UTILIZAÇÃO DE ALGAS NA ALIMENTAÇÃO DE POEDEIRAS
TAKAHASHI, S. E.1, MANFREDI, D.2, ROSSI, P.1, BIANCALANA, R. F.2, WIECZORKOWSKI,
R.2, DEORACKI, F. C.2, WELFER, W. C. Z.2, CRESPÃO, D.2,
(1)
Docente da UTFPR, câmpus Dois Vizinhos – PR. [email protected]
(2)
Acadêmico de Zootecnia da UTFPR, câmpus Dois Vizinhos – PR.
Resumo – Esta revisão teve como objetivo verificar estudos já realizados que utilizaram a aplicação
de algas na alimentação de galinhas poedeiras e codornas. As algas são organismos ricos em
nutrientes que podem proporcionar benefícios quando aplicado na nutrição de animais. Nesta revisão,
observou-se que a suplementação de algas na alimentação de poedeira auxiliou na melhora da
qualidade do ovo, isso se deve principalmente porque as algas são organismos ricos em pigmentos
(carotenoides).
Palavras-Chave – extrato de alga, cor da gema, poedeiras, codornas
ALGAE UTILIZATION ON QUAILS DIET
Abstract – The objective of this review was research previous studies evaluating the use of algae in
laying hens and quails diets. Algae are organisms rich in nutrients that can provide benefits when
added to animal diets. In this review observed that the algae supplementation in the laying hens diet
improved the egg quality of birds. This improvement was mainly because algae are organisms rich
in pigments (carotenoids).
Keywords – algae extract, yolk color, laying hens, quails
Introdução - As algas podem ser utilizadas para consumo humano, na forma de biofertilizantes, com
destaque no cultivo de produtos hortícolas e também na alimentação de animais de produção, visando
o aumento da produção de alimentos (STADNIK, 2005). Na alimentação animal a utilização de algas
ainda é pouco explorada, sendo utilizada como uma alternativa para as dietas animais, para substituir
ingredientes de custos elevados ou que apresentam riscos de escassez, como por exemplo, o fósforo e
o calcário. Este trabalho teve como principal objetivo verificar estudos já realizados que utilizaram a
aplicação de algas na alimentação de galinhas poedeiras e codornas.
Revisão de literatura - As algas de modo geral, possuem alto valor nutricional, contendo proteínas,
carboidratos, fibras, minerais (Ca, P, Na e K) e vitaminas A, B1, B12, C, D, E. Além disso, as algas
são ricas em pigmentos (carotenoides) com atividade provitamina A, B e C; e são fontes de compostos
com atividades biológicas que podem ser utilizados como alimentos funcionais (DHARGALKAR e
VERLECAR, 2009).
Na alimentação animal a utilização de algas ainda é pouco explorada, sendo utilizada como
uma alternativa para as dietas animais, para substituir ingredientes de custos elevados ou que
apresentam riscos de escassez, como por exemplo, o fósforo e o calcário, fato esse constatado por
Pelícia et al. (2007), que substituíram o calcário calcítico da ração por um produto derivado de algas,e
concluíram que é possível substituir em até 45% o calcário sem que ocorra efeitos negativos sobre o
desempenho ou qualidade de ovos de galinhas poedeiras.
A incorporação de algas marinhas na ração de poedeiras vem sendo uma forma alternativa de
produção de ovos enriquecidos com ômega 3. Isto só é possível devido à alga ser uma produtora
primária de ácidos graxos poli-insaturados e as poedeiras por conseguirem sintetizar estes ácidos
(PIBER NETO, 2006). Em comparação com ovos convencionais, a inclusão de algas garante uma
significativa modificação dos ácidos graxos da gema (CEDRO et al. 2010). Ao comparar ovos
convencionais e modificados com ômega 3, Cedro et al. (2010) encontraram uma média de ácidos
graxos poli-insaturados totais 41% superior. Além de nutritivo, o consumo de ovos é mais versátil que
de outros alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturados, como o peixe, por exemplo.
Carvalho et al. (2006) não observaram diferenças significativas para peso médio do ovo e
gema em seu experimento, porém, a qualidade interna dos ovos com níveis de alga entre 0,50% e
1,75% na dieta, apresentou diferenças significativas ao grupo controle, o que comprova melhora
progressiva da qualidade interna (90,64% e 92,17%, verificada através da Unidade Haugh) pela
elevação dos níveis de alga na dieta de aves. Herber-McNeill & Van Elswyk, (1998) trabalharam com
uma dieta contendo algas marinhas com intuito de melhorar a cor da gema de galinhas poedeiras.
Obtiveram como resultado que a alga é útil para melhorar a cor da gema, através de seu teor de
carotenoides, mantendo a aceitabilidade do consumidor.
Trabalhando com codornas japonesas, Anderson (1986) não verificou ganho de peso e
conversão alimentar positivas com a adição de alga Spirulina platensis nos níveis de 2,5; 5; 10 ou
20% de inclusão. Mas no nível de 1%, obteve boa coloração para os ovos. Concluindo que algas
podem ser utilizadas como uma fonte complementar de pigmento para a dieta destes animais. A
utilização de algas na alimentação de codornas japonesas propicia um aumento de 4,26% sob a
produção de ovos com a inclusão de 0,25% do produto, bem como ovos mais pesados (11,15 g)
comparados ao controle (10,04 g) (PERALI et al., 2003). Na pesquisa realizada por Melo et al. (2008)
o uso de farinhas de algas mostrou uma melhora na qualidade da casca de ovos de codornas.
Conclusões – Pode-se observar que a aplicação de algas na alimentação de galinha poedeiras e
codornas melhorou a coloração da gema em diversos estudos, mas de modo geral a utilização de
algas não afetou negativamente o desempenho zootécnico dos animais. Portanto, a aplicação das algas
como suplemento na alimentação de poedeiras é uma ferramenta útil para a melhorar a qualidade de
ovos.
Referências Bibliográficas
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n.1- 4,1986.
CARVALHO, P. R. de. et al. Influência da adição de fontes marinhas de carotenóides à dieta de
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STADNIK, M. J. Potencial biotecnológico de algas para uso agrícola. Oficina de trabalho
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