UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras” DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO TAMANDUÁ EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ATRAVÉS DO BIOMONITORAMENTO LUIZ JUNIOR TRUCCOLO Foz do Iguaçu - PR 2010 I LUIZ JUNIOR TRUCCOLO DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO TAMANDUÁ EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ATRAVÉS DO BIOMONITORAMENTO Trabalho Final de Graduação apresentado à banca examinadora da Faculdade Dinâmica das Cataratas – UDC, como requisito parcial para obtenção de grau de Engenheiro Ambiental. Orientadora: Profa. Ms. Norma Barbado Co-orientadora: Profa. Ms. Bruna Camargo Foz do Iguaçu – PR 2010 II DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a Deus, por iluminar meu caminho. À minha família pelo carinho. À minha linda que me incentivou e superou as dificuldades junto comigo. À minha mãe Judith Brugnera e meu pai Luiz Angelo Truccolo (in memorian). Especialmente a minha erma Silvana Paula Barbieri e meu cunhado Mauro Luis Gubert Barbieri que me ajudaram durante todo curso. III AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Professora Ms. Norma Barbado e co-orientadora, professora Ms. Bruna Camargo, pela ajuda e compreensão durante a realização da pesquisa. Aos proprietários do Centro de Recreação Wandscheer Ltda, Willi e Lurdes Wandscheer, Rogerio Wandscheer e Fabio Wandscheer que disponibilizaram a área para estudo e colaboraram para que a pesquisa fosse realizada. Aos meus amigos Johnys Freitas e Reginaldo Jose de Oliveira que sempre estiveram dispostos a me ajuda com a pesquisa. A minha namorada Talita Petula Seubert que me ajudou nas coletas e visitas a campo. IV TRUCCOLO, Luiz Junior. Diagnóstico da Qualidade da Água do Rio Tamanduá em Área de Preservação Permanente Através do Biomonitoramento. Foz do Iguaçu, 2010. Projeto de Trabalho Final de Graduação - Faculdade Dinâmica de Cataratas. RESUMO O Rio Tamanduá tem sua extensão entre os municípios de Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Este trabalho tem como objetivo, analisar a qualidade da água em 3 pontos do Rio Tamanduá, através de biomonitoramento. Para isto, foram analisados os parâmetros de turbidez, pH, temperatura e macroinvertebrados bentônicos. As análises mostraram pH entre 6,65 a 7,25; turbidez entre 66,8 a 69,2; temperatura média de 21°C e o total de 271 indivíduos, onde a classe Insecta foi predominante, com 172 indivíduos analisados. O estudo demonstrou que a Área de Preservação Permanente (APP), encontra-se atendendo às necessidades da fauna bentônica, onde a distribuição das famílias dos macroinvertebrados acompanha os três pontos analisados. Palavras-Chave: Macroinvertebrados Bentônicos, Proteção dos Recursos Hídricos, Monitoramento Biológico. V TRUCCOLO, Luiz Junior. Water Quality Biomonitoring at Tamanduá River in Permanent Conservation Area. Foz do Iguaçu, 2010. Project to Completion of Course Work - Faculdade Dinâmica de Cataratas. ABSTRACT The Tamanduá River is between Santa Terezinha de Itaipu and Foz do Iguaçu city. This work has as objective to analyze if the Permanent Conservation area is into a area of good quality of water. It was made collects in three different points in the river to check the turbidity, pH and water temperature, besides the benthic macro invertebrates. The analysis showed pH between 6,0 to 9,0; turbidity between 66,8 to 69,2; medium temperature 21°C and the total of 271 microorganisms, where the predominant class was the Insecta with a number of 172 found it. The conclusion is that this area is according to attend the benthonic fauna necessities, where the family distribution of macroinvertebrates accompanies the three analyzed points. Key Words: Benthic Macroinvertebrates, Water Resources Protection, Biologic Monitoring. VI SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. VI 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 10 2.1 RIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS ................................................................... 10 2.2 BIOMONITORAMENTO ...................................................................................... 12 2.3 MACROINVERTEBRADOS ................................................................................ 15 2.4 QUALIDADE DA ÁGUA....................................................................................... 17 2.5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................ 19 3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 20 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................... 20 3.2 COLETA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS................................... 23 3.3 ANÁLISE DA ÁGUA ............................................................................................ 24 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 25 4.1 MACROINVERTEBRADOS ................................................................................ 26 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 32 VII LISTA DE FIGURAS Figura 1: Área em Estudo......................................................................................... 20 Figura 2: Área do Antigo Balneário .......................................................................... 21 Figura 3: Mapa da Localização Geográfica da Bacia do Rio Tamanduá .................. 22 Figura 4: Pontos de Coleta ....................................................................................... 23 Figura 5: Coletor Surber ........................................................................................... 24 8 1 INTRODUÇÃO A água é um bem muito precioso porque dela dependem todos os seres vivos para realizar suas funções vitais. Preservar a água torna-se cada vez mais necessário já que a cada dia é mais escassa, devido ao mau uso dos recursos hídricos e a falta de consciência ambiental da população. A poluição dos recursos hídricos é um dos fatores mais preocupantes dos últimos tempos, a cada ano que passa nossos aquíferos, rios e riachos estão recebendo quantidades de poluentes e agrotóxicos que prejudicam todo o sistema dependente da qualidade da água. Consequentemente, deve-se executar programas de controle para verificar o quanto o meio ambiente encontra-se prejudicado e propor alternativas para prevenção e preservação dos recursos hídricos. O biomonitoramento, também chamado de monitoramento biológico é uma técnica que a cada dia vem sendo mais utilizada, por ser de fácil manejo apresentando resultados rápidos e satisfatórios. Esse método é usado para medir a pureza das águas a partir da análise