6 Polícia - [email protected] O Estado do Maranhão - São Luís, 30 de setembro de 2014 - terça-feira Quatro pessoas são executadas em chacina na Cidade Olímpica Membros de facção criminosa invadiram o bar Lava Jato Brasil e balearam sete pessoas, três delas continuam internadas em estado grave no Socorrão II; cinco criminosos que faziam parte do grupo foram presos em flagrante Divulgaçãp Ismael Araujo Da Editoria de Polícia Mais A Força Nacional iniciou o trabalho de policiamento nas ruas e avenidas da Região Metropolitana de São Luís desde a noite de sexta-feira (26). Segundo o Ministério da Justiça, o contingente vai ficar em São Luís por um período de 30 dias, que pode ser prorrogado caso a necessidade do estado. Além de trabalhar em companhia da Polícia Militar no policiamento ostensivo, os homens da Força Nacional atuam nas unidades prisionais de Pedrinhas. Q uatro pessoas assassinadas e três encontram-se hospitalizadas em estado grave, vítimas de uma chacina promovida por integrantes de facções criminosas, no domingo (26), no bar Lava Jato Brasil, localizado na Avenida Brasil, na Cidade Olímpica. A polícia identificou os mortos como Thiago Nascimento da Silva, de 27 anos; Anderson Serra Costa, de 24 anos; Lael Ferreira de Souza, de 19 anos, e Fernando José Costa Bezerra, de 28 anos. Os suspeitos Marcelino Cardoso de Sousa Neto, o Galeco, de 26 anos; José Ribamar Figueiredo Cutrim, de 24 anos; José Expedido de Sousa da Silva, de 24 anos; Francisco Chagas Cosme da Costa, de 26 anos, e Hudson Sousa, de 25 anos, foram presos logo depois do crime pelos integrantes da Polícia Militar e da Força Nacional. Segundo informações da polícia, os suspeitos chegaram ao bar em um Corsa Classic prata, de placas NMR-4029, e exigiram para que as pessoas que ali estavam ficassem encostadas na parede e em seguida começaram a tos, de 22 anos, e José Ribamar Martins Silva, de 46 anos. Marcelino, José Cutrim, José Expedito, Chagas e Hudson Sousa foram presos; no detalhe, o material apreendido atirar, atingindo sete pessoas. Uma das primeiras vítimas a morrer foi Thiago Nascimento da Silva, enquanto as outras seis foram levadas pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, na Cidade Operária. No hospital, morreram Anderson Serra e Lael Ferreira de Souza, antes de serem submetidos a procedimento cirúrgico. Divulgaçãp Ontem pela manhã, morreu a quarta vítima, Fernando José Costa Bezerra, que tinha levado um tiro na cabeça. Até ontem à tarde continuavam internados Maurício Gedeon de Jesus Trindade, de 33 anos; Ricardo San- Presos os suspeitos pelas mortes na Patrimônio Show Menor P e seus cúmplices foram presos ontem no Turu; ele disse que vingou seu pai e seu irmão, assassinados em Pedrinhas "Eu matei para vingar a morte do meu pai e do meu irmão que foram mortos dentro de Pedrinhas, no ano passado", afirmou Alexandro Oliveira Ribeiro, o Menor P, de 18 anos, durante o interrogatório na Delegacia de Homicídios, no Centro. Ele, em companhia de seus cúmplices Edson Pinto Diniz, o Pólo, de 29 anos, Iolete Reis Rodrigues, de 36 anos, e um adolescente, de 17 anos, foram presos e conduzidos à delegacia pelos policiais da Superintendência da Polícia Civil da Capital (SPCC), suspeitos pelo tiroteio que ocorreu na portaria da casa de eventos Patrimônio Show, na Beira-Mar, no dia 25 de agosto, que resultou na morte de três pessoas. Uma delas do ex- presidiário Carlos Fabrício Lima do Santos, de 24 anos, a vendedora ambulante Franciana Vieira Uchoa, de 40 anos, e Ailton Marinho Jacinto, de 33 anos. O grupo foi preso pelos investigadores da Polícia Civil no período da manhã, no apartamento 303, do condomínio Tupy II, bloco 9, no Turu. Durante a abordagem, o Menor P ainda tentou pular do terceiro andar portando uma pistola 380 municiada, mas foi preso pelos policiais que tinham feito o cerco ao prédio. Todos foram apresentados ao delegado Marco Antônio Fonseca, que preside o inquérito policial, e ao também ao delegado Jeffrey Furtado. No decorrer do depoimento, Alexandro Oliveira afirmou que matou Carlos Fabrício pelo fato de ele ter matado o seu pai, Manuel Laércio dos Santos Oliveira, o