JB NEWS Informativo Nr. 596 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV (Associação Brasileira da Imprensa Maçônica) Editor: IrJeronimo Borges São Luiz (MA), 15 de abril de 2012 (O JB News está sendo editado em São Luiz por ocasião do XVII Encontro Nacional de Cultura Maçônica) – Índice deste domingo: 1. Almanaque 2. Opinião – Diga que me ama (Mário Gentil Costa) 3. Teotônio e Demóstenes (Ir. Barbosa Nunes) 4. Fundamentos Filosóficos da Maçonaria (Verbete da semana do Ir. João Girardi) 5. Maçons Célebres –Francisco Murilo Pinto-- (Ir. Paulo Roberto Pinto) 6. Perguntas e Respostas –Transformação de Loja - (Ir. Paulo Juk) 7. Destaques JB Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Caso não queira receber mais este informativo, se estiver recebendo em duplicidade ou se preferir que seja enviado para outro endereçamento eletrônico, por favor, comunique-nos. Obrigado. Livros indicados EXEGESE SIMBÓLICA PARA O APRENDIZ MAÇOM I TOMO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO E TRABALHOS DE EMULAÇÃO Autor – Pedro Juk Editora – A Trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br Sinopse. Objetivo – Introdução A Interpretação Simbólica Maçônica. Conteúdo – Resumo Histórico Das Origens Da Maçonaria – Operativa, Especulativa E Moderna. Apreciação – Sistema Latino E Inglês – Rito Escocês Antigo E Aceito E Trabalho De Emulação. Tema Central – Origens Instóricas Do Painel Da Loja De Aprendiz E Da Tábua De Delinear. Enfoque – Exegese Do Conteúdo Dos Painéis (Ritualística E Liturgia, História, Ética E Filosofia). Extenso Roteiro Bibliográfico. Hoje, 15 de abril de 2012, é o 106º.dia do calendário gregoriano. Faltam 260 para acabar o ano. Para se aprofundar na leitura clique nas palavras sublinhadas. Eventos Históricos 1450 – Batalha de Formigny entre França e Inglaterra com pesada derrota para os ingleses (Guerra dos Cem Anos). 1632 – Batalha de Rain; suecos sob o comando de Gustavo Adolfo defendem o Sacro Império Romano durante a Guerra dos Trinta Anos. 1738 – Estreia em Londres de Xerxes (Serse), uma ópera italiana de Handel. 1865 – Andrew Johnson se torna o 17o. Presidente dos Estados Unidos. 1829 – O projeto de criação da Scotland Yard é apresentado à Câmara inglesa. 1874 – Uma exposição organizada pelo atelier de Nadar, em Paris, da qual participaram Monet, Renoir, Cézanne, Degas e Manet, dá origem ao movimento chamado Impressionismo. 1892 – A General Electric Company é criada com a fusão da Edison General Electric Company and the Thomson-Houston Company. 1906 – Primeiro Congresso Operário Brasileiro é realizado no Rio de Janeiro 1912 – O navio RMS Titanic naufraga por volta das 02h20min após chocar cerca de três horas antes com um iceberg no Atlântico Norte. 1915 – Genocídio Armênio no Império Otomano. 1916 – Os Estados Unidos intervém militarmente na República Dominicana, com ocupação do território e anulação da soberania deste país. 1918 – Um avião realiza o primeiro voo sobre a Cordilheira dos Andes (desde Zapata, na Argentina, até Curicó, no Chile). 1920 – Os anarquistas Sacco e Vanzetti são acusados de assassinar dois seguranças enquanto roubam uma loja de sapatos. 1923 – A insulina se torna disponível para uso em larga escala por pacientes que sofrem de diabetes. 1927 – Douglas Fairbanks, Mary Pickford e Norma e Constance Talmadge se tornam as primeiras celebridades a deixarem a marca de seus pés no cimento da calçada da fama em Hollywood. 1931 – Os escritores Oswald de Andrade e sua esposa Patricia Galvão, a Pagu, são presos. 1940 – Os aliados iniciam ataque à cidade norueguesa de Narvik então ocupada pelos Nazis. No Brasil, Juscelino Kubitschek é nomeado prefeito de Belo Horizonte. 1945 – Libertação do campo de concentração de Bergen-Belsen pelas tropas britânicas. 1955 – O primeiro restaurante da rede McDonald's é inaugurado em Des Plaines (Illinois) 1956 – Fundada no Brasil a ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. 1959 – O ditador cubano Fidel Castro visita os Estados Unidos pela primeira vez depois da revolução. 1964 – Castelo Branco é eleito e empossado presidente pelo Congresso brasileiro com 361 votos, 72 abstenções e 37 ausências. 1967 – É feita grande manifestação nos EUA contra a Guerra do Vietnã. 1971 – Assassinado em São Paulo o empresário Albert Boilesen, da Ultragás, acusado de financiar a OBAN. 1973 – No Brasil, é apreendido e presos os direitos do jornal Opinião. 1977 – O Pacote de Abril impõe, no Brasil, eleição indireta para governadores e nomeação de 1/3 do Senado. 1983 – Inauguração da Disneylândia de Tóquio. 1986 – Início de recadastramento de eleitores no Brasil. 1988 – Na maior enchente do rio Paraguai até então, 95% do Pantanal Matogrossense é alagado. 1989 o Em Pequim, capital da China, começam os Protestos de 1989 na Praça da Paz Celestial. o No Brasil, o governo Sarney começa a autorizar violações do congelamento de preços do Plano Verão. o Na Inglaterra ocorre a Tragédia de Hillsborough: o excesso de público no Hillsborough, um estádio de futebol em Sheffield, resultou na morte de 96 pessoas. 1991 – Liberado pelo presidente Collor o uso de cartões de crédito brasileiros no exterior. 1993 – O sociólogo Darcy Ribeiro é empossado na Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras. 1994 – Representantes de 124 países e a Comunidade Europeia assinam o Acordo de Marrakesh revendo os Acordos Gerais de Tarifas e Comércio e formalizando a Organização Mundial do Comércio. 2001 - Páscoa (pela última vez nesta data até 2063). 