Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem A Influência do Tráfego de Composições de Veículos de Carga - CVC´s sobre os Pavimentos das Rodovias do Rio Grande do Sul Volume 1: Relatório DOC - DAER / Lastran - UFRGS Março/2003 Lastran/Ufrgs/Daer Sumário Apresentação 03 Localização dos Postos de Contagem 04 Resumo 05 1. Introdução 06 2. Definição das rodovias representativas da rede 08 3. Programação e execução das contagens volumétricas 09 4. Cálculo do índice de expansão para 24 horas e do VDM24 13 5. CVC’s com eixos suspensos 14 6. Cálculo da quantidade de veículos da categoria 2U 16 7. Cálculo da expansão anual e do VDMa 18 8. Resumo do VDM 19 8.1 VDM com CVC's 19 8.2 VDM sem CVC's 21 9. Hipóteses de carregamento da frota 24 9.1 Com fiscalização por pesagem 24 9.2 Sem fiscalização por pesagem 24 10. Cálculo do fator de eixos – FE 25 11. Cálculo do fator de carga – FC 25 12. Fator de veículo por rodovia - FV 26 13. fator de veículo por categoria - FV 28 14. Número N 29 15. Principais resultados e conclusões 36 Referências Bibliográficas 43 2 Lastran/Ufrgs/Daer Apresentação O presente Relatório contém a descrição das atividades, os procedimentos adotados, anexos contendo memórias de cálculo e informações complementares e as conclusões do Trabalho realizado com a finalidade de analisar os efeitos das composições de veículos de carga sobre os pavimentos da rede arterial de rodovias pavimentadas do Estado do Rio Grande do Sul. O Estudo foi solicitado pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul – DAER e realizado pelo Lastran – Laboratório de Sistemas de Transportes, do Departamento de Engenharia de Produção e Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A relação entre as partes decorre do protocolo de colaboração técnico-científica celebrado entre o DAER e a Fundação Empresa – Escola de Engenharia da UFRGS – FEENG, através do Contrato de n°PJ/CD/158/02. Equipe Técnica: Coordenação Lastran/Ufrgs: João Fortini Albano Coordenação Doc/Daer: Emir Masiero Bolsista: Daniel Rech 3 Lastran/Ufrgs/Daer Localização dos Postos de Contagem 4 Lastran/Ufrgs/Daer Resumo O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de verificar os efeitos provocados pelo tráfego das Composições de Veículos de Carga – CVC’s sobre os pavimentos da rede de rodovias arteriais do Rio Grande do Sul. Para atendimento a este objetivo, foram executadas contagens volumétricas qualificadas em quatro importantes rodovias do Estado. O desempenho dos pavimentos foi avaliado através da variação do Fator de Veículo – FV e a durabilidade através das alterações no Número N provocadas por diferentes condições de carregamento e crescimento da frota. As comparações foram desenvolvidas entre cenários de composição da frota sem e com CVC’s. Os resultados das contagens indicam percentuais baixos de CVC’s na frota de comercial. Concluiu-se que o uso de CVC’s implica na possibilidade de aumentos variáveis entre 1,2 e 4,3% nos danos causados aos pavimentos e uma redução da vida útil entre 0,6 e 4,3%. Estes valores podem ser considerados relativamente modestos. Adicionalmente, determinou-se que para pavimentos dimensionados para suportar a ação do tráfego dentro dos limites legais de carga por eixo, quando submetidos a excesso de carga da ordem de 20,0%, praticado por 30% dos veículos da frota, pode haver uma redução de até 24,0% da vida útil prevista. 5 Lastran/Ufrgs/Daer 1. Introdução Não se pode questionar nem minimizar a importância do transporte rodoviário de cargas. Em termos nacionais, o setor tem a responsabilidade de 60,5% da movimentação das cargas. Sem o transporte rodoviário, produtos essenciais não chegariam às mãos dos consumidores, indústrias não produziriam e o comércio externo seria mínimo. Qualquer nação fica praticamente paralisada se houver interrupção dos serviços prestados pelo setor. No Rio Grande do Sul, a dependência da economia ao transporte rodoviário é ainda maior. Nos últimos anos os transportadores têm enfrentado uma crise cujas conseqüências provocam o fechamento de empresas e uma redução no número de autônomos. Existem várias causas que indicam a origem dos problemas. Técnicos do setor apontam para mudanças nos paradigmas de mercado provocados pelos efeitos da globalização, a maior competitividade, a redução da necessidade de manter estoques, etc. são condições que, somadas, reduzem o valor e a demanda por fretes, situação que tem obrigado as empresas a amplas reformulações logísticas como forma de sobrevivência. Reivindicam-se medidas oficiais de regulamentação como possibilidade de contornar as dificuldades. A produtividade do transporte de cargas no Brasil é deficiente, atingindo segundo a CNT e COPPEAD (2002), apenas 22% daquela registrada no sistema de transporte dos Estados Unidos. Algumas empresas e associações de pequenos e médios empresários, na busca de melhores resultados, estão começando a trabalhar quase que exclusivamente com composições de veículos de carga – CVC’s, particularmente, bitrens eletrônicos, com maior capacidade de carga, maior potência, motores mais duráveis e menor consumo de combustível. Porém, o aumento das CVC’s deve ser bem avaliado pelo poder público, pois os mesmos interferem no fluxo do tráfego, no desempenho e na durabilidade dos pavimentos, pontes e viadutos. Com base na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, emitiu a Resolução nº 68, publicada no Diário Oficial da União em 25 de setembro de 1998, que obriga os órgãos gestores do trânsito a emissão de Autorização Especial de Trânsito – AET como medida de controle da circulação das CVC’s. Desde então iniciou uma discussão de amplitude nacional a respeito dos critérios de análise das solicitações de AET’s bem como dos valores que deveriam ser cobrados dos transportadores pelas mesmas. Através de uma iniciativa da Associação Brasileira de Departamentos de Estradas de Rodagem – ABDER foi criado o Grupo Autorização Especial de Trânsito que tem discutido no âmbito dos DER’s uma padronização dos critérios de análise e cobrança de AET’s. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo Grupo tem sido a escassa quantidade de estudos e pesquisas que definam com rigor científico a influência e as repercussões do tráfego das CVC’s sobre a infra-estrutura viária implantada. 6 Lastran/Ufrgs/Daer Um dos primeiros estudos sobre o assunto foi desenvolvido por Fernandes Júnior et al. (1995). Os autores indicam que os CVC’s (no estudo foram considerados o tritrem e o rodotrem) resultam mais econômicos do que os veículos convencionais. Recentemente, pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP apresentaram ao DER/SP (2001) um trabalho que caracterizou algumas limitações do tráfego de CVC’s sobre as estruturas de obras de arte especiais. Preocupada em encaminhar uma solução para o assunto, a Diretoria de Operação e Concessões do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER decidiu solicitar ao Laboratório de Sistemas de Transportes – LASTRAN da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS um estudo para determinar a influência do tráfego das CVC’s sobre os pavimentos da rede arterial de rodovias gaúchas. Foi, então, celebrado o convênio de cooperação materializado pelo Contrato n°PJ/CD/158/02, entre o DAER e a Fundação Empresa – Escola de Engenharia da UFRGS. Os métodos de trabalho foram discutidos entre as partes e foram definidos dois procedimentos de avaliação da influência dos CVC’s sobre os pavimentos: a. Medir o desempenho dos pavimentos através da variação no valor do Fator de Veículo – FV nas situações de frota com e sem CVC’s e, b. Medir a alteração na vida útil prevista para os pavimentos para tráfego com e sem CVC’s em função de modificações no número N caracterizado pelo número de aplicações equivalentes ao eixo padrão de 8,2t. O cálculo dos valores de FV e N, executado no presente estudo, levou em conta os fatores de equivalência de cargas considerados pelo Corpo de Engenheiros do Exército Norte Americano (USACE) que se baseiam nos efeitos de deformação permanente (afundamento nas trilhas de roda) provocado pela ação do tráfego sobre a estrutura dos pavimentos flexíveis (DNER, 1998). Foram definidas quatro rodovias representativas da rede de rodovias arteriais e executadas contagens volumétricas classificadas. Formularam-se hipóteses de carregamento e crescimento da frota dos veículos de carga, calcularam-se os parâmetros FV e N para cada trecho com e sem a presença das CVC’s na frota e, por fim, concluiu-se que, de acordo com os elementos disponíveis, o uso de CVC’s contribui com um acréscimo de 1,18 a 4,29% nos danos provocados aos pavimentos e com uma redução de 0,63 a 4,28% na vida útil prevista. Além das referências citadas, o trabalho está apoiado nas recomendações do Método de projeto de pavimentos flexíveis do DNER (1979), na pesquisa desenvolvida pelo consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, eng. Marcílio Augusto Neves, (2002) e no artigo técnico Considerações sobre a determinação do Fator de Veículo no cálculo do Número N, de Soares J. B. e Motta L. M. G. (2001). 7 Lastran/Ufrgs/Daer 2. Definição das rodovias representativas da rede Os critérios definidos para a escolha das rodovias representativas da rede de rodovias foram os seguintes: § Existência de pontos de apoio adequados para execução das contagens e levantamentos de dados necessários; § Disponibilidade de um rápido recrutamento e facilidades de treinamento do pessoal para os levantamentos de campo; § As rodovias escolhidas deveriam cobrir o espectro quantitativo do tráfego de veículos comerciais e, § Existência significativa de volume de CVC’s, uma vez que se procura determinar o efeito destes sobre os pavimentos da rede rodoviária. Tendo em vista o atendimento aos critérios estabelecidos, definiu-se que as rodovias escolhidas para o desenvolvimento do estudo fariam parte do elenco de trechos integrantes do Programa Estadual de Concessões de Rodovias – PECR, administrado pelo DAER através da Divisão de Operação da Via e Concessões. Definiu-se também que o estudo seria desenvolvido em rodovias com alto, médio e baixo Volume Diário Médio – VDM de veículos comerciais. Assim, com base nas Acompanhamento do Programa Comunitários no Rio Grande do rodovias como representantes da finalidade do trabalho: informações Estadual de Sul (DAER, malha viária contidas no Relatório Anual de Concessões de Rodovias e Pedágios 2001), foram escolhidas as seguintes gaúcha tendo em vista os objetivos e Quadro 2.1 – Trechos definidos para o estudo Rodovia BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 Frota Comercial Frota Comercial Quantidade em 2001 Qualidade em 2001 Estrela – Entr. RST/287 1.151.214 Alto Eldorado do Sul – Pantano Grande 809.638 Médio Santa Cruz do Sul – Tabai 801.525 Médio Carazinho – Passo Fundo 497.916 Baixo Trecho Os locais definidos para a coleta de dados e contagens volumétricas em função dos critérios estabelecidos e condições de apoio foram as praças de pedágio, nas seguintes localizações: Quadro 2.2 - Localização dos postos de coleta de dados Rodovia Localização do Posto Localidade BR 386 Km 370 + 752,00 Fazenda Vista Alegre BR 290 Km 129 + 140,00 Eldorado do sul BR 287 Km 86 + 880,00 Venâncio Aires BR 285 Km 326 + 300,00 Passo Fundo 8 Lastran/Ufrgs/Daer 3. Programação e execução das contagens volumétricas Os dados relativos ao fluxo e tipo de veículos historicamente gerados nos postos de pedágio do sistema não podem ser utilizados de forma integral em estudos tradicionais de tráfego. Esta condição fica mais evidente quando se pretende associar a quantidade e a categoria dos veículos de carga com o desempenho de pavimentos, pois as cargas sobre as estruturas de pavimentos são avaliadas por pesos praticados por veículos classificados de acordo com os "conjuntos de eixos" ao contrário dos eixos individuais, que atendem particularmente a questões operacionais e financeiras relativas à operação das rodovias concedidas. Por este motivo, tornou-se necessária a execução de Contagens Volumétricas Classificadas dos veículos