seu irmão Alex Laércio Ribeiro e o seu cunhado, Diego Michael Mendes Coelho, durante a rebelião do dia 17 de dezembro do ano passado, no Centro de Detenção Provisória. Ele, no dia 17 de abril, teria sido um dos executores do pai do seu cunhado, Domingos Pereira Coelho, o Laranjeiro, e do comerciante Marcone da Costa Pereira. Com relação à vendedora ambulante, Menor P disse que ela foi morta durante a troca de tiros e que um deles saiu da arma de Ivanilton Madeira Viegas, o Pikachu, enquanto Ailton Marinho foi morto por Edson Pinto Diniz. "Matei para me vingar dos crimes que eles vinham cometendo e todos eles pertencem ao Bonde dos 40", declarou o criminoso. O delegado Marco Antônio Fonseca informou que as imagens feitas pelas câmeras de videomonitoramento do Centro Histórico mostram claramente o momento que Menor P e Edson Pinto chegaram em uma Pajero preta, de placas não identificadas. Deixaram o veículo estacionado em uma rua transversal da Patrimônio Show. Em seguida, a dupla ficou por mais de 30 minutos à espera da vítima. O crime - De acordo com informações policiais, o carro dos suspeitos passou em frente à boate e eles efetuaram vários tiros em direção às pessoas que estavam na porta. As vítimas foram identificadas como Carlos Fabrício Li- “ Eu matei para vingar a morte do meu pai e do meu irmão, que foram assassinados dentro de Pedrinhas, no ano passado” Um acidente de grandes proporções ocorrido no Km 35 da BR-135, nas proximidades da cidade de Bacabeira, na noite de domingo (28), resultou na morte de um homem, identificado apenas como Franklin, de 28 anos, e deixou duas pessoas gravemente feridas que foram levadas para o Hospital Municipal dessa cidade. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o acidente envolveu uma Hilux e um ônibus, ambos de placas não informadas. A Hilux, conduzida por Franklin, acabou colidindo de forma frontal com o ônibus e ficou destruída devido à intensidade do choque. Após a colisão, a Hilux saiu da pista e foi parar no acostamento da rodovia. As três pessoas que estavam na caminhonete ficaram presas nas ferragens. O ônibus, por sua vez, teve apenas danos materiais na parte dianteira. Os socorristas do Serviço de Atendimento Mó- a BR-135 vel de Urgência (Samu) de Bacabeira foram acionados e prestaram os primeiros atendimentos às vítimas, mas o condutor do veículo morreu no local. As duas vítimas foram levadas para o hospital da cidade de Bacabeira, enquanto o corpo de Franklin foi trazido para o Instituto Médico Legal (IML), para ser necropsiado, e ainda ontem seria levado para o estado do Pará, onde seria sepultado. Outro - Em Imperatriz, a técnica de enfermagem Vanessa Kelly Costa Ribeiro, de 38 anos, morreu em um acidente de trânsito no cruzamento das ruas Amazonas com a Gonçalves Dias, no centro da cidade. Há informações de que ela estava conduzindo uma motocicleta, quando teria avançado o sinal e colidido com outro veículo. Ela ainda foi levada para um hospital particular, mas chegou sem vida. A vítima trabalhava em dois hospitais da cidade e tinha recentemente ingressado no serviço público municipal. O velório ocorreu em sua residência, no bairro Bacuri, e o enterro está previsto a manhã de hoje. Raciele Olivas Alexandro Oliveira Ribeiro, o Menor P, acusado pelo homicídio ma dos Santos, 24 anos, morador do São Francisco, e que teria saído do sistema penitenciário de Pedrinhas dias antes; Ailton Marinho Jacinto, de 33 anos, comerciante, e Franciana Vieira Uchoa, 40 anos, moradora da Vila Vitória, que estava vendendo bombons do lado de fora do estabelecimento. Uma quarta pessoa, identificada como Derivan Viana Costa, de 22 anos, também foi atingida no abdômen e foi levada para o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I. Após efetuar os disparos, os suspeitos seguiram em fuga pela Avenida dos Africanos, onde colidiram com uma moto prata, de placa OJI4777, cujo motociclista foi levado para o Socorrão I. Mais morte - Ainda na noite de domingo (28), foi encaminhado ao Instituto Médico Legal o corpo de Marcelo de Moraes Moura, de 16 anos, para ser periciado. A polícia informou que ele foi morto a tiros por