2002 – Um Boeing 767-200 da Air China, bate contra uma colina durante chuva torrencial e neblina perto de Pusan, Coreia do Sul, mantando 128 pessoas Feriados e Eventos cíclicos Feriado Municipal da Cidade de Anhembi, em comemoração ao Aniversário da Cidade Dia Mundial do Desenhista. Brasil – Dia Nacional da Conservação do Solo. Católico – Dia de São Benedito José Labre e Santa Anastácia. Fatos históricos de santa catarina Fatos Históricos de Santa Catarina: 1777 1811 1835 1841 1931 1955 Em Laguna, o capitão Cipriano Cardoso Paes Leme inicia a arregimentação de populares e soldados deserdados, com o objetivo de atacar os espanhóis e expulsá-los do continente. Morre, em Laguna, o capitão-mor e comandante da vila, Antônio Francisco Coelho, irmão de Jerônimo Francisco Coelho, sendo substituído no posto pelo coronel Francisco da Silva França. Lei provincial nº 8, desta data, desmembra o distrito de Canasvieiras do da Capital, para formar uma nova freguesia sob a invocação de São Francisco de Paula. Decreto nº 239, desta data, eleva à categoria de cidade as vilas de Laguna e São Francisco. Criação do município de Rio do Sul, criado pela Lei nº 1708 de 10 de outubro de 1930. Criado, nesta data, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina, originário da antiga associação da Classe. fatos maçônicos do dia (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) Calendário Maçônico do Dia 1844 1942 O Supremo Conselho do Brasil ratifica pacto de união com o Supremo Conselho de França. O marechal Petain, chefe da França não ocupada pelos nazistas proíbe a Maçonaria. O autor, Mário Gentil Costa, é médico em Florianópolis Contato: [email protected] “DIGA QUE ME AMA” A Revista Veja de uma data pregressa divulgou uma nota curiosa sobre um novo escritor americano – Jonathan Littell – que vive em Barcelona e escreve em francês. Como se não bastasse esta esdrúxula mistura – pois me custa crer que alguém escreva melhor num idioma que não é o seu – o indigitado está se transformando, da noite para o dia, em um novo fenômeno editorial com o lançamento de seu primeiro romance – “Les Bienveillantes” – que entre nós significaria “Os Bondosos”, título que, à primeira vista, não me desperta grande interesse. Mas isso não importa; o livro pode ser ótimo. O que me fez escrever este artigo é a estratégia inusitada que o novo astro do mundo literário teria inventado para chamar a atenção e alcançar o sucesso: exigir dos editores que se candidatem ao lançamento internacional da sua obra uma “carta de amor”. Está lá, literalmente: “cada editor tinha de explicar, por escrito, por que admirava e desejava lançar a obra em seu respectivo país”. O livro em questão tem “apenas” 900 páginas, o que, considerado o preço final do volume, já configura uma cartada corajosa para qualquer novato. Diz a nota que “a primeira edição vendeu mais de 200.000 exemplares na França e já venceu o prestigioso Prêmio Goncourt”. O novo best-seller, além disso, virou a vedete da Feira do Livro de Frankfurt – a maior do mundo – envolvendo-se pessoalmente na indicação das editoras que se apresentaram, adotando, como critério de escolha, justamente as tais “cartas”. Uma editora brasileira já teria alcançado a dianteira. Gostaria de ler sua “confissão de amor”. Resta perguntar o que deve fazer um autor brasileiro para merecer, aqui no Brasil, tão acirrada disputa? Sim, porque não basta escrever bem e ter uma grande idéia; há que, antes, ser famoso para merecer ao menos uma entrevista com quem decide. Caso contrário, ficará o postulante sujeito ao crivo de uma equipe de ‘ledores’ cujo primeiro critério é rejeitar o candidato pelo volume do original, como, aliás, é a tônica em qualquer concurso literário tupiniquim, que já vem com tal limite estabelecido. Livro de 900 páginas no Brasil? Ainda por cima escrito por um brasileiro? Nem pensar! A única exceção seria, logicamente, o inefável Paulo Coelho. Mas esse não tem fôlego para enfrentar o desafio, já que o perigo de escrever pior ainda, e com mais irrelevância, é diretamente proporcional ao número de páginas. E, afinal, escrever bobagens também cansa... Disse tudo isso porque tenho três romances encalhados há anos na minha prateleira, encadernados com capa e tudo (que qualquer dia mostro a vocês), prontinhos para publicação: um tem mais de 1000 páginas. Outro tem mais de 500. Os três giram em torno da mesma temática do festejado americano – A Segunda Guerra Mundial. Quem sabe também peço aos editores brasileiros uma cartinha de amor...? Mario Gentil Costa Ir Barbosa Nunes, Advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado e Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás Contato: [email protected] TEOTÓNIO E DEMÓSTENES Teotônio Brandão Vilela, alagoano, viveu de 1917 a 1983. Entre os 9 irmãos, Dom Avelar Brandão Vilela, que foi arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. Seu filho, Teotônio Vilela Filho, é o atual governador de Alagoas. Apesar de ter frequentado duas faculdades, não concluiu nenhum curso superior. Iniciou-se na carreira política em 1948. Deputado Estadual, vice-governador de Alagoas, senador da República por dois mandatos. Em 1974, desfraldou a bandeira da redemocratização, apresentando no senado, em abril de 1978, o Projeto Brasil, com propostas liberalizantes, aderindo a seguir, Frente Nacional pela Redemocratização. Batalhador incansável pela anistia geral, caminhou sempre pelos rumos dos sonhos e calor do sangue libertário. Encerrou sua carreira parlamentar em novembro de 1982 em decorrência de um câncer. No seu discurso de despedida em 30 de novembro daquele ano, fez questão de deixar clara a sua disposição em continuar atuando politicamente. “Estou saindo desta casa esta semana, isto não é despedida, mesmo porque, não é do meu hábito despedir de nada. A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas.” Em setembro de 1983, os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant, escreveram em homenagem à Teotônio e Fafá de Belém cantou, “O Menestrel das Alagoas”, música que se transformou em hino da campanha das “Diretas – Já”, movimento que tomou conta do Brasil nos primeiros meses de 1984, exigindo que o Congresso aprovasse a Emenda Constitucional, que instituía a eleição direta para o sucessor do presidente Figueiredo. Poema belo, contando história em um musical. Teotônio Vilela, um realizador, um otimista que tem sua história no contexto histórico brasileiro de modelo às gerações