ANO XXXII Centro Social - 4709-007 Ruílhe - Braga Tel. 253 951132/75 . Fax 253 951 318 Tip. Tadinense, Lda . Vilaça . Apartado 4030 . 4705-890 Tadim - Braga JANEIRO/FEVEREIRO 2012 N.º 189 E D I T O R I A L Natal em crise Este ano a reflexão de Natal pode e deve ser um apelo ao regresso do verdadeiro espírito de Natal. Apelo a um tempo em que possamos pensar e reinventar novas maneiras de dizermos uns aos outros quanto somos importantes na vida uns dos outros. A alteração de valores que subterraneamente nos foram impondo e ganhando expressão nas várias dimensões da vida, tornaram, também, o Natal subvertido e esta época aproveitada para fazer apelo ao consumismo desenfreado colocando a importância mais no embrulho que no conteúdo. Comparando as necessidades com as vaidades podemos fazer outro Natal. É que as aparências disfarçadas de beleza não preenchem a alma. As dificuldades que nos batem à porta podem ser uma boa oportunidade para descobrir aquilo que está errado na nossa vida. Para isso precisamos de ajuda. Precisamos da luz do Menino para não nos deixarmos influenciar pela poeira do tempo. É urgente ter o coração e a inteligência ligadas ao céu para que o brilho das estrelas, que se concentrou no Menino, nos possa guiar na gestão criativa e solidária das dificuldades que atravessamos. E é aqui a este doce e terno Menino que temos de ir beber da fonte que nunca seca. Ela é a garantia da força da necessidade de mudança, de coragem, de audácia, de esperança e de solidariedade. Infelizmente sabemos que apesar da crise que já passamos este Natal, mais grave do que isso é estar em crise o Natal que devíamos viver. Amar a Paz Gosto De ver o sol nascente De ver seu poente Sobre o azul do mar. Gosto De ver os rios correrem E as flores nascerem Ouvir os pássaros cantar. Gosto De ouvir correr as fontes E de saltar pelos montes E com meus irmãos brincar. Gosto Das sombras dos pinheiros Da mansidão dos cordeiros E ver no céu o luar. Cón. Narciso Visite o site www.centrosocialpadredavid.pt Diamantino Faustino A primeira hora Ontem, á meia-noite, a minha Rua abriu de par em par as portas e as janelas e deitou fora o lixo, as coisas velhas, cacos, farrapos, latas e panelas. Era a Primeira Hora do Ano que chegava, E eu pensei que posso eu deitar fora? Que poderemos todos deitar fora? Ah, Senhor, tanta coisa! Nem cacos, nem farrapos, nem latas velhas, nem trapos, mas tanta dor, Senhor, mal empregada. Tantos gestos errados, e as pequenas traições e os pequenos pecados. As calúnias subtis as flores venenosas da alma envenenada. E a cicatriz inconfessada. E as palavras que ferem como gumes de afiadas adagas Ressentimentos, azedumes Que Te fazem sangrar as cinco chagas. As larvas dos ciúmes e as cobras rastejantes dos pensamentos impuros. Egoísmos sem fim, e aos altos muros das torres de marfim. Descrença, indiferença, despeitos recalcados, amassados com ódios, com rancor, e o amargo sabor da solidão. Ah Senhor, nesta hora de perdão, nesta Primeira Hora, quantas coisas podemos deitar fora! Sabia que na celebração do Natal estão contidos os grandes mistérios da fé cristã: a Encarnação e a Redenção? 20 12 2 1 20 2 1 20 Sabia que... Fernanda de Castro Sabia que a Encarnação é a revelação definitiva de Deus, que Se comunica na nossa história através de um homem, Jesus de Nazaré? Sabia que a Redenção é o mistério da salvação de Deus, que na morte e na ressurreição de Jesus nos liberta do pecado e da morte e nos faz viver a vida nova da graça? Sabia que as representações antigas do Natal exprimem estes dois mistérios, que não podem estar isolados um do outro? Sabia que estas representações se chamam ícones, e vêm sobretudo da tradição da Igreja Oriental? Sabia que a intenção destes ícones era representar em imagens as verdades de fé que iam sendo definidas nos primeiro Concílios, como reação às heresias, nomeadamente os concílios de Niceia (325) e Éfeso (431)? Sabia que nos ícones orientais a manjedoura de Jesus tem a forma