ANA LÚCIA CRUZ RIBEIRO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Universidade Fernando Pessoa
Faculdade Ciências da Saúde
Porto, 2013
ANA LÚCIA CRUZ RIBEIRO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Universidade Fernando Pessoa
Faculdade Ciências da Saúde
Porto, 2013
Ana Lúcia Cruz Ribeiro
Relatório de estágio
________________________________
(Ana Lúcia Cruz Ribeiro)
Relatório de estágio apresentado à Universidade Fernando
Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de
licenciado em Ciências da Nutrição
Orientador:
Professor Doutor Jorge Rodrigues
Co-orientador:
Dra. Patrícia Costa
Índice
I. Introdução.............................................................................................. 7
II. Local de estágio, duração e orientação ............................................... 7
III. Objetivos ................................................................................................ 7
IV. Descrição das atividades desenvolvidas em estágio ........................... 8
1.
Consulta Externa de Nutrição ............................................................................ 8
i.
Primeiras Consultas ........................................................................................... 8
ii.
Consultas Subsequentes/ de Seguimento ......................................................... 10
iii.
Estatística da consulta externa de nutrição ................................................... 10
2.
Internamento .................................................................................................... 13
3.
Serviço de restauração ..................................................................................... 13
V. Outras atividades desenvolvidas........................................................ 14
1.
Folhetos ............................................................................................................ 14
2.
Protocolos de atuação ...................................................................................... 15
3.
Dia Mundial da Criança ................................................................................... 15
4.
Intervenção no ginásio ..................................................................................... 15
5.
Congresso ......................................................................................................... 16
VI. Conclusão ............................................................................................. 16
VII.
Índice de anexos ............................................................................ 17
Lista de gráficos
Gráfico 1 – Número e tipo de consultas realizadas na consulta externa.
Gráfico 2 – Número de pacientes diferenciados por sexo.
Gréfico 3 – Relação motivo da consulta com a quantidade de pacientes.
Gráfico 4 – Relação dos pesos de cada paciente entre a primeira e segunda consulta.
I.
Introdução
O estágio curricular integra o plano de estudos da Licenciatura em Ciências da Nutrição
na Universidade Fernando Pessoa. Esta é uma etapa muito importante que, de certa
forma, marcará o exercício da profissão e serve para o desenvolvimento das capacidades
apreendidas ao longo dos 4 anos de licenciatura, visa o confronto da aprendizagem
teórica com a prática da profissão, neste caso específico, em contexto hospitalar, e
também as competências e capacidades de lidar com situações inerentes à profissão,
designadamente na interação com pacientes.
O presente relatório de estágio pretende descrever as atividades executadas durante o
estágio, correspondente ao segundo semestre do 4º ano da Licenciatura em Ciências da
Nutrição pela Universidade Fernando Pessoa.
II.
Local de estágio, duração e orientação
O estágio decorreu no Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa em Gondomar,
teve início no dia 4 de Março de 2013 e término a 19 de Julho de 2013, perfazendo um
total de 700 horas de trabalho decorridas ao longo de 20 semanas, sob orientação do
Professor Doutor Jorge Rodrigues e co-orientação da Dra. Patrícia Costa.
III.

Objetivos
Aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo dos 4 anos da licenciatura na
prática da Nutrição Clínica;

Adquirir novos conhecimentos na área;

Desenvolver as capacidades e competências adequadas ao exercício da profissão;

Perceber a realidade da profissão de Nutricionista em meio hospitalar, permitindo
o desenvolvimento das competências, confiança, autonomia, espírito crítico e
limitações que esta requer;
7

Adquirir experiência profissional, desenvolvendo a autonomia e desempenho
individual, visando uma futura integração no mercado de trabalho;

Aumentar a criatividade, aprender a interagir, argumentar e comunicar com
diferentes tipos de população alvo;

Contactar diretamente com o doente, compreendendo e adequando o tipo de
abordagem à sua situação clínica;