futuras. Marcou época e ao lado de Ulysses Guimarães, enfrentou todo tipo de obstáculo. O fim da Ditadura Militar deve-se muito a seu trabalho corajoso. De todos os discursos, homenagens, artigos, editoriais, ninguém mais que Milton Nascimento e Fernando Brant, interpretaram a alma de Teotônio, que o povo cantou, canta e cantará para sempre em “O Menestrel das Alagoas”. Foto: Antônio Cruz - Agência Brasil “Quem é esse viajante, Quem é esse menestrel, Que espalha esperança, E transforma sal em mel? Quem é esse saltimbanco, Falando em rebelião, Como quem fala de amores, Para a moça do portão? Quem é esse que penetra, No fundo do pantanal, Como quem vai manhãzinha, Buscar fruta no quintal? Quem é esse que conhece, Alagoas e Gerais, E fala a língua do povo, Como ninguém fala mais? Quem é esse? De quem essa ira santa, Essa saúde civil, Que tocando a ferida, Redescobre o Brasil? Quem é esse peregrino, Que caminha sem parar? Quem é esse meu poeta, Que ninguém pode calar? Quem é esse?” Neste tempo de decepção que se avoluma dia a dia, diminuindo as esperanças depositadas em urnas, através do voto consciente em favor da moralidade, nos resta o olhar estupefato e inacreditável como os acontecimentos colocam o Estado de Goiás em manchetes nacionais e internacionais. Aqui no Diário da Manhã, em artigo do dia 23 de julho de 2011, intitulado “Corruptos vivem em profundas tocas... São muitos e difíceis de serem capturados”, usamos a frase do escritor Machado de Assis: “A vaidade é o princípio da corrupção.” Secundado por Lord Action: “O poder tende a corromper e o poder absoluto, corrompe absolutamente.” A autoridade política na sociedade humana, em função apenas e tão somente, de sua existência, tende a danificar as relações entre seres inicialmente dotados de igualdade. “O poder político tende a corromper, porque o poder político faz de seu detentor uma pessoa diferente das demais, cercando-a de símbolo, distinções, privilégios e imunidades que sinalizam hierarquia superior, ocorrendo com o passar do tempo, uma transformação do indivíduo privado em autoridade pública que usa o poder em benefício privado. Nesta metamorfose, acontece a corrupção do poder político.” Quem não se vigiou, não estabeleceu limites, linhas de defesa e foi se aproximando das situações de queda, terá que passar pelo processo de expiação. Expiação é agonia, amargura, angústia, ansiedade, desgosto e dor. Sempre tive a expectativa de que Goiás teria o seu Menestrel e este estava sendo construído pela história que o povo goiano conheceu na parte externa, pela voz e posicionamentos de Demóstenes Torres. Lamentavelmente a parte interna era exatamente ao contrário e desconhecida dos seus eleitores e admiradores. Seu colega senador Pedro Símon, afirmou: “Se tudo isso for verdade, o senador Demóstenes é um excelente ator.” (Revista Veja – páginas amarelas). De forma figurada e colocando um tom de ironia, o mesmo senador, na referida entrevista, afirmou: “O Demóstenes está pedindo para analisarem, julgarem e fazerem o que tem que ser feito. Se as acusações forem provadas, não há outro caminho que não a renúncia ou a cassação.” Que o nosso conterrâneo Demóstenes que foi iludido pela vaidade e pelo poder que pensava ter, use em sua defesa a verdade. Verdade em total profundidade, sem uso do tecnicismo jurídico, embora muitos afirmem que nesta Operação Monte Carlo, se a verdade for mostrada no seu todo, o mundo vem abaixo, poucos se salvarão! Que pena! Que decepção! O autor Ir. João Ivo Girardi é obreiro da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) e este verbete é um dos mais de 3.000 de sua obra de 700 páginas, intitulada “Vade-Mécum Maçônico - Do Meio-Dia à Meia-Noite”. O verbete desta semana é uma homenagem ao Irmão Octacílio Schüler Sobrinho e aos irmãos do GOSC, que conforme JB News fez aniversário no dia 12, certo? Contato: [email protected] FUNDAMENTOS MAÇONARIA: FILOSÓFICOS DA 1. Quanto às relações entre a Maçonaria e a Religião: a) Não existe um Deus maçônico, único, pois, fundada a Instituição na razão humana, é deísta, mas nem por esse argumento se torna numa religião; b), entretanto, proclama a Maçonaria uma religião universal, sem seus obreiros à obediência a um Deus específico de determinada eleição espiritual; c) o Deus do maçom é o da religião por ele esposada, exigindo a Ordem de seus adeptos apenas na crença num Ser Supremo; d) desconsiderando-se a Maçonaria como religião porque não forma uma teoria teológica, não oferta sacramentos e não promete a salvação; e) centra-se a antropologia maçônica a cinco pontos nodais (liberdade, tolerância, fraternidade, transcendência e segredo iniciático) e a antropologia religiosa cifra-se a três (fraternidade, transcendência e salvação), demonstrando os princípios de ambas que se encontram albergadas na esfera da espiritualidade; f) mau grado a Maçonaria não ser religião, absorveu o princípio da transcendência, admitindo, em consequência e por coerência, o princípio do Grande Arquiteto do Universo como Ideal Regulador em sentido não-exclusivo (em suma, aceitando o Deus professado por qualquer religião), postulado este que, sendo representativo da perfeição, é denominado regularismo pelo autor. 2. Quanto às relações entre a Maçonaria e a Metafísica: a) para melhor compreensão desse tipo de relações convém que a abordagem abranja, com profundidade, o dogma, o agnosticismo, a cabala e o gognosticismo; b) a Maçonaria atrelada ao princípio da liberdade, não aceita o dogma, considerando-o construído, ilusório paradoxal; c) calça-se a franco-maçonaria no agnosticismo (no qual são estudados os sete enigmas do universo), incorporado por influência do positivismo comteano, no século XIX, dirigido contra o metafísico-religioso e cientificista de expressão materialista; d) a Maçonaria pinça muitos subsídios da cabala (v. sinais, ritos, etc.), impulsionada pela busca do conhecimento de Deus, dos mistérios do universo e do destino dos homens, desprezando-a, todavia, como conceito superado de antiquíssimas práticas mágicas; e) refuga a Ordem a postura utópica exclusivista e o gognosticismo (conhecimento místico dos segredos divinos através da Revelação), por sua singela concepção dualista (oposição radical entre Deus e o mundo), que não impõem restrições aos iniciados, sempre acima de qualquer regra moral; f) a procura do absoluto é o princípio fundamental da Maçonaria, que, fiel aos seus preceitos, apregoa ser tudo relativo. Logo, só o relativo é absoluto. 