de um túmulo e o estábulo é uma gruta, dando á Encarnação o seu significado de descida de Deus á nossa condição humana, até á morte? Sabia que a presença de Jesus Menino nesta gruta é a luz que ilumina as trevas? Sabia que nestas representações Maria, que acabou de dar á luz, aparece deitada á frente do Menino, como símbolo da humanidade que repousa, pois encontrou o seu Salvador? Sabia que os ícones da Natividade expressam também de modo admirável a verdade de fé que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem? Sabia que a divindade de Jesus aparece normalmente simbolizada na figura de S. José que, pensativo num canto, conversa com um pastor, sinal da dúvida que o assalta acerca do nascimento virginal de Jesus? Sabia que a humanidade de Jesus é representada por um grupo de mulheres que lavam uma criança pois, como cada recém-nascido, Jesus também teve de ser lavado? Sabia que os animais que aparecem na gruta, um burro e um boi, são o cumprimento da profecia de Isaías que anuncia o Salvador: O boi conhece o seu dono, e o jumento, o estábulo do senhor? (Ls 1,3) Sabia que a estrela e os magos representam a luz de Deus, que é Jesus, Verbo Encarnado, que guia todos os homens e Se revela a toda a humanidade? Sabia que, consolidação dos dogmas, que já não eram postos em questão, a Natividade (o presépio) começou a ser representada de outro modo, num contexto mais familiar ao observador e sem tantos elementos simbólicos? António Valério, s.j S U P L E M E N T O D O C E N T R O S O C I A L Pelo Lar de Idosos O nosso Natal foi assim... Iniciamos a preparação do Natal, com atividades manuais para decorar o salão de convívio e os espaços comuns do lar. Este ano, utilizámos materiais que a natureza nos oferece, tais como, vides e pinhas para fazer coroas, cortinas e a árvore de natal e colmo e musgo para a cabana do presépio. O nosso Lar ficou simples, natural e muito acolhedor, para mais uma quadra natalícia. A nossa Festa de Natal, foi no dia 14 de Dezembro, em conjunto com as crianças da Creche e Jardim de Infância. Apresentámos, às crianças, o Nascimento do Menino Jesus, do Evangelho de S. Lucas e cantámos canções alusivas à quadra. As crianças trouxeram canções e danças de Natal, que encheram o nosso salão com encanto e muita magia. No final da festa, o Pai Natal trouxe presentes para todos. No dia 17 de Dezembro, tivemos a Festa de Natal organizada pela Junta de Freguesia de Ruílhe. Participámos na eucaristia, celebrada pelo diretor do Centro Social o Sr. Cónego Narciso. De seguida, na cantina da ALFACOOP, presentearamnos com uma Ceia de Natal, à moda do Minho, onde não faltou bom bacalhau cozido com batatas e hortaliça, os mexidos, aletria, rabanadas, bolo-rei e um copo de vinho fino! Estava tudo muito bem preparado. No dia de Natal, uma grande parte de nós fomos com a nossa família, celebrar o Nascimento do Menino Jesus. Os que, por razões várias, ficaram no lar, tiveram uma ceia com as iguarias da época e o carinho e atenção dos que os cuidam. Um Santo Natal para todos, e um Ano Novo cheio de bênçãos do Menino Jesus, são os votos de todas as pessoas idosas, do Centro Social. A primeira noite de Natal Exmos. Senhores, Os nossos cumprimentos com votos de um Santo Natal. Tanto eu como a minha colega e amiga, pedimos, com mágoa, desculpa, pela insignificância que enviamos, mas a par da crise, persiste a vontade de não eliminarmos nenhuma Instituição que já ajudávamos. Agradecemos as orações que pelos nossos entes queridos que já partiram para o Reino de Deus mas cuja saudade nos deixaram nos corações. Que o 2012 seja um bocadinho melhor para todos e todos sejam solidários com os que mais precisam. Com este espirito despedimo-nos confiando em dias melhores. M.L.M.R. e D.A.C. Senhor Cónego, Esperamos e desejamos que continue de boa saúde e sempre ativo, aliás como adivinhamos através do Jornal Dia Luz que nos é enviado. Nesta quadra natalícia, desejamos contribuir para atenuar o impacto das contas