Pedagogia Profª Luciana Miyuki Sado Utsumi PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: aspectos curriculares dos conteúdos matemáticos A importância dada à Educação Matemática deve-se ao fato de ser considerada como uma importante ferramenta para as mais diversas situações e profissões, como também necessária à articulação dos conceitos usados no dia-a-dia das pessoas, quer em suas relações de consumo, quer em múltiplas situações da vida social. Na verdade, o rápido avanço da tecnologia nos mais diversos campos das atividades humanas e a crescente necessidade da aplicação de modelos matemáticos nas tomadas de decisões, concernentes à modernidade, são fatores que justificam a essencialidade do domínio dessa área pelo aluno. (ANDRADE; VIÉGAS; TRISTÃO, 2009) PCNs de MATEMÁTICA “Ao longo do ensino fundamental os conhecimentos numéricos são construídos e assimilados pelos alunos num processo dialético... Nesse processo, o aluno perceberá a existência de diversas categorias numéricas criadas em função de diferentes problemas que a humanidade teve que enfrentar...” (BRASIL, 1997, p.55) 1 COMO OS CONTEÚDOS DA MATEMÁTICA ESTÃO ORGANIZADOS NOS PCNS? 9 NÚMEROS E OPERAÇÕES 9 ESPAÇO E FORMA 9 GRANDEZAS E MEDIDAS 9 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Quais os tópicos de conteúdo de cada bloco de conteúdos dos PCNs de Matemática do Ensino Fundamental (anos iniciais)? Quais as habilidades matemáticas básicas a serem desenvolvidas nos blocos de conteúdos dos PCNs de Matemática do Ensino Fundamental (anos iniciais)? NÚMEROS E OPERAÇÕES 9 Números naturais 9 Números inteiros (positivos e negativos) 9 Números racionais (com representações fracionárias e decimais) 9 Conjuntos numéricos e sistemas de numeração 9 Operações com números naturais 9 Outros desdobramentos 2 NÚMEROS E OPERAÇÕES 9 Compreender de forma global os números, as operações e as suas relações. 9 Desenvolver a competência de cálculo. 9 Resolver determinados problemas. VÍDEO 1: “Significado das operações” (5 min) Programa “Conversa de Professor” – Matemática Portal do MEC Domínio Público 9 COMO TRABALHAR AS 4 OPERAÇÕES MATEMÁTICAS? 3 9 9 9 9 ADIÇÃO/SUBTRAÇÃO Valor posicional Trocas no sistema de numeração decimal Operações com reserva- “vai 1”/“empresta 1” 9 Conceito da reversibilidade (-1; +1) 9 Ex: 100 – 37 = 63 ou 99(-1) – 37 = 62(+1) 9 LOUSA VIRTUAL 9MULTIPLICAÇÃO 9Conceito da adição de parcelas iguais 9Propriedade distributiva: decomposição do número em seus valores posicionais 9Ex: 324 x 8 = 2.592 ou (300+20+4) x 8 = 2.592 9LOUSA VIRTUAL VÍDEO 2: “Técnicas de cálculo de divisão” (6min45s) Programa “Conversa de Professor” – Matemática Portal do MEC Domínio Público 4 9DIVISÃO 9Método convencional 9Método por estimativa 9Ex: 342 : 4 = 81 LOUSA VIRTUAL 9LOUSA INTERVALO: 05 MINUTOS ESPAÇO E FORMA 9 Conceitos geométricos 9 Conceito de espaço 9 Figuras planas e não-planas 9 Outros desdobramentos 5 ESPAÇO E FORMA 9 Compreender, descrever e representar o mundo em que vive, de forma organizada. 9 Desenvolver aspectos ligados à visualização e orientação espacial. 9 Desenvolver argumentos matemáticos sobre as relações geométricas. ESPAÇO E FORMA 9Observar, perceber semelhanças e diferenças. 9Estabelecer conexões entre a Matemática e outras t áreas á d do conhecimento. h i t PESQUISA NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 9 Revistas de crítica bibliográfica: - Temas de geometria: presença em menos de 5% do total de artigos pesquisados. (FREUDENTAL, 1964) - Programas universitários: somente a menção a palavra geometria! 6 NESTE CONTEXTO... “Abre-se, assim, uma brecha para a justificação do ensino da geometria, ao menos na profissionalização de novos matemáticos”... [e novos professores de matemática!]