ID: 61516103
22-10-2015
Tiragem: 8000
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 25,00 x 21,84 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 2
Cientistas dão valor acrescentado
a espinhas de peixe e algas do mar
NOVOMAR é um consórcio científico, coordenado pelo Grupo 3 B’s da Universidade do Minho, que valoriza recursos e resíduos
marinhos. Espinhas de peixe e algas serão reaproveitadas, num futuro mais ou menos próximo, no tratamento de doenças.
CIÊNCIA
| José Paulo Silva |
A produção de novos biomateriais com capacidades regenerativas, farmacológicas e nutracêuticas a partir de recursos
marinhas é o desafio para os
próximos anos do consórcio europeu ‘NovoMar’, coordenado
pelo Grupo 3 B’s da Escola de
Engenharia da Universidade do
Minho. Ontem, no Avepark Parque de Ciência e Tecnologias
das Caldas das Taipas, foram
apresentados os resultados da
actividade desenvolvida no Centro Multipolar de Valorização de
Recursos Marinhos (CVMar),
estrutura co-financiada por fundos da União Europeia e que se
pretende agora consolidar.
A produção de cologénio para
aplicações biomédicas a partir
de espinhas de bacalhau ou de
algas é um dos trabalhos desenvolvidos pelos cientistas do
CVMar, exemplificou Rui Reis,
director do Grupo 3 B’s e coordenador do consórcio NovoMar.
Ricardo Perez Martín, do Instituto de Investigaciones Marinas
- outra das entidades parceiras
do consórcio ‘NovoMar’- apresentou os resultados da investigação científica realizada nos últimos anos no Centro de Valo-
DR
Resultados científicos do projecto NovoMar foram apresentados ontem no AvePark
rização de Recursos Marinhos,
destacando as hipóteses que se
abrem para a produção, a partir
de algas, de micropartículas com
capacidades para o tratamento
da diabetes mellitus ou de cancro.
Rui Reis avisa que, apesar dos
sucessos dos resultados em laboratório, os benefícios da valorização de recursos marinhos no
bem estar das pessoas não são
para o curto prazo. Há que esperar pelos longos processos de
ensaios clínicos e de certificação
para se poder, por exemplo, a
partir do cologénio estraído de
espinhas ou pele de peixes, criar
novos compósitos para o tratamento de queimaduras ou para a
reconstituição de ossos e cartilagens.
O projeto NovoMar dá sequência a uma linha de investigação
iniciada em 2006.
O Centro Multipolar de Valorização de Recursos Marinhos,
pretende ser um agente activo na
eurorregião Norte de Portugal/Galiza no desenvolvimento e
o uso sustentável dos recursos
marinhos, incluindo a valorização dos seus subprodutos.
Rui Reis destacou ontem que o
sucesso da investigação coordenada pelo Grupo e3 B’s ganhará
nova dimensão com a concretização da parceria estabelecida
em Março deste ano entre a Universidade do Minho e a Câmara
Municipal de Esposende para a
instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia
Marinha (IMCTM) nos edifícios
e terrenos da antiga Estação Rádio Naval de Apúlia, e do Centro
de Divulgação Científica de Actividades Marinhas (CDCAM),
que ficará sediado no Forte de S.
João Baptista.
Segundo este vice-reitor da
Universidade do Minho, o futuro Instituto funcionará em articulação com o trabalho já realizado no AvePark.
Os novos laboratórios e o alojamento que serão criados na desactivada Estação Rádio Naval
possibilitarão a atracção de “investigadores de topo mundial”.
A mudança de Governo, na sequência das recentes eleições legislativas, poderá vir a atrasar o
processo de instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência
e Tecnologia Marinha, uma vezque os terrenos e imóveis da antiga Estação Rádio Naval são
propriedade do Ministério da
Defesa.
ID: 61516103
22-10-2015
Tiragem: 8000
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 8,47 x 3,91 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 2 de 2
CIÊNCIA
Cientistas acrescentam valor
a espinhas de peixe e algas
Consórcio coordenado por grupo da Universidade do Minho
valoriza recursos para o tratamento de doenças.
Pág. 16
Download

Cientistas dão valor acrescentado a espinhas de peixe e algas do mar