da fauna do local. Os macroinvertebrados estão ligados às atividades dos seres humanos, a qualidade de vida desses microorganismos depende diretamente dos efeitos causados pelos poluentes despejados nos rios. Sendo assim, após uma análise, é possível verificar se a reserva florestal do local é suficiente como área de proteção. O Biomonitoramento serve para medir a pureza das águas a partir da observação da fauna em estudo, é um método usado já há algum tempo no Brasil. É usado em rios cujas águas ou margens há grande variedade de espécies de macroinvertebrados como moluscos e insetos. Essa técnica depende da coleta e observação de amostras dos animais, a maioria na forma de larva, tendo baixo custo de implantação e fácil manejo. A avaliação dos rios pode ser feita por escalas onde os macroinvertebrados são classificados em função do grau de tolerância com outros que vivem em ambientes poucos oxigenados, isso causado pela redução de oxigênio (grande proliferação de bactérias), local onde despejam esgoto doméstico. Quando se percebe a predominância dos invertebrados tolerantes sobre outros 9 poucos resistentes, pode significar a baixa oxigenação da água e concluir que o local está poluído. O presente estudo tem como objetivo realizar um diagnóstico da qualidade de água no rio Tamanduá, localizado em Foz do Iguaçu-PR, numa Área de Preservação Permanente (APP) por meio de um monitoramento biológico. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 RIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS Segundo Giuliatti e Carvalho (2009), a água é um dos assuntos mais discutidos atualmente no mundo, e tem uma importância fundamental para a sobrevivência dos seres vivos e também para as atividades desenvolvidas pelo homem. As alterações dos ecossistemas aquáticos tem se tornado ponto negativo das atividades antrópicas, entre elas: a mineração, a agricultura e a construção de represas. “Os sistemas lóticos podem ser divididos em três classes de tamanho: as cabeceiras (rios de 1ª a 3ª ordens), rios de trecho médio (4ª a 6ª ordens) e “grandes” rios (7ª ordem ou superior). Embora este sistema de classificação seja geralmente útil, vale ressaltar que os efeitos da ordem do rio podem variar um pouco entre diferentes bacias. Por exemplo, tanto as diferenças em tamanho de bacias de rios de trecho superior quanto à topografia da bacia podem afetar a natureza do padrão de ordem do rio” (KARR e DUDLEY, 1981 apud SILVEIRA, 2004). Os rios integram tudo que acontece nas áreas de entorno, considerandose o uso e ocupação do solo. Assim, suas características ambientais, especialmente as comunidades biológicas, fornecem informações sobre as consequências das ações do homem (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000). Para Silveira (2004), a saúde ecológica dos rios é de fundamental importância no manejo de recursos hídricos no mundo, quando o ecossistema aquático vem sofrendo impactos antropogênicos que alteram o seu funcionamento. A temperatura é um fator de grande importância na estrutura da comunidade de macro invertebrado em ecossistemas lóticos, pois a sua variação anual é provavelmente responsável pela maior parte da variação geográfica e pela presença e/ou ausência dos insetos bentônicos (WARD e STANFORD, 1982 apud SILVEIRA, 2004). Para Kikuchi e Uieda (1998) apud Giuliatti e Carvalho (2009), os fatores de maior significância ecológica exibem progressiva mudança nos seus valores ao longo dos rios sendo: a velocidade da corrente, o substrato, a temperatura, o oxigênio dissolvido e o alimento. 11 Para matas ciliares o Código Florestal Brasileiro, sancionada na forma de Lei N° 4771/65, o qual define área de preservação permanente (APP) como áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, que tem por função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a biodiversidade, o fluxo gênico de flora e fauna, a estabilidade ecológica, proteger o solo, e por fim e talvez o principal, assegurar o bem estar das populações humanas. Logo, são consideradas áreas de APP, florestas e demais formas de vegetação nativa situada ao longo dos rios ou qualquer curso d’água. Sendo que 30 metros para ambos os lados de rios de até 10 metros de largura; 50 metros de faixa de APP de ambos os lados para rio de 10 a 50 metros; 100 metros de faixa de APP 25 para rios de 50 a 200m, 200m de APP para rios de 200m a 600m e 500m de APP para corpos d’água superiores a 600m (BRASIL, 1965). Segundo Araujo (2002) nas Áreas de Preservação Permanente (APP) por imposição da lei, a vegetação deve permanecer intacta, para garantir a preservação dos recursos hídricos, biodiversidade e da estabilidade geológica, também o bemestar da população humana, por isso, o regime de proteção é bastante rígido, exigindo a intocabilidade. As cidades se desenvolvem em tornos dos rios, pois se faz necessário para a sobrevivência, abastecimento de água e mesmo lançamentos de efluentes, todavia, essas áreas de preservação deveriam ser controladas pelas normas que regulam as mesmas, e na prática simplesmente são ignoradas aumentando os prejuízos ambientais. As matas ciliares são formações vegetais - florestais, que estão associadas aos corpos d’água, podendo-se estender por vários metros a partir da margem, apresentando variações em sua composição florística (OLIVEIRA-FILHO, 1994). As alterações em cabeceiras de rios alteram trechos a jusante devido ao transporte de massas d’água e sedimentos de origem alóctone ou erodida das margens, as perturbações antrópicas em bacias de drenagem afetam as comunidades de organismos aquáticos devido aos processos de lavagem (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000). Ferreira e Dias (2004) analisaram um trecho do curso principal do Ribeirão São Bartolomeu, em Viçosa-MG, com objetivo de fazer um levantamento de remanescentes de mata ciliar e estimar a área a ser recuperada com espécies nativas da região. A área em estudo apresentou apenas 5,7% da área de mata ciliar que deveria existir de acordo com a legislação vigente. Sendo necessária cerca de 82.830 mudas de espécies nativas da região para o plantio. 