosse produtiva há mais de 3 semanas. Em relação ao aspecto do escarro dos entrevistados, observou-se que 66,7% dos casos apresentavam escarro hialino. Os demais casos mostraram que o escarro apresentava o aspecto sanguinolento e amarelo esverdeado em 11,1%, respectivamente. Em relação à febre vespertina dos moradores de rua da rodoviária, verificou-se que 22,2% apresentavam o problema. A respeito da dor em região torácica, cerca de 22,2% dos entrevistados referiram essa sintomatologia. Os sintomas mais comuns apresentados pelos pacientes que recebem o diagnóstico de tuberculose são referidos á tosse (que pode ser produtiva ou não), sendo que ao avançar a inflamação e a necrose, o tecido pulmonar torna-se mais freqüente e a produção de secreção aumenta significativamente. A febre representa 37,0% a 80,0% das queixas, a hemoptise é rara, ocorrendo em alguns casos na fase ativa e mais avançada da doença. (BRASIL, 1979; 34 JOB, 1986; NATALIZI, 2003). Em paralelo com outros estudos, percebe-se que há um diferencial de resultados encontrados, sendo este estudo melhor no aspecto dos entrevistados não possuírem os principais sintomas da tuberculose, e pior no que se refere ao tamanho da amostra analisada. Posteriormente, apresenta-se na tabela 8, os sintomas clínicos assinalados pelos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto - DF, tais como emagrecimento/ perda de peso, cansaço, dispnéia e sudorese noturna. Tabela 8. Distribuição de sintomas clínicos dos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009. (n=9) Variáveis Apresenta emagrecimento/perda de peso Sim Não Apresenta cansaço Sim Não Apresenta dispnéia Sim Não Apresenta sudorese noturna Sim Não n % 7 2 77,8 22,2 6 3 66,7 33,3 3 6 33,3 66,7 5 4 55,6 44,4 Segundo a tabela 8, avaliaram-se outros sintomas percebidos por parte dos pesquisados, um total de 77,8% relataram perda de peso no momento da aplicação do estudo. Observou-se no presente estudo, que em relação ao cansaço, 66,7% dos casos estudados, referiram cansaço durante a maior parte do dia. Quanto à presença de dispnéia, verificou-se que uma parcela dos entrevistados referiram dispnéia (33,3%). Dentre os principais sintomas clínicos que os moradores de rua da rodoviária, os entrevistados relataram a sudorese noturna na maior parte dos casos (55,6%). Os sintomas como dispnéia (que geralmente acontece quando há um envolvimento de grande área pulmonar), sudorese, emagrecimento e dor torácica, também são sintomas comuns da tuberculose (BRASIL, 1979; JOB, 1986; NATALIZI, 2003), em comparação com o presente estudo nota-se que há uma grande relação entre os sintomas pesquisados e as citações de sintomas clínicos relatados em diferentes estudos. 35 Abaixo, na tabela 9, estão apresentados os principais tipos de exames complementares e diagnósticos de tuberculose realizados pelos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto–DF, num período anterior a pesquisa. Tabela 9. Exames anteriormente realizados pelos moradores de rua da Rodoviária para o diagnóstico da tuberculose. Plano Piloto(DF), 2009. (n=9) Variáveis Raio X Sim Não Baciloscopia Sim Não PPD Sim Não Cultura para bacilo de Koch Sim Não n % 0 9 0,0 100,0 0 9 0,0 100,0 0 9 0,0 100,0 0 9 0,0 100,0 Analisando a tabela 9 verificou-se que 100,0% dos casos entrevistados nunca realizaram nenhum tipo de exame complementar ou de diagnóstico de tuberculose como o raio X, PPD, baciloscopia e cultura no período anterior a pesquisa. Na tabela 10, apresenta-se os exames complementares e diagnósticos de tuberculose raio X, baciloscopia, PPD e cultura para bacilo de Koch que foram solicitados aos moradores de rua da rodoviária. Tabela 10. Exames diagnósticos de tuberculose solicitados aos moradores de rua da Rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009. (n=9) Variáveis Raio X Sim Não Baciloscopia Sim Não PPD Sim Não N % 1 8 11,1 88,9 9 0 100,0 0,0 0 9 0,0 100,0 36 Cultura para bacilo de Koch Sim Não 9 0 100,0 0,0 Ao analisar a tabela 10, verificou-se que em relação aos exames que foram solicitados aos moradores de rua da rodoviária no decorrer desse estudo, o exame de raio X alcançou somente 11,1% dos moradores de desabrigados. Quanto à baciloscopia e a cultura, 100,0% dos casos realizaram a coleta de escarro para o processamento em laboratório. Cem