LUIZ GUSTAVO DUTRA NOVAS METODOLOGIAS EFICIENTES PARA A REAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE DIAZO: PREPARAÇÃO DE γ-AZIDO-α αDIAZO-β-CETO ÉSTER E APLICAÇÕES NA SÍNTESE DE AMIDAS E INDÓIS Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Química, Departamento de Química, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Química. Área de concentração: Química Orgânica Orientador: Prof. Dr. Marcus Mandolesi Sá Florianópolis 2015 FOLHA DE ASSINATURAS À minha amada esposa Geovana Garcia Terra e nossa filha Bibiana Terra Dutra AGRADECIMENTOS À Universidade Federal de Santa Catarina pela oportunidade de desenvolver um trabalho científico que contribui para o refinamento da minha formação profissional, fazendo esse curso no Programa de PósGraduação em Química e aos professores do PPGQ que contribuíram para essa formação durante este período. Ao professor Marcus Mandolesi Sá pela oportunidade de me aceitar como um integrante do seu grupo de pesquisa, pela orientação, incentivo, confiança e principalmente pelo entendimento da minha situação ao longo dessa caminhada. À minha esposa Geovana Garcia Terra pelas companias no laboratório, pelo apoio em todos os momentos dessa caminhada, pela ajuda na recristalização e obteção da estrutura cristalina e acima de tudo pelo amor, carinho, companheirismo e amizade que temos. À CAPES pela bolsa, CNPq e INCT-Catálise e também pela UFSC pelo suporte finaceiro concedido. Ao CEBIME (Laboratório Central de Biologia Molecular Estrutural) e à técnica Elis pelas análises de EMAR. À Graça e ao Jadir, aos funcionários da Central de Análises e a todos os demais funcionários da Universidade por todos os serviços prestados. Aos colegas de laboratório, Misa, Marcelo, Lidiane, Tula, Thaís, Henrique, Marcos, Sandro, Jahn, Adrielle, Laís, professor Joussef pela amizade, convivência e pela troca de conhecimentos e um agradecimento especial a Taíssa pela ajuda incondicional nessa reta final do trabalho. A Cristine por ter trabalhado concomitantemente no projeto das peneiras moleculares, desenvonvendo uma ótima amizade e companheirismo porfissional. A minha filha Bibiana pela renovação da esperança que trouxe as nossas vidas e a força dessa criança iluminada. À toda minha família, pai, mãe, irmãs e a todos os meus amigos, especialmente aqueles que contribuíram para que eu alcançasse o meu objetivo. "Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho!" Capitão Rodrigo Cambará RESUMO Neste trabalho foram desenvolvidas novas metodologias para a obtenção de diazo compostos 1,3-dicarbonilados em bons rendimentos e em tempos reacionais curtos. Compostos αdiazo carbonilados foram obtidos sob condições reacionais brandas usando peneira molecular 4Å comercial ou catalisadores análogos. Os melhores resultados foram com 4A1000, um material sintético isento de potássio obtido a partir do aquecimento da peneira molecular 4Å a 1000 oC. As aminas primárias e secundárias (n-butilamina, alilamina, morfolina, pirrolidina, piperidina e a t-butilamina) também atuaram como catalisadores na reação de transferência de diazo e dependendo das condições reacionais e da amina, atuaram como nucleófilo levando a formação de amidas de maneira one pot, em condições brandas e em tempos reacionais curtos. Uma diversidade de metodologias foram desenvolvidas para a síntese do γ-azido-α-diazo-β-ceto éster, o qual pôde ser utilizado como substrato para a reação de condensação de Knoevenagel, catalisada por um sal de amônio (acetato de pirrolidinio ou 3-cloropropionato de pirrolidínio), para obter diversos γ-azidovinil-α-diazo-β-ceto ésteres, em bons rendimentos. Esses γ-azidovinil-α-diazo-β-ceto ésteres também participaram na reação de aminólise a partir do tratamento com diferentes aminas primárias e uma secundária (n-butilamina, alilamina, benzilamina e pirrolidina), fornecendo uma diversidade de α-azido cinamamidas com alto grau de pureza. Estas amidas funcionalizadas foram utilizadas posteriormente como precursores de 1H-indol-2-carboxamidas, por meio de uma reação de inserção C-H intramolecular catalisada por Rh2(AcO)4. Palavras chaves: diazo-cabonilados, α-azido cinamamidas, indóis. ABSTRACT In this study we developed new methods for obtaining α-diazo carbonyl compounds by diazo transfer reaction in good yields and short reaction times. α-Diazo carbonyl compounds were obtained under mild conditions in good to high yields using commercial molecular sieve 4A or analogues as the catalyst. The best catalyst was found to be 4A-1000, a synthetic potassium-free nepheline obtained by heating molecular sieve 4A at 1000 ◦C. Primary and secondary amines (n-butylamine, allylamine, morpholine, pyrrolidine, piperidine and t-butylamine) also acted as catalysts in the diazo transfer reaction and, depending on the reaction conditions and the amine as nucleophiles, leading to the one-pot formation of amides under mild conditions and short reaction times. A diversity of methods were developed for the synthesis of γ-azido-αdiazo-β-keto ester, which was used as substrate for the Knoevenagel condensation reaction catalyzed by an ammonium salt (pyrrolidinium acetate or 3-chloropropionate), to give the various γ-azidovinil-α-diazoβ-keto esters in good yields. These γ-azidovinil-α-diazo-β-keto esters also participate in the aminolysis reaction through the treatment with primary and secondary amines (n-butylamine, allylamine, benzylamine, and pyrrolidine), providing a diversity of α-azido cinnamamides with high degree of purity. These functionalized amides were subsequently used as precursors of 1H-indole-2-carboxamides through the Rh2(AcO)4 catalyzed intramolecular C-H insertion reaction. Keywords: diazo carbonylated, α-azido cinnamamides, indole. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Estruturas canônicas que descrevem a função α-diazo carbonila. ............................................................................................... 28 Figura 2. Possibilidades de síntese de azidas orgânicas. ....................... 37 Figura 3. Compostos com atividade biológica que apresentam a função amida. .................................................................................................... 45 Figura 4. Esqueleto indólico. ............................................................... 49 Figura 5. Indóis com atividade biológica. ............................................. 49 Figura 6. Substratos que não reagiram com TsN3 utilizando a PM 4A ou 4A-1000 como catalisador. ................................................................... 74 Figura 7. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do 2-azido-Nbutilacetamida (112a). ........................................................................... 77 Figura 8. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da 1-acetilpirrolidina (118a). ................................................................................................... 84 Figura 9. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a). ....................... 96 Figura 10. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-Nbutil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a). .............................................. 104 Figura 11. Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-Nbutil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a). .............................................. 105 Figura 12. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-6metóxi-1H-indol-2-carboxamida (132a). ............................................ 111 Figura 13. Estrutura molecular (ORTEP) para o N-butil-6-metóxi-1Hindol-2-carboxamida (132a). ............................................................... 112 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Otimização das condições reacionais para a reação de transferência de diazo utilizando catalisador heterogêneo.a .................. 67 Tabela 2. Reação de transferência de diazo promovida pela PM 4A e 4A-1000.a .............................................................................................. 70 Tabela 3. Recuperação da PM 4A-1000 para a preparação do diazo éster 105a. ...................................................................................................... 75 Tabela 4. Reação entre o β-ceto éster 54 e aminas secundárias cíclicas. ............................................................................................................... 83 Tabela 5. Reação entre o β-ceto éster 99 e aminas secundárias cíclicas. ............................................................................................................... 85 Tabela 6. Reação de transferência de diazo utilizando t-butilamina (78e) em THF.a ............................................................................................... 91 Tabela 7. Valores de pKa dos ácidos carboxílicos em água, tempos reacionais e rendimentos da reação de condensação para a obtenção do vinil azido diazo éster 123a. .................................................................. 98 LISTA DE ABREVIATURAS AL – ácido de Lewis; Ar – arila; Bn – benzila; BTHA- brometo de tetrahexilamônio BTEAC – cloreto de benziltrietilamônio; CCD – cromatografia em camada delgada; d – dupleto; DABCO – 1,4-diazabiciclo[2.2.2]octano; DBU – 1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno; dd – duplo dupleto; ddd – duplo duplo dupleto; DIPEA – N,N-diisopropiletilamina; DMF – N,N-dimetilformamida; DMSO – dimetilsulfóxido; dt – duplo tripleto; EMAR – espectrometria de massas de alta resolução; Equiv – equivalente(s); ESI-QTOF MS – ElectroSpray Ionization Quadrupole Time of Flight Mass Spectrometry Et – etila; IV – espectroscopia no infravermelho; Me – metila; M.O.- Irradição por micro-ondas; P.F. – Ponto de Fusão; P.M.- Peneira Molecular; q – quarteto; qt – quintupleto; Ref. – referência; Rend. – rendimento; RMN de 13C – ressonância magnética nuclear de carbono; RMN de 1H – ressonância magnética nuclear de hidrogênio; s – singleto; sext.- sexteto; sl – singleto largo; t – tripleto; t.a. – temperatura ambiente; TEA – trietilamina; TFA – ácido trifluoroacético; THF – tetrahidrofurano; Ts – p-toluenossulfonila. LISTA DE ESQUEMAS Esquema 1. Rotas sintéticas para obtenção de diazo compostos. .......... 29 Esquema 2. Obtenção de compostos 2-diazo-1,3-dicarbonilados 5 por reação de transferência de diazo............................................................ 30 Esquema 3. Obtenção one pot de α-diazo acetatos. .............................. 31 Esquema 4. Diazo compostos 1,3-dicarbonilados 12 a partir do diazo mercurial 10. ......................................................................................... 32 Esquema 5. α-Diazo ésteres a partir de acoplamento C-C catalisado por paládio. .................................................................................................. 32 Esquema 6. Ciclo catalítico de formação do carbeno seguido de reação de inserção na ligação S-H. ................................................................... 33 Esquema 7. Reação de inserção C-H intermolecular. ........................... 34 Esquema 8. Reatividade da fenilazida (27). .......................................... 35 Esquema 9. Estruturas de ressonância do grupo Azido. ........................ 36 Esquema 10. Reatividade de α-azido cetonas 35 em reações para a formação de ligação C-C. ...................................................................... 39 Esquema 11. Síntese de pirróis 47 a partir de compostos dicarbonilados e α-azidocetonas. ................................................................................... 40 Esquema 12. Termólise de vinil azidas para obtenção de azirinas 50. .. 40 Esquema 13. Obtenção de indóis 53 a partir da termólise de α-azido enona 51. ............................................................................................... 41 Esquema 14. Mecanismo de Knoevenagel promovido por amina secundária.............................................................................................. 42 Esquema 15. Mecanismo de Knoevenagel promovido pelo sal 60 na presença de um ácido fraco. .................................................................. 43 Esquema 16. Obtenção da lumefantrina (72a) por meio da condensação de Knoevenagel. .................................................................................... 45 Esquema 17. Estrutura química e método convencional para a formação das amidas 80. ....................................................................................... 46 Esquema 18. Ativação de um ácido carboxílico para a formação de ligação amida. ....................................................................................... 47 Esquema 19. Síntese de α-azido amidas 86 a partir do cloreto de cloroacetil (84). ..................................................................................... 48 Esquema 20. Métodos para a preparação de indóis a partir de azidas... 50 Esquema 21. Transformação de aril azidas 90 em indóis 93 utilizando Rh(II) como catalisador. ........................................................................ 51 Esquema 22. Transformação de vinil azidas em indóis utilizando Rh(II) como catalisador.................................................................................... 52 Esquema 23. Proposta mecanística para a síntese de indóis a partir de αazidocinamatos 94. ................................................................................ 52 Esquema 24. Proposta de síntese de α-azido cinanamidas 130 e indóis 2-substituídos 132.................................................................................. 56 Esquema 25. Retrossíntese de indóis 2-substituídos E a partir de β-ceto ésteres γ-substituídos D. ........................................................................ 58 Esquema 26. Preparação de γ-azido-β-ceto-α-diazo éster 65. ............... 59 Esquema 27. Proposta de mecanismo para a reação de clivagem do γcloro-α-diazo-β-ceto éster 98................................................................. 62 Esquema 28. Mecanismo plausível para a reação de transferência de diazo catalisada por PM 4A-1000. ........................................................ 73 Esquema 29. Proposta de utilização do azido diazo éster 65 na síntese de heterociclos 111. ............................................................................... 75 Esquema 30. Reação de obtenção de amidas 112 a partir de α-diazo-βceto ésteres 98 e 105a. ........................................................................... 77 Esquema 31. Proposta de mecanismo para a obtenção das amidas 112 a partir de compostos diazo carbonilados................................................. 78 Esquema 32. Tentativa de reação one pot para obtenção da amida 112b a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97) utilizando PM................... 80 Esquema 33. Obtenção one-pot das amidas 112 a partir de β-ceto ésteres. ................................................................................................... 81 Esquema 34. Tentativa de formação da amida 112e a partir do acetoacetato de etila (54). ...................................................................... 82 Esquema 35. Possíveis intermediários para a formação do 1-(2-[1pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) a partir do γ-cloro-β-ceto éster 97.. 87 Esquema 36. Proposta de mecanismo para a clivagem do produto de condensação de Knoevenagel 123a via solvólise. ................................. 94 Esquema 37. Vinil azido diazo ésteres 123 preparados pela reação de condensação de Knoevenagel a partir do azido diazo éster 65. ........... 100 Esquema 38. Proposta de mecanismo para a reação de condensação de Knoevenagel, utilizando sal de amônio como catalisador. .................. 101 Esquema 39. Proposta de mecanismo para a formação da α-azido cinamamida 130a. ................................................................................ 106 Esquema 40. Obtenção das α-azido cinamamidas 130 a partir dos vinil azido diazo ésteres 123. ....................................................................... 107 Esquema 41. Obtenção das vinil azido amidas terciárias 131, a partir de vinil azido diazo ésteres 123 e pirrolidina (117a). ............................... 108 Esquema 42. Obtenção dos indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130. ...................................................................................................... 113 Esquema 43. Proposta de mecanismo para a síntese dos indóis 132 a paritr das α-azido cinamamidas 130. .................................................. 114 Sumário 1. INTRODUÇÃO.......................................................................... 27 1.1 Compostos Diazo ............................................................................ 27 1.1.1 Síntese de Compostos Diazo ........................................................ 28 1.1.2 Reatividade de Compostos Diazo ............................................... 33 1.2 Azidas Orgânicas ........................................................................ 35 1.2.1 Síntese de Azidas ......................................................................... 36 1.2.2 Reatividade de Azidas Orgânicas ................................................. 38 1.3 Reação de Condensação de Knoevenagel ....................................... 41 1.4 Preparação de Amidas ..................................................................... 45 1.5 Preparação de Indóis ...................................................................... 49 2. JUSTIFICATIVAS........................................................................... 55 3. OBJETIVOS ..................................................................................... 57 3.1 OBJETIVOS GERAIS .................................................................... 57 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................... 57 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................... 59 4.1. Preparação do γ-azido- β-ceto -α-diazo-éster 65 a partir do 4cloroacetoacetato de etila (97)............................................................... 59 4.2. Reação de transferência de diazo utilizando catalisadores heterogêneos.......................................................................................... 64 4.3. Reação de transferência de diazo utilizando catalisadores homogêneos........................................................................................... 75 4.3.1 Preparação de α-diazo-β-ceto ésteres γ-amino substituídos 122 .. 87 4.4. Reação de transferência de diazo utilizando t-butilamina (78c)..... 89 4.5. Preparação dos produtos da condensação de Knoevenagel 123 ..... 92 4.6. Preparação de vinil azido amidas 132 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123....................................................... 102 4.7- Preparação dos indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130.109 5. CONCLUSÕES............................................................................... 115 6 PARTE EXPERIMENTAL.............................................................. 117 6.1- INSTRUMENTAÇÃO E REAGENTES ..................................... 117 6.2-PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: ................................... 118 6.2.1- Preparação do 4-azido-3-oxobutanoato de etila (99): ............... 118 6.2.2- Reação de transferência de diazo para a preparação de compostos 2-diazo-1,3-dicarbonilados:................................................................. 118 6.2.3-Procedimento geral para a preparação one pot de amidas 112 a partir de ceto ésteres 97, 99. ................................................................ 122 6.2.4-Procedimento geral para a preparação one pot das amidas 118 a partir de ceto ésteres 54, 99. ................................................................ 124 6.2.5-Procedimento para a preparação one pot da 1-(2-[1pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97). ............................................................................................. 125 6.2.6- Procedimento para a preparação one pot dos diazo ceto ésteres 122 a partir do 4-cloroacetoacetato de etila. ........................................ 126 6.2.7- Procedimento geral para a reação de condensação de Knoevenagel a partir do Azido Diazo Éster 65. .................................. 127 6.2.8-Procedimento geral para a preparação de α-azido cinamamidas 130 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123 ......... 132 6.2.9-Procedimento para a preparação das vinil azido amidas terciárias 131 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123. ........ 140 6.2.10 Procedimento geral para a preparação de indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130 ................................................................... 141 7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 145 8. ANEXOS ......................................................................................... 153 27 1. INTRODUÇÃO A obtenção de moléculas com uma diversidade de funcionalizações, de maneira previsível e controlada, tem se constituído uma busca constante na área de síntese orgânica contemporânea e tem recebido grande valorização da indústria farmacêutica. Além disso, todo o esforço sintético vem sendo direcionado para o aumento da economia atômica, a eficiência no regio- e estereocontrole das reações, a facilidade de obtenção das matérias-primas e o desenvolvimento de metodologias ambientalmente benignas.1 Busca-se, por meio da síntese orgânica, a obtenção de novas substâncias cíclicas e acíclicas multifuncionalizadas que possuam propriedades químicas, físicas e biológicas de interesse científico, além de estruturas moleculares com potencial terapêutico capazes de serem empregadas como novos fármacos.2 Dentro dessas perspectivas, neste trabalho serão apresentadas a síntese e reatividade de compostos contendo o grupo diazo e o grupo azido, bem como de moléculas que contêm a função amida na sua estrutura, incluindo precursores de compostos heterocíclicos multifuncionais. 1.1 Compostos Diazo Compostos diazo são reagentes identificados por um grupo N2 ligado a um carbono secundário e, de maneira especial, α-diazo carbonilados são moléculas que possuem esse grupo ligado ao carbono vizinho à carbonila. A partir das estruturas canônicas B, C e D desse grupo funcional, como mostrado na Figura 1, pode-se identificar que o carbono ligado ao grupo diazo tem uma carga negativa parcial (D) e assim ele pode atuar como um nucleófilo, sendo que nesta condição está ligado a ele um excelente grupo de saída, o N2.3 28 O O O R´ R R´ R N N N2 A R´ R N N O B R´ R D C N N Figura 1. Estruturas canônicas que descrevem a função α-diazo carbonila. A química de compostos diazo tem uma longa história de desenvolvimento e nas últimas décadas tem recebido grande atenção pela sua versatilidade na síntese de novas moléculas. Particularmente, tem-se estudado a decomposição de compostos diazo na presença de complexos de metais de transição para gerar intermediários de carbenos metálicos, do tipo Fisher, que podem participar de diversas transformações como inserção em ligações X-H (X = C, O, S, N), ciclopropanação, formação de ílideos e migração H-1,2.4 1.1.1 Síntese de Compostos Diazo Na literatura, há pelo menos sete caminhos para obtenção de moléculas que possuem a função diazo ( C=N=N), como apresentados no Esquema 1: A) Transferência do grupo diazo para um composto metilênico ou metino; B) Diazotização de aminas alifáticas primárias αaceptoras substituídas; C) Desidrogenação de hidrazonas; D) Tratamento básico de sulfonilhidrazonas; E) Clivagem alcalina de Nalquil-N-nitroso sulfonamidas, carboxamidas, uréias e uretanas; F) Fragmentação de triazinas; G) Modificação em um substituinte de um composto diazo já existente.5 29 Esquema 1. Rotas sintéticas para obtenção de diazo compostos. O caminho A (Esquema 1) representa a reação de transferência do grupo diazo para um metileno ativado, sendo esta uma estratégia eficiente para a síntese de compostos α-diazo carbonilados. O método desenvolvido por Regitz, chamado de reação de transferência de diazo (Esquema 2), usa os compostos 1,3-dicarbonilados 1 e sulfonil azidas 2 em meio básico, sendo aplicada especialmente para a síntese de compostos 2-diazo-1,3-dicarbonilados 5.6 Compostos 1,3-dicarbonilados 1 são facilmente convertidos em seus íons enolatos 3, na presença de uma base. Estes enolatos reagem com o nitrogênio terminal do reagente de transferência de diazo, gerando o intermediário 4, que em seguida sofre decomposição para formar o 2-diazo-1,3-dicarbonilado 5 e a sulfonamida 6. 30 Esquema 2. Obtenção de compostos 2-diazo-1,3-dicarbonilados 5 por reação de transferência de diazo. para-Toluenossulfonil azida (tosil azida ou TsN3) é o reagente de transferência de diazo mais usado nesse método. Embora seja de fácil preparação e de grande emprego, deve-se ressaltar que cuidados especiais precisam ser tomados na manipulação de sulfonil azidas, pois espécies reativas como os derivados de sulfonil nitrenos são formados por decomposição térmica. TsN3 foi considerado o mais perigoso reagente de transferência de diazo, combinando a alta sensibilidade ao impacto com a baixa temperatura de ignição, além do grande calor de decomposição. Esta substância na sua forma pura é considerada oficialmente na Alemanha como explosivo. No entanto, devido a sua grande capacidade e eficiência na reação de transferência de diazo, esse reagente é utilizado por diversos grupos de pesquisas, principalmente quando se trabalha em pequena escala. Outra limitação deste reagente é a difícil separação da sulfonamida 6, formada como subproduto de reação.7 Um método eficiente e mais seguro para as reações de transferência de diazo apresentado no Esquema 3 foi descrito por Arai e col.8 para a obtenção one pot de α-diazo acetato (8) a partir de cloreto de tosila comercial (7) e azida de sódio (NaN3) sob condições aquosas básicas na presença de um catalisador de transferência de fase (brometo de tetrahexilamônio - BTHA), sem a necessidade de isolamento ou purificação de intermediários potencialmente explosivos como TsN3 (Esquema 3). 31 Esquema 3. Obtenção one pot de α-diazo acetatos. Além de reações de transferência de diazo para a obtenção de compostos α-diazo carbonilados, modificações químicas com retenção da função diazo, utilizando reações de metalação, são descritas na literatura.9 Conforme o caminho G apresentado no Esquema 2, é possível obter compostos diazo a partir da modificação de um substituinte em uma molécula que já possua a função diazo. Com essa característica, e segundo Esquema 4, o mercurial diazo éster 10 pode ser obtido a partir da reação do óxido de mercúrio (9) com diazoacetato de etila (8a).10 Um exemplo representativo da aplicação de reações de metalação em síntese é a preparação de uma grande variedade de αdiazo-β-cetoésteres 12 a partir da reação entre o mercurial diazo éster 10 e haletos de ácidos, em condições essencialmente neutras (Esquema 4).11 Por sua vez, o tratamento do bromo diazo éster derivado 11 com nucleófilos leva à formação, em bons rendimentos, de α-diazo-βcetoésteres 12 contendo diferentes grupos funcionais na posição γ-. Entretanto, o uso de metodologias que envolvem metais pesados como mercúrio, por exemplo, vem sendo amplamente substituído por técnicas que oferecem um risco menor de contaminação do ambiente por estes materiais, e que minimizem ou eliminem a geração de resíduos que contenham estes metais. 32 Esquema 4. Diazo compostos 1,3-dicarbonilados 12 a partir do diazo mercurial 10. A química de acoplamento C-C, catalisada por metais de transição, também tem sido empregada para a funcionalização de diazo compostos. Um exemplo desta metodologia é o acoplamento cruzado, catalisado por paládio, de diazoacetato de etila (8a) com iodetos de vinila 13 e arila 14 que produziram os correspondentes α-diazoésteres 16 e 17. Outros iodetos de alquila e arila 15 foram submetidos às mesmas condições reacionais, na presença de monóxido de carbono, para formar os correspondentes diazo ceto ésteres 18 (Esquema 5).12 Esquema 5. α-Diazo ésteres a partir de acoplamento C-C catalisado por paládio. 33 1.1.2 Reatividade de Compostos Diazo Diferentes aplicações de diazo compostos em síntese orgânica estão descritas na literatura, em virtude do seu potencial emprego como precursores de compostos multifuncionalizados. Procedimentos eficientes para ciclopropanação, cicloadição dipolar e inserção na ligação X-H têm sido descritos, devido ao desenvolvimento de métodos catalíticos em substituição às condições termo- e fotoquímicas. Com os recentes avanços no entendimento mecanístico das transformações catalisadas por metais de transição, foi removida uma quantidade significativa de empecilhos associados a esse processo. Esses fatores contribuíram para o desenvolvimento de catalisadores de metais de transição e novas estratégias para a transformação de diazo compostos a partir de espécies do tipo carbeno.13 De maneira geral, um catalisador de metal de transição reage com um composto diazo para gerar um carbeno eletrofílico 18 (Esquema 6).14 A adição eletrofílica causa a perda de nitrogênio molecular (N2) e favorece a formação de um carbeno estabilizado pelo metal, chamado de carbenóide ou metalocarbeneóide 19. A transferência do carbeno para um substrato rico em elétrons completa o ciclo catalítico conforme apresentado no Esquema 6. Esquema 6. Ciclo catalítico de formação do carbeno seguido de reação de inserção na ligação S-H. 34 Os catalisadores de metais de transição são eficientes ativadores do grupo diazo em reações de inserção na ligação C-H. A partir dessas propriedades, grandes avanços têm sido alcançados para o desenvolvimento e aplicação desses catalisadores em processos de inserção C-H intramolecular,15 e mais recentemente, para processos intermoleculares de maneira enantiosseletiva.16 Carbenóides com estrutura 21 são formados a partir da decomposição de diazoacetatos 20 utilizando complexos metálicos de Rh(II) (Esquema 7).17 Esquema 7. Reação de inserção C-H intermolecular. Nos últimos anos, metodologias de inserção C-H intermolecular foram desenvolvidas a partir de carbenóides estáveis provenientes de diazo compostos 20, que possuem simultaneamente grupos retiradores de elétrons (GRE) e grupos doadores de elétrons (GDE) (Esquema 7). Na presença de um GDE, estes carbenóides têm sua reatividade diminuída e a quimiosseletividade acentuada em relação a carbenos convencionais que contêm somente GRE (carboxilato, ceto, fosfonato, sulfonato, ciano ou nitro). Essa inserção intermolecular pode ocorrer por dois caminhos distintos. O primeiro ocorre pela interação do carbenóide com o carbono da ligação C-H e do hidrogênio com o Rh, formando um intermediário cíclico de quatro membros 23, sendo que a partir dessa espécie ocorre a formação da ligação C-C e a transferência do hidrogênio para o Rh formando o intermediário 24 que após uma eliminação redutiva forma o produto de inserção 26. O segundo caminho ocorre por meio da inserção de carbenóide com a ligação C-H de maneira concertada, passando por um intermediário cíclico de três membros 25 o qual posteriormente colapsa para o produto final 26. 