ANA LÚCIA CRUZ RIBEIRO RELATÓRIO DE ESTÁGIO Universidade Fernando Pessoa Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2013 ANA LÚCIA CRUZ RIBEIRO RELATÓRIO DE ESTÁGIO Universidade Fernando Pessoa Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2013 Ana Lúcia Cruz Ribeiro Relatório de estágio ________________________________ (Ana Lúcia Cruz Ribeiro) Relatório de estágio apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciado em Ciências da Nutrição Orientador: Professor Doutor Jorge Rodrigues Co-orientador: Dra. Patrícia Costa Índice I. Introdução.............................................................................................. 7 II. Local de estágio, duração e orientação ............................................... 7 III. Objetivos ................................................................................................ 7 IV. Descrição das atividades desenvolvidas em estágio ........................... 8 1. Consulta Externa de Nutrição ............................................................................ 8 i. Primeiras Consultas ........................................................................................... 8 ii. Consultas Subsequentes/ de Seguimento ......................................................... 10 iii. Estatística da consulta externa de nutrição ................................................... 10 2. Internamento .................................................................................................... 13 3. Serviço de restauração ..................................................................................... 13 V. Outras atividades desenvolvidas........................................................ 14 1. Folhetos ............................................................................................................ 14 2. Protocolos de atuação ...................................................................................... 15 3. Dia Mundial da Criança ................................................................................... 15 4. Intervenção no ginásio ..................................................................................... 15 5. Congresso ......................................................................................................... 16 VI. Conclusão ............................................................................................. 16 VII. Índice de anexos ............................................................................ 17 Lista de gráficos Gráfico 1 – Número e tipo de consultas realizadas na consulta externa. Gráfico 2 – Número de pacientes diferenciados por sexo. Gréfico 3 – Relação motivo da consulta com a quantidade de pacientes. Gráfico 4 – Relação dos pesos de cada paciente entre a primeira e segunda consulta. I. Introdução O estágio curricular integra o plano de estudos da Licenciatura em Ciências da Nutrição na Universidade Fernando Pessoa. Esta é uma etapa muito importante que, de certa forma, marcará o exercício da profissão e serve para o desenvolvimento das capacidades apreendidas ao longo dos 4 anos de licenciatura, visa o confronto da aprendizagem teórica com a prática da profissão, neste caso específico, em contexto hospitalar, e também as competências e capacidades de lidar com situações inerentes à profissão, designadamente na interação com pacientes. O presente relatório de estágio pretende descrever as atividades executadas durante o estágio, correspondente ao segundo semestre do 4º ano da Licenciatura em Ciências da Nutrição pela Universidade Fernando Pessoa. II. Local de estágio, duração e orientação O estágio decorreu no Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa em Gondomar, teve início no dia 4 de Março de 2013 e término a 19 de Julho de 2013, perfazendo um total de 700 horas de trabalho decorridas ao longo de 20 semanas, sob orientação do Professor Doutor Jorge Rodrigues e co-orientação da Dra. Patrícia Costa. III. Objetivos Aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo dos 4 anos da licenciatura na prática da Nutrição Clínica; Adquirir novos conhecimentos na área; Desenvolver as capacidades e competências adequadas ao exercício da profissão; Perceber a realidade da profissão de