3. Quanto ao Conhecimento das Causas Primárias: a) com o abandono das especulações teológicas fixa-se a Maçonaria nos princípios metafísicos e, com a evolução, vincula-se ao relativismo do homem e do conhecimento, id, est, ao ideário do positivismo; b) o entendimento de fundo metafísico identificase com o conhecimento das causas primeiras e de caráter universalista; c) a filosofia maçônica, no início, resumia-se ao saber interpretar, filosoficamente, os símbolos e as lendas dos três primeiros graus; d) o estudo da metafísica deve ser precedido deve ser precedido pela verificação dos princípios e dos momentos da Revelação, é dizer, do Mito; e) o Mito, na Escola do Conhecimento, assume relevância pedagógica quando geminado à experiência religiosa; f) a consciência mítica, resultante da repetição do modelo cosmogônico, só concebe a realidade sensível em relação a uma realidade cósmica in illo tempore (em tempos idos), sendo fundamental vivenciar o mito para compreender o sentido da vida; g) o Mito e o Rito, por serem elementos indissociáveis, convivem na órbita da complementariedade (v. A lenda de Hiram Abif sob o prisma do ritual de sua trágica morte); h) o objeto da metafísica é um só, sendo seus únicos componentes o ser enquanto ser e a substância propriamente dita, substância esta que, para os maçons, é o Grande Arquiteto do Universo; i) os estados teológicos, metafísico e positivo (de raiz comteana) podem ser cotejados (confrontar; investigar semelhanças e/ou diferenças), em nível analógico, com os graus maçônicos em sua evolução; j) as categorias Ordem, Progresso, Formalismo e Valor (ressaltando-se a importância das normas axiológicas) têm ressonância na Maçonaria, servindo à Orientação Humana. 4. Quanto ao Estado Positivo-Complexidade Crescente: a) na evolução individual e coletiva a tessitura (organização) do social deve ser vista sob o enfoque da comunicação, mediante o(s) signo(s) e o(s) símbolo(s) reciprocamente transformados e com retorno a este(s) último(s); b) o objeto final da especulação maçônica é ao mesmo tempo filosófico (lógica) e científico, inferindo-se que a Maçonaria tem arrimo na Filosofia Natural, destinada a preparar outra, de natureza Social; c) a Maçonaria, na fase operativa, prende-se a preocupações astronômicas e astrológicas, remetendo-se aos símbolos da Arte Real delas defluentes, ocupando-se da Gramática (fixadora dos principia da Filosofia Escolástica) e de outros valores (éticos e estéticos) à procura da verdade pela Luz; d) a Ciência é apresentada como o triunfo da Razão, mas também a Fé é o conduto para atingir o conhecimento, devendo o mundo ser entendido e conhecido pela reflexão, uma das alternativas ao lado dos sentidos (interface com o mundo externo) para àquele alcançar; e) deve-se também passar pela física, matemática e geometria para explicar a linguagem simbólica. 5. Quanto à Matéria e ao Espírito: a) a Maçonaria, evoluída de Operativa a Especulativa, na origem da primeira e no início da fase da segunda adotou a Astrologia e a Alquimia, esta como metáfora do aperfeiçoamento moral do homem; b) influenciada pelo Estoicismo, conectou relações entre a natureza e o homem, colhendo a ideia de que o cosmos é penetrado pelo divino e os fenômenos vitais representam emanações da divindade cósmica; c) o Bramanismo influenciou a Maçonaria Operativa, notadamente na relação físico-terrena com o cosmos, durante a criação, elaboração e desenvolvimento da arquitetura gótica, mas também gerou, em tom menor, a influência na Maçonaria Especulativa, merecendo destaque o conceito de Ordem Universal, o Rita, regente do universo e da vida material das criaturas humanas; d) a marca mais característica da Maçonaria é o caminho da Luz, sendo a vida com Fé (expugindo-se a dúvida e o medo) entendida na perspectiva e uma viagem peregrina à procura da verdade, não deixando o maçom, entretanto, de ser racional. Permeadas a fé pela vontade e a razão pela liberdade; e) a hierarquia é indispensável tanto para explicar a Lei inicial dos Três Estados quanto para eliminar as objeções que ela possa comportar; f) não sendo o objetivo da Maçonaria trabalhar com os cânones da filosofia da experiência pura, renega o empiriocriticismo e atrai a Retórica como arte do recurso dialético assumido pelo maçom; g) a principal finalidade do culto védico é a Iniciação, repetição do ritual do ato cosmogônico do aprendizado consciente, utilizando-se, tanto no bramanismo, quando na Maçonaria, os elementos fogo, água e ar; h) também o Budismo contribuiu com vários símbolos e princípios, realçando o iniciado como ser iluminado e superando os fatores negativos pela autopoiésis; i) a Maçonaria, como Escola do Conhecimento, a outros dois postulados filosóficos agrega o exotismo (pelo qual o homem foge da realidade externa) e o panteísmo (Deus e o mundo conjugado numa unidade, o todo indivisível, ambos neles se inserindo). 6. Quanto ao Conhecimento Simbólico e Iniciático: a) para que haja evolução humana é fundamental o aprendizado, comunicando-se este pela palavra escrita, gestos e sentidos, cujos valores objetivos e subjetivos são expressos por símbolos interrelacionados com a alegoria e o emblema, englobando-os. A comunicação simbólica faz com que o maçom evolua pelo autodesenvolvimento; b) a cada maçom cabe, pelo seu próprio sensível e pela autoconsciência, instituir a relação de determinada significação e dar a ela uma significância, necessitando o símbolo, para identificar-se naquela, ser endogenamente conhecido, quando, também, pode ser convertido em imagem e pensamento; c) a iniciação verdadeira independe de espaço e de tempo (este não existe, é convenção humana, sendo existentes tão-só os movimentos, os ritos e os produtos culturais), tornando palpável a unidade, ou seja, a do conhecimento. 