São Pedro da Serra
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Feliz Nova Era
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Jorge Miguel Mayer
O show da virada de ano, segunda feira, em São
Pedro da Serra, se dará na quadra de esportes coberta, tendo no Forró Pé de Serra a principal atração. No sábado, dia 29, a palco da quadra receberá
os grupos K.E Villeroy e o Batalha de Rima, ambos
do Rio de Janeiro. Todos os dias antes de programação principal, às 19 horas, o palco estará livre
à iniciativa dos músicos com prévia inscrição pelo
e-mail: [email protected]. No domingo haverá
a JAN SESSION com músicos da região.
Artigos de tecidos e tapeçarias decoram a entrada
de casas e lojas de SPS. A promoção “Dezembro
com Som, Cor e Luz”, das artesãs do Atelier Teia
da Serra e da ACISPS teve a adesão de 50 lojistas.
O bar e restaurante ZUHAUSE, localizado no Cassino Serrano realiza, no último final de semana do
ano, uma programação de primeira. Na sexta feira,
a banda “Questo Pato”; no dia 29 o grupo Pernalonga; dia 30, a cantora Júlia Vargas e Banda. No
dia 31, será a vez do Reveilon com o show do Rock
Four, após as 21 horas.
A Banda Questo Pato formada pelos músicos Marcio Patão, no baixo, Marcos Paulo, na Guitarra;
Paulo Dali, no Sax, além de Alex Merlino na Bateria e Marcel no solo de Guitarra cantam o melhor
do Rock nacional. A animação e o talento da banda
podem ser conferidas ao melhor nível no requinte
dos restaurantes ao longo da Rua Rodrigues Alves, em SPS. Dia 28/12 no Zuhause às 21 horas.
Dias 29 e 30 no Mistura Certa. Dia 31 na Rosa dos
Ventos. É o Questo Pato abrilhantando a passagem de ano.
A falta de manutenção da iluminação pública de
São Pedro da Serra tem como consequência inúmeros espaços às escuras nas ruas.
A AMSP teve estendido o Mandato Tampão da atual diretoria até 14 de agosto de 2013. Com isto,
aguarda-se a apresentação de novas chapas de
grupos cidadãos visando o exercício da direção da
Associação de Moradores.
“A vida é um sopro.”
Oscar Niemeyer
Anunciaram que o mundo ia se
acabar em 2012. As afirmações se diziam
fundamentadas em previsões vinculadas ao
Calendário Maia. Pois bem, o ano chega ao
fim e o mundo não se acabou. Ou acabou?
A pergunta, caro leitor, parece tola. Explico.
Há uma clara dissociação entre realidade
e consciência, de tal modo que embora se
produzam mudanças na realidade, conservamos idéias próprias de um mundo que se
passou. Refletindo sobre as mudanças históricas vemos que certas estruturas e mentalidades insistem em permanecer dominantes quando as transformações objetivas já
a invalidam. Em outras palavras, morre um
mundo e nasce outro.
Talvez a referência ao fim do mundo seja na verdade ligada à visão do fim de
uma era. De qualquer maneira é sempre
bom lembrar que tudo é passageiro e histórico. Mesmo neste planeta, o homem é um
ser datado. Antes dele outras espécies existiram como os dinossauros, os mamutes.
Restringindo nosso foco à história humana,
assistimos o desabrochar e decadência de
civilizações. Mesmo na era da modernidade,
vemos os deslocamentos de hegemonias
de impérios, o soçobrar de estruturas, a
exemplo do comunismo na União soviética.
Mas como navegar é preciso, concentremo-nos nos atuais parâmetros econômicos, sociais, políticos e culturais. E, procuremos perceber o que chega ao fim, e o que
está nascendo. Saímos de um tempo em
que a escrita era o privilégio de uns poucos
para uma generalizada difusão deste código.
