LAUS PERENE Paróquias em Adoração até ao dia das Ordenações VOCAÇÕES PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO 16 de Maio a 2 de Julho CALENDÁRIO DATA PARÓQUIA 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 Sé Alvorninha S. Nicolau Benfica Olivais Sul Linda-a-Velha Peniche Campo Grande Belas Lourinhã Estoril Queluz S. João de Brito Óbidos Cascais Ramada Algueirão Arruda dos Vinhos Livramento de Mafra Rio de Mouro Sintra Carvoeira Évora de Alcobaça Sacavém Ericeira Bombarral Milharado Mafra S. Mamede da Ventosa Caldas da Rainha S. Maria dos Olivais Sobral de Monte Agraço Benedita Loures S. Francisco Xavier Arroios Algés S. João das Lampas Cadaval Alcântara Alcoentre Vilar Merceana Oeiras Lapa Parque das Nações Nazaré Portela de Sacavém de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Maio de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Junho de Julho de Julho motivado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para guiar os outros na fé» INTRODUÇÃO (Catecismo da Igreja Católica, n. 166). Agradeçamos sempre ao Senhor pelo dom da Igreja; ela faz-nos progredir com segurança na fé, que nos dá a vida verdadeira (cf. Jo 20, 31). Na história da Igreja, os santos e os mártires hauriram da Cruz gloriosa de Cristo a força para serem fiéis a Deus até à doação de si mesmos; na fé encontraram a força para vencer as próprias debilidades e superar qualquer adversidade. De facto, como diz o apóstolo João, «Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus?» (1 Jo 5, 5). E a vitória que nasce da fé é a do amor. Quantos cristãos foram e são um testemunho vivo da força da fé que se exprime na caridade; foram artífices de paz, promotores de justiça, animadores de um mundo mais humano, um mundo segundo Deus; comprometeram-se nos vários âmbitos da vida social, com competência e profissionalidade, contribuindo de modo eficaz para o bem de todos. A caridade que brota da fé levou-os a dar um testemunho muito concreto, nas acções e nas palavras: Cristo não é um bem só para nós próprios, é o bem mais precioso que temos para partilhar com os outros. Na era da globalização, sede testemunhas da esperança cristã em todo o mundo: são muitos os que desejam receber esta esperança! Diante do sepulcro do amigo Lázaro, morto havia quatro dias, Jesus, antes de o chamar de novo à vida, disse à sua irmã Marta: «Se acreditasses, verias a glória de Deus» (cf. Jo 11, 40). Também vós, se acreditardes, se souberdes viver e testemunhar a vossa fé todos os dias, tornar-vos-eis instrumentos para fazer reencontrar a outros jovens como vós o sentido e a alegria da vida, que nasce do encontro com Cristo! Rumo à Jornada Mundial de Madrid Em pleno Tempo Pascal, iniciamos uma longa jornada de Laus Perene, atravessando muitas comunidades de toda a nossa Diocese. A ressurreição de Cristo e o dom do seu Espírito, impulsionam-nos para a comunhão viva com Deus e uns com os outros. A Igreja e a sua missão nascem da força e da luz do Ressuscitado e dos dinamismos do Espírito Santo. A vida da Igreja e os apelos da Nova Evangelização são possíveis e fecundos, na comunhão viva e sacramental com o Senhor Jesus Vivo que venceu o pecado e a morte e nos abriu para a vida definitiva. O percurso do Laus Perene pelas nossas comunidades quer, em primeiro lugar, acentuar que esse é o caminho da Igreja: voltar-se para o seu Esposo e devotar-Lhe um amor carregado de contemplação, escuta e confiança. A Igreja, entregue às meras forças ou dotes dos seus membros estará sempre incompleta, porque ela é Corpo de Cristo, Sacramento da sua Vida, Esposa numa aliança definitiva. Por isso mesmo, este Laus Perene quer trazer para a adoração duas dimensões importantíssimas da vida e da missão da Igreja de Lisboa: a necessidade de vocações sacerdotais e consagradas, e a Nova Evangelização. Na adoração própria do amor, nasce aquele espaço interior da escuta e da obediência que permite acolher o chamamento de Deus. E no amor emergente da adoração cresce a urgência de o comunicar, de estender a todos os homens a experiência viva e libertadora desse mesmo amor. A Nova Evangelização não é propaganda nem campanha: ela é a necessidade que o amor impõe à Igreja, de anunciar o seu Senhor e de envolver todos os homens na mesma aliança de comunhão e paz. Mas este Laus Perene é também atravessado por uma intensa gratidão: no ano do jubileu sacerdotal do Senhor Patriarca, queremos agradecer o dom da sua vida e do seu ministério. São um sinal muito forte da fidelidade de Deus para com a Igreja de Lisboa, do zelo de Cristo Sacerdote por todos nós e da sua generosidade para com a nossa comunidade diocesana. O Laus Perene que iniciaremos no próximo dia 16 de Maio e decorrerá até ao dia das Ordenações, pretende envolver toda a Diocese num grande movimento de adoração. Para este movimento de oração há cerca de 50 comunidades da nossa Diocese que garantem a continuidade noite e dia, da adoração ao Santíssimo Sacramento. Mas todas podem juntarse alargando ainda mais a força orante da nossa Igreja Diocesana. O presente guião é um modesto contributo para os dias de adoração. Reúne alguns elementos simples que podem ajudar na organização dos tempos individuais e comunitários de adoração. Por isso juntámos 3 esquemas para a Exposição do Santíssimo, bem como os mistérios do Rosário com propostas de meditação. Juntamos ainda excertos de 3 textos de referência: Carta do Senhor Patriarca sobre a Nova Evangelização, Mensagem do Santo Padre para as Jornadas Mundiais da Juventude e Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Jesus Ressuscitado, Bom Pastor, Pão Vivo descido do Céu, há-de renovar-nos na comunhão e na missão, e nos dará todas vocações necessárias para correspondermos inteiramente ao seu amor. 28 1 I- EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO desorientação perante a sua morte. Na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos, ESQUEMA I mas Tomé não estava presente, e quando lhe foi contado que Jesus estava vivo e se mostrou, CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística cravos e não meter a mão no Seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25). Também nós declarou: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos ou vocacional.) gostaríamos de poder ver Jesus, de poder falar com Ele, de sentir ainda mais forte a sua presença. Hoje para muitos, o acesso a Jesus tornou-se difícil. Circulam tantas imagens de SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir Jesus que se fazem passar por científicas e O privam da sua grandeza, da singularidade da breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos Sua pessoa. Portanto, durante longos anos de estudo e meditação, maturou em mim o principais deste movimento contínuo de louvor: o cultivo da adoração eucarística, a pensamento de transmitir um pouco do meu encontro pessoal com Jesus num livro: quase necessidade de vocações para a Nova Evangelização e o jubileu sacerdotal do Senhor para ajudar a ver, a ouvir, a tocar o Senhor, no qual Deus veio ao nosso encontro para se dar a Patriarca. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de conhecer. De facto, o próprio Jesus aparecendo de novo aos discípulos depois de oito dias, diz adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.) a Tomé: «Chega aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente» (Jo 20, 27). Também nós temos a possibilidade de ORAÇÃO (Rezada pelo sacerdote ou, na falta dele, por quem estiver a conduzir a ter um contacto sensível com Jesus, meter, por assim dizer, a mão nos sinais da sua Paixão, celebração.) os sinais do seu amor: nos Sacramentos Ele torna-se particularmente próximo de nós, doa- Senhor Jesus, vinde ao nosso encontro na luz da vossa Palavra e na doçura da Presença se a nós. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde está Eucarística. Disponde o nosso coração a receber-Vos com amor e humildade para Vos presente e próximo até se fazer alimento para o nosso caminho; no Sacramento da seguirmos como discípulos fiéis. A Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Penitência, no qual o Senhor manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que estão em CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade dificuldade e precisam de ajuda. Abri e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé. eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar Conhecei-o mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; entrai em preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma diálogo com Ele na oração, dai-lhe a vossa confiança: ele nunca a trairá! «Antes de mais, a fé de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o Sagrada Escritura.) assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n. ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a num sentimento religioso ou numa vaga recordação da catequese da vossa infância. Podereis adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se conhecer Deus e viver autenticamente d’Ele, como o apóstolo Tomé, quando manifesta com alterar ou acrescentar leituras.) força a sua fé em Jesus: «Meu Senhor e meu Deus!». 150). Assim podereis adquirir uma fé madura, sólida, que não estará unicamente fundada I LEITURA - Santo Padre Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial de Oração Amparados pela fé da Igreja para ser testemunhas pelas Vocações de 2011 5. Naquele momento Jesus exclama: «Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: que, sem terem visto, acreditaram!» (Jo 20, 29). Ele pensa no caminho da Igreja, fundada convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; sobre a fé das testemunhas oculares: os Apóstolos. Compreendemos então que a nossa fé ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do pessoal em Cristo, nascida do diálogo com Ele, está ligada à fé da Igreja: não somos crentes Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá isolados, mas, pelo Baptismo, somos membros desta grande família, e é a fé professada pela muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto- Igreja que dá segurança à nossa fé pessoal. O credo que proclamamos na Missa dominical realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz- protege-nos precisamente do perigo de crer num Deus que não é o que Jesus nos revelou: lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e «Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser 2 27 cidade de Colossos. Com efeito, aquela comunidade estava ameaçada pela influência de se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de determinadas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do Evangelho. O nosso reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35). contexto cultural, queridos jovens, tem numerosas analogias com o tempo dos Colossenses daquela época. De facto, há uma forte corrente de pensamento laicista que pretende marginalizar Deus da vida das pessoas e da sociedade, perspectivando e tentando criar um SALMO – Sl 15 «paraíso» sem Ele. Mas a experiência ensina que o mundo sem Deus se torna um «inferno»: Defendei-me, Senhor, Vós sois o meu refúgio. * prevalecem os egoísmos, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e entre os povos, a falta de amor, de alegria e de esperança. Ao contrário, onde as pessoas e os povos acolhem a presença de Deus, o adoram na verdade e ouvem a sua voz, constrói-se concretamente a civilização do amor, na qual todos são respeitados na sua dignidade, cresce a comunhão, com os frutos que ela dá. Contudo existem cristãos que se deixam seduzir pelo modo de pensar laicista, ou são atraídos por correntes religiosas que afastam da fé em Jesus Cristo. Outros, sem aderir a estas chamadas, simplesmente deixaram esmorecer a sua fé, com inevitáveis consequências negativas a nível moral. Digo ao Senhor: «Vós sois o meu Deus, sois o meu único bem». Para os santos da terra, admiráveis em seu poder, * vai todo o meu afecto. Os que seguem deuses estranhos * redobrem as suas penas. Não serei eu a fazer-lhes libações de sangue * nem a invocar seus nomes com meus lábios. Aos irmãos contagiados por ideias alheias ao Evangelho, o apóstolo Paulo recorda o poder de Senhor, porção da minha herança e do meu cálice, * Cristo morto e ressuscitado. Este mistério é o fundamento da nossa vida, o centro da fé está nas vossas mãos o meu destino. cristã. Todas as filosofias que o ignoram, que o consideram «escândalo» (1 Cor 1, 23), Couberam-me em partilha terras aprazíveis: * mostram os seus limites diante das grandes perguntas que habitam o coração do homem. Por isso também eu, como Sucessor do apóstolo Pedro, desejo confirmar-vos na fé (cf. Lc 22, 32). Nós cremos firmemente que Jesus Cristo se ofereceu na Cruz para nos doar o seu amor; na sua paixão, carregou os nossos sofrimentos, assumiu sobre si os nossos pecados, obtevenos o perdão e reconciliou-nos com Deus Pai, abrindo-nos o caminho da vida eterna. Deste modo fomos libertados do que mais entrava a nossa vida: a escravidão do pecado, e podemos amar a todos, até os inimigos, e partilhar este amor com os irmãos mais pobres e em dificuldade. muito me agrada a minha sorte. Bendigo o Senhor por me ter aconselhado, * até de noite me inspira interiormente. O Senhor está sempre na minha presença, * com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta, * e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, * Queridos amigos, muitas vezes a Cruz assusta-nos, porque parece ser a negação da vida. Na realidade, é o contrário! Ela é o «sim» de Deus ao homem, a expressão máxima do seu amor nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção. Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, * e a nascente da qual brota a vida eterna. De facto, do coração aberto de Jesus na cruz brotou alegria plena em vossa presença, † esta vida divina, sempre disponível para quem aceita erguer os olhos para o Crucificado. delícias eternas à vossa direita. Portanto, não posso deixar de vos convidar a aceitar a Cruz de Jesus, sinal do amor de Deus, como fonte de vida nova. Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos EVANGELHO - Mt 4, 18-22 aspiram. 18Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e Crer em Jesus Cristo sem o ver «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» 20E eles deixaram as redes 4. No Evangelho é-nos descrita a experiência de fé do apóstolo Tomé ao acolher o mistério da imediatamente e seguiram-no. 21Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 19Disse-lhes: Cruz e da Ressurreição de Cristo. Tomé faz parte dos Doze apóstolos; seguiu Jesus; foi de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro testemunha directa das suas curas, dos milagres; ouviu as suas palavras; viveu a do barco. Chamou-os, e 22eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. 26 3 PRECES reconquistar esta certeza. Tive que me perguntar: é este verdadeiramente o meu caminho? É Confiemos ao Senhor, vivo e presente no meio de nós, as nossas necessidades e as de deveras esta a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de Lhe permanecer fiel e de estar toda a Igreja, e digamos: totalmente disponível para Ele, ao Seu serviço? Uma decisão como esta deve ser também Jesus, Sumo e Eterno sacerdote, ouvi-nos sofrida. Não pode ser de outra forma. Mas depois surgiu a certeza: é bem assim! Sim, o Senhor quer-me, por isso também me dará a força. Ao ouvi-Lo, ao caminhar juntamente com - Pelo Senhor Patriarca, para que Jesus Bom Pastor o encha das forças necessárias para apascentar a nossa comunidade diocesana, oremos irmãos. - Pelos Bispos Auxiliares e pelos Padres da nossa Diocese, para que sejam testemunho permanente de Cristo Bom Pastor, oremos irmãos. - Pela nossa Igreja Diocesana para que se renove no dinamismo da Nova Evangelização, ao encontro de todos os que esperam por Cristo, oremos irmãos. - Pelos nossos Seminários, para que sejam escolas de verdadeiros discípulos e evangelizadores, oremos irmãos. Ele torno-me deveras eu mesmo. Não conta a realização dos meus próprios desejos, mas a Sua vontade. Assim a vida torna-se autêntica. Tal como as raízes da árvore a mantêm firmemente plantada na terra, também os fundamentos dão à casa uma estabilidade duradoura. Mediante a fé, nós somos fundados em Cristo (cf. Cl 2, 7), como uma casa é construída sobre os fundamentos. Na história sagrada temos numerosos exemplos de santos que edificaram a sua vida sobre a Palavra de Deus. O primeiro foi Abraão. O nosso pai na fé obedeceu a Deus que lhe pedia para deixar a casa paterna