12 2.2 BIOMONITORAMENTO Segundo Pivetta et. al. (2001), com o grande número de publicações onde o monitoramento biológico aparece como palavra-chave, podemos notar o aumento das pesquisas sobre o monitoramento biológico, os principais fatores que comprovam esse avanço são as atividades de prevenção, sendo o principal meio para limitar as patologias que estão correlacionadas ao ambiente, parâmetros biológicos e as alterações do estado de saúde, desenvolvimento das técnicas analíticas que servem para individualizar e quantificar parâmetros biotoxicológicos. Para Barreto, Rocha e Oliveira (2009), a atividade dos monitoramentos de parâmetros de qualidade de águas nos corpos hídricos tem muita importância, principalmente aqueles que fornecem água para a população, sendo para prevenção de possíveis agravantes a saúde pública e também para poder desenvolver ações de recuperação dos corpos hídricos já fortemente impactados. A biota aquática é capaz de responder a uma série de distúrbios, antropogênicos ou naturais, sendo baseado nessas respostas, adota-se uma abordagem chamada de monitoramento biológico ou biomonitoramento, podendo sintetizar a história recente das condições ambientais (CAIRNS e PRATT, 1993 apud BUSS, OLIVEIRA e BAPTISTA, 2008). Silva et. al. (2009), analisaram as modificações da comunidade bentônica em mananciais hídricos provocadas pelo uso de agrotóxicos em lavouras orizícolas no Sul do Brasil. Foram coletados sedimentos em rios e lagos de sete regiões. Foi determinado durante o período de estudo, que não há evidências de que as concentrações de agrotóxicos detectadas nos mananciais hídricos tenham influência na comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Mesmo sendo útil em diversas etapas e com significados diferentes os indicadores biológicos na maior parte das situações permitem explorar, quantificar a dose biologicamente ativa e efeitos biológicos precoces (PIVETTA et. al. 2001). Segundo Silveira, Queiroz e Boeira (2004), o biomonitoramento de corpos hídricos através do uso de macroinvertebrados é cada vez mais usado e aceito como uma importante ferramenta na avaliação da qualidade da água, embora seja uma ferramenta utilizada desde o início do século XX na Europa e na América do Norte. 13 Alvarenga e Carvalho (2005), avaliaram o principal curso d’água que drena o perímetro urbano de Ipatinga-MG, com o nome de Ribeirão Ipanema. Foram utilizados macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade, em seis estações de coleta entre os meses de junho a dezembro de 2005. As análises revelaram que a parte alta do Ribeirão apresenta há maior riqueza, equitabilidade e baixa dominância, nas partes médias e baixas, apresentaram baixa diversidade, equidade e alta dominância. Também os trechos urbanos apresentaram alta taxa de matéria orgânica devido ao lançamento dos esgotos. Rosenberg e Resh (1993) apud Silveira, Queiroz e Boeira (2004), constituíram uma importante obra sobre o tema, ajudando principalmente os iniciantes no estudo no biomonitoramento da qualidade das águas. O baixo custo e aparato técnico simples servem para dar condições e importância na qualidade e no padrão a ser mantido, para que os estudos sejam comparados em áreas de clima e geografia semelhante. O monitoramento ambiental preventivo dos ecossistemas aquáticos serve para a avaliação preliminar de riscos ecológicos, em função da grande diversidade de impactos ambientais sobre os ecossistemas aquáticos. O controle ambiental de riscos ecológicos deve envolver uma abordagem integra, sendo através do monitoramento da qualidade física, química e biológica da água (GOULART e CALLISTO, 2003). Atualmente, o uso de bioindicadores tem se tornado corrente na avaliação de impactos ambientais provocados pela má administração do ambiente (SOUZA, 2006). Segundo Silveira, Queiroz e Boeira (2004). O uso de indicadores biológicos para avaliação da qualidade das águas é sustentado também pela legislação dos Recursos Hídricos (Lei 9433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos) [...]. A abordagem de avaliação da saúde de ecossistemas aquáticos através da utilização de indicadores biológicos abrange objetivos e práticas da pesquisa ecológica, como a identificação de padrões espaciais e temporais (SCRIMGEOUR e WICKLUM, 1996 apud CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000). As ciências naturais tem feito um significativo progresso com a apresentação de informações biológicas, além de fornecer dados que registram os 14 níveis de poluição do ambiente ou a quantidade de poluentes, sendo as quais não só indicam a presença de poluentes e também como estes interagem na natureza, proporcionando uma melhor indicação de seus impactos na qualidade dos ecossistemas (SOUZA, 2006). A integração entre as ciências que diz respeito ao reconhecimento das relações entre usos do solo, qualidade de água e respostas biológicas, tendo as bacias hidrográficas como unidade de estudo e gestão, incentivaram o avanço em termos conceituais, metodológicos e técnicos que estuda esses ecossistemas (BUSS, OLIVEIRA e BAPTISTA, 2008). Foi criada uma regra para identificação das espécies utilizáveis para bioindicadores da qualidade da água, sendo classificados de acordo com organismos que compartilham semelhança, podendo ser agrupados organismos com a mesma espécie, onde são capazes de se reproduzir entre si e gerar uma descendência fértil que também pode se reproduzir. Em sequência podem ser agrupadas em gêneros, famílias, ordens, classes, filos e reinos (BUSS, 2007). Souza (2006), tem feito um significativo progresso com a apresentação de informações biológicas, tais delas não só indicam a presença de poluentes, mas como interagem na natureza, proporcionando uma melhor indicação dos seus impactos na qualidade dos ecossistemas. Pesquisas estão sendo desenvolvidas pela preocupação da alteração da paisagem passageiras ou não, com risco de permanecer nos sistemas das comunidades biológicas. O uso das respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem está relacionada com o uso de parâmetros biológicos para medir a qualidade da água, tendo os rios sujeitos a inúmeras perturbações, a biota aquática reage a esses estímulos, sejam eles naturais ou antropogênicos (BUSS, BAPTISTA e NESSIMIAN, 2002). Considerando as áreas com grande concentração da parcela miserável da sociedade, tem-se uma pressão ainda maior sobre os recursos naturais, decorrente da total desinformação e falta de recursos, aliada a péssimas condições de vida, pode ser observado principalmente nas periferias onde os ecossistemas aquáticos transformam-se em grandes corredores de esgoto a céu aberto (GOULART e CALLISTO, 2003). 