ATENÇÃO À PESSOAS COM PROBLEMAS RELACIONADOS AO CONSUMO DE CRACK Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas DAPES - SAS- MS OFICINA Produzindo, avaliando e disseminando sínteses de evidências para a tomada de decisão em saúde no Brasil - Mortalidade Perinatal, Materna e Near Miss; Crack; Nutrição & Micronutrientes Brasília, DF 10 a 13 de Dezembro de 2012 ATENÇÃO À PESSOAS COM PROBLEMAS RELACIONADOS AO CONSUMO DE CRACK NO BRASIL Coordenador: Dr. Roberto Tykanori Contexto do problema na jurisdição - População alvo: Pessoas com necessidades / demandas relacionadas ao consumo de crack (usuários e familiares fundamentalmente). No âmbto do Ministério da Saúde, a Área Técnica de Saúde Mental – Álcool e Outras Drogas é a principal responsável por desenhar e/ou implementar políticas sobre o tema. - Principal instituições de pesquisa envolvidas ou consultorias (se for o caso): CEBRID, OBD, OMS, OPAS E UNODC - Problemas prioritários, relacionados com o problema proposto: a dificuldade em relação a agilidade dos municípios na implantação dos serviço Contexto do problema No processo de implementação desta Política, cabe aos Estados e municípios a execução das ações, com o apoio técnico e finaceiro do MS. Para tanto se estrutura a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS Componentes da Rede de Atenção Psicossocial Problema específico: Estruturar Rede de Atenção Psicossocial efetiva 1. O problema: Estruturar uma Rede de Atenção Psicossocial que responda à necessidade de cuidado para população referenciada 2. Como foi identificado para chegar à nossa atenção? O “Fenômeno Crack” (que chega através dos veículos de comunicação, fundamentalmente), impoe ao Sistema de Saúde a necessidade de ofertar respostas efetivas às populações. Gestores e equipes técnicas trazem como problema importante e informam sua impossibilidade em responder às demandas. Dados Epidemiológicos Dados Epidemiológicos A maioria dos levantamentos epidemiológicos de âmbito nacional foi realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Os primeiros estudos começaram a ser publicados no final dos anos 90. Em 1999, o CEBRID realizou um levantamento domiciliar, que abrangeu as 24 maiores cidades paulistas. Nesse, o uso na vida (qualquer uso – inclusive um único uso experimental – alguma vez na vida): • O uso de cocaína foi de 2,1%, sendo maior a faixa etária entre 26 – 34 anos (4,0%). • O uso de crack foi de 0,4%. Dois anos depois, o I levantamento domiciliar nacional sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil (2001) entrevistou pessoas de 107 cidades, com mais de 200.000 habitantes,neste: • O uso na vida de cocaína foi de 2,3%, sendo mais prevalente nas regiões Sul (3,6%) e Sudeste (2,6%), intermediário nas regiões Nordeste (1,4%) e CentroOeste (1,4%) e de menor prevalência na região Norte (0,8%). Mais uma vez, a faixa etária de maior uso encontrava-se entre os 25 aos 34 anos (4,4%), com predominância do sexo masculino (7,2%). Dados Epidemiológicos • O uso na vida de crack foi de 0,7% para o sexo masculino e o uso de merla apareceu na região Norte com 1,0%, a maior do Brasil. A faixa etária de maior consumo para ambas as substâncias foi igualmente jovem e masculina, com índice de 1,2% (crack) e 0,5% (merla) para homens entre 25 – 34 anos. O V Levantamento Nacional sobre o uso de drogas entre crianças e adolescentes (10 – 18 anos) em situação de rua nas 27 capitais brasileiras, realizado pelo CEBRID (2002) relata que o uso freqüente (uso, em 6 ou mais vezes, nos últimos 30 dias que antecederam a pesquisa) de crack foi mencionado na maioria das capitais. • • • FONTE: CARLINI, E.A.; GALDURÓZ, J.C.F.; NOTO, A.R.; NAPPO, S.A. (2001). I Levantamento domiciliar nacional sobre uso de drogas psicotrópicas no Brasil. São Paulo: SENAD/CEBRID. NOTO, A.R.; GALDURÓZ, J.C.F.; NAPPO, A.S.; FONSECA, A.M.; CARLINI, C.M.A.; MOURA, Y.G.; CARLINI, E.A.(2002) Levantamento nacional sobre uso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua nas 27 capitais brasileiras. São Paulo: SENAD / CEBRID. Problema específico: Estruturar Rede de Atenção Psicossocial efetiva 1. Como descrevem (e demarcam) o problema? Constituir e consolidar uma Rede de Atenção Psicossocial efetiva para dar resposta à demanda de cuidado às pessoas com necessidades / demandas relacionadas ao uso de álcool e outras drogas. Para tanto, é necessário superar alguns desafios: Superar a alarmista atuação da mídia em função da questão – trabalhar opinião pública Reunir evidências científicas Identificar perfis e contextos dos usuários Desenvolver tecnologias de cuidado mais efetivas e plurais CONT. 1. 2. Preparar as equipes para atuar junto a estas demandas / Formação e Educação Permanente Gerar e usar de informação confiável – estabelecer indicadores adequados Promover defesa de direitos e coesão social Estimular protagonismo dos usuários Ampliar parcerias e ações intersetorias Agilizar processos de implantação da Rede Como o país enfrenta o problema atualmente? principais políticas existentes; Implantação da RAPS e o Programa Crack, é possível vencer. Qual a causa do problema? Determinantes e condicionantes de saúde dos jovens e adultos, do ponto de vista histórico, social, antropológico, biológicos, etc… (cultura, escola, saúde, moradia, trabalho e lazer). Que instituições podem participar, de maneira sustentável, na formulação de políticas informadas por evidências nesta área? - Do ponto de vista da saúde: OMS, OPAS, UNODC e SENAD. - Do ponto de vista da pesquisa: Universidades Públicas Federais e Estauais; Programa Pet Saúde Mental/Crack