7. Quanto ao Sistema Social Fechado: a) a Maçonaria deve ser estudada como um sistema social fechado, sem contato direto com o entorno, salvo o contactado por intermédio dos obreiros, no sistema social aberto, em decorrência de canais indiretos; b) é possível a abstração do entorno pelo desenvolvimento da autopoiésis; c) como clausura, neste sistema fechado, entende-se o isolamento psíquico, social, ideológico e termodinâmico do homem, quando operacionalmente fechado, suscitando a tese certa preocupação se dirigida à Lei da entropia. Tal clausura permite compreender a teoria da diferenciação dos sistemas sociais; d) quando se fala em Teoria do Conhecimento Maçônico deve-se, quanto ao sistema de comunicação, situá-la em conformidade com a linguagem e a interpretações específicas e adstritas a sua estrutura. 8. Quanto ao Sistema Social Complexo: a) a autopoiésis se realiza no altiplano da complexidade, sendo possível aprendê-la pelos sentidos, ensejando, em cadeia, a alimentação do sistema, compreendendo este, no que tange à Ordem Maçônica, a organização, a doutrina, os fundamentos filosófico-sociológicas, a ritualística, a ação e a relação; b) a complexidade estrutural e organizacional espelha o problema central da teoria dos sistemas na Escola do Conhecimento (Maçonaria), configurando, em paralelo, outro problema da Teoria do Conhecimento (Epistemologia), uma vez que é percebível nos três graus simbólicos e nos n filosóficos, dependendo do rito, controle e formas evolutivas na teoria sistêmica maçônica; c) a Maçonaria decodifica a complexidade em conceitos e elementos de relação, apresentando-os nos níveis esotérico e exotérico; d) para fixar a tese de que a Maçonaria é uma Teoria do Conhecimento, é mister distinguir as categorias elemento e relação; e) a sociedade maçônica é um caso extremo de complexidade porque ela é, devido a tipologia de suas operações elementares, mais complexa do que os outros sistemas. (Fonte: Prefácio do Irmão Péricles Prade no livro, Maçonaria: Introdução os Fundamentos Filosóficos, do Irmão Octacílio Schüller Sobrinho (in memoriam), publicado pela Editora Letras Contemporâneas, 2000. Homenagem ao grande escritor catarinense: + Octacilio Schuler Sobrinho: Nasceu em 1937 em Curitibanos, SC. Era formado em Economia e Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, com curso de Mestrado em Metodologia Científica pela Universidade de Georgetown, EUA, e em Sociologia pela UFSC. Em Santa Catarina ocupou várias direções e assessorias, alcançando a de Secretário da Educação, interino. Diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais - CEPE e diretor geral da Faculdade de Educação da UDESC, foi também chefe do Departamento de Ciências Sociais e Coordenador do Curso de Psicologia da UFSC. Autor de diversas obras, na História de Santa Catarina destacou-se com o livro Taipas, sobre a origem do homem do Planalto Catarinense. É de sua autoria, também, o livro Ordem e Trabalho, esta é a tua história, sobre o desenvolvimento da loja maçônica em Santa Catarina. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina; da Academia Desterrense de Letras (presidente); da Academia Catarinense Maçônica de Letras; da Academia de Ciências, Letras e Artes de São Paulo; da Academia de Ciências, Artes e Letras do Brasil; membro correspondente de outras doze Academias Maçônicas de Letras, instituições de ensino superior e da Escola Superior de Guerra. Publicou, até a presente data 26 livros, inúmeros ensaios, artigos, crônicas e mensagens. Octacílio Schüler foi Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC) por dois períodos 1998-1999 e 2002-2005, faleceu em 2006, em Blumenau, após longa enfermidade. NO: Infelizmente, não tive a honra de conhecê-lo pessoalmente, mas o seu legado literário tem lugar de destaque na minha caminhada maçônica. Principais obras literárias maçônicas: Maçonaria, Uma Luz na História; A Formação e o Sentido da Comab;; Psicanálise na Maçonaria. Principais Obras Maçônicas c/comentários: Maçonaria - Uma Escola do Conhecimento. Ed. Letras Contemporâneas, 1999. Comentário: O autor, neste livro, inaugurando a coleção Verbo Esotérico, aborda a Maçonaria sob um enfoque cuja abrangência abarca a análise de questões fundamentais da Sublime Ordem, a partir de uma visão holística fruto de muitos anos de estudo. Não é sem razão que a obra tem por subtítulo Uma Escola do Conhecimento. É que, concebida como tratado, materialmente versa a epistemologia, ou gnosiologia, examinando, sob o ponto de vista maçônico, a certeza do conhecimento, bem como a verdade, nele embutida, numa relação intima e direta entre o pensamento e o objeto. Ingressa, além do mais, noutra vertente científica, mergulhando no campo psicológico, oportunidade em que revela pleno domínio do ofício. Confira-se, mediante a leitura deste texto, que o autor não se contenta em analisar o conhecimento sob a ótica do sujeito e do objeto, para não cair no psicologismo, no legicismo e muito menos no ontologismo, quando intervém a imagem e o símbolo. Afinal, ele é expresso em linha de amplitude filosófica de uma Escola, a da Maçonaria, onde o homem é espelhado nos planos de sua intelectualidade e espiritualidade. Daí a pergunta: há um conhecimento verdadeiro? Há, sim. É só ler o livro para verificar a veracidade desta afirmação. Assuntos abordados: Escola do Conhecimento. Consciência Perceptível, Estimulante e Sensível. Sociedade Fraterna Laica. Sociedade Transparente e Aberta. Sua Organização. Sociedade Ritualística Evolutiva. Maçonaria Operativa e Especulativa. A Maçonaria e seu Território Sensível. 