Nutricionista em meio hospitalar, permitindo o desenvolvimento das competências, confiança, autonomia, espírito crítico e limitações que esta requer; 7 Adquirir experiência profissional, desenvolvendo a autonomia e desempenho individual, visando uma futura integração no mercado de trabalho; Aumentar a criatividade, aprender a interagir, argumentar e comunicar com diferentes tipos de população alvo; Contactar diretamente com o doente, compreendendo e adequando o tipo de abordagem à sua situação clínica; Assistir, apoiar e realizar consultas com avaliação da situação clinica e nutricional, adequando a intervenção nutricional aos pacientes. IV. Descrição das atividades desenvolvidas em estágio Ao longo do estágio foram realizadas várias atividades dentro de diferentes áreas, em contexto hospitalar. Estas irão ser abordadas ao longo do capítulo. 1. Consulta Externa de Nutrição A consulta externa de nutrição ocorre em ambulatório e baseia-se na assistência a pacientes com diferentes patologias. Este tipo de consultas têm como objetivo melhorar o estado nutricional do paciente através da educação alimentar, implementação de um plano alimentar estruturado ou aconselhamento e acompanhamento periódico do mesmo. Nestas consultas realizam-se “Primeiras Consultas” (primeiro contacto do nutricionista com o paciente) ou “Consultas Subsequentes/de Seguimento” (seguimento do paciente), onde o procedimento difere na abordagem feita. É declarada alta quando o nutricionista considera que o paciente já não beneficia de acompanhamento ou quando for da vontade do mesmo deixar de comparecer às consultas. i. Primeiras Consultas É a definição dada à primeira vez que o paciente vai a uma consulta de nutrição, estas têm como objetivo caracterizar o paciente do ponto de vista nutricional, ou seja, conhecer os hábitos alimentares do mesmo para a elaboração de uma boa intervenção nutricional. 8 A primeira abordagem permite esclarecer o paciente acerca da influência da alimentação na sua situação clinica. O procedimento desta consulta compreende na recolha de dados relativos ao paciente: Motivo da consulta; Antecedentes de doença pessoal e familiar; Terapêutica medicamentosa; Prática de exercício físico; Alterações gastrointestinais e trânsito intestinal; Avaliação antropométrica: estatura, peso, índice de massa corporal (IMC), massa gorda (MG), massa músculo esquelética (MME), água corporal total (ACT), massa livre do gordura (MLG), percentual de gordura corporal (PGC), relação cintura-quadril (RCQ), taxa de metabolismo basal (TMB), perímetro da cintura, perímetro do braço, perímetro da anca. Recolha de história alimentar/hábitos alimentares: número, local e horários das refeições, avaliação qualitativa (métodos de confeção mais usados) e quantitativa (medidas caseiras) da ingestão alimentar diária, frequência média do consumo de determinados alimentos; Alimentos preferidos e preteridos; Alergias e/ou intolerâncias alimentares; Outras informações fornecidas pelo doente. Tendo em conta a situação clinica, padrão alimentar e gostos pessoais do paciente, o nutricionista opta pela terapêutica nutricional mais ajustada, motivando-o sempre para o tratamento. Esta terapêutica nutricional pode ser feita de várias formas, das quais sob a forma de um plano alimentar estruturado e individualizado ou através de um aconselhamento nutricional. 9 Ao longo do estágio curricular a terapêutica nutricional instituída foi o plano alimentar estruturado. Plano alimentar estruturado A elaboração do plano começa com o cálculo das necessidades energéticas diárias (NED) do paciente, distribui-se o valor energético total (VET) pelos macronutrientes e convertem-se as quantidades destes em doses de alimentos. Posteriormente, distribuem-se as doses por grupos de alimentos e refeições, sempre com base nos hábitos alimentares do paciente. No final e com todos os cálculos feitos, procede-se à descrição das quantidades e tipos de alimentos, acordando-se os horários das refeições com a disponibilidade do paciente. ii. Consultas Subsequentes/ de Seguimento São consultas de seguimento do paciente que permitem avaliar a evolução e reavaliar a composição corporal do paciente. Nestas consultas também verificamos se este cumpre a terapêutica instituída