que o centro terá que suportar enviando junto a nossa pequena ajuda. Lamentamos não termos ido ai pessoalmente, há já algum tempo que o queremos fazer, para o visitar pessoalmente e trocar impressões sobre tudo um pouco, já que reconhecemos ser sempre um bom interlocutor mas, por motivos de saúde, não nos tem sido possível sair, nem tão pouco conseguimos visitar os nossos velhos amigos. Eu e a minha esposa desejamos que passe um Santo Natal e que o Novo Ano seja portador de boa saúde física e anímica, com o que todos aqueles que dependem da sua ação muito virão beneficiar. Renovando os nossos votos, com os melhores cumprimentos, M. C. e J. Ao C/ do Senhor Cónego Narciso, A V.ª Ex.ª Rev. Apresento os meus respeitosos cumprimentos e felicitações, pelo seu árduo trabalho de levar a cabo, o trabalho iniciado pelo saudoso Padre David. Bem-haja pela sua dinâmica, extensiva aos seus colaboradores, que em conjunto mantêm essa casa em bom funcionamento, que eu pessoalmente acho uma coisa grande. A todos desejo um feliz Natal e um novo ano, com a habitual ajuda divina, para bem de tosos os que por vós são ajudados, a todos os níveis. Estou feliz, por mais uma vez este Natal poder contribuir com este pouco que envio. A minha doença estorva-me um pouco, mas talvez com as V/ preces, continue por cá mais tempo, por isso dou graças a Deus. Renovo os meus cumprimentos, que Deus abençoe a Vossa Obra e todas as outras em favor do bem dos mais necessitados. J.B.A. As trombetas soaram Em Belém o céu se abriu E do seio Virginal O Deus Menino surgiu José e Maria sorriram também Em santa alegria Porque no estábulo, Sem calor nem luz Acabava de nascer O Jesus Menino, Jesus E na gruta os anjos Em celestial alegria Felizes festejaram Em seu louvou entoaram A mais bela melodia E o Menino Deus, Ainda despidinho Continuava sorrindo Aquecido pelo quente bafo Da vaca, e do burrinho E os mansos cordeiros No se falar mé mé Embalaram docemente Com suave carinho O Deus Menino bebé Os pobres pastores Apressados correram Com todo o amor Trazendo para o Menino O que tinham de melhor Os sábios Reis Magos Vieram de longe Com um frio intenso Para Jesus trouxeram Ouro, mirra e incenso E o Menino adoraram Num encanto profundo Porque aquele Menino, Apesar de nascer pobre, Era o verdadeiro Salvador do mundo E aquela noite fria De beleza sem igual É de todas a mais santa Porque foi verdadeiramente A primeira noite, de Natal Pilar Ribeiro pelo Lar de Jovens A nossa ceia de Natal Mais um ano e cumpriu-se a tradição! Fizemos a nossa festa de Natal com o calor e o carinho de todos os nossos amigos, aqueles que estão junto a nós o ano todo e nos ajudam no dia-a-dia. A Eucaristia, presidida pelo Sr. Arcebispo Primaz e coadjuvado pelo Diretor do Centro e pelo Vice-Presidente da Direção, foi o momento da nossa celebração onde a par da evocação do nascimento de Jesus, o Sr. Arcebispo começou por nos dizer que também se sentia parte desta família focando, depois, as suas palavras na necessidade de celebrarmos o Natal num gesto de gratidão a todos os que ajudaram e ajudam a construir esta instituição, os do passado e os do presente, e de generosidade, já que todos temos algo para dar e o mais importante do Natal é aquilo que nós damos e nos identifica com Jesus-Menino que se dá aos homens. Seguiu-se depois um almoço com todas as crianças marcando presença todos os professores, educadores, direção e funcionários. Cantinho dos aniversários Janeiro Houve missa, almoço, dança, teatro, troca de presentes, risos, beijos e abraços. Houve alegria e calor humano. Houve palavras sentidas, lembranças do passado e desejos de futuro. E no fim houve corações mais cheios, sorrisos mais abertos, promessas renovadas e esperança para o que aí vem. Cumpriu-se a tradição porque mais uma vez o verdadeiro espírito de Natal esteve bem dentro desta casa, em todos os gestos sentidos, em todos os momentos vividos com amizade e fraternidade. 