141p. Maçonaria - Introdução aos Fundamentos Filosóficos. Ed. Letras Contemporâneas, 2000. Comentário: No prefácio, o Irmão Péricles Prade assim relata seu conceito sobre o livro: representa um verdadeiro sistema filosófico da Arte Real, no plano qualificado da espécie versada, com esteio nas raízes da Cultura Geral (com embasamento científico de cunho antropológico, sociológico, biológico e psicológico), compondo articulado quadro teórico mediante abordagem pedagógica, em atenção a parâmetros ontológicos (com ênfase nestes), gnosiológicos e axiológicos, imantados todos, e guardadas as respectivas singularidades, por um antropocentrismo transformador da natureza e amparado na Ética, já que sua centralidade hospeda o homem enquanto ser moral. E fá-lo com método, afeiçoandose ao contexto histórico, respeitando as religiões e as ideologias de variado calibre e pondo à deriva as reservas dogmáticas, por ser livre pensador e eclético no bom sentido. Sem esquecer, é claro, o aparato simbólico da Instituição Iniciática, tudo para optar pela vertente esotérica aberta (espiritual e universal), em contraponto à tradicional visão ocultista (hermética, de substrato mágico). Demais disso, informa que, no século XVIII ocorreu no plexo sistêmico maçônico de então um corte epistemológico, substituindo-se a Maçonaria Operativa pela Maçonaria Especulativa, de feição integral (somando-se ação e pensamento, ou seja, não se recusando de vez a práxis anterior, mas adaptando-a), a ela acoplando-se de forma vital, a ponto de, em texto precedente, conformá-la como Escola de Conhecimento, com o objetivo, aqui e agora, de expô-la sob um foco marcantemente teóricofilosófico... Assuntos abordados: Maçonaria e Religião; Maçonaria e Metafísica; Conhecimento das Causas Primeiras; Estado Positivo - Complexidade Crescente; Matéria e Espírito; Conhecimento Simbólico e Iniciático; Um Sistema Social Fechado; Um Sistema Social Complexo. 158p. Maçonaria - Introdução aos Fundamentos Sociológicos. Ed. Letras Contemp, 1999. Comentário: No prefácio, o Irmão Salomão Ribas Júnior assim relata seu conceito sobre o livro: a leitura mostra que a Maçonaria tem uma história que precisa ser preservada, ainda que não inteiramente resolvidos alguns pontos dos seus primórdios, o que abre um vasto campo de pesquisa. Neste livro uma parte dele é explorada pelo autor, na medida em que determinados aspectos devem ser recuperados e ordenados para uma melhor compreensão de sua participação nos movimentos filosóficos e sociais dos dois últimos séculos. A Instituição, segundo o autor, tem sua própria visão e, diretamente, como agrupamento de pessoas que comungam de ideias comuns, ou através dos seus membros individualmente, propaga essa visão e age no fluxo da História, o que é demonstrado com variados argumentos. Fica-nos claro que houve um tempo em que se acreditava que a Maçonaria tinha que seguir os seus próprios dogmas - ela mesma se fortalecera por enfrentar os dogmas de outras respeitáveis instituições. O autor mostra, em seguida, que a associação dos homens justos evoluiu para a aceitação da diversidade em respeito ao princípio da Liberdade. Houve, também, um tempo que muitos acreditavam no princípio da Fraternidade apenas entre os Iniciados, e hoje se sabe que se deve abraçar fraternalmente a todas as pessoas de boa vontade. E houve, ainda, um tempo em que se acreditava que na Igualdade apenas no recinto maçônico, sabendo-se hoje que essa igualdade deve ser universal. É assim que esse livro não é definitivo, pois se o fosse estaria negando o essencial, isto é a evolução contínua que o autor considera núcleo de todos os estudos independentemente do aspecto considerado. O que há de definitivo é o reconhecimento da evolução, da mudança, do avançar contínuo. No pensar de Platão, o mundo material se torna compreensível através das ideias. Essas, no encontro com os sentidos, do mundo corpóreo, ou se afirmam ou se perdem. É disso que nasce o conhecimento. A construção desse conhecimento é a conjugação do intelecto e da emoção, da razão e da vontade, da crença e da realidade, da dúvida e da fé, de onde, segundo o ideal platônico, a epistemé é fruto da inteligência e do amor. Assuntos abordados: Maçonaria e seus valores; História, Evolução e Compreensão; Positivismo: Um Caminho à Ação Social; Estado Positivo: Complexidade Crescente; Advento de um Poder Espiritual; Sistema Social formador de uma Escola; Teoria dos Sistemas e da Sociedade; Teoria do Sistema da Sociedade. 144p. Bloco produzido pelo Ir. Paulo Roberto Pinto MI da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) Florianópolis Francisco Murilo Pinto nasceu em Fortaleza (CE) a 25 de novembro de 1929, filho de José Pinto Damasceno e de Edite Martins Pinto. Fez seus primeiros estudos no Colégio Cearense Marista. Iniciou seu Curso Colegial no Rio, concluindo-o em São Paulo. Cursou a Faculdade de Direito da USP. Ingressou na magistratura do Estado de São Paulo no ano de 1963, por concurso de provas e títulos, assumindo o cargo de Juiz Substituto em Santos. Promovido para a Capital do Estado em 1968. Judicou em inúmeras Varas Distritais, sendo promovido a Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo em 1984. Professor de Direito Civil, lecionou por três anos na Faculdade de Direito da FMU, na capital paulistana, e por 19 anos na Faculdade de Direito da USF, em Bragança Paulista. Maçonicamente, iniciou-se na Loja Universitária de Bragança Paulista, em 2 de dezembro de 1978, sendo exaltado Mestre em 11 de abril de 1980 e instalado na mesma Loja em 14 de abril de 1987. Em 1982, passou a representar a Loja Universitária na Poderosa Assembléia Legislativa do GOSP, onde foi 1° Vigilante e Presidente por três mandatos alternados. Foi Deputado Estadual por sua Loja até a data em que se desincompatibilizou para concorrer ao cargo de Grão-Mestre Estadual. Exerceu o Grão-Mestrado do GOSP na vacância do cargo, por morte do Irmão Ezio Donati. Foi Presidente da Loja de Perfeição Amor da Pátria, e Presidente do Capítulo Rosa Cruz de Bragança Paulista. Foi