Assistir, apoiar e realizar consultas com avaliação da situação clinica e
nutricional, adequando a intervenção nutricional aos pacientes.
IV.
Descrição das atividades desenvolvidas em estágio
Ao longo do estágio foram realizadas várias atividades dentro de diferentes áreas, em
contexto hospitalar. Estas irão ser abordadas ao longo do capítulo.
1.
Consulta Externa de Nutrição
A consulta externa de nutrição ocorre em ambulatório e baseia-se na assistência a
pacientes com diferentes patologias. Este tipo de consultas têm como objetivo melhorar o
estado nutricional do paciente através da educação alimentar, implementação de um
plano alimentar estruturado ou aconselhamento e acompanhamento periódico do mesmo.
Nestas consultas realizam-se “Primeiras Consultas” (primeiro contacto do nutricionista
com o paciente) ou “Consultas Subsequentes/de Seguimento” (seguimento do paciente),
onde o procedimento difere na abordagem feita.
É declarada alta quando o nutricionista considera que o paciente já não beneficia de
acompanhamento ou quando for da vontade do mesmo deixar de comparecer às
consultas.
i.
Primeiras Consultas
É a definição dada à primeira vez que o paciente vai a uma consulta de nutrição, estas
têm como objetivo caracterizar o paciente do ponto de vista nutricional, ou seja, conhecer
os hábitos alimentares do mesmo para a elaboração de uma boa intervenção nutricional.
8
A primeira abordagem permite esclarecer o paciente acerca da influência da alimentação
na sua situação clinica. O procedimento desta consulta compreende na recolha de dados
relativos ao paciente:

Motivo da consulta;

Antecedentes de doença pessoal e familiar;

Terapêutica medicamentosa;

Prática de exercício físico;

Alterações gastrointestinais e trânsito intestinal;

Avaliação antropométrica: estatura, peso, índice de massa corporal (IMC), massa
gorda (MG), massa músculo esquelética (MME), água corporal total (ACT),
massa livre do gordura (MLG), percentual de gordura corporal (PGC), relação
cintura-quadril (RCQ), taxa de metabolismo basal (TMB), perímetro da cintura,
perímetro do braço, perímetro da anca.

Recolha de história alimentar/hábitos alimentares: número, local e horários das
refeições, avaliação qualitativa (métodos de confeção mais usados) e quantitativa
(medidas caseiras) da ingestão alimentar diária, frequência média do consumo de
determinados alimentos;

Alimentos preferidos e preteridos;

Alergias e/ou intolerâncias alimentares;