2 Daniela Abreu Sofia Castro Filipa Capela 7 Andreia Ferreira 8 Anaxy 12 Sara Castro 14 Susana Machado Ramona Stancu 19 Ana Cristina 27 Diana Machado 28 Paula Castro 29 Ana Margarida 31 Leonor Sousa Fevereiro 1 Ricardo Pinto 4 Luís Oliveira 7 Ana Sofia Natal: O menino que nasce Celebrar o Natal é sempre ter presente que a Festa é do Menino que nasce. Deus Faz-Se homem para que todos nós os homem possamos viver a sua vida divina, o seu amor, a sua paz, a sua alegria. O Natal é a Festa do Menino, do Deus Amor por nós nascido. É a Festa do Nascimento do Libertador, do Messias, do Redentor. O Natal é a Festa da Vida, da Inocência da criança que nasce e é reclinada na manjedoura. O Natal sem Deus não é Natal. O Natal sem o Menino Jesus não é Natal. Não permitamos que a Festa seja só de consumismo, de prendas, de compras, de iluminações. Não permitamos que não haja um bonito presépio, uma alegre participação na alegria jubilosa dos Anjos e dos pastores que foram adorar o menino. Pensemos no Natal dos mais pobres, mais doentes, mais sós e abandonados. Pensemos no Natal dos que não têm emprego, casa, família, amor, carinho, paz. Pensemos no Natal dos que não fazem presépio, dos que vivem em pecado, dos que não têm fé. Não deixemos de pensar numa prenda para o Menino. A Festa é d´Ele, Ele é que faz anos de nascimento, Ele é que é o aniversariante. Que prenda quererá o Menino? Só flores, cantos, etc.? Talvez queira corações amigos, convertidos, vidas vividas de um modo evangélico. É isso que Lhe vai dar mais alegria. O bolo-rei Diz uma lenda que quando os reis magos foram visitar Jesus, com a intenção de Lhe oferecerem como presentes ouro, incenso e mirra, a cerca de sete quilómetros do local onde o menino se encontrava tiveram uma discussão: qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes? A solução foi-lhes dada por um artífice que, assistindo á conversa, quis ajudar a encontrar para o problema uma saída que agradasse a todos. Ele faria um bolo em cuja massa incorporaria um brinde e uma fava. Repartindo pelos três, seria o primeiro a oferecer o presente ao Menino Jesus aquele em cujo quinhão se encontrasse o brinde e o último, aquele a quem saísse a fava. Conhecido pelo nome de bolo rei feito para escolher um rei aquele doce passou a usar-se sobretudo no Natal, e os pasteleiros encarregaram-se de o comercializar. Há uma outra lenda que diz ter sido um bolo de fruta seca. Os crentes deviam comer doze daqueles bolos entre o dia de Natal e o dos Reis. A côdea simbolizava o oiro; o miolo e as frutas secas, a mirra; o aroma, o incenso. Silva Araújo, Viver o Natal in O Clarim Vamos ao presépio adorar o Menino como fizeram os pastores. Precisamos de rezar diante o presépio, com a ajuda de Nossa Senhora e S. José. Precisamos de rezar muito junto do Menino, para que dê paz ao mundo, conversão aos pecadores, alegria aos tristes, pão aos famintos, união às famílias. Precisamos de pedir ao Menino que este mundo seja melhor, pedir pelas pessoas sem emprego, pedir pelos que têm fome, etc. Se a palavra Natal significa Nascimento, o importante é celebrar o Nascimento, alegrar-nos com o Deus menino, o Deus connosco, Emanuel. Alegrar-nos porque nasceu o Príncipe da Paz, porque nasceu Verbo feito carne no seio da Virgem Maria. Alegrar-nos porque agora podemos viver a vida da graça santificante que o Menino nos trouxe e nos deu. Bendito seja o Pai que nos deu seu Filho feito Menino no presépio. Bendito seja o filho que veio ser um de nós. Bendito seja o Espírito Santo que o gerou no seio da virginal de Maria. Bendita seja Maria que aceitou o convite de Deus e disse sim, aceitando ser Mãe do Menino Deus. Bendito seja S. José, pai adotivo, que cuidou da Senhora e do Menino. Alegremo-nos e rejubilemos, pois o Natal é a festa da alegria do Menino que nos nasceu, e da nossa alegria por causa d´Ele. Viva o Menino. Viva o Natal. Viva Deus que nasce para nos dar a sua Vida e nos amar de um modo novo. Dário Pedroso, s.j. in O Clarim Pedir a Deus um par de sapatos Num