15 2.3 MACROINVERTEBRADOS Segundo Rocha et. al. (2006), que avaliaram trechos de um córrego ao longo da Bacia do rio das Velhas em Belo Horizonte, encontraram densidade taxonômica em áreas conservadas, porém quando avaliou as ocupadas, com alta densidade populacional, reduziu-se a densidade bentônica. Para Morais, Quintanilha e Resende (2007), quando a área urbanizada tem baixa densidade populacional e não dispõe de grandes centros industriais, a pequena descarga de dejetos em córregos e rios geram impactos leves sobre as comunidades aquáticas, resultando uma mudança menos perceptíveis em sua estrutura e composição. Sendo assim, a maioria dos estudos utilizando macroinvertebrados bentônicos foram utilizados em áreas que apresentaram grandes fontes de poluição, tendo pouco conhecimento sobre mudanças na estrutura das comunidades em situações de fontes leves de poluição. Os insetos bentônicos são importantes no ambiente de água doce, demonstrado através de sua diversidade e abundância, ampla distribuição e habilidade para explorar a maioria dos tipos de hábitats aquáticos (RODRIGUES, 2006). Pode ser classificado macroinvertebrados bentônicos em três grupos principais, sendo em relação à tolerância frente a adversidades ambientais, tendo exceções dentro de cada grupo, sendo: organismos sensíveis ou intolerantes, organismos tolerantes e organismos resistentes (GOULART e CALLISTO, 2003). A avaliação rápida da qualidade de habitats tem sido desenvolvido visando a descrição geral da qualidade de um habitat físico, técnicas que avaliam qualitativamente vários atributos dos habitats, onde são pontuados ao longo de um gradiente de ótimo a pobre, utilizando observações visuais com um mínimo de medidas (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000). Carvalho e Uieda (2004), citam que além dos macroinvertebrados compor um grupo de grande importância ecológica em riachos, eles tem um papel fundamental na trama alimentar destes ambientes. Batista et. al. (2002) avaliaram pontos específicos do Lago Municipal da cidade de Cascavel-PR e realizaram um levantamento dos macroinvertebrados do 16 mesmo, tendo resultados obtidos da presença de 22 grupos taxonômicos, sendo 18 famílias identificadas. O seu uso como bioindicadores é recomendado, pois estes refletem as mudanças em variáveis do ambiente aquático, tais como, pH, oxigênio dissolvido e matéria orgânica (ESTEVES, 1998 apud MORAIS, QUINTANILHA e RESENDE, 2007). Querol e Castro (2005) realizaram um trabalho com o objetivo de avaliar a qualidade da água do Arroio Imbaá, cidade de Uruguaiana no estado do Rio Grande do Sul. Após a captura dos macroinvertebrados foram feitas as leituras em laboratório, onde se classificou a qualidade do arroio como “regular”, isso está refletido pela dominância de determinados grupos residentes em todos os pontos de coletas. Os macroinvertebrados são indicadores de degradação ambiental além de ser fonte alimentar para peixes e também influenciar nos processos de ciclagem de nutrientes, produtividade primária e decomposição. A característica da comunidade bentônica esta relacionada aos conjuntos de organismos que vivem todo ou parte de seu ciclo vital em ambientes aquáticos (MAZZONI, SCHAFER e LANZER, 2009). A desestruturação do ambiente físico e químico, ocasionada pelo processo de eutrofização resulta em alterações na dinâmica e estrutura das comunidades biológicas (CALLISTO et. al. 2005). Os macroinvertebrados bentônicos diferem entre si, desde ambientes limpos ou de boa qualidade de águas, passando por organismos tolerantes até organismos resistentes. Os locais poluídos geralmente possuem baixa diversidade de espécies e elevada densidade de organismos, restritos a grupos mais tolerantes, logo as comunidades bentônicas necessitam de certo tempo para estabelecer suas populações, que por sua vez necessitam de condições ambientais próprias para a sua permanência no meio (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000). 17 2.4 QUALIDADE DA ÁGUA O padrão de qualidade de vida de uma população está diretamente relacionado à disponibilidade e à qualidade de sua água, sendo esta, o recurso natural mais crítico e mais susceptível a impor limites ao desenvolvimento, em muitas partes o mundo (FARIAS, 2006). O filo Arthropoda é maior em número de espécies de todos outros filos animais juntos. O número de espécies deste filo, chega a cerca de 85% de todas as espécies animais conhecidas (BUSS, 2007). Para Salles et. al. (2004) um dos maiores e mais bem sucedidos da ordem Ephemeropta é a família Baetidae, tendo cerca de 90 gêneros e 650 espécies. A ocupação das ninfas de Baetidae atinge grande variedade de hábitat de água doce, tendo maior diversidade em ambientes lóticos, ambientes que variam de forte correnteza até aquelas de remanso. As ninfas constituem um dos principas grupos de macroinvertebrados bentônicos e um amplo conhecimento de seus integrantes, tornando-se essencial para os crescentes estudos visando à recuperação e manejo de recursos hídricos. As ordens de insetos aquáticos Ephemeroptera, Trichoptera e Plecoptera, são caracterizadas por organismos que possuem necessidade de elevadas concentrações de oxigênio dissolvido na água, sendo normalmente habitantes de ambientes com alta diversidade de hábitats e microbacias (GOULART e CALLISTO, 2003). A classe Oligochaeta, juntamente com as larvas de Chironomidae, constitui os principais componentes da fauna de invertebrados em diferentes tipos de habitats, fazendo parte de comunidades como bentos, perifiton e pleuston, tanto em ambientes lênticos como lóticos (PAMPLIN, ROCHA e MARCHESE, 2005).Ver significado das palavras. Os adultos diferentes das outras ordens, só possuem um par de asas membranosas para voar, tendo o segundo par modificado, servindo para dar equilíbrio ao inseto na hora do vôo, característica que denomina o nome de Diptera. Outro diferencial é a sobrevivência em ambientes muito poluído, necessitando de pouco oxigênio dissolvido graças a adaptações respiratórias como sifão anal, usado para captar o ar atmosférico (BUSS, 2007). 18 Silva et. al. (2007), realizaram um estudo com o objetivo de analisar os hábitos alimentares da comunidade de Chironomidae do córrego Vargem Limpa, no município de Bauru-SP, logo após identificação foram selecionados com suas características entre elas o modo alimentar, divididos em: coletores, filtrados, fragmentadores, raspadores e predadores. Sendo que o grupo dos coletores dominante, representando 76% da fauna amostrada, também analisando a identificação dos itens ingeridos permitiu agrupar os gêneros de chironomidae analisados, segundo sua posição trófica na comunidade, sendo 75% como detritívoros, 18,75% como onívoros, 6,25% como herbívoros e nenhum gênero exibiu dieta carnívora. A qualidade da água reflete sua composição quando afetada por causas naturais e por atividades antropogênicas, tendo os conceitos de qualidade da água e poluição então ligadas, sendo que a poluição decorre de uma mudança na qualidade física, química, radiológica ou biológica do ar, água ou solo, causada pelo homem