Outras informações fornecidas pelo doente.
Tendo em conta a situação clinica, padrão alimentar e gostos pessoais do paciente, o
nutricionista opta pela terapêutica nutricional mais ajustada, motivando-o sempre para o
tratamento.
Esta terapêutica nutricional pode ser feita de várias formas, das quais sob a forma de um
plano alimentar estruturado e individualizado ou através de um aconselhamento
nutricional.
9
Ao longo do estágio curricular a terapêutica nutricional instituída foi o plano alimentar
estruturado.
Plano alimentar estruturado
A elaboração do plano começa com o cálculo das necessidades energéticas diárias (NED)
do paciente, distribui-se o valor energético total (VET) pelos macronutrientes e
convertem-se as quantidades destes em doses de alimentos. Posteriormente, distribuem-se
as doses por grupos de alimentos e refeições, sempre com base nos hábitos alimentares do
paciente. No final e com todos os cálculos feitos, procede-se à descrição das quantidades
e tipos de alimentos, acordando-se os horários das refeições com a disponibilidade do
paciente.
ii.
Consultas Subsequentes/ de Seguimento
São consultas de seguimento do paciente que permitem avaliar a evolução e reavaliar a
composição corporal do paciente. Nestas consultas também verificamos se este cumpre a
terapêutica instituída na consulta anterior, ou se quer fazer algum tipo de alteração no seu
plano alimentar. Os pacientes também aproveitam para esclarecer algumas dúvidas ou
dificuldades que enfrenta ao longo do tratamento.
É então importante a motivação e o incentivo para a continuação do tratamento,
incentivando e felicitando o paciente nas melhorias na sua situação clínica.
iii.
Estatística da consulta externa de nutrição
Na consulta externa foram realizadas 45 consultas de nutrição, sendo que 33 foram
primeiras consultas (73,3%), 12 consultas subsequentes ou de seguimentos (26,7%), das
quais 8 foram segundas consultas (17,8%), 3 terceiras consultas (6,7%) e houve apenas 1
quarta consulta (2,2%).
10
Número de consultas
33
40
30
20
8
3
10
1
0
1ª consulta
2ª consulta
3ª consulta
4ª consulta
Gráfico 1 – Número e tipo de consultas realizadas na consulta externa.
Do número total de doentes observados em primeiras consultas, 29 eram do sexo
feminino e 4 do sexo masculino. A idade média verificada foi de 37 anos com um desvio
padrão de 12,61 anos, sendo que para as mulheres foi 36 anos com um desvio padrão de
13,35 anos e para os homens 15 anos com um desvio padrão de 4,99 anos.
Número de pacientes
29
30
25
20
15
4
10
5
0
Mulheres
Homens
Gráfico 2 – Número de pacientes diferenciados por sexo.
Das 33 primeiras consultas, 29 foram por excesso de peso (87,9%), 2 por magreza
excessiva (6,1%), 1 pela toma de suplementação proteica (3,0%) e 1 por alimentação
saudável (3,0%).
11
29
Número de pacientes
30
25
20
15
10
5
0
2
Excesso de
peso
1
Magreza
excessiva
suplementação
1
Alimentação
saudável
Motivo da consulta
Gráfico 3 – Relação motivo da consulta com a quantidade de pacientes.
Dos 33 pacientes observados, 13 (39,4%) praticam atividade física e 20 (60.6%) não
tinham qualquer atividade física.
Relativamente aos pacientes que voltaram à consulta externa de nutrição para a segunda
consulta, ou seja para a consulta de seguimento, a média de peso perdido dos 8 pacientes
foi de 2,1Kg com um desvio padrão de 0,92Kg, este peso foi perdido durante mais ou