a fim de se encaminhar para uma terra desconhecida. «Abraão acreditou em Deus e - Pelos jovens e por todos aqueles que a quem Jesus interpela para uma vida de isso foi-lhe atribuído à conta de justiça e foi chamado amigo de Deus» (Tg 2, 23). Estar especial consagração, para que abram as portas do seu coração a Cristo, oremos irmãos. fundados em Cristo significa responder concretamente à chamada de Deus, confiando n’Ele e - Pelos Sacerdotes que já partiram desta vida, para que encontrem na vida eterna a paz em plenitude, oremos irmãos. pondo em prática a sua Palavra. O próprio Jesus admoesta os seus discípulos: «Porque me chamais: “Senhor, Senhor” e não fazeis o que Eu digo?» (Lc 6, 46). E, recorrendo à imagem PAI NOSSO da construção da casa, acrescenta: «todo aquele que vem ter Comigo, escuta as Minhas palavras e as põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa: Cavou, ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio a inundação, a torrente Senhor Jesus Cristo., arremessou-se com violência contra aquela casa e não pôde abalá-la por ter sido bem Bom Pastor da vossa Igreja, construída» (Lc 6, 47-48). Queridos amigos, construí a vossa casa sobre a rocha, como o Vós que tanto nos amastes homem que «cavou muito profundamente». Procurai também vós, todos os dias, seguir a que destes a vida por todos nós, Palavra de Cristo. Senti-O como o verdadeiro Amigo com o qual partilhar o caminho da vossa e, depois de ressuscitado de entre os mortos, vida. Com Ele ao vosso lado sereis capazes de enfrentar com coragem e esperança as prometestes estar connosco até ao fim dos tempos, dificuldades, os problemas, também as desilusões e as derrotas. São-vos apresentadas nós vos suplicamos: continuamente propostas mais fáceis, mas vós mesmos vos apercebeis que se revelam fazei com que haja mais cristãos enganadoras, que não vos dão serenidade e alegria. Só a Palavra de Deus nos indica o que se deixem cativar pelo Vosso amor caminho autêntico, só a fé que nos foi transmitida é a luz que ilumina o caminho. Acolhei com e se ofereçam para o irradiar pelo mundo gratidão este dom espiritual que recebestes das vossas famílias e comprometei-vos a como sacerdotes, religiosos ou religiosas. responder com responsabilidade à chamada de Deus, tornando-vos adultos na fé. Não Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos acrediteis em quantos vos dizem que não tendes necessidade dos outros para construir a para que esta graça nos seja concedida vossa vida! Ao contrário, apoiai-vos na fé dos vossos familiares, na fé da Igreja, e agradecei na comunidade cristã a que pertencemos. ao Senhor por a ter recebido e feito vossa! Teremos então mais razões para Vos bendizer, em união com Santa Maria, Firmes na fé Vossa Mãe bendita. 3. «Enraizados e fundados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). A Carta da qual é tirado este Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. convite, foi escrita por São Paulo para responder a uma necessidade precisa dos cristãos da Ámen. 4 25 vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de Seminaristas , 18 de Outubro de 2010). terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo Sacramento no sacrário. Caso contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.) III - EXCERTO DA MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011 CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora, dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode «Enraizados e edificados n’Ele... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). fazer-se uma das orações marianas mais conhecidas.) Enraizados e fundados em Cristo 2. Para ressaltar a importância da fé na vida dos crentes, gostaria de me deter sobre cada uma das três palavras que São Paulo usa nesta sua expressão: «Enraizados e fundados em ESQUEMA II Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). Nela podemos ver três imagens: «enraizado» recorda a árvore e as raízes que a alimentam; «fundado» refere-se à construção de uma casa; «firme» evoca o crescimento da força física e moral. Trata-se de imagens muito eloquentes. Antes de CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística ou sacerdotal.) as comentar, deve-se observar simplesmente que no texto original as três palavras, sob o ponto de vista gramatical, estão no passivo: isto significa que é o próprio Cristo quem toma a iniciativa de radicar, fundar e tornar firmes os crentes. A primeira imagem é a da árvore, firmemente plantada no solo através das raízes, que a tornam estável e a alimentam. Sem raízes, seria arrastada pelo vento e morreria. Quais são as nossas raízes? Naturalmente, os pais, a família e a cultura do nosso país, que são uma componente muito importante da nossa identidade. A Bíblia revela outra. O profeta Jeremias SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos principais deste movimento contínuo de louvor: o cultivo da adoração eucarística, a necessidade de vocações para a Nova Evangelização e o jubileu sacerdotal do Senhor Patriarca. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.) escreve: «Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano; continua a produzir frutos» (Jr 17, 7-8). Estender as raízes, para o profeta, significa ter confiança em Deus. D’Ele obtemos a nossa vida; sem Ele não poderíamos viver verdadeiramente. «Deus deu-nos a vida eterna, e esta vida está em Seu Filho» (1 Jo 5, 11). O CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da Sagrada Escritura.) próprio Jesus apresenta-se como nossa vida (cf. Jo 14, 6). Por isso a fé cristã não é só crer em verdades, mas é antes de tudo uma relação pessoal com Jesus Cristo, é o encontro com o Filho de Deus, que dá a toda a existência um novo dinamismo. Quando entramos em relação pessoal com Ele, Cristo revela-nos a nossa identidade e, na sua amizade, a vida cresce e ACLAMAÇÕES (Depois de exposto o Santíssimo Sacramento, dirigem-se a Jesus um conjunto de aclamações. Podem ser ditas em comum por toda a assembleia, ou então pronunciadas pelo presidente e repetidas pela assembleia.) realiza-se em plenitude. Há um momento, quando somos jovens, em que cada um de nós se pergunta: que sentido tem a minha vida, que finalidade, que orientação lhe devo dar? É uma fase fundamental, que pode perturbar o ânimo, às vezes também por muito tempo. Pensa-se no tipo de trabalho a empreender, quais relações sociais estabelecer, que afectos desenvolver... Neste contexto, penso de novo na minha juventude. De certa forma muito cedo tive a consciência de que o Senhor me queria sacerdote. Mais tarde, depois da Guerra, quando no seminário e na universidade eu estava a caminho para esta meta, tive que 24 - Bendito Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo - Bendito Jesus Cristo, Fonte da Vida Eterna - Bendito Jesus Cristo, Único e Eterno Sacerdote - Bendito Jesus Cristo, Palavra Eterna de Deus - Bendito Jesus Cristo, Bom Pastor da Humanidade - Bendito Jesus Cristo, Esposo da Igreja 5 - Bendito Jesus Cristo, Rei do Universo que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias - Bendito Jesus Cristo, Rei dos Sacerdotes cristãs, quer nos cenáculos vocacionais. - Bendito Jesus Cristo, Consolador dos aflitos O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar - Bendito Jesus Cristo, Esperança de todos os homens nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o alterar ou acrescentar leituras.) «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por I LEITURA – D. José Policarpo, Carta Pastoral sobre a Nova Evangelização, 2010 todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, Evangelizar é participar na urgência de Jesus Cristo em anunciar o Reino de Deus, expressão 19). A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: do seu amor salvífico. Cristo continua a ser o primeiro e o principal evangelizador , missão convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; que Ele continua a realizar através dos seus discípulos, que participam da sua Paixão pelo ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do anúncio do Reino de Deus. É por isso que Paulo exclama: “Ai de mim se não evangelizar” Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá (1Cor, 9,16). Para o cristão, evangelizar é expressão do seu amor