comerciais, particularmente dos CVC´s, tendo em vista o desenvolvimento da investigação pretendida pelo presente trabalho. A programação das contagens desenvolvida pela Coordenação do Convênio estabeleceu o cumprimento dos seguintes quesitos: § Os auxiliares de pesquisa para os levantamentos seriam recrutados nos quadros das empresas concessionárias; § Para a melhor correção e uniformidade da coleta dos dados de campo foi definida uma planilha padrão; § A frota comercial de veículos foi definida como constituída por veículos de carga pesada (truque), ultrapesado (carretas) e CVC´s. O tipo e a quantidade de modelos de CVC´s (reboque, bitrem, tritrem e rodotrem) foram selecionados de acordo com os modelos autorizados e constantes no Anexo I da Resolução 68 do Contran. Outras composições autorizadas, mas de circulação inexpressiva nas estradas gaúchas foram descartadas para o presente levantamento; § Em face da inexistência de informações oficiais, programou-se também contar a quantidade de eixos suspensos em todos os veículos de carga; § Para maior agilidade da pesquisa, definiu-se que veículos do tipo 2U não seriam contados. A quantidade desta categoria seria determinada através do universo de dados existente nos Relatórios de Acompanhamento do PECR, corrigidos pela quantidade de veículos da categoria 3U, anotados com eixos suspensos; § Ficou estabelecido que as contagens volumétricas seriam realizadas no período de 04 a 10 de novembro de 2002. Nos dias 5 (terça-feira) e 08 (sexta-feira) os serviços seriam realizados durante as 24 horas do dia. Para os demais, programouse as contagens para o período entre as 06 e 22 horas; § As instruções deveriam ser repassadas e executado um treinamento prévio com os auxiliares de pesquisa tendo em vista o bom e correto andamento dos trabalhos no campo. As determinações e o material para a coleta de dados foram transmitidos ao pessoal técnico das concessionárias em um encontro realizado na Sala de Reuniões da DOC/DAER no dia 21 de outubro de 2002. Desta forma, com base na programação estabelecida, os dados de campo foram levantados dentro de condições consideradas normais. A Coordenação do Estudo realizou 9 Lastran/Ufrgs/Daer uma inspeção aos locais de coleta de dados, oportunidade em que foram esclarecidos detalhes e fornecidas instruções complementares, particularmente no que diz respeito à consolidação, tabulamento dos dados e prazos para encaminhamento do material à DOC/DAER. Apresenta-se, a seguir, nas Figuras 3.1 a 3.3, fotografias que retratam as inspeções realizadas nos serviços de campo. Figura 3.1 - Inspeção da Coordenação ao posto da BR 386 Figura 3.2 - Inspeção da Coordenação ao posto da BR 290 10 Lastran/Ufrgs/Daer Figura 3.3 - CVC no posto de pedágio As planilhas de contagem com os dados oriundos do campo foram totalmente revisadas e as informações foram devidamente consistidas e consolidadas. O Quadro 3.1 apresenta o total de veículos levantados por categoria durante o período. Quadro 3.1 - Resumo das contagens volumétricas Categoria 2U 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 Total Total veículos contados no período, corrigido para 24 horas BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 7718,34 30,00 290,59 3668,44 62,60 1850,88 71,00 25,44 0,00 32,71 383,77 0,00 8,00 14.141,77 3880,51 54,00 151,74 2598,96 218,57 787,48 28,00 153,00 18,30 88,74 62,69 32,00 15,00 8.088,99 3328,00 42,00 278,00 1767,00 71,00 783,00 48,00 15,00 2,00 66,00 37,00 0,00 0,00 6.437,00 1997,56 19,00 180,69 2235,70 39,00 827,28 7,00 0,00 3,00 94,92 101,94 0,00 3,00 5.509,09 A seguir, apresenta-se a planilha utilizada para registro das contagens do número qualificado de veículos da frota de carga e da quantidade de conjunto de eixos com o rodado suspenso. 11 Lastran/Ufrgs/Daer CONTAGEM DE TRÁFEGO CONVÊNIO DAER-UFRGS Página Trecho: Praça de Pedágio: Sentido: Data: ____de _____ Hora Inicio: Hora Final: Tipos de Veículos Conjunto de Eixos com Rodado Levantado Código DAER Código Geral 3 3U 3 2S1 4 2S2 5 2S3 5 3S2 6 3S3 4 2UR2 5 3UR2 6 3UR3 7 3UR4 7 3S2B2 8 3S3B2 7 3UR2R2 9 3S2A1S2 N.º de Veiculos da Categoria CE2 CE3 CE4 CE5 12 Lastran/Ufrgs/Daer 4. Cálculo do índice de expansão para 24 horas e do VDM24 Nos dias 5 (terça-feira) e 8 (sexta-feira) de novembro, as contagens volumétricas foram executadas durante 24 horas. Nos demais dias os levantamentos foram procedidos entre as 06 e 22 horas. Para cada categoria de veículo de carga foi calculado um índice de expansão com base nos levantamentos executados na terça e na sexta-feira. Para o índice de expansão final de cada categoria foi determinada a média aritmética entre os índices de terça-feira (fluxo baixo) e o de sexta-feira (fluxo alto). Não foram calculados índices de expansão nem feita a correção do VDM para 24 horas para as contagens realizadas na BR 287 no posto de Venâncio Aires, uma vez que, neste local, os levantamentos foram realizados durante 24 horas por dia todos os dias. Os índices de expansão calculados estão discriminados no Quadro 4.1. Na seqüência, foram corrigidos para 24 horas os totais por categoria de veículos de carga levantados por dia, multiplicando-se cada um pelo índice de expansão determinado. Os valores do VDM24 calculados estão apresentados no Quadro 4.2. A memória dos cálculos executados está integralmente reproduzida no Anexo 3. Quadro 4.1 - Índice de Expansão do VDM para 24 horas por categoria Categoria BR 386 BR 290 BR 285 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 1,11 1,00 1,15 1,10 1,27 1,08 1,56 1,33 1,18 1,00 1,26 1,34 1,07 1,34 2,50 5,67 1,05 1,24 1,04 1,00 1,00 1,19 1,00 1,04 1,25 1,50 1,16 1,00 1,00 1,00 1,44 1,10 3,07 1,10 1,00 1,00 13 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 4.2 – Valores do VDM24 calculados Categoria BR 386 BR 290 BR 285 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 1102,62 4,29 41,50 524,06 8,96 264,43 10,14 3,65 0,00 4,71 54,81 0,00 1,14 440,07 7,71 21,68 371,28 31,22 112,50 4,00 21,86 2,61 12,68 8,96 4,57 2,14 281,08 2,71 25,81 319,39 5,57 118,18 1,00 0,00 0,43 