menos um mês depois da primeira consulta.
120
100
Peso
80
60
1ª Consulta
40
2ª Consulta
20
0
Pacientes
Gráfico 4 – Relação dos pesos de cada paciente entre a primeira e segunda consulta.
12
Os 3 pacientes que voltaram para uma terceira consulta tiveram uma média de peso
perdido de 2,1Kg com um desvio padrão de 0,58Kg.
Já o único paciente que voltou a uma quarta consulta teve um aumento de peso de cerca
de 2,2kg relativamente à consulta anterior. Segundo o paciente este aumento de peso
deve-se ao facto de não ter feito tanta atividade física como fez durante o tratamento
anterior.
2. Internamento
Acompanhou-se, ao longo do estágio, o estado nutricional dos utentes do internamento e
avaliou-se continuadamente o estado nutricional dos mesmos. As recomendações
nutricionais são elaboradas para cada paciente de acordo com a sua situação clinica.
Ao longo do estágio verificou-se, junto dos pacientes, as qualidades organoléticas das
refeições diariamente fornecidas.
Sempre que possível fez-se uma aplicação de questionários de avaliação da ingestão
alimentar hospitalar (Anexo C), aos pacientes do internamento.
3.
Serviço de restauração
No decorrer do estágio interagiu-se e ofereceu-se auxílio ao serviço de restauração em
funcionamento no Hospital Escola.
Sempre que possível e necessário prestou-se um apoio nutricional e aconselhamento
acerca de boas práticas de higiene, de forma a evitar possíveis contaminações
alimentares, aos funcionários deste serviço para uma melhor alimentação tanto dos
utentes como do público em geral.
Durante a semana eram frequentes as visitas à cozinha para elucidar os funcionários
acerca das necessidades e preferências individuais dos utentes, tendo em conta o seu
estado clínico, também se verificou o empratamento das refeições servidas no
internamento.
13
Todas as semanas planeou-se e elaborou-se uma ementa semanal dirigida ao público
geral do Hospital Escola e aos utentes em regime de internamento, constituída por um
prato geral e um de dieta. Para os utentes do internamento a ementa é constituída pelos
vários tipos de dieta, dos quais, dieta geral, dieta para diabético e celíacos, dieta mole,
dieta pastosa e dieta líquida (Anexo D). Também se elaborou, todas as semanas, as
refeições intermédias para os utentes do internamento, sendo sempre elaboradas de
acordo com a situação clinica do utente (Anexo E).
Ao longo do estágio decorreu na cozinha o dia da sobremesa saudável, ao qual se
forneceu à cozinha uma receita de uma sobremesa saudável e colocou-se no refeitório a
análise nutricional da mesma (Anexo F).
Quando necessário prestou-se auxílio na elaboração da lista de compras (Anexo G).
Foi elaborado e aplicado via internet um inquérito de satisfação sobre a alimentação
fornecida no refeitório hospitalar (Anexo H).
Para ajudar os funcionários do serviço de restauração na preparação das diferentes dietas,
a equipa de nutrição preparou uma formação com conteúdos direcionados para as
diferentes necessidades alimentares e dietéticas dos utentes do internamento e também
com conteúdos direcionados para a segurança alimentar.
V.
1.
Outras atividades desenvolvidas
Folhetos
Com a ajuda da Dra. Patrícia Costa foram elaborados folhetos para proporcionar aos
pacientes do Hospital Escola uma maior informação sobre determinadas doenças ou
informações nutricionais.
Os folhetos elaborados foram (anexo I):