a Jesus Cristo. Ela é sempre muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto- uma expressão de amor, porque só o amor converte e brota da relação com Jesus Cristo realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz- numa comunhão de amor. Evangelizar é sempre anunciar o amor de Deus, em Jesus Cristo. lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e Como afirmei no encerramento do recente Congresso Missionário Nacional em Fátima, “Toda se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de a missão, na Igreja, se resume a isso: anunciar o amor infinito com que Deus ama todos os reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35). homens e que exprime, de forma total e radical, em Jesus Cristo e no amor com que nos Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em amou, ao dar a vida por nós. A missão é o anúncio desse amor, procura levar todos os homens Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; a sentirem-se amados: amados porque perdoados; amados porque convidados para novos significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e horizontes de liberdade; amados porque sentiram um sentido novo na vida, um novo própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida horizonte de esperança. Ao sentirem-se amados, os seus corações abrem-se para o amor a consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não Deus e aos irmãos.Mas a Igreja só pode anunciar o amor, amando e deixando-se amar. Ela é o deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja fruto fecundo do infinito amor de Deus que a ama em Jesus Cristo. E ao mergulhar nesse no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a amor, ela abraça o mundo com o amor de Jesus Cristo, porque ela é o sacramento da estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações salvação, realizada pelo amor de Cristo. Evangelizar é levar os homens a sentirem a força sacerdotais» (João Paulo II , Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis , 41). Especialmente transformadora do amor de Cristo na Cruz, e os homens sentirão a força desse abraço se se neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O sentirem amados pela Igreja. Evangelizar não é um programa, uma atitude de estratégia seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, proselitista, é uma loucura de amor. Só o amor fará a Igreja não desistir de anunciar Jesus cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É Cristo, em todos os tempos e circunstâncias e a abrirá às surpreendentes maravilhas que só o importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida amor de Deus pode realizar”. sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade SALMO – Sl 62 como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro. * essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo A minha alma tem sede de Vós. predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Por Vós suspiro * Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira 6 23 que o elemento essencial é comum em todas as vocações e que é a falta do ardor da santidade que as faz valorizar particularismos de carismas ou tradições que em nada como terra árida, sequiosa, sem água. Quero contemplar-Vos no santuário, * contribuem para a unidade da Igreja, um só corpo em Cristo. Cito mais um texto de Madeleine Delbrêl, referindo-se ao sacerdote que acompanhava o seu grupo. “Pertencer ao para ver o vosso poder e a vossa glória. A vossa graça vale mais que a vida: * Senhor Jesus era torná-l’O glorioso e tornar bem-aventurado aquele que Lhe pertencia. Mas pertencer-Lhe como? O padre não se preocupava muito com isso. Confiava que o Senhor se por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores. Assim Vos bendirei toda a minha vida * faria compreender por cada um. Desconfiava de vocações fabricadas pela mão dos homens, mesmo que fossem mãos de sacerdotes. Se o amor do Senhor Jesus estiver numa vida, Ele e em vosso louvor levantarei as mãos. Serei saciado com saborosos manjares * criará nela a vocação pessoal dessa vida”. Todos são convidados a fazer sua a convicção de Santa Teresa de Lisieux: “A minha vocação é o amor”. “Quando o Senhor Jesus se explicou, e com vozes de júbilo Vos louvarei. Quando no leito Vos recordo, * quando alguém compreendeu o que Ele queria: um casamento, um mosteiro, o sacerdócio, o celibato escolhido ou aceite, o P. Lorenzo saía então dos seus invencíveis silêncios e falava passo a noite a pensar em Vós. Porque Vos tornastes o meu refúgio, * dessa vocação como se fosse a única vocação que existia no mundo. É por isso que aqueles que se tinham dado incondicionalmente ao Senhor, chegavam a uma espantosa variedade de exulto à sombra das vossas asas. Unido a Vós estou, Senhor, * destinos” .É a esta variedade de “vocações” e de “missões” existentes na Igreja de hoje que a vossa mão me serve de amparo. se dirige este convite. Todos têm em comum o ponto de partida que será, também, o ponto de chegada: a palavra de amor que Jesus Cristo lhes dirige, convidando-as a construir a sua EVANGELHO - Mt 16, 13-20 Igreja, como o Povo da sua predilecção, e a anunciarem a todos os homens o amor de Deus. 13Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: São todos convidados a não enrijecer a definição do próprio carisma, a letra dos seus «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» 14Eles responderam: «Uns dizem que é estatutos ou constituições, para se encontrarem todos na Igreja com a paixão de anunciar João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Jesus Cristo e o seu Reino. O que têm em comum é mais decisivo do que aquilo que os 15Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» 16Tomando a palavra, Simão distingue. Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» 17Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. 18Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. 19Dar-te-ei as chaves do Reino II - EXCERTO DA MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 48º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES desligado no Céu.» 20Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o «Propor as vocações na Igreja local» Messias. A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será PRECES páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com Apresentemos ao Senhor Jesus, vivo no meio de nós, os clamores da nossa oração, e amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus digamos cheios de confiança, mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se Jesus Cristo, Deus Vivo e Verdadeiro, escutai-nos claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior - Pelo Santo Padre e pela Igreja Universal acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo - Pelo Senhor Patriarca íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são - Pelos Senhores Bispos Auxiliares fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente - Pelos sacerdotes e diáconos 22 7 - Pelos sacerdotes em dificuldades A experiência da salvação, em Igreja - Pelos Seminários e Pré-Seminário 10. A “nova evangelização” desabrocha na experiência de Igreja, “comunidade evangelizada - Pelos jovens em discernimento vocacional e evangelizadora” . A Igreja nasce do Evangelho, vive do Evangelho, anuncia o Evangelho. - Pelas famílias e pelas crianças Paulo VI recorda, lembrando o Sínodo sobre “A Evangelização no Mundo Contemporâneo”: - Pelos catequistas e educadores “Nós queremos confirmar, uma vez mais, que a tarefa de evangelizar todos os homens - Pelos nossos governantes constitui a missão essencial da Igreja (…). Evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação - Pelos que vivem sem fé própria da Igreja, a sua mais profunda identidade”. A evangelização que leva à conversão faznos mergulhar na Igreja, comunidade que nasce do Evangelho e se identifica com Cristo. A ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES evangelização deixa de ser uma atitude individual, para ser expressão do testemunho da Senhor Jesus Cristo., Igreja, o verdadeiro sujeito da evangelização. Um sentido profundo de Igreja, de Bom Pastor da vossa Igreja, identificação com a Igreja, é essencial para que o dinamismo da “nova evangelização” possa Vós que tanto nos amastes levar