35 1.2 Azidas Orgânicas Azidas orgânicas são compostos ricos em energia que têm recebido grande atenção desde meados do século 19. O interesse industrial nesses compostos está na sua capacidade de atuar como precursores para a síntese de aminas, amidas, iminas e heterociclos nitrogenados. Além da formação desses grupos funcionais, a função azida está presente em fármacos, como por exemplo os azidonucleosídeos adotados para o tratamento da AIDS.18 A fenilazida (27), primeira azida orgânica descrita, foi preparada por Peter Grieb em 1864 e tem relevante utilização como um intermediário flexível e rico em elétrons.19 A partir da década de 50 foram desenvolvidas novas aplicações para a química de acil, aril e alquil azidas.20 Mais recentemente, o interesse industrial em azidas orgânicas está ligado à capacidade desses compostos em formar heterociclos como os triazóis, tetrazóis, aziridinas, além de outras classes de compostos que podem ser obtidos com bons rendimentos por reações de decomposição dessas substâncias, como demonstrado no Esquema 8.20 Esquema 8. Reatividade da fenilazida (27). 36 Com base nas estruturas canônicas do grupo azida (Esquema 9), algumas propriedades físico-químicas podem ser explicadas considerando uma estrutura mesomérica polar. As estruturas dipolares 29c e 29d (proposta por Pauling)21 explicam a facilidade na decomposição para o correspondente nitreno e dinitrogênio, bem como a reatividade em reações de cicloadição 1,3-dipolar. A regiosseletividade dessas reações com eletrófilos e nucleófilos pode ser explicada com base na estrutura mesomérica 29d (nucleófilos atacam o N3 e eletrófilos são atacados por N1). Esquema 9. Estruturas de ressonância do grupo Azido. As estruturas canônicas 29b e 29c explicam o aparecimento de uma banda intensa de absorção no espectro de infravermelho na região de 2050-2150 cm-1.19 O grupo azida é considerado como um pseudo haleto,22 pois azidas orgânicas possuem características semelhantes a compostos halogenados. Um exemplo dessa característica é que em reações de substituição aromática o grupo azida atua como um grupo orto-para dirigente. No entanto, compostos que possuem o grupo azida realizando ligações covalentes na presença de metais de transição podem sofrer reações de decomposição térmica e gerar explosões. Para azidas orgânicas serem manipuláveis e terem o seu risco de explosão diminuído, leva-se em consideração que o número de átomos de nitrogênio não exceda o número de átomos de carbonos e, além disso, tem que se levar em consideração a seguinte equação:19 [Número de átomos de carbono + Número de átomos de oxigênio] ≥ 9 Número de grupos azida (N3) 1.2.1 Síntese de Azidas Azidas orgânicas podem ser preparadas a partir de cinco diferentes métodos (Figura 2): A) Introdução do grupo N3 (substituição ou adição), B) Introdução do grupo N2 (Transferência de diazo), C) 37 Introdução de um átomo de nitrogênio (diazotização), D) Clivagem de triazinas e compostos análogos e E) Rearranjo de azidas.19 Figura 2. Possibilidades de síntese de azidas orgânicas. Esse grupo funcional pode estar ligado a cadeias carbônicas aromáticas ou alifáticas. Poucas metodologias de preparação de aril azidas estão descritas na literatura, e as condições mais adotadas para essa síntese são reações de organometálicos aromáticos com TsN323 ou a conversão de aminas para azidas através de sais de diazônio,24 sendo este o método mais utilizado. Alquil azidas representam a segunda classe de compostos de azida mais importante. Azidas alifáticas são compostos facilmente obtidos por substituição nucleofílica (SN2) utilizando íons azoteto altamente nucleofílicos e haletos de alquila. NaN3 é a fonte de íons azoteto mais comumente utilizada, seguida por azoteto de tetraalquilamônio e polímeros de azidas.25 Entretanto, essas rotas requerem procedimentos complexos, longos tempos de reação, baixos rendimentos e o uso de solventes halogenados. Diante destas dificuldades, Varma e col.26 desenvolveram um método para a obtenção de α-azido ésteres 31 a partir de haletos orgânicos 30 e NaN3 em água como solvente, utilizando irradiação por micro-ondas e na ausência de catalisador (Equação 1). 38 Equação 1: Obtenção de α-azido ésteres 31 a partir de α-halo ésteres. Além das alquil azidas, vinil azidas são precursores de grande relevância para a síntese de derivados de heterociclos contendo nitrogênio. O grande interesse nesta classe de compostos está relacionado com a sua reatividade em reações de inserção e de cicloadição. Vinil azidas podem participar em reações de termólise, que após a perda de N2 geram um nitreno como precursor de vários produtos de inserção,27 como os indóis. Um método eficiente, que representa a síntese de vinil azidas, é a obtenção do 3-aril-2-azidopropenoato de metila (34) a partir da reação de condensação de Knoevenagel, envolvendo o aldeído 32 e o αazidoacetato 33 (Equação 2).28 Equação 2: Síntese de vinil azida 34 a partir da condensação de Knoevenagel. 1.2.2 Reatividade de Azidas Orgânicas Compostos orgânicos que possuem a função azida podem sofrer vários tipos de modificações a partir deste grupo funcional, conforme apresentado preliminarmente no Esquema 6, pag. 22. Azido cetonas, como o composto 35 possuem dois grupos funcionais interessantes, pois exibem reatividades distintas na formação de ligação C-C (Esquema 10). A carbonila eletrofílica pode ser utilizada como um alvo para o ataque de carbânions, levando a adutos como os 39 compostos 36. Por outro lado, a existência de um hidrogênio, com caráter ácido, nas α-azido cetonas 35 favorece a formação, em meio básico, de um ânion estabilizado 37 pelo grupo azido. A geração controlada desses carbânions seguida pela interceptação com diferentes carbonos eletrofílicos fornece produtos do tipo aldol 38 ou do tipo Knoevenagel 39.29 Além dos produtos de condensação, as α-azido cetonas podem gerar produtos secundários em condições básicas, a partir da perda de N2 pelo intermediário 37b, formando um ânion imínio 40 seguido de reações com eletrófilos para fornecer uma α-imino cetona 41.27 Esquema 10. Reatividade de α-azido cetonas 35 em reações para a formação de ligação C-C. Pirróis 47 têm sido utilizados na síntese de diversos heterociclos com propriedades antibióticas e antitumorais, como mitomicina e microscleridermina E.30 Somando-se a isso, essa classe de compostos pode ser utilizada em subunidades de fármacos sintéticos e em diversos produtos naturais que possuem atividade biológica.31 A obtenção desses heterociclos pode ser alcançada a partir da reação do diânion de compostos 1,3-dicarbonilados 42 com α-azido cetonas 43 para a formação de 6-azido-5-hidroxi-3-oxoalcanoatos 44. Na presença de trifenilfosfina, o composto 44 perde uma molécula de N2 pela reação 40 de Staudinger para gerar o intermediário iminofosforano 45, o qual sofre uma reação de aza-Wittig intramolecular levando à formação de 2alquilidenopirrolidinas 46. Estes intermediários 46 são tratados com ácido trifluoracético para fornecer os pirróis 47 (Esquema 11).32 Esquema 11. Síntese de pirróis 47 a partir de compostos dicarbonilados e α-azidocetonas. Além da ciclização de compostos contendo azida mediada por trifenilfosfina, outro método para a obtenção de hetero- e carbociclos descrito na literatura envolve a termólise de α-azido cetonas α,βinsaturadas 48 gerando o nitreno 49, podendo ser transformado na azirina 50 (Equema 12).27, 33 Esquema 12. Termólise de vinil azidas para obtenção de azirinas 50. Azidas vinílicas podem gerar nitrenos deficientes eletronicamente favorecendo a reação com posições ricas em elétrons. Em alguns casos, a termólise de vinil azidas 51 contendo anel aromático na cadeia fornece produtos oriundos de ataque de nitreno na posição orto do anel formando o 2-acilindol 53 (Esquema 13).34 41 Esquema 13. Obtenção de indóis 53 a partir da termólise de α-azido enona 51. 1.3 Reação de Condensação de Knoevenagel A condensação de Knoevenagel é uma reação clássica de formação da ligação C-C para a preparação de olefinas35 (Equação 3) sendo amplamente estudada academicamente e aplicada na indústria química-farmacêutica. Essa reação de formação de nova ligação C-C, geralmente catalisada por uma amina fracamente básica,36 se caracteriza pela adição de um carbânion a um grupo carbonila, seguida pela perda de uma molécula de água, resultando na formação de um aduto com uma nova ligação dupla carbono-carbono 56.37 Equação 3: Condensação desenvolvida por Knoevenagel. A reação de compostos dicarbonilados com aldeídos aromáticos na presença de diferentes catalisadores tem sido largamente estudada, sendo intensificado a busca por metodologias novas para a obtenção dos produtos de condensação de Knoevenagel utilizando diferentes solventes e catalisadores como carbonato de sódio,38 carbonato de sódio-propilenoglicol39 e piperidina-ácido acético.40 Perumal e col.41 desenvolveram uma metodologia para a reação do acetoacetato de etila (54) com diferentes aldeídos aromáticos na presença de pirrolidina utilizando etanol como solvente (Equação 3). 42 Aminas secundárias, em geral, catalisam reações de condensação de Knoevenagel na presença de uma pequena quantidade de ácido, como ácido acético ou benzóico (benzaldeído comercial contém uma pequena quantidade de ácido benzóico), e a reação pode ocorrer por meio de um íon iminium ou aminal 57 (Esquema 14).36, 42 Esquema 14. Mecanismo de Knoevenagel promovido por amina secundária. Quando a reação envolve um aldeído puro, uma pequena quantidade de ácido pode ser utilizado como aditivo.36 A presença do aditivo ácido pode acelerar a condensação devido ao aumento da eletrofilicidade do aldeído e ao aumento da habilidade do grupo de saída da amina causada pelo aumento da rede de ligações de hidrogênio. Mase e Horibe43 desenvolveram uma metodologia para a reação de condensação de Knoevenagel entre aldeídos aromáticos 55 e compostos metilênicos ativados 59 utilizando como organocatalisador um sal de amônio 60, gerando o produto de Knoevenagel 61 com rendimentos acima de 98%. Dentre as condições estudadas, a mais eficiente envolveu a utilização de carbamato de piperidinio como catalisador, na ausência de solvente e a uma temperatura de 25 oC (Equação 4). Equação 4: Condensação de Knoevenagel catalisada por sal de amônio. 43 A partir dos resultados obtidos foi proposto um mecanismo para elucidar a transformação de Knoevenagel (Esquema 15) utilizando o organocatalisador, onde a dissociação iônica do sal de amônio 60 forma o ácido carbâmico e a amina nucleofílica piperidina. O aldeído ativado 62 reage com a piperidina para gerar o cátion imínio intermediário 63, que por sua vez sofre uma condensação com o composto metilênico ativado 59 para formar o intermediário 64. Em seguida, 64 sofre a eliminação da piperidina e gera o produto de Knoevenagel 61. Esquema 15. Mecanismo de Knoevenagel promovido pelo sal 60 na presença de um ácido fraco. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu uma metodologia visando a reação entre o γ-azido-α-diazo-β-ceto éster 65 e trimetilfosfito, obtendo-se seletivamente os γ-(dimetilfosforilamino)-αdiazo-β-ceto ésteres em bons rendimentos e em condições brandas.44 Nesse trabalho, foi estudado também a obtenção da vinil azida 66 a partir da reação de condensação do γ-azido-α-diazo-β-ceto éster 65 com benzaldeído (55a), utilizando como aditivo um sal de amônio, o acetato de piperidinio o qual é formado a partir de ácido acético e piperidina (Equação 5). Além do produto principal 66 ter sido obtido com 68% de 44 rendimento, outros 3 derivados (67, 68 e 69) foram identificados como subprodutos. O O N3 O O + O N3 O O H EtOH, t.a., 60 h N2 65 O AcOH/ Piperidina N3 + O N2 66 67 55a OH O O N O N2 N3 68 O O + O N2 N3 69 Equação 5: Obtenção de compostos azido diazo funcionalizados. A reação de condensação de Knoevenagel tem aplicações muito relevantes na síntese de compostos funcionalizados com potencial farmacológico. Fuenfschilling e col.45 descreveram uma metodologia de obtenção da lumefantrina (72a), droga utilizada no combate da malária. A partir do fluoreno (70) foi preparado o derivado 71, que por sua vez reagiu com p-clorobenzaldeído (55b) utilizando hidróxido de sódio como catalisador em etanol (Esquema 16). Foi obtido um mistura de isômeros E/Z sendo isolado o produto 72a por meio de rescristalização, utilizando isopropanol como solvente. 45 N HO O + Cl NaOH, EtOH 71 70 HO N HO Cl Cl Cl H Cl Cl 72b 55b N Cl Cl 72a Cl Esquema 16. Obtenção da lumefantrina (72a) por meio da condensação de Knoevenagel. 1.4 Preparação de Amidas A formação da ligação amidica é uma das transformações mais comuns realizadas na indústria farmacêutica, sendo que a função amida está presente em moléculas que possuem atividade farmacológica (7376) (Figura 3).46 Figura 3. Compostos com atividade biológica que apresentam a função amida. 46 As reações de formação da ligação amídica, no entanto, apresentam baixa economia atômica, utilização de solventes polares próticos e clorados e uso de aquecimento. Portanto, o desenvolvimento de metodologias com maior economia atômica, solventes ambientalmente benignos e métodos catalíticos contribui favoravelmente para a obtenção de moléculas multifuncionais contendo a função amida.47 As amidas 80 são tipicamente sintetizadas a partir da condensação de ácidos carboxílicos e aminas. Contudo, a reação entre estes dois grupos funcionais não ocorre espontaneamente, pois de maneira geral, ácidos carboxílicos 77 reagem com aminas 78 formando sais 79 à temperatura ambiente. A transformação destes sais em amidas 80 requer aquecimento vigoroso (Esquema 17), que pode ser incompatível com a presença de outros grupos funcionais ou centros assimétricos.48 Esquema 17. Estrutura química e método convencional para a formação das amidas 80. Ranu e Dutta desenvolveram um método para obtenção de amidas 83 a partir de ésteres 81, usando quantidade catalítica de iodeto de índio (20 mol%) e um excesso de amina 82 (Equação 6).49 A eliminação de reagentes tóxicos e a simplicidade operacional da reação representam vantagens importantes frente aos métodos conhecidos, porém se fez necessário o uso de aquecimento em altas temperaturas (110-120 oC). Além disso, a reação não foi bem sucedida com aminas secundárias, tornando-o inadequado para a síntese de amidas terciárias. 47 Equação 6: Obtenção de amida secundária, utilizando aquecimento na presença de um catalisador. Procurando eliminar o uso do aquecimento para a obtenção de ligações amídicas, para evitar a decomposição de outros grupos funcionais sensíveis ao aquecimento, têm sido desenvolvidos métodos sintéticos envolvendo a ativação de um ácido carboxílico 77 por um grupo ativante (A*) na presença de uma base, seguida por um ataque nucleofílico de uma amina livre 78 para, então, gerar o composto 80 contendo uma ligação amídica, (Esquema 18).50 Esquema 18. Ativação de um ácido carboxílico para a formação de ligação amida. Hall e col.51 desenvolveram uma metodologia prática para a amidação direta de ácidos carboxílicos utilizando ácidos arilborônicos orto-funcionalizados como catalisador e à temperatura ambiente (Equação 7). Nesse método foram utilizados ácidos carboxílicos e aminas primárias contendo uma diversidade estrutural, incluindo substituintes aromáticos, cadeias alifáticas lineares e cadeias ramificadas alifáticas. 48 Equação 7: Obtenção das amidas 80 por meio da ativação do ácido carboxílico 77 com ácidos aril borônicos. Moléculas contendo a função amida e o grupo azido na posição alfa são chamadas de α-azido amidas 86. Estes compostos são intermediários versáteis e eficientes para a síntese de substâncias com atividade antibacteriana.52 Joshi e col. sintetizaram diferentes α-azido amidas 86 (Esquema 19)53 por meio de uma metodologia clássica, a partir da reação do cloreto de cloroacetil (84) com aminas 78 na presença de base e diclorometano, sob temperaturas baixas, formando os α-cloro amidas 85. Posteriormente, 85 reagiu com azida de sódio em dimetilformamida à temperatura ambiente por 8-12 horas, para forecer as α-azido amidas 86. Esquema 19. Síntese de α-azido amidas 86 a partir do cloreto de cloroacetil (84). 49 1.5 Preparação de Indóis O núcleo indólico (Figura 4) é um dos sistemas heterocícliclos mais presentes na natureza e a sua grande diversidade estrutural tornouo um importante componente estrutural de muitos agentes farmacêuticos. Estes núcleos têm sido considerados "estruturas privilegiadas" por serem capazes de se ligar com elevada afinidade a muitos receptores.56 Figura 4. Esqueleto indólico. O núcleo indólico é encontrado, por exemplo, em alcalóides de estrutura simples como a serotonina, que é um dos mais importantes neurotransmissores dos animais, incluindo o Homem. Dentre os derivados indólicos utilizados como agentes terapêuticos podemos citar um dos primeiros agentes anti-inflamatórios não esteroidais, a vinblastina, utilizada como quimioterápico contra o câncer, e a reserpina, a qual já foi largamente utilizada como agente antihipertensivo e tranquilizante (Figura 5).57 Figura 5. Indóis com atividade biológica. 50 Devido a essas estruturas heterocíciclas serem consideradas privilegiadas em relação a atividades farmacológicas, novos derivados de indóis são continuamente aprovados para a aplicação em medicina, o que torna promissor o desenvolvimento de métodos eficientes para a preparação de indóis funcionalizados.58 Uma das fontes para a obtenção de heterociclos contendo o núcleo indólico são as azidas orgânicas. Essa classe representa uma excelente fonte de nitreno eletrofílico,59 atuando como intermediários na síntese de heterociclos.60 Indóis podem ser sintetizados a partir de azidas por pelo menos quatro métodos (Esquema 20): termólise de 2-arilvinil azidas (síntese de indol de Hemetsberger-Knittel) ou tratamento com complexo metálico, (caminho A, Esquema 20),61 e ciclização de azidas aromáticas orto substituídas incluindo (2-azidoaril)estireno62 (caminho B); (2-azidoaril)acetilenos63 (caminho C) e (2-azidoaril)alenos (caminho D).64 Esquema 20. Métodos para a preparação de indóis a partir de azidas. A diversidade de metodologias sintéticas e diferentes precursores possibilitam ao núcleo indólico ser precursor de uma grande variedade de indóis funcionalizados. Um método que descreve a preparação desses indóis, é por meio da ativação da ligação C-H formando intermediários carbenóides e nitrenóides de Rh(II), para a formação de carbo- e heterociclos.65 Nitrenos podem ser obtidos a partir de azidas por termólise,66,61b sendo algumas vezes necessárias altas temperaturas, gerando uma grande 51 preocupação com a segurança, o que acaba por diminuir o interesse pelo método resultando na aplicação restrita dessas metodologias.67 Drive e col.60a desenvolveram uma metodologia para a obtenção de indóis a partir de aril azidas 90 associando o método catalisado por Rh(II) com a versatilidade desses precursores aromáticos, evitando, assim, a variante térmica dessa reação (Esquema 21). A substituição das condições de aquecimento a altas temperaturas por catalisadores de metal de transição, mantendo os altos rendimentos dos indóis funcionalizados 93, aumenta a utilidade e versatilidade desse tipo de transformação. Esquema 21. Transformação de aril azidas 90 em indóis 93 utilizando Rh(II) como catalisador. Driver e col.66 ainda desenvolveram um método para transformar vinil azidas 94 em indóis 96 e outros heterociclos, por meio da aminação da ligação C-H catalisada por complexo de Rh(II) (Esquema 22). A reação do 94 com Rh(II), forma um intermediário do tipo nitrenóide 95, o qual reage por meio de uma reação de inserção de C-H aromática intramolecular para fornecer derivados de indol 96. Dos complexos metálicos estudados (Rh2(OAc)4, Rh2(O2CCF3)4, Rh2(O2CC3F7)4), somente o tetracetato de Rh(II) que não foi eficiente nesta transformação. Foi observado que a atividade do catalisador é dependente da natureza eletrônica dos seus ligantes, onde rendimentos mais elevados são obtidos quando os ligantes do tipo carboxilato fluorados são deficientes de elétrons. O aquecimento da reação também foi estudado, o que contribuiu para a obtenção de excelentes rendimentos. 52 Esquema 22. Transformação de vinil azidas em indóis utilizando Rh(II) como catalisador. Os autores desse estudo propuseram que o mecanismo de reação é semelhante ao que foi proposto por Nakamura69 para a inserção da ligação C-H catalisada por Rh(II) a partir de um diazo éster (Esquema 23). Seguindo esse modelo, a coordenação inicial do carboxilato de Rh(II) com o nitrogênio interno da azida resulta no intermediário 97, sendo gerado posteriormente nitrenóide de Rh(II) 95, pela eliminação de N2. A formação da ligação C-N pode ocorrer por dois caminhos: uma inserção concertada orto à ligação C-H69b formando o intermediário 98 ou uma substituição aromática eletrofílica via o íon arênio 99, o que possibilita o posterior isolamento do indol 96. Esquema 23. Proposta mecanística para a síntese de indóis a partir de αazidocinamatos 94. No entanto, essa metodologia ficou restrita à síntese do 2-indol carboxilato éster (96) e seus derivados, pois o seu precursor é um αazidocinamato de metila 94. A síntese de indol a partir da aril azidas 90 utilizando catalisadores de Rh(II) por meio da formação da ligação N-H, 53 resolveria esta limitação devido ao acesso a uma gama mais ampla de aril azidas, tendo como substituintes uma diversidade de olefinas dissubstituídas. 54 55 2. JUSTIFICATIVAS Compostos multifuncionalizados, contendo grupamentos azido, amido, diazo, ceto, carboxil e insaturações na sua estrutura, podem ser utilizados como precursores importantes de carbo- e heterociclos sintéticos ou naturais com aplicação industrial e farmacêutica. Geralmente a obtenção de compostos com essas características e especificidades requer longas rotas sintéticas que causam comprometimento do rendimento global da reação e oneração dos seus custos devido a etapas de proteção e desproteção de grupos funcionais, sensíveis aos reagentes utilizados nas transformações. Compostos que possuem na sua estrutura as funções diazo e azido são empregados como precursores de hetero- e carbociclos, no entanto são poucas as metodologias que descrevem a síntese de compostos com as duas funcionalidades simultâneas. Com relação a esse aspecto, se constitui um campo promissor a busca pelo desenvolvimento de novas metodologias para a síntese desses intermediários, utilizando condições reacionais brandas e solventes ambientalmente benignos. A condensação de Knoevenagel é uma reação clássica na química orgânica, sendo constantemente desenvolvidos métodos organocatalíticos para essa transformação, como por exemplo, sal de amônio, desenvolvido anteriormente pelo nosso grupo de pesquisa. Destaca-se a obtenção de α-vinil azidas como produto de Knoevenagel, um versátil intermediário para heterociclos funcionalizados. O núcleo indólico é largamente estudado, devido à diversidade de moléculas em que ele está presente, uma vez que diversos métodos são descritos na literatura para a obtenção de indóis 2-substituídos, destacando-se os que envolvem a ciclização de α-azido cinamatos, em reações catalisadas por complexos metálicos. No entanto, não há descrito metodologias de obtenção de indóis provenientes de α-azido cinanamidas, já que amidas desempenham um papel de destaque na síntese orgânica. Desta forma, propõe-se uma metodologia para a síntese de indóis 2-substituídos 132, utilizando o γ-cloro acetoacetato de etila (97) como precursor, e α-azido cinamamidas 130 como intermediários (Esquema 24). 56 Esquema 24. Proposta de síntese de α-azido cinanamidas 130 e indóis 2-substituídos 132. 57 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia para a síntese de α-vinil azido amidas e de indóis 2-substituídos a partir de β-ceto ésteres γ-substituídos. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Desenvolver uma nova metodologia para a prepraração de compostos 1,3-diazo carbonilados A, por meio da reação de transferência, a partir dos ceto ésteres B; - Estudar a reatividade de diferentes aminas primárias, visando à obtenção das amidas C. - Estudar diferentes sais de amônio como catalisadores para a condensação de Knoevenagel, visando à obtenção de vinil azido diazo ésteres D. - Estudar a reatividade de diferentes aminas primárias com os produtos de Knoevenagel D, visando à obtenção de diferentes α-vinil azido amidas E. - Estudar a ciclização das amidas secundárias E para a obtenção de indóis 2-substituídos F. 58 Esquema 25. Retrossíntese de indóis 2-substituídos E a partir de β-ceto ésteres γ-substituídos D. 59 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Preparação do γ-azido- β-ceto -α-diazo-éster 65 a partir do 4cloroacetoacetato de etila (97). Os grupos azido e diazo têm sua importância calcada na diversidade de reações que podem participar, a partir de diversas condições reacionais, o que, consequentemente, possibilita a obtenção de uma quimioteca de compostos multifuncionalizados. Em virtude da preparação original do azido diazo éster 65 envolver a utilização de reagentes de mercúrio potencialmente tóxicos (Esquema 24),11 foi estudada uma nova rota de síntese, mais coesa e sem a necessidade de manipulação de intermediários de alta periculosidade, partindo-se do 4cloroacetoacetato de etila comercial (97). Essa rota sintética pode ser seguida por dois caminhos distintos. O caminho A (Esquema 26) inicia em uma reação de transferência de diazo com o isolamento do γ-cloro-αdiazo-β-ceto éster 98 seguida de uma reação de substituição nucleofílica para a obtenção do γ-azido-β-ceto-α-diazo éster 65. No caminho B (Esquema 26) é proposta uma inversão das etapas sintéticas, onde ocorre primeiramente a reação de substituição nucleofílica para obter o γ-azidoβ-ceto éster 99 e em seguida a reação de transferência de diazo para se chegar ao γ-azido-β-ceto-α-diazo éster 65. Esquema 26. Preparação de γ-azido-β-ceto-α-diazo éster 65. 60 Inicialmente foi seguido o caminho A, onde por meio de uma reação de transferência de diazo foi preparado o γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98 a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97) utilizando TsN3 como agente de transferência de diazo, Et3N como base e THF como solvente, sob agitação à temperatura ambiente (Equação 8). Equação 8: Reação de obtenção do γ-cloro-β-ceto-α-diazo éster 98. Após 20 horas de reação, a mistura reacional foi diluída com CH2Cl2 e lavada primeiramente com uma solução aquosa de HCl 1 M, e posteriormente com uma solução aquosa de NaOH 1 M para a retirada da TsNH2. Após este tratamento, foi recuperada apenas 20% da massa esperada, sendo a perda do restante da massa causada provavelmente pela extensiva formação de sal de amônio 101 solúvel em água, decorrente da substituição do cloro pela trietilamina (Equação 8). O possível sal de amônio formado foi identificado após a análise do espectro de RMN 1H do material bruto (sem nenhum tipo de tratamento aquoso, somente realizado a evaporação do solvente). Neste espectro, foram observados vários sinais, dentre eles sinais dos grupos etil ligado ao nitrogênio (1,23 e 3,28 ppm), provenientes do fragmento da Et3N e do CH2 da posição γ (4,29 ppm) além de sinais correspondentes a formação da tosil amida. Com o intuito de contornar esse problema, foram testadas outras bases, incluindo bases nitrogenadas, como 1,4diazabiciclo[2.2.2]octano (DABCO), N-metilmorfolina (NMM), hexametilenotetramina (HMTA) e diisopropiletilamina (DIPEA), e bases inorgânicas, como carbonato de potássio (K2CO3) e carbonato de césio (Cs2CO3). Quando foi utilizado K2CO3 ou Cs2CO3 houve a recuperação total do material de partida 97. Similarmente, o uso de DABCO, NMM ou HTMA, não forneceu resultados satisfatórios com relação à formação 61 do produto esperado. Porém, ao ser utilizado DIPEA, a qual é uma base volumosa e pouco nucleofílica, após 21 horas de reação não foi identificado no material bruto antes do tratamento aquoso a formação de sal de amônio oriundo da substituição nucleofílica do cloro. Contudo, após o tratamento aquoso com HCl 0,1 M e NaOH 0,1 M, a recuperação da massa ficou em 50%, comprometendo o rendimento do γ-cloro-αdiazo-β-ceto éster 98. Mesmo sabendo-se que o uso de condições básicas poderia causar a clivagem de 98, conforme relatado por Arai e cols.8 a utilização de NaOH 1 M no tratamento aquoso da reação é necessária para a retirada da TsNH2 (100), pois na reação de transferência de diazo é formada uma quantidade equivalente deste produto. O uso de solução alcalina para a extração da TsNH2 (100) formada se dá a partir da abstração de um átomo de hidrogênio pela hidroxila gerando uma espécie desprotonada 102 solúvel em solução aquosa, conforme demonstrado na Equação 9. Entretanto, esse tratamento foi identificado como uma das causas da perda de massa, pois além de remover a TsNH2 (100), promoveu a clivagem de 98, com provável formação de diazoacetato de etila (8a). TsNH2 100 + Na OH TsNH Na + H2O 102 Equação 9: Reação de desprotonação da TsNH2 (100). De fato, após a análise do espectro de RMN 1H do material após tratamento alcalino, foram identificados sinais do produto esperado 98 e, além desses, outro conjunto de sinais (singleto em 4,72 ppm, quarteto em 4,19 ppm e tripleto em 1,23 ppm) que foram atribuídos à formação de diazoacetato de etila (8a).8 Este pode ter sido originado a partir de uma clivagem em meio básico do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98, conforme apresentado no Esquema 27. O mecanismo proposto para essa transformação ocorre pelo ataque nucleofílico da hidroxila no carbono β do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98 formando o intermediário 103. A regeneração da carbonila provoca a quebra da ligação C-C produzindo o cloroacetato de sódio (104), muito solúvel em água, e o diazoacetato de etila (8a), parcialmente solúvel em meio aquoso, não sendo possível isolá-los para as devidas caracterizações espectroscópicas. 