“A diarreia na criança”;
14

“A gastroenterite na criança”;

“Doença celíaca”;

“Envelhecer melhor”;

“Alimentação na diabetes”.
2.
Protocolos de atuação
Como o Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa abriu pouco antes do início do
estágio, a área da nutrição tinha em falta vários protocolos hospitalares. Deste modo, foi
feita a elaboração de alguns, por parte da equipa de estagiários com a supervisão da Dra.
Patrícia Costa. Em anexo está um exemplar (Anexo J).
3.
Dia Mundial da Criança
Foi realizado no Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa o dia Mundial da
Criança, este foi realizado dia 3 de junho, segunda-feira, ao qual o Hospital Escola
recebeu crianças provenientes das várias instituições de Gondomar e do Pessoinhas.
Cada criança levou um boneco para este ser tratado no hospital, assim a equipa de
nutrição montou uma espécie de consultório para tratar do estado nutricional do paciente
que neste caso era o boneco que cada criança levava. No final da consulta mostrou-se, às
crianças, uma cesta com vários produtos da roda dos alimentos e pediu-se para elas os
identificarem (Anexo K).
4.
Intervenção no ginásio
Solicitou-se a colaboração para intervenção no ginásio “Factor X” de Gondomar.
Realizou-se um rastreio aos clientes do mesmo.
Neste rastreio, procedeu-se à avaliação de parâmetros antropométricos tais como: peso,
altura, massa gorda, massa magra, taxa de metabolismo basal e água corporal total. No
15
final, os que compareceram ao rastreio levavam um cartão com os seus valores, para os
mais curiosos foram esclarecidas dúvidas relacionadas com a nutrição (anexo L).
5.
Congresso
Dia 22 e 23 de Abril, a equipa de nutrição esteve presente no “XV congresso anual da
APNEP”, o evento realizou-se no cinema ZON Lusomundo (Anexo M).
VI.
Conclusão
Este período de estágio curricular possibilitou o contacto com a realidade hospitalar e o
seu quotidiano.
Permitiu a reflecção acerca dos objetivos académicos e profissionais através do
desenvolvimento de atividades, foi uma oportunidade única de consolidar conhecimentos
adquiridos, ao longo da licenciatura, tendo permitindo o desenvolvimento de
competências tanto a nível profissional como pessoal. Para além disso, permitiu perceber,
de forma mais clara, a intervenção de um nutricionista na prática profissional.
Ao longo do estágio, várias tarefas e desafios foram propostos de modo a aumentar as
competências e a consolidar todos os conhecimentos adquiridos nos anos anteriores.
Dos objetivos propostos no início do estágio, a maior parte foi atingida, sendo que
algumas tarefas não foram possíveis de levar avante por incapacidade temporária da
instituição acolhedora, devido à precocidade de funcionamento em que a mesma se
encontrava.
Esta foi uma etapa fundamental e indispensável para a formação académica e
desenvolvimento profissional.
16
VII. Índice de anexos
Anexo A – Declaração de duração e carga horária do estágio
Anexo B – Parecer dos orientador e co-orientadora
Anexo C – Questionários de avaliação da ingestão alimentar hospitalar
Anexo D – Exemplo de um dia da ementa semanal
Anexo E – Exemplo de um dia de refeições intermédias
Anexo F – Sobremesa saudável
Anexo G – Lista de Compras
Anexo H – Inquérito de satisfação da alimentação do refeitório hospitalar
Anexo I – Folhetos
1.
A diarreia na criança;
2.
A gastroenterite na criança;
3.
Doença celíaca;
4.
Envelhecer melhor;
5.
Alimentação na diabetes.
Anexo J – Exemplo de um protocolo de atuação
Anexo K – Dia Mundial da Criança
Anexo L – Intervenção no ginásio
Anexo M - Congresso
17
Anexo A
Declaração de duração e carga horária do estágio
18
19
Anexo B
Parecer dos orientador e co-orientadora
20
Relatório do estágio dos alunos de Nutrição no Hospital Escola ( He) da Universidade
Fernando Pessoa, em Gondomar
Conforme com o que foi acordado com a Direcção do Curso de Nutrição da Faculdade de
Ciências da saúde da Universidade Fernando Pessoa, decorreu o estágio dos alunos no He