ou por outras atividades antropogênicas que podem ser prejudiciais ao uso presente, futuro e potencial do recurso (BRANCO, 1991 apud FARIAS, 2006). Avaliaram a riqueza de espécies de Oligochaeta em dois reservatórios da Bacia Hidrográfica do rio Tietê, no estado de São Paulo. As amostras de sedimento com total de 360 foram coletadas em 90 pontos, foram encontradas 20 espécies pertencentes a 10 gêneros e 04 famílias, a família Naididae foi a com maior número de espécies, e entre as amostras identificadas, 6 espécies estiveram presentes em ambas as represas (PAMPLIN, ROCHA e MARCHESE, 2005). A ordem Ephemeroptera recebeu esse nome por ter uma característica de permanecer como ninfas por até 16 anos, já na vida adulta permanece apenas o tempo necessário para se reproduzir, sendo ninfas ou adultos podem ser reconhecidas por possuírem três caudas, os cercos caudais, características que os distinguem dos outros grupos (BUSS, 2007). Sendo o grupo mais antigo dentre os insetos e composta por cerca de 400 espécies a ordem Ephemeroptera apresenta ninfas que exibem uma variedade de estratégias alimentares, podendo ser filtradoras, raspadoras, fragmentadoras, coletoras ou predadoras, constituem um dos grupos dentre os macroinvertebrados bentônicos, grande parte são herbívoras ou detritívoras e também servem de alimentos para alguns predadores, principalmente peixes. Tem utilização em programas de biomonitoramento de qualidade da água (SALLES et. al. 2004). 19 Em grande maioria dos Anelídeos possui respiração cutânea, onde as trocas gasosas entre o organismo e o meio são feitas pela pele, a maior parte deles tem uma grande importância na aeração dos solos e drenagem da água, ao moverse constroem galerias subterrâneas. A classe Oligochaeta, oligo= poucos; chaeta= cerdas, é representada pelas minhocas e possui indivíduos terrestres e de água doce, em ambiente aquático vivem em locais rasos, enterrados no sedimento (BUSS, 2007). 2.5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta Lei N° 4771- 1965, CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO. Coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. A Resolução CONAMA - LEI N°303 de março de 2002, Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, com largura mínima de: trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura; cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de largura; cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos metros de largura; duzentos metros, para o curso d`água com duzentos a seiscentos metros de largura; quinhentos metros, para o curso d`água com mais de seiscentos metros de largura. Resolução CONAMA - LEI Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16. Águas doces de classe III, os parâmetros indicando qualidade da água, seguem 100 Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT), para turbidez, 6.0 a 9.0 para pH. 20 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO A cidade de Foz do Iguaçu está localizada no extremo oeste do Paraná, na divisa do Brasil com o Paraguai e Argentina. Tendo como coordenadas geográficas, 25º32’52’’ S e 54º35’16’’ W. Faz divisa com os municípios de Sta. Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia no Brasil; Cuidad del Este e Hernandarias no Paraguay; Puerto Iguazu na Argentina. Com área de 617.791 km² e população de 325.137 (IBGE, 2009). A área de estudo, com aproximadamente 8 ha, está localizada no bairro Arroio Dourado, junto à empresa Centro de Recreação Wandscheer Ltda, área rural da cidade. A Área de Preservação Permanente foi isolada há cerca de seis anos, mantendo-se inutilizada até os dias de hoje (Figura 1). Figura 1: Área em estudo. Fonte: Google Earth, 2010. 21 Essa área sofreu degradação durante anos, pois servia como balneário ao público, que utilizava toda essa localidade para lazer, as pessoas tinham acesso ao leito do rio que era utilizado como local de banho e pesca. Local usado como antigo balneário. (Figura 2). Figura 2: Área do antigo balneário Fonte: Google Earth, 2010. A Bacia do rio Tamanduá tem extensão entre os municípios de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. A nascente se encontra no município de Santa Terezinha de Itaipu, até a BR 469 (Rodovia das Cataratas), possui comprimento de 11.300m, com largura média de 10m. (Figura 3). 22 Figura 3: Mapa da localização geográfica da bacia do Rio Tamanduá Fonte: PADCT / SANEPAR / PR-2000. 23 3.2 COLETA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS Para coleta da fauna bentônica foram selecionados 03 pontos: P1 (aproximadamente 800 metros antes da APP), P2 (dentro da APP) e P3 (aproximadamente 800 metros depois da APP), localizada no leito do Rio Tamanduá. (Figura 4). Figura 4: Pontos de Coleta. Fonte: Google Earth 2010. Para a coleta dos macroinvertebrados bentônicos, foi utilizado um surber de malha de 500 µm. A rede foi posicionada contra a velocidade da corrente, sendo o esforço amostral de 1 minuto. Após a coleta, os mesmos foram fixados em álcool 70% e corante rosa de bengala (12/mgL-¹). O procedimento de coleta é ilustrado na figura (Figura 5). 24 Figura 5: Coletor Surber. As amostras foram triadas e identificadas até o menor nível taxonômico possível. Para a análise da qualidade da água foram utilizados os dados de abundância da fauna dos macroinvertebrados. 3.3 ANÁLISES DA ÁGUA Foram realizadas coletas de água para análises de temperatura, pH e turbidez. As amostras foram analisadas no laboratório da Faculdade Dinâmica das Cataratas (UDC). Para análise do pH foi utilizado um pHmetro, para a turbidez um turbidímetro e temperatura um termômetro. 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O pH variou de 6,65 a 7,25 em todos os pontos de coleta analisados. De acordo com a Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16. Águas doces de classe III, os parâmetros indicando qualidade da água, pH entre 6,0 a 9,0. O que indica os dados encontrados de acordo e dentro dos parâmetros estabelecidos. Para Giuliatti e Carvalho (2009), que analisaram a distribuição das assembléias de macroinvertebrados bentônicos, determinaram que águas superficiais possuam um pH entre 4 e 9, em condições naturais o pH reflete o tipo de solo por onde percorre. O pH pode subir em dias ensolarados, devido as algas retirarem gás carbônico da água, fonte de acidez, o que indica que o pH encontrado na área de estudo, está dentro dos parâmetros estabelecidos, normal para as características encontradas na área. As análises de turbidez revelaram valores que variam de 66,8 a 69,2 Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT), encontrando-se de acordo com a Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16. Águas doces de classe III, os parâmetros de qualidade de água indicam turbidez até 100 UNT. As análises realizadas tiveram resultados dentro dos parâmetros. A temperatura média registrada da água foi 21C°, temperatura normal para o mês de Outubro na região. 