62 Esquema 27. Proposta de mecanismo para a reação de clivagem do γcloro-α-diazo-β-ceto éster 98. A formação de 8a a partir do tratamento alcalino foi suportada pela análise do espectro de RMN 1H do material bruto, sem tratamento com solução de NaOH, onde foi possível identificar a presença de aproximadamente 1 equiv de TsNH2 (100) e a ausência de 8a. Procurando retirar o subproduto 100 formado e evitar uma possível hidrólise alcalina do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98, reduziu-se a concentração da solução aquosa de NaOH para 0,5 M, o que resultou na retirada parcial (cerca de 80%) da TsNH2, sem a formação evidente do subproduto 8a e com o aumento da massa recuperada (90%). Desta forma, o γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98 teve que ser purificado por coluna cromatográfica, obtendo-se um rendimento de 70%. Após ser isolado foi caracterizado por RMN 1H, apresentando sinais em 4,62 ppm (s, 2H), 4,30 ppm (q, 2H) e 1,31 ppm (t, 3H).11 No espectro de IV, foi observada uma banda forte na região de 2140 cm-1, característica de diazo compostos. Em seguida, o intermediário 98 foi submetido a condições de substituição nucleofílica do cloro pela azida, para a obtenção do γ-azido-α-diazo-β-ceto éster 65 (Equação 10), completando a última etapa do caminho A (Esquema 26). Equação 10: Reação de obtenção do γ-azido-α-diazo-β-ceto éster 65 a partir do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98. 63 A reação foi acompanhada por CCD e após 4 horas, foi extraída com CH2Cl2 e a fase orgânica lavada com água, fornecendo o γazido-α-diazo-β-ceto éster 65 em rendimento de 94%. O produto foi caracterizado por análise de IV e RMN. No espectro de IV foram identificadas bandas em 2145 e 2105 cm-1 características de estiramentos dos grupos azido e diazo que indicou a presença destes grupos no produto. E no espectro de RMN 1H foi identificado um sinal com deslocamento químico em 4,39 ppm (s, 2H) atribuído aos átomos de hidrogênio do CH2 na posição γ. Este sinal está em uma região mais desblindada, quando comparado ao sinal do CH2 na posição γ no espectro do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98 (4,62 ppm), apoiando a substituição do cloro pela azida.11 Diante das dificuldades encontradas para estabelecer uma condição reacional aceitável para a transferência de diazo na obtenção do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98 (1o Etapa do caminho A, Esquema 26), foi estudada a obtenção do azido diazo éster 65 seguindo o caminho B do Esquema 26. Para tanto, foram invertidas as etapas sintéticas, sendo primeiramente realizada a reação de substituição nucleofílica do cloro pela azida, onde o 4-cloroacetoacetato de etila (97) foi colocado numa mistura de EtOAc:água (3:1) contendo 1,3 equiv de NaN3 e posteriormente adicionado 0,2 equiv de BTEAC. A reação foi acompanhada por CCD e, após 3 horas, o γ-azido-β-ceto éster 99 foi isolado com um rendimento de 95% (Equação 11). O produto foi caracterizado por RMN 1H, onde foi possível identificar um sinal com deslocamento químico em 4,15 ppm (q, 2H) e 1,20 ppm (t, 3H), atribuídos aos átomos de hidrogênio do grupo etóxi, em 4,06 ppm (s, 2H) e 3,40 ppm (s, 2H) atribuídos aos átomos de hidrogênio dos metilenos.68 Equação 11: Reação de obtenção do γ-azido-β-ceto éster 99 a partir do γ-cloro-β-ceto éster 97. A partir do isolamento do γ-azido-β-ceto éster 99 com um bom grau de pureza e da sua caracterização por RMN 1H e IV, passou-se a estudar a reação de transferência de diazo adotando o procedimento otimizado anteriormente, o qual utiliza DIPEA como base e THF como solvente. Após 22 horas de reação, e do tratamento aquoso com NaOH 64 0,5 M para retirada parcial da TsNH2 (100), foi feita a purificação do resíduo por coluna cromatográfica para a obtenção do γ-azido-α-diazoβ-ceto éster 65 em 75% de rendimento (Equação 12). Equação 12: Reação de obtenção do γ-azido-α-diazo-β-ceto éster 65 a partir γ-azido-β-ceto éster 99. Diante dos estudos de otimização das condições reacionais para a obtenção do azido diazo éster 65 pelos dois caminhos propostos (Caminho A e B, Esquema 26), acredita-se que a preparação do azido éster 99 pela reação de substituição nucleofílica seguido de reação de transferência de diazo (Caminho B) é mais vantajosa devido aos bons rendimentos obtidos nas duas etapas (75% e 95%, respectivamente), com um rendimento global de 85%, além da maior facilidade na separação do produto 65 da TsNH2 (100). 4.2. Reação de transferência de diazo utilizando catalisadores heterogêneos Buscando reduzir ou evitar a perda dos produtos α-diazo-γfuncionalizados, que ocorre na etapa do tratamento aquoso e também pelo ataque nucleofílico do solvente no produto formado, e ainda substituir as bases orgânicas utilizadas, foram estudadas condições reacionais utilizando potenciais catalisadores heterogêneos. Além da superação dessas dificuldades, buscou-se aumentar a eficiência da reação com um maior rendimento do produto de transferência de diazo (65, 98 e 105). O uso de catalisadores heterogêneos também facilita a sua retirada da mistura reacional, simplificando a etapa de extração do produto. Nesse sentido, foram selecionados inicialmente 4 peneiras moleculares (PM) 3Å, 4Å, 5Å e 13X, disponíveis comercialmente, como possíveis catalisadores heterogêneos para a reação de transferência de diazo (Equação 13), tendo como substrato modelo o acetoacetato de etila (54), a TsN3 e uma variedade de solventes, sob diferentes condições reacionais visando a formação do α-diazo-β-ceto 65 éster 105a. A escolha inicial dos solventes foi baseada na sua disponibilidade e na baixa toxicidade. Equação 13: Reação de obtenção do α-diazo-β-ceto éster 105a a partir do acetoacetato de etila (54) utilizando catalisador heterogêneo. Utilizando a PM 13X em THF (Tabela 1, entrada 1) foi obtido o produto esperado 105a após 24 horas de reação com uma conversão de 30%. A recuperação do catalisador foi realizada por meio de uma filtração simples e lavagem com EtOAc e CH2Cl2. Ao utilizar a PM 4A em THF observou-se uma conversão ao produto 105a de 94%, após 48 horas de reação (Tabela 1, entrada 2). Ao traçar-se um comparativo entre a PM 13X e a 4A, observou-se que esta última foi mais eficiente quanto à conversão ao produto 105a, mesmo que o tempo reacional tenha sido o dobro. A PM 4A também se mostrou bastante eficiente nos demais experimentos para obtenção do composto 105a, onde foram feitas modificações quanto ao solvente e ao catalisador (Tabela 1, entradas 3-7). Em virtude da PM 4A ter fornecido resultados mais promissores (conversões acima de 70%) com os solventes testados (THF, acetona, EtOAc, CH3CN) o estudo foi expandido para a utilização de outros solventes (DMF, água, isopropanol, hexano e CH2Cl2), bem como na ausência de solvente. Dentre os solventes testados, destacam-se o THF e a acetonitrila, pois apresentaram os melhores resultados para a reação, com conversões de 94% e 91%, respectivamente, após 48 h de reação (Tabela 1, entradas 2 e 7). O uso de DMF também acarretou em uma conversão superior a 90%, após 50 h de reação (Tabela 1, entrada 8). No entanto, este não foi selecionado para estudos posteriores devido a preocupações ambientais e problemas de toxicidade.69 Com relação às outras classes de solventes testados, o isopropanol propiciou uma conversão de 70% após 48 h de reação (Tabela 1, entrada 9). Já com o uso de água foi observada uma conversão de apenas 10% ao produto esperado (Tabela 1, entrada 10), devido a pouca interação que ocorreu entre o catalisador e os reagentes, além de um gasto maior de solvente 66 para a separação da fase orgânica, devido à dificuldade de recuperação da PM que ficou impregnada com água, demonstrando ser pouco viável como solvente de escolha para essa reação. Da mesma forma, os solventes menos polares não geraram resultados tão satisfatórios, onde com hexano foi obtido uma conversão de 75% (Tabela 1, entrada 11) e com CH2Cl2 uma conversão de apenas 36% ao produto 105a (Tabela 1, entrada 12), após 45 e 48 h de reação, respectivamente. Além disso, a reação foi estudada na ausência de solvente, onde foram observadas conversões acima de 90%, utilizando 300, 200 e 100 mg de catalisador (Tabela 1, entradas 13-15), com tempos reacionais próximos aos obtidos nas reações com solvente. No entanto, a ausência do solvente dificultou a agitação magnética da mistura reacional, mesmo com quantidades reduzidas de catalisador e em pequena escala, devido ao caráter heterogêneo do meio. A necessidade de quantidades mínimas de solvente fez com que o THF fosse o escolhido para estudos subsequentes. Também foi estudado o emprego de catalisadores modificados, como as PMs/KCl (4A/KCl e 13X/KCl), as quais foram associadas a uma melhoria nas suas propriedades básicas.70 Essas PMs modificadas foram obtidas por meio de um tratamento das PMs com uma solução de KCl, o que promoveu uma substituição parcial dos íons Na+ pelos íons K+, aumentando o caráter básico do catalisador, devido ao aumento do caráter negativo sobre o átomo de oxigênio dos sítios da PM.70a Porém, no presente estudo, os dois catalisadores levaram a conversões inferiores a 40% (Tabela 1, entradas 16 e 17), com tempos reacionais semelhantes aos obtidos com a PM 4Å comercial. 67 Tabela 1. Otimização das condições reacionais para a reação de transferência de diazo utilizando catalisador heterogêneo.a Solvente Tempo Conversãob Peneira Molecular (h) (%) 1 13X THF 24 30 2 4A THF 48 94 3 5A Acetona 50 14 4 4A Acetona 48 85 5 3A EtOAc 55 53 6 4A EtOAc 47 72 7 4A CH3CN 48 91 8 4A DMF 50 93 9 4A Isopropanol 48 70 10 4A H 2O 50 10 11 4A Hexano 45 75 12 4A CH2Cl2 48 36 c 50 93 13 4A c 14 4A 52 96 c 15 4A 52 91 16 4A/KCl THF 24 37 17 13X/KCl THF 45 35 18 4A-1000 THF 6 95 10 90 19 4A-1000 CH3CN 20 4A-600 THF 46 24 21 13X-1000 THF 6 33 22 4A/KCl-1000 THF 6 34 a Condições: acetoacetato de etila (54) (1,0 mmol), TsN3 (1,0 mmol), PM (300 mg), solvente (2,0 mL), temperatura ambiente. b Conversão (%) foi determinada por RMN 1H da mistura bruta. c Condições sem solvente: massa do catalisador (mg) por substrato 54 (mmol): 300 (entrada 13), 200 (entrada 14) e 100 (entrada 15). Entrada 68 Outra estratégia para modificação de materiais do tipo zeólita envolveu o aquecimento convencional a temperaturas elevadas (600 ou 1000 °C), o que induziu várias mudanças estruturais nos materiais cristalinos, incluindo as transições de fase e formação de material amorfo, que podem conferir propriedades diferenciadas.70c De fato, a utilização da PM 4A-1000 (PM 4A aquecida a 1000 °C) como catalisador forneceu uma conversão consideravelmente melhor. Com este catalisador ocorreu uma conversão de 95% ao produto 105a, após apenas 6 h em THF (Tabela 1, entrada 18), ou 90% de conversão após 10 h em acetonitrila (Tabela 1, entrada 19). Além disso, a separação do catalisador PM 4A-1000 por filtração foi muito mais fácil quando comparado a PM 4Å comercial, devido à tendência de 4A-1000 formar agregados maiores, que são mais facilmente retidos pelo filtro de papel do que a PM 4A, que é um pó branco muito fino. A atividade mais elevada observada para 4A-1000 foi inesperada, pois os materiais que sofrem essas transformações térmicas não são geralmente empregados como catalisadores devido à sua perda de porosidade.71 O efeito da temperatura durante a preparação dos catalisadores também foi estudado, uma vez que o aquecimento da PM 4A-600 (PM 4A aquecida a 600 oC) produziu um catalisador de reação menos eficiente, fornecendo uma conversão ao produto 105a de apenas 24%, após 46 h de reação em THF (Tabela 1, entrada 20). Já comparando a atividade da PM 4A-1000 com a PM 13X-1000, observou-se que esta foi menos eficiente, onde obteve-se uma conversão ao produto 105a de apenas 33% após 6 h (Tabela 1, entrada 21). O uso da PM que sofreu a troca de íons Na+ por íons K+, seguida de aquecimento a 1000 °C (4A/KCl-1000), também não apresentou eficiência significativa na catálise da reação de transferência de diazo quando comparada a PM 4A-1000, levando a baixas conversões (Tabela 1, entrada 22). Baseados nos resultados desse estudo preliminar, o procedimento usando 4A-1000 como catalisador para a reação de transferência de diazo foi estendido para um grupo representativo de compostos 1,3-dicarbonilados 54, 97, 99 e 106 (Equação 14). Foi incluído nesse estudo a PM 4A comercial, a fim de comparar o seu perfil catalítico, utilizando o mesmo solvente e temperatura. Os resultados da Tabela 2 foram gerados a partir de reações realizadas em escala de mmol, embora a ampliação para a escala de gramas forneça resultados comparáveis. 69 Equação 14 : Obtenção de compostos diazo 1,3-dicarbonilados 65, 68, 105 utilizando catalisador heterogêneo. O uso da PM 4A-1000 resultou em rendimentos maiores e tempos reacionais mais curtos, em comparação com a PM 4A. Em geral, os β-ceto ésteres testados foram substratos mais reativos para a reação de transferência de diazo usando 4A ou 4A-1000, com uma significativa preferência para a PM calcinada (Tabela 2, entradas 1-5). A diferença da reatividade do éster etílico em relação ao éster metílico foi evidenciada pela comparação entre os β-ceto ésteres 54 e 106b (Tabela 2, entradas 1 e 2), e muito mais significativamente, entre os malonatos 106d e 106e (Tabela 2, entradas 6 e 7). Embora esta diferença pronunciada na reatividade (Me > Et) possa ser inicialmente atribuída a efeitos estéricos (o grupo etila sendo considerado maior do que o grupo metila), a preparação do diazomalonato de dibenzila (105f), em rendimentos razoáveis contradiz claramente esta hipótese, uma vez que esse substrato possui grupos volumosos que não interferiram no rendimento do produto (Tabela 2, entrada 8). 70 Tabela 2. Reação de transferência de diazo promovida pela PM 4A e 4A-1000.a PM 4A Entrada Substrato Produto PM 4A-1000 Tempo (h) Rend. (%) Tempo (h) Rend (%) 25 80 6 95 2 6 70 5 81 3 24 75 18 80 4 46 64 26 76 5 40 0b 26 83 O O 1 O OEt 54 O OEt N2 105a 71 6 50 [25]c 10 [15]c 80 12 7 27 80 25 94 8 80 48d 46 73 9 24 50d 22 68 10 20 75 12 82 5 65 4 69 O O 11 a N2105i Condições: Compostos 1,3 dicarbonilados (54, 97, 99, 106) (1,0 mmol), TsN3 (0,19 g, 1,0 mmol), catalisador (0,300 g), THF (2,0 mL), temperatura ambiente. b Recuperação maior que 90% do material de partida 106c. c Resultados obtidos sob aquecimento convencional a 65 °C. d Nestas condições obteve-se cerca de 50% de conversão ao produto (por RMN 1H). 72 As PMs atuaram como eficientes catalisadores quando foram utilizados os β-ceto ésteres γ-substituídos, tolerando uma diversidade de grupos funcionais, incluindo cloro, azido e nitro (97, 99 e 106c, respectivamente), conforme apresentado na Tabela 2, entradas 3-5. Notou-se uma grande diferença na obtenção do 2-diazo-3-(4-nitrofenil)3-oxopropanoato de etila (105c, entrada5) quando as PMs 4A-1000 e 4A foram utilizadas. No caso da PM 4A-1000, obteve-se o produto 105c com 83% de rendimento após 26 h, mas ao utilizar a PM 4A não se obteve êxito na conversão para o produto, uma vez que o material de partida foi totalmente recuperado (Tabela 2, entrada 5). A preparação de γ-halo-α-diazo-β-ceto ésteres é de particular interesse, uma vez que são blocos de construção úteis para a síntese de uma grande variedade de compostos multifuncionalizados.11,44,72 No entanto, a síntese do γ-bromo-α-diazo-β-ceto éster descrita na literatura envolve reagentes à base de mercúrio e de brometos reativos que são potencialmente tóxicos (Introdução, Esquema 4),11 o que restringe sua aplicação mais ampla. Deste modo, a síntese do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster (98) em um só passo a partir do éster 97 (comercialmente disponível) catalisado por PM se torna vantajosa, pois envolve condições reacionais brandas e fornece produtos em rendimentos elevados, além de propiciar facilidade na recuperação do catalisador e na retirada da TsNH2 formada no meio. As PMs também foram eficientes catalisadores na reação de transferência de diazo para substratos cíclicos como o diéster 106g e a dicetona 106h (Tabela 2, entradas 9 e 10). De modo semelhante, a pentano-1,3-diona (106i) foi muito reativa e pode ser totalmente convertida na diazo dicetona esperada 105i, embora o rendimento isolado tenha sido de apenas 69% (Tabela 2, entrada 11) devido à perda de massa durante o tratamento aquoso. A reatividade dos compostos 1,3-dicarbonilados pode ser atribuída, em parte, à capacidade de alguns desses compostos interagirem com a PM, possivelmente por meio de uma coordenação com os sítios de Al, conforme representado no Esquema 28 (ver discussão abaixo). Foram feitas reações de controle na ausência de TsN3, onde foi identificado a perda de substrato 1,3-dicarbonilado durante a remoção do catalisador e esse fato depende tanto do tipo de PM (4A, 4A-1000) como do solvente (EtOH, CH2Cl2, EtOAc) utilizado na etapa de filtração. Portanto, foi constatada a necessidade de lavar o catalisador cuidadosamente com dois solventes diferentes de polaridade média, tais como CH2Cl2 e AcOEt. 73 As observações descritas subsidiam uma proposta de mecanismo onde é apresentado o duplo papel do catalisador atuando como um ácido de Lewis e também como uma base de Brønsted. Comparando-se as PMs 4A comercial (48 h, 94%) e 4A-1000 (6 h, 95%), nota-se que o aquecimento a 1000 °C melhorou consideravelmente o seu desempenho, tanto como um ácido de Lewis quanto como base de Brønsted. A complexação do substrato 1,3dicarbonilado bidentado com o Al ácido é facilitada pela desprotonação concomitante por uma base de Bronsted, devido à proximidade de átomos de oxigênio ricos em elétrons (Esquema 28). A reação do complexo substrato-catalisador com o reagente de transferência de diazo, seguido pela rápida liberação do produto α-diazo dicarbonilado 105, culmina com a regeneração do catalisador heterogêneo. Esquema 28. Mecanismo plausível para a reação de transferência de diazo catalisada por PM 4A-1000. A utilização da PM 4A-1000 como um catalisador heterogêneo facilitou a sua separação do meio reacional e a sua recuperação por meio de uma filtração e de lavagem com solventes, que além de ser economicamente vantajoso e ambientalmente benigno evita uma etapa de tratamento utilizando solução aquosa, que pode levar a redução do rendimento e causar problemas de purificação, conforme discutidos na Seção 4.1. Após a recuperação do catalisador, a TsNH2, formada como um subproduto, foi facilmente separada, sendo esta etapa geralmente associada a dificuldades quando um tratamento aquoso alcalino é 74 empregado (ver esquema 27).8,9 Essa metodologia simples, eficiente e reprodutível envolveu a trituração da mistura bruta com éter seguido de hexano (ver Seção Experimental 6.2.2), o que provoca a precipitação de TsNH2 enquanto o produto diazo (65, 98 e 105) permanece solúvel e pode ser isolado com alta pureza. Outros substratos contendo grupos metileno ativados (Figura 6) também foram testados na reação de transferência de diazo, mas não foram reativos sob as condições estudadas. A falta de reatividade para o ciano éster 107 está provavelmente relacionada à ausência de uma porção 1,3-dicarbonilada que exclui a possibilidade de interação a partir da formação de um complexo de coordenação do catalisador com o substrato (Esquema 28). No caso do diácido 108, a presença de prótons ácidos pode conduzir a uma extensa inativação dos sítios básicos do catalisador. No entanto, nenhuma explicação razoável foi encontrada para a completa falta de reatividade da 1,3-dicetona 109 tendo como um substituinte o grupo trifluorometil, uma vez que outras dicetonas (Tabela 2, 106h e 106i) e substratos contendo aril (106c e 106f) foram facilmente transformados nos correspondentes produtos diazo 105. Figura 6. Substratos que não reagiram com TsN3 utilizando a PM 4A ou 4A-1000 como catalisador. A reutilização do catalisador é uma característica altamente desejável em processos industriais e, portanto, estimulou a nossa atenção para a possibilidade de reutilizar 4A-1000 como catalisador para a reação de transferência de diazo entre o acetoacetato de etila (54) e TsN3 sob as condições estudadas na Tabela 1. Assim, após o primeiro ciclo de reação o catalisador foi separado por filtração, lavado com CH2Cl2 e EtOAc, seco em estufa (100 °C) e reutilizado no próximo ciclo, sem perda apreciável da atividade catalítica (Tabela 3, entradas 1 e 2). No entanto, após o 2o ciclo foi necessário estender progressivamente o tempo de reação a fim de tentar manter os rendimentos dos produtos tão elevados, quanto aos obtidos nos dois primeiros ciclos (Tabela 3, entradas 3, 4 e 5). A inativação parcial do catalisador está possivelmente relacionada, em parte, à persistência de pequenas quantidades de substrato por meio da coordenação do grupo 75 1,3-dicarbonil aos sítios de Al que atuam como ácidos de Lewis. Buscando contornar esse problema e restabelecer a atividade catalítica inicial, algumas amostras de catalisador 4A-1000 foram reaquecidas a 1000 °C. No entanto, este procedimento não resultou em qualquer melhoria na eficiência do catalisador. Tabela 3. Recuperação da PM 4A-1000 para a preparação do diazo éster 105a. Entrada Número de Ciclos Tempo (h) Rend. (%) 1 1o Ciclo 6 95 2 2o Ciclo 6 92 o 3 3 Ciclo 7 84 4 4o Ciclo 8 75 8 67 5 5o Ciclo 4.3. Reação de transferência de diazo utilizando catalisadores homogêneos Após a obtenção do azido diazo éster 65 por meio de duas metodologias eficientes e brandas (utilizando DIPEA ou PM como catalisador), e tendo disponibilidade deste material em um alto grau de pureza, foi estudado o seu uso como precursor sintético, buscando obter o azido diazo imino éster 110, um possível intermediário da síntese de heterociclos 111 (Esquema 29). Esquema 29. Proposta de utilização do azido diazo éster 65 na síntese de heterociclos 111. 76 Para estabelecer as condições reacionais de obtenção do possível azido diazo imino éster 110, foram colocados para reagir o azido diazo éster 65 e a amina primária n-butilamina (78a). Para isso, o substrato 65 foi solubilizado em THF e em seguida adicionado, lentamente, a n-butilamina, deixando a reação sob agitação constante à temperatura ambiente. Após 3 h, o material de partida foi totalmente consumido e a mistura reacional foi submetida ao tratamento aquoso com uma solução ácida. A fase orgânica foi extraída com CH2Cl2 para a obtenção do produto e, de maneira inesperada, foi identificada a formação do produto de clivagem do azido diazo éster pela amina primária, gerando a 2-azido-N-butilamida (112a), com um rendimento de 80% (Equação 15). Equação 15: Utilização do azido diazo éster 65 na síntese da amida 112a. A caracterização da amida 112a foi feita por IV e RMN. A análise de IV forneceu um espectro onde foi possível identificar uma banda larga em 3297 cm-1, atribuída ao estiramento N-H, uma banda fina e intensa em 2103 cm-1, atribuída ao estiramento do grupo N3, e uma segunda banda fina e intensa em 1659 cm-1, atribuída ao estiramento da carbonila da amida. Na análise do espectro de RMN 1H, observou-se que estavam ausentes os sinais correspondentes aos átomos de hidrogênio do grupo etoxila, proveniente do substrato 65 (Figura 7). Além disso, foi possível identificar um sinal com deslocamento químico em 6,32 ppm (sl, 1H) atribuído ao hidrogênio ligado ao nitrogênio da amida, um sinal em 3,97 (s, 2H) atribuído aos átomos de hidrogênio do CH2 alfa à carbonila e mais quatro sinais correspondentes aos átomos de hidrogênio do fragmento butila. Desse modo, foi possível confirmar a estrutura do produto formado como sendo da amida 112a. 77 Figura 7. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do 2-azido-Nbutilacetamida (112a). Buscando entender a atuação da amina primária como nucleófilo na clivagem de diazo compostos para formação de amidas 112, foi estendido o estudo para outros compostos 2-diazo-1,3dicarbonilados (98 e 105a) e outra amina primária (alilamina) 78b, além da n-butilamina (78a) (Esquema 30). Esquema 30. Reação de obtenção de amidas 112 a partir de α-diazo-βceto ésteres 98 e 105a. 78 Quando o diazoacetoacetato de etila (105a) foi colocado para reagir com n-butilamina, ou alilamina, não foi possível observar a formação do produto de clivagem, sendo observada uma mistura de produtos formados, que não foram totalmente caracterizados. A clivagem nessas condições não ocorreu possivelmente pela ausência de um substituinte retirador de elétrons na posição gama, o qual deixaria a carbonila mais eletrofílica e suscetível ao ataque nucleofilico da amina primária. No entanto, quando foi colocado para reagir o γ-cloro-α-diazoβ-ceto éster 98 com a n-butilamina (78a) foi obtida a N-butil-2cloroacetamida73 (112b), com apenas 1 h de reação e com um rendimento de 85%. Já a N-alil-2-cloroacetamida74 (112c) foi obtida após 2 h de reação com um rendimento de 89%. As estruturas das amidas 112b e 112c foram confirmadas por IV e RMN 1H. Por exemplo, no espectro de RMN H1 da amida 112b foi identificado um sinal com o deslocamento químico em 6,58 ppm (sl, 1H) referente ao hidrogênio ligado ao nitrogênio da amida, em 4,04 ppm (s, 2H) referente aos átomos de hidrogênio do CH2 alfa à carbonila e mais quatro sinais correspondentes ao fragmento butila, proveniente da amina primária. A formação das amidas 112 é explicada por uma proposta de mecanismo que envolve o ataque nucleofílico do átomo de nitrogênio da amina 78 no carbono eletrofílico da carbonila dos α-diazo-β-ceto ésteres γ substituídos (65, 98), gerando um intermediário 113 (Esquema 31). O carbono do grupo diazo, parcialmente negativo, abstrai o hidrogênio ligado ao nitrogênio deficiente em elétrons, formando assim, o intermediário 114. A regeneração da dupla ligação da carbonila provoca a clivagem da ligação C-C entre carbonila e o carbono do grupo diazo, gerando os produtos 112a e 8a. Esquema 31. Proposta de mecanismo para a obtenção das amidas 112 a partir de compostos diazo carbonilados. 79 A partir das observações dos produtos formados na reação de clivagem entre um composto diazo carbonilado e uma amina primária, foi estudada a obtenção dos produtos 115 a partir de diazo malonatos 105d e 105e (Equação 16). Entretanto, o material de partida foi totalmente recuperado após 50 h de reação, na presença de n-butilamina, não sendo identificado qualquer percentual de formação do possível produto de clivagem 115 ou 8a. Equação 16: Tentativa de reação de clivagem dos diazo malonatos 105 com n-butilamina. Diante deste estudo, percebeu-se que a natureza eletrônica dos grupos exerce grande influência na reatividade dos grupos carbonílicos frente à reação de clivagem, pois enquanto os cetoésteres 65 e 98 fornecem produtos de clivagem em bons rendimentos e curtos tempos reacionais, compostos contendo apenas grupos carboxilato simétricos (105) não sofrem aminólise sob as mesmas condições reacionais. Tendo sido obtidos e caracterizados os produtos de clivagem 112, oriundos da reação entre diazo compostos e aminas primárias, em tempos reacionais curtos (1-3 h) e com bons rendimentos (80-90%), foi estudado o efeito que o grupo diazo tem na formação do produto final. Buscando-se a confirmação da necessidade do grupo diazo para ocorrer a aminólise e, além disso, a possibilidade de redução das etapas de isolamento e purificação, foi estudada a obtenção da amida 112b, a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97) via a formação in situ do diazo composto correspondente 98 na presença de PM 4A-1000, juntamente com n-butilamina (Esquema 32). 