de modo a que os mesmos pudessem consolidar e aplicar os conhecimentos apreendidos
durante a sua formação académica.
Este estágio, além de lhes pretender proporcionar esta consolidação, pretendeu
proporcionar uma mais valia em termos de realização clínica e aplicação da arte da
nutrição dentro da instituição; teve a mais valia de puder complementar-se em termos
sociais com os programas agendados pela instituição He nas vigilâncias nutricionais de
grupos da população que foram efectuados fora da instituição.
Sabendo que na instituição funciona uma cantina para o pessoal e à qual podem ter acesso
pessoas estranhas à instituição, foi essencial a sua inter-relação com o pessoal e o
armazenamento e a manutenção dos alimentos. É de referir, que, inclusive as suas
interacções se estenderam ao espaço comercial ali em funcionamento, tendo como base a
escolha, apresentação, conservação e manuseamento de produtos em comercialização.
A duração do estágio foi estabelecido pela Universidade e a carga horária foi
integralmente cumprida, com zelo e profissionalismo.
Essencialmente foi cumprido entre as 09 e as 17 horas, tendo no entanto sido ajustado às
necessidades particulares da nutrição e dos doentes em que os mesmos tiveram
oportunidade de colaborar em acompanhamento com a srª Drª Patricia Costa, sua coorientadora.
Durante este período foram acompanhados pela sua co-orientadora de estágio e
responsável pela supervisão e avaliação, após diagnóstico das necessidades institucionais
e pessoais dos orientandos.
Foram durante o estágio efectuadas reuniões periódicas nas quais se tentava rentabilizar
as actividades, distribuir os alunos e garantir a equidade de actividades entre os mesmos.
Foi possível na maior parte das vezes conseguir um trabalho de grupo em que os mesmos
se envolveram e garantiram a realização de manuais que se adaptaram à adequação das
rotinas do He.
O desempenho exemplar da estagiária Ana Lúcia Ribeiro, foi realizado com zelo e
proficiência; foi considerado durante este período a possibilidade de fazer um trabalho de
investigação no qual todos os alunos estiveram particularmente activos mas que ao fim de
algum tempo e múltiplas reuniões com os mais variados médicos de várias
especialidades, não foi possível levar avante por incapacidade temporária da instituição
em termos globais, devido à precocidade de funcionamento em que a mesma se
21
encontrava; foi no entanto possível verificar o entusiasmo que foi emprestado ao grupo
por parte de todos os estagiários dos quais se destacou a estagiária Ana Lúcia Ribeiro.
Foi para mim, orientador dos estagiários, um grato prazer acompanhar e participar com os
elementos do grupo em estágio nas actividades em que com eles pude agir
conjuntamente. Foi fácil a integração dos estagiários às rotinas institucionais assim como
considero que sob o ponto de vista ético foi da maior correcção qualquer actividade e
interacção com colegas e especificamente com os doentes com que teve oportunidade de
interagir; por estes tive o conhecimento de palavras de agrado para com todos os
estagiários.
Não nos tendo sido possível efectuar estudos de caso específicos, contudo, foram
lançadas as bases para que o consigam em qualquer altura das suas futuras vidas
profissionais.
Cumpriu integralmente todas as indicações para se deslocar e comportar dentro da
instituição, quer em termos pessoais quer em comportamento de grupo em que estava
inserida.
Cumpriu com zelo a assinatura e cumprimento dos seus horários.
Sempre utilizou dentro da instituição o vestuário que lhe foi recomendado.
Nas reuniões que se foram realizando, a maior parte das quais sob a alçada da srª Drª
Patricia Costa, a estagiária manteve sempre uma atitude assertiva e colaborante e
interessada.
Algumas das visitas- surpresa por mim efectuadas e sem agendamento prévio, detectaram
sempre o cumprimento rigoroso dos planos de trabalho e as discussões de conhecimentos
e troca de experiencias foram uteis nos dois sentidos; o modo de contornar os obstáculos
