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PROVA DE HABILIDADE ESPECÍFICA – ARQUITETURA E URBANISMO
PAVILHÕES
Os edifícios para grandes exposições têm marcado a história da Arquitetura desde 1851, com a construção do
Palácio de Cristal, concebido por Joseph Paxton para a primeira Exposição Universal, em Londres [Fig.01]. Na
verdade, com esse palácio, prenunciavam-se as majestosas obras envidraçadas do século XX.
Os edifícios construídos para abrigar grandes
exposições, recorrentemente chamados de
pavilhões, devido às suas dimensões, marcam a
paisagem e, geralmente, são concebidos como
verdadeiros símbolos arquitetônicos.
Fig. 01: Palácio de Cristal, Londres, 1851. Joseph Paxton.
Na história da Arquitetura brasileira, destacam-se, por exemplo, o pavilhão projetado com formas livres por Lúcio
Costa e Oscar Niemeyer, para a Feira Internacional de Nova York (1939). (Figs. 02 e 03).
Fig. 02: Pavilhão brasileiro para Feira Internacional de Nova York, 1939. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Fig. 03: Croqui do pavilhão brasileiro para Feira Internacional de Nova York, 1939. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
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Outro exemplo é o pavilhão concebido como uma
grande cobertura suspensa feita de lona por Sérgio
Bernardes para a Exposição Universal de Bruxelas,
em 1958 (Figs. 04 e 05).
Fig. 04: Pavilhão Brasileiro para a Exposição Universal de
Bruxelas, 1958. Sérgio Bernardes.
Fig. 05: Croqui do Pavilhão Brasileiro para a
Exposição Universal de Bruxelas, 1958. Sérgio
Bernardes.
Sérgio Bernardes também é o autor do Pavilhão de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (Fig. 06)
Fig. 06: Pavilhão de São Cristóvão, Rio de Janeiro, 1960.
Sérgio Bernardes.
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Outro projeto é o pavilhão para a Expo’Osaka (1970), de Paulo Mendes da Rocha, projetado como uma caixa
“bruta” de concreto armado com vãos de até 30m (Figs. 07 e 08).
Fig. 07: Pavilhão de Osaka, 1970 Paulo
Mendes da Rocha.
Fig. 08: Croqui do Pavilhão de Osaka,
1970. Paulo Mendes da Rocha.
Esses quatro pavilhões tiveram como características comuns a integração com a paisagem, a busca pela leveza
das formas e a liberdade espacial.
Embora as grandes feiras internacionais tenham feito sucesso, elas tornaram-se obsoletas. Pode-se também
verificar que as exposições universais foram se transformando e se decompondo em outras feiras de caráter e de
temas mais específicos, tais como as Feiras de Milão, as Feiras Internacionais de Informática, os Salões do
Automóvel, as Feiras Alimentícias, as Feiras Industriais, etc.
No entanto, ainda nos dias de hoje, os projetos para grandes feiras continuam sendo construídos. Esses espaços
agora são projetados para atender a uma variedade de eventos, como realizações de exposições diversas, feiras
e convenções, tendo quase sempre como premissas a flexibilidade e a multifuncionalidade.
Um exemplo brasileiro é o Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais (Expominas), edificado em Belo
Horizonte, projetado por Gustavo Penna, em 2006 (Figs. 09, 10 e 11).
De acordo com as informações contidas no website do escritório do arquiteto, o projeto é assim descrito:
A visão do Centro para quem chega pela frente da Avenida Amazonas é monumental e alegre.
Na grande extensão plana, abre-se um portal na escala do conjunto que marca a sua entrada nobre, o eixo
principal dos percursos.
Tudo contribui para se criar um clima de festa e de amplidão. As claraboias de iluminação e ventilação dos
pavilhões, em ritmo, atraem o olhar para o corpo principal do edifício e fazem o jogo lúdico das formas.
Em todas as partes, observa-se a elegância e simplicidade de modo a assegurar aos empreendimentos
rapidez de execução e baixo custo, sem a perda de valores plásticos e simbólicos exigidos para um espaço
que sintetiza a cultura, a tecnologia e a economia do nosso Estado.
Daí utilizamos uma estética industrial com coberturas metálicas em vãos de 25 metros e o fechamento lateral
com telhas termoacústicas. É uma imagem tecnológica, vibrante, contemporânea e em harmonia volumétrica
com os edifícios existentes.
A versatilidade é a característica principal deste Centro.
São três pavilhões de dimensões variáveis autônomos e com possibilidade de interligações através de
grandes portas acústicas corrediças, modulados de forma a permitir diferentes arranjos das feiras.
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A galeria de acesso tem a forma de varanda aberta, com 15 metros de vão e se presta a múltiplas funções.
Junto à galeria, em nível inferior, foram localizados os auditórios e as salas de reuniões de apoio às
exposições.
O resultado é um conjunto urbanístico-arquitetônico digno e eficiente, harmonizado com preservação e
valorização dos edifícios históricos do Parque, dentro de modernos conceitos de revitalização urbana para se
configurar num marco da vocação mineira como polo nacional de exposições e eventos e constituir
instrumentos eficazes de promoção e desenvolvimento de negócios.