13,56 14,56 0,00 0,43 5. CVS´s com eixos suspensos Juntamente com as contagens volumétricas classificadas procedeu-se uma determinação da quantidade de eixos suspensos para cada categoria de veículo. A quantidade de eixos suspensos contados na categoria 3U possibilitou a correção dos registros históricos existentes relativos à categoria “2” ou 2U. As informações levantadas para as demais categorias de veículos comerciais indicam o percentual de conjunto de eixos com pelo menos um eixo individual suspenso. Os dados colhidos poderão servir de base para futuros estudos desenvolvidos no âmbito das concessões rodoviárias. Às informações obtidas poderão ser adicionados outros dados de levantamentos com a finalidade de um amplo aproveitamento do universo de informações geradas junto às cabines das praças de pedágio. Os resumos com os valores percentuais de eixos elevados constam nos Quadros 5.1 a 5.4, onde CE2, CE3, CE4 e CE5 representam os conjuntos de eixos onde ocorre a suspensão de eixos individuais. 14 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 5.1 - Eixos suspensos na BR 386 Categoria 2U 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 % de veículos com eixos suspensos CE2 CE3 CE4 CE5 32,25 21,54 31,02 34,62 0,00 19,23 26,00 0,00 44,44 6,79 29,76 6,15 34,16 23,08 27,40 0,00 66,67 0,00 23,08 29,04 0,00 66,67 Quadro 5.2 - Eixos suspensos na BR 290 Categoria 2U 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 % de veículos com eixos suspensos CE2 CE3 CE4 CE5 28,90 3,85 28,66 5,45 16,67 52,50 32,79 18,75 20,00 16,67 26,80 3,85 37,25 42,50 36,06 34,37 20,00 11,11 45,00 29,51 46,87 13,33 15 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 5.3 - Eixos suspensos na BR 287 Categoria 2U 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 % de veículos com eixos suspensos CE2 CE3 CE4 CE5 42,58 15,49 37,8 20 50 43,94 37,84 0,00 0,00 21,22 37,69 26,76 44,32 39,39 40,54 0,00 0,00 50 37,88 37,84 0,00 0,00 Quadro 5.4 - Eixos suspensos na BR 285 Categoria 2U 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 % de veículos com eixos suspensos CE2 CE3 CE4 CE5 33,64 6,90 6,52 0,00 14,29 0,00 0,00 0,00 0,00 9,71 25,20 27,59 25,43 9,59 19,79 0,00 0,00 0,00 31,51 20,83 0,00 0,00 6. Cálculo da quantidade de veículos da categoria 2U O número de veículos do tipo 2U, conhecido popularmente como “toco”, foi obtido de forma indireta. Calculou-se, inicialmente o número diário de veículos da categoria 3U contados com os eixos suspensos. Após, este valor foi utilizado para correção do número diário de veículos da categoria “2” obtido dos registros do DAER entre os meses de janeiro e agosto de 2002 (ver Anexo 1). Nos Quadros 6.1 a 6.4 constam as memórias de cálculo do VDM24 para a categoria 2U. 16 Lastran/Ufrgs/Daer Procedeu-se também a uma discriminação do total dos veículos da categoria 2U em duas classes: carga leve e carga média. Os veículos 2U do tipo carga leve são, normalmente, os caminhões de encomendas e entregas, característicos de regiões urbanas e suburbanas. Possuem um Peso Bruto Total – PBT máximo de até 8,0t. As unidades do tipo carga média possuem PBT até 16t, variando de acordo com o modelo e o fabricante. O cálculo dos percentuais das classes de veículos 2U foi efetuado com base em contagens volumétricas classificadas feitas pela Equipe de Engenharia de Tráfego do DAER para o Programa de Restauração (DAER, 2001) em rodovias localizadas na área de influência das rodovias estudadas. Utilizaram-se, também, contagens de tráfego de rodovias arteriais similares às do presente Trabalho, como a BR 101 e a BR 116. Os cálculos efetuados indicam, para todos trechos investigados, uma discriminação média da categoria 2U em: 39,85% para a classe 2U(16) e 60,15% para a 2U(22). Os valores e os trechos referenciais considerados constam no Anexo 2. Quadro 6.1 - Cálculo do VDM24 para a categoria 2U na BR 386 BR 386 VDM24 categoria 3U % 3U com eixos suspensos Número 3U com eixos suspensos Total veículo categoria “2” VDM24 categoria “2” VMD24 categoria 2U VMD24 2U(16) VMD24 2U(22) 1102,62 32,25 355,59 313506,00 1290,15 934,55 372,42 562,13 Quadro 6.2 - Cálculo do VDM24 para a categoria 2U na BR 290 BR 290 VDM24 categoria 3U % 3U com eixos suspensos Número 3U com eixos suspensos Total veículo categoria “2” VDM24 categoria “2” VMD24 categoria 2U VMD24 2U(16) VMD24 2U(22) 440,07 28,90 127,18 211210,00 869,18 742,00 295,69 446,31 17 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 6.3 - Cálculo do VDM24 para a categoria 2U na BR 287 BR 287 VDM24 categoria 3U % 3U com eixos suspensos Número 3U com eixos suspensos Total veículo categoria “2” VDM24 categoria “2” VMD24 categoria 2U VMD24 2U(16) VMD24 2U(22) 475,,43 42,58 202,44 256264,00 1054,58 852,15 339,58 512,57 Quadro 6.4 - Cálculo do VDM24 para a categoria 2U na BR 285 BR 285 VDM24 categoria 3U % 3U com eixos suspensos Número 3U com eixos suspensos Total veículo categoria “2” VDM24 categoria “2” VMD24 categoria 2U VMD24 2U(16) VMD24 2U(22) 281,08 33,64 94,56 120788,00 497,07 402,51 160,40 242,11 7. Cálculo da expansão anual e do VDMa O fluxo de veículos de carga varia com a sazonalidade. Por este motivo, é necessário corrigir o VDM24 cujos dados foram coletados em novembro de 2002, para que o N decorrente represente o tráfego incidente sobre as rodovias estudadas de forma representativa ao longo do ano. Para esta finalidade, foram pesquisadas informações oriundas dos postos de contagem do DNIT nas proximidades dos locais de interesse para o presente Estudo. A variação mensal dos VDM’s permitiu o cálculo de índices para a correção pretendida. Na falta de uma referência para a correção anual do VDM24 na BR 287, adotou-se, pela proximidade e características similares do fluxo, as informações proporcionadas pelos dados do posto de contagem nº 43 do DNIT, próximo à Tabaí. Os cálculos detalhados dos índices podem ser observados no Anexo 4. Quadro 7.1 – Cálculo da correção anual Rodovia Referência BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 Posto DNIT nº 43 Km 386,6 BR 386 Posto