Comunicado de Imprensa APELO PÚBLICO DA AEP PARA QUE A GESTÃO DA TAP DEIXE DE DESCONSIDERAR AS REGIÕES NORTE E CENTRO No preciso dia em que se cumprem 166 anos sobre a sua fundação, então sob a designação de Associação Industrial Portuense, o Conselho de Administração da AEP Associação Empresarial de Portugal vem publicamente lamentar que sejam as populações e as empresas do Norte e Centro do país quem mais estão a ser prejudicadas pela greve dos pilotos da TAP e da Portugália. Trata-se de duas regiões que têm no Aeroporto Francisco Sá Carneiro uma importante infraestrutura de apoio à atividade exportadora das suas empresas, porta de entrada de relevantes fluxos turísticos e fator de mobilidade para milhares de portugueses daqui naturais ou que aqui vivem. Como atestam as informações que nas últimas horas têm sido oficialmente veiculadas, não foram acautelados os interesses dos cidadãos que nasceram, vivem ou trabalham nas duas regiões que, no conjunto, respondem por cerca de dois terços das exportações portuguesas. Ao fim de três dias de greve, já se percebeu que quem gere o grupo TAP optou por subalternizar o centro operacional que ainda tem no Porto, na tentativa de mitigar os efeitos da paralisação em Lisboa. Na verdade, as escolhas feitas para início e fim dos voos que têm estado a ser realizados traduzem um desrespeito inqualificável pelos portugueses das regiões Norte e Centro, não têm em conta as necessidades da economia nacional e tentam desvalorizar o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que compete diretamente com outros aeroportos do Nordeste peninsular. Não podendo deixar de criticar esta situação, a AEP vem publicamente: 1. Apelar a todas as partes envolvidas para que ponderem as consequências negativas que o arrastar da greve vai ter na economia nacional, na operação de milhares de empresas instaladas nas regiões Norte e Centro e nos territórios servidos pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro; 1 2. Solicitar a especial atenção do Conselho de Administração da TAP para a difícil situação em que se encontram centenas de clientes seus que optaram por entrar ou sair do país a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Urge a adoção de medidas excecionais, para que os serviços e as respostas disponibilizadas aos passageiros em Lisboa também o sejam no Porto; 3. Pedir às instituições, decisores políticos e grupos de interesses envolvidos no processo de greve que tenham em conta a vida dos portugueses e as necessidades das empresas das regiões Norte e Centro quando definirem prioridades e se confrontarem com a viabilização dos voos que estão consignados na deliberação do Tribunal Arbitral que, em sede de Conselho Económico e Social, decretou os serviços mínimos. A não ser encontrada rapidamente uma saída que, através de atos concretos, traduza a importância que todos os passageiros da TAP e da Portugália, independentemente do aeroporto que utilizam, têm para a transportadora aérea nacional, é convicção da AEP que todos perdemos: a economia portuguesa, o Governo, o grupo TAP, os pilotos, os cidadãos e as empresas. É hora, pois, de o bom senso e o diálogo imperarem, na defesa do interesse geral e de Portugal. E isso não se fez subalternizando os passageiros da TAP que escolheram o aeroporto do Porto em detrimento de outro qualquer. Porto, 3 de maio de 2015 Pel’O Conselho de Administração da AEP – Associação Empresarial de Portugal, Paulo Nunes de Almeida (Presidente) 2