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Associação Salvador distingue prótese para crianças
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Expresso Online
URL:
http://aeiou.expresso.pt/associacao-salvador-distingue-protese-para-criancas=f633729
Data Publicação:
22-02-2011
Organização criada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida premeia tecnologiaPortugal para
melhorar as condições de vida dos deficientes motores.
Carlos Abreu (www.expresso.pt)
18:29Terça feira, 22 de Fevereiro de 2011
Talvez nunca tenha pensado nisto, mas uma criança a quem tenha sido amputada uma perna terá de
trocar a prótese diversas vezes durante o seu crescimento. Para além de ser caro, a adaptação é
quase sempre um processo penoso.
Sensibilizados com o problema, dois jovens estudantes de mestrado do Instituto Politécnico de Leiria,
João Leite e João Ferreira, conceberam uma prótese que visa acompanhar o crescimento de crianças
amputadas. Um projeto agora distinguido com o prémio "Ser Capaz - Inovação e Tecnologia", uma
iniciativa da Associação Salvador .
A organização fundada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida, tetraplégico aos 16 anos em
consequência de um acidente de viação, pretende desta forma estimular a investigação na área da
reabilitação psicomotora.
Nesta primeira edição do prémio, o júri composto por António Câmara (YDreams), Fernando Lobo
(Universidade do Algarve) e Salvador Mendes de Almeida, distinguiu ainda mais dois projetos: um
dispositivo que permite alcançar pequenos objetos, como por exemplo um molho de chaves de Luís
Alexandre e Diogo Correia (Universidade da Beira Interior), e um sistema que acende a luz de um
quarto assim que a pessoa entra e apagá-la, quando sai. Um trabalho de Flávio Rosa Soares, aluno do
Instituto Politécnico de Leiria.
O prémio "Ser Capaz - Inovação e Tecnologia" contou com o patrocínio dos mecenas da Associação
Salvador, Banco Espírito Santo e Semapa. As candidaturas para a segunda edição serão abertas em
meados de Abril.
Cody McCasland, criança norte-americana que nasceu sem pernas é a principal fonte de inspiração
deste projeto. Aos 7 anos já tinha usado nove próteses diferentes. Segundo os autores, a Walk HD
poderia ser produzida em série devendo custar entre EUR3.500 e EUR8.500. As atuais custam entre
seis e 12 mil euros. A Walk HD é feita em alumínio, fibra de carbono e borracha natural.
Autores: João Leite e João Ferreira (ambos de 22 anos), alunos do mestrado em Engenharia da
Conceção e Desenvolvimento do Produto do Instituto Politécnico de Leiria
Desenvolvimento: 6 meses
Próximo passo: Construir um protótipo já que todos os testes foram realizados em computador
Este dispositivo tem como objetivo facilitar a vida de pessoas com mobilidade limitada, permitindo
apanhar objetos até cerca de 0,5 Kg que estejam no chão ou em cima de uma mesa.
Autores: Luís Alexandre (39 anos) e Diogo Correia (23), professor de informática e ex-aluno da
Universidade da Beira Interior, respetivamente.
Desenvolvimento: 2 meses
Custo do protótipo: EUR300
Próximo passo: Concluir o protótipo (ainda falta a componente eletrónica) e procurar um comprador.
Talvez formar uma empresa
O objetivo era aumentar a autonomia do Simão, um rapaz de 9 anos que sofre de Distrofia Muscular
de Duchenne. Este sistema é ativado através de duas barras refletoras instaladas na cadeira de rodas
e poderá funcionar para qualquer dispositivo elétrico. Segundo o autor, deverá custar cerca de EUR23
por divisão.
Autor: Flávio Rosa Soares (18 anos), aluno da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica do Instituto
Politécnico de Leiria
Custo do protótipo: EUR100
Próximo passo: Evitar que a luz se desligue se já estiver ligada quando se entra nesse quarto e
instalar o dispositivo em todas as divisões da casa do Simão. O dinheiro do prémio vai ajudar
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