elevado ao Grau 33, o último do REAA, no dia 25 de junho de 1994. Em eleição direta realizada em março de 1993, foi eleito GrãoMestre Geral, com mandato de 24 de junho de 1993 a 24 de junho de 1998, sendo reeleito para um segundo mandato de 24 de junho de 1998 a 24 de junho de 2003. Promoveu inúmeros Projetos maçônicos bem - sucedidos, entre os quais: Maçonaria Contra as Drogas, o Reconhecimento do GOB por Potências das Grandes Lojas Norte-Americanas e Sul-Americanas, além dos Tratados de Amizade entre o Grande Oriente do Brasil e as Grandes Lojas Estaduais brasileiras. Faleceu em 21 de janeiro de 2001 e, tendo o seu Adjunto, Irmão Joferlino Miranda Pontes, falecido em 12 de junho de 2000, sem que fosse realizada eleição para o cargo, assumiu o Grão-Mestrado o Irmão Manoel Rodrigues de Castro que, em cumprimento ao que estabelece a Constituição do GOB, assinou Mensagem convocando eleição para o preenchimento dos cargos de Grão-Mestre Geral e de Grão-Mestre Geral Adjunto, pleito que foi realizado em 60 dias, sendo eleitos os Irmãos Laelso Rodrigues, para o cargo de Grão-Mestre, e Marcos José da Silva, para o de Grão-Mestre Adjunto. FRANCISCO MURILO PINTO (1929 - 2001) Francisco Murilo Pinto nasceu em 1929, em Fortaleza (CE), e fez toda a sua vida universitária e profissional em São Paulo. Magistrado, desde 1963, aposentou-se no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Foi iniciado a 2 de dezembro de 1978, na Loja "Universitária", de Bragança Paulista (SP). Presidente da Poderosa Assembléia Estadual Legislativa, em três legislaturas, assumiu o Grão-Mestrado estadual de S. Paulo, quando do falecimento, a 31 de março de 1987, do Irmão Ezio Donati, já que o Grão-Mestre Adjunto, Irmão Décio Azevedo, encontrava-se licenciado, para poder concorrer ao Grão-Mestrado, naquele mesmo ano. Em 1991, foi candidato a Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, tendo, como candidato a Adjunto, o Irmão Romeu Bonini. Foi derrotado por pequena margem de votos, pelo Ir.: Rubens Barbosa de Mattos. Mas, dois anos depois, era eleito Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, tomando posse a 24 de junho daquele ano, como o 31º Grão-Mestre titular eleito e - contando os Adjuntos em exercício e os interinos - o 50º a ocupar o cargo. Graças ao seu trabalho à frente do Grande Oriente do Brasil, foi reeleito pelo povo maçônico, em 1998, vindo a falecer, a 21 de janeiro de 2001, em pleno exercício do mandato. José Castellani SOBRE O SEPULTAMENTO. O corpo do Grão-Mestre Geral do GOB, Soberano Irmão Francisco Murilo Pinto, após velado no Palácio Maçônico do Grande Oriente do Brasil, em Brasília, foi sepultado as 17 horas do dia 22/jan./2001, no cemitério de Congonhas. Os Familiares. Conforme o Jornal o Estado de São Paulo de 22/jan.2001. O Desembargador Irmão Francisco Murilo Pinto que contava com 75 anos, era casado, em segundas núpcias, com a Cunhada Jandira Paranhos Pinto e deixa os filhos Jaqueline, Francisco Marcelo, Murilo Augusto e Adriana. Escrito por: Eduardo G. de Souza Fonte: http://www.aplm.xpg.com.br/ transformaçÃo de loja O Respeitável Irmão Mar Sakashita, Orador da Loja Fraternidade Águas Claras, 3.672, REAA, GOB-PR, Oriente de Goioerê, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão: [email protected] Saudações, com grande prazer venho à presença do Ilustre Irmão grande conhecedor de ritualística Maçônica, esclarecer uma dúvida em relação à transformação de Loja de Aprendiz direto ao Grau 3, se pode ser feita direto, após a retirada de Aprendizes e Companheiros, com golpe de malhete e mudança de esquadro e compasso na posição do Grau? Qual a maneira correta? CONSIDERAÇÕES: No REAA, rito de origem francesa, a Loja pode ser transformada do Grau de Aprendiz ao de Mestre, sem que se faça todo o procedimento ritualístico da abertura ou encerramento da Loja no grau em questão. Diferente do sistema francês, no inglês é que se aplica o procedimento de abertura e encerramento de grau em grau. Em linhas gerais no formato anglo-saxônico não se abre uma Loja de Grau de Companheiro ou de Mestre diretamente como acontece com o Rito Escocês, por exemplo. Nos trabalhos ingleses para se abrir uma Loja de Companheiro, primeiro se abre a de Aprendiz. Se o caso for à de Mestre, abre-se primeiro a de Aprendiz, posteriormente a de Companheiro e por fim a de Mestre (a atitude é a mesma para o encerramento). Nesse conjunto ritualístico é feita toda a dialética de abertura de grau por grau, não existindo o procedimento de “transformação”. Voltando ao Rito Escocês Antigo e Aceito, de origem latina, o método é diferente, pois nele existe a prática da transformação, todavia não sem antes obedecer alguns critérios. Primeiro que essa de abrir a Loja com um só “golpe de malhete” é atitude equivocada e não está prevista. Nenhuma “sessão” será verdadeiramente maçônica se for aberta por um só golpe de malhete. Não confundir com a abertura de uma parte da sessão onde geralmente ao estar proclamado pela dialética ritualística o Venerável anuncia dando um golpe de malhete: “está aberta a Ordem do Dia”, ou “está aberto o Tempo de Estudos” (isso não é abertura de sessão). Quanto à maneira correta de se fazer a transformação ela está inserida no ritual de Mestre (página 42 e seguintes) em vigência no tocante ao Grau 02 para o Grau 03. Esse procedimento também é usado no caso da Loja de Aprendiz diretamente para Mestre. No caso de Aprendiz para Companheiro, o procedimento é o mesmo com atitudes ritualísticas distintas ao grau de transformação. Note que pelo ritual referenciado, após a cobertura (retirada) do Templo aos Irmãos que estavam impedidos de permanecer, faz-se o telhamento através dos Vigilantes; ato seguido o Orador lê no Livro da Lei o trecho compatível mudando a posição do Esquadro e do Compasso. O Mestre de Cerimônias expõe o Painel do Grau e as luzes são acesas conforme está previsto. Como se pode notar, a Loja já estava aberta, todavia sofreu uma transformação para outro