dia frio de Dezembro, na cidade de Nova York, há alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a montra e tremendo de frio. Uma senhora aproximou-se do rapaz e disse: - Tu estás com um pensamento tão profundo, a olhar essa montra! Que se passa? - Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos respondeu o garoto. A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao empregado para dar meia dúzia de pares de meias ao menino Ela também perguntou se poderia arranjar-lhe uma bacia com água e uma toalha. O empregado atendeu-a rapidamente, e ela levou o menino para a parte de trás da loja e, ajoelhando-se, lavou os seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o empregado tinha trazido as meias. Ela calçou-as nos pés do garoto e também lhe comprou um par de sapatos. Depois entregou-lhe os outros pares de meias e, carinhosamente, disse-lhe: - Estás mais confortável, agora? Quando ele se virou, para ir embora, o menino seguroulhe a mão, olhou no seu rosto com lágrimas nos olhos e perguntou: - A senhora é a mulher de Deus? in O Clarim Pais desertores A presença regular dos pais nas escolas nunca foi um assunto pacífico e continua a ser por muitos professores um fator de constrangimento e até, de conflitos. Verdade seja dita que muitas vezes a participação dos pais se resume à entrega das fichas de avaliação ou a chamá-los quando surgem problemas. A verdade é que nada favorece a presença dos pais nos estabelecimentos de escolares: receber os pais é feito nos furos dos diretores de turma, a horas inconvenientes e inapropriadas, recebidos, às vezes, em ambientes pouco recatados e de fugida. Com isto tudo os pais, foram interiorizando um abandono das suas responsabilidades, sempre invocadas, quando convém e daí a necessidade que se sente, constantemente, de reavivar esta 8 participação importante dos encarregados de educação na gestão do funcionamento e corresponsabilidade na formação dos seus filhos. Verdade é que se tem, nos últimos anos, feito um esforço para valorizar as associações de pais mas, em muitos casos, colocadas na prateleira para inglês ver. Dizem agora que os pais vão ser chamados à responsabilidade diante dos maus comportamentos que se verifiquem nas escolas e sejam provocados pelos seus educandos. Isto denota que a legislação em vigor ou não foi devidamente assumida pelas escolas e pelas associações de pais ou será que a autoridade paterna foi posta em causa pela diversa legislação que se foi produzindo, desvalorizando a importância da família ou pretendendo substituí-la? regras para crianças dormirem 1. Adormeça a criança na sua casa; 2. Conserve as rotinas que antecedem a ida para a Natal cama; 3. Não prolongue demasiado as sestas; 4. Só excecionalmente a deite na cama dos pais; 5. Apague completamente as luzes; 6. Usar durante o dia um boneco para dormir; 7. Ignore o choro sistemático; 8. Acordar a criança em caso de sonambulismo ou pesadelo. Faz festa e faz lembrança, é sinal de promessas e de esperança. Afinal é a chave de segurança! Oxalá no ano novo, desejamos, haja pão para todo o povo. Mordomos 2012 Ruílhe António Pereira de Faria Lugar da Igreja Manuel Pereira de Faria Lugar de Este Arentim E rezamos contra a violência, toda a espécie de mal. Vamos fazer penitencia para que haja Natal. Também gozo espiritual. Ámen. Manuel Faria Castro Lugar da Galinhela Edgar Gomes Freita Simões Lugar da Galinhela Serafim Fereira e Silva FELIZ NATAL A transformação da Palavra em carne (em menino do presépio de Belém) é a espantosa aventura de um Deus que ama até ao inimaginável e que, por amor, aceita revestir-Se da nossa fragilidade, a fim de esse incrível passo de Deus, expressão extrema de um amor sem limites. Acolher a Palavra é deixar que Jesus nos transforme, nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos, verdadeiramente, filhos de Deus. O presépio que hoje comtemplamos é, apenas, um quadro bonito e terno ou uma interpelação a acolher a Palavra, de forma a