que se iam colocando nos seus caminhos e que são habituais nestas fases iniciais de
implementação de rotinas hospitalares julgo terem sido a mais- valia uma vez que os seus
contributos pessoais demonstraram uma maturidade e profissionalismo inexcedíveis.
Aos alunos foi solicitado o contributo para a melhoria da instituição através da sua
avaliação de estágio, da instituição e da respectiva supervisão.
O orientador de estágio
Prof. Doutor Jorge Rodrigues
22
23
Anexo C
Questionários de avaliação da ingestão alimentar hospitalar
24
Inquérito de avaliação
da ingestão alimentar hospitalar
ID __ __ __ __
Data __/__/_____
Nome do paciente: __________________________________________________________
Quarto ______ Cama ______ Sexo F __ M __ Data de nascimento __/__/____
Peso: ___
Altura: ___
1)
Alterou o peso nos últimos 3meses?
Sim
Se sim, quantos kg perdeu?
1-5kg __ 6-10kg __
11-15kg __
o
o
o
o
2)
7)
Um pouco menos que o normal
Menos de metade que o normal
Menos de um quarto ou quase nada
Tive náuseas
Tenho problemas com mastigação, deglutição
Outro, qual? _______________________________________________________
Não
Consegue movimentar-se sem ajuda?
o Sim
o
o
6)
Não sei
Tem dificuldades de mastigação/deglutição?
o Sim
o
5)
Não, aumentei de peso
Se a sua alimentação não foi normal, comeu menos porque
o Perdi o apetite
o
o
o
4)
Não sei __
Como se alimentou na semana passada?
o Normal
o
o
o
3)
>15kg __
Não, mantive
Não, só com ajuda
Não, estou acamado
Quantos medicamentos toma por dia (total)?
Nenhum
o
o
o
o
o
1a2
3a5
Mais que 5
Não sei
No geral, como considera ser a sua saúde?
o Excelente
o
o
o
o
Muito boa
Boa
Média
Fraca
25
Inquérito de avaliação
da ingestão alimentar hospitalar
ID __ __ __ __
Data __/__/_____
Nome do paciente: __________________________________________________________
Quarto ______ Cama ______
1) Refeição avaliada:
Almoço __
Jantar __
2) Assinalar o que restou na refeição.
(Esquema de pratos de refeição, sopa, vegetais, sobremesa)
Observações:
Especificar o que restou no prato (ex, carne, peixe, guarnição…)
3) Não comeu tudo porque motivo:
o Não tem fome
o Tem náuseas/vómitos
o Está cansado
o Comi o habitual
o Não gostei do aspecto/cheiro
o Não consigo comer sem ajuda
4) Acha que hoje está com o seu apetite habitual
o Sim
o Não
5) Ficou satisfeito com a refeição
o Sim
o Não
Porque: era pouco __ tipo de confecção não agradou __
6) Bebeu líquidos bebeu hoje?
o Sim
o Não
Porque: não me apeteceu __
o Não sei, não me lembro
não posso __
26
Inquérito de avaliação
da ingestão alimentar hospitalar
7) Que tipo de líquidos bebeu e nº de copos/chávena (total)?
o Agua ___
o Leite ___
o Sumo de frutas ___
o Chá ___
o Café ___
o Refrigerantes ___
o Iogurtes ___
TOTAL: ____
8) Tomou algum tipo de suplementos? (ver ficha do doente)
o Sim
Qual? ________________________
o Não
9) Come alguma coisa além da comida do hospital
o Sim
O que ?
Bolos ___ bolachas ___ fruta ___ sandes ___ derivados de leite
___ salgadinhos ___ sumos de fruta ___ refrigerantes ___ outros ___
o Não
27
Anexo D
Exemplo de um dia da ementa semanal
28
EMENTA DE 22 A 28 DE JULHO
5ª Feira – 25 de Julho
Geral
Normal
(s/Patologias)
Sopa de
legumes
Dieta
Geral
Diabéticos
Dieta
Sopa de
legumes
(sem batata,
massa ou
arroz)
Almoço
Salmão
em
papelote
Carne
cozida
com
legumes
Salmão
em
papelote
Carne
cozida
com
legumes
Jantar
Rolo de
laranja /
Fruta ao
natural
Espetada
de lulas
Creme de
legumes
Bife de
frango
grelhado
Fruta ao
natural
Espetada
de lulas
Rolo de
laranja/
Fruta ao
natural
Creme de
legumes
Bife de
frango
grelhado
Fruta ao
natural
Sopa de
legumes
Carne
cozida
com
legumes
Rolo de
laranja /
Fruta ao
natural
Creme de
legumes
Bife de
frango
grelhado
Fruta ao
natural
Mole
Sopa de
legumes
Carne
cozida
com
arroz
Fruta cozida
(opcional:
com
mel/canela)
Creme de
legumes
Farinha de
pau de
peixe
Puré de
fruta
Pastosa
Sopa de
legumes
Carne
cozida
com
arroz
Fruta cozida
(opcional:
com
mel/canela)
Creme de
legumes
Farinha de
pau de
peixe
Puré de
fruta