Grau, entretanto, alguns costumes básicos que determinam a característica do Grau devem ser rigorosamente observados. Assim, não se faz uma transformação apenas mudando a posição do conjunto emblemático por um golpe de malhete. Um golpe de malhete é dado pelo Venerável para anunciar que os trabalhos estão a partir dali abertos em outro grau, porém não sem antes cumprir determinadas regras ritualísticas. Ratifico: o procedimento correto está no Ritual de Mestre em vigência. Mesmo ele se referindo de Companheiro à Mestre, ele pode ser executado do Aprendiz, diretamente ao Mestre. O retorno para os trabalhos originários da abertura da Loja também no ritual citado está previsto. T.F.A. PEDRO JUK [email protected] abril/2012 Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] ) que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] ) Encerrado o XVII Encontro Nacional de Cultura Maçônica Está encerrado o XVII Encontro Nacional de Cultura Maçônica em São Luiz do Maranhão com dois dias de grande sucesso. Durante este sábado transcorreram os trabalhos cujo tema foi a “Educação Pública”, dividido em quatro etapas. Os dois primeiros painéis foram desenvolvidos na parte da manhã tendo sido o primeiro coordenado pela Associação Brasileira de Imprensa –ABIM- sobre “A História da Educação Pública no Brasil”. O segundo abordou “O professor necessário para o Século XXI” tendo sido coordenado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Maçônicos. No período vespertino mais dois painéis foram mostrados, debatidos e discutidos. O primeiro sobre “Responsabilidade Educacional” coordenado pela União Brasileira de Escritores Maçons e o derradeiro painel, foi coordenado pela Associação das Academias Brasileiras de Letras, com o tema “A Educação de Ensino Superior no Brasil”. O Grão-Mestre do Grande Oriente Autônomo do Maranhão –GOAMIr Osvaldo Pereira da Rocha também Coordenador Geral do Encontro (foto) procedendo ao encerramento do conclave, agradeceu a presença de todos os irmãos e cunhadas, bem como aos que proporcionaram direta ou diretamente o sucesso do conclave. Foi anunciado o lançamento de diversas obras maçônicas, cujos autores estiveram presentes e autografando suas obras. Em seguida houve a leitura da Carta de São Luiz, lida pelo Grão-Mestre Adjunto, Ir. Carlos Craveiro Peixoto, voltada à situação da Educação no Brasil, que entre os cinco itens destacaram a erradicação do analfabetismo e a criação da lei de Responsabilidade Educacional. Foi entregue pelo Presidente da ABIM, Ir. Antonio do Carmo, o Troféu Imprensa ao Ir. José Aleixo Vieira, que é editor da Revista “Universo Maçônico”. O próximo Encontro será em abril do próximo ano em Belo Horizonte, possivelmente nos dias 11 e 12. Foi feita ainda homenagem especial à Editora “A Trolha” pelos seus 41 anos de existência completados no dia 10 de abril, representada pelo seu editor, Ir Edenir Jose Gualtieri. Antes da entrega dos certificados aos presentes, o Ir. Antonio do Carmo Presidente da ABIM, foi homenageado pela passagem de seu anivers’ario que transcorre hoje, domingo, 15 de abril.. A Radio Sintonia 33 esteve presente transmitindo diversos flashes, durante os dois dias do Encontro. No link abaixo, com cerca de 200 fotos, segue uma sequência da jornada deste sábado, mesclada com a inclusão de destaques da cidade de São Luiz e localidades turísticas do Estado. Valeu para quem compareceu, valeu para quem participou. Parabéns às entidades organizadoras e a GOAM pela coordenação do Encontro. Agora acesse o link abaixo para acompanhar as fotos. Parte I : https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/AEncontroDeCulturaMaconicoParteIII 140412?authkey=Gv1sRgCIqJzuOensG3Tw# Parte II : https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/EncontroNacionalDeCulturaMaconicaP arte140412?authkey=Gv1sRgCICCmIPb8Ji54QE# Parte IIII : https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/XVIIEncontroNacionalDeCulturaMaco nicaSaoLuiz140412?authkey=Gv1sRgCJGv-pjdwvioAQ# Domingo, é dia dos versos do Irmão Sinval Santos da Silveira* Conto poético. LABAREDAS DE UMA PAIXÃO Tudo era monótono, nesta antiga vila de pescadores. Ninguém trabalhava fora do povoado, mesmo porque a pesca era abundante, e a salga de carne de peixe, funcionava freneticamente. Os filhos das famílias se casavam entre si. Qualquer notícia, por mais insignificante que fosse, tinha repercussão em todo o vilarejo. As pessoas eram bonitas por natureza, graças aos saudáveis hábitos alimentares, a vida ao ar livre, e a ausência de vícios degradantes. Numa fria manhã de agosto, vento forte, mar revolto, o pescador, Camilo Juventino, avistou no meio das ondas um homem se debatendo. Jogou-se ao mar e o ajudou chegar até a praia. Cristiano , o seu nome. Contou que estava pescando nas proximidades, e foi apanhado por um temporal muito forte. Sua embarcação "emborcou", mas conseguiu nadar até a costa. Camilo o levou para casa, cedeu-lhe roupas secas, uma restauradora refeição, e quatro dias de repouso. Sua mulher, Ritinha, certamente era a mais linda já nascida naquele povoado. Numa troca de olhares com o náufrago, nasceu uma repentina paixão, tão forte, tão indomável, que somente Deus poderia explicar. Coisa impossível... Cristiano furtou uma pequena embarcação à vela, que se encontrava guardada num rancho de pesca à beira do mar, e na manhã do quinto dia, aproveitando a ausência de Camilo, que estava pescando desde a madrugada, fugiu com Ritinha, em direção ao alto mar. Embora esta história tenha acontecido na década de 60, nunca mais se teve noticia destes dois personagens. Até hoje, já decorrido mais de meio século, Camilo vai à beira do costão, todos os dias, e olha o mar, na esperança de ver o seu grande amor retornar..., pois nunca mais preencheu o seu coração, com outra mulher. *O Ir Sinval Santos da Silveira é Grande Orador da GLSC e Obreiro da ARLS Alferes Tiradentes nr. 20 Conheça os poemas do autor clicando no blog http://poesiasinval.blogspot.com