80 Esquema 32. Tentativa de reação one pot para obtenção da amida 112b a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97) utilizando PM. A reação foi acompanhada por CCD, tendo como referência o substrato 97 e o γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98. Após 30 min, o material de partida foi consumido, a PM foi recuperada por filtração e o material bruto foi dissolvido em éter etílico e este removido a vácuo. O resíduo sólido foi triturado na presença de hexano (3 x 10 mL) e, assim, o produto foi separado da TsNH2 por diferença de solubilidade. Após a remoção do solvente obteve-se a amida 112b como um óleo claro, com um rendimento de 95%. O material foi submetido à análise de RMN 1H, obtendo-se um espectro que não apresentou qualquer sinal referente ao diazo éster intermediário 98, sendo identificados, exclusivamente, sinais correspondentes à amida 112b. Com isso, verifica-se que ocorreu a formação da amida correspondente em um tempo menor (30 min) do que o tempo necessário para a etapa de transferência de diazo com a PM (24 h). Para confirmar que não há necessidade de PM para atuar como catalisador, foi repetida a reação sem a presença da PM (Equação 17). Equação 17: Reação one pot de obtenção da amida 112b a partir do 4cloroacetoacetato de etila (97). Nessas condições, após 30 min, a amida 112b foi obtida com um rendimento de 99% após a separação da TsNH2, utilizando Et2O/hexano. Diante dessas observações, é possível afirmar que a amina 81 primária atua de duas formas. Primeiro atua como base, propiciando a formação do enolato que irá participar da reação de transferência de diazo in situ. Isso é verificado devido à formação da TsNH2 (100) em quantidade equimolar. A segunda observação é que a amina atua como um nucleófilo, atacando o diazo composto pré-formado e propiciando uma clivagem da ligação C-C para a formação da amida correspondente. Buscando o entendimento do efeito da amina primária e também do β-ceto éster na reação de clivagem para a obtenção de amidas, o estudo foi estendido para a alilamina (78b) como amina primária (Esquema 33). Esquema 33. Obtenção one-pot das amidas 112 a partir de β-ceto ésteres. Da mesma forma que a reação com a n-butilamina, a reação utilizando a alilamina (78b) apresentou excelente seletividade na formação dos produtos 112, com tempos reduzidos e rendimentos excelentes. A N-alil-2-cloroacetamida (112c) foi obtida após 35 min de reação com um rendimento de 98%, sendo caracterizada por IV e RMN e os dados espectroscópicos foram coerentes com os já relatados na literatura.75 No espectro de RMN 1H (Anexo 8), foram observados sinais com deslocamento químico em 6,72 ppm (sl, 1H) atribuído ao hidrogênio ligado ao nitrogênio do grupo amida, em 5,84 ppm (ddt, 1H) atribuído ao hidrogênio olefínico interno, em 5,16-5,23 ppm (m, 2H) atribuído aos dois hidrogênios olefinicos terminais, em 4,06 ppm (s, 2H) atribuído ao CH2 alfa à carbonila e em 3,92 ppm (t, 2H) um sinal referente ao CH2 vizinho ao nitrogênio. A N-alil-2-azidoacetamida (112d) foi obtida após 20 min de reação em 94% de rendimento, sendo também caracterizada por IV e RMN para a confirmação da estrutura. No espectro de IV foram verificadas bandas características em 3357 cm-1 referente ao estiramento N-H e outra em 2109 cm-1 correspondente ao estiramento do grupo N3. 82 No espectro de RMN 1H (Anexo 11), foi identificado um sinal com deslocamento químico em 6,43 ppm (sl, 1H) atribuído ao hidrogênio ligado ao nitrogênio, em 5,78-5,88 ppm (m, 1H) sinal atribuído ao hidrogênio olefínico interno, 5,16-5,24 (m, 2H) atribuído aos dois hidrogênios olefínicos terminais, 4,02 (s, 2H) atribuído ao CH2 alfa a carbonila e o sinal em 3,92 (t, 2H) referente ao CH2 vizinho ao nitrogênio. Para compreender o efeito do substituinte na posição γ, na reação entre os β-ceto éster γ-substituídos e aminas primárias (78a e 78b), foi colocado para reagir o acetoacetato de etila (54) com TsN3 e nbutilamina (78a) em THF, uma vez que este é um β-ceto éster mais simples, sendo esperada a formação da amida 112e (Esquema 34). Esquema 34. Tentativa de formação da amida 112e a partir do acetoacetato de etila (54). Após 4 h de reação, houve o consumo total do material de partida 54, em seguida foi diluído com CH2Cl2 e lavado com solução aquosa ácida, não sendo observado a presença de TsNH2 (produto formado da reação de transferência de diazo). Esse material bruto foi submetido à análise de IV e RMN 1H. No espectro de IV foi observada a presença de banda na região de 2100 cm-1 correspondente ao estiramento do grupo N3, além de uma banda na região entre 1700-1600 cm-1 correspondente à carbonila de éster. No espectro de RMN 1H foi verificada a presença dos sinais correspondentes à TsN3 de partida, além dos sinais correspondente a incorporação da amina ao substrato, formando o enamino éster 116 (Esquema 34), sendo essa estrutura confirmada pela comparação com os dados espectroscópicos disponíveis na liteartura.76 A presença da TsN3 de partida e a formação do enamino éster 116, além da ausência da TsNH2, confirmam que não ocorreu a reação de transferência de diazo para a formação do diazo éster 105a intermediário, o qual sofreria um ataque nucleofílico da amina para formar a possível amida 112e. Diante desse resultado, é possível afirmar que, na ausência de um substituinte na posição gama, a amina primária 83 participa de uma reação de condensação com a carbonila da cetona levando ao enamino éster 116, o qual não propicia a reação de transferência de diazo. Com o entendimento da formação one pot das amidas 112, foi estudado a ação de aminas secundárias cíclicas 117 com compostos 1,3dicarbonilados, utilizando TsN3 em THF à temperatura ambiente (Equação 18), para a obtenção das amidas 118. Equação 18: Obtenção one-pot das amidas 118. Foi colocado para reagir o acetoacetato de etila (54) com TsN3 na presença de 1,1 equiv da pirrolidina (117a), em THF. Após 2 h, a reação foi extraída com CH2Cl2 e lavada com solução aquosa ácida, para retirada da amina remanescente. O material bruto foi submetido à análise de RMN 1H e no espectro foi identificado a formação de uma mistura de dois produtos, o diazo éster 105a e a amida 118a na proporção de 3:7 (Tabela 4, entrada 1). Procurando aumentar a seletividade da reação, repetiram-se as mesmas condições reacionais, no entanto, foi utilizado o 2-diazoacetoacetato de etila (105a) como padrão de comparação na CCD. Com isso foi possível acompanhar o consumo do diazo éster 105a, gerado in situ, e a formação posterior da amida 118a, a qual após 3 horas de reação foi obtida com 85% de rendimento (Tabela 4, entrada 2). Tabela 4. Reação entre o β-ceto éster 54 e aminas secundárias cíclicas. Tempo Proporção: Rend. Entrada n X 118 (h) 105a:118 (%) 1 1 CH2 2 3:7 a 2 1 CH2 3 0:1 85 a 3 2 CH2 13 1:0 89 b 4 2 O 16 1:0 91 c 84 A amida 118a foi obtida como um óleo escuro, após a purificação por coluna cromatográfica, e foi submetida à análise de IV e RMN, sendo os seus dados espectroscópicos comparados com os da literatura.77 No espectro de IV não foi identificado qualquer banda na região de 2100 cm-1, correspondente ao grupo diazo, confirmando a ausência desse grupo funcional, podendo ser observada uma banda em 1624 cm-1 atribuída ao estiramento da carbonila da amida. No espectro de RMN 1H (Figura 8) foi possível identificar um sinal com deslocamento químico em 2,01 ppm (s, 3H) atribuídos aos átomos de hidrogênio metílicos e outros 3 sinais que foram atribuídos aos hidrogênios metilênicos do fragmento cíclico da porção amina. Tendo caracterizado o produto formado e identificado o intermediário é possível afirmar que a pirrolidina (117a) participa da reação de maneira semelhante às aminas primárias, atuando como uma base na etapa de transferência de diazo e como um nucleófilo na etapa da aminólise do diazo éster, gerando as respectivas amidas terciárias 118a e 118d. Figura 8. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da 1acetilpirrolidina (118a). No entanto, quando foram utilizadas as aminas cíclicas piperidina (117b) e morfolina (117c), houve a formação exclusiva do diazo éster 105a após 13 h e 16 h de reação, respectivamente (Tabela 4, entradas 3 e 4). A menor nucleofilicidade da piperidina (117b) e 85 morfolina (117c) não favoreceu o ataque à carbonila do composto diazo formado, sem a consequente formação da amida correspondente. Quando foi colocado para reagir o γ-azido-β-ceto éster 99 com pirrolidina (117a), foi verificado o consumo total do material de partida após 10 h de reação, porém foi identificada por CCD a presença do azido diazo éster 65 presente no meio reacional conjuntamente com o produto de clivagem esperado 118d. Permanecendo a reação por mais tempo, após 29 h a mistura reacional foi submetida ao tratamento aquoso e a amida 118d foi obtida com um rendimento de 95%, na forma de um óleo escuro (Tabela 5, entrada 1). Tabela 5. Reação entre o β-ceto éster 99 e aminas secundárias cíclicas. Tempo Proporção Rend. Entrada N X 118 (h) 65:118 (%) 1 1 CH2 29 0:1 95 d 2 2 CH2 26 0:1 87 e 3 2 O 24 1:0 80 f Da mesma forma, a 1-(2-azidoacetil)piperidina (118e) foi obtida após 26 h de reação com alto grau de pureza e com rendimento de 87% (Tabela 5, entrada 2). Já quando a morfolina (117c) foi colocada para reagir com o azido éster 99, após 24 h foi identificado exclusivamente o azido diazo éster 65 (Tabela 5, entrada 3). Os dados espectroscópicos das azido amidas (118d e 118e) foram comparados com os dados disponíveis na literatura, sendo todos eles coerentes com as estruturas propostas.52,53 Com a obtenção e caracterização das amidas 118d e 118e, é possível afirmar que o substituinte azido na posição gama manteve-se intacto nessas condições reacionais. Ao traçar-se um comparativo entre as aminas primárias 78 e secundárias 117 na reação com o azido éster 99, observou-se que as aminas primárias originam as amidas correspondentes (118) em tempos reacionais menores do que quando utilizadas as aminas secundárias, nos casos que ocorrem a transferência de diazo e posteriormente a clivagem. O γ-cloro-β-ceto éster 97 é um substrato largamente estudado nesse projeto, e na presença de aminas secundárias cíclicas apresentou uma reatividade distinta dos demais β-ceto ésteres, formando diferentes produtos. Ao ser colocado para reagir o γ-cloro-β-ceto éster 97 com TsN3 na presença de 1,1 equiv de pirrolidina (117a), foi identificado a formação de uma mistura de produtos. Pela análise de RMN 1H desta mistura, foi possível identificar no espectro o γ-cloro-α-diazo-β-ceto 86 éster 98, proveniente da reação de transferência de diazo catalisada pela amina, e ainda sinais de um subproduto (119) possivelmente oriundo da substituição do cloro pela amina e da clivagem do diazo formado, estando essa mistura (98/119) em uma proporção de 1:1 (Equação 19). Equação 19: Obtenção do 1-(2-[1-pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) a partir do γ-cloro-β-ceto éster 97. Procurando entender a formação do produto 119 e ajustar a seletividade da reação, foi colocado para reagir o γ-cloro-β-ceto éster 97 com o dobro da pirrolidina (117a) (2,2 equiv) da que foi utilizado na primeira reação. Após 23 horas, o produto 119 foi isolado e purificado por coluna cromatográfica, sendo obtido na forma de um óleo escuro com 86% de rendimento. Esse óleo foi caracterizado por análises de IV e RMN. No espectro de IV não foi possível identificar bandas na região de 2100 cm-1, correspondente ao diazo, e na região de 1700 cm-1, referente a C=O de cetona, sendo observada a presença de uma banda muito intensa em 1643 cm-1, a qual é atribuída ao estiramento da ligação C=O da carbonila da amida. No espectro de RMN 1H foi identificado um sinal com deslocamento químico em 3,38-3,42 ppm (m, 4H) atribuído aos átomos de hidrogênio alfa ao nitrogênio do anel 2 além de outro sinal entre 1,86-1,92 ppm (m, 4H) atribuídos aos átomos de hidrogênio beta ao nitrogênio desse mesmo anel. O sinal em 3,24 ppm (s, 2H) é atribuído ao metileno alfa à carbonila e os sinais entre 1,741,81 ppm (m, 2H) e 1,86-1,92 ppm (m, 6H) atribuídos aos hidrogênios dos 4 CH2 do fragmento do anel 1. No espectro de RMN 13C foram identificados cinco sinais com deslocamento químico entre 23,7 e 46,1 ppm coerentes com os CH2 oriundos dos dois núcleos pirrolidinicos, em 58,3 ppm um sinal atribuído ao CH2 alfa à carbonila e em 168,4 ppm um sinal do carbono da carbonila. A partir dos resultados obtidos e da caracterização completa do produto formado é possível afirmar que o γ-cloro-β-ceto éster 97, participa primeiro de uma reação de transferência de diazo, catalisada pela pirrolidina, para a formação do γ-cloro-α-diazo-β-ceto éster 98, o qual foi identificado como um dos produtos presentes na mistura 87 reacional empregando 1 equiv de prirrolidina. Em seguida pode ocorrer a formação de dois possíveis intermediários, passando por dois caminhos diferentes (Esquema 35). Primeiro pode ocorrer a substituição nucleofílica do cloro pela pirrolidina formando o intermediário 120 e posteriormente o ataque de outra molécula de pirrolidina na carbonila levando à formação do produto de clivagem 1-(2-[1pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) (Esquema 35, caminho A). A segunda possibilidade é acontecer uma inversão das etapas, ocorrendo primeiro o ataque da pirrolidina na carbonila da cetona, formando o intermediário de clivagem 121 e em seguida a substituição do cloro dando origem ao produto 119 (Caminho B, Esquema 35). Esquema 35. Possíveis intermediários para a formação do 1-(2-[1pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) a partir do γ-cloro-β-ceto éster 97. 4.3.1 Preparação de α-diazo-β-ceto ésteres γ-amino substituídos 122 O estudo da reação do γ-cloro-β-ceto éster 97 com outras aminas cíclicas (piperidina e morfolina) na presença de TsN3 resultou na formação de um produto 122 (Equação 20), diferente ao observado na Equação 19. 88 Equação 20: Preparação one pot dos γ-amino diazo ceto ésteres 122 a partir do γ-cloro-β-ceto éster (97). Ao ser colocado para reagir o γ-cloro-β-ceto éster 97 com TsN3 na presença de 1 equiv de morfolina (117c), foi identificado o consumo total do material de partida, após 10 h, confirmando que ocorreu a reação de transferência de diazo devido à formação de TsNH2, a qual foi identificada por CCD. A partir da análise do espectro de RMN 1H do produto bruto obtido foi proposto como estrutura do produto formado, o β-ceto éster γ-substituído 122a. Buscando entender a formação do produto 122a e uma possível similaridade com a reação entre a pirrolidina e o γ-cloro-β-ceto éster 97, na qual formou o amida 120 como produto de clivagem, foi feito a tentativa de colocar 2,2 equiv da amina secundária cíclica 117c. Após 10 horas de reação novamente o produto isolado foi o diazo éster γ-substituído 122a. Esse resultado demonstra que a amina 117c não atua como um nucleófilo para atacar a posição beta do diazo composto e levar a formação de um produto de clivagem da ligação entre a carbonila e o carbono do diazo. O produto foi purificado por coluna cromatográfica obtendo-se o 2-diazo-4-(morfolin-1-il)-3-oxobutanoato de etila (122a) com um rendimento de 78%, sendo posteriormente caracterizado por IV e RMN. O espectro de IV apresentou bandas nas regiões atribuídas aos grupos diazo, éster e cetona (2134, 1714, 1665 cm-1, respectivamente). O espectro de RMN 1H apresentou sinais correspondentes aos átomos de hidrogênio do fragmento etoxila (tripleto em 1,32 ppm [CH3] e quarteto em 4,28 ppm [CH2]) provenientes do éster de partida. O espectro também apresentou sinais em 3,66 ppm (s, 2H) referente ao CH2 alfa à carbonila, em 2,59 ppm (t, 4H) e 3,74 ppm (t, 4H) atribuídos aos átomos de hidrogênio da morfolina incorporados ao produto 122a. Essa estrutura foi completamente caracterizada por RMN 13C, onde o espectro apresentou sinais correspondentes aos átomos de carbono das carbonilas do éster e da cetona (161,3 e 189,0 ppm, respectivamente), sinais referentes aos átomos de carbono do fragmento etoxila (14,4 ppm [CH3] e 61,7 ppm [CH2]) e sinais em 53,8 e 66,9 ppm atribuídos aos 89 átomos de carbono do fragmento proveniente da morfolina, além de apresentar um sinal em 65,0 ppm correspondente ao CH2 na posição gama. Quando foi utilizado a piperidina (117b) após 18 h de reação foi obtido o produto 2-diazo-3-oxo-4-(piperidin-1-il) butanoato de etila (122b), com um rendimento de 75%. A sua estrutura também foi confirmada por análises de IV e RMN. No espectro de IV foram identificadas bandas características dos grupos funcionais diazo, éster e cetona presentes na molécula nas regiões de 2134, 1714, 1665 cm-1 respectivamente. No espectro de RMN 1H é possível identificar os sinais correspondentes ao grupo etoxila, com deslocamento químico em 4,23 e 1,27 ppm (CH2 e CH3 respectivamente), um sinal em 3,58 ppm (s, 2H) referente aos hidrogênios do metileno da posição gama e dois sinais entre 1,51-1,66 ppm (m, 6H) e 2,46-2,48 ppm (m, 4H) referente aos 5 grupos CH2 provenientes do núcleo piperidinico. Desta forma, quando foi colocado para reagir o γ-cloro-β-ceto éster (97) com diferentes aminas secundárias cíclicas (pirrolidina, piperidina e morfolina) ocorreu um perfil de reatividade diferente. No caso da pirrolidina, ocorreu a formação de um produto 119 oriundo de uma clivagem da ligação C-C entre a carbonila e o grupo diazo e a substituição do cloro pela pirrolidina, possivelmente devido à maior nucleofilicidade da pirrolidina. Já quando foi utilizado a piperidina e a morfolina, ocorreu a substituição do cloro pela amina e a transferência de diazo, não sendo observado a clivagem do produto formado 122. 4.4. Reação de transferência de diazo utilizando t-butilamina (78c) Após observar que as aminas primárias 78a,b atuam como base na etapa da reação de transferência de diazo e que após o produto ter sido formado elas atuam como um nucleófilo, provocando uma clivagem de ligação C-C e gerando as amidas 112 de maneira one pot, foi levantada a hipótese de estudar uma amina que pudesse oferecer seletividade à reação, obtendo somente o produto da reação de transferência de diazo 105 e que não causasse a clivagem posterior do produto formado. Buscando esse objetivo, foi utilizado a t-butilamina (78c), uma amina primária, volumosa, pouco nucleofílica e volátil, visando à obtenção seletiva dos produtos da reação de transferência de diazo. Inicialmente foi colocado para reagir o acetoacetato de etila (54), TsN3 e t-butilamina (78c) em quantidades equivalentes, em THF à temperatura ambiente (Equação 21). Após 50 min, o solvente foi 90 evaporado e realizado o tratamento com éter/hexano conforme descrito anteriormente, resultando em um óleo claro após a retirada do solvente, o qual foi submetido à analise de RMN 1H. Ao analisar o espectro foi possível identificar exclusivamente sinais correspondentes ao produto da reação de transferência de diazo 105a, com um rendimento de 98%. Equação 21: Formação do α-diazo-β-ceto éster 105a, utilizando a tbutilamina (78e). Baseado nesse resultado inicial, o procedimento usando tbutilamina (78c) foi estendido para um grupo representativo de compostos 1,3-dicarbonilados 54, 97, 99 e 106 (Equação 22), sendo possível fazer um comparativo com o estudo feito utilizando as peneiras moleculares. Equação 22: Reação de obtenção de diazo-carbonilados 65, 98, 105 utilizando t-butilamina. De maneira semelhante ao obtido na reação teste (Equação 21), houve uma redução dos tempos reacionais, de horas utilizando PMs, para minutos quando foi utilizado a t-butilamina, conforme os resultados apresentados na Tabela 6. A obtenção dos diazo ésteres 105a e 105b utilizando a t-butilamina se deu de maneira mais rápida (50 min) (Tabela 6, entradas 1 e 2) que as mesmas reações catalisadas por PM (Tabela 2, entradas 1 e 2). Além disso, foi observado um aumento no rendimento do diazo éster 105b, que passou de 81% (Tabela 2, entrada 2) para 92% (Tabela 6, entrada 2). Destaca-se a preparação dos α-diazo- 91 β-ceto ésteres γ-substituídos 98 e 65 (Tabela 6, entradas 3 e 4), que foram obtidos com conversões excelentes e em tempos reacionais curtos, superando as dificuldades encontradas nos outros métodos, como clivagem do produto formado pela base e também formação de sal de amônio discutidos anteriormente. A preparação do diazo éster 105c, obtido com um rendimento de 89% após 20 min (Tabela 6, entrada 5) tem grande relevância, pois ao utilizar a PM 4A não houve a conversão para o produto, sendo este obtido somente com a 4A-1000 após 26 h de reação. Comparado ao uso de PMs, os malonatos se mostraram mais reativos na presença da t-butilamina, apresentando excelentes rendimentos (95% para 105d e 94% para 105e, Tabela 6, entradas 6 e 7), uma vez que ao utilizar as PMs foi necessário o uso de aquecimento para aumentar a reatividade do malonato de etila. Como exemplo representativo de 1,3-dicetonas, as diazo dicetonas 105h e 105i foram obtidas com excelentes rendimentos (Tabela 6, entradas 8 e 9), seguindo o mesmo perfil de reatividade apresentado com as PMs. Desta maneira, o uso da t-butilamina 78e propiciou a formação exclusiva do produto da reação de transferência de diazo, com tempos reacionais inferiores a 1 h e com excelentes rendimentos. Além disso, a sua retirada do meio reacional foi fácil, uma vez que pode ser feita juntamente com o solvente da reação por pressão reduzida. Tabela 6. Reação de transferência de diazo utilizando t-butilamina (78e) em THF.a Tempo (min) Rend. (%) 50 98 2 50 92 3 50 97 Entrada Substrato O Produto O 1 OEt 54 Continua 92 Continuação 4 45 95 5 20 89 6 50 95 7 60 94 8 40 90 9 30 98 a Condições: Compostos 1,3-dicarbonilados (54, 97, 99, 106) (1,0 mmol), TsN3 (0,19 g, 1,0 mmol), t-butilamina (0,073 g, 1,1 mmol), THF (2,0 mL), temperatura ambiente. 4.5. Preparação dos produtos da condensação de Knoevenagel 123 Recentemente, Doyle e colaboradores desenvolveram uma metodologia para a obtenção de β-ceto-α-diazo ésteres γ substituídos via reação de Wittig e demonstraram a aplicação sintética destes blocos de construção em diferentes reações de inserção intramolecular.15b Após o estudo de preparação do γ-azido-β-ceto-α-diazo éster 65, o qual foi obtido com alto grau de pureza por diversas metodologias desenvolvidas neste trabalho e caracterizado por IV e RMN, passou-se a estudar o seu uso como substrato em reações de condensação de Knoevenagel catalisadas por sal de amônio, para obtenção dos vinil azido diazo 93 ésteres 123. Foi selecionado como substrato modelo o γ-azido-α-diazoβ-ceto éster 65 e 4-clorobenzaldeído (55b), em diferentes solventes (EtOH, THF, DMF, CH2Cl2 e isopropanol), utilizando como catalisador um sal de amônio formado pela mistura de diferentes ácidos carboxílicos e aminas secundárias cíclicas, à temperatura ambiente (Equação 23). Equação 23: Reação de condensação de Knoevenagel catalisada por sal de amônio. Inicialmente foi estudado a reprodução das condições reacionais utilizadas pelo nosso grupo de pesquisa,44 onde o aldeído utilizado foi o benzaldeído. No entanto, neste trabalho o mesmo foi substituído pelo 4clorobenzaldeído, pois o produto esperado apresentaria pares de hidrogênios simétricos no anel aromático, gerando um número menor de sinais no espectro de RMN 1H com deslocamentos químicos diferentes, o que simplifica a interpretação dos sinais. Na etapa inicial do procedimento foi preparado o sal de amônio (formado pela mistura de 1 equiv. de ácido acético e 1 equiv. de pirrolidina) em um frasco a parte (ver seção experimental), posteriormente, em um balão reacional, foi colocado para reagir o azido diazo éster 65 com 4-clorobenzaldeído (55b) em etanol e ao meio reacional foi adicionado o sal de amônio, preparado previamente. A mistura reacional ficou sob agitação, à temperatura ambiente, por 24 h. Em seguida foi adicionado CH2Cl2 ao meio reacional, posteriormente a fase orgânica foi lavada com uma solução ácida e uma solução básica, para garantir a retirada total do sal de amônio. O material bruto foi submetido à análise de RMN 1H, onde foi identificada a presença de sinais correspondentes aos do produto esperado 123a, em uma proporção de 20% em relação ao material de partida, indicando uma conversão de 20% do produto esperado. Os dados espectroscópicos foram comparados aos publicados45 e foram identificados, entre outros sinais, um sinal com deslocamento químico em 6,38 ppm (s, 1H) correspondente ao hidrogênio vinílico, e 94 mais dois sinais, com deslocamento em 4,32 ppm (q, 2H) e 1,30 ppm (t, 3H) atribuídos aos átomos de hidrogênio do CH2 e CH3 do grupo etoxila, respectivamente o que permitiu a confirmação da formação do produto de condensação de Knoevenagel 123a. Com o objetivo de melhorar a conversão ao produto formado 123a, foi aumentado o tempo de reação em 24 h, totalizando 48 h, o que garantiu o consumo total do material de partida. Após o tratamento idêntico ao realizado no primeiro experimento, o material bruto foi submetido à análise de RMN 1H, onde pôde-se identificar os sinais do 4azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a) numa proporção de 30% de conversão em relação ao total do produto esperado. A baixa conversão ao produto esperado é explicado pela etanólise do produto a qual foi causada pelo solvente da reação, formando o produto de clivagem 127, conforme a proposta de mecanismo apresentada no Esquema 36. A ocorrência da etanólise dá-se pelo ataque nucleofílico do átomo de oxigênio do etanol no carbono beta do vinil azido diazo éster 123a formado, gerando um intermediário 124. O carbono do grupo diazo, parcialmente negativo, abstrai o hidrogênio ligado ao oxigênio deficiente de elétrons, formando assim, o intermediário 125. A regeneração da dupla ligação da carbonila, provoca a clivagem da ligação C-C entre a carbonila e o carbono do grupo diazo, gerando os produtos 126 e 8a. A identificação do produto de clivagem 126 foi possível devido à presença de um sinal em 6,86 ppm (s, 1H) atribuído ao hidrogênio vinílico além de mais dois conjuntos de sinais correspondentes ao grupo etoxila. Todos esses dados estão de acordo com os disponíveis na literatura.61c Esquema 36. Proposta de mecanismo para a clivagem do produto de condensação de Knoevenagel 123a via solvólise. 95 Procurando preservar o produto formado e evitar a sua degradação pelo solvente no meio reacional, o etanol foi substituído por solventes menos nucleofílicos como THF, DMF, CH2Cl2 e isopropanol, capazes de solubilizar os materiais de partida, o catalisador e o produto formado. A reação em THF, após 48 h, forneceu um espectro de RMN 1 H onde foram identificados sinais dos átomos de hidrogênio referentes aos dos materiais de partida 65 e 55b, constituindo a composição majoritária da mistura bruta. Nesse espectro, também foram identificados sinais correspondentes ao produto esperado 123a, embora em uma proporção baixa de cerca de 20%; não sendo observados sinais do subproduto 126 de clivagem. Nas reações com DMF e CH2Cl2, em ambos os casos não houve melhora nos tempos reacionais ou na conversão ao produto esperado 123a. Já quando o isopropanol foi utilizado como solvente, mantendo-se o uso dos substratos modelo 65 e 55b e do catalisador formado pela combinação ácido acético/pirrolidina, foi identificado o consumo total do material de partida 65 após 48 h de agitação à temperatura ambiente. Após o tratamento aquoso dessa reação, não se observou a perda significativa de massa como nos casos anteriores e o produto 123a foi formado em alta conversão. O produto foi purificado por coluna cromatográfica obtendo-se o (Z)-4-azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3oxopent-4-enoato de etila (123a) na forma de um óleo amarelo com rendimento de 76%. Desta forma, a mudança do solvente de EtOH para isopropanol, evitou a degradação do produto 123a no meio reacional. Esse fato foi atribuído ao maior impedimento estérico do isopropanol em relação ao etanol, uma vez que ambos os solventes são polares e próticos. Esse material foi caracterizado por IV, RMN 1H e RMN 13C. No espectro de IV foi identificada uma banda intensa na região de 2140 cm-1 atribuída ao estiramento da ligação C-N=N=N e uma segunda banda intensa na região de 2100 cm-1 atribuída ao estiramento da ligação C-N=N, além de bandas em torno de 1700 cm-1 e 1650 cm-1 características de estiramento das ligações C=O de cetona e éster. É possível também identificar nesse espectro bandas na região de 1030 cm-1 a 700 cm-1 referentes ao estiramento das ligações C-H de anéis aromáticos. No espectro de RMN 1H (Figura 9), são observados os sinais com deslocamento químico em 1,31 ppm (t, 3H) e 4,31 ppm (q, 2H), referentes aos átomos de hidrogênio do CH3 e CH2 do grupo etoxila, respectivamente. O espectro apresenta ainda um sinal em 6,38 ppm (s, 1H) atribuído ao hidrogênio vinílico, enquanto os demais sinais em 7,34 ppm (d, 2H) e 7,71ppm (d, 2H) foram atribuídos aos dois pares 96 de hidrogênio orto e meta do anel aromático p-substituído, respectivamente. Figura 9. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a). A etapa seguinte do estudo foi substituir o sal de amônio por outros potenciais catalisadores, buscando uma redução do tempo reacional para a formação do produto 123a. Passou-se a utilizar uma amina terciária (trietilamina) e algumas aminas secundárias cíclicas (piperidina, morfolina e N-metilpiperazina), além de catalisadores heterogêneos (PM 13X, Montmorilonita K-10), na ausência de ácido acético evitando a formação do sal de amônio. Quando foi utilizada a Nmetilpiperazina, foram identificados no material bruto, sinais correspondentes ao produto esperado, porém estavam numa proporção de apenas 10% em relação ao material de partida 65. Com os demais catalisadores testados, houve uma redução da massa recuperada após o tratamento aquoso e recuperação do material de partida, após a mistura reacional ficar sob agitação à temperatura ambiente por tempos que variaram de 2 a 7 dias. Com esses resultados em mãos, foi constatado que haveria a necessidade de ser empregado um sal de amônio para atuar como catalisador. Então, passou-se a estudar algumas variações na preparação 97 do sal de amônio. A primeira variação testada foi a substituição da pirrolidina por outras aminas secundárias, tais como piperidina, morfolina e N-metilpiperazina mantendo-se ácido acético como ácido carboxílico, e isopropanol como solvente à temperatura ambiente (Equação 24). Equação 24: Obtenção do produto de condensação de Knoevenagel 123a, utilizando diferentes sais de amônio. Nos casos de morfolina e N-metilpiperazina, seus sais de amônio com ácido acético, não foram eficientes para catalisar a reação de condensação de Knoevenagel entre 65 e 55b. Mesmo após 7 dias de reação não houve a formação do produto 123a e os materiais de partida foram recuperados. No entanto, o sal preparado utilizando piperidina/ácido acético forneceu resultados satisfatórios, após 48 h de reação sendo identificada a presença do produto 123a no material bruto, com uma conversão de 45%. Comparando-se o sal preparado a partir da mistura de piperidina/ácido acético e pirrolidina/ ácido acético, foi possível constatar que no mesmo tempo reacional (48 h) houve uma conversão maior ao produto 123a quando utilizado o sal de amônio formado por pirrolidina/ácido acético. Após o estudo de diferentes bases que formam o sal de amônio, verificou-se que este tem forte relação na formação do produto de condensação de Knoevenagel. Diante desse resultado, passou-se a analisar o efeito do ácido carboxílico na atividade do catalisador, com conseqüência na formação do produto de condensação de Knoevenagel 123a. Para isso, foram escolhidos oito ácidos carboxílicos comercialmente disponíveis, com uma faixa de pKa que varia de 0,2 a 4,75, conforme Tabela 7. Mantendo-se o azido diazo éster 65 e o 4clorobenzaldeído 55b como material de partida, buscou-se estabelecer as melhores condições reacionais, empregando diferentes sais de amônio e derivados de pirrolidina em isopropanol, à temperatura ambiente (Equação 25). 