na consulta anterior, ou se quer fazer algum tipo de alteração no seu plano alimentar. Os pacientes também aproveitam para esclarecer algumas dúvidas ou dificuldades que enfrenta ao longo do tratamento. É então importante a motivação e o incentivo para a continuação do tratamento, incentivando e felicitando o paciente nas melhorias na sua situação clínica. iii. Estatística da consulta externa de nutrição Na consulta externa foram realizadas 45 consultas de nutrição, sendo que 33 foram primeiras consultas (73,3%), 12 consultas subsequentes ou de seguimentos (26,7%), das quais 8 foram segundas consultas (17,8%), 3 terceiras consultas (6,7%) e houve apenas 1 quarta consulta (2,2%). 10 Número de consultas 33 40 30 20 8 3 10 1 0 1ª consulta 2ª consulta 3ª consulta 4ª consulta Gráfico 1 – Número e tipo de consultas realizadas na consulta externa. Do número total de doentes observados em primeiras consultas, 29 eram do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A idade média verificada foi de 37 anos com um desvio padrão de 12,61 anos, sendo que para as mulheres foi 36 anos com um desvio padrão de 13,35 anos e para os homens 15 anos com um desvio padrão de 4,99 anos. Número de pacientes 29 30 25 20 15 4 10 5 0 Mulheres Homens Gráfico 2 – Número de pacientes diferenciados por sexo. Das 33 primeiras consultas, 29 foram por excesso de peso (87,9%), 2 por magreza excessiva (6,1%), 1 pela toma de suplementação proteica (3,0%) e 1 por alimentação saudável (3,0%). 11 29 Número de pacientes 30 25 20 15 10 5 0 2 Excesso de peso 1 Magreza excessiva suplementação 1 Alimentação saudável Motivo da consulta Gráfico 3 – Relação motivo da consulta com a quantidade de pacientes. Dos 33 pacientes observados, 13 (39,4%) praticam atividade física e 20 (60.6%) não tinham qualquer atividade física. Relativamente aos pacientes que voltaram à consulta externa de nutrição para a segunda consulta, ou seja para a consulta de seguimento, a média de peso perdido dos 8 pacientes foi de 2,1Kg com um desvio padrão de 0,92Kg, este peso foi perdido durante mais ou menos um mês depois da primeira consulta. 120 100 Peso 80 60 1ª Consulta 40 2ª Consulta 20 0 Pacientes Gráfico 4 – Relação dos pesos de cada paciente entre a primeira e segunda consulta. 12 Os 3 pacientes que voltaram para uma terceira consulta tiveram uma média de peso perdido de 2,1Kg com um desvio padrão de 0,58Kg. Já o único paciente que voltou a uma quarta consulta teve um aumento de peso de cerca de 2,2kg relativamente à consulta anterior. Segundo o paciente este aumento de peso deve-se ao facto de não ter feito tanta atividade física como fez durante o tratamento anterior. 2. Internamento Acompanhou-se, ao longo do estágio, o estado nutricional dos utentes do internamento e avaliou-se continuadamente o estado nutricional dos mesmos. As recomendações nutricionais são elaboradas para cada paciente de acordo com a sua situação clinica. Ao longo do estágio verificou-se, junto dos pacientes, as qualidades organoléticas das refeições diariamente fornecidas. Sempre que possível fez-se uma aplicação de questionários de avaliação da ingestão alimentar hospitalar (Anexo C), aos pacientes do internamento. 3. Serviço de restauração No decorrer do estágio interagiu-se e ofereceu-se auxílio ao serviço de restauração em funcionamento no Hospital Escola. Sempre que possível e necessário prestou-se um apoio nutricional e aconselhamento acerca de boas práticas de higiene, de forma a evitar possíveis contaminações alimentares, aos funcionários deste serviço para uma melhor alimentação tanto dos utentes como do público em geral. Durante a semana eram frequentes as visitas à cozinha para elucidar os funcionários acerca das necessidades e preferências individuais dos utentes, tendo em conta o seu estado clínico, também se verificou o empratamento das refeições servidas no internamento. 