crescermos até á dimensão do homem novo? Hoje, como ontem, a Palavra continua a confrontarse com os sistemas geradores da morte e a procurar eliminar, na origem, tudo o que rouba a vida e a felicidade do homem. Sensíveis á Palavra, embarcados na mesma aventura de Jesus a Palavra viva de Deus como nos situamos diante de tudo aquilo que rouba a vida do homem? Podemos pactuar com a mentira, o oportunismo, a violência, a exploração dos pobres, a miséria, as limitações aos direitos e á dignidade do homem? Jesus (esse menino do presépio) é para nós a Palavra suprema que dá sentido á nossa vida, ou deixamos que outras palavras nos condicionar e nos induzem a procurar a felicidade em caminhos de egoísmo, de alienação, de comodismo, de pecado? Quais são essas palavras que às vezes nos seduzem e nos afastam da Palavra eterna de Deus que ecoa no Evangelho que Jesus veio propor? O Natal transmite a toda a gente uma mensagem de alegria e de esperança: Manifestou-se uma grande alegria para todo o povo (Lc 2,10). Este anuncio, feito há dois mil anos aos pastores de Belém, mantem todo o encanto original. Deus fez-se Menino para nós, para viver connosco a aventura humana, numa atitude de radical solidariedade, sobretudo para com os humildes e os frágeis. Ele veio visitar-nos para ser a Luz do nosso caminho para a paz, fraternidade, a esperança e o amor. Esta mensagem tão maravilhosa mantem toda a atualidade. O mundo de hoje, apesar de grande progresso técnico, tem necessidade de conhecer e acolher o anúncio do Natal para passar do desespero á esperança, do individualismo á solidariedade, das trevas á luz, da vaidade á humildade, da fachada exterior á riqueza do interior do coração. No entanto, o espirito de Natal corre o risco de ser abafado e suplantando pela dispersão ruidosa das festas, pelos apelos da publicidade ao consumismo. Esquece-se o acontecimento fundamental do nascimento do Menino para realçar aspetos materiais e imagens confusas. Como salvar e fortalecer o espirito de Natal? Nos últimos anos tem-se recuperado a construção de presépios, uma tradição cultural tão rica entre nós e tão oportuna para avivar a memória do acontecimento original. Precisamos de recuperar também a riqueza do significado deste sinal tão eloquente da pedagogia de Deus que, no Menino presépio, nos manifesta o Seu amor misericordioso, nos estende os braços para ensinar a simplicidade, a fraternidade e a misericórdia como caminho para um mundo novo. No centro do presépio vemos o Menino rodeado do afeto familiar e da harmonia da criação. As crianças são um forte motivo de encanto e de esperança numa sociedade que envelhece a olhos visto. Precisamos do crescimento da natalidade para rejuvenescer o mundo, de maior harmonia e união nas famílias para que os filhos cresçam felizes, de mais dedicação á transmissão de valores e de sabedoria para que aprendam a distinguir o bem do mal e sigam o caminho do verdadeiro amor. As crianças precisam e merecem as prendas do afeto, da atenção, da orientação. O Natal é a época das prendas. A maior de todas é a prenda de Deus que se deu a Ele próprio na pessoa de Seu Filho. Seguindo este exemplo, partilhemos também as prendas do afeto, da atenção, do serviço fraterno. Não demos apenas coisas mas demonos a nós mesmos em gestos concretos de amor. Não pensemos apenas em receber: Há mais alegria em dar do em receber. Não demos apenas a quem nos pode retribuir mas a outros que não têm ninguém que se lembre deles. Ensinemos ás crianças a atitude do dom. Criemos uma cultura da partilha. A minha mensagem é um convite a acolher e interiorizar o exemplo do presépio: é o sinal da pedagogia de Deus que vem até nós em carne humana para nos ensinar que o verdadeiro humanismo, que constitui o encanto do Natal, passa pela simplicidade, pela fraternidade e pela solidariedade. É um apelo á conversão do coração, pois é no coração de cada um que inicia o mundo novo assinalado pelo Menino que nasceu para nós. A todos feliz Natal!