O tempo dos privilégios, do controle pelo saber dos meios de produção está dando lugar
a um tempo de difusão de conhecimentos e
de capacidades. Lembro a afirmação marxista de que, quando as forças produtivas
entram em contradição com as relações de
produção, estão criadas as condições para
as mudanças sociais. Hoje, em todos os
campos é possível uma produção capaz de
atender o crescimento populacional.
Nunca uma época acentuou tanto
o desperdício material e humano. Nunca o
absurdo de uma vida corrida atrás do nada
foi tão evidenciado, fazendo do homem um
apêndice do jogo material. Tomando o Brasil como exemplo, assistimos a aplicação de
bilhões em armamentos, hidroelétricas, deixando milhões sem alimentação, moradia
precária, falta de educação. E tudo isto regado a odes ao individualismo pela mídia que
se tornou a necessária e ilusória constante
costuradora social.
Os paradigmas estão se modificando. Saímos de um paradigma colonial
em que o País era dominado por uma oligarquia fundamentada na grande propriedade
exportadora para outro industrializante do
Arte em Retalhos
(Patchwork),
Artigos Ecológicos, Café, Livros
e Cds especiais
Tels: (22) 2542-3035
(22) 2542-3572
São Pedro da Serra, Nova Friburgo
Anexo à Pousada Baviera
qual resultou a intensa concentração urbana em algumas metrópoles, esvaziamento
rural e produção alimentar suspeita de envenenamentos. E mesmo mal conhecendo
os recursos naturais, eles estão sendo destruídos. Progresso marcado pela exclusão
social, pela degradação ambiental, pelo
afastamento do homem da natureza. Numa
época de tantos progressos na ciência médica, causa-nos horror a mercantilização
da medicina e o clamor de multidões para
serem ao menos atendidas. Enquanto os
mais ricos se enclausuram em microfortalezas, as multidões nas ruas estão sujeitas
a tiroteios que têm como sempre alvo as
populações pobres. Ao invés de buscar as
causas, atacam-se as consequências.
A política se dissociou da sociedade e diariamente desfilam-se os espetáculos de subordinação ao deus dinheiro. E
tudo se tornou mais volátil: o dinheiro que
com um clic se transforma em nuvem passageira. Ao mesmo tempo, o peso da vida
material está cada vez mais difícil. Carros
que entopem as vias públicas, engarrafamentos monstruosos, as pessoas cada vez
mais sem tempo...
Entretanto se delineiam alguns traços, esperanças de uma nova era. É possível que aldeias se estruturem com toda a ligação com a modernidade. Enfim, pode-se
quebrar esta ultraconcentração urbana. Os
sistemas de decisão podem também migrar
para os pequenos. Não é mais necessário
ficarmos atrelados a um padrão de vida único em que todos cantam a mesma música,
comem a mesma coisa. É hora de liberar a
iniciativa, a pluralidade.
Este artigo é apenas uma chamada. No meio das trevas acendemos uma
vela. E nunca foi tão importante que os indivíduos estejam atentos a uma ética, a ética
do amor ao próximo. Se não pode mudar o
mundo, mude a si próprio. Lembro um intrigante ditado japonês que dizia: quando eu
mudo, o mundo muda.
Por último, quero aproveitar a
oportunidade para lembrar que a nova gestão municipal de Nova Friburgo está diante
de um novo desafio cultural. Num contexto
em que o curso de História da Faculdade
Santa Dorotéia está vivendo o seu fim, resta o desafio de intensificar o conhecimento
regional. Para isto, novos horizontes se
abrem à política de memória e história. E é
com enorme satisfação que anunciamos a
criação de grupos de estudo regionais. Para
tanto, haverá uma primeira reunião no dia
20 de dezembro às 14 horas, significativamente no Sindicato de Professores.
O autor é Doutor e professor de história
da Universidade Federal Fluminense
[email protected]
Cinema, Shows,
Exposições,
Eventos e Palestas
Carlos Pinho: (21) 9989-3323
Celso Bomfim: (21) 9112-0653
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