à criatividade de caminhos e de expressões, sobretudo por parte dos leigos, sem se cair que destes a vida por todos nós, em visões individualistas e, por isso, dispersivas, da identidade cristã. Madeleine Delbrêl, que e, depois de ressuscitado de entre os mortos, escolhemos como um dos exemplos de leiga empenhada nesta aventura da evangelização, prometestes estar connosco até ao fim dos tempos, dá-nos um testemunho impressionante. Depois da sua conversão, que ela apelida de nós vos suplicamos: violenta, 18 anos depois de procurar ser testemunha do Evangelho no mundo real da França fazei com que haja mais cristãos do seu tempo, resolve ir a Roma e, em carta ao Papa, explica porquê: “Para que fosse um acto que se deixem cativar pelo Vosso amor de fé e nada mais, cheguei a Roma de manhã. Fui direitinha para o túmulo de São Pedro, e se ofereçam para o irradiar pelo mundo diante do altar onde vós celebrais a vossa Missa. Fiquei aí todo o dia e regressei a Paris à como sacerdotes, religiosos ou religiosas. noite”. E mais à frente acrescenta: “Roma é, para mim, uma espécie de sacramento do Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos Cristo-Igreja e parecia-me que só em Roma certas graças se pedem para a Igreja e se obtêm para que esta graça nos seja concedida para ela” . Este sentido de Igreja, ancorado no ministério apostólico do Sucessor de Pedro, na comunidade cristã a que pertencemos. acompanhá-la-á toda a vida, sendo âncora segura em momentos de obscuridade.Este “novo Teremos então mais razões para Vos bendizer, ardor” da “nova evangelização” levar-nos-á a descobrir a Igreja toda, em todos os seus em união com Santa Maria, membros, como protagonistas desse anúncio da salvação, não apenas como executores de Vossa Mãe bendita. acções programadas, mas com a ousadia da criatividade, encontrando em cada circunstância Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. da vida dos homens, a forma concreta de anunciar o Evangelho. Só sentindo-se membro da Ámen. “Igreja evangelizadora” essa ousadia da criatividade salvaguardará a unidade. (...) BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de Quem é convidado a participar terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo sacramento no sacrário. Caso 14. Esta pedagogia interpela pessoas e instituições. São convidados a participar todos os contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.) cristãos que sintam um desejo sincero de caminhar na fidelidade, à sua consagração CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora, desejo de fidelidade corresponde, como já dissemos, à busca da santidade. Isto dirige-se aos dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode sacerdotes, às pessoas consagradas, em famílias religiosas ou no meio do mundo, aos que baptismal, à vocação que escolheram, porventura à missão que lhes foi entregue. Este fazer-se uma das oração marianas mais conhecidas.) escolheram o caminho do matrimónio e são chamados a aprofundar, através dele, a sua comunhão de amor com Cristo.Este dinamismo de conversão ao amor de Jesus Cristo revela 8 21 fazendo-nos descobrir que todas as expressões da vida podem ser louvor de Deus, fazer ESQUEMA III parte desse convívio íntimo, no amor. Madeleine Delbrêl, escreveu a este respeito: “Mas aquele que deve rezar, que deve oferecer o seu ser à força interior do Espírito, que diz Pai CÂNTICO (De acordo com os hábitos da comunidade. Deve ser de tonalidade eucarística Nosso, é um homem com tal temperamento, com determinadas circunstâncias de vida, ou sacerdotal.) nascido numa determinada época, no meio de um determinado grupo humano, carregado com tais tentações. Habite uma casa grande ou um quarto super-povoado; trabalha no SAUDAÇÃO INICIAL (O sacerdote inicia a celebração com a forma habitual. Deve dirigir silêncio ou no tumulto; deve lutar contra a solidão ou contra a multidão. É de tudo isso que breves palavras à assembleia, convidando ao espírito de oração e recordando os 3 motivos deve brotar a sua maneira de rezar, a da manhã ou a da noite, a de hoje ou de amanhã, a da principais deste movimento contínuo de louvor: a santificação dos sacerdotes no contexto do juventude ou a da idade madura e da velhice. Mesmo a oração de louvor de um beneditino Ano Sacerdotal, a necessidade de vocações sacerdotais e a visita apostólica do Santo Padre será modificada por uma quantidade de factores concretos se ele quiser fazer da sua oração ao nosso país. Pode ser ainda importante valorizar a dimensão diocesana deste percurso de um meio e não fazer dela um fim falso” .Este realismo da oração só não leva ao individualismo adoração que atravessará todas as vigararias da Diocese.) porque toda a oração nos faz mergulhar no mistério da Igreja, o verdadeiro sujeito orante. Bento XVI diz a respeito do Pai Nosso: Todas as vezes que recitamos o Pai Nosso, a nossa voz CÂNTICO E EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO (Enquanto se canta um cântico de tonalidade entrelaça-se com a da Igreja, porque quem reza nunca está sozinho. Cada fiel deverá eucarística, que suscite o louvor e a adoração, expõe-se o Santíssimo Sacramento no altar procurar e poderá encontrar na verdade e na riqueza da oração cristã, ensinada pela Igreja, o preparado para o efeito. Se o Santíssimo já está exposto, pode todavia cantar-se como forma próprio caminho, o seu modo de oração… portanto deixar-se-á conduzir… pelo Espírito Santo, de preparação para a escuta de Deus que se seguirá por meio da palavra da Igreja e da o qual o guia, através de Cristo, para o Pai” . Sagrada Escritura.) * A caridade vivida e experimentada no amor dos irmãos ORAÇÃO (Rezada pelo sacerdote ou, na falta dele, por quem estiver a conduzir a 8. A evangelização tem de se tornar na expressão do amor de Jesus Cristo por todos os celebração.) homens, do nosso amor a Cristo, a Quem amamos, amando os irmãos como Ele os ama. Senhor Jesus, Servo de Deus e da Humanidade, nós vos adoramos e glorificamos. Senhor “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo. 15,12). Esta experiência da caridade, no Jesus, porque destes a vida por nós, dai-nos o vosso Espírito de amor para estarmos amor dos irmãos, é o mais maravilhoso fruto da acção do Espírito Santo em nós. Mas aponta- verdadeiramente ao serviço da evangelização de todos os que andam longe de Vós. A Vós nos também o principal risco que corremos nas nossas expressões do amor fraterno: não que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo. amar como Jesus nos ama, mas amar à moda humana. “O amor humano, porque é amor, é uma realidade maravilhosa. Os descrentes podem amar os outros com um amor magnífico. ESCUTA DA PALAVRA (Dispõem-se 3 leituras para serem proclamadas e rezadas durante a Mas nós, não é a esse amor que fomos chamados. Não é o nosso amor que temos para dar, é o adoração. O salmo que se apresenta pode ser recitado por toda a assembleia. Podem-se amor de Deus. O amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, mas que alterar ou acrescentar leituras. Podem usar-se para estas leituras, se for conveniente, a permanece um dom, que deve, por assim dizer, atravessar-nos, trespassar-nos para ir para biografia do Santo Cura de Ars ou então a Mensagem para o Dia das Vocações.) além de nós, para ir para os outros” .Esta perspectiva é decisiva, por exemplo, na vivência do matrimónio como caminho de santidade e na fecundidade evangelizadora das pessoas I LEITURA - D. José Policarpo, Carta Pastoral sobre a Nova Evangelização, 2010 casadas. Também aqui a oração tem um papel decisivo. “É na oração, e só na oração, que A evangelização tem de se tornar na expressão do amor de Jesus Cristo por todos os homens, Cristo se revelará a nós em cada um dos outros, de uma forma cada vez mais profunda e do nosso amor a Cristo, a Quem amamos, amando os irmãos como Ele os ama. “Amai-vos uns clarividente. É na oração que poderemos pedir o dom a cada um, sem o que não haverá aos outros como Eu vos amei” (Jo. 15,12). Esta experiência da caridade, no amor dos irmãos, amor; é através dela que a nossa esperança crescerá, na medida e no número daqueles que é o mais maravilhoso fruto da acção do Espírito Santo em nós. Mas aponta-nos também o nós encontraremos e na profundidade das suas