98 Equação 25: Estudo de diferentes ácidos carboxílicos na formação do sal de amônio, para a obtenção do vinil azido diazo éster 123a. Quando foi utilizado o ácido trifluoroacético (pKa = 0,2), ocorreu a decomposição do azido diazo éster 65 de partida, e a recuperação do aldeído 55b (Tabela 7, entrada 1), ao passo que utilizando ácidos carboxílicos que possuem pKa na faixa entre 1,29 e 3,44 (Tabela 6, entradas 2 a 4), houve uma baixa conversão ao produto esperado em tempos reacionais próximos de 40 h. Com esses ácidos, também houve decomposição parcial do azido diazo éster, o que explica a presença de aldeído remanescente. Tabela 7. Valores de pKa dos ácidos carboxílicos em água, tempos reacionais e rendimentos da reação de condensação para a obtenção do vinil azido diazo éster 123a. Entrada 1 pKa78 Tempo (h) Conversão (%)a 0,2 24 Decomposição 1,29 40 40 2,87 39 42 3,44 42 45 3,75 20 69 3,96 8 76 4,20 25 30 30 50 10 73 7 Ácido trifluoroacético Ácido dicloroacético Ácido cloroacético Ácido 4nitrobenzóico Ácido fórmico Ácido 3cloropropiônico Ácido benzóico 8 Ácido fenilacético 4,31 9 Ácido acético 4,75 2 3 4 5 6 a Ácido Carboxílico 1 Conversões determinadas por RMN H (400 MHz). 99 A utilização de ácido fórmico (pKa 3,75) forneceu uma redução do tempo reacional para 20 h e um aumento na conversão ao produto 123a para 69% (Tabela 7, entrada 5), mostrando uma forte relação do pKa do ácido carboxílico com o tempo reacional e a conversão ao produto. Também ocorreu uma forte redução no tempo reacional quando foi empregado o ácido 3-cloropropiônico (Tabela 7, entrada 6), podendo-se associar o aumento na conversão (76%) com o aumento do pKa do ácido. Essa tendência não foi seguida quando foram utilizados os ácidos benzóico e fenilacético (Tabela 7, entradas 7 e 8), os quais possuem um pKa superior a 4,00. Semelhante ao que ocorreu com o ácido 3-cloropropiônico, ao utilizar-se o ácido acético, após as otimizações das condições reacionais, houve uma conversão acima de 70% ao produto 123a, com 10 horas de reação (Tabela 7, entrada 9). A partir desses resultados é possível afirmar que a força do ácido (Ka) determinou a formação de um sal de amônio eficiente para a catálise na reação de condensação. O uso do ácido acético foi estudado para o comparativo com o trabalho já reportado pelo grupo,44 além de ter sido o ácido utilizado para a determinação de todos os outros parâmetros reacionais. No entanto, verifica-se que há possibilidade de utilização eficiente de outros dois ácidos carboxílicos (3-cloropropiônico e fórmico), para juntamente com a pirrolidina formarem o sal de amônio e esse atuar como catalisador na reação de condensação de Knoevenagel. Após o estudo de diversos parâmetros reacionais, como solvente e catalisador, resolveu-se utilizar o sal de amônio formado por pirrolidina e ácido 3-cloropropiônico, em isopropanol, à temperatura ambiente estendendo esta metodologia para outros aldeídos aromáticos 55, obtendo-se uma diversidade de vinil azido diazo ésteres 123 a partir do azido diazo éster 65 (Esquema 37). Foram estudados diferentes aldeídos aromáticos 55 com substituintes doadores e retiradores de elétrons, mono e dissubstiuídos, além de variações nas posições dos substituintes no anel aromático, conforme apresentado no Esquema 37. Os tempos reacionais foram bons, obtendo-se rendimentos dos produtos entre 65% e 90%, sendo que todos os compostos foram caracterizados por IV, RMN 1H e 13C. A utilização do sal de amônio formado pela mistura ácido 3cloropropiônico/pirrolidina não foi a combinação mais eficiente em todos os casos, sendo que a substituição do ácido 3-cloropropiônico pelo acético formou os produtos de Knoevenagel 123e, f, i em maiores rendimentos e menores tempos reacionais (Esquema 37). Já o produto 100 da reação de condensação de Knoevenagel a partir do 4nitrobenzaldeído não foi obtido utilizando o sal de amônio formado por ácido acético e nem por 3-cloropropiônico, sendo recuperado o material de partida 65, em ambos os casos. Para ampliar a variedade de aldeídos foi estudado o uso de aldeídos alifáticos (propanal e butanal) como substratos para a reação de condensação, sendo em ambos os casos recuperado o material de partida 65, não tendo qualquer indício da formação do possível produto. Além de aldeídos aromáticos e alifáticos foi testado outro composto carbonilado, a acetona. Da mesma forma que os aldeídos alifáticos, houve a recuperação do material de partida 65. Esquema 37. Vinil azido diazo ésteres 123 preparados pela reação de condensação de Knoevenagel a partir do azido diazo éster 65. 101 O mecanismo proposto para a reação do azido diazo éster 65 com um aldeído aromático 55 ocorre pela ativação do aldeído via a formação do íon imínio 126, proveniente da reação do aldeído com o sal de amônio (Esquema 38). A formação de 127a a partir do equilíbrio ceto-enol do 65, mesmo a forma desprotonada 127b, podem atuar como nucleófilo no meio e atacar a carbonila do íon iminio 126 para a formação do intermediário 128 que posteriormente elimina um equivalente de pirrolidina formando o vinil azido diazo éster 123. Esquema 38. Proposta de mecanismo para a reação de condensação de Knoevenagel, utilizando sal de amônio como catalisador. Em suma, os experimentos revelaram que a formação do produto da condensação de Knoevenagel 123 ocorre de maneira eficiente na presença de um sal de amônio, e que o produto foi obtido com bons rendimentos, após uma rápida purificação. Somam-se a isso a utilização de solvente pouco tóxico, as condições reacionais brandas e o tratamento aquoso simples e eficiente, além da seletividade na formação 102 do produto, fatores esses que agregam simplicidade e eficiência para a metodologia. 4.6. Preparação de vinil azido amidas 132 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123. A reação de condensação de Knoevenagel entre o azido diazo éster 65 e diversos aldeídos aromáticos 55 forneceu uma quimioteca dos vinil azido diazo ésteres 123, a qual é composta por moléculas que possuem uma diversidade de grupos funcionais como azido, diazo e carbonila. Tendo em mãos compostos com essas funcionalidades, estudouse a possibilidade de obtenção do vinil azido amino éster 129, o qual seria proveniente da reação de inserção N-H catalisada por Rh(II) (Equação 26). Equação 26: Tentativa de reação de inserção N-H catalisada por Rh(II). O procedimento utilizado visando obter o composto 129 consistiu em colocar para reagir o vinil azido diazo éster 123a com excesso de n-butilamina 78a. Ao ser gotejada a amina sobre o substrato 123a, sem a presença de solvente, ocorreu uma forte liberação de calor seguida da produção de gases e a formação de um sólido amarelo. Após essa observação, foi feito a análise de CCD da mistura sólido mais líquido e verificou-se o consumo total do material de partida. Posteriormente, a mistura reacional foi diluída em CH2Cl2, lavada com solução de HCl 0,1 M e o material bruto obtido foi submetido a análise de RMN 1H. Ao analisar o espectro de RMN 1H desse material, foi observada a ausência dos sinais correspondentes ao fragmento etoxila, proveniente do substrato 123a. No entanto, foi possível identificar a permanência dos sinais referentes aos átomos de hidrogênio aromáticos (7,33-7,54 ppm) e o sinal de um hidrogênio vinílico em 6,57 ppm, similar ao do vinil azido diazo éster 123a de partida. Além desses, 103 identificou-se sinais correspondentes ao fragmento butila, oriundo da nbutilamina (78a), a qual foi possivelmente incorporada ao substrato. Estes dados sugerem a formação do produto de clivagem 130a (Equação 27). Buscando entender a reatividade entre o vinil azido diazo éster 123a e a n-butilamina 78a e obter produto suficiente para a elucidação estrutural do possível produto 130a (Equação 27), passou-se a estudar a reação entre 123a e 78a na presença de solvente. Para isso foi escolhido o THF como solvente, uma vez que este solvente já havia sido empregado anteriormente, em reações de clivagem de diazo compostos por aminas (Ver seção 4.2). Como na primeira tentativa de obtenção do produto 129, ao ser adicionada a amina 78a sobre o vinil azido diazo éster 123a houve uma reação imediata, decidiu-se por primeiramente solubilizar o substrato 123a em THF e em seguida adicionar-se 1,1 equiv. de n-butilamina 78a, gota a gota, deixando a mistura reacional sob agitação constante e à temperatura ambiente (Equação 27). Equação 27: Reação de formação da α-azido cinamamida 130a. Na presença do solvente a reação ocorreu de maneira mais branda, não sendo observada a formação imediata de sólido, nem mesmo a liberação de gases no momento da adição da amina. O consumo do material de partida foi acompanhado por CCD, e após 8 h, a mistura foi diluída com CH2Cl2 e lavada com brine, gerando um resíduo amarelo claro. Esse material bruto foi submetido à purificação por coluna cromatográfica, obtendo-se exclusivamente o (Z)-2-azido-Nbutil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a) como um sólido amarelo claro, tendo um rendimento de 82%, que foi submetido a análise de IV, RMN 1 H e 13C. No espectro de IV foi identificada uma banda larga em 3435 cm-1, atribuída ao estiramento N-H, uma banda fina e intensa em 2114 cm-1, atribuída ao estiramento do grupo azido, além de uma banda fina e intensa em 1635 cm-1, atribuída a carbonila do éster. Nesse espectro foi observado ainda, a ausência de uma banda fina e intensa em 2103 cm-1 104 correspondente ao grupo diazo, presente no espectro de IV do vinil azido diazo éster de partida 123a. No espectro de RMN 1H (Figura 10) foram identificados sinais com deslocamento químico em 7,54 ppm (d, 2H) e em 7,33 ppm (d, 2H) referentes aos átomos de hidrogênio do anel aromático p-substituído, em 6,57 ppm (s, 1H) referente ao hidrogênio vinílico e em 6,35 ppm (sl, 1H) atribuído ao hidrogênio ligado ao nitrogênio da amida. Ainda nesse espectro foi possível identificar outros quatro conjuntos de sinais, que foram atribuídos aos átomos de hidrogênio do fragmento butila. Figura 10. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-Nbutil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a). As análises de IV e RMN 1H contribuíram na proposição de que a estrutura do produto formado na reação entre o vinil azido diazo éster 123a e a amina 78a é a α-azido cinamamida 130a. Já análise do espectro de RMN 13C (Figura 11) corroborou com essas análises e permitiu a confirmação dessa proposta de estrutura, pois foi possível identificar os sinais em 163,3 ppm (atribuído ao carbono da carbonila da amida) e em 119,5 ppm (correspondente ao carbono ligado ao hidrogênio vinílico), além dos sinais em 40,0, 31,6, 20,3 e 13,9 ppm (atribuídos aos quatro carbonos do fragmento butil). Foi possível ainda observar a ausência dos sinais referentes aos dois carbonos do fragmento 105 etoxila que estavam presentes no espectro do material de partida 123a, sinais esses que permitiram identificar que ocorreu a aminólise. Figura 11. Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-Nbutil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a). Após a confirmação da formação do produto 130a, proveniente da reação entre o vinil azido diazo éster 123a e a n-butilamina (78a) utilizando THF como solvente à temperatura ambiente, foi proposto um mecanismo para essa transformação. A primeira etapa envolve o ataque nucleofílico do átomo do nitrogênio da amina 78a no carbono eletrofílico da carbonila do substrato 123a, gerando um intermediário 133 (Esquema 39). O carbono do grupo diazo, parcialmente negativo, abstrai o hidrogênio ligado ao nitrogênio deficiente em elétrons, formando assim, o intermediário 134. A regeneração da dupla ligação da carbonila, ocorrendo a clivagem da ligação C-C entre a carbonila e o carbono do grupo diazo, gerando os produtos 130a e 8a. 106 Esquema 39. Proposta de mecanismo para a formação da α-azido cinamamida 130a. Baseado no sucesso dos resultados desse estudo preliminar e na caracterização do produto de aminólise 130a, formado entre o vinil azido diazo éster 123a e a amina primária 78a, o procedimento foi estendido para outros substratos 123 (obtidos da reação de condensação de Knoevenagel) e outras aminas 78 (alilamina e benzilamina) visando à obtenção de uma diversidade de α-azido cinamamidas 130 (Esquema 40). Quando foi utilizado a n-butilamina 78a, foram observados excelentes rendimentos com diferentes substituintes no anel aromático, como apresentado no Esquema 40 (130a, b, e, i, j, k, p e r). No entanto, os tempos reacionais tiveram uma variação significativa, de 2 h (Esquema 40, 130j e k) até 26 h (Esquema 40, 130b). Comparativamente quando se utilizou a alilamina foram obtidos tempos menores, com uma faixa de 1 à 3 h de reação, com rendimentos bons a excelentes dos produtos formados (Esquema 40, 130c, f, h, l, n, q e s). 107 Esquema 40. Obtenção das α-azido cinamamidas 130 a partir dos vinil azido diazo ésteres 123. 108 De maneira geral, a utilização da benzilamina (78f) forneceu os produtos da aminólise 130 com tempos reacionais variando de 20 à 55 h (Esquema 36, 130c, 130f, 130m e 130p) obtendo-se os produtos numa faixa de rendimentos que varia de 65 a 90%. A partir das observações dos tempos reacionais e dos rendimentos obtidos, é possível afirmar que a amina primária tem uma grande influência na formação das α-azido cinamamidas 130 a partir dos vinil azido diazo ésteres 123. Além das aminas primárias discutidas anteriormente, foi estudado a reatividade do vinil azido diazo éster 123 com uma amina secundária cíclica, a pirrolidina (117a) (Esquema 41). Esquema 41. Obtenção das vinil azido amidas terciárias 131, a partir de vinil azido diazo ésteres 123 e pirrolidina (117a). O uso da pirrolidina se mostrou eficiente nos dois exemplos estudados, obtendo-se os produtos 131 em tempos reacionais curtos e com excelentes rendimentos (Esquema 41, 131a e 131b). A nucleofilicidade da amina secundária cíclica contribui para o ataque do nitrogênio da amina no carbono da carbonila do substrato, podendo-se sugerir que o mecanismo de reação proposto para a transformação com aminas primárias (Esquema 31) pode ser estendido para a transformação com a amina secundária. Diante desses resultados é possível observar que os tempos reacionais e os rendimentos obtidos para a formação das vinil azido amidas terciárias 131 a partir de pirrolidina 117a são semelhantes aos tempos e rendimentos quando foi utilizado alilamina (78b). A presença do grupo diazo alfa a carbonila da cetona, nos αdiazo-β-ceto ésteres (65, 98, 105) e nos produtos da condensação de Knoevenagel 123 propiciou a reação de aminólise na presença de 109 aminas nucleofílicas, menos impedidas estericamente (n-butilamina, alilamina e pirrolidina), levando aos produtos 112, 119, 130, 131, além da formação do diazoacetato de etila (8a) como subproduto. 4.7- Preparação dos indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130. Moléculas que possuem o fragmento vinil azida ligado a um anel aromático têm sido utilizadas para a síntese de heterociclos funcionalizados, como os indóis. Driver e col.66 desenvolveram uma metodologia para a obtenção de indóis 96 utilizando Rh2(CF3CF2CF2CO2)4 como catalisador, a partir de vinil azido ésteres 94 (Introdução, Esquema 23). Com a preparação das α-azido cinamamidas 130 em alto grau de pureza e após sua completa caracterização estrutural, foi estudada a possibilidade de ciclização para os indóis 132 catalisada por Rh(II) (Equação 28). Equação 28: Obtenção do indol 132a a partir da azido cinamamida 130d. A (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130d) foi escolhida como substrato de estudo para a obtenção do indol 132a. O procedimento consistiu em solubilizar a α-azido cinamamida 130d em CH2Cl2, em seguida foi adicionado o catalisador Rh2(CF3CF2CF2CO2)4 e deixado a mistura sob agitação à temperatura ambiente. Esse catalisador foi inicialmente utilizado baseado no trabalho desenvolvido por Driver e col.,66 onde foi considerado um dos mais eficientes em reações de inserção N-H aromática a partir de vinil azido éster. No entanto, esta condição se mostrou ineficiente para o substrato 130d, pois não foi obtido o indol esperado, e apenas o material de partida foi totalmente recuperado. Diante da ineficiência desse catalisador, passou-se a utilizar o Rh2(AcO)4, o qual foi adicionado na reação após o substrato de estudo (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130d) ter sido 110 solubilizado em CH2Cl2, sob agitação à temperatura ambiente. Após a adição do catalisador foi observada uma pequena formação de bolhas de gás, provavelmente devido à expulsão do nitrogênio molecular, oriundo da formação de metalocarbenóide formado no meio. Após 32 horas de reação, procedeu-se ao tratamento aquoso da reação para a retirada do catalisador e posteriormente purificou-se por coluna cromatográfica o indol 132a, sendo este obtido com um rendimento de 82% e caracterizado por IV e RMN 1H e 13C. No espectro de IV foram observadas duas bandas largas, em 3421 e 3261 cm-1, referentes aos estiramentos N-H e uma banda fina e intensa em 1624 cm-1 referente ao estiramento da carbonila da amida. Foi possível verificar a ausência da banda em 2121 cm-1, referente ao estiramento do grupo azido, a qual é observada no espectro do material de partida. No espectro de RMN 1H (Figura 12), o sinal em 9,66 ppm (sl, 1H) foi atribuído ao hidrogênio ligado ao nitrogênio N1 do anel. A maior modificação dos sinais, em relação ao substrato, foi observada na região referente aos átomos de hidrogênio aromáticos, na qual se identificou um sinal com deslocamento químico em 7,49 ppm (d, 1H) referente a um hidrogênio ligado ao C4 e um sinal em 6,80 ppm (dd, 1H) atribuído ao hidrogênio ligado ao C5, e que apresentam uma constante de acoplamento de 8,6 Hz. Também foi possível observar que o hidrogênio ligado ao C7 apresenta um sinal em 6,87 ppm (sl, 1H), não tendo uma resolução suficiente para ser atribuída uma constante de acoplamento com o hidrogênio do C5. Somam-se a esses sinais, o singleto largo em 6,78 ppm (1H) atribuído ao hidrogênio do C3. Já os sinais em 6,19 ppm (sl, 1H) e 3,84 (s, 3H) foram atribuídos, respectivamente, ao hidrogênio ligado ao nitrogênio amídico N11 e aos átomos de hidrogênio metílicos do fragmento metoxila ligado ao anel indólico. Os demais sinais do espectro (entre 3,50 e 0,96 ppm) foram atribuídos aos átomos de hidrogênio que constituem o fragmento butila. 111 Figura 12. Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-6metóxi-1H-indol-2-carboxamida (132a). Na análise de RMN 13C não foi possível identificar o sinal correspondente ao carbono da carbonila entre 160-170 ppm, porém os demais sinais são coerentes com a estrutura do indol 132a. Buscando-se identificar o sinal referente ao carbono da carbonila, foi aumentada a concentração da solução para a coleta do espectro. Na primeira análise foi utilizado CDCl3, mas devido a baixa solubilidade do composto nesse solvente foi adicionado uma pequena quantidade de DMSO d6. Contudo, mesmo após essas modificações ainda não foi possível identificar esse sinal. De modo a buscar uma confirmação estrutural do indol 132a, este foi solubilizado em uma mistura de etanol/hexano e após evaporação lenta do solvente foi possível isolar um monocristal, o qual foi submetido à análise de raio-X. Após a resolução da estrutura cristalina (Figura 13), foi possível concluir a caracterização do produto formado (Anexo 124). 112 Figura 13. Estrutura molecular (ORTEP) para o N-butil-6-metóxi-1Hindol-2-carboxamida (132a). As condições reacionais utilizadas para obter o indol 132a foram estendidas para outras cinco α-azido cinamamidas 130, e a partir disso foram obtidos os indóis 132b-f correspondentes (Esquema 42). Comparando-se os indóis que possuem o fragmento butil na porção amida (Esquema 42, 132a, c-e), todos foram obtidos com bons rendimentos (80 a 89%) sendo possível identificar uma variação nos tempos reacionais de 30 h a 49 h. Quando comparados os indóis 132a e 132b, os quais se diferem pela presença do fragmento butil e alil ligados ao nitrogênio da amida, observou-se um aumento considerável no tempo reacional e um ligeiro aumento no rendimento. Já nos indóis 132e e 132f (os quais se diferem pela presença do fragmento butil e benzil) houve um aumento no tempo reacional, do primeiro para o segundo, e ao mesmo tempo uma ligeira redução no rendimento. Os indóis 132e e 132f foram caracterizados por IV e RMN 1H, o que permite afirmar que ocorreu a formação dos compostos propostos. Contudo, torna-se necessário a obtenção futura do espectro de RMN 13C desses compostos para corroborar com os demais dados. 113 Esquema 42. Obtenção dos indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130. A formação dos indóis 132, a partir das α-azido cinamamidas 130, pode ser explicada pela proposta mecanística apresentada no Esquema 43, a qual é baseada na proposição feita por Driver e col.66 para explicar a obtenção dos indóis 93 (Introdução, Esquema 22). Seguindo esse modelo, a coordenação inicial do carboxilato de Rh(II) com o nitrogênio interno da azida resulta no intermediário 133, o que gera o nitrenóide de Rh(II) 134 pela eliminação de N2. A formação da ligação C-N pode ocorrer por três caminhos: uma inserção concertada orto à ligação C-H67b passando por um intermediário que forma o anel de 4 membros 135 ou por um intermediário que forma uma anel de 3 membros 136, ou ainda uma substituição aromática eletrofílica via o íon arênio 137, o que possibilita o posterior isolamento do indol 132 a partir de rearomatização do anel benzênico. 114 O R R O Rh2(AcO)4 N3 N HN R' H 132 R N HN R' [Rh] 136 ou R R' 130 O R O H N H R O ou N H HN R' [Rh] N N 137 N H N [Rh] R' 133 O N H [Rh] 135 HN R' N2 O R N N H [Rh] R' 134 Esquema 43. Proposta de mecanismo para a síntese dos indóis 132 a paritr das α-azido cinamamidas 130. Essa metodologia utilizando Rh2(AcO)4 se mostrou simples, eficiente e seletiva para a obtenção dos indóis 132, provenientes das αazido cinamamidas 130. Soma-se a essas características a utilização de condições brandas e a facilidade na purificação dos produtos, o que contribui de forma efetiva para a aplicação mais extensiva desse protocolo de síntese. 115 5. CONCLUSÕES Foi desenvolvida uma metodologia para a reação de transferência de diazo empregando uma diversidade de PM comerciais como catalisadores heterogêneos, e também com PM modificada termicamente (4A-1000) em condições brandas, sendo possível produzir uma série de diazo compostos 1,3-dicarbonilados (65, 68, 105) estruturalmente diversos, com alto rendimento, elevado grau de pureza, simplicidade na purificação, com ausência de tratamento aquoso, além da recuperação e reutilização do catalisador. Em particular, o γ-azido-αdiazo-β-ceto éster 65 também foi obtido com bom rendimento por meio de uma reação de transferência de diazo, utilizando DIPEA ou tbutilamina como catalisador, em tempos reacionais curtos. As aminas n-butilamina, alilamina, pirrolidina e piperidina atuaram como catalisadores nas reações de transferência de diazo a partir de β-ceto ésteres e também como nucleófilos, para a obtenção de amidas em reações de aminólise, dependendo das condições reacionais e da amina. Essas amidas 112, 118, 119 foram obtidas de maneira one pot em tempos reacionais curtos (20-180 min), com excelentes rendimentos (80-99%), de forma seletiva, eficiente e em condições reacionais brandas. A reação de condensação de Knoevenagel entre o γ-azido-αdiazo-β-ceto éster 65 e uma diversidade de aldeídos aromáticos 55, utilizando um sal de amônio como catalisador, originou os compostos multifuncionalizados vinil azido diazo ésteres 123, contendo diferentes substituintes no anel aromático, com bons rendimentos (62-90%), não havendo a necessidade de condições anidras e/ou temperatura elevada. Da mesma forma que a reação com os β-ceto ésteres, as aminas n-butilamina, alilamina, benzilamina e piperidina também atuaram na clivagem dos vinil azido diazo ésteres 123 por meio de uma reação de aminólise em condições reacionais brandas, e originaram, de forma seletiva, as α-azido cinamamidas 130 com bons rendimentos (65-96%) após um tratamento aquoso simples e uma purificação por coluna cromatográfica. A presença do fragmento vinil azido ligado a um anel aromático possibilitou a obtenção seletiva de alguns 1H-indol-2carboxamidas (132), inéditos na literatura, com um alto grau de pureza, por meio de uma reação de inserção C-H intramolecular catalisada por Rh2(AcO)4. Esses indóis possuem pelo menos dois pontos de diversidade estrutural, sendo obtidos com bons rendimentos (82-89%). 116 117 6 PARTE EXPERIMENTAL 6.1- INSTRUMENTAÇÃO E REAGENTES Os espectros de RMN 1H e RMN 13C foram obtidos em espectrômetros das marcas Varian AS-400 (400 e 100 MHz, respectivamente), utilizando como solvente CDCl3. Os deslocamentos químicos foram registrados em ppm, relativos ao TMS em 0,00 ppm ou ao solvente (7,26 ppm para RMN 1H e em 77,16 ppm para RMN 13C) como padrão interno. Os espectros de IV foram obtidos em KBr ou ZnSe, utilizando um espectrometro FT-Perkin-Elmer 16PC, com sistemas de registros computadorizados na região de 4000 a 400 cm-1. Os pontos de fusão foram medidos em um aparelho Microquimica MQPF301 e não foram corrigidos. Os espectros de massas de alta resolução foram obtidos a partir de um aparelho micrOTOF Q-II (Bruker Daltonics), do Centro de Biologia Molecular Estrutural (CEBIME), equipado com seringa automática (KD Scientific) para injeção das amostras. O espectrômetro de massas ESI-QTOF MS (ElectroSpray Ionisation Time of Flight Mass Spectrometry) foi operado em modo de íon positivo, onde as amostras foram injetadas em um fluxo constante de 3 µL/min, utilizando como solvente uma mistura de acetonitrila e ácido fórmico grau LCMS. Os dados foram processados em um software Bruker Data Analysis versao 4.0. Para acompanhamento das reações foram utilizadas placas de cromatografia em camada delgada (Sigma-Aldrich) e uma lâmpada de UV para revelação das manchas. Para purificação por coluna cromatográfica foi utilizada sílica gel (Kieselgel, 0,060-0,200 mm, 60 A, Acros) como fase estacionária. Todos os solventes empregados nas sínteses, purificações e caracterizações foram adquiridos de fontes comerciais (Aldrich, Carlo Erba, JT Baker, Mallinckrodt, Nuclear, Synth e Vetec) e utilizados sem purificação prévia. Dos reagentes adquiridos de fontes comerciais somente o cloreto de p-toluenossulfonila foi previamente purificado de acordo com o procedimento descrito na literatura.(79) O catalisador Rh2(AcO)4 e as peneiras moleculares 3Å, 4Å, 5Å e 13X foram obtidas comercialmente da Sigma-Aldrich. As peneiras moleculares modificadas 4Å/KCl e 13X/KCl foram preparadas pelo método de difusão usado KCl aquoso como reportado previamente.70 As peneiras moleculares 4Å-600, 4Å-1000, 4Å/KCl-1000 foram preparadas por aquecimento da respectiva peneira molecular em uma mufla a 1000 118 °C (para 4Å-1000, 4Å/KCl-1000 e 13X-1000) ou a 600 °C (para 4Å600) por 1 h. Em seguida foram transferidos para um dessecador para o resfriamento e armazenados sem perda significativa na sua atividade catalítica. 6.2-PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: 6.2.1- Preparação do 4-azido-3-oxobutanoato de etila (99): Em um balão foi colocado o 4-cloroacetoacetato de etila (97) (1,0 mmol, 0,164 g) e adicionada 3 mL de uma mistura de solvente AcOEt/H2O na proporção de 6:4, seguido da adição da azida de sódio (1,1 mmol, 0,071 g) sob agitação constante. Em seguida foi colocado o cloreto de benziltrietilamônio (BTEAC) (0,20 mmol, 0,04 g) e deixado a mistura reacional sob agitação a temperatura ambiente por 3 h. A reação foi extraída com CH2Cl2 (5 mL) e a fase orgânica foi lavada com uma solução de brine (2 x 15 mL), sendo seca com Na2SO4, filtrada e o filtrado levado para evaporar o solvente em rotaevaporador obtendo-se o produto 99, um óleo amarelo claro com rendimento de 98%, sem necessidade de purificação. 