13 Todas as semanas planeou-se e elaborou-se uma ementa semanal dirigida ao público geral do Hospital Escola e aos utentes em regime de internamento, constituída por um prato geral e um de dieta. Para os utentes do internamento a ementa é constituída pelos vários tipos de dieta, dos quais, dieta geral, dieta para diabético e celíacos, dieta mole, dieta pastosa e dieta líquida (Anexo D). Também se elaborou, todas as semanas, as refeições intermédias para os utentes do internamento, sendo sempre elaboradas de acordo com a situação clinica do utente (Anexo E). Ao longo do estágio decorreu na cozinha o dia da sobremesa saudável, ao qual se forneceu à cozinha uma receita de uma sobremesa saudável e colocou-se no refeitório a análise nutricional da mesma (Anexo F). Quando necessário prestou-se auxílio na elaboração da lista de compras (Anexo G). Foi elaborado e aplicado via internet um inquérito de satisfação sobre a alimentação fornecida no refeitório hospitalar (Anexo H). Para ajudar os funcionários do serviço de restauração na preparação das diferentes dietas, a equipa de nutrição preparou uma formação com conteúdos direcionados para as diferentes necessidades alimentares e dietéticas dos utentes do internamento e também com conteúdos direcionados para a segurança alimentar. V. 1. Outras atividades desenvolvidas Folhetos Com a ajuda da Dra. Patrícia Costa foram elaborados folhetos para proporcionar aos pacientes do Hospital Escola uma maior informação sobre determinadas doenças ou informações nutricionais. Os folhetos elaborados foram (anexo I): “A diarreia na criança”; 14 “A gastroenterite na criança”; “Doença celíaca”; “Envelhecer melhor”; “Alimentação na diabetes”. 2. Protocolos de atuação Como o Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa abriu pouco antes do início do estágio, a área da nutrição tinha em falta vários protocolos hospitalares. Deste modo, foi feita a elaboração de alguns, por parte da equipa de estagiários com a supervisão da Dra. Patrícia Costa. Em anexo está um exemplar (Anexo J). 3. Dia Mundial da Criança Foi realizado no Hospital Escola – Universidade Fernando Pessoa o dia Mundial da Criança, este foi realizado dia 3 de junho, segunda-feira, ao qual o Hospital Escola recebeu crianças provenientes das várias instituições de Gondomar e do Pessoinhas. Cada criança levou um boneco para este ser tratado no hospital, assim a equipa de nutrição montou uma espécie de consultório para tratar do estado nutricional do paciente que neste caso era o boneco que cada criança levava. No final da consulta mostrou-se, às crianças, uma cesta com vários produtos da roda dos alimentos e pediu-se para elas os identificarem (Anexo K). 4. Intervenção no ginásio Solicitou-se a colaboração para intervenção no ginásio “Factor X” de Gondomar. Realizou-se um rastreio aos clientes do mesmo. Neste rastreio, procedeu-se à avaliação de parâmetros antropométricos tais como: peso, altura, massa gorda, massa magra, taxa de metabolismo basal e água corporal total. No 15 final, os que compareceram ao rastreio levavam um cartão com os seus valores, para os mais curiosos foram esclarecidas dúvidas relacionadas com a nutrição (anexo L). 5. Congresso Dia 22 e 23 de Abril, a equipa de nutrição esteve presente no “XV congresso anual da APNEP”, o evento realizou-se no cinema ZON Lusomundo (Anexo M). VI. Conclusão Este período de estágio curricular possibilitou o contacto com a realidade hospitalar e o seu quotidiano. Permitiu a reflecção acerca dos objetivos académicos e profissionais através do desenvolvimento de atividades, foi uma oportunidade única de consolidar conhecimentos adquiridos, ao longo da licenciatura, tendo permitindo o desenvolvimento de competências tanto a nível profissional como pessoal. Para além disso, permitiu perceber, de forma mais clara, a intervenção de um nutricionista na prática profissional. Ao longo do estágio, várias tarefas e desafios foram propostos de modo a aumentar as competências e a consolidar todos os conhecimentos adquiridos nos anos anteriores. Dos objetivos propostos no início do estágio, a maior parte foi atingida, sendo que algumas tarefas não foram possíveis de levar avante por incapacidade temporária da instituição acolhedora, devido à precocidade de funcionamento em que a mesma se encontrava. Esta foi uma etapa fundamental e indispensável para a formação académica e desenvolvimento profissional. 