4 BAURU, sábado, 23 de maio de 2015 POLÍTICA MEC adia e Medicina fica para 2016 O anúncio da faculdade vencedora seria feito ontem, mas ficou para julho. Seis instituições privadas disputam a implantação do curso em Bauru Arquivo/FIB THIAGO NAVARRO O SEIS Em Bauru, seis instituições estão concorrendo para receber o curso. Em abril, o MEC publicou aquelas que foram pré-aprovadas, com a divulgação de resultados preliminares – mas que podem mudar totalmente na próxima divulgação, em julho, quando efetivamente se saberá qual instituição deve receber a faculdade de Medicina, com a ratificação em agosto. Na classificação preliminar, a Uninove foi a primeira colocada, com a Anhanguera Educacional em segundo, [ [ início do primeiro curso de Medicina em Bauru ficará mesmo para 2016. Isso porque a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres), do Ministério da Educação (MEC), adiou para o dia 10 de julho a escolha das instituições que receberão os cursos nas 39 cidades credenciadas pelo Ministério em setembro de 2014 – entre elas Bauru e a vizinha Jaú (a 47 quilômetros de Bauru). A escolha preliminar seria divulgada ontem, com prazo para eventuais recursos de 25 de maio a 5 de junho, e a divulgação final em 24 de junho, o que, em tese, permitiria que a instituição escolhida iniciasse o curso já no segundo semestre deste ano. O prazo para a implantação é de até 18 meses após a publi- cação do resultado final. Entretanto, o MEC anunciou ontem que, em função da grande quantidade de instituições que enviaram propostas, a data de divulgação do resultado preliminar passou para 10 de julho, com prazo para recurso entre 13 e 22 de julho, e resultado final sendo publicado no Diário Oficial da União em 28 de agosto. Ou seja, o curso de medicina nestas cidades só começará no próximo ano, para que haja tempo hábil de realização de processos seletivos (vestibular) e a estrutura para os primeiros semestres de aula. Em Bauru, serão oferecidas 100 vagas por turma (anualmente). 100 Vagas serão oferecidas anualmente no futuro curso de Medicina em Bauru Unoeste em terceiro, Unimar em quarto, Anhembi-Morumbi em quinto, as Faculdades Integradas de Bauru (FIB) em sexto e a Estácio de Sá em sétimo. A Unicastelo chegou a enviar proposta, mas foi desclassificada. Das seis entidades que seguem no certame, apenas a FIB é bauruense, comandada pela família Ranieri, com mais de 70 anos de atuação no setor educacional (com o Colégio Liceu Noroeste, e depois com a própria FIB). Das demais concorrentes, a Anhanguera possui câmpus em Bauru, na Avenida Moussa Tobias (região norte da cidade), e a Uninove também está presente no município, oferecendo principalmente cursos de graduação e pós-graduação à distância. Unoeste, Unimar, Anhembi-Morumbi e Estácio de Sá não possuem nenhuma atividade em Bauru atualmente. MAIS MÉDICOS O edital que selecionou os 39 municípios, de todas as regiões do País, faz parte do Programa ‘Mais Médicos’, do governo federal. Comandado pelo Ministério da Saúde, o programa foi lançado em 2013 com o objetivo de levar médicos a regiões com carência destes profissionais. Pública z FIB é única instituição bauruense na disputa para receber curso Cidades maiores, como Bauru, também foram incluídas. Na primeira fase, muitos médicos estrangeiros, sobretudo cubanos, vieram para trabalhar no Brasil, e muitos deles ainda estão atendendo na rede básica de saúde. Estes médicos não podem atuar na urgência e emergência, por conta das regras do programa. Neste ano, o Mais Médicos fez nova seleção de profissionais, mas não houve necessidade de trazer estrangeiros desta vez, pois todas as vagas foram preenchidas por brasileiros. No setor de ensino, o Mais Médicos tem como objetivo formar novos profissionais em cidades e regiões que ainda não possuem cursos de Medicina, com a implantação de cursos privados. A concessão de bolsas é um dos critérios que pode pesar na escolha das entidades em cada município. Um edital foi aberto em 2013, na qual Bauru participou e foi aprovada. A etapa seguinte é a escolha da instituição que receberá o curso em cada cidade, cujo prazo de divulgação foi prorrogado pelo MEC, que coordena esta parte do programa, com o apoio do Ministério da Saúde. Neste ano, novo edital foi aberto, mas voltado a cidades do Norte e do Nordeste. Mesmo com a instalação de um curso privado podendo ocorrer já no primeiro semestre de 2016, Bauru segue pleiteando um curso público. Em março de 2014, a presidente Dilma Rousseff, durante entrega do Minha Casa Minha Vida na cidade, anunciou que Bauru teria um curso público futuramente, mas ainda não houve nenhuma movimentação do governo neste sentido. Paralelamente, um projeto de lei do deputado federal Milton Monti (PR-SP) tramita no Congresso Nacional, para criar a Universidade Federal de Bauru. A instituição pública começaria já com Medicina, e abrigaria ainda outros cursos na área de saúde. O projeto passou em março pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Assembleia cria uma Frente Parlamentar de Segurança Coronel Camilo preside o grupo e defende fortalecimento da polícia comunitária Quioshi Goto VINICIUS LOUSADA E mpossado no cargo de deputado estadual em março deste ano, após atuar dois meses como vereador na cidade de São Paulo, Coronel Camilo (PSD) viabilizou a criação da Frente Parlamentar pela Segurança Pública, instaurada no último 18 de maio e que reunirá, na Assembleia Legislativa, 40 congressistas, entre membros e apoiadores, filiados a diversas siglas partidárias. O grupo, inédito no Estado, se reunirá mensalmente e promoverá debates que fomentarão a criação de políticas públicas em âmbitos, não apenas estadual, como também municipal e federal. “O que couber ao Legislativo, vamos fazer. O que couber ao governador, vamos trabalhar para implantar. O que for de competência das prefeituras ou da União, como mudanças no Código Penal, vamos sugerir e encaminhar”, explica. Melhorias nas condições de trabalho aos policiais, integração nas ações das polícias, fortalecimento dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) estarão na pauta da frente parlamentar. “Eu sou um entusiasta da polícia comunitária porque ela é capaz de gerar um círculo virtuoso. A população Ex-comandante-geral da PM, deputado diz que iniciativa é inédita passa a acreditar e confiar no Estado e, principalmente, a contribuir com a polícia com informações importantes para o planejamento estratégico”, diz Coronel Camilo, que foi comandante-geral da Polícia Militar (PM) entre 2009 e 2012. AUDIÊNCIAS O deputado estadual ressalta ainda que a frente promoverá audiências públicas, com a participação de especialistas. A primeira delas, cuja data ainda não foi definida, terá como tema “Prevenção primária de desordem urbana”. Nesse sentido, o policial militar reformado conta que já apresentou seu primeiro projeto de lei na Assembleia, com o intuito de permitir que a PM coíba os veículos estacionados com música em alto volume, o que ele chama de “pancadão”. “É uma experiência que deu certo na cidade de São Paulo, a partir de lei de minha autoria”. ASSISTÊNCIA Coronel Camilo esteve em Bauru nessa sexta-feira para discutir possíveis melhorias para a Associação Policial de Assistência e Saúde (Apas). A entidade oferece respaldo médico tanto aos policiais militares quanto a seus familiares, no Interior do Estado de São Paulo.