DNIT nº 45 Km 113,4 BR 290 Posto DNIT: nº 43 Km 386,6 BR-386 Posto DNIT nº 39 Km 340,6 BR-285 Índice de correção VDMa 1,127 1,197 1,127 1,207 3330,07 2134,59 1996,73 1430,59 18 Lastran/Ufrgs/Daer 8. Resumo do VDM 8.1. VDM com CVC’s A seguir, apresentam-se por rodovia e por categoria de veículo de carga os valores determinados para VDM24, e VDMa em formato quantitativo e percentual. Apresentamse, também, os percentuais de CVC’s na composição da frota comercial. Quadro 8.1 – Resumo do VDM na BR 386 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 372,42 562,13 1102,62 4,29 41,51 524,06 8,94 264,41 10,14 3,63 0,00 4,67 54,82 0,00 1,14 2954,81 419,72 633,52 1242,65 4,83 46,79 590,62 10,08 297,99 11,43 4,10 0,00 5,27 61,79 0,00 1,29 3330,07 % CVC’s 12,60 19,02 37,32 0,15 1,40 17,74 0,30 8,95 0,34 0,12 0,00 0,16 1,86 0,00 0,04 100,00 2,52 Totais 19 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 8.2 – Resumo do VDM na BR 290 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 295,69 446,31 440,07 7,71 21,68 371,28 31,22 112,50 4,00 21,86 2,61 12,68 8,96 4,57 2,14 1783,28 353,94 534,23 526,77 9,23 25,95 444,42 37,38 134,66 4,79 26,16 3,13 15,17 10,72 5,47 2,57 2134,59 % CVC’s 16,58 25,03 24,68 0,43 1,22 20,82 1,75 6,31 0,22 1,23 0,15 0,71 0,50 0,26 0,12 100,00 3,19 Totais Quadro 8.3 – Resumo do VDM na BR 287 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 339,58 512,57 475,43 6,00 39,71 252,43 10,14 111,86 6,86 2,14 0,29 9,43 5,29 0 0 1771,72 382,71 577,66 535,81 6,76 44,75 284,49 11,43 126,07 7,73 2,41 0,33 10,63 5,96 0,00 0,00 1996,73 % CVC’s 19,17 28,93 26,83 0,34 2,24 14,25 0,57 6,31 0,39 0,12 0,02 0,53 0,30 0,00 0,00 100,00 1,36 Totais 20 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 8.4 – Resumo do VDM na BR 285 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 160,40 242,11 281,08 2,71 25,81 319,39 5,57 118,18 1,00 0,00 0,43 13,56 14,56 0,00 0,43 1185,24 193,61 292,23 339,26 3,28 31,16 385,50 6,72 142,65 1,21 0,00 0,52 16,37 17,58 0,00 0,52 1430,59 % CVC’s 13,53 20,43 23,71 0,23 2,18 26,95 0,47 9,97 0,08 0,00 0,04 1,14 1,23 0,00 0,04 100,00 2,53 Totais 8.2 VDM sem CVC’s Para viabilizar o estudo do efeito das combinações de veículos de carga sobre os pavimentos da rede rodoviária, decidiu-se simular a retirada dos veículos do tipo CVC do fluxo comercial. A carga transportada por estes foi redistribuída proporcionalmente entre todos os semi-reboques mais o veículo rígido do tipo 3U (truque). Os cálculos de correção do VDM podem ser conferidos no Anexo 5 do trabalho. A seguir, apresentam-se planilhas com o VDM corrigido por rodovia. Estes valores devem ser entendidos como sendo a quantidade de veículos que circulariam na hipótese de inexistência de CVC’s. 21 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 8.5 – Resumo do VDM corrigido na BR 386 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 372,42 562,13 1102,62 4,29 41,51 524,06 8,94 264,41 10,14 3,63 0,00 4,67 54,82 0,00 1,14 2954,81 419,72 633,52 1242,65 4,83 46,79 590,62 10,08 297,99 11,43 4,10 0,00 5,27 61,79 0,00 1,29 3330,07 12,60 19,02 37,32 0,15 1,40 17,74 0,30 8,95 0,34 0,12 0,00 0,16 1,86 0,00 0,04 100,00 Categoria VDM24 VDMa % VDMa 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 Totais 295,69 446,31 440,07 7,71 21,68 371,28 31,22 112,5 4 21,86 2,61 12,68 8,96 4,57 2,14 1783,28 353,94 534,23 526,77 9,23 25,95 444,42 37,38 134,66 4,79 26,16 3,13 15,17 10,72 5,47 2,57 2134,59 16,58 25,03 24,68 0,43 1,22 20,82 1,75 6,31 0,22 1,23 0,15 0,71 0,5 0,26 0,12 100 2U (16) Quadro 8.6 – 2U (22) 3U VDM 2S1 BR 290 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 Totais VDMa Corrigido 419,72 633,52 1265,53 27,71 69,66 613,50 32,96 320,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3383,47 Resumo do corrigido na VDMa Corrigido 353,94 534,23 544,51 26,97 43,69 462,16 55,12 152,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2173,02 Quadro 8.7 – Resumo do VDM corrigido na BR 287 Categoria 2U (16) 2U (22) 3U VDM24 VDMa 339,58 512,57 475,43 382,71 577,66 535,81 % VDMa 19,17 28,93 26,83 VDMa Corrigido 382,71 577,66 542,78 22 Lastran/Ufrgs/Daer 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 Totais 6,00 39,71 252,43 10,14 111,86 6,86 2,14 0,29 9,43 5,29 0 0 1771,72 6,76 44,75 284,49 11,43 126,07 7,73 2,41 0,33 10,63 5,96 0,00 0,00 1996,73 0,34 2,24 14,25 0,57 6,31 0,39 0,12 0,02 0,53 0,30 0,00 0,00 100,00 13,74 51,73 291,46 18,40 133,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2011,53 Quadro 8.8 – Resumo do VDM corrigido na BR 285 Categoria 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 Totais VDM24 VDMa 160,40 242,11 281,08 2,71 25,81 319,39 5,57 118,18 1,00 0,00 0,43 13,56 14,56 0,00 0,43 1185,24 193,61 292,23 339,26 3,28 31,16 385,50 6,72 142,65 1,21 0,00 0,52 16,37 17,58 0,00 0,52 1430,59 % VDMa 13,53 20,43 23,71 0,23 2,18 26,95 0,47 9,97 0,08 0,00 0,04 1,14 1,23 0,00 0,04 100,00 VDMa Corrigido 193,61 292,23 348,15 12,16 40,04 394,38 15,61 151,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1447,72 9. Hipóteses de carregamento da frota Para o desenvolvimento de um estudo completo sobre os efeitos das CVC’s sobre os pavimentos das rodovias do Rio Grande do Sul, seria necessária a programação de uma ampla seqüência de pesagens da frota dos veículos de carga de uma amostra de rodovias representativas da rede. Para contornar estas dificuldades de tempo e custos, decidiu-se formular as hipóteses de carregamento da frota sugeridas no trabalho de Neves (2002) considerando as possibilidades de com e sem fiscalização por pesagem. 