16 VII. Índice de anexos Anexo A – Declaração de duração e carga horária do estágio Anexo B – Parecer dos orientador e co-orientadora Anexo C – Questionários de avaliação da ingestão alimentar hospitalar Anexo D – Exemplo de um dia da ementa semanal Anexo E – Exemplo de um dia de refeições intermédias Anexo F – Sobremesa saudável Anexo G – Lista de Compras Anexo H – Inquérito de satisfação da alimentação do refeitório hospitalar Anexo I – Folhetos 1. A diarreia na criança; 2. A gastroenterite na criança; 3. Doença celíaca; 4. Envelhecer melhor; 5. Alimentação na diabetes. Anexo J – Exemplo de um protocolo de atuação Anexo K – Dia Mundial da Criança Anexo L – Intervenção no ginásio Anexo M - Congresso 17 Anexo A Declaração de duração e carga horária do estágio 18 19 Anexo B Parecer dos orientador e co-orientadora 20 Relatório do estágio dos alunos de Nutrição no Hospital Escola ( He) da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar Conforme com o que foi acordado com a Direcção do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da saúde da Universidade Fernando Pessoa, decorreu o estágio dos alunos no He de modo a que os mesmos pudessem consolidar e aplicar os conhecimentos apreendidos durante a sua formação académica. Este estágio, além de lhes pretender proporcionar esta consolidação, pretendeu proporcionar uma mais valia em termos de realização clínica e aplicação da arte da nutrição dentro da instituição; teve a mais valia de puder complementar-se em termos sociais com os programas agendados pela instituição He nas vigilâncias nutricionais de grupos da população que foram efectuados fora da instituição. Sabendo que na instituição funciona uma cantina para o pessoal e à qual podem ter acesso pessoas estranhas à instituição, foi essencial a sua inter-relação com o pessoal e o armazenamento e a manutenção dos alimentos. É de referir, que, inclusive as suas interacções se estenderam ao espaço comercial ali em funcionamento, tendo como base a escolha, apresentação, conservação e manuseamento de produtos em comercialização. A duração do estágio foi estabelecido pela Universidade e a carga horária foi integralmente cumprida, com zelo e profissionalismo. Essencialmente foi cumprido entre as 09 e as 17 horas, tendo no entanto sido ajustado às necessidades particulares da nutrição e dos doentes em que os mesmos tiveram oportunidade de colaborar em acompanhamento com a srª Drª Patricia Costa, sua coorientadora. Durante este período foram acompanhados pela sua co-orientadora de estágio e responsável pela supervisão e avaliação, após diagnóstico das necessidades institucionais e pessoais dos orientandos. Foram durante o estágio efectuadas reuniões periódicas nas quais se tentava rentabilizar as actividades, distribuir os alunos e garantir a equidade de actividades entre os mesmos. Foi possível na maior parte das vezes conseguir um trabalho de grupo em que os mesmos se envolveram e garantiram a realização de manuais que se adaptaram à adequação das rotinas do He. O desempenho exemplar da estagiária Ana Lúcia Ribeiro, foi realizado com zelo e proficiência; foi considerado durante este período a possibilidade de fazer um trabalho de investigação no qual todos os alunos estiveram particularmente activos mas que ao fim de algum tempo e múltiplas reuniões com os mais variados médicos de várias especialidades, não foi possível levar avante por incapacidade temporária da instituição em termos globais, devido à precocidade de funcionamento em que a mesma se 21 encontrava; foi no entanto possível verificar o entusiasmo que foi emprestado ao grupo por parte de todos os estagiários dos quais se destacou a estagiária Ana Lúcia Ribeiro. Foi para mim, orientador dos estagiários, um grato prazer acompanhar e participar com os elementos do grupo em estágio nas actividades em que com eles pude agir conjuntamente. Foi fácil a integração dos estagiários às rotinas institucionais assim como considero que sob o ponto de vista ético foi da maior correcção qualquer actividade e interacção com colegas e especificamente com os doentes com que teve oportunidade de interagir; por estes tive o conhecimento de palavras de agrado para com todos os estagiários. Não nos tendo sido possível efectuar estudos de caso específicos, contudo, foram lançadas as bases para que o consigam em qualquer altura das suas futuras vidas profissionais. Cumpriu integralmente todas as indicações para se deslocar e comportar dentro da instituição, quer em termos