26 4.1 MACROINVERTEBRADOS Um total de 86 indivíduos foram coletados no ponto P1, onde foram encontrados três Filos, representados por: Arthropoda (Classe Insecta) (62,7%), Annelida (Classe Oligochaeta) (16,2%) e Nematoda (20,9%). A Classe Insecta foi representada por quatro ordens: Ephemeroptera (Família Baetidae e Caenidae) (9,3%), Diptera (Família Chironomidae e Simuliidae) (47,6%) além das ordens Plecoptera (3,5%) e Tricoptera (2,3%). Um total de 89 indivíduos foram coletados do P2, os quais foram agrupados em três filos, representados por: Arthropoda (Classe Insecta) (60,6%), Annelida (Classe Oligochaeta) (13,6%) e Nematoda (25,8%). A Classe Insecta foi representada por duas ordens: Ephemeroptera (Família Baetidae e Caenidae) (11,3%), Diptera (Família Culicidae, Chironomidae e Simuliidae) (49,3%). No ponto P3 foram encontrados, 96 indivíduos onde foi representados por três Filos: Arthropoda (Classe Insecta) (66,5%), Annelida (Classe Oligochaeta) (15,6%) e Nematoda (17,8%). Os grupos e as quantidades de indivíduos encontrados nos pontos de coleta são apresentados na tabela. 27 Tabela 1 - Grupos e número de indivíduos encontrados nos pontos de coleta. Grupos P1 P2 P3 03 04 11 05 06 13 - 09 Simuliidae 20 14 22 Chironomidae 21 21 09 Arthropoda Insecta Plecoptera 03 - 02 Trichoptera 02 - 03 Annelida Oligochaeta 14 12 15 Nematoda 18 23 17 encontrados indivíduos Arthropoda Insecta Ephemeroptera Baetidae Caenidae Arthropoda Insecta Diptera Culicidae Na presente pesquisa foram 04 da ordem Ephemeroptera em todos os pontos analisados, entre eles a família Baetidae, P1 (4,5%), P2 (3,5%) e P3 (11,4%) e a família Caenidae, P1 (6,8%), P2 (3,5%) e P3 (13,5%). Percebeu-se um aumento significativo dentro do ponto P3, tanto na família Baetidae quanto Caenidae. As duas famílias tiveram presença nas amostras, podendo determinar a taxa de poluição existente, sendo classificada como baixa, logo que nenhuma das famílias foi extinta. Foram identificados nas amostras coletadas no ponto P1, os organismos da ordem Diptera, a ordem mais abundante encontrada no total das amostras, entre 28 elas estão às famílias: Culicidae, Simuliidae e Chironomidae, totalizando (49,3%). No ponto P3 as mesmas totalizaram (36,4%). Para o ponto P2 foram identificadas apenas as famílias Simuliidae e Chironomidae com total de (47,6%). A família Chironomidae foi encontrada com maior número nos pontos P1 (23,5%) e P2 (24,4%), uma das características desta família é a capacidade de resistir em locais com baixas concentrações de oxigênio. Para Giuliatti e Carvalho (2009) a alta dominância da Família Chironomidae, associada à baixa diversidade de outros grupos de insetos podem indicar que o Ambiente analisado esteja passando por processos de degradação. No ambiente da pesquisa foram encontrados indivíduos resistentes a ambientes poluídos, porém também foram encontrados indivíduos extremamente sensíveis a poluição e degradação, demonstrando que o ambiente está com boa qualidade de água. Estudando a fauna bentônica presente em dois cursos d'água de altitudes diferentes no Rio Grande do Sul, a família Chironomidae também foi a mais abundante nos dois ambientes. (BUENO et al., 2003 apud GIULIATTI E CARVALHO, 2009) Segundo Buss (2007) algumas espécies da ordem Diptera podem viver em locais extremamente poluídos, com pouco oxigênio dissolvido na água, por terem sifão anal, que capta ar atmosférico, podem também sugar o aerênquima das plantas. Essa espécie apresenta essa característica porém podem ser encontradas em ambientes com água com boa qualidade. No ponto P3 a porcentagem encontrada da família Chironomidae foi apenas (9,3%), mostrando um aumento na concentração de oxigênio, onde o fluxo de matéria orgânica diminuiu. Ainda analisando a ordem Diptera, a família Simuliidae foi encontrada nos três pontos de coleta, sendo P1 (15,7%), P2 (23,2%) e P3 (22,9%). Umas das características da Ordem Diptera, é a capacidade de sobrevivência em ambientes variados, logo a diferença registrada foi apenas nas amostras no ponto P1, onde o percentual foi abaixo da média encontrada nos demais pontos de coleta. Para Callisto, Moretti e Goulart (2000) a ordem Diptera pode ser encontrada em habitats muito variados, sendo em lagos ou rios com diferentes profundidades, podem ser encontradas em águas limpas, classificadas pela família Simuliidae ou em águas contaminadas por alguns gêneros de Chironomidae. Também pertencem ao grupo 29 trófico dos raspadores, coletores e coletores filtradores, alimentam-se de matéria orgânica particulada fina. Logo percebe-se que as espécies sensíveis a ambientes poluídos estão em todos os pontos, sendo a família Simulidae, o que demonstra que o ambiente não esta poluído. As análises realizadas nos pontos P1 e P2, apresentaram duas ordens que podem ser classificadas como menos tolerantes a poluição, Plecoptera e Trichoptera (5,1%), diagnóstico que indica uma melhora na qualidade do meio onde esses organismos habitam. Segundo Callisto, Moretti e Goulard (2000) na maioria dos representantes de Trichoptera vivem em águas correntes limpas e bem oxigenadas, embaixo de materiais vegetais, troncos e pedras. Essas características indicam águas oligotróficas, de baixa concentração de nutrientes. Os estudos e biomonitoramento utilizando a abundância deste grupo, junto com Ephemeroptera, Plecoptera tem indicado águas de boa qualidade. Podendo concluir que a água analisada encontra-se em boas condições, permitindo a sobrevivência dos indivíduos destas ordens. Para Callisto e Moreno (2006) após medidas de saneamento e tratamento de esgotos, permitindo a revitalização das comunidades aquáticas, os resultados encontrados pelo programa de biomonitoramento apontaram um melhora na qualidade da água, onde foi detectada o aumento da riqueza taxonômica e a presença de organismos menos tolerantes como Trichoptera e Plecoptera. As análises deste estudo mostram uma taxa pequena destes indivíduos, apesar dos mesmos não terem sido encontrados no ponto P2. Verifica-se uma boa distribuição dos macroinvertebrados nos pontos P1 e P3. Também a disposição desses indivíduos deve-se adaptação em áreas de correnteza, suas características e formato estrutural ajudam na sobrevivência nesses locais, além de serem sensíveis a ambientes poluídos, resultado que indica boa qualidade da água e boa