Líquida
completa
Creme de
legumes
(com carne
ou
equivalentes)
____
Batido de
fruta
(sugestão:
laranja e
banana)
Creme de
legumes
(com carne e
equivalentes)
____
Gelatina
Ligeira
Geral
Sopa de
legumes
Celíacos
Dieta
Salmão
em
papelote
Salmão
em
papelote
Rolo de
laranja /
Fruta ao
natural
29
Espetada
de lulas
Creme de
legumes
Bife de
frango
grelhado
Fruta ao
natural
Anexo E
Exemplo de um dia de refeições intermédias
30
31
Anexo F
Sobremesa saudável
32
33
Anexo G
Lista de compras
34
Alimento
Quantidade
Preço
1
4,45 €/uni
1
2,90 €/uni
1
1,99 €/uni
1
1,89 €/uni
1
7,49 €/uni
2
1,19 €/uni
Leite UHT Meio Gordo sem Lactose-Área Viva (1L)
2
1,21 €/uni
Bebida Soja Natural Light sem Lactose-Área Viva (1L)
1
0,99 €/uni
Iogurte Bem Especial Morango 0% Lactose-Mimosa (4x125g)
1
2,09 €/uni
1
2,59 €/uni
Biscoitos Aveia sem Lactose-3 Pauly (150g)
1
3,29 €/uni
Cereais Corn Flakes-É Continente (500g)
1
0,89 €/uni
1
1,19 €/uni
Cereais Cacau S/Gluten Magic Pops- Schar (250g)
Corn Flakes sem Glúten-Schar (250g)
Bolachas sem Glúten-Gullon (200g)
Massa Fettuccine sem Glúten-Sam Mills (500g)
Farinha Pão Bolos Sem Glúten-Valpiform (1kg)
Leite UHT Meio Gordo Especial Digestão Fácil-Mimosa (1L)
Iogurte Bem Especial Morango 0% Lactose-Mimosa (4x185g)
Mel (embalagens individuais)
Frutos secos (embalagens individuais)
Cereais Arroz Tufado c/ Chocolate-Continente (375g)
35
Anexo H
Inquérito de satisfação da alimentação do refeitório hospitalar
36
Inquérito de satisfação da alimentação
no refeitório hospitalar
Data __/__/_____
Sexo F __ M __
Idade ____
Escolaridade ??
1) Que lugar ocupa na instituição?
o Utente
o Trabalhador
o Visita
2) Refeição que habitualmente faz no refeitório?
o Almoço
o Jantar
o Ambas
3) Com que frequência usa este estabelecimento?
o Diariamente
o 5 a 6 vezes por semana
o 3 a 4 vezes por semana
o 1 a 2 vezes por semana
o Ocasionalmente
4) Porque motivo escolhe este serviço? (Pode assinalar mais do que uma opção)
o Por falta de tempo
o Porque me agrada as refeições
o Pelo convívio
o Porque é económico
o Porque é de fácil e rápida obtenção
5) Qual o tipo de prato que consome com mais frequência?
o Prato normal
o Prato de dieta
5.1) Se respondeu prato de dieta, refira porque motivo o faz?
o Porque acho ser mais saudável
o Porque gosto mais
o Por recomendação médica
6) Acha que o refeitório deveria dispor de outras opções relativamente a
outros tipos de dieta (ex: dieta vegetariana, macrobiótica)?
o Sim
Que tipo? ___________________________________
o Não
7) Como avalia o refeitório relativamente ao tempo de atendimento (rapidez)?
o Ótimo
o Muito bom
o Bom
o Razoável
o Mau
37
Inquérito de satisfação da alimentação
no refeitório hospitalar
8) No que diz respeito à temperatura do prato, esta é servida:
o Demasiado quente
o Na temperatura ideal
o Fria
9) Relativamente aos temperos utilizados, acha que são:
o Em excesso
o Suficientes
o Insuficientes
9.1 ) Se respondeu em excessso ou insuficiente, qual o tempero a que se
refere?
o Sal
o Pimenta
o Ervas aromáticas
o Limão
o Outros _____________________
10) Quanto à quantidade servida, esta é:
o Demasiado
o Suficiente
o Insuficiente
11) Como avalia os funcionários deste refeitório, tendo em conta a simpatia no
atendimento, a apresentação e a eficiência no serviço?
o Ótimo
o Muito bom
o Bom
o Razoável
o Mau
12) Tendo em consideração as instalações (higiene) e serviços prestados
(horários), como classificaria este refeitório?
o Ótimo
o Muito bom
o Bom
o Razoável
o Mau
13) No geral, como avalia as refeições deste estabelecimento:
o Ótimo
o Muito bom
o Bom
o Razoável
o Mau
38
Anexo I
Folhetos
39
40
41
42
43
44
45
46
47
Anexo J
______________________________________________________________________
Exemplo de um protocolo de atuação
48
49
50
Anexo K
Dia Mundial da Criança
51
52
Anexo L
Intervenção no ginásio
53
54
Anexo M
______________________________________________________________________
Congresso
55
56
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Relatório de estágio_AnaRibeiro