6.2.2- Reação de transferência de diazo para a preparação de compostos 2-diazo-1,3-dicarbonilados: Método 1: Utilizando Peneira Molecular 4A-1000 Em um balão foram colocados o composto 1,3-dicarbonilado 54, 97, 99, 106 (1,0 mmol), TsN3 (0,197 g, 1,0 mmol) e 2 mL de THF. Em seguida, foi adicionado a peneira molecular 4A-1000 (0,300 g) e a mistura reacional ficou sob agitação à temperatura ambiente por 5 a 80 119 h. A reação foi monitorada por CCD e após o consumo do material de partida, o catalisador foi separado por filtração seguido por uma lavagem com 10 mL de CH2Cl2, 10 mL AcOEt e o filtrado foi concentrado. Após a retirada completa do solvente na bomba de vácuo a mistura foi dissolvida em éter etílico e em seguida este foi removido a vácuo. O resíduo final foi triturado com hexano (3 x 10 mL). O material sólido formado (TsNH2) foi filtrado e o solvente removido sob pressão reduzida para gerar os compostos diazo carbonilados 65, 98, 105 com > 95% de pureza. Recuperação da Peneira Molecular: Após o primeiro ciclo de reação o catalisador foi separado por filtração, lavado com CH2Cl2 e EtOAc, seco no forno a uma temperatura de 100 oC por 1 h e utilizado nos próximos ciclos de reação. Método 2: Utilizando t-butilamina (78c) Em um balão foram colocados o composto 1,3-dicarbonilado 54, 97, 99, 106 (1,0 mmol), TsN3 (0,19 g, 1,0 mmol) e 2 mL de THF. Em seguida, foi adicionado lentamente a t-butilamina (1,1 mmol, 0,080 g) e a mistura reacional ficou sob agitação à temperatura ambiente por 20 a 60 min. A reação foi monitorada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura reacional foi transferida para um balão de volume maior, utilizando 2 mL de CH2Cl2, e concentrada. Após a retirada completa do solvente na bomba de vácuo a mistura foi dissolvida em éter etílico e em seguida este foi removido a vácuo. O resíduo obtido foi triturado e extraído com hexano (3 x 10 mL). O material sólido formado (TsNH2) foi filtrado e o solvente removido sob pressão reduzida para gerar os compostos diazo carbonilados 65, 98, 105 com > 95% de pureza. Os diazo compostos obtidos são conhecidos e sua caracterização espectroscópica está de acordo com os dados publicados. Os dados espectroscópicos do produto inédito 2-diazo-3-(4-nitrofenil)-3oxopropanoato de etila 105c estão descritos a seguir. 2-Diazo-3-oxopentanoato de etila (105a)80 120 Tempo: 6 h Rendimento: 95% Estado Físico: Óleo Amarelo RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,1 Hz, 3H), 2,44 (s, 3H), 4,27 (q, J = 7,1 Hz, 2H). 2-Diazo-3-oxopentanoato de metila (105b)81 Tempo: 5 h Rendimento: 81% Estado Físico: Óleo amarelo claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 2,48 (s, 3H), 3,85 (s, 3H). 4-Cloro-2-diazo-3-oxobutanoato de etila (98)82 Tempo: 18 h Rendimento: 80% Estado Físico: Óleo marrom escuro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,34 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,32 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 4,62 (s, 2H). 4-Azido-2-diazo-3-oxobutanoato de etila (65)82 Tempo: 26 h Rendimento: 76% Estado Físico: Óleo marron escuro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,32 (t, J = 7,0 Hz, 3H), 4,30 (q, J = 7,0 Hz, 2H), 4,39 (s, 2H). 2-Diazo-3-(4-nitrofenil)-3-oxopropanoato de etila (105c) Tempo: 26 h Rendimento: 83% Estado Físico: Óleo verde claro IV (KBr, νmax, cm-1): 3110, 2985, 2147, 1718, 1629, 1523, 1314, 745. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,26 (t, J = 7,0 Hz, 3H), 4,24 (q, J = 7,0 Hz, 2H), 7,74 (d, J = 8,6 Hz, 2H), 8,27 (d, J = 8,6 Hz, 2H). 121 RMN 13C (100 MHz, CDCl3): 14,0 (CH3), 61,8 (CH2), 122,8 (2 x CHAr), 129,1 (2 x CH-Ar), 142,4 (C-Ar), 149,3 (C-Ar), 160,1 (C=O), 185,4 (C=O). 2-Diazomalonato de dietila (105d)83 Tempo: 80 h Rendimento: 12% Estado Físico: Óleo verde claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,32 (t, J = 7,1 Hz, 6H), 4,31 (q, J = 7,1 Hz, 4H). 2-Diazomalonato de dimetila (105e)80 Tempo: 25 h Rendimento: 94% Estado Físico: Óleo verde claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,83 (s, 6H). 2-Diazomalonato de dibenzila (105f)83 Tempo: 46 h Rendimento: 73% Estado Físico: Óleo verde claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 5,28 (s, 4H), 7,37-7,34 (m, 10H). 5-Diazo-2,2-dimetil-1,3-dioxano-4,6-diona (105g)82 Tempo: 22 h Rendimento: 68% Estado Físico: Óleo verde Claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,79 (s, 6H). 2-Diazo-5,5-dimetilciclohexano-1,3-diona (105h)82 Tempo: 12 h Rendimento: 82% Estado Físico: Óleo verde claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,13 (s, 6H), 2,45 (s, 4H). 3-Diazopentano-2,4-diona (105i)80 Tempo: 4 h Rendimento: 69% 122 Estado Físico: Óleo verde claro RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 2,44 (s, 6H). 6.2.3-Procedimento geral para a preparação one pot de amidas 112 a partir de ceto ésteres 97, 99. Em um balão foram colocados o ceto éster 97, 99 (1,0 mmol), TsN3 (1,0 mmol, 0,19 g) e 2 mL de THF. Em seguida, foi adicionada lentamente a amina 78, e a mistura reacional ficou sob agitação à temperatura ambiente por 20 a 35 min. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura reacional foi transferida para um balão de volume maior, utilizando 2 mL de CH2Cl2, e concentrada por meio do uso do rotaevaporador. Após a retirada completa do solvente na bomba de vácuo a mistura foi dissolvida em éter etílico e este foi removido a vácuo. O resíduo sólido foi triturado e extraído com hexano (3 x 10 mL), a TsNH2 insolúvel foi separada por decantação e após a remoção do solvente via rotaevaporador obteve-se a amida 112 como um óleo, com alto grau de pureza. 2-Azido-N-butilacetamida (112a) Tempo: 20 min Rendimento: 95% Estado Físico: Óleo amarelo escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3297, 2959, 2872, 2103, 1659, 1556, 1266. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,92 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,30-1,40 (m, 2H), 1,50 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 3,28 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 3,97 (s, 2H), 6,32 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,6 (CH3), 19,9 (CH2), 31,3 (CH2), 39,2 (CH2), 52,5 (CH2), 166,8 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C6H12N4ONa+ [M+Na]+: 179,0907; encontrado: 179,0903. 123 N-Butil-2-cloroacetamida (112b)73 Tempo: 30 min Rendimento: 99% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3296, 2961, 2935, 2874, 1662, 1550, 1466, 1238. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,93 (t, J = 7,4 Hz, 3H), 1,31-1,40 (m, 2H), 1,52 (qt, J = 7,4 Hz, 2H), 3,30 (q, J = 7,4 Hz, 2H), 4,04 (s, 2H), 6,58 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,7 (CH3), 20,0 (CH2), 31,4 (CH2), 39,6 (CH2), 42,7 (CH2), 165,9 (C=O). N-Alil-2-cloroacetamida (112c)75 Tempo: 35 min Rendimento: 98% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3296, 2961, 2935, 1662, 1550, 1238. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,92 (t, J = 5,6 Hz, 2H), 4,06 (s, 2H), 5,15-5,23 (m, 2H), 5,84 (ddt, J = 17,2, 10,4, 5,6, 1H), 6,69 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,2 (CH2), 42,7 (CH2), 117,1 (CH2), 133,3 (CH), 165,8 (C=O). N-Alil-2-azidoacetamida (112d) Tempo: 20 min Rendimento: 94% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3357, 3261, 2923, 2109, 1664, 1530, 1161, 816, 534. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,92 (t, J = 5,6 Hz, 2H), 4,02 (s, 2H), 5,16-5,24 (m, 2H), 5,79-5,88 (m, 1H), 6,43 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 41,7 (CH2), 52,4 (CH2), 116,7 (CH2), 133,5 (CH), 160,8 (C=O). 124 6.2.4-Procedimento geral para a preparação one pot das amidas 118 a partir de ceto ésteres 54, 99. Em um balão foram colocados o ceto éster 54, 99 (1,0 mmol), TsN3 (1,0 mmol, 0,19 g) e 2 mL de THF. Em seguida foi adicionada lentamente a amina secundária 117 (1,0 mmol) e a reação foi mantida sob agitação a temperatura ambiente por 3-29 h. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo total do material de partida, a mistura reacional foi transferida para um balão de volume maior, utilizando 5 mL de CH2Cl2 e concentrada. Após a retirada completa do solvente na bomba de vácuo a mistura foi dissolvida em éter etílico e este foi removido a vácuo. O resíduo sólido foi triturado e extraído com uma mistura de hexano/CH2Cl2 na proporção de 9:1 (2 x 10 mL), a TsNH2 insolúvel foi separada por decantação e após a remoção do solvente via rotaevaporador as amidas 118 obtidas foram purificadas por coluna cromatográfica em sílica gel utilizando como eluente uma mistura de hexano/EtOAc 90:10, fornecendo os produtos puros. 1-Acetilpirrolidina (118a)77 Tempo: 3 h Rendimento: 85% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 2974, 2878, 1624, 1454, 1340, 1161, 543. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,80-1,86 (m, 2H), 1,89-1,96 (m, 2H), 2,01 (s, 3H), 3,35-3,46 (m, 4H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 22,2 (CH3), 24,3 (CH2), 25,8 (CH2), 45,3 (CH2), 47,2 (CH2), 169,1 (C=O). 1-(2-Azidoacetil)pirrolidina (118d)52a Tempo: 29 h Rendimento: 98% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3217, 3092, 2973, 2874, 125 2103, 1650, 1446, 1161, 906, 662, 558. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,88 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 1,99 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 3,36 (t, J = 7,2 Hz, 2H), 3,50 (t, J = 7,2 Hz, 2H), 3,86 (s, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 24,0 (CH2), 26,0 (CH2), 45,8 (CH2), 46,1 (CH2), 51,0 (CH2), 165,7 (C=O). 1-(2-Azidoacetil)piperidina (118e)53 Tempo: 26 h Rendimento: 87% Estado Físico: Óleo marron escuro IV (KBr, νmax, cm-1): 3381, 2981, 2937, 2856, 2104, 1714, 1622, 1293, 1097, 1025, 756. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,55-1,64 (m, 6H) 3,28 (t, J = 5,6 Hz, 2H), 3,52 (t, J = 5,6 Hz, 2H), 3,92 (s, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 24,3 (CH2), 25,4 (CH2), 26,3 (CH2), 43,1 (CH2), 46,1 (CH2), 50,7 (CH2), 165,4 (C=O). 6.2.5-Procedimento para a preparação one pot da 1-(2-[1pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) a partir do 4-cloroacetoacetato de etila (97). Em um balão foi colocado o 4-cloroacetoacetato de etila (97) (1,0 mmol, 0,16 g), TsN3 (1,0 mmol, 0,19 g) e 5 mL de THF. Em seguida foi adicionado lentamente a pirrolidina (117a) (2,2 mmol, 0,15 g) e a mistura reacional ficou sob agitação à temperatura ambiente, por 4 horas. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura bruta foi diluída com 5 mL de CH2Cl2 e o extrato orgânico foi lavado com 5 mL de NaHCO3 sat. e posteriormente com 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4, concentrada e o resíduo obtido foi purificado por coluna cromatográfica (hexano/EtOAc 8:2). 126 1-(2-[1-Pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119) Tempo: 23 h Rendimento: 82% Estado Físico: Óleo preto IV (KBr, νmax, cm-1): 3468, 2967, 2873, 2792, 1643, 1453, 1192, 1159. 1 RMN H (400 MHz, CDCl3): δ 1,71-1,84 (m, 4H), 1,86-1,92 (m, 4H), 2,61 (s, 4H), 3,24 (s, 2H), 3,38-3,40 (q, J = 6,8 Hz, 4H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 23,7 (2 x CH2), 24,1 (CH2), 26,2 (CH2), 45,8 (CH2), 46,1 (CH2), 54,3 (2 x CH2), 58,3 (CH2), 168,4 (C=O). 6.2.6- Procedimento para a preparação one pot dos diazo ceto ésteres 122 a partir do 4-cloroacetoacetato de etila. O X O Cl O 97 + O X TsN3 N THF, t.a. H 117c, X = O 117b, X = CH2 O N O N2 122 Em um balão foram colocados o 4-cloroacetoacetato de etila (97) (1,0 mmol, 0,16 g), TsN3 (1,0 mmol, 0,19 g) e 5 mL de THF. Em seguida foi adicionado lentamente a amina (117) (1,0 mmol) e a mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura ambiente por 10-18 h. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura reacional foi diluída com 5 mL de CH2Cl2 e o extrato orgânico foi lavado com 5 mL de NaHCO3 sat. e posteriormente com 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4, e após concentrado, o resíduo foi purificado por coluna cromatográfica (hexano/EtOAc 8:2). 2-Diazo-4-(morfolin-1-il)-3-oxobutanoato de etila (122a) Tempo: 10 h Rendimento: 78% Estado Físico: Óleo preto IV (KBr, νmax, cm-1): 2961, 2910, 2853, 2134, 1714, 1665, 1305, 1220, 1116, 866, 745. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,32 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 2,59 (t, J = 4,8 Hz, 4H), 3,66 (s, 2H), 3,74 (t, J = 4,8 Hz, 4H), 4,28 (q, J = 7,2 Hz, 2H). 127 RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 53,8 (2 x CH2), 61,7 (CH2), 65,0 (CH2), 66,9 (2 x CH2), 161,3 (C=O), 189,0 (C=O). 2-Diazo-3-oxo-4-(piperidin-1-il) butanoato de etila (122b) Tempo: 18 h O O Rendimento: 75% N Estado Físico: Óleo preto O IV (KBr, νmax, cm-1): 2935, 2855, 2135, N2 1717, 1693, 1297, 1142, 1016. 1 RMN H (400 MHz, CDCl3): δ 1,27 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,51-1,66 (m, 6H), 2,46-2,48 (m, 4H), 3,58 (s, 2H), 4,23 (q, J = 7,2 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 24,0 (CH2), 25,5 (CH2), 25,8 (CH2), 49,6 (CH2), 54,7 (CH2), 61,1 (CH2), 61,6 (CH2), 161,4 (C=O), 189,5 (C=O). 6.2.7- Procedimento geral para a reação de condensação de Knoevenagel a partir do Azido Diazo Éster 65. Em um balão foram colocados pirrolidina (1,0 mmol, 0,071 g), ácido 3-cloropropanóico (1,0 mmol, 0,10 g) e 3 mL de isopropanol. Posteriormente foi adicionado o 4-azido-2-diazoacetoacetato de etila (65) (1,0 mmol, 0,16 g) e em seguida o aldeído aromático 55 (1,0 mmol) e a mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura ambiente por 14-26 h. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura reacional foi solubilizada em 5 mL de CH2Cl2 e o extrato orgânico foi lavado com 5 mL de HCl 0,1 M, 5 mL de NaHCO3 sat. e 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4 e concentrada a vácuo. Os produtos da condensação de Knoevenagel foram purificados por coluna cromatográfica em sílica gel utilizando como eluente uma mistura de hexano/EtOAc 80:20, fornecendo os produtos 123. 128 4-Azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a) Tempo: 8 h Rendimento: 76% Estado Físico: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2983, 2938, 2141, 2103, 1714, 1664, 1374, 1310, 1225, 1030, 745. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,31 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,38 (s, 1H), 7,34 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,71 (d, J = 8,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 62,2 (CH2), 124,9 (CHVinílico), 128,9 (2 x CH-Ar), 131,4 (C), 131,5 (C), 131,8 (2 x CH-Ar), 160,6 (C=O). (Z)-4-Azido-2-diazo-5-fenil-3-oxo-pent-4-enoato de etila (123b)44 Tempo: 14 h Rendimento: 65% Estado Físico: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2981, 2936, 2116, 1724, 1620, 1693, 1296, 1108, 938, 758, 690. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,31 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,45 (s, 1H), 7,32-7,42 (m, 3H), 7,77 (d, J = 7,6 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,2 (CH3), 61,4 (CH2), 126,2 (CHVinílico), 127,4 (C-Ar), 128,4 (2 x CH-Ar), 128,6 (CH-Ar), 129,4 (CH-Ar), 130,3 (2 x CH-Ar), 132,7 (C-N3), 159,3 (C=O), 180,6 (C=O). (Z)-4-Azido-2-diazo-5-(4-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123c) Tempo: 22 h Rendimento: 75% Estado Físico: Óleo amarelo claro IV (KBr, νmax, cm-1): 2980, 2838, 2134, 2115, 1722, 1597, 1509, 1257, 831. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 3,84 (s, 3H), 4,30 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,46 (s, 1H), 6,91 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,76 (d, J = 8,8 Hz, 2H). 129 RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 55,4 (CH3), 62,0 (CH2), 114,1 (2 x CH-Ar), 125,8 (C-Ar), 127,3 (CH-Vinílico), 132,1 (C-N3) 132,5 (2 x CH-Ar), 160,8 (C-ArO), 160,9 (C=O), 180,7 (C=O). (Z)-4-Azido-2-diazo-5-(3-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123d) Tempo: 19 h Rendimento: 76% Estado Físico: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2982, 2836, 2138, 2116, 1726, 1714, 1620, 1598, 1304, 1105, 741, 688. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,28 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 3,81 (s, 3H), 4,29 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,39 (s, 1H), 6,86-6,90 (m, 1H), 7,26-7,30 (m, 2H), 7,38 (d, J = 1,6 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,3 (CH3), 55,3 (CH3), 62,1 (CH2), 115,3 (CH-Ar), 115,4 (CH-Ar), 123,4 (CH-Ar), 126,2 (CH-Vinílico), 129,5 (CH-Ar), 131,0 (C-N3), 134,1 (C-Ar), 159,5 (C-Ar), 160,5 (C=O), 180,8 (C=O). (Z)-4-Azido-5-(3.4-metilenodioxifenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123e) Tempo: 20 h Rendimento: 79% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 76-77 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3055, 2978, 2868, 2107, 1728, 1687, 1601, 1448, 1262, 1163, 1036, 661. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,30 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,01 (s, 2H), 6,40 (s, 1H), 6,81 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 7,14 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 7,55 (s, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,5 (CH3), 62,1 (CH2), 101,6 (OCH2-O), 108,5 (CH-Ar), 110,0 (CH-Ar), 126,7 (CH), 127,1 (CH), 127,4 (C-Ar), 129,2 (C-N3), 147,9 (C-Ar), 149,0 (C-Ar), 160,8 (C=O), 190,5 (C=O). 130 (Z)-4-Azido-2-diazo-5-(4-hidroxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123f) Tempo: 20 h Rendimento: 69% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 92-93 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3375, 2996, 2961, 2149, 2128, 1684, 1607, 1589, 1296. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,31 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,42 (s, 1H), 6,81 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,64 (d, J = 8,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 62,4 (CH2), 115,8 (2 x CH-Ar), 125,5 (CH-Vinílico), 127,7 (C-Ar), 128,7 (C-N3), 132,8 (2 x CH-Ar), 157,6 (C-Ar), 161,3 (C=O), 180,9 (C=O). (Z)-4-Azido-5-(4-bromofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123g) Tempo: 26 h Rendimento: 67% Estado Físico: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2980, 2118, 1724, 1616, 1582, 1484, 1370, 1300. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,35 (s, 1H), 7,50 (d, J = 8,4 Hz, 2H), 7,64 (d, J = 8,4 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 62,2 (CH2), 123,8 (C-Ar), 124,9 (CH-Vinílico), 131,5 (C), 131,8 (2 x CH-Ar), 131,9 (C), 132,0 (2 x CH-Ar), 160,5 (C=O), 180,8 (C=O). (Z)-4-Azido-5-(2-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123h) Tempo: 23 h Rendimento: 74% Característica Física: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2983, 2909, 2141, 2103, 1714, 1664, 1310, 1225, 1030, 745. 131 RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,32 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,80 (s, 1H), 7,23-7,33 (m, 2H), 7,40 (dd, J = 7,6, 1,2 Hz, 1H), 8,19 (dd, J = 7,6, 1,2 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,3 (CH3), 62,0 (CH2), 120,8 (CHVinílico), 126,8 (CH-Ar), 127,6 (CH-Ar), 129,7 (CH-Ar), 130,30 (CAr), 130,34 (C-Ar), 131,11 (C), 131,14 (C), 160,9 (C=O), 186,6 (C=O). (Z)-4-Azido-5-(2,4-diclorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123i) Tempo: 18 h Rendimento: 68% Característica Física: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1): 2982, 2135, 2118, 1734, 1684, 1610, 1378, 1310. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,30 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,71 (s, 1H), 7,28 (dd, J = 8,4, 2,0 Hz, 1H), 7,41 (d, J = 2,0 Hz, 1H), 8,18 (d, J = 8,4 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 62,4 (CH2), 119,5 (CVinílico), 127,2 (CH-Ar), 129,6 (CH-Ar), 131,9 (C-Ar), 190,7 (C=O). (Z)-4-Azido-2-diazo-5-(4-metilfenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123j) Tempo: 26 h Rendimento: 90% Estado Físico: Óleo amarelo IV (KBr, νmax, cm-1: 2980, 2115, 1722, 1620, 1603, 1370, 1300. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,31 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 2,37 (s, 3H), 4,31 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,45 (s, 1H), 7,19 (d, J = 8,0 Hz, 2H), 7,68 (d, J = 8,0 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 14,4 (CH3), 21,6 (CH3), 62,1 (CH2), 127,0 (CH-Vinílico), 129,4 (2 x CH-Ar), 130,1 (C-Ar), 130,2 (C-N3), 130,7 (2 x CH-Ar), 140,1 (C-Ar), 160,8 (C=O), 180,8 (C=O). 132 6.2.8-Procedimento geral para a preparação de α-azido cinamamidas 130 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123 Em um balão foi colocado o produto de condensação de Knoevenagel 123 (1,0 mmol) e 2 mL de THF. Em seguida foi adicionada a amina primária 78 (1,2 mmol) e a mistura reacional foi mantida sob agitação a temperatura ambiente, por 0,5-50 h. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida a mistura reacional foi solubilizada em 2 mL de CH2Cl2, e a fase orgânica foi lavada com 5 mL de HCl 0,1 M e posteriormente com 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4 e concentrada a vácuo. O produto bruto foi purificado por coluna cromatográfica em sílica gel utilizando como eluente uma mistura de hexano/EtOAc 85:15, fornecendo os produtos 130. (Z)-2-Azido-N-butil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a) Tempo: 6 h Rendimento: 82% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 130-131 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3435, 3306, 2962, 2929, 2874, 2114, 1635, 1376, 1092, 870. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,95 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,34-1,43 (m, 2H), 1,57 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 3,37 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,35 (sl, 1H), 6,57 (s, 1H), 7,33 (d, J = 8,2 Hz, 2H), 7,54 (d, J = 8,2 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,3 (CH2), 31,6 (CH2), 40,0 (CH2), 119,5 (CH-Vinílico), 128,8 (2 x CH-Ar), 131,0 (2 x CHAr), 131,1 (C-Ar), 131,6 (C-N3), 134,5 (C-Ar), 163,6 (C=O). 133 (Z)-2-Azido-N-butil-3-fenilacrilamida (130b) Tempo: 26 h Rendimento: 88% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 78-79 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3319, 2957, 2929, 2872, 2114, 1636, 1613, 1537, 1371, 1322, 690. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,95 (t, J = 7,6 Hz, 3H), 1,39 (sext, J = 7,6 Hz, 2H), 1,57 (qt, J = 7,6 Hz, 2H), 3,37 (q, J = 7,6 Hz, 2H), 6,44 (sl, 1H), 6,76 (s, 1H), 7,27-7.32 (m, 1H), 7,38 (t, J = 7,6 Hz, 2H), 7,59 (d, J = 7,6 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,2 (CH2), 31,6 (CH2), 39.9 (CH2), 121,4 (CH-Vinílico), 128,5 (3 x CH-Ar), 128,8 (C), 129,7 (2 x CH-Ar), 133,1 (C), 163,3 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C13H16N4ONa+ [M+Na]+: 267,1218; encontrado: 267,1216. (Z)-N-Alil-2-azido-3-fenilacrilamida (130c) Tempo: 1 h Rendimento: 91% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 107108 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3286, 3043, 2920, 2860, 2119, 1611, 1530, 1368, 1312, 868. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,98-4,01 (m, 2H), 5,20 (dd, J = 10,2, 1,2 Hz 1H), 5,25 (dd, J = 17,0, 1,2 Hz, 1H), 5,87 (ddt, J = 17,0, 10,2, 5,2, 1H), 6,48 (sl, 1H), 6,59 (s, 1H), 7,48 (s, 5H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,6 (CH2), 117,4 (CH2), 119,9 (CHVinílico), 122,9 (CH-Vinílico), 131,2 (2 x CH-Ar), 131,8 (3 x CH-Ar), 131,9 (C), 133,5 (C), 163,1 (C=O). (Z)-4-Azido-N-benzil-3-fenilacrilamida (130d) Tempo: 30 h Rendimento: 65% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 101-102 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3287, 3031, 2115, 1936, 1616, 1534, 1373, 1271, 689. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,56 (d, J = 6,0 Hz, 2H), 6,74 (sl, 1H), 6,84 (s, 1H), 7,30–7,44 (m, 8H), 7,59 (d, J = 8,0 Hz, 2H). 134 RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 44,3 (CH2), 122,2 (CH-Vinílico), 127,9 (CH-Ar), 128,1 (2 x CH-Ar), 128,6 (2 x CH-Ar), 128,9 (CH-Ar), 129,0 (2 x CH-Ar), 129,8 (2 x CH-Ar), 130,0 (C), 132,9 (C-N3), 137,7 (C-Ar), 163,2 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C16H14N4ONa+ [M+Na]+: 279,1240; encontrado: 279,1243. (Z)-2-Azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130e) Tempo: 9 h Rendimento: 94% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 116-117 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3272, 2958, 2932, 2871, 2121, 1636, 1616, 1540, 1509, 1177, 1032. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,96 (t, J = 7,6 Hz, 3H), 1,41 (sext, J = 7,6 Hz, 2H), 1,54-1,61 (m, 2H), 3,38 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 3,84 (s, 3H), 6,25 (sl, 1H), 6,73 (s, 1H), 6,91 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,57 (d, J = 8,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,8 (CH3), 20,2 (CH2), 31,7 (CH2), 39,9 (CH2), 55,4 (CH3), 114,0 (2 x CH-Ar), 121,4 (CH-Vinílico), 125,7 (C-Ar), 129,7 (C), 131,3 (2 x CH-Ar), 159,7 (C-Ar), 163,4 (C=O). (Z)-N-Alil-2-azido-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130f) Tempo: 2 h Rendimento: 85% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 97-98 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3273, 2930, 2835, 2124, 1636, 1616, 1605, 1509, 1364, 1253, 1177, 1030, 830. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,84 (s, 3H), 4,02 (tt, J = 5,6, 1,6 Hz, 2H), 5,18-5,32 (m, 2H), 5,90 (ddt, J = 17,0, 10,0, 5,6 Hz, 1H), 6,37 (sl, 1H), 6,78 (s, 1H), 6,92 (d, J = 8,6 Hz, 2H), 7,59 (d, J = 8,6 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,5 (CH2), 55,4 (CH3), 114,1 (2 x CH-Ar), 117,2 (CH2), 122,0 (CH-Vinílico), 125,6 (C-Ar), 127,9 (C), 131,4 (2 x CH-Ar), 133,8 (CH-Vinílico), 150,1 (C-OCH3), 160,0 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C13H14N4O2Na+ [M+Na]+: 259,1190; encontrado: 259,1186. 135 (Z)-2-Azido-N-benzil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130g) Tempo: 50 h Rendimento: 66% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 88-89 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3289, 2932, 2118, 1636, 1605, 1535, 1510, 1250, 1180, 1180, 1030, 830. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,83 (s, 3H), 4,56 (d, J = 5,6 Hz, 2H), 6,62 (sl, 1H), 6,78 (s, 1H), 6,91 (d, J = 8,4 Hz, 2H), 7,31-7,39 (m, 5H), 7,57 (d, J = 8,4 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 44,2 (CH2), 55,4 (CH3), 114,0, (2 x CH-Ar), 122,0 (CH-Vinílico), 125,6 (C-Ar), 127,8 (2 x CH-Ar), 127,9 (CH-Ar), 128,1 (CH-Ar), 128,9 (CH-Ar), 131,5 (2 x CH-Ar), 137,9 (CAr), 160,0 (C-Ar), 163,3 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C17H16N4O2Na+ [M+Na]+: 309,1346; encontrado: 309,1345. (Z)-N-Alil-2-azido-3-(3-metoxifenil)acrilamida (130h) Tempo: 1 h Rendimento: 87% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 106-107 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3410, 2121, 1654, 1618, 1534, 1258, 1047. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,82 (s, 3H), 3,98-4,02 (m, 2H), 5,20 (dd J = 10,0, 1,2 Hz, 1H), 5,25 (dd J = 17,2, 1,2 Hz, 1H), 5,90 (ddt, J = 17,2, 10,0, 6,0 Hz, 1H), 6,50 (sl, 1H), 6,77 (s, 1H), 6,85–6,88 (m, 1H), 7,14 (d, J = 7,6 Hz, 1H), 7,18 (s, 1H), 7,29 (t, J = 7,6 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,5 (CH2), 55,4 (CH3), 114,6 (CHAr), 114,9 (CH-Ar), 117,2 (CH2), 121,7 (CH-Vinílico), 122,4 (CH-Ar), 129,5 (CH-Ar), 130,2 (C-Ar), 133,6 (C-N3), 134,2 (CH-Vinílico), 159,5 (C-Ar), 163,2 (C=O). EMAR: (ESI positivo) calculado para C17H16N4O2Na+ [M+Na]+: 259,1190; encontrado: 259,1187. 136 (Z)-2-Azido-3-(3,4-metilenodioxifenil)-N-butilacrilamida (130i) Tempo: 3 h Rendimento: 96% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 85-86 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3297, 2961, 2869, 2108, 1631, 1616, 1545, 1447, 1261, 1040, 934, 882. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,92 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,31-1,40 (m, 2H), 1,54 (qt, J = 7,6 Hz, 2H), 3,33 (q, J = 7,6 Hz, 2H), 5,96 (s, 2H), 6,47 (sl, 1H), 6,54 (s, 1H), 6,76 (d, J = 8,0 Hz, 1H), 6,98 (dd, J = 8,0, 1,2 Hz, 1H), 7.27 (s, 1H). (Z)-2-Azido-N-butil-3-(4-hidroxifenil)acrilamida (130j) Tempo: 5 h Rendimento: 78% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 125-126 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3317, 2957, 2120, 1672, 1602, 1513, 1276, 1173, 835, 606. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,92 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,37 (sext, J = 7,2, Hz, 2H), 1,56 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 3,37 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,62 (sl, 1H), 6,82 (s, 1H), 6,88 (d, J = 8,6 Hz, 2H), 7,44 (d, J = 8,6 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,2 (CH2), 31,6 (CH2), 40,1 (CH2), 115,8 (CH-Ar), 116,2 (CH-Ar), 123,1 (CH-Vinílico), 129,3 (C-Ar), 131,6 (2 x CH-Ar), 132,6 (C-N3), 157,2 (C-Ar), 162,8 (C=O). (Z)-2-Azido-3-(4-bromofenil)-N-butilacrilamida (130k) Tempo: 2 h Rendimento: 92% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 122-124 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3432, 3309, 2962, 2114, 1632, 1611, 1375, 1317. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,95 (t, J = 7,6 Hz, 3H), 1,40 (sext, J = 7,6 Hz, 2H), 1,57 (qt, J = 7,6 Hz, 2H), 3,35-3,40 (m, 2H), 6,31 (sl, 1H), 6,56 (s, 1H), 7,49 (s, 4H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,2 (CH2), 31,6 (CH2), 40,0 (CH2), 119,5 (CH-Vinílico), 122,8 (C-Ar), 131,17 (2 x CH-Ar), 131,19 (C-Ar), 131,8 (CH-Ar), 132,1 (CH-Ar). 137 EMAR: (ESI positivo) calculado para C13H16BrN4O+ [M+H]+: 323,0502 encontrado: 323,0501. (Z)-N-Alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130l) Tempo: 3 h Rendimento: 88% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 111-78 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3287, 2119, 1630, 1611, 1530, 1367, 1009, 868. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,00 (t, J = 5,2 Hz, 2H), 5,20 (d, J = 10,4, 2H), 5,25 (d, J = 17,2), 5,84-5,94 (m, 1H), 6,44 (sl, 1H), 6,60 (s, 1H), 7,48-7,53 (m, 4H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,6 (CH2), 117,4 (CH2), 119,9 (CHAlílico), 122,9 (C-Ar), 131,2 (2 x CH-Ar), 131,8 (2 x CH-Ar), 131,9 (C), 133,5 (C-Ar). EMAR: (ESI positivo) calculado para C12H12BrN4O+ [M+H]+: 307,0189; encontrado: 307,0188. (Z)-2-Azido-N-benzil-3-(4-bromofenil)acrilamida (130m) Tempo: 35 h Rendimento: 91% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 133-134 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3428, 3275, 2116, 1636, 1616, 1540, 1374. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,55 (d, J = 5,6 Hz, 2H), 6,62 (s, 1H) 7,30-7,40 (m, 5H), 7,46-7,51 (m, 4H). EMAR: (ESI positivo) calculado para C16H14BrN4O+ [M+H]+: 357,0346; encontrado: 357,0342. (Z)-N-Alil-2-azido-3-(4-clorofenil)acrilamida (130n) Tempo: 1 h Rendimento: 95% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 109-110 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3436, 3312, 2121, 1635, 1611, 1534, 1490, 1375, 1094, 870. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,00 (t, J = 5,6, Hz, 2H), 5,20 (dd, J = 10,0, 1,2 Hz, 1H), 5,25 (dd, J = 17,2, 1,2 Hz, 1H), 5,84-5,94 (m, 1H), 138 6,44 (sl, 1H), 6,63 (s, 1H), 7,34 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,55 (d, J = 8,8 Hz, 2H). (Z)-2-Azido-N-benzil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130o) Tempo: 20 h Rendimento: 76% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 110-111 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3435, 3279, 3030, 2924, 2102, 1640, 1612, 1534, 1486, 1374, 1090, 697. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,56 (d, J = 5,6 Hz, 2H), 6,60 (sl, 1H), 6,66 (s, 1H), 7,28-7,42 (m, 7H), 7,55 (d, J = 8,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 44,3 (CH2), 120,1 (CH-Vinílico), 128,0 (C), 128,1 (C), 128,8 (3 x CH-Ar), 129,0 (3 x CH-Ar), 131,0 (2 x CH-Ar), 131,5 (C-N3), 137,5 (C-Ar), 159,9 (C=O). (Z)-2-Azido-N-butil-3-(2-clorofenil)acrilamida (130p) Tempo: 6 h Rendimento: 92% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 105-106 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3297, 3066, 2956, 2930, 2862, 2114, 1636, 1613, 1539, 1368, 752, 662. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,96 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,39 (sext, J = 7,2 Hz, 2H), 1,58 (qt, J = 7,2 Hz, 2H), 3,38 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,52 (sl, 1H), 7,03 (s, 1H), 7,22–7,31 (m, 2H), 7,39 (dd, J = 7,4, 1,6 Hz, 1H), 7,78 (dd, J = 7,4, 1,6 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,8 (CH3), 20,2 (CH2), 31,6 (CH2), 40,0 (CH2), 117,4 (CH-Vinílico), 126,6 (CH-Ar), 129,6 (CH-Ar), 129,7 (CH-Ar), 130,5 (CH-Ar), 131,3 (C-Ar), 132,1 (C-Ar), 134,2 (C-N3), 162,8 (C=O). (Z)-N-Alil-2-azido-3-(2,4-diclorofenil)acrilamida (130q) Tempo: 2 h Rendimento: 89% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 108-107 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3283, 2115, 1636, 1612, 1534, 1465, 1374, 931, 869. 139 RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,01 (t, J = 5,6 Hz, 2H), 5,20 (d, J = 10,0 Hz, 1H), 5,26 (d, J = 17,2 Hz, 1H), 5,85-5,94 (m, 1H), 6,50 (sl, 1H), 6,90 (s, 1H), 7,27 (dd, J = 8,4, 1,6 Hz, 1H), 7,41 (d, J = 1,6 Hz, 1H), 7,80 (d, J = 8,4 Hz, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 42,6 (CH2), 115,9 (CH-Vinílico), 117,4 (CH2), 127,1 (C-Cl), 129,6 (CH-Ar), 129,7 (CH-Ar), 131,2 (CHAr), 132,5 (C-Ar), 133,4 (C), 134,9 (C), 162,6 (C=O). (Z)-2-Azido-N-butil-3-(4-metilfenil)acrilamida (130r) Tempo: 22 h Rendimento: 90% Estado Físico: Sólido amarelo P.F. = 78-112 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3312, 2964, 2931, 2868, 2116, 1634, 1612, 1533, 1323, 876, 814. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,95 (t, J = 7,4 Hz, 3H), 1,39 (sext, J = 7,4 Hz, 2H), 1,58 (qt, J = 7,4 Hz, 2H), 2,36 (s, 3H), 3,36 (q, J = 7,4 Hz, 2H), 6,45 (sl, 1H), 6,73 (s, 1H), 7,17 (d, J = 7,8 Hz, 2H), 7,48 (d, J = 7,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,2 (CH3), 21,5 (CH2), 31,7 (CH2), 39,9 (CH2), 121,7 (CH-Vinílico), 129,3 (2 x CH-Ar), 129,4 (C), 129,7 (2 x CH-Ar), 130,2 (C), 139,0 (C-Ar). EMAR: (ESI positivo) calculado para C14H19N4O+ [M+H]+: 259,1553; encontrado: 259,1553. (Z)-N-Alil-2-azido-3-(4-metilfenil)acrilamida (130s) Tempo: 2 h Rendimento: 76% Estado Físico: Sólido amarelo, P.F. = 92-93 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3426, 3292, 2920, 2114, 1636, 1614, 1533, 1369, 922, 874, 810. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 2,37 (s, 3H), 4,01 (t, J = 6,0 Hz, 2H) 5,20 (dd, J = 10,0, 1,2 Hz, 1H), 5,26 (dd, J = 17,2, 1,2 Hz, 1H), 5,855,95 (m, 1H), 6,43 (sl, 1H), 6,82 (s, 1H), 7,20 (d, J = 7,8 Hz, 2H), 7,50 (d, J = 7,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 21,5 (CH3), 42,5 (CH2), 117,1 (CH2), 122,2 (CH-Vinílico), 129,3 (2 x CH-Ar), 129,6 (C), 129,7 (2 x CH-Ar), 130,1 (C) 133,7 (C-Ar), 139,2 (C-Ar), 168,0 (C=O). 140 EMAR: (ESI positivo) calculado para C13H15N4O+ [M+H]+: 243,1240; encontrado: 243,1241. 6.2.9-Procedimento para a preparação das vinil azido amidas terciárias 131 a partir dos produtos de condensação de Knoevenagel 123. Em um balão foi colocado o produto de condensação de Knoevenagel 123 (1,0 mmol) e 2 mL de THF. Em seguida foi adicionada a amina 117 (1,2 mmol) e a mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura ambiente. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida a mistura reacional foi solubilizada em 2 mL de CH2Cl2, e a fase orgânica foi lavada com 5 mL de HCl 0,1 M e posteriormente com 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4 e concentrada a vácuo. O produto bruto foi purificado por coluna cromatográfica em sílica gel utilizando como eluente uma mistura de hexano/EtOAc 85:15, fornecendo os produtos 131. (Z)-1-(2-Azido-3-fenilpropenoil)pirrolidina (131a) Tempo: 4 h Rendimento: 94% Estado Físico: Sólido branco P.F. = 80-81 oC. IV (KBr, νmax, cm-1): 2972, 2878, 2115, 1650, 1620, 1427, 1360, 756, 694. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,82-2,04 (m, 4H), 3,60-3,64 (m, 4H), 6,00 (s, 1H), 7,26-7,32 (m, 1H), 7,36 (t, J = 7,6 Hz, 2H), 7,69 (d, J = 7,6 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 119,3 (CH-Vinílico), 126,4 (C-Ar), 128,4 (CH-Ar), 128,5 (2 x CH-Ar), 129,6 (2 x CH-Ar), 133,6 (C-N3), 163,7 (C=O). 141 (Z)-1-[2-Azido-3-(4metilfenil)propenoil]pirrolidina (131b) Tempo: 6 h Rendimento: 90% Estado Físico: Sólido Branco, P.F. = 7374 oC -1 IV (KBr, νmax, cm ): 2971, 2876, 2114, 1650, 1620, 1426, 1159, 815, 661. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 1,93-1,95 (m, 4H), 2,34 (s, 3H), 3,583,63 (m, 4H), 5,98 (s, 1H), 7,15 (d, J = 7,8 Hz, 2H), 7,57 (d, J = 7,8 Hz, 2H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 21,4 (CH3), 25,2 (CH2), 26,3 (CH2) 46,2 (CH2), 48,0 (CH2), 119,5 (CH-Vinílico), 127,6 (C-Ar), 129,2 (2 x CH-Ar), 129,5 (2 x CH-Ar), 130,8 (C-N3), 138,4 (C-Ar), 163,8 (C=O). 6.2.10 Procedimento geral para a preparação de indóis 132 a partir das α-azido cinamamidas 130 Em um balão foi adicionado a vinil azido amida 130 (1,0 mmol) e 2 mL de CH2Cl2 previamente seco em peneira molecular 5Å. Em seguida foi adicionado o Rh2(AcO)4 (0,008 g, 0,016 mmol), e a mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura ambiente, por 32 a 46 horas. A reação foi acompanhada por CCD e após o consumo do material de partida, a mistura reacional foi diluída em 5 mL de CH2Cl2 e o extrato orgânico foi lavado (2x) com 5 mL de brine. A fase orgânica foi seca com Na2SO4 e concentrada a vácuo. O produto bruto foi purificado por coluna cromatográfica em sílica gel utilizando como eluente uma mistura de hexano/EtOAc 80:20, fornecendo os indóis 132. 142 N-Butil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132a) Tempo: 32 h Rendimento: 82% Estado Físico: Sólido cinza, P.F. = 169-170 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3421, 3261, 2958, 2930, 1624, 1545, 1267, 1161, 826. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,96 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,38-1,47 (m, 2H), 1,59-1,66 (m, 2H), 3,49 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 3,84 (s, 3H), 6,19 (sl, 1H), 6,78 (sl, 1H), 6,80 (dd, J = 8,6, 2,4 Hz, 1H), 6,87 (sl, 1H), 7,49 (d, J = 8,6 Hz, 1H), 9,66 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,3 (CH2), 31,9 (CH2), 39,5 (CH2), 55,5 (CH3), 94,1 (CH-Ar), 102,2 (CH-Ar), 78,0 (CH), 121,9 (CH-Ar), 122,6 (C-Ar), 129,1 (C-Ar), 130,7 (C-NH), 158,2 (C-Ar). N-Alil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132b) Tempo: 46 h Rendimento: 87% Estado Físico: Sólido Branco P.F. = 180-181 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3412, 3273, 2922, 2830, 1624, 1543, 1272, 1256, 822, 768. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 3,84 (s, 3H), 4,12-4,15 (m, 2H), 5,20 (dd, J = 10,0, 1,2 Hz, 1H), 5,29 (dd, J = 17,2, 1,2 Hz, 1H), 5,91-6,01 (m, 1H), 6,28 (sl, 1H), 6,79-6,82 (m, 2H), 6,87 (d, J = 2,0 Hz, 1H), 7,50 (d, J = 8,8 Hz, 1H), 9,69 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 55,6 (CH3), 94,1 (CH-Ar), 102,4 (CHAr), 78,2 (CH), 116,9 (CH2), 121,9 (CH-Ar), 122,8 (C-Ar), 134,2 (CHVinílico), 155,7 (C-OCH3). EMAR: (ESI positivo) calculado para C13H15N2O2+ [M+H]+: 231,787; encontrado: 231,788. N-Butil-5,6-metilenodioxi-1H-indol-2-carboxamida (132c) Tempo: 40 h Rendimento: 82% Estado Físico: Sólido Branco, P.F. = 199-200 oC 143 IV (KBr, νmax, cm-1): 3336, 3260, 2960, 2929, 2871, 1607, 1559, 1472, 1287, 1252, 1043, 954, 854. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,96 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,22-1,27 (m, 2H), 1,37-1,47 (m, 2H), 3,44-3,50 (m, 2H), 5,95 (s, 2H), 6,04 (sl, 1H), 6,69 (s, 1H), 6,86 (s, 1H), 6,95 (s, 1H), 9,41 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): 13,3 (CH3), 19,5 (CH2), 31,2 (CH2), 38,5 (CH2), 91,8 (CH-Ar), 98,5 (O-CH2-O), 100,0 (CH-Ar), 102,9 (CH), 120,8 (C-NH), 129,9 (C-Ar), 131,6 (C-Ar), 142,8 (C-Ar), 145,8 (C-Ar), 161,0 (C=O). N-Butil-6-metil-1H-indol-2-carboxamida (132d) Tempo: 30 h Rendimento: 89% Estado Físico: Sólido Branco P.F. =196-197 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3254, 2953, 2924, 1633, 1538, 1406, 824, 739. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,97 (t, J = 7,2 Hz, 3H), 1,38-1,47 (m, 2H), 1,58-1,66 (m, 2H), 2,46 (s, 3H), 3,48 (q, J = 7,2 Hz, 2H), 6,15 (sl, 1H), 6,77 (sl, 1H), 6,97 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 7,22 (s, 1H), 7,51 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 9,28 (sl, 1H). RMN 13C (100 MHz, CDCl3): δ 13,9 (CH3), 20,3 (CH3), 22,1 (CH2), 32,0 (CH2), 39,6 (CH2), 101,6 (C), 111,8 (CH-Ar), 121,6 (CH-Ar), 122,8 (CH-Ar), 134,7 (C-Ar). EMAR: (ESI positivo) calculado para C14H19N2O+ [M+H]+: 231,1495; encontrado: 231,1492. 6-Bromo-N-butil-1H-indol-2-carboxamida (132e) Tempo: 49 h Rendimento: 77% Estado Físico: Sólido amarelo claro, P.F. = 208-209 oC. IV (KBr, νmax, cm-1): 3421, 3246, 2959, 2926, 2860, 1633, 1547, 1404, 824, 593. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 0,98 (t, J = 7,6 Hz, 3H), 1,39-1,45 (m, 2H), 1,60-1,65 (m, 2H), 3,48-3,53 (m, 2H), 6,20 (s, 1H), 6,78 (s, 1H), 7,23 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 7,49 (d, J = 8,2 Hz, 1H), 7,62 (s, 1H), 9,81 (s, 1H). 144 EMAR: MS (ESI) calculado C13H15BrN2O [M+ H]+: 295,0441; encontrado: 295,0441. N-Benzil-6-bromo-1H-indol-2-carboxamida- (132f) Tempo: 44 h Rendimento: 86% Estado Físico: Sólido amarelo claro, P.F. = 205-206 oC IV (KBr, νmax, cm-1): 3434, 3259, 2926, 1636, 1542, 1314, 1243, 734. RMN 1H (400 MHz, CDCl3): δ 4,32 (d, J =5,6 Hz, 2H), 6,78 (s, 1H), 6,85 (d, J = 8,4 Hz, 1H), 6,92–6,98 (m, 2H), 7,00–7,07 (m, 4H), 7,12 (s, 1H), 7,17 (d, J = 8,4 Hz, 1H), 10,60 (s, 1H). EMAR: MS (ESI) calculado C16H13BrN2O [M+H]+: 329,0286; encontrado: 329,0284. 145 7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) Mehta, G.; Muthusamy, S.; Tandem Cyclization–Cycloaddition Reactions of Rhodium Generated Carbenoids from α-Diazo Carbonyl Compounds; Tetrahedron 2002, 58, 9477-9504. Barreiro, E. J., Fraga, C. A. M.; Quimica Medicinal- As Bases Moleculares da Ação dos Fármacos; 2ª ed.; Artmed: Porto Alegre, 2008. Zhang, Y.; Wang, J.; Recent Development of Reactions with αDiazocarbonyl Compounds as Nucleophiles; Chem. Commun. 2009, 5350-5361. 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ANEXOS 154 155 110 lg172b.spc 105 100 95 85 1266 80 2932 2959 3297 1556 %Transmittance 1436 1465 2872 90 75 70 65 60 1659 55 2103 50 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) Anexo 1 - Espectro de IV (ZnSe) do 2-azido-N-butilacetamida (112a). 1600 1400 1200 1000 800 600 1.50 1.299 0.941 0.904 2.08 1.55 1.317 1.374 1.392 1.541 1.467 1.523 1.487 1.354 1.335 1.504 3.972 Formatado.esp 0.922 156 2.34 1.45 1.40 1.35 1.30 3.304 3.253 1.540 1.522 1.503 1.486 1.354 1.299 1.317 1.334 1.99 2.23 6.323 7.260 3.286 3.271 Chemical Shift (ppm) 1.00 7.5 7.0 6.5 1.92 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.5 2.0 1.5 2.93 1.0 Anexo 2 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do 2-azido-N-butilacetamida (112a). 0.5 0 19.94 13.64 157 166.78 77.16 190.51 52.50 31.33 39.17 Formatado.esp 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 Anexo 3 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do 2-azido-N-butilacetamida (112a). 20 158 LG171B.0 1.0 0.9 0.8 1550 0.4 1158 1238 1324 0.5 1466 2874 2935 2961 0.6 3296 Transmittance 0.7 0.3 1662 0.2 0.1 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 Anexo 4 - Espectro de IV (ZnSe) do N-butil-2-cloroacetamida (112b). 1400 1200 1000 800 600 6.0 5.5 5.0 4.5 0.928 1.328 0.947 0.910 1.45 Chemical Shift (ppm) 1.40 1.35 2.00 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 1.30 1.560 1.543 1.524 1.505 1.309 1.365 1.345 3.325 6.575 1.99 1.310 2.45 1.50 3.308 3.292 3.274 1.55 7.260 6.5 1.365 1.345 2.33 3.30 3.25 Chemical Shift (ppm) 0.98 7.0 1.403 1.487 2.00 3.35 1.384 1.506 1.543 1.560 3.274 3.325 3.308 3.292 Formatado.esp 1.524 4.039 159 2.31 3.00 2.5 2.0 1.5 1.0 Anexo 5 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-2-cloroacetamida (112b). 0.5 0 13.71 20.00 165.93 77.16 42.71 39.63 fid.txt 31.35 160 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 Anexo 6 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-butil-2-cloroacetamida (112b). 20 10 161 LG171B.Format.esp 1.0 0.9 0.8 1550 0.4 1158 1238 1324 0.5 1466 2874 2935 2961 0.6 3296 Transmittance 0.7 0.3 1662 0.2 0.1 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 Anexo 7 - Espectro de IV (ZnSe) do N-alil-2-cloroacetamida (112c). 1400 1200 1000 800 600 0.65 7.0 6.5 0.85 6.0 5.80 5.232 5.192 5.189 5.185 5.181 5.159 5.156 5.85 Chemical Shift (ppm) 6.719 5.870 5.844 5.827 5.801 7.260 5.90 0.99 5.5 5.0 3.911 3.926 1.29 0.85 5.25 5.24 5.23 5.22 0.99 5.21 5.20 5.19 5.18 Chemical Shift (ppm) 5.17 5.16 3.911 3.940 5.159 5.156 5.192 5.189 5.185 5.181 5.787 5.235 5.232 5.801 5.815 5.812 5.844 5.841 5.830 5.870 5.858 5.855 5.884 5.827 Formatado.esp 3.926 4.064 162 2.17 5.15 5.14 3.95 3.90 2.17 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.5 2.0 1.5 Anexo 8 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-alil-2-cloroacetamida (112c). 1.0 0.5 0 77.16 163 165.86 133.33 42.73 42.22 117.11 Formatado.esp 170 160 150 140 130 120 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 Anexo 9 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-alil-2-cloroacetamida (112c). 50 40 30 164 1.0 LG217AR.0 0.9 0.8 0.6 667 704 0.5 906 Transmittance 2923 0.7 0.4 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) Anexo 10 - Espectro de IV (ZnSe) do N-alil-2-azidoacetamida (112d). 1600 1400 534 3600 1161 1303 0.2 816 1097 1530 1664 2109 3261 3357 0.3 1200 1000 800 600 3.921 3.935 3.907 5.163 5.160 5.187 5.185 5.236 5.778 5.232 5.229 5.225 5.792 5.817 5.806 5.804 5.820 5.835 5.832 5.849 5.847 5.875 5.860 Formatado.esp Formatado.esp 4.019 165 5.85 0.85 7.0 5.84 5.83 5.82 5.81 5.80 5.79 5.78 6.5 1.00 6.0 2.26 5.5 5.0 5.77 3.921 5.86 2.26 5.30 3.907 5.87 6.426 5.868 5.843 5.825 5.800 5.236 5.232 5.229 5.187 5.185 5.163 5.160 7.260 1.00 5.88 5.25 5.20 Chemical Shift (ppm) 2.08 5.15 3.95 3.90 Chemical Shift (ppm) 3.85 2.08 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.5 2.0 1.5 1.0 Anexo 11 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-alil-2-azidoacetamida (112d). 0.5 0 52.41 166 41.72 133.48 160.83 160 77.16 116.66 LG 217A3 Carb 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 Anexo 12 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-alil-2-azidoacetamida (112d). 30 20 167 LG207B3.esp-Format.esp 1.0 0.9 0.8 1340 1428 Transmittance 0.5 543 557 663 1097 2878 2974 0.6 818 0.7 0.4 0.2 1161 1454 0.3 1624 0.1 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) Anexo 13 - Espectro de IV (ZnSe) da 1-acetilpirrolidina (118a). 1600 1400 1200 1000 800 600 4.00 3.39 3.02 3.38 3.37 3.36 3.35 3.34 1.97 2.06 1.96 1.95 1.94 1.93 1.92 1.91 1.89 1.88 1.87 1.86 1.85 1.84 1.83 Chemical Shift (ppm) 1.82 1.81 1.80 1.79 1.78 7.260 3.431 1.795 2.01 1.90 1.924 1.907 1.828 1.812 3.40 3.384 3.44 3.43 3.42 3.41 Chemical Shift (ppm) 3.366 3.45 3.414 3.46 1.812 1.860 1.891 1.846 1.924 1.907 1.940 1.957 3.431 3.366 3.414 3.400 3.384 Formatado.esp 1.828 2.013 168 4.00 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.01 2.5 2.0 1.5 Anexo 14 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da 1-acetilpirrolidina (118a). 1.0 0.5 0 25.83 24.33 169 169.09 22.22 47.18 45.32 LG 207B3 .esp 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 Anexo 15 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) da 1-acetilpirrolidina (118a). 40 30 20 170 Formatado.esp 95 90 N 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1650 2103 65 1600 1400 Anexo 16 - Espectro de IV (ZnSe) da 1-(2-azidoacetil)pirrolidina (118d). 1200 1000 800 662 N3 1161 1280 1330 1423 1446 O 70 818 906 2874 75 1097 80 2973 %Transmittance 3217 3092 85 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 2.06 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.00 1.840 1.910 1.892 1.876 1.858 1.990 1.974 2.11 1.95 1.90 Chemical Shift (ppm) 1.85 1.80 1.840 2.024 7.278 2.00 7.5 1.876 3.35 3.30 Chemical Shift (ppm) 2.09 2.05 1.858 3.40 2.006 3.45 3.345 3.50 3.522 3.55 1.990 3.504 2.024 1.957 2.06 3.361 3.379 3.345 2.13 2.006 3.504 N 3.522 3.487 O N3 3.361 Formatado.esp 3.859 171 2.11 2.5 2.0 1.5 1.0 Anexo 17 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da 1-(2-azidoacetil)pirrolidina (118d). 0.5 0 26.01 172 165.71 77.16 129.47 126.23 46.07 N 24.01 50.96 O N3 45.75 Formatado.esp 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 18 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) da 1-(2-azidoacetil)pirrolidina (118d). 173 105 LG222A.SP 100 95 90 85 75 954 70 756 2981 60 2856 65 853 3381 %Transmittance 80 55 2937 50 1025 45 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 Anexo 19 - Espectro de IV (ZnSe) da 1-(2-azidoacetil)piperidina (118e). 1200 1097 2800 1293 3000 1200 1255 3200 1371 1444 3400 1714 2104 35 1622 40 1000 800 600 7.260 2.02 3.60 3.55 7.0 6.5 6.0 1.616 1.572 1.563 1.551 1.97 3.50 3.45 3.40 3.35 Chemical Shift (ppm) 3.30 3.25 2.00 7.5 1.641 1.628 3.562 3.295 3.280 3.268 3.548 3.534 Formatado.esp 3.562 3.548 3.534 3.280 3.268 3.915 174 5.5 5.0 4.5 1.97 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 6.08 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 Anexo 20 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da 1-(2-azidoacetil)piperidina (118e). 0 24.31 175 26.34 50.71 165.36 77.16 46.13 43.18 25.43 26.34 24.31 Formatado.esp 26 25 Chemical Shift (ppm) 190 180 170 160 150 140 130 24 120 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 50 40 Anexo 21 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) da 1-(2-azidoacetil)piperidina (118e). 30 20 176 Formatado.esp 100 95 90 85 75 65 60 1159 1192 1345 70 2873 2967 %Transmittance 2792 3468 80 55 1453 50 45 1643 40 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 Anexo 22 - Espectro de IV (ZnSe) da (2-[1-pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119). 1200 1000 800 600 7.260 3.5 3.4 1.95 1.90 1.80 1.75 1.70 Chemical Shift (ppm) 2.00 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 1.783 1.890 6.22 1.85 1.762 1.736 1.745 2.612 3.414 3.399 1.924 1.907 2.04 3.99 3.431 3.382 1.924 1.907 1.890 1.874 1.857 3.431 3.382 3.414 3.399 Formatado.esp 1.817 1.799 1.783 1.762 1.753 1.745 1.736 Formatado.esp 1.753 3.240 177 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.93 3.0 2.5 6.22 2.0 1.5 1.0 0.5 Anexo 23 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) da (2-[1-pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119). 169.25 77.16 22.38 47.34 45.48 LG 207B3 .esp 25.99 24.49 178 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 Anexo 24 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) da (2-[1-pirrolidinil]acetil)pirrolidina (119). 10 179 104 lg218ac.spc 96 88 80 64 56 40 1370 985 1041 1452 866 48 32 1220 1665 16 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1305 1714 3200 1116 2134 24 1600 745 2853 2910 2961 %Transmittance 72 1400 1200 1000 800 Anexo 25 - Espectro de IV (ZnSe) do 2-diazo-4-(morfolin-1-il)-3-oxobutanoato de etila (122a). 600 3.663 180 Formatado.esp O O 1.334 1.299 2.599 2.589 3.747 3.736 4.289 4.272 4.253 4.307 4.289 4.272 3.747 3.736 3.724 N2 1.317 2.599 2.589 2.577 O N 2.577 O 4.16 4.17 2.00 4.35 4.30 Chemical Shift (ppm) 4.307 4.253 7.260 2.7 2.6 2.5 Chemical Shift (ppm) 4.25 3.80 3.75 Chemical Shift (ppm) 3.70 2.00 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 1.99 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 4.16 2.5 3.03 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 26 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do 2-diazo-4-(morfolin-1-il)-3-oxobutanoato de etila (122a). 53.80 181 14.43 64.98 61.68 161.29 188.95 77.16 66.89 Formatado.esp 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 27 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do 2-diazo-4-(morfolin-1-il)-3-oxobutanoato de etila (122a). 182 1.0 LG245B.esp 0.9 0.8 2135 0.6 993 2855 0.5 1142 1297 0.2 1452 1487 1595 0.3 1656 1693 1717 2935 0.4 1016 1067 Transmittance 0.7 0.1 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 28 - Espectro de IV (ZnSe) do 2-diazo-3-oxo-4-(piperidin-1-il)butanoato de etila (122b) 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 1.95 4.5 4.0 Chemical Shift (ppm) 3.5 1.582 1.567 1.553 1.526 1.540 1.290 1.253 1.659 1.645 1.631 4.261 4.207 7.260 1.99 7.5 2.484 2.472 2.459 4.244 4.225 LG 245B .esp 1.271 3.578 183 4.00 3.0 2.5 2.99 2.0 1.5 1.0 Anexo 29 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do 2-diazo-3-oxo-4-(piperidin-1-il) butanoato de etila (122b). 189.49 23.97 65.53 61.56 61.13 161.39 77.16 14.36 LG 245B Carb.esp 25.77 25.50 54.68 49.59 184 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 30 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do 2-diazo-3-oxo-4-(piperidin-1-il) butanoato de etila (122b). 185 Formatado.esp 104 96 2909 2938 88 80 64 O 56 O O N3 Cl N2 745 48 913 %Transmittance 1465 2983 72 40 3400 3200 3000 2800 2600 2400 1714 2103 2141 16 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1374 1664 24 1030 1134 1225 1310 32 1400 1200 1000 800 600 Anexo 31 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a) 1.305 186 LG 108B2 H.esp O O O 2.00 1.86 8.0 7.5 1.323 1.288 4.319 4.301 4.336 4.284 7.358 7.336 7.260 7.724 7.703 Cl N2 6.377 N3 0.94 7.0 6.5 2.04 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.04 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 32 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a) O 128.89 128.89 LG 108B2 C.esp 131.77 131.77 187 O O N3 131.53 131.41 Cl N2 132 130 128 126 14.44 134 160.55 124.87 136 62.23 77.16 Chloroform-d 180 160 140 120 100 80 Chemical Shift (ppm) 60 40 20 0 Anexo 33 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123a) 188 Formatado.esp 100 95 2936 90 85 2981 75 70 65 758 1014 %Transmittance 80 60 2116 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 690 40 938 45 1108 50 1267 1296 1326 1447 1370 1614 1620 1693 1724 55 800 600 Anexo 34 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-fenil-3-oxo-pent-4-enoato de etila (123b) LG 109B H.esp O 1.306 189 O O N2 2.01 8.0 3.21 7.5 1.324 1.289 6.450 7.389 4.341 4.288 7.369 7.352 7.334 7.260 7.406 7.779 7.760 4.324 4.306 N3 1.00 7.0 6.5 2.16 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 Chemical Shift (ppm) 3.00 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 Anexo 35 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-fenil-3-oxo-pent-4-enoato de etila (123b) 170 160 150 Anexo 36 - Espectro de RMN (123b) 140 13 126 130 120 14.17 61.41 132.67 159.28 180.63 180 128 127.43 128.37 126.17 130 130.30 132 126.17 128.56 127.43 132.67 129.39 130.30 128.37 Format LG109BB.esp 77.16 190 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 10 0 C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-fenil-3-oxo-pent-4-enoato de etila 191 104 Formatado.esp 96 88 2838 2906 2934 2980 80 64 56 48 40 2115 2134 16 3400 3200 3000 2800 2600 2400 1722 24 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1029 1099 1177 1257 1304 1370 1326 1509 1597 32 831 938 1462 %Transmittance 72 1600 1400 1200 1000 800 600 Anexo 37 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123c) 3.836 192 2.14 8.0 2.01 7.5 1.318 1.283 4.331 4.278 4.314 4.296 6.458 7.260 7.772 7.749 6.917 6.895 1.300 LG 107B2 H.esp 7.0 1.00 6.5 2.31 6.0 5.5 5.0 3.03 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.08 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 38 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123c) 160.89 160.80 180.72 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 14.41 55.44 62.07 77.16 132.07 127.30 125.78 LG 107B2 C.esp 114.11 132.54 193 50 40 30 20 10 Anexo 39 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123c) 194 Formatado.esp 100 95 2836 2937 2982 90 80 65 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1236 1272 1304 2116 2138 60 1370 1463 1574 1598 1620 1714 1726 70 688 741 783 1016 75 1048 1105 1158 1682 %Transmittance 85 1200 1000 800 600 Anexo 40 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(3-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123d) 7.37 7.30 7.29 Chemical Shift (ppm) 1.96 0.89 0.96 7.5 7.0 6.5 7.28 7.27 7.26 1.283 7.25 4.317 4.298 4.281 4.263 7.379 7.276 7.240 7.260 6.881 6.875 6.866 6.389 7.40 7.39 7.38 Chemical Shift (ppm) 1.300 1.265 1.96 0.99 7.41 6.901 7.295 7.383 7.379 7.276 7.271 7.262 7.267 7.260 LG 157A H.esp 6.889 6.881 6.875 6.866 6.859 3.812 195 0.89 6.90 6.85 Chemical Shift (ppm) 2.17 3.00 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 3.10 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 41 - Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(3-metoxifenil)-3-oxopent-4enoato de etila (123d) 134 132 130 128 180 170 160 55.31 14.30 62.07 123.32 115.44 115.34 126.19 77.16 180.79 160.52 Chemical Shift (ppm) 134.10 159.49 131.04 134.10 129.45 Formatado LG 131B Carb.esp 129.45 196 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 10 Anexo 42 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-Azido-2-diazo-5-(3-metoxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123d) 197 1.0 LG112A.0 0.9 0.8 0.7 3055 0.5 0.4 0.3 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 661 3200 816 3400 1036 1095 1163 1262 1334 0 928 0.1 1448 1489 1601 1687 2107 2978 0.2 1728 2868 2923 Transmittance 0.6 1400 1200 1000 800 600 Anexo 43 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-5-(benzo-1,3-dioxol-5-il)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123e) 6.007 198 7.260 7.146 7.125 6.821 6.801 1.00 0.94 0.99 7.5 7.0 1.319 1.284 4.311 4.293 4.329 4.276 7.549 6.395 1.301 Lg 112A H.esp 0.93 6.5 1.98 6.0 2.06 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.18 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 44 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(benzo-1,3-dioxol-5-il)-2-diazo-3-oxopent-4enoato de etila (123e) 77.16 199 180 160 140 62.13 14.45 101.65 109.96 108.51 148.96 147.94 129.23 127.35 127.14 126.67 190.45 160.83 Formatado.esp 120 100 80 Chemical Shift (ppm) 60 40 20 Anexo 45 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(benzo-1,3-dioxol-5-il)-2-diazo-3-oxopent-4enoato de etila (123e) 200 lg111a4.spc 96 88 80 2961 2996 72 1372 1438 48 16 1684 2128 24 1296 1323 32 1589 2149 1607 40 3375 %Transmittance 56 828 886 943 1012 1100 1151 1176 1205 1263 64 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Anexo 46 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-hidroxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123f) 1.306 201 LG 111A H.esp 2.00 8.0 7.5 1.324 1.288 4.321 4.302 7.260 4.338 4.285 6.425 7.650 7.628 6.822 6.800 Chloroform-d 2.07 7.0 1.00 6.5 2.04 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.02 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 47 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-hidroxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123f) 132.82 Formatado.esp 14.38 115.78 202 180 62.36 77.16 127.66 125.48 128.74 161.33 180.88 157.64 Chloroform-d 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 48 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-hidroxifenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123f) 203 100 Formatado.esp 95 90 85 80 %Transmittance 2980 75 70 O O 65 O 60 N3 Br N2 1582 55 50 2600 2400 2200 2000 1800 1600 Wavenumber (cm-1) 1400 1200 1010 2800 1096 3000 1724 2118 35 1263 1300 1370 1318 40 1484 1616 45 1000 800 600 Anexo 49 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-5-(4-bromofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123g) 1.304 204 0.92 7.0 6.5 1.322 1.287 4.318 4.299 1.93 7.60 7.55 7.50 Chemical Shift (ppm) 7.45 4.335 4.282 2.00 7.65 1.93 7.5 7.513 7.492 7.652 6.353 7.260 7.630 7.513 7.492 7.652 7.630 LG 110B H.esp 2.05 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.03 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 50 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4-bromofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123g) 131.84 131.52 131.93 131.96 Formatado.esp 131.96 131.84 205 180 160 140 Anexo 51 - Espectro de RMN de etila (123g) 120 13 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 14.43 62.22 77.16 131.52 124.86 123.76 160.52 180.82 132.00 131.95 131.90 131.85 131.80 131.75 131.70 131.65 131.60 131.55 131.50 131.45 Chemical Shift (ppm) 40 20 C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(4-bromofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato 206 Formatado.esp 104 96 2909 2938 88 80 64 56 745 48 913 %Transmittance 1465 2983 72 40 3400 3200 3000 2800 2600 2400 1714 2103 2141 16 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1374 1664 24 1030 1134 1225 1310 32 1400 1200 1000 800 600 Anexo 52 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-5-(2-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123h) 6.805 