23 Lastran/Ufrgs/Daer 9.1 Com fiscalização por pesagem 1ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 10,0% aa para os CVC’s e 3,0% aa para os demais veículos comerciais; Carga por eixo: 80,0% da frota com carga máxima no valor máximo estabelecido pelo CTB mais os 7,5% de tolerância permitida pela Resolução nº 102/99 do Contran. Considerou-se que os demais 20,0% de veículos trafegam vazios na busca de carga ou retornando para as bases. Frota completa, ou seja, com CVC’s. 2ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 3,0% aa para todos veículos. Carga por eixo: 80% da frota com carga máxima mais 7,5% e 20,0% vazios. Frota completa, com CVC’s. 3ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 3,0% aa. Carga por eixo: 80% da frota com carga máxima mais 7,5% e 20,0% vazios. Frota incompleta sem CVC’s. 9.2 Sem fiscalização por pesagem 1ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 10,0% aa para os CVC’s e 3,0% aa para os demais veículos comerciais; Carga por eixo: 50,0% da frota com carga máxima mais os 7,5% de tolerância, 30,0% dos veículos com excesso de carga considerando um excesso de 10,0% nos eixos dianteiros e 20,0% nos demais conjuntos de eixos. Os restantes 20,0% trafegam vazios na busca de carga ou retornando para as bases. Frota completa, ou seja, com CVC’s. 2ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 3,0% aa para todos veículos. Carga por eixo: 50,0% da frota com carga máxima mais 7,5%, 30,0% com excesso de 10,0% nos eixos dianteiros e 20,0% nos demais conjuntos de eixos. Os restantes 20,0% trafegam vazios. Frota completa, com CVC’s. 24 Lastran/Ufrgs/Daer 3ª Hipótese: Crescimento linear da frota: 3,0% aa. Carga por eixo: 50,0% da frota com carga máxima mais 7,5%, 30,0% com excesso de 10,0% nos eixos dianteiros e 20,0% nos demais conjuntos de eixos. Os restantes 20,0% trafegam vazios. Frota considerada sem CVC’s. Para cada um dos cenários descritos serão calculados o fator de veículo e o número acumulado de aplicações do eixo padrão de 8,2t - N. Após, serão desenvolvidas comparações entre as diferentes situações. 10. Cálculo do fator de eixos - FE O FE é um parâmetro que multiplicado pela quantidade total de veículos de carga fornece a quantidade de conjuntos de eixos da frota. O fator de eixos interfere no cálculo do Número N. É importante destacar que o valor do fator de eixos é sensível a variação do tipo de veículo na frota comercial. A discriminação do cálculo do FE consta no Anexo 6 do presente Trabalho. O resumo dos valores encontrados é o seguinte: Quadro 10.1 – Fator de Eixos Rodovia BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 Fator de Eixos – FE Com CVC’s Sem CVC’s 2,35 2,31 2,38 2,34 2,27 2,25 2,46 2,42 11. Cálculo do fator de carga - FC As cargas por eixo provocam efeitos destrutivos nos pavimentos e reduzem a vida remanescente dos mesmos. Os fatores de equivalência de carga por eixo são utilizados para fazer conversões em deslocamentos da carga padrão diante das diversas possibilidades de carga por eixo e configuração de conjuntos de eixos. Desta forma, o fator de carga multiplicado pelo número de conjuntos de eixos existentes no tráfego ao longo de um período de análise, fornece o número equivalente de passagens do eixo padrão que deverá provocar o mesmo dano ao pavimento que o produzido por toda frota. Os valores do FC apresentados foram calculados segundo os critérios do Corpo de Engenheiros do Exército Norte-Americano – USACE. Os cálculos foram desenvolvidos de acordo com as expressões existente no Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos do DNER (1998). Os valores calculados para os veículos constituintes da frota nas diferentes hipóteses de carregamento por eixo, serão utilizados para cálculo do FV e do número N. A memória de cálculo do FC está desenvolvida no Anexo 7. 25 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 11.1 – Valores do Fator de Carga – FC Rodovia BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 Hipótese de carregamento Com pesagem Sem pesagem Com pesagem Sem pesagem Com pesagem Sem pesagem Com pesagem Sem pesagem Com CVC’s 4,49 5,90 4,11 5,41 3,77 4,97 4,49 5,92 Sem CVC’s 4,43 5,82 4,07 5,36 3,76 4,95 4,40 5,80 12. Fator de Veículo por rodovia – FV O fator de veículo de uma frota pode ser calculado como FV = FE*FC e deve ser interpretado como o número equivalente de operações do eixo padrão provocado pelo deslocamento de um veículo médio representativo da frota. O fator de veículo representa também uma grandeza proporcional ao dano provocado pela ação do tráfego no pavimento. Assim, podese apresentar o FV como um indicador do desempenho esperado do pavimento. Os cálculos dos FV para todas as hipóteses de carregamento da frota e para as situações de com ou sem CVC’s estão detalhados no Anexo 10-5. A seguir, apresenta-se nas figuras 12.1 a 12.4 uma visualização da variação dos valores dos FV’s. Fator de Veículo BR 386 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 10,6 10,2 cPcCVC cPsCVC 13,9 13,4 sPcCVC sPsCVC Condições de Carregamento da Frota Figura 12.1 – FV na BR 386 26 Lastran/Ufrgs/Daer BR 290 Fator de Veículo 14,0 12,0 9,8 9,5 cPcCVC cPsCVC 10,0 12,9 12,5 sPcCVC sPsCVC 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Condições de Carregamento da Frota Figura 12.2 – FV na BR 290 BR 287 Fator de Veículo 12,0 10,0 8,6 8,5 cPcCVC cPsCVC 11,3 11,1 sPcCVC sPsCVC 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Condições de Carregamento da Frota Figura 12.3 – FV na BR 287 Fator de Veículo BR 285 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 11,0 10,6 cPcCVC cPsCVC 14,6 14,0 sPcCVC sPsCVC Condições de Carregamento da Frota Figura 12.4 – FV na BR 285 27 Lastran/Ufrgs/Daer 13. Fator de Veículo por categoria - FV Entre os cenários estabelecidos para o Estudo está previsto o crescimento diferenciado entre CVC’s e as demais categorias de veículos de cargas. Para esta situação, tornou-se necessário calcular a evolução do número N de forma diferenciada para grupos de categorias de veículos. Assim, diante dos elementos levantados e das hipóteses de carregamento da frota, decidiu-se determinar o fator de veículo por categoria para o posterior cálculo da projeção do número N sobre o horizonte de tempo considerado. Nos Quadros 13.1 e 13.2 apresentam-se os valores de FV para as situações de com e sem fiscalização por pesagem. A memória de cálculo do FV consta no Anexo 8. Quadro 13.1 – Fator de Veículo por categoria, com pesagem (80% da frota com carga máxima mais 7,5%. Demais 20% de