pessoais quer em comportamento de grupo em que estava inserida. Cumpriu com zelo a assinatura e cumprimento dos seus horários. Sempre utilizou dentro da instituição o vestuário que lhe foi recomendado. Nas reuniões que se foram realizando, a maior parte das quais sob a alçada da srª Drª Patricia Costa, a estagiária manteve sempre uma atitude assertiva e colaborante e interessada. Algumas das visitas- surpresa por mim efectuadas e sem agendamento prévio, detectaram sempre o cumprimento rigoroso dos planos de trabalho e as discussões de conhecimentos e troca de experiencias foram uteis nos dois sentidos; o modo de contornar os obstáculos que se iam colocando nos seus caminhos e que são habituais nestas fases iniciais de implementação de rotinas hospitalares julgo terem sido a mais- valia uma vez que os seus contributos pessoais demonstraram uma maturidade e profissionalismo inexcedíveis. Aos alunos foi solicitado o contributo para a melhoria da instituição através da sua avaliação de estágio, da instituição e da respectiva supervisão. O orientador de estágio Prof. Doutor Jorge Rodrigues 22 23 Anexo C Questionários de avaliação da ingestão alimentar hospitalar 24 Inquérito de avaliação da ingestão alimentar hospitalar ID __ __ __ __ Data __/__/_____ Nome do paciente: __________________________________________________________ Quarto ______ Cama ______ Sexo F __ M __ Data de nascimento __/__/____ Peso: ___ Altura: ___ 1) Alterou o peso nos últimos 3meses? Sim Se sim, quantos kg perdeu? 1-5kg __ 6-10kg __ 11-15kg __ o o o o 2) 7) Um pouco menos que o normal Menos de metade que o normal Menos de um quarto ou quase nada Tive náuseas Tenho problemas com mastigação, deglutição Outro, qual? _______________________________________________________ Não Consegue movimentar-se sem ajuda? o Sim o o 6) Não sei Tem dificuldades de mastigação/deglutição? o Sim o 5) Não, aumentei de peso Se a sua alimentação não foi normal, comeu menos porque o Perdi o apetite o o o 4) Não sei __ Como se alimentou na semana passada? o Normal o o o 3) >15kg __ Não, mantive Não, só com ajuda Não, estou acamado Quantos medicamentos toma por dia (total)? Nenhum o o o o o 1a2 3a5 Mais que 5 Não sei No geral, como considera ser a sua saúde? o Excelente o o o o Muito boa Boa Média Fraca 25 Inquérito de avaliação da ingestão alimentar hospitalar ID __ __ __ __ Data __/__/_____ Nome do paciente: __________________________________________________________ Quarto ______ Cama ______ 1) Refeição avaliada: Almoço __ Jantar __ 2) Assinalar o que restou na refeição. (Esquema de pratos de refeição, sopa, vegetais, sobremesa) Observações: Especificar o que restou no prato (ex, carne, peixe, guarnição…) 3) Não comeu tudo porque motivo: o Não tem fome o Tem náuseas/vómitos o Está cansado o Comi o habitual o Não gostei do aspecto/cheiro o Não consigo comer sem ajuda 4) Acha que hoje está com o seu apetite habitual o Sim o Não 5) Ficou satisfeito com a refeição o Sim o Não Porque: era pouco __ tipo de confecção não agradou __ 6) Bebeu líquidos bebeu hoje? o Sim o Não Porque: não me apeteceu __ o Não sei, não me lembro não posso __ 26 Inquérito de avaliação da ingestão alimentar hospitalar 7) Que tipo de líquidos bebeu e nº de copos/chávena (total)? o Agua ___ o Leite ___ o Sumo de frutas ___ o Chá ___ o Café ___ o Refrigerantes ___ o Iogurtes ___ TOTAL: ____ 8) Tomou algum tipo de suplementos? (ver ficha do doente) o Sim Qual? ________________________ o Não 9) Come alguma coisa além da comida do hospital o Sim O que ? Bolos ___ bolachas ___ fruta ___ sandes ___ derivados de leite ___ salgadinhos ___ sumos de fruta ___ refrigerantes ___ outros ___ o Não 27 Anexo D Exemplo de um dia da ementa semanal 28 EMENTA DE 22 A 28 DE JULHO 5ª Feira – 25 de Julho Geral Normal (s/Patologias) Sopa de legumes Dieta Geral Diabéticos Dieta Sopa de legumes (sem batata, massa ou arroz) Almoço Salmão em papelote Carne cozida com legumes Salmão em papelote Carne cozida com legumes Jantar Rolo de laranja / Fruta ao natural Espetada de lulas Creme de legumes Bife de frango grelhado Fruta ao natural Espetada de lulas Rolo de laranja/ Fruta ao natural Creme de legumes Bife de frango grelhado Fruta ao natural Sopa de legumes Carne cozida com legumes Rolo de laranja / Fruta ao natural Creme de legumes Bife de frango grelhado Fruta ao natural Mole Sopa de legumes Carne cozida com arroz Fruta cozida (opcional: com mel/canela) Creme de legumes Farinha de pau de peixe Puré de fruta Pastosa Sopa de legumes Carne cozida com arroz Fruta cozida (opcional: com mel/canela) Creme de legumes Farinha de pau de peixe Puré de fruta Líquida completa Creme de legumes (com carne ou equivalentes) ____ Batido de fruta (sugestão: laranja e banana) Creme de legumes (com carne e equivalentes) ____ Gelatina Ligeira Geral Sopa de legumes Celíacos Dieta Salmão em papelote Salmão em papelote Rolo de laranja / Fruta ao natural 29 Espetada de lulas Creme de legumes Bife de frango grelhado Fruta ao natural Anexo E Exemplo de um dia de refeições intermédias 30 31 Anexo F Sobremesa saudável 32 33 Anexo G Lista de compras 34 Alimento Quantidade Preço 1 4,45 €/uni 1 2,90 €/uni 1 1,99 €/uni 1 1,89 €/uni 1 7,49 €/uni 2 1,19 €/uni Leite UHT Meio Gordo sem Lactose-Área Viva (1L) 2 1,21 €/uni Bebida Soja Natural Light sem Lactose-Área Viva (1L) 1 0,99 €/uni Iogurte Bem Especial Morango 0% Lactose-Mimosa (4x125g) 1 2,09 €/uni 1 2,59 €/uni Biscoitos Aveia sem Lactose-3 Pauly (150g) 1 3,29 €/uni Cereais Corn Flakes-É Continente (500g) 1 0,89 €/uni 1 1,19 €/uni Cereais Cacau S/Gluten Magic Pops- Schar (250g) Corn Flakes sem Glúten-Schar (250g) Bolachas sem Glúten-Gullon (200g) Massa Fettuccine sem Glúten-Sam Mills (500g) Farinha Pão Bolos Sem Glúten-Valpiform (1kg) Leite UHT Meio Gordo Especial Digestão Fácil-Mimosa (1L) Iogurte Bem Especial Morango 0% Lactose-Mimosa (4x185g) Mel (embalagens individuais) Frutos secos (embalagens individuais) Cereais Arroz Tufado c/ Chocolate-Continente (375g) 35 Anexo H Inquérito de satisfação da alimentação do refeitório hospitalar 36 Inquérito de satisfação da alimentação no refeitório hospitalar Data __/__/_____ Sexo F __ M __ Idade ____ Escolaridade ?? 1) Que lugar ocupa na instituição? o Utente o Trabalhador o Visita 2) Refeição que habitualmente faz no refeitório? o Almoço o Jantar o Ambas 3) Com que frequência usa este estabelecimento? o Diariamente o 5 a 6 vezes por semana o 3 a 4 vezes por semana o 1 a 2 vezes por semana o Ocasionalmente 4) Porque motivo escolhe este serviço? (Pode assinalar mais do que uma opção) o Por falta de tempo o Porque me agrada as refeições o Pelo convívio o Porque é económico o Porque é de fácil e rápida obtenção 5) Qual o tipo de prato que consome com mais frequência? o Prato normal o Prato de dieta 5.1) Se respondeu prato de dieta, refira porque motivo o faz? o Porque acho ser mais saudável o Porque gosto mais o Por recomendação médica 6) Acha que o refeitório deveria dispor de outras opções relativamente a outros tipos de dieta (ex: dieta vegetariana, macrobiótica)? o Sim Que tipo? ___________________________________ o Não 7) Como avalia o refeitório relativamente ao tempo de atendimento (rapidez)? o Ótimo o Muito bom o Bom o Razoável o Mau 37 Inquérito de satisfação da alimentação no refeitório hospitalar 8) No que diz respeito à temperatura do prato, esta é servida: o Demasiado quente o Na temperatura ideal o Fria 9) Relativamente aos temperos utilizados, acha que são: o Em excesso o Suficientes o Insuficientes 9.1 ) Se respondeu em excessso ou insuficiente, qual o tempero a que se refere? o Sal o Pimenta o Ervas aromáticas o Limão o Outros _____________________ 10) Quanto à quantidade servida, esta é: o Demasiado o Suficiente o Insuficiente 11) Como avalia os funcionários deste refeitório, tendo em conta a simpatia no atendimento, a apresentação e a eficiência no serviço? o Ótimo o Muito bom o Bom o Razoável o Mau 12) Tendo em consideração as instalações (higiene) e serviços prestados (horários), como classificaria este refeitório? o Ótimo o Muito bom o Bom o Razoável o Mau 13) No geral, como avalia as refeições deste estabelecimento: o Ótimo o Muito bom o Bom o Razoável o Mau 38 Anexo I Folhetos 39 40 41 42 43 44 45 46 47 Anexo J ______________________________________________________________________ Exemplo de um protocolo de atuação 48 49 50 Anexo K Dia Mundial da Criança 51 52 Anexo L Intervenção no ginásio 53 54 Anexo M ______________________________________________________________________ Congresso 55 56