1.03 0.92 8.0 7.0 7.238 7.233 2.11 7.30 7.25 4.345 4.292 2.11 0.78 7.5 1.04 7.40 8.20 Chemical Shift (ppm) 8.203 8.184 8.179 7.412 7.409 7.393 7.260 7.233 7.257 8.25 1.323 1.287 4.328 4.310 N2 7.276 7.271 7.260 7.257 7.252 O N3 7.308 7.305 7.289 O 7.326 7.323 O 8.203 8.199 8.184 8.179 Cl 7.412 7.409 7.393 7.390 LG 156B H.esp 1.305 207 2.00 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.01 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 53 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(2-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123h) 56.05 208 126.76 62.04 14.34 127.57 129.68 131.14 131.11 130.34 130.30 LG 156B Format.esp 180 160 130.5 130.0 129.5 129.0 128.5 Chemical Shift (ppm) 128.0 127.5 127.0 126.5 77.16 131.0 131.11 130.34 130.30 129.68 127.57 126.76 120.79 186.59 160.92 131.5 140 120 100 80 Chemical Shift (ppm) 60 40 20 Anexo 54 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(2-clorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123h) 209 lg109a2.spc 96 88 80 2982 72 Cl O O 56 1106 Cl N2 40 2135 1310 24 16 1378 32 1465 48 O N3 1610 1684 1734 %Transmittance 64 2118 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 55 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-5-(2,4-diclorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123i) 8.0 1.07 7.5 7.0 8.15 1.304 1.04 1.07 7.40 7.30 7.25 0.75 6.5 -0.005 4.341 4.287 6.710 7.419 7.413 7.260 8.188 8.167 8.20 1.00 1.00 1.322 1.287 Cl N2 4.324 4.306 N3 7.293 7.288 7.272 7.267 7.260 O LG 109A H.esp 7.419 O 8.167 O 8.188 Cl 7.413 210 2.07 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.33 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 56 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(2,4-diclorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (123i) 77.16 211 Formatado.esp Cl O O O 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 14.41 62.37 190.65 131.88 127.24 129.60 Cl N2 119.46 N3 40 20 Anexo 57 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-5-(2,4-diclorofenil)-2-diazo-3-oxopent-4-enoato de etila (124i) 212 Formatado.esp 104 96 88 1509 2980 80 813 64 2115 16 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 Wavenumber (cm-1) 1300 1325 24 1370 1722 32 1266 40 746 938 48 1099 1168 1184 56 1603 1620 %Transmittance 72 1400 1200 1000 800 600 Anexo 58 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metilfenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123j) 2.368 213 1.99 8.0 7.5 1.318 1.282 4.316 4.298 7.260 4.333 4.280 6.454 7.202 7.182 7.688 7.667 1.300 LG 107B H Formatado.esp 2.00 7.0 0.98 6.5 2.00 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 2.95 3.0 2.5 3.08 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 59 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metilfenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123j) 180 160 140 129.37 130.5 120 130.0 21.61 62.09 14.39 130.21 130.15 77.16 140.14 160.75 180.84 127.01 LG 107B C Formatado.esp 130.63 130.63 129.37 214 129.5 129.0 Chemical Shift (ppm) 100 80 Chemical Shift (ppm) 60 40 20 0 Anexo 60 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-4-azido-2-diazo-5-(4-metilfenil)-3-oxopent-4-enoato de etila (123j) 215 LG229B2.SP 100 95 90 85 2874 80 1012 75 %Transmittance 60 50 1635 45 1376 1534 1540 3306 55 870 1317 1489 3435 65 1092 2929 2962 70 40 1611 35 30 2114 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a) 1200 1000 800 600 Anexo 61 - 0.948 216 Formatado.esp 0.99 7.0 6.5 1.396 1.380 1.359 1.45 1.40 1.35 1.608 1.590 1.572 1.396 1.380 1.359 1.341 1.50 Chemical Shift (ppm) 1.96 6.0 5.5 5.0 0.966 0.930 1.341 1.433 1.534 1.416 1.553 2.62 1.55 3.395 3.377 3.344 3.361 1.60 6.353 7.260 2.00 7.5 1.96 6.574 7.554 7.534 7.341 7.320 1.608 1.590 1.572 Formatado.esp 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 2.62 3.14 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a) 0 Anexo 62 - 150 140 130 120 130 129 20.25 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 13.87 40.00 131 31.64 133 132 Chemical Shift (ppm) 77.16 134 119.49 163.57 134.50 131.63 135 160 128.81 131.63 131.06 134.50 Formatado.esp 130.95 130.95 128.81 217 30 20 10 Anexo 63 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130a) 218 lg223a.spc 96 2364 88 80 2872 2929 72 2957 1371 48 690 1322 56 3319 %Transmittance 64 1537 1613 1636 40 32 2114 24 16 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 Anexo 64 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-fenilacrilamida (130b) 1000 800 600 0.951 219 7.40 7.5 0.99 7.0 1 1.35 1.30 7.30 1.610 1.00 6.5 1.40 0.969 1.45 3.397 3.346 0.78 1.344 2.35 1.50 Chemical Shift (ppm) 0.932 1.55 6.443 7.286 7.260 2.06 7.321 7.302 7.286 7.260 0.78 7.35 7.321 7.302 7.45 Chemical Shift (ppm) 1.60 1.591 1.574 1.555 1.537 1.399 1.362 1.344 1.380 7.50 2.26 1.65 3.378 3.363 2.02 7.55 7.394 7.357 7.60 1.436 1.537 1.610 7.376 7.357 7.394 7.596 7.577 6.755 7.376 7.596 7.577 2.06 1.362 1.591 1.418 1.399 1.380 1.574 1.555 FOrmatado.esp 2.08 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 2.26 2.35 3.0 2.5 2.0 1.5 3.13 1.0 Espectro de RMN H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-fenilacrilamida (130b) 0.5 0 Anexo 65 - 128.54 128.54 220 129.0 128.5 Chemical Shift (ppm) 128.0 127.5 180 170 160 150 140 130 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 50 40 20.22 31.63 77.16 121.44 120 13.86 129.5 39.94 130.0 163.33 130.5 133.06 128.78 129.68 129.68 Formatado.esp 30 20 10 Anexo 66 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-fenilacrilamida (130b) 221 Formatado.esp 100 95 90 2860 2920 3043 85 80 70 1009 1074 65 1530 1631 45 1368 50 868 3286 55 1260 1312 60 1402 1485 %Transmittance 75 1611 40 35 2119 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 Anexo 67 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)- N-alil-2-azido-3-fenilacrilamida (130c) 1000 800 600 222 Anexo 68 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-alil-2-azido-3-fenilacrilamida (130c) 131.77 223 131.19 180 160 140 42.58 77.16 122.91 131 133.47 132 163.11 134 133 Chemical Shift (ppm) 119.85 117.37 131.93 133.47 131.19 131.77 Formatado.esp 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 69 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)- N-alil-2-azido-3-fenilacrilamida (130c) 224 Formatado.esp 96 88 80 3031 72 56 48 752 1271 1452 %Transmittance 64 3287 40 689 1616 1636 24 1373 1534 32 16 2115 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 Anexo 70 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-fenilacrilamida (130d) 800 600 7.347 225 6.835 4.564 4.549 7.334 6.742 7.300 7.260 7.598 7.406 7.578 7.317 7.387 7.358 Formatado.esp 8.29 7.5 1.00 7.0 2.08 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 Anexo 71 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-fenilacrilamida (130d) 0 77.16 137.70 132.92 163.22 180 170 160 44.24 128.0 127.93 122.15 128.98 128.60 128.11 128.11 129.75 129.5 129.0 128.5 Chemical Shift (ppm) 129.95 130.0 127.93 129.95 128.94 129.75 128.98 Formatado.esp 128.60 226 150 140 130 120 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 50 40 30 20 Anexo 72 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-fenilacrilamida (130d) 227 lg129a.spc 96 88 80 2871 72 56 48 1032 3272 2121 24 1177 1252 1265 1636 32 1509 1540 1606 1616 40 1366 %Transmittance 2932 2958 64 16 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 73 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130e) 600 1.429 1.410 1.391 1.373 0.74 0.81 7.0 6.5 1.60 1.55 Chemical Shift (ppm) 1.45 1.40 2.42 1.64 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 0.959 1.615 1.598 1.580 1.561 1.410 1.373 0.978 0.941 1.65 3.35 3.405 3.388 3.373 3.356 3.40 1.355 1.448 1.543 3.356 1.64 6.246 1.53 7.5 2.53 2.87 6.927 6.905 6.726 7.588 7.567 7.260 3.405 3.388 3.373 Formatado.esp 1.615 1.598 1.580 1.561 3.836 228 1.35 2.53 2.47 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 74 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130e) 77.16 229 152 144 136 32 13.86 55.40 40 125.75 31.68 160 39.91 168 129.71 163.63 159.92 121.38 20.23 131.37 114.00 Formatado.esp 128 120 13 112 104 96 88 Chemical Shift (ppm) 80 72 64 56 48 24 16 Anexo 75 - Espectro de RMN C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130e) 230 LG129B.esp 100 95 90 85 80 65 60 1030 55 1364 50 3273 45 30 1509 1605 1616 1636 35 1177 1253 40 830 %Transmittance 70 2835 2930 75 2123 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 Anexo 76 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130f) 800 3.842 231 1.81 7.5 6.5 5.95 6.0 5.90 5.85 2.09 5.5 5.0 3.996 3.989 3.981 4.009 4.017 5.30 4.024 4.047 4.039 5.188 5.181 4.055 5.213 5.196 5.246 5.299 5.322 5.221 5.314 5.307 5.239 5.231 5.845 5.817 5.930 5.925 5.903 5.895 5.875 5.867 5.961 5.953 6.00 0.93 0.72 1.03 7.0 2.19 2.11 1.03 5.25 Chemical Shift (ppm) 5.20 4.05 5.845 5.314 5.307 5.239 5.231 5.221 5.188 5.181 4.055 4.047 4.024 4.017 7.266 6.945 6.902 5.981 6.779 5.930 7.566 7.609 6.011 5.981 Formatado.esp 4.00 Chemical Shift (ppm) 5.80 2.92 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 77 - Espectro de RMN 1H (200 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130f) 114.06 232 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 42.52 55.43 117.16 133.75 127.97 125.63 121.95 150.06 160.04 77.16 131.45 Formatado.esp 40 20 Anexo 78 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130f) 233 Formatado.esp 96 88 80 2932 72 1323 1367 48 40 1180 1250 1510 1535 1605 1636 32 830 1030 56 3289 %Transmittance 64 24 2118 16 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 79 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130g) 600 5.22 7.5 1.99 7.65 7.60 4.566 4.552 7.583 7.392 7.374 7.356 7.331 7.347 7.260 6.921 6.900 6.777 6.616 7.55 7.50 Chemical Shift (ppm) 2.00 0.88 7.0 6.5 1.76 6.0 5.5 5.0 5.22 7.45 7.40 7.35 2.00 7.30 6.777 6.921 6.900 6.616 7.392 7.583 7.562 Formatado.esp 7.374 7.356 7.331 7.347 7.313 7.260 3.830 234 0.93 0.88 7.25 6.95 6.90 6.85 6.80 Chemical Shift (ppm) 6.75 6.70 6.65 6.60 6.55 2.93 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 80 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130g) 114.02 235 128.05 180 170 160 150 140 125.60 130 44.16 127.5 55.40 128.0 Chemical Shift (ppm) 137.81 128.5 163.58 160.01 129.0 77.16 127.82 121.98 127.93 128.91 128.05 127.82 131.45 Formatado.esp 120 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 50 40 30 20 Anexo 81 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-metoxifenil)acrilamida (130g) 236 Formatado.esp 96 2344 2363 88 80 %Transmittance 1158 1258 1618 48 1534 1654 56 1047 1310 1370 1431 1490 64 3410 72 40 2121 32 24 16 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 Anexo 82 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(3-metoxifenil)acrilamida (130h) 1000 800 600 237 Anexo 83 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)- N-alil-2-azido-3-(3-metoxifenil)acrilamida (130h) 134 168 160 152 144 55.37 42.53 77.16 122.39 121.65 117.20 114.89 114.62 130.23 132 130 Chemical Shift (ppm) 134.21 163.18 159.52 134.21 133.59 Formatado.esp 129.51 129.51 238 136 128 120 112 104 96 Chemical Shift (ppm) 88 80 72 64 56 48 40 Anexo 84 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)- N-alil-2-azido-3-(3-metoxifenil)acrilamida (130h) 239 100 lg229a.spc 95 90 85 2869 2934 2961 80 1301 70 882 934 65 1382 3297 60 1490 1545 %Transmittance 75 55 1040 50 1261 40 1447 1616 1631 45 35 2108 30 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Anexo 85 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-3-(3,4-metilenodioxifenil)-N-butilacrilamida (130i) 5.967 240 1.77 1.20 3.06 7.0 6.5 6.0 7.25 7.05 7.00 Chemical Shift (ppm) 6.95 6.80 6.75 1.55 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 1.334 0.943 0.907 1.316 1.409 2.96 1.50 1.45 Chemical Shift (ppm) 3.01 5.5 0.925 1.372 1.352 1.390 1.529 1.584 2.90 1.60 1.584 1.566 1.547 1.529 1.390 1.372 1.352 1.61 7.30 3.363 3.345 3.330 3.313 1.74 1.510 1.566 6.780 6.760 7.001 6.998 6.981 6.978 6.541 1.77 6.471 7.265 7.001 6.981 6.780 7.265 7.260 1.547 LG 229A.esp 1.40 1.35 1.30 2.96 4.20 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 Anexo 86 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-3-(3,4-metilenodioxifenil)-N-butilacrilamida (130i) 241 LG230A.esp 96 88 80 72 56 48 40 2871 %Transmittance 64 32 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 835 2120 8 1156 1173 1219 1276 1372 1446 1513 1603 1672 2931 2957 16 3320 24 800 Anexo 87 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-hidroxifenil)acrilamida (130j) 600 0.922 242 1.376 1.357 7.5 1.45 Chemical Shift (ppm) 1.99 0.88 7.0 6.5 2.04 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 1.40 1.35 1.30 1.599 1.582 1.563 1.526 1.545 1.321 1.338 1.376 1.357 3.394 3.343 6.618 7.260 2.00 1.321 1.414 2.55 1.50 3.376 3.360 1.55 1.338 1.395 1.545 2.35 1.60 0.940 0.904 6.890 6.868 6.819 7.455 7.434 1.599 1.526 1.582 1.563 Formatado.esp 2.55 3.0 2.5 2.0 1.5 3.07 1.0 0.5 0 Anexo 88 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-hidroxifenil)acrilamida (130j) 77.16 243 180 160 140 120 80 60 40 13.86 20.22 40.13 100 Chemical Shift (ppm) 31.57 115.78 123.14 132.66 131.66 129.28 157.18 162.84 191.64 116.23 fid.txt 20 Anexo 89 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-hidroxifenil)acrilamida (130j) 244 100 Formatado.esp 95 90 2873 85 2931 2962 80 70 1317 65 55 1375 60 1534 1540 3309 %Transmittance 1486 3432 75 1632 50 1611 45 40 35 2114 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 90 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-3-(4-bromofenil)-N-butilacrilamida (130l) 600 2.46 0.953 1.345 1.538 1.438 1.364 1.419 1.401 1.382 1.576 1.557 1.612 1.594 Formatado.esp 7.487 245 2.52 1.60 1.55 1.50 1.45 1.40 1.35 4.28 8.5 8.0 7.5 0.93 7.0 6.5 2.00 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 2.52 3.0 2.5 2.0 1.5 0.934 1.612 1.594 1.576 1.557 1.401 1.345 1.382 3.381 3.348 3.365 3.399 6.312 7.260 6.556 0.971 Chemical Shift (ppm) 3.18 1.0 0.5 0 Anexo 91 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-3-(4-bromofenil)-N-butilacrilamida (130l) 77.16 131.19 131.77 131.77 132.04 Formatado.esp 131.17 131.17 246 180 160 140 120 80 60 40 20.25 40.00 100 Chemical Shift (ppm) 13.88 131.0 31.63 131.5 Chemical Shift (ppm) 122.82 119.50 132.04 132.0 20 Anexo 92 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-5-(4-bromofenil)-N-butilacrilamida (130l) 247 LG228A.esp 100 95 90 85 80 75 1009 1074 65 55 868 1260 60 1312 %Transmittance 70 50 1611 1630 35 30 1367 40 1530 3287 45 25 2119 20 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 Anexo 93 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130m) 800 8.0 7.5 7.0 0.91 2.00 0.99 5.92 5.91 5.90 5.89 5.88 5.87 Chemical Shift (ppm) 1.07 0.99 6.5 6.0 5.86 5.85 5.84 5.83 5.82 0.91 5.5 5.0 4.5 Chemical Shift (ppm) 3.999 3.986 5.93 4.014 5.94 5.278 5.235 5.218 5.192 5.95 5.30 6.438 5.925 5.898 5.882 5.868 5.856 7.260 7.534 7.509 3.89 3.999 4.014 3.986 5.842 5.938 6.601 0.96 5.96 5.192 5.235 5.218 5.882 5.868 5.856 5.925 5.911 5.898 Formatado.esp 5.278 7.487 248 5.25 5.20 Chemical Shift (ppm) 5.15 4.05 4.00 3.95 Chemical Shift (ppm) 2.00 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 Anexo 94 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130m) 180 170 160 150 140 130 133.0 120 132.5 132.0 131.5 Chemical Shift (ppm) 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 77.16 42.59 133.5 131.20 131.93 122.94 119.91 117.41 133.47 131.93 133.47 Formatado.esp 131.79 131.79 131.20 249 131.0 80 70 60 50 40 30 20 Anexo 95 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130m) 250 100 LG228B#2.SPC 95 85 1616 1636 2115 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1540 3428 70 1653 75 1374 80 3275 %Transmittance 90 1800 1600 Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130n) 1400 1200 1000 Anexo 96 - 7.5 1.97 7.0 1 6.5 7.260 7.323 7.303 7.458 7.395 7.377 7.373 7.359 7.341 7.490 7.481 7.260 7.323 7.512 4.22 7.50 4.96 8.0 4.559 4.545 6.622 7.512 7.341 Formatado.esp 7.490 7.481 251 4.96 7.45 7.40 Chemical Shift (ppm) 7.35 7.30 7.25 2.00 6.0 5.5 5.0 4.5 Chemical Shift (ppm) 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 Espectro de RMN H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-bromofenil)acrilamida (130n) 1.0 Anexo 97 - 252 100 Formatado.esp 95 90 1534 %Transmittance 1375 1490 3312 70 3436 75 1267 1315 80 870 932 1013 1094 85 1611 1635 65 60 2121 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 Anexo 98 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-clorofenil)acrilamida (130o) 800 600 253 Anexo 99 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-clorofenil)acrilamida (130o) 254 100 Formatado.esp 95 2924 3030 90 85 1640 %Transmittance 50 1374 1612 55 697 60 1534 3279 65 1090 1486 70 1264 1311 75 3435 80 45 2102 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 100 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130p) 600 8.0 7.5 6.5 7.261 7.334 7.362 7.356 7.346 7.6 0.57 7.0 7.379 7.557 7.535 2.00 6.596 7.34 8.5 7.300 7.328 7.455 7.413 7.397 6.661 7.261 7.557 7.535 4.567 4.553 7.334 7.346 Formatado.esp 7.362 7.356 255 7.34 7.5 7.4 7.3 7.2 1.70 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 101 - Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130p) 180 160 140 120 44.27 128.12 128.00 120.08 131.48 128 137.55 129 159.93 131 130 Chemical Shift (ppm) 77.16 128.12 128.00 131.48 190.64 131.00 129.01 128.84 131.00 Formatado.esp 129.01 128.84 256 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 102 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) (Z)-2-azido-N-benzil-3-(4-clorofenil)acrilamida (130p) 257 Formatado.esp 96 88 80 945 3066 72 56 1261 1440 1466 32 1313 1368 3297 24 2114 8 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1539 1613 1636 16 3400 692 40 752 2930 2956 48 873 1037 1107 1152 1221 2862 2872 %Transmittance 64 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 103 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(2-clorofenil)acrilamida (130q) 600 258 Anexo 104 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(2-clorofenil)acrilamida (130q) 131.5 180 20.20 31.57 39.96 160 13.84 117.37 130.49 129.74 126.61 129.74 129.60 130.49 131.0 130.5 130.0 Chemical Shift (ppm) 129.5 134.21 162.78 132.0 131.27 132.14 Formatado.esp 77.16 259 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 105 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) (Z)-2-azido-N-butil-3-(2-clorofenil)acrilamida (130q) 260 Formatado.esp 96 2345 2366 88 80 72 869 1465 48 32 2115 24 1534 1612 1636 40 1257 1307 1374 56 3283 %Transmittance 931 1051 1096 64 16 8 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 Anexo 106 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-5-(2,4-diclorofenil)acrilamida (130r) 600 5.194 5.219 5.240 5.283 5.847 5.887 5.873 5.861 5.903 4.025 0.99 5.96 5.95 5.94 5.93 5.92 5.91 5.90 5.89 Chemical Shift (ppm) 5.88 1.06 5.87 5.86 5.85 5.84 5.83 5.82 5.30 1.17 5.25 Chemical Shift (ppm) 7.25 5.20 6.497 5.930 5.915 5.903 5.887 5.861 5.847 7.30 5.915 5.943 5.930 1.03 5.219 5.194 3.996 7.281 7.277 7.260 7.256 5.283 7.411 7.260 7.812 7.790 7.407 4.010 Formatado.esp 6.899 261 1.00 8.0 1.24 1.00 7.5 7.0 1.01 6.5 0.99 6.0 2.23 5.5 2.26 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 107 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-5-(2,4-diclorofenil)acrilamida (130r) 134 133 170 132 131 160 129 150 42.59 117.39 115.87 131.25 127.11 127.11 129.75 130 134.86 133.41 135 162.62 134.86 133.41 132.50 131.25 129.56 LG 187A-C.esp 77.16 129.56 262 128 127 140 126 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 10 Anexo 108 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) (Z)-N-alil-2-azido-5-(2,4-diclorofenil)acrilamida (130r) 263 lg170a.spc 100 95 90 85 814 876 1262 75 1470 2868 2931 2964 70 65 1634 3312 60 1323 1371 %Transmittance 80 55 1533 50 2116 40 3400 3200 3000 2800 2600 2400 1612 45 2200 2000 1800 1600 Wavenumber (cm-1) 1400 1200 1000 800 600 Anexo 109 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metilfenil)acrilamida (130s) 400 2.355 264 2.05 2.04 7.5 7.0 0.98 0.99 6.5 0.948 1.407 1.388 1.45 1.40 1.35 1.604 1.587 1.568 1.428 1.395 1.375 1.359 1.50 Chemical Shift (ppm) 2.01 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.04 3.0 2.5 2.27 2.0 1.5 0.966 0.929 1.352 1.445 2.27 1.55 3.389 3.371 3.338 3.356 6.732 6.453 7.260 7.497 7.478 7.188 7.167 2.25 1.60 1.370 1.426 1.559 1.614 1.541 1.596 1.578 Formatado.esp 3.00 1.0 0.5 Anexo 110 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metilfenil)acrilamida (130s) 129.28 265 170 160 150 140 130 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 13.86 39.91 77.16 121.71 120 21.51 20.22 180 129.5 31.66 130.0 Chemical Shift (ppm) 130.22 139.00 130.22 129.43 129.68 129.68 129.28 LG 170A C.esp 10 Anexo 111 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3 (Z)-2-azido-N-butil-3-(4-metilfenil)acrilamida (130s) 266 LG130A-1.esp 100 95 90 85 810 874 922 2920 80 70 1267 1319 65 1369 3426 %Transmittance 75 60 1533 3292 55 50 1614 1636 45 40 2114 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 Anexo 78 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metilfenil)acrilamida (130t) 800 600 4.010 3.995 4.025 5.193 5.190 5.218 5.215 2.367 5.243 5.240 5.869 5.854 5.881 5.894 5.912 5.926 5.952 5.937 Formatado.esp 5.286 5.283 267 0.95 5.98 5.97 5.96 5.95 5.94 5.93 5.92 5.91 5.90 5.89 5.88 Chemical Shift (ppm) 5.87 5.86 5.85 5.84 5.83 1.06 5.82 5.30 1.99 0.95 5.25 Chemical Shift (ppm) 5.20 4.05 4.00 3.95 2.001.89 0.93 0.97 7.5 7.0 6.5 0.95 6.0 4.025 4.010 3.995 5.286 5.243 5.218 5.190 6.426 5.937 5.926 5.912 5.894 5.881 5.869 7.208 7.188 6.817 7.508 7.489 Chemical Shift (ppm) 2.02 5.5 1.99 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 Chemical Shift (ppm) 2.99 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 112 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metilfenil)acrilamida (130t) 190 180 170 160 150 140 130 120 77.16 129.33 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 21.54 129.55 130.0 129.5 Chemical Shift (ppm) 42.51 122.24 117.16 167.97 139.16 133.71 130.13 Formatado.esp 129.74 129.74 129.33 268 129.0 80 70 60 50 40 30 20 Anexo 114 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-N-alil-2-azido-3-(4-metilfenil)acrilamida (130t) 269 Formatado.esp 100 95 90 O 70 N 694 1253 1338 1360 75 1493 %Transmittance 80 756 2878 2957 2972 85 N3 65 2115 55 3200 3000 2800 2600 2400 1427 1448 1614 1620 1632 1650 60 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 Anexo 115 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-1-(2-azido-3-fenilpropenoil)pirrolidina (131a) 800 7.273 7.267 7.255 7.25 1.960 N N3 3.645 3.631 3.617 3.602 7.316 7.295 7.292 7.316 7.35 Chemical Shift (ppm) 2.044 1.823 7.40 0.99 7.0 1.07 7.30 O 2.00 1.96 1.22 7.5 7.339 7.376 7.359 7.339 7.265 7.274 7.256 7.377 7.693 7.673 LG 235A.esp 7.358 5.999 270 6.5 6.0 4.28 5.5 5.0 4.5 4.0 Chemical Shift (ppm) 3.5 4.47 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 Anexo 116 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-1-(2-azido-3-fenilpropenoil)pirrolidina (133a) 129.61 271 Formatado.esp 128.48 O N 180 170 160 150 140 130 77.16 119.28 126.37 163.70 133.64 128.36 N3 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 10 Anexo 117 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-1-(2-azido-3-fenilpropenoil)pirrolidina (131a) 272 Formatado.esp 100 95 90 80 1650 60 661 65 815 70 1159 1290 1317 1345 1510 2971 75 2876 %Transmittance 85 55 2800 2600 2400 2200 1614 1620 2114 3000 2000 1800 1600 Wavenumber (cm-1) 1426 50 1400 1200 1000 800 Anexo 118 - Espectro de IV (ZnSe) do (Z)-1-[2-azido-3-(4-metilfenil)propenoil]pirrolidina (131b) 2.342 273 3.627 3.613 3.587 1.941 5.977 7.164 7.145 7.260 7.585 7.565 Formatado.esp 1.98 7.5 1.97 7.0 1.00 6.5 6.0 4.38 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 Chemical Shift (ppm) 3.21 3.0 2.5 4.62 2.0 1.5 1.0 0.5 0 Anexo 119 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do (Z)-1-[2-azido-3-(4-metilfenil)propenoil]pirrolidina (131b) 129.53 129.15 274 180 160 26.31 25.21 21.41 47.95 46.23 163.79 77.16 138.45 130.78 127.57 119.47 Formatado.esp 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Anexo 120 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do (Z)-1-[2-azido-3-(4-metilfenil)propenoil]pirrolidina (131b) 275 100 Formatado.esp 95 90 85 75 3261 50 1545 45 40 826 55 1161 1201 1267 60 1032 65 1408 1508 2930 2958 70 3421 %Transmittance 80 1624 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 Anexo 121 - Espectro de IV (ZnSe) do N-butil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132a) 1000 800 600 276 Anexo 122 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132a) 77.16 277 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 13.90 20.25 39.53 55.54 94.10 102.24 112.05 158.16 129.87 129.09 122.63 121.92 31.93 Formatado.esp 30 20 10 Anexo 123 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-butil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132a) 278 Anexo 124 – Estrutura molecular (ORTEP) para o N-butil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132a) 279 Dados cristalográficos e refinamento de estrutura para N-butil-6metoxi-1H-indol-2-carboxamida (134a) Formula Empirica C14H18N2O2 Peso Molecular 246,30 Temperatura 299(2) K Comprimento de Onda 0,71073 Å Sistema Cristalino Monoclinico Grupo Espacial P 21/c Dimensões da célula unitária a = 15.8510(6) Å α= 90°. b = 5.13790(10) Å β= 102.318(2)°. c = 16.8720(5) Å γ = 90°. 3 Volume 1342,44(7) Å Z 4 Densidade (calculada) 1,219 Mg/m3 Coeficiente de Absorção 0,082 mm-1 F(000) 528 Tamanho do Cristal 0,38 x 0,24 x 0,12 mm3 Faixa de teta para a coleta de dados 2,47 to 30,00°. Faixa de índices -22<=h<=19, -7<=k<=7, 22<=l<=23 Reflexões coletadas 24308 Reflexões Independentes 3874 [R(int) = 0,0298] Correção da Absorção Semi-empírica por equivalentes Máx. e min. de transmissão 0,9902 e 0,9694 Método de refinamento Matriz completa mínimos quadrados em F2 Dados / restrições / parametros 3874 / 0 / 173 GOOF 1,074 Indices R Finais [I>2sigma(I)] R1 = 0,0726, wR2 = 0,1652 Indices R (Todos dados) R1 = 0,0992, wR2 = 0,1829 Maior pico dif. e cavidade 0,212 e -0,167 e.Å-3 280 Continua 281 Continuação 282 Formatado.esp 100 95 90 85 80 909 735 2922 70 2830 75 50 45 822 1162 1200 55 3412 %Transmittance 60 768 1027 65 40 1256 1272 35 3273 30 1624 20 15 1543 25 10 5 0 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 Anexo 125 - Espectro de IV (ZnSe) do N-alil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132b) 1000 800 600 283 Anexo 126 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-alil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132b) 77.16 284 152 144 136 128 120 112 104 96 88 Chemical Shift (ppm) 55.59 94.08 102.42 134.21 155.68 160 122.77 121.93 116.86 112.21 Formatado.esp 80 72 64 56 48 40 32 Anexo 127 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-alil-6-metoxi-1H-indol-2-carboxamida (132b) 285 Formatado.esp 100 95 90 85 80 75 1220 55 50 1559 1607 1252 1472 40 1287 45 3260 %Transmittance 954 60 854 3336 1173 65 1043 2871 2929 2960 70 35 30 25 20 15 10 5 0 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Anexo 128 - Espectro de IV (ZnSe) do N-butil-5,6-metilenodioxi-1H-indol-2-carboxamida (132c) 286 Anexo 129 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-5,6-metilenodioxi-1H-indol-2-carboxamida (132c) 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 31.18 38.54 102.89 99.97 98.52 91.79 120.77 170 131.58 129.87 180 145.75 142.75 161.03 19.51 LuizGustavo_LG231A_CDCl3_C13 13.27 77.16 287 30 20 10 Anexo 130 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-butil-5,6-metilenodioxi-1H-indol-2-carboxamida (132c) 288 100 LG191A.SP 98 96 1538 %Transmittance 1406 1650 3254 92 739 824 2924 2953 94 90 88 1638 86 1633 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 Anexo 131 - Espectro de IV (ZnSe) do N-butil-6-metil-1H-indol-2-carboxamida (132d) 800 289 Anexo 132 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-butil-6-metil-1H-indol-2-carboxamida (132d) 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 Chemical Shift (ppm) 70 60 50 40 30 20 13.93 22.05 20.28 39.56 101.61 111.77 125.64 122.84 121.58 160.26 134.69 LG 191A Format.esp 31.99 77.16 290 10 Anexo 133 - Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) do N-butil-6-metil-1H-indol-2-carboxamida (132d) 291 Formatado.esp 100 95 90 85 80 910 75 %Transmittance 593 3421 45 824 55 1404 2926 2959 60 736 65 50 1219 1246 1311 2860 70 40 1547 3246 35 1633 30 25 20 15 10 5 0 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 Anexo 134 - Espectro de IV (ZnSe) do 6-Bromo-N-butil-1H-indol-2-carboxamida (132e) 800 600 1.50 1.70 1.65 0.88 9 8 0.92 0.85 7 1.413 1.394 1.40 Chemical Shift (ppm) 6 1.96 5 Chemical Shift (ppm) 4 1.35 1.394 6.201 9.810 0.81 1.45 1.60 3.527 3.510 3.477 3.494 7.20 Chemical Shift (ppm) 6.780 7.243 7.622 7.485 7.25 7.50 0.977 1.449 1.430 1.45 2.55 1.654 1.618 1.636 1.449 0.996 0.958 0.97 0.88 1.486 1.598 1.618 1.468 1.654 1.636 7.243 7.240 7.223 7.219 Formatado.esp 7.485 7.260 7.506 292 1.45 2.95 3 2 1 Anexo 135 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) 6-Bromo-N-butil-1H-indol-2-carboxamida (132e) 293 lg231b.spc 100 98 96 911 2926 94 92 90 820 86 1243 1314 88 3259 %Transmittance 734 82 592 84 80 78 1542 74 3434 76 72 70 68 66 64 1636 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Anexo 136 - Espectro de IV (ZnSe) do (XX) N-Benzil-6-bromo-1H-indol-2-carboxamida- (132f) 7.10 4.38 7.05 10.600 1.06 0.74 10 9 8 7 2.500 7.00 6.95 Chemical Shift (ppm) 6.782 6.859 6.838 1.84 1.04 6.90 6.85 0.74 6.80 4.330 4.316 7.15 7.003 7.073 0.88 7.180 7.159 7.116 7.053 7.039 7.022 7.003 6.859 6.782 7.20 7.116 7.180 7.159 1.10 6.967 6.952 6.936 6.923 Formatado.esp Formatado.esp 7.053 7.039 7.022 294 2.00 6 5 Chemical Shift (ppm) 4 3 2 1 0 Anexo 137 - Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) do N-Benzil-6-bromo-1H-indol-2-carboxamida- (132f)