veículos vazios) Categoria Fator de Veículo – FV 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 0,184 4,455 10,517 8,602 14,660 15,616 20,693 21,658 12,736 18,798 24,829 30,856 30,866 31,833 35,968 28 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 13.2 – Fator de Veículo por categoria, sem pesagem (50% da frota com carga máxima mais 7,5%, 30% com excesso e 20% vazios) Categoria Fator de Veículo – FV 2U (16) 2U (22) 3U 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2UR2 3UR2 3UR3 3UR4 3S2B2 3S3B2 3S2A1S2 0,243 6,001 13,685 11,683 19,363 20,700 27,019 28,364 17,352 25,036 32,690 40,339 40,349 41,697 47,367 14. Número N Os números N’s foram calculados de acordo com os procedimentos recomendados pelo Manual de Pavimentação do DNER (1996). Para todas as rodovias estudadas foram determinados os valores de N correspondentes a duas distintas hipóteses: com e sem fiscalização por pesagem. Procedeu-se, também, ao cálculo do número N para a frota com e sem os veículos do tipo CVC’s, para tornar possível as comparações e influências destes sobre a possível durabilidade dos pavimentos. O período para análise foi de 10 anos, normalmente utilizado em estudos de tráfego para projetos de dimensionamento e restauração de pavimentos no Brasil. A taxa de crescimento linear do tráfego considerada foi de 3,0% aa, valor usualmente adotado pelo DAER e DNIT. Determinou-se também o N para um crescimento diferenciado das CVC’s, atribuindo-se 10,0% aa (possibilidade de grande crescimento) para as CVC’s e 3,0% para os demais veículos das frotas. Os cálculos efetuados estão desenvolvidos no Anexo 9. O resumo da evolução do tráfego através do crescimento do número N pode ser observado através dos Quadros 14.1 a 14.4 e das Figuras 14. 1 a 14.4. 29 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 14.1 - Evolução do tráfego na BR 386 Anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N Acumulado com Pesagem N Acumulado sem Pesagem c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% 6,48E+06 6,51E+06 6,41E+06 8,52E+06 8,55E+06 8,41E+06 1,32E+07 1,32E+07 1,30E+07 1,73E+07 1,74E+07 1,71E+07 2,01E+07 2,01E+07 1,98E+07 2,64E+07 2,64E+07 2,60E+07 2,73E+07 2,72E+07 2,68E+07 3,58E+07 3,57E+07 3,51E+07 3,46E+07 3,45E+07 3,40E+07 4,55E+07 4,53E+07 4,45E+07 4,22E+07 4,19E+07 4,13E+07 5,55E+07 5,51E+07 5,42E+07 5,00E+07 4,96E+07 4,89E+07 6,57E+07 6,52E+07 6,41E+07 5,81E+07 5,75E+07 5,66E+07 7,63E+07 7,55E+07 7,42E+07 6,63E+07 6,55E+07 6,45E+07 8,71E+07 8,61E+07 8,46E+07 7,48E+07 7,37E+07 7,27E+07 9,83E+07 9,69E+07 9,53E+07 Quadro 14.2 - Evolução do tráfego na BR 290 Anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N Acumulado com Pesagem N Acumulado sem Pesagem c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% 3,86E+06 3,87E+06 3,83E+06 5,09E+06 5,09E+06 5,03E+06 7,85E+06 7,85E+06 7,78E+06 1,03E+07 1,03E+07 1,02E+07 1,20E+07 1,19E+07 1,18E+07 1,58E+07 1,57E+07 1,55E+07 1,62E+07 1,62E+07 1,60E+07 2,14E+07 2,13E+07 2,10E+07 2,06E+07 2,05E+07 2,03E+07 2,72E+07 2,70E+07 2,66E+07 2,52E+07 2,49E+07 2,47E+07 3,32E+07 3,28E+07 3,24E+07 2,98E+07 2,95E+07 2,92E+07 3,93E+07 3,88E+07 3,83E+07 3,46E+07 3,41E+07 3,38E+07 4,57E+07 4,49E+07 4,44E+07 3,96E+07 3,89E+07 3,86E+07 5,22E+07 5,12E+07 5,06E+07 4,47E+07 4,38E+07 4,34E+07 5,89E+07 5,77E+07 5,70E+07 Quadro 14.3 - Evolução do tráfego na BR 287 Anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N Acumulado com Pesagem N Acumulado sem Pesagem c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% S/CVC 3% 3,17E+06 3,17E+06 3,15E+06 4,17E+06 4,17E+06 4,15E+06 6,43E+06 6,42E+06 6,40E+06 8,48E+06 8,47E+06 8,41E+06 9,80E+06 9,78E+06 9,74E+06 1,29E+07 1,29E+07 1,28E+07 1,33E+07 1,32E+07 1,32E+07 1,75E+07 1,74E+07 1,73E+07 1,68E+07 1,68E+07 1,67E+07 2,22E+07 2,21E+07 2,20E+07 2,05E+07 2,04E+07 2,03E+07 2,70E+07 2,69E+07 2,67E+07 2,43E+07 2,41E+07 2,40E+07 3,20E+07 3,18E+07 3,16E+07 2,82E+07 2,79E+07 2,78E+07 3,71E+07 3,68E+07 3,66E+07 3,22E+07 3,19E+07 3,17E+07 4,24E+07 4,20E+07 4,17E+07 3,62E+07 3,59E+07 3,57E+07 4,78E+07 4,73E+07 4,70E+07 30 Lastran/Ufrgs/Daer Quadro 14.4 - Evolução do tráfego na BR 285 Anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N Acumulado com Pesagem N Acumulado sem Pesagem c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% c/CVC 10 e 3% c/CVC 3% s/CVC 3% 2,92E+06 2,93E+06 2,86E+06 3,85E+06 3,86E+06 3,76E+06 5,94E+06 5,94E+06 5,80E+06 7,83E+06 7,83E+06 7,62E+06 9,06E+06 9,04E+06 8,82E+06 1,19E+07 1,19E+07 1,16E+07 1,23E+07 1,22E+07 1,19E+07 1,62E+07 1,61E+07 1,57E+07 1,56E+07 1,55E+07 1,51E+07 2,06E+07 2,04E+07 1,99E+07 1,90E+07 1,89E+07 1,84E+07 2,51E+07 2,49E+07 2,42E+07 2,26E+07 2,23E+07 2,18E+07 2,97E+07 2,94E+07 2,86E+07 2,62E+07 2,58E+07 2,52E+07 3,45E+07 3,41E+07 3,31E+07 2,99E+07 2,95E+07 2,87E+07 3,94E+07 3,88E+07 3,78E+07 3,37E+07 3,32E+07 3,24E+07 4,44E+07 4,37E+07 4,25E+07 31 BR 386 2E+08 0E+08 0E+07 0E+07 0E+07 0E+07 0E+00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anos cPcCVC10e3% cPcCVC3% cPsCVC sPcCVC10e3% Figura 14.1- Evolução do Tráfego na BR 386 sPcCVC3% sPsCVC BR 290 0E+07 0E+07 0E+07 0E+07 0E+07 0E+07 0E+07 0E+00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anos cPcCVC10e3% cPcCVC3% cPsCVC sPcCVC10e3% Figura 14.2- Evolução do Tráfego na BR 290 sPcCVC3% sPsCVC BR 287 6,0E+07 5,0E+07 4,0E+07 3,0E+07 2,0E+07 1,0E+07 0,0E+00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anos cPcCVC10e3% cPcCVC3% cPsCVC sPcCVC10e3% Figura 14.3- Evolução do Tráfego na BR 287 sPcCVC3% sPsCVC BR 285 5,0E+07 4,0E+07 3,0E+07 2,0E+07 1,0E+07 0,0E+00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anos cPcCVC10e3% cPcCVC3% cPsCVC sPcCVC10e3% Figura 14.4- Evolução do Tráfego na BR 285 sPcCVC3% sPsCVC Lastran/Ufrgs/Daer 15. Principais resultados e conclusões 1. A quantidade de veículos pertencentes às categorias 3U, 2S3, 3UR4, 3S2B2 e 3S2A1S2 que trafegam com eixos suspensos é significativa. Esta condição pode ser interpretada como ação dos transportadores no sentido de reduzir os custos operacionais com economia de rodagem e pedágio. % com os eixos