Disponível em: <http://www.gustavopenna.com.br/projetos/exibir/centro_de_feiras_e_exposicoes_de_minas_gerais_-_expominas/17>.
Acesso em: 5 nov. 2012.
Fig. 9: Croqui do Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
Fig. 10: Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
Fig. 11: Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
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FONTES DAS IMAGENS:
Fig. 01: Palácio de Cristal, Londres, 1851. Joseph Paxton.
Disponível em:
<http://4.bp.blogspot.com/_Oz8TpYs8KLo/SfGpqv961RI/AAAAAAAADSE/RjZVo0lvmpA/s400/3-Crystal_Palace_1851.jpg>.
Acesso em: 1 nov. 2012.
Fig. 02: Pavilhão Brasileiro para Feira Internacional de Nova York, 1939. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Disponível em: <www.google.com.br/niemeyer>. Acesso em: 1 mar. 2010.
Fig. 03: Croqui do Pavilhão Brasileiro para Feira Internacional de Nova York, 1939. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Disponível em: <www.google.com.br/niemeyer>. Acesso em 1 mar. 2010.
Fig. 04: Pavilhão Brasileiro para a Exposição Universal de Bruxelas, 1958. Sérgio Bernardes.
Disponível em: <http://agitprop.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/c7f4a765a186_meurs_bruxelas02.jpg>.
Acesso em: 2 nov. 2012.
Fig. 05: Croqui do pavilhão Brasileiro para a Exposição Universal de Bruxelas, 1958. Sérgio Bernardes.
Disponível em: <http://agitprop.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/ce6421555bb2_meurs_bruxelas11.jpg>.
Acesso em: 2 nov. 2012.
Fig. 06: Pavilhão de São Cristóvão, Rio de Janeiro, 1960. Sérgio Bernardes.
Disponível em: <http://vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/7f1e27a52273_06sergiobernardes_pavilhaodesaocristovao.jpg>.
Acesso em: 4 nov. 2012.
Fig. 07: Pavilhão de Osaka, 1970. Paulo Mendes da Rocha.
Fonte: Revista Acrópole, São Paulo, n. 372, p. 27, 1970.
Fig. 08: Croqui do Pavilhão de Osaka, 1970. Paulo Mendes da Rocha.
Fonte: ARTIGAS, Rosa. Paulo Mendes da Rocha. São Paulo: Cosac & Naify, 2000. p. 79.
Fig. 9: Croqui do Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
Disponível em: <http://www.gustavopenna.com.br>. Acesso em: 5 nov. 2012.
Fig. 10: Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
Disponível em: <http://www.gustavopenna.com.br/img/projetos/gd/20110302100925.jpg>. Acesso em: 5 nov. 2012.
Fig. 11: Centro de Feiras e Exposições de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. Gustavo Penna.
Disponível em: <http://www.gustavopenna.com.br>. Acesso em: 5 nov. 2012.
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QUESTÕES DA PROVA
Com base no texto e nas imagens apresentadas nas páginas anteriores, elabore um Pavilhão de Exposições
concebido para abrigar uma ampla variedade de eventos de grande porte e público. Nesse pavilhão multifuncional,
ocorrerão feiras de negócios, convenções empresariais, shows internacionais e mostras industriais.
Para a realização desta prova, conceba este Pavilhão de Exposições abrigando um Salão de Automóveis.
O espaço deverá ter capacidade para expor, aproximadamente, 20 carros de passeio, 15 caminhões e 10 ônibus.
Utilize como referência espacial os modelos de veículos que acompanham esta prova.
O terreno é plano e o perfil deste Pavilhão de Exposições deverá surgir como um marco na paisagem do lugar.
Sua concepção deverá ser representada nesta prova por 3 produtos:
1 – (1ª questão)
Montagem de uma miniatura com os materiais disponíveis.
Os materiais disponíveis são: base de borracha, cartão rígido, papel transparente, tesoura, fita crepe,
tecido, palitos e barbante.
Os modelos de veículos poderão facilitar o dimensionamento do ambiente concebido.
2 – (2ª questão)
Desenhos que representem os ambientes interiores e exteriores.
Represente seus desenhos em até duas páginas de papel A4 disponíveis. Esses desenhos podem ser
acompanhados de anotações por escrito. Os desenhos podem ser desenvolvidos com lápis e/ou caneta
esferográfica de cor azul ou preta, de corpo transparente.
3 – (3ª questão)
Relato textual da sua concepção.
Esse relato pode ser acompanhado de desenhos.
Esse relato deve ocupar, no máximo, uma página de papel A4 disponível e desenvolvido,
obrigatoriamente, com caneta esferográfica de cor azul ou preta, de corpo transparente.
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RASCUNHO 1ª QUESTÃO
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RASCUNHO DA 1ª QUESTÃO
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RASCUNHO 2ª QUESTÃO
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RASCUNHO DA 2ª QUESTÃO
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DESENVOLVIMENTO DA 2ª QUESTÃO
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DESENVOLVIMENTO DA 2ª QUESTÃO
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RASCUNHO 3ª QUESTÃO
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RASCUNHO 3ª QUESTÃO
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DESENVOLVIMENTO DA 3ª QUESTÃO
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