necessidades”. principal risco que corremos nas nossas expressões do amor fraterno: não amar como Jesus (...) nos ama, mas amar à moda humana. “O amor humano, porque é amor, é uma realidade maravilhosa. Os descrentes podem amar os outros com um amor magnífico. Mas nós, não é a 20 9 esse amor que fomos chamados. Não é o nosso amor que temos para dar, é o amor de Deus. oração é fundamental para sentir o “novo ardor” da fé e da caridade, que faz do anúncio do O amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, mas que permanece Evangelho uma “nova evangelização”. Mas o que é rezar? “Rezar é restabelecer entre Deus e um dom, que deve, por assim dizer, atravessar-nos, trespassar-nos para ir para além de nós, nós relações num sentido normal. É converter, voltar o nosso espírito, o nosso coração, a para ir para os outros” .Esta perspectiva é decisiva, por exemplo, na vivência do matrimónio nossa vontade para o lado de Deus que, sem cessar, é para nós Criador e Pai. A oração já é como caminho de santidade e na fecundidade evangelizadora das pessoas casadas. Também amor, ela exige o amor, acolhe o amor” .Só na oração se descobre a relação entre a fé, a aqui a oração tem um papel decisivo. “É na oração, e só na oração, que Cristo se revelará a esperança e a caridade. Capta-se esta união das três virtudes na relação privilegiada com nós em cada um dos outros, de uma forma cada vez mais profunda e clarividente. É na oração Jesus Cristo: acreditar n’Ele é amá-l’O e esperar a plena união com Ele. Só Cristo nos leva ao que poderemos pedir o dom a cada um, sem o que não haverá amor; é através dela que a Pai e vai fazendo desabrochar no horizonte do nosso coração o desejo da vida eterna. O nossa esperança crescerá, na medida e no número daqueles que nós encontraremos e na cristão deve evangelizar com o amor de Jesus Cristo e, ao anunciar o amor, proclama, talvez profundidade das suas necessidades”. sem o saber, o amor entre as pessoas divinas que se vão manifestando na sua individualidade de pessoas distintas de quem a união de amor faz um só Deus. Nos evangelizadores a relação com Deus tem de ser, prioritariamente, uma relação com Jesus Cristo. É nessa relação intensa com Cristo que o crente interioriza a sua Palavra. A oração vive da Palavra, é SALMO – Sl 114 conduzida por ela e permite que a Palavra de Cristo fique em nós, seja nossa, faça parte da Amo o Senhor * porque ouviu a voz da minha súplica. nossa interioridade, continuando a ser a Palavra de Cristo.O Santo Padre deu, recentemente, como exemplo dessa interiorização da Palavra de Jesus na oração do “Pai Nosso”, ensinado Ele me atendeu * no dia em que O invoquei. por Jesus aos discípulos, comunicando-lhes a sua própria experiência de oração (cf. Mt. 6,9- Apertaram-me os laços da morte, * 13; Lc. 11,2-4). Diz o Papa: “Estamos diante das primeiras palavras da Sagrada Escritura que caíram sobre mim as angústias do além, † aprendemos desde crianças. Elas imprimem-se na memória, plasmando a nossa vida, acompanham-nos até ao último respiro. Elas revelam que não somos já, de modo completo, vi-me na aflição e na dor. filhos de Deus, que no-lo devemos tornar e sê-lo cada vez mais, mediante a nossa comunhão Então invoquei o nome do Senhor: * sempre mais profunda com Jesus. Ser filho torna-se o equivalente a seguir Cristo” .Esta «Senhor, salvai a minha alma». interiorização da Palavra de Deus, através da oração, acontece com outras preces que Justo e compassivo é o Senhor, * aprendemos em criança como “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo” (cf. Lc. o nosso Deus é misericordioso. 1,28). Este é o ritmo de toda a oração litúrgica quando é celebrada, não apenas como rito, O Senhor guarda os simples: * estava sem forças e o Senhor salvou-me. mas como encontro profundo com Cristo e, por Ele, com a Santíssima Trindade.Esta interiorização das palavras de Jesus, quando ensina os discípulos a rezar, abre-nos à relação Volta, minha alma, ao teu descanso, * porque o Senhor foi bom para contigo. da oração com o concreto da vida dos homens. A oração torna-se, assim, uma experiência forte do mistério da Encarnação. Ouçamos o Santo Padre: “esta oração acolhe e expressa Livrou da morte a minha alma, * das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés. também as necessidades humanas materiais e espirituais: «Dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados» (Lc. 11,3-4). E precisamente por causa Andarei na presença do Senhor * sobre a terra dos vivos. das necessidades e das dificuldades de cada dia, Jesus exorta com vigor: «Digo-vos, pois: Pedi e dar-se-vos-á; quem procura encontra e ao que bate, abrir-se-á» (Lc. 11,9-10). Não é EVANGELHO - Jo 13, 1-17 um pedir para satisfazer as próprias vontades, pelo contrário, para manter viva a amizade 1Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem com Deus, o qual – diz sempre o Evangelho – «dará o Espírito Santo àqueles que lho deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por pedirem» (Lc. 11,13). Experimentaram-no os antigos «padres do deserto» e os eles até ao extremo. 2O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, contemplativos de todos os tempos, que se tornaram, pela oração, amigos de Deus” .Se toda a decisão de o entregar. 3Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o a nossa vida está em Deus, por Jesus Cristo, o seu realismo concreto inspira a forma de rezar, 10 19 do seu estado, da sua vocação concreta, das circunstâncias em que vivem. A formação que a Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4levantou-se da Igreja deve proporcionar a estes evangelizadores deve procurar, sobretudo, esta busca da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. 5Depois deitou água na bacia e fidelidade cristã e não apenas uma preparação técnica e cultural para a missão começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. evangelizadora. A “nova evangelização” exige um grande movimento de espiritualidade. 6Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?» 7Jesus As principais expressões desta fidelidade evangélica compreendê-lo depois.» 8Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» 6. Já vimos que a evangelização exige fidelidade pessoal a Jesus Cristo, vivida em Igreja, Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.» 9Disse-lhe, então, respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de acolhendo os dons que Ele próprio nos proporciona. Viver com Jesus Cristo é estar Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!» 10Respondeu- continuamente em acção de graças pelas expressões do seu amor, o primeiro dos quais é a lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós sua Palavra. estais limpos, mas não todos.» 11Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: * Acolher o Evangelho como Palavra de Jesus, que Ele nos diz agora e na qual se nos diz, sentar-se à mesa e disse-lhes: 13«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me ‘o Mestre’ e desejando permanecer em nós. Uma leiga do nosso tempo, totalmente devorada pelo zelo da ‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou. 14Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, ‘Nem todos estais limpos’. 12Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a evangelização, fala assim do acolhimento do Evangelho: “O Evangelho é o livro da vida do também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15Na verdade, dei-vos exemplo para que, Senhor. Está feito para se tornar o livro da nossa vida. Não foi feito para ser compreendido, assim como Eu fiz, vós façais também. 16Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mas para ser abordado como a porta do mistério. Não está feito para ser lido, mas para ser mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. 