por cento dos entrevistados não realizaram o teste de PPD. Na tabela 11, apresenta-se o resultado das baciloscopias realizadas com o escarro coletado dos moradores de rua da Rodoviária do Plano Piloto, a seguir: Tabela 11. Resultado das baciloscopias dos moradores de rua da rodoviária, Plano Piloto(DF), 2009 (n=9) Variáveis Baciloscopia Positivo Negativo Cultura Positivo Negativo N % 0 9 0,0 100,0 0 9 0,0 100,0 Em relação aos resultados das baciloscopias analisadas, entre os moradores da rodoviária do Plano Piloto (tabela 11), pode-se observar que 100,0% das amostras colhidas forma negativas, assim como o resultado de cultura em MGIT e Lowenstein Jensen. Salem (1990), analisando uma amostra de 610 casos pacientes no Amazonas, alcançou 174 confirmações de tuberculose, sendo 14 casos positivos por meio da baciloscopia direta, representando um total de diagnóstico de tuberculose por microscopia direta em 2,2% dos estudados, 13,4% com microscopia concentrada e a cultura confirmando 28,8% dos casos estudados. Cabe ressaltar que essa amostra foi colhida no final da manhã, onde estas pessoas já haviam acordado e caminhado na área da rodoviária. Além do mais existe um importante detalhe em relação a qualidade do material colhido no presente estudo, não foi suficientemente satisfatória, sendo possível ter resultados falso-negativos. Por sua vez a 37 amostra levantada pode ter tido baixa, em função da recusa da grande maioria dos entrevistados na região da rodoviária do Plano Piloto. 7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo concluiu que dentre as principais características dos moradores de rua, o grupo etário mais freqüente foi de 20 a 39 anos, pertencentes ao sexo masculino, comumente convivendo em aglomerados, com pouca ventilação, baixa iluminação e umidade. Nesta casuística a alimentação dos desabrigados da rodoviária foi precária, com apenas uma refeição ao dia. O uso de substâncias medicamentosas pelos desabrigados foi inexistente e as substâncias químicas entorpecentes, álcool e tabaco foram as drogas mais relatadas. As patologias mais comuns entre os pesquisados foram a infecção por Hepatite B e Ptíriase vesicolor. Faltou conhecimento sobre a tuberculose entre os entrevistados. Os sintomas mais comumente referidos pelos desabrigados foram a tosse, febre, dispnéia, sudorese, emagrecimento e a dor torácica. Ao analisar os resultados das baciloscopias e cultura elas foram negativas, sem nenhum caso de tuberculose observado, nesta casuística. 38 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LUCAS, S., NELSON, A. M. Pathogenesis of tuberculosis in human immunodeficiency virus-infected people. In: Bloom,B.R., ed. Tuberculosis: pathogenesis, protection, control. Washington, American Society of Microbiol., 1994. p.503-13. DOLIN, P. J. et al. Global tuberculosis incidence and mortality during 1990-2000. Bull W.H.O., 72:213-20, 1994. LAPA E SILVA, José Roberto; BOECHAT, Neio. O ressurgimento da tuberculose e o impacto do estudo da imunopatogenia pulmonar. J. bras. pneumol., São Paulo, v. 30, n. 4, Aug. 2004 . 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Informamos que a Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para a senhor(a) no seu entendimento. Os resultados da pesquisa serão divulgados no Hospital Dia - 508 Sul, Universidade Católica de Brasília – UCB e Núcleo de Pneumologia Sanitária/ Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal – SES-DF, podendo inclusive ser publicado posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do LACEN – Laboratório Central/SES-DF. Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para Dra. Maria do Socorro Nantua Evangelista, na Universidade Católica de Brasília telefone 3356-9052, no horário de 14h ás 18h ou Acd. Enf. Geyson Alberto Oliveira Almeida no telefone 3962-4341. 55 Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SES/DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa, podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ______________________________________________ Assinatura ____________________________________________ Pesquisador Geyson Alberto Oliveira Almeida ____________________________________________ Orientador Responsável Maria do Socorro Nantua Evangelista Brasília, ___ de __________de 200___ 56 57 58 59