suspensos CE2 CE3 CE4 CE5 3UR4 19,2 23,1 23,1 BR 386 3S2B2 26,0 27,4 29,0 3S2A1S2 44,44 66,67 66,67 3U 28,9 BR 290 3UR4 52,5 42,5 45,0 3S2B2 32,8 36,1 29,5 3U 42,6 BR 287 3UR4 43,9 39,4 37,9 3S2B2 37,8 40,5 37,8 3U 33,6 BR 285 2S3 25,2 Rodovia Categoria 2. A composição qualitativa levantada para a frota de veículos comerciais nos trechos estudados é a seguinte: Tipo de veículo de carga Carga leve Carga média Carga pesada Ultrapesada CVC’s Total BR 386 12,60 19,02 37,32 28,54 2,52 100,0 Composição % da frota comercial BR 290 BR 287 16,58 19,17 25,03 28,93 24,68 26,83 30,53 23,71 3,19 1,36 100,0 100,0 BR 285 13,53 20,43 23,71 39,80 2,53 100,0 3. É importante destacar que participação atual de CVC’s na frota de veículos comerciais nas rodovias pesquisadas pode ser avaliada como pequena. Rodovia % de CVC’s BR 386 2,52 BR 290 3,19 BR 287 1,36 BR 285 2,53 36 Lastran/Ufrgs/Daer 4. Considerando o Fator de Veículo como medida do desempenho do pavimento, pode-se projetar que o tráfego das CVC’s introduz um aumento no percentual de defeitos nos pavimentos, variável entre 1,2 e 4,3% conforme discriminado nas Figuras 15.1 a 15.4. % Aumento Defeitos/Danos BR 386 3,95 3,9% 3,90 3,85 3,80 3,7% 3,75 3,70 3,65 3,60 cPesagem sPesagem Condições de Carregamento da Frota Figura 15.1 – Efeito do tráfego de CVC’s na BR 386 % Aumento Defeitos/Danos BR 290 3,21 3,20% 3,20 3,19 3,18 3,17 3,16% 3,16 3,15 3,14 cPesagem sPesagem Condições de Carregamento da Frota Figura 15.2 – Efeito do tráfego de CVC’s na BR 290 37 Lastran/Ufrgs/Daer % Aumento Defeitos/Danos BR 287 1,8% 2 1,6 1,2% 1,2 0,8 0,4 0 cPesagem sPesagem Condições de Carregamento da Frota Figura 15.3 – Efeito do tráfego de CVC’s na BR 287 % Aumento Defeitos/Danos BR 285 4,3% 4,4 4,2 4 3,8% 3,8 3,6 3,4 cPesagem sPesagem Condições de Carregamento da Frota Figura 15.4 – Efeito do tráfego de CVC’s na BR 285 5. Considerando a constituição da frota comercial dos trechos, bem como os valores do parâmetro N calculados para as hipóteses de carregamento e crescimento do tráfego, determinou-se que as CVC’s existentes são responsáveis por um consumo da vida útil dos pavimentos, de acordo com os valores percentuais constantes no quadro a seguir apresentado: Rodovia BR 386 BR 290 BR 287 BR 285 Com Pesagem 3,0% 3,0 e 10,0% 1,4 2,8 0,9 2,9 0,6 1,4 2,4 3,9 Sem Pesagem 3,0% 3,0 e 10,0% 1,7 3,1 1,2 3,2 0,6 1,7 2,8 4,3 38 Lastran/Ufrgs/Daer Pode-se interpretar que os percentuais apresentados no quadro anterior significam a redução da vida útil de cada pavimento quando passam a circular na frota os veículos do tipo CVC. Os gráficos apresentados nas Figuras 15.5 a 15 12 permitem uma melhor visualização dos valores. BR 386 2,8 % de Redução 3 2,5 2 1,5 1,4 1 0,5 0 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.5 – Redução da vida útil do pavimento da BR 386 com pesagem BR 386 3,5 3,1 % de Redução 3 2,5 2 1,7 1,5 1 0,5 0 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.6 – Redução da vida útil do pavimento da BR 386 sem pesagem 39 Lastran/Ufrgs/Daer BR 290 3,5 2,9 % de Redução 3 2,5 2 1,5 1 0,9 0,5 0 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.7 – Redução da vida útil do pavimento da BR 290 com pesagem BR 290 3,2 3,5 % de Redução 3 2,5 2 1,5 1,2 1 0,5 0 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de cescimento da frota Figura 15.8 – Redução da vida útil do pavimento da BR 290 sem pesagem 40 Lastran/Ufrgs/Daer % de Redução BR 287 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1,4 0,6 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.9 – Redução da vida útil do pavimento da BR 287 com pesagem % de Redução BR 287 1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1,7 0,6 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.10 – Redução da vida útil do pavimento da BR 287 sem pesagem 41 Lastran/Ufrgs/Daer % de Redução BR 285 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 3,9 2,4 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.11– Redução da vida útil do pavimento da BR 285 com pesagem % de Redução BR 285 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 4,3 2,8 3% aa 3,0 e 10,0% aa Hipóteses de crescimento da frota Figura 15.12 – Redução da vida útil do pavimento da BR 285 sem pesagem 6. Em função da quantidade e da complexidade das variáveis que interferem no desempenho e na durabilidade de um pavimento, deve-se considerar os resultados como indicadores que podem servir de apoio para uma tomada de decisão. Desta forma, podese concluir que, mesmo com a quantidade de CVC’s crescendo a uma taxa de 10,0% ao ano, para os casos estudados, a circulação destes veículos contribui de forma relativamente modesta para a maior deterioração e durabilidade dos pavimentos das rodovias estudadas; 7. Os dados e informações apresentados no presente trabalho permitem inferir que quando se estudam os efeitos da inexistência de pesagem, considerando os pavimentos dimensionados para um tráfego dentro dos limites legais de carga, a redução da vida útil é 42 Lastran/Ufrgs/Daer em média 24,0%. Esta constatação é preocupante e indica a necessidade de implementação de um programa de pesagem dos veículos de carga para preservação da serventia, da maior durabilidade da rede viária, da maior segurança dos usuários e da otimização de aplicação dos escassos recursos públicos. Referências Bibliográficas CNT e COPPEAD. Transporte de Cargas no Brasil – Ameaças e Oportunidades para o Desenvolvimento do País – Diagnóstico e Plano de Ação. Confederação Nacional do Transporte – CNT e Centro de Estudos em Logística – COPPEAD/UFRJ. 2002. DAER. Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Programa Restauração – Contagens de Tráfego – Lotes 7/14 por DRRs. Volumes I e II. Porto Alegre: DAER, Divisão de Planejamento, Equipe de Engenharia de Tráfego, 2001. DAER. Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Relatório anual de acompanhamento do Programa Estadual de Concessões de Rodovias e Pedágios Comunitários no Rio Grande do Sul – Relatório n°09. 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