17Uma vez que recebido em nós. Cada uma das suas palavras é espírito e vida. Ágeis e livres, só esperam a sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática. avidez da nossa alma para penetrar nela. Vivas, são elas próprias como o fermento inicial que penetrará na nossa “massa” e a fará fermentar num novo modo de vida. (…) As palavras do Evangelho são milagrosas. Não nos transformam porque nós não lhes pedimos para nos Acção de Graças transformarem. Mas, em cada frase de Jesus, em cada um dos seus exemplos, permanece a Na presença de Jesus Cristo Ressuscitado, elevemos a nossa gratidão, reconhecida pela força fulminante que curava, purificava, ressuscitava. Na condição de sermos, em relação a sua imensa bondade e digamos: Ele, como o paralítico ou o centurião: agir imediatamente, numa obediência total”.Absorver e Bendito sejais Senhor Jesus interiorizar as palavras do Evangelho é mais importante do que tentar compreendê-las. “O Evangelho de Jesus tem passagens quase totalmente misteriosas. Não sabemos como - Pelo dom do sacerdócio na vida Igreja passá-las para a nossa vida. Mas há outras que são impiedosamente límpidas. É uma - Pelo ministério da comunhão do Santo Padre fidelidade cândida ao que nós compreendemos que nos levará a compreender o que -Pelo ministério apostólico do Senhor Patriarca permanece misterioso. Diante dessas palavras misteriosas, só nos é pedido que obedeçamos - Pelo testemunho e fidelidade do Senhor Patriarca e não serão os raciocínios que nos ajudarão. O que nos ajudará é levar, “guardar” em nós, no - Pelo testemunho e fidelidade dos sacerdotes calor da nossa fé e da nossa esperança, a palavra a que queremos obedecer. Ele estabelecerá - Pela esperança dos nossos Seminários entre ela e a nossa vontade como que um pacto de vida” .Há muita coisa a rever sobre o lugar - Pelos jovens que abrem aos apelos de Deus da Palavra de Deus, sobretudo da Palavra de Jesus, na formação espiritual dos - Pelas famílias que acolhem vocações evangelizadores, desde a Liturgia, à proclamação da Palavra, ao lugar da Palavra na oração - Pelos sacerdotes santos que já habitam a eternidade pessoal. Só entrarão na dinâmica da “nova evangelização” evangelizadores habitados e devorados pela Palavra de Deus. * A oração como fonte da fé, da esperança e da caridade 7. “A fé e a esperança é a oração que as dá. Sem rezar não podemos amar”. Progredir na 18 11 ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES III- TEXTOS DE APOIO E REFLEXÃO Senhor Jesus Cristo., Bom Pastor da vossa Igreja, Vós que tanto nos amastes que destes a vida por todos nós, e, depois de ressuscitado de entre os mortos, I - EXCERTOS DA CARTA PASTORAL DO CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA: NOVA EVANGELIZAÇÃO - UM DESAFIO PASTORAL prometestes estar connosco até ao fim dos tempos, nós vos suplicamos: Um novo vigor fazei com que haja mais cristãos 5. É uma das qualidades da nova evangelização apontadas por João Paulo II. Em que consiste que se deixem cativar pelo Vosso amor esse novo vigor? É a força da fé vivida, como amor a Jesus Cristo, com quem nos e se ofereçam para o irradiar pelo mundo identificámos no baptismo. Evangelizar é participar na urgência de Jesus Cristo em anunciar como sacerdotes, religiosos ou religiosas. o Reino de Deus, expressão do seu amor salvífico. Cristo continua a ser o primeiro e o Ajudai-nos, Senhor, a tudo fazermos principal evangelizador , missão que Ele continua a realizar através dos seus discípulos, que para que esta graça nos seja concedida participam da sua Paixão pelo anúncio do Reino de Deus. É por isso que Paulo exclama: “Ai de na comunidade cristã a que pertencemos. mim se não evangelizar” (1Cor, 9,16). Para o cristão, evangelizar é expressão do seu amor a Teremos então mais razões para Vos bendizer, Jesus Cristo. Ela é sempre uma expressão de amor, porque só o amor converte e brota da em união com Santa Maria, relação com Jesus Cristo numa comunhão de amor. Evangelizar é sempre anunciar o amor de Vossa Mãe bendita. Deus, em Jesus Cristo. Como afirmei no encerramento do recente Congresso Missionário Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Nacional em Fátima, “Toda a missão, na Igreja, se resume a isso: anunciar o amor infinito Ámen. com que Deus ama todos os homens e que exprime, de forma total e radical, em Jesus Cristo e no amor com que nos amou, ao dar a vida por nós. A missão é o anúncio desse amor, procura levar todos os homens a sentirem-se amados: amados porque perdoados; amados BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO (Procede-se à bênção como é costume e, no caso de porque convidados para novos horizontes de liberdade; amados porque sentiram um sentido terminarem as 24 horas de adoração, repõe-se o Santíssimo sacramento no sacrário. Caso novo na vida, um novo horizonte de esperança. Ao sentirem-se amados, os seus corações contrário, contínua em exposição para adoração dos fiéis.) abrem-se para o amor a Deus e aos irmãos.Mas a Igreja só pode anunciar o amor, amando e deixando-se amar. Ela é o fruto fecundo do infinito amor de Deus que a ama em Jesus Cristo. CÂNTICO MARIANO (Esta pequena celebração termina com um cântico a Nossa Senhora, E ao mergulhar nesse amor, ela abraça o mundo com o amor de Jesus Cristo, porque ela é o dos que forem mais habituais na comunidade. Não havendo possibilidade de cantar, pode sacramento da salvação, realizada pelo amor de Cristo. Evangelizar é levar os homens a fazer-se uma das oração marianas mais conhecidas.) sentirem a força transformadora do amor de Cristo na Cruz, e os homens sentirão a força desse abraço se se sentirem amados pela Igreja. Evangelizar não é um programa, uma atitude de estratégia proselitista, é uma loucura de amor. Só o amor fará a Igreja não desistir de anunciar Jesus Cristo, em todos os tempos e circunstâncias e a abrirá às surpreendentes maravilhas que só o amor de Deus pode realizar” .Isto exige que todos os evangelizadores cultivem, na fidelidade, esta relação amorosa com Cristo. Já S. Gregório de Nissa afirmava: “Cristo é a nossa paz, que fez de dois um só Povo. Sabendo que Cristo é a nossa paz, mostraremos a autenticidade do nosso nome de cristãos, se por meio daquela paz que está em nós manifestarmos a Cristo com a nossa vida” .Isto exige que todos os evangelizadores busquem a santidade, na fidelidade a Jesus Cristo, manifestada no concreto das suas vidas, 12 17 II- MISTÉRIOS DO ROSÁRIO Rezar o Rosário / Terço segundo o costume em cada comunidade, oferecendo em cada mistério uma intenção pelas Vocações, pela Nova Evangelização ou pelo Jubileu Sacerdotal do Senhor Patriarca, como se indica a seguir para cada mistério do Rosário: MISTÉRIOS GOZOSOS (2ª E SÁBADO) MISTÉRIOS GLORIOSOS (4ª E DOMINGO) 1º. Mistério: A ressurreição de Nosso Senhor Por Maria, peçamos a Jesus, por todos os jovens que vão participar na próxima Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Respondendo ao convite iniciado pelo Beato João Paulo II para quem estas Jornadas eram muito queridas, e agora continuado pelo Papa Bento XVI, façam uma experiência qpode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e regressem aos seus países"enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (Col 2, 7), sobretudo os jovens da Europa momento em que este continente precisa de voltar a encontrar as suas raízes cristãs. 2º. Mistério: A ascensão de Nosso Senhor ao Céu Por Maria, peçamos a Jesus, para que as comunidades cristãs sejam lugar fecundo do germinar de vocações e para que os nossos seminários sejam lugar propício onde os seminaristas possam discernir a sua vocação, e aprendam no seguimento fiel a Cristo o sentido da generosidade e do serviço, crescendo sempre na compaixão para com o povo de Deus. 3º. Mistério: A descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria Santíssima Por Maria, peçamos a Jesus, para que oJubileu Sacerdotal (50 anos) de D. José Policarpo seja um de graça e de acção de graças, ao longo do qual os cristãos da Diocese de Lisboa aprofundem o dom do sacerdócio apostólico para edificação e santificação do Povo de Deus, e que num renovado dinamismo de comunhão à volta do seu Pastor todos – presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis – se sintam convocados a um maior compromisso na evangelização e empenho na santidade 4º. Mistério: A assunção de Nossa Senhora ao Céu Por Maria, peçamos a Jesus, pelos pais chamados por Deus a colaborar com a sua vontade de dar vida, e pelos educadores, professores, catequistas e animadores, chamados por Deus a colaborar de muitas maneiras com o seu projeto de formar para a vida, todos vivam com fidelidade à missão que Deus lhes confiou e que é mediação preciosa e insubstituível, para que os mais novos possam descobrir a sua vocação pessoal. Pedimos também pelos pais, irmãos, familiares e amigos dos sacerdotes, para que se alegrem por terem dado alguém que na Casa do Pai celebra o mistério de Cristo e no mundo O testemunha de forma interpeladora. 