. (GALVÉZ, 1996, p.239) O ENSINO DE GEOMETRIA 9LIMITES: - Redução da aprendizagem da geometria ao conhecimento de uma coleção de objetos definidos como parte de um saber teórico-cultural, sem relação com o saber funcional. QUAIS ATIVIDADES HUMANAS REQUEREM O CONTROLE DAS RELAÇÕES ESPACIAIS? Desenho e construção de objetos físicos, tais como: -Produtos industriais. -Máquinas industriais. -Prédios. -Cidades. -Cidades -Estradas. -Mapas. -Outros 7 “O ensino da geometria, em nossas escolas primárias, se reduz a fazer com que os estudantes memorizem os nomes das figuras, os mapas geométricos e as fórmulas que servem para calcular áreas e volumes...” (ALARCÓN, 1978 apud GALVÉZ, 1996, p.250) O ENSINO DE GEOMETRIA 9 POSSIBILIDADES: - “matematização do espaço” – Piaget (s/d). - Aplicação da geometria na vida – saber funcional. - Propostas P t que busquem b o domínio, d í i por parte t dos d alunos, de suas relações com o espaço. GRANDEZAS E MEDIDAS 9 Significado dos números e das operações 9 Ideia de proporcionalidade e de escala 9 Outros desdobramentos... 8 GRANDEZAS E MEDIDAS 9 Resolver problemas com o uso da noção de proporcionalidade. 9 Interpretar fenômenos do mundo real. 9 Compreender os atributos dos objetos que se podem medir. 9 Compreender o processo de medição. 9 Compreender os sistemas de unidades. “Desde muito cedo as crianças têm experiências com as marcações do tempo (dia, noite, hoje, amanhã, hora do almoço, hora da escola) e com as medidas de massa, capacidade, temperatura, etc... Desse modo, é importante que ao longo do ensino fundamental os alunos tomem contato com diferentes situações que os levem a lidar com grandezas físicas, para que identifiquem que atributos será medido e o que significa a medida.” (BRASIL 1997, (BRASIL, 1997 p.130) p 130) ALGUMAS SITUAÇÕES... 9 9 9 9 9 9 9 9 Peso de produtos, alimentos, objetos. Quantidade de suco/refrigerante em uma garrafa. Tamanho de roupas e calçados. Medição dos ingredientes de uma receita. Medição do tempo no relógio. Sistema monetário. Medição de terrenos. Outras 9 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 9 Noções de estatística 9 Noções de probabilidade 9 Noções de combinatória 9 Outros desdobramentos TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 9 Aprender a lidar com dados estatísticos, tabelas e gráficos. 9 Raciocinar utilizando ideias relativas à probabilidade e à combinatória. 9 Construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 9Compreender que grande parte dos acontecimentos do cotidiano são de natureza aleatória. 9Interpretar a informação veiculada pela comunicação i ã social. i l 10 Nos PCNs de Matemática [...] fazer com que o aluno venha a construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia-a-dia.” (BRASIL, 1997, p.56) Nos PCNs de Matemática “Com relação à probabilidade, a principal finalidade é a de que o aluno compreenda que grande parte dos acontecimentos do cotidiano são de natureza aleatória e é possível identificar prováveis resultados desses acontecimentos. As noções de acaso e incerteza que se manifestam intuitivamente, incerteza, intuitivamente podem ser exploradas na escola, em situações nas quais o aluno realiza experimentos e observa eventos.”(BRASIL, 1997, p.57) PROBABILIDADE NOS DIAS ATUAIS 9 Observação da frequência de ocorrência de determinados eventos/acontecimentos. 9 Dias chuvosos, nublados, ensolarados: previsão do tempo p – noções ç de p probabilidade. 9 Jogos de sorte: bingo; loteria; cartas; roleta; etc. 11 PROBABILIDADE NOS DIAS ATUAIS 9 Eventos aleatórios: lançamento de dado (honesto x viciado) ou moeda; casamento; sexo do feto (sem intervenção assistida); herança genética dos filhos; etc. 9 Ocorrência de um raio. 9 Sorteio. Sorteio 9 Viagem. 9 Outros? SELEÇÃO DE CONTEÚDOS “ O desafio que se apresenta é o de identificar, dentro de cada um desses vastos campos,[...] quais conhecimentos, competências, hábitos e valores são socialmente relevantes. (BRASIL, 1997, p.53) ” SELEÇÃO DE CONTEÚDOS “ ... a seleção de conteúdos a serem trabalhados pode se dar numa perspectiva mais ampla, ao procurar identificar não só os conceitos mas também os procedimentos e as atitudes a udes a se serem e trabalhados aba ados e em cclasse, asse, o que trará certamente um enriquecimento ao processo de ensino e aprendizagem. (BRASIL, 1997, p.54) ” 12 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA A educação matemática implica educação para o “conhecimento”, em superação à educação para o aprender a fazer [em favor de valores pragmáticos]; compromete-se, pois, com a formação de sujeitos autônomos que valorizam as relações de solidariedade em oposição ao individualismo. Sujeitos, portanto, conscientes da importância das trocas com o outro para o seu crescimento pessoal e para a possibilidade de modificar não só a si mesmo mesmo, mas a própria realidade: sujeitos que verdadeiramente agem, operam, cooperam e transformam. (RANGEL, 1992) COMO DESENVOLVER OS CONTEÚDOS? 