adaptação dos táxons nesses ambientes P1 e P3. Conclui-se que a área do ponto P2 ainda não esta de acordo com as condições dos pontos P1 e P3, apesar de mostrar pouca diferença entre as espécies encontradas. A Classe Insecta apresentou a maior porcentagem entre as encontradas na pesquisa, o total nos pontos foram P1 (60,6%), P2 (62,7%) e P3 (66,5%). Classe representada em maior porcentagem para Giuliatti e Carvalho (2009), onde a classe Insecta predominou nas duas áreas analisadas, compreendendo cerca de (93%) do 30 total dos indivíduos coletados. A mesma classe teve maior número nos três pontos, desta pesquisa devido às características e condições apresentadas no ambiente de estudo. Para Sonoda (2005) é evidenciada o número de famílias restritas aos locais, onde a família Culicidae foi encontrada exclusivamente em local com mata. Na área em estudo foi encontrada esta família com índice baixo apenas nos pontos P1 e P3, onde por ser uma área mais preservada pela mata ciliar, contem indivíduos como estes no local, enquanto no ponto P2 a ausência dos mesmos deve-se à mata não estar totalmente recuperada. A família Baetidae foi encontrada nos pontos P1 (4,5%), P2 (3,5%) e P3 (11,4%). As margens tiveram próximas nos pontos P1 e P2. Kikuchi e Uieda (1998) apud Francischetti et. al. (2004) em um trecho do córrego Itaúna, SP, encontraram, em área aberta e corredeiras, espécies da família Baetidae. Características desta família são ambientes com corredeiras, sendo comprovada na área de estudo, onde todos os pontos fornecem corredeiras. A presença de Oligochaeta foi presenciada nos pontos, P1 (13,6%), P2 (20,9%) e P3 (15,6%), os números de indivíduos tiveram pouca variância, sendo mais um dos organismos que identificam a boa distribuição dos macroinvertebrados dentro da área em estudo. Segundo Piedras et. al. (2006) a taxa de Oligochaeta foi a mais comum em todos os pontos, sendo que o aumento do número de Oligochaeta ocorreu com a redução da concentração de oxigênio dissolvido na água. Segundo Carvalho e Uieda (2004) grupo Annelida, representado por Oligochaeta, sendo o segundo grupo em abundância encontrado, um dos fatores que possivelmente influenciou sua ocorrência foram condições do habitat físico, com pouca profundidade, correnteza moderada, e grande quantidade de matéria orgânica depositada sobre o substrato. As mesmas condições foram encontradas também na área em estudo. 31 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na área de estudo foram registrados organismos considerados sensíveis a poluição, como os grupos Plecoptera e Trichoptera. Dessa forma, as analises revelaram que o ambiente de estudo apresentou uma boa qualidade da água, considerando a riqueza de organismos bentônicos registrados no local. Sugere-se a realização de estudos complementares para uma analise completa do ambiente, e um monitoramento em um período mais longo. Além disso, sugerem-se novos estudos que considerem um numero maior de variáveis ambientais. 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARANGA, Janaína A; CARVALHO, Selena L. MONITORAMENTO DA FAUNA DE MACRO-INVERTEBRADOS BENTÔNICOS DO RIBEIRÃO IPANEMA IPATINGA, MG.: COMPARAÇÃO ENTRE ÍNDICES BIOLÓGICOS DE QUALIDADE DE ÁGUA E PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO RÁPIDA (RAP). 2005. Disponível em:www.unilestemg.br/pic/arquivos/anais/2006/exatas/MONITORAMENTO%20DA% 20FAUNA%20DE%20MACROINVERTEBRADOS%20BENTONICOS%20DO%20RI BEIRAO%20IPANEMA.pdf ARAUJO, Suely M. V. G. - AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E A QUESTÃO URBANA. Disponível em: www.mp.ba.gov.br/atuacao/ceama/material/doutrinas/arborizacao/as_areas_de_pres ervacao_permanente_questao_urbana.pdf - 2002 BARRETO L. V; ROCHA F. A; OLIVEIRA M. S. C; MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CATOLÉ, EM ITAPETINGA-BA. Disponível em: www.conhecer.org.br/enciclop/2009B/MONITORAMENTO%20DA%20QUALIDADE. pdf - 2009. BATISTA, Jesiane S. Silva; DARTORA, Leandro; CECHIM, Flávio Endrigo; CAETANO, Luiz Carlos; FOSS, Alex Sander; BRANCALHÃO, Rose M.C; MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS NO LAGO MUNICIPAL DE CASCAVEL, ESTADO DO PARANÁ. 2002. Disponível em: www.ppg.uem.br/Docs/pes/eaic/XI_EAIC/trabalhos/arquivos/11-1920-1.pdf BUSS, Daniel F; OLIVEIRA, Renata B; BAPTISTA, Darcilio F. MONITORAMENTO BIOLÓGICO DE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS. Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental. Fundação Osvaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2008. BUSS, Daniel. Agente das Águas. Apostila Teórico-Prático. Fundação Osvaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2007. 101p. BUSS, Daniel; BAPTISTA, Darcílio; NESSIMIAN, Jorge. BASES CONCEITUAIS PARA A APLICAÇÃO DE BIOMONITORAMENTO EM PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE RIOS. 2002. Disponível em: E:\Artigos Norma\Cadernos de Saúde Pública - Conceptual basis for the application of biomonitoring on stream water quality programs.mht 33 CALLISTO, M.; GOULART, M.; BARBOSA, F. A. R. e ROCHA, O. Avaliação da biodiversidade de macroinvertebrados bentônicos ao longo de uma cascata de reservatórios no baixo rio São Francisco (nordeste do Brasil). 2005. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S151969842005000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt CALLISTO, M; MORETTI, M; GOULART, M. MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMO FERRAMENTA PARA AVALIAR A SAÚDE DE RIACHOS. 2000. Disponível em: www.abrh.org.br/novo/arquivos/artigos/v6/v6n1/v61macrofinal.pdf CALLISTO, Marcos; MORENO, Pablo. BIOINDICADORES COMO FERRAMENTA PARA O MANEJO, GESTÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL. 2006. Disponível em: www.icb.ufmg.br/big/benthos/index_arquivos/pdfs_pagina/Callisto%26Moreno2006.pdf CARVALHO, Emerson M; Uieda, Virginia S. COLONIZAÇÃO POR MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM SUBSTRATO ARTIFICIAL E NATURAL EM UM RIACHO DA SERRA DE ITATINGA, SÃO PAULO, BRASIL. Rev. Bras. Zool. v.21 n.2 Curitiba jun. 2004. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010181752004000200021&lng=pt&nrm=iso CODIGO FLORESTAL BRASILEIRO, Lei n° 4.771, de 15 de Setembro de 1965. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4771.htm FARIAS, Maria Sallydelandia Sobral. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO CABELO. 2006 – Disponível em: www.deag.ufcg.edu.br/copeag/teses2006/tese%20sally.pdf FERREIRA, Daniel A. C; DIAS, Herly C. T. SITUAÇÃO DA MATA CILIAR DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU EM VIÇOSA. 2004. INSS 0100-6762. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?pid=S010067622004000400016&script=sci_arttext GIULIATTI, Talma L; CARVALHO, Emerson M. 2009. DISTRIBUIÇÃO DAS ASSEMBLÉIAS DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM DOIS TRECHOS DO CÓRREGO LARANJA DOCE, DOURADOS/MS. ISSN 1981-3775 Disponível em: www.unigran.br/interbio/vol3_num1/arquivos/artigo1.pdf 34 GOULART, Michael; CALLISTO, M. BIOINDICADORES DE QUALIDADE DE ÁGUA COMO FERRAMENTA EM ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL. 2003. Disponível em: www.icb.ufmg.br/big/beds/arquivos/goulartecallisto.pdf LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em: www.ana.gov.br/Institucional/Legislacao/leis/lei9433.pdf KÖNIG, Rodrigo; SUZIN, Catia R. H; RESTELLO, Rozane M. e HEPP, Luiz U. (2008) - QUALIDADE DAS ÁGUAS DE RIACHOS DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL - (BRASIL) ATRAVÉS DE VARIÁVEIS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS. Disponível em: www.panamjas.org/pdf_artigos/PANAMJAS_3(1)_8493.pdf SILVEIRA, Mariana P; QUEIROZ, Júlio F;BOEIRA, Rita C. PROTOCOLO DE COLETA E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM RIACHOS. 2004. Disponível em: www.cnpma.embrapa.br/download/comunicado_19.pdf MAURÍCIO, Lopes F; GRAZIELE Wolff A; MONITORAMENTO DA FAUNA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DO RIBEIRÃO IPANEMA - IPATINGA, MG: UMA COMUNIDADE BIOINDICADORA DA EFETIVIDADE DE PROGRAMAS DE DESPOLUIÇÃO DE CURSOS D’ÁGUA II. Disponível em: www.unilestemg.br/principiumonline/publicacoes/02/downloads/82_92_monitorament o_da_fauna.pdf - 2007 MAZZONI, Aline Correa; SCHAFER, Alois; LANZER, Rosane. CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS ASSOCIADOS A MACRÓFITAS EM LAGOAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL. 2009 Disponível em: hera.ucs.br:8080/ucs/tplJovensPesquisadores2009/pesquisa/jovenspesquisadores20 09/trabalhos/resumo/vida/AlineCorreaMazzoni_v.pdf MORAIS, M. M; QUINTANILHA, L. F,RESENDE, D. C. RELAÇÃO ENTRE A DIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS E BAIXOS NÍVEIS DE POLUIÇÃO EM UM RIACHO, NO MUNICÍPIO DE MARLIÉRIA, MG. Disponível em: www.seb-ecologia.org.br/viiiceb/pdf/918.pdf - 2007 35 OLIVEIRA FILHO, A. T. ESTUDOS ECOLÓGICOS DA VEGETAÇÃO COMO SUBSÍDIOS PARA PROGRAMAS DE REVEGETAÇÃO COM ESPÉCIES NATIVAS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA. Lavras-MG, Rev. Cerne 1994, V.1, N.1:p-64 a 72. PAGEL, Isadora Adamoli; PERERA, Mariana Brauner; RAMM, Aline; SOSINSKI, Lilian Winckler. MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO Disponível em: www.ufpel.edu.br/cic/2009/cd/pdf/CB/CB_00848.pdf PAMPLIN, Paulo A. Z; ROCHA, Odete; MARCHESE, Mercedes. RIQUEZA DE ESPÉCIES DE OLIGOCHAETA (ANNELIDA, CLITELLATA) EM DUAS REPRESAS DO RIO TIETÊ (SÃO PAULO). 2005. Disponível em: www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/fullpaper?bn00605012005+pt PIVETTA, F.; MACHADO, J. M. H.; ARAUJO, U. C.; MOREIRA, M. F. R.; APOSTOLI, P. MONITORAMENTO BIOLÓGICO: CONCEITOS E APLICAÇÕES EM SAÚDE PÚBLICA. 2001. Disponível em: www.scielo.br/pdf/csp/v17n3/4638.pdf PIEDRAS, Sergio R. N; BAGER, Alex; MORAES, Paulo R. R; ISOLDI, Loraine A; FERREIRA, Otoniel G. MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMO INDICADORES DE QUALIDADE DE ÁGUA NA BARRAGEM SANTA BÁRBARA, PELOTAS, RS, BRASIL. 2006. Disponível em: www.scielo.br/pdf/cr/v36n2/a20v36n2.pdf QUEROL, Marcus V. M; CASTRO, Luis Roberval B. MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMO BIOINDICADORES DA QUALIDADE DA ÁGUA, AUXILIANDO PARA O GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO ARROIO IMBAÁ, BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUGUAI MÉDIO, URUGUAIANA, FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. 2005 Disponóvel em: www.pucrs.campus2.br/pesquisa/bpa/resumobpa2005/macroinvertebrados.pdf RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005. Art. 16. Classe 3. Disponível em: www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf RESOLUÇÃO CONAMA Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE 2002. Art. 3. Classe 1. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em: www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/federal/resolucoes/2002_Res_CONAMA_3 03.pdf 36 ROCHA, L.; MORENO, P.; FERREIRA, W.; FRANÇA J. S. e CALLISTO, M. IMPORTÂNCIA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA PRESERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS NA BACIA DO RIO DAS VELHAS(MG). 2006. Disponível em: www.sebecologia.org.br/viiceb/resumos/388a.pdf RODRIGUES, Renata C. INSETOS BENTÔNICOS E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO MÃE LUZIA, TREVISO, SC. 2006. Disponível em: www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000028/000028BA.pdf SALLES, Frederico F; SILVA, Elidiomar R; SERRÃO, Jose E; FRANCISCHETTI, Cesar N. BAETIDAE (EPHEMEROPTERA) NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: NOVOS REGISTROS E CHAVE PARA OS GÊNEROS NO ESTÁGIO NINFAL. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ne/v33n6/23344.pdf - 2004. SALLES, Frederico F; SILVA, Elidiomar R; HUBBARD, Michael D; SERRÃO, Jose E; AS ESPÉCIES DE EPHEMEROTPERA (INSETA) REGISTRADAS PARA O BRASIL: Biota Neotropica v4 – 2004. Disponível em: www.famu.org/mayfly/pubs/pub_s/pubsallesf2004p1-34.pdf SILVA, Diecson Ruy Orsolin; MARKUS, Catarine; OLIVEIRA, Claudia; AVILA, Luis Antonio; AGOSTINETTO, Dirceu; SOSINSKY, Lilian Terezinha. ALTERAÇÃO DA COMUNIDADE BENTONICA EM MANANCIAS HÍDRICOS EM FUNÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS NA LAVOURA ORIZICOLA. 2008 Disponível em: www.ufpel.edu.br/cic/2009/cd/pdf/CA/CA_01535.pdf SILVA, F. L; MOREIRA, D. L; BOCHINI, G. L; Ruiz, S. S. HÁBITOS ALIMENTARES DE LARVAS DE CHIRONOMIDAE (INSECTA: DIPTERA) DO CÓRREGO VARGEM LIMPA, BAURU, SP, BRASIL- 2007. ISSN 0103 – 1643. Disponível em: www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume212/p155a159.pdf SILVEIRA, Mariana Pinheiro. APLICAÇÃO DO BIOMONITORAMENTO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA EM RIOS. (2004) Disponível em: www.cnpma.embrapa.br/public/index.php3?it=p&func=alivre SOUZA, Patricia A. P. A IMPORTÂNCIA DO USO DE BIOINDICADORES DE QUALIDADE: O CASO ESPECÍFICO DAS ÁGUAS. In: Uso e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil: Velhos e novos desafios para a cidadania. Coordenado por: Norma Felicidade, Rodrigo Constante Martins, Alessandro André Leme. – São Carlos: RIMA, 2006. 37 SONODA, Kathia C. RELAÇÃO ENTRE USO DA TERRA E COMPOSIÇÃO DE INSETOS AQUÁTICOS DE QUATRO BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. 2005. Disponível em: www.bv.fapesp.br/pt/dissertacoesteses/6726/relacao-uso-terra-composicao-insetos/