5º. Mistério: A coroação de Nossa Senhora como rainha dos anjos e dos Santos 1º. Mistério: A Anunciação do Anjo à Virgem Nossa Senhora Santa Maria, Senhora do Sim, sê modelo para a Igreja, para que seguindo o vosso exemplo de acolhimento do plano divino da salvação, se difunda em cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que chama novos trabalhadores para a sua messe. 2º. Mistério: A Visitação de Nª Srª à sua prima Sta. Isabel Santa Maria, Estrela da Nova Evangelização, o Beato João Paulo II convocou-nos para a “nova evangelização”, e disse que ela será nova, no “novo ardor”, por isso pedimos que mantenha vivo o empenho dos cristãos da Velha Europa na Evangelização das suas cidades, e se renove em todos,sobretudo naqueles que já desempenham uma missão pastoral, esse “novo ardor”, que os levará a fazer da evangelização não apenas uma tarefa programada, mas uma “paixão” que brota do amor a Jesus Cristo. 3º. Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém Santa Maria, Mãe dos Sacerdotes, velai pelos seminaristas e pelos sacerdotes, para que a semente de entrega e serviço que nasceu nos seus corações, não seque diante da aridez do mundo, mas como árvores bem enraizadas produzam sempre fruto abundante. Pedimos ainda que os leigos tenham os seus pastores presentes na oração e colaborem activamente com eles na construção da Igreja e do Reino de Deus. 4º. Mistério: A Apresentação de Jesus no Templo Santa Maria, Mãe da Igreja, intercedei pela Igreja de Lisboa neste ano de especial acção de graças pela comemoração dos 50 anos de ordenação sacerdotal do seu Bispo, D. José da Cruz Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa. Estas comemorações jubilares despertem na Igreja de Lisboa um dinamismo de comunhão à volta do seu Pastor e, através dele, a Jesus Cristo, e à redescoberta do sacerdócio apostólico como um dom inestimável de Deus ao Seu Povo. 5º. Mistério: Perda e encontro de Jesus no Templo entre os doutores Santa Maria, Senhora do Silêncio, que guardáveis todas as coisas no coração, nos a profundidade do silêncio em que se acolhe, em cada momento, a Palavra do Senhor, e inspirai o florescer de muitas vocações de vida contemplativa que neste mundo disperso e agitado sejam sinal de permanência na presença do Senhor. Por Maria, peçamos a Jesus, para que os sacerdotes cresçam em perfeição espiritual e humana, percorrendo com o povo que lhes é confiado um caminho de conversão e fidelidade a Cristo e assim o seu ministério seja mais eficaz na palavra e no testemunho de vida. Que os sacerdotes numa verdadeira identificação com Jesus o Bom Pastor façam um caminho de santidade contribuindo para a santificação do próprio mundo. 16 13 MISTÉRIOS DOLOROSOS (3ª E 6ª FEIRA) MISTÉRIOS LUMINOSOS (5ª FEIRA) 1º. Mistério: O Baptismo de Jesus no Jordão Jesus, Fonte de água viva, que na tua Igreja todos sejam animadores vocacionais, especialmente os presbíteros, os consagrados e consagradas, na vida religiosa e nos institutos seculares, que ouviram um chamamento especial para seguir o Senhor numa vida toda dedicada a Ele, resistam à tentação do desânimo e sintam-se chamados a testemunhar a beleza do seguimento, dando um testemunho tão apaixonado da própria vocação, que se torne contagioso, e assim cada vocação que gere outras vocações. 1º. Mistério: A agonia de Jesus no horto A Jesus, por Maria, peçamos pelas vocações missionárias para que muitos homens e mulheres se consagrem, movidos pela caridade evangélica, para prolongarem no mundo os gestos de Jesus em favor dos que não conhecem a Boa Nova, estão mais feridos na sua dignidade, os mais frágeis ou carenciados, e não lhes falte a força da esperança para exercerem esta missão. 2º. Mistério: A flagelação de Jesus 2º. Mistério: A auto-revelação do Senhor nas bodas de Cana Jesus, Amor Divino, sensibilizai a Igreja para a evangelização do amor, de modo a que o matrimónio seja a resposta a uma vocação rezada, discernida e acolhida como caminho de doação à imagem de Cristo no seu amor pela Igreja. Os casais tendo consciência de que o amor de Deus que é uma Pessoa Divina, que é o dom de Deus a nós, deve atravessar-nos, trespassar-nos para ir para além de nós, para ir para os outros, de modo que a vivência do matrimónio seja um caminho de santidade. 3º. Mistério: O anúncio do Reino de Deus e convite à conversão Jesus, Caminho que conduz ao Pai, acorda nos homens e mulheres europeus a sede de Deus. Muitos se deixem evangelizar, a Europa volte a abrir-Te as portas e não tenha medo de confiar no Teu amor, o caminho da ão que faz mergulhar na Igreja, comunidade que nasce do Evangelho e se identifica com Cristo. As nossas comunidades sejam evangelizadas e evangelizadoras, pois só os convertidos podem entrar no dinamismo da “nova evangelização” e a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a vocação e missão essencial da Igreja. 4º. Mistério: A transfiguração no Tabor Jesus, Luz do mundo e dos corações, ilumina as crianças, adolescentes e jovenspara que, na escolha do futuro, saibam acolher o projeto que Deus tem para eles, e contem com a ajuda dos educadores e da Igreja para encontrar em Cristo o amigo que diz a verdade e dá luz aos problemas e interrogações que povoam os jovens corações, conduzindo para escolhas cheias de sentido. Ilumina também os pré-seminaristas que dão os primeiros passos na abertura e disponibilidade para um percurso vocacional, de modo que cresçam na oração, na humanidade, no amor a Cristo e à Igreja. 5º. Mistério: A instituição da Eucaristia Jesus, Pão da Vida, a celebração do Jubileu do nosso Bispo nos ajude a identificar a sua missão como presença sacramental e histórica do próprio Jesus Cristo entre o seu Povo e a ver nele o grande sacerdote de toda a Diocese e que seja um tempo propício para intensificar a indispensável unidade entre o Bispo e o Presbitério, para a construção da Igreja Diocesana como mistério de comunhão, na caridade. 14 A Jesus, por Maria, peçamos que a Igreja de Lisboa na ocasião do Jubileu do seu Bispo reforce a comunhão e expresse a gratidão pela fidelidade, generosidade, dedicação e entrega à aos longos deste cinquenta anos de sacerdócio de D. José Policarpo, trinta e três são de episcopado e destes, treze como Patriarca de Lisboa. 3º. Mistério: A coroação de espinhos de Nosso Senhor A Jesus, por Maria, pedimos pelo Papa Bento XVI, sucessor de Pedro, para que o Espírito Santo o fortaleça e lhe dê sabedoria para conduzir a Igreja nesta Europa diversificada e complexa. E o povo de Deus unido ao Papa aceite ser « samaritano da esperança » para aqueles irmãos e irmãs com os quais compartilhamos as dificuldades do caminho. O Espírito do Pai continua a chamar e a enviar pelas estradas do mundo os filhos desta terra generosa de raízes cristãs, mas ela mesma necessitada de nova evangelização e de novos evangelizadores. 4º. Mistério: Jesus com a cruz às costas a caminho do calvário A Jesus, por Maria, supliquemos «novas vocações para uma nova Europa». Hoje, numa Europa nova em relação ao passado, são necessárias vocações « novas » também. Peçamos a Nossa Senhora, Auxiliadora do Povo Cristão, que interceda junto do seu Filho, pelas dioceses que têm carência de padres, pelas paróquias sem pastor, pelas zonas por evangelizar, para que mais jovens, mulheres e homens oiçam o apelo de Deus e do seu povo, e aceitem, com alegria e disponibilidade, fazer um caminho de discernimento vocacional e oferecer os caminhos de Deus à Europa e ao mundo. 5º. Mistério: Jesus morre na cruz A Jesus, por Maria, peçamos pelos sacerdotes que se encontram debilitados pela doença ou outra circunstância, que vivam numa oblação de si mesmos, unidos a Cristo crucificado, na alegria de poderem realizar a vontade do Pai até ao fim, e não lhes falte o acolhimento e companhia por parte dos irmãos na fé e no presbitério. Que as comunidades cristãs não abandonem os seus pastores na hora da doença ou da avançada idade, mas os acolham, reconheçam o seu testemunho e dêem graças pela sua vida de serviço. 15