9 De forma integrada. 9 Por meio de conexões entre os diferentes blocos de conteúdos. 9 Por meio da resolução de problemas. 9 Por meio da interação dos alunos com as ideias e métodos fundamentais da Matemática. COMO DESENVOLVER OS CONTEÚDOS? 9 Tomando como ponto de partida as experiências anteriores dos alunos. 9 Utilizar atividades com significado para o desenvolvimento dos conceitos matemáticos. 9 Proporcionar diferentes tipos de experiências matemáticas. 13 INTERVALO: 5 MINUTOS Como proporcionar aos alunos diferentes tipos de experiências matemáticas para uma aprendizagem de qualidade? Alguns aspectos e instrumentos metodológicos para o ensino da Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com base nos PCNs PROPOSTAS DE ATIVIDADE 9 9 9 9 9 9 Atividade de investigação. Realização de projetos. Ensino da Matemática aliado à Literatura Infantil. Jogos. Brincadeiras. Atividades que contemplem o desenvolvimento das inteligências múltiplas. 14 PROPOSTAS DE ATIVIDADE 9 Utilização de recursos e materiais didáticos: 9 tangran, 9 material Dourado, 9 discos de Frações, 9 mídias diversas, 9 computador, 9 materiais de sites confiáveis. VÍDEO Í 3: “Conhecimento matemático - Um ensino voltado para a vida” (4min) Programa “Salto para o Futuro” – Matemática Portal do MEC Domínio Público PROJETOS DIDÁTICOS 9 Consideração do aluno como sujeito ativo. 9 Trabalho que parte das necessidades reais dos alunos. 9 Aprendizagem com significado dos conteúdos matemáticos previstos no projeto. 9 Concilia os objetivos de ensino do professor com os objetivos de aprendizagem dos alunos. 15 PROJETOS DIDÁTICOS 9 Definição de um produto final com função social. 9 Utilização de vários materiais para o desenvolvimento do projeto. 9 Mudança ç no sentido da p prática p pedagógica. g g 9 Ex: trabalhos apresentados em Mostra Cultural, Feira de Ciências, Exposição, etc. EXEMPLOS DE PRODUTOS FINAIS imagem2 imagem4 imagem3 imagem1 JOGOS E BRINCADEIRAS 9 Importância do brincar para a formação das habilidades cognitivas. 9 Propiciam o desenvolvimento integral da criança. 9 Trabalho educativo que envolve a formação de valores. 9 Compreensão das regras sociais. 9 Ensino dos conteúdos matemáticos por meio de jogos e brincadeiras. 16 Imagem5 INTERVALO: 05 MINUTOS 9Comentários 9Dúvidas INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 9 Teoria das Inteligências Múltiplas: Howard Gardner. 9 Perspectiva de inclusão. 9 Aprendizagem significativa. 9 Consideração do leq leque e de inteligências múltiplas múltiplas. 9 Integração das várias inteligências para a formação do conceito matemático. 17 INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 9 Conteúdos desenvolvidos com a integração das diversas habilidades. 9 Conjunto de estratégias didático-pedagógicas para o ensino da matemática. 9 Não perde de vista o objetivo de aquisição dos conteúdos matemáticos. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 9 Laboratório de Matemática 9 “Matemoteca”: prateleiras de Geometria, de Jogos, de Medidas, de Números 9 Peças de teatro 9 Música 9 Poesia P i 9 Gincana 9 Construção de maquetes 9 Jogos FINALIZANDO Os PCNs de Matemática no Ensino Fundamental (anos iniciais) apresentam parâmetros para o desenvolvimento dos conteúdos matemáticos e das habilidades matemáticas básicas. A seleção e a organização de conteúdos estão atrelados aos objetivos propostos e ao desempenho das funções básicas do cidadão brasileiro. Por sua vez, o trabalho na escola com os blocos de conteúdos dos PCNs por meio de perspectivas metodológicas diferenciadas para o ensino da Matemática deve se pautar na busca de desenvolvimento de habilidades matemáticas básicas para o exercício da cidadania! 18 REFERÊNCIAS 9 GALVÉZ, Grecia. “A geometria, a psicogênese das noções espaciais e o ensino da geometria na escola primária.” In: PARRA, Cecília; SAIZ, Irma (orgs.). Didática da matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 1996. pp.236-258. 9 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997. 9 Imagens – banco pessoal de imagens; banco da internet. BOA SEMANA! Profª Luciana Miyuki Sado Utsumi 19