homens não identificados, na Vila Brasil. O inquérito policial foi instaurado na delegacia da área. Até o fechamento desta edição, um corpo do sexo masculino, que foi removido para o IML na noite de domingo, ainda estava sem identificação. A vítima que foi encontrada em via pública, no bairro J. Câmara, em São José de Ribamar, apresenta lesões de arma de fogo. Monitores de Uma pessoa morre e duas ficam feridas em Pedrinhas em greve fecham acidente na BR-135 Vítimas viajavam em uma Hilux que colidiu de frente com um ônibus em Bacabeira Alexandro Oliveira Ribeiro, o Menor P, Edson Pinto Diniz, o adolescente e Iolete Reis Rodrigues, presos ontem Prisão - O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, major Aritana, disse que após o crime ocorreu uma incursão pela área da Cidade Olímpica feita pelos militares do batalhão e policiais da Força Nacional. O veículo no qual os criminosos estavam foi interceptado no cruzamento das ruas 3 e 4. O bando não teve tempo de reagir e acabou preso. Com ele, os policiais encontram quatro revólveres calibre 38 e uma pistola 380 e 26 munições calibre 38, sendo oito delas deflagradas. Todos foram conduzidos para o Plantão de Polícia Civil da Cidade Operária, onde foram autuados. O major frisou ainda que Hudson Sousa é foragido de Pedrinhas. Segundo o militar, esse grupo criminoso, ainda no domingo, teria atentado contra a vida de duas pessoas, na Avenida Tiradentes. Há possibilidade de o motivo da ação criminosa no bar Lava Jato Brasil estar relacionado a rixa entre facções criminosas rivais. O fato será investigado pela delegacia do bairro. Caminhonete Hilux ficou destruída e o motorista morreu no local Rápida Roubo Emanuel Ramos Pinheiro, de 18 anos; Welllerson Vieira Souza, de 19 anos; Mário Henrique Ribeiro Fonseca, de 31 anos; Alexandre Renan Araújo Alves, de 26 anos, e Renata Coelho Nunes, de 27 anos, foram presos ontem pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar. Eles são suspeitos de roubar a renda, um valor de R$ 25 mil, de uma peixaria que pertence a Afonso Celso, localizada na Avenida Beira-Mar. Eles roubaram e fugiram para o Desterro. Monitores que atuam no sistema carcerário do estado iniciaram na manhã de ontem a paralisação da categoria por tempo indeterminado e para marcar a suspensão das atividades, os profissionais realizaram protesto, com início às 7h, interditando a BR-135, no km 14, em frente à Penitenciária de Pedrinhas. Por cerca de 1h30, a rodovia permaneceu fechada no sentido São Luís-Estiva, o que causou um longo engarrafamento no trecho. Uma nova mobilização da categoria deverá ocorrer hoje, a partir das 7h, no mesmo local. O protesto dos monitores que fizeram alusão à morte no sábado (27) do monitor Isaac William Dias, baleado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas no dia 4 deste mês - foi encerrado às 19h de ontem com o uso de cartazes e carros de som. Durante a tarde de ontem, foi registrado princípio de tumulto entre os monitores e o efetivo da Polícia Militar. Segundo a direção do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem), os 400 monitores que aderiram à paralisação solicitam da direção da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (sejap) a aquisição de coletes balísticos par ao uso na parte interna das unidades prisionais e a inclusão do auxílio-alimentação entre os benefícios recebidos mensalmente. De acordo com o presidente do Sindspem, Antonio Benigno Portela, desde o dia 22 deste mês, os monitores aguardam por providências do poder público. Segundo o dirigente, até o momento, nada foi resolvido. Outro lado - Em resposta, a Secretaria de Estado de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap) informa, em nota, que as atividades de rotina dentro das unidades prisionais estão ocorrendo normalmente. Ainda segundo a Sejap, a segurança foi reforçada por homens do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), Polícia Militar e Força Nacional. A Sejap também está cobrando providências junto à Empresa VTI/Civiliza no sentido de negociar com um grupo de monitores. Até o fechamento desta edição, ainda não havia desfecho da negociação.