WARNER BROS. PICTURES Apresenta Em Associação com LEGENDARY PICTURES Uma Produção SYNCOPY Um Filme de CHRISTOPHER NOLAN (The Dark Knight) Uma Distribuição WARNER BROS. www.ocavaleirodastrevas.com.br Sumário Elenco e Ficha Técnica................................................pg.03 Sinopse.................................................................. pg.04 Sobre a produção......................................................pg.05 Sobre o elenco......................................................... pg.30 Sobre os realizadores..................................................pg.37 2 BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS “The Dark Knight” • ELENCO Bruce Wayne/Batman Alfred Coringa Jim Gordon Harvey Dent Rachel Dawes Lucius Fox CHRISTIAN BALE MICHAEL CAINE HEATH LEDGER GARY OLDMAN AARON ECKHART MAGGIE GYLLENHAAL MORGAN FREEMAN • FICHA TÉCNICA Diretor CHRISTOPHER NOLAN Roteiristas JONATHAN NOLAN & CHRISTOPHER NOLAN Baseado na história de CHRISTOPHER NOLAN & DAVID S. GOYER O personagem Batman é uma criação de BOB KANE Produtores CHARLES ROVEN, EMMA THOMAS CHRISTOPHER NOLAN Produtores Executivos BENJAMIN MELNIKER, MICHAEL E. USLAN, KEVIN DE LA NOY, THOMAS TULL Diretor de Fotografia WALLY PFISTER Desenhista de Produção NATHAN CROWLEY Editor LEE SMITH Música HANS ZIMMER & JONATHAN NEWTON HOWARD Figurinista LINDY HEMMING 3 SINOPSE Seqüência do sucesso de ação Batman Begins, Batman - O Cavaleiro das Trevas, volta a reunir o diretor Christopher Nolan e o astro Christian Bale, reprisando o papel de Bruce Wayne/Batman. Com a ajuda do comissário Jim Gordon e do novo promotor Harvey Dent, Batman se dedica a combater de vez o crime organizado em Gotham. De início, o trio se mostra eficaz, porém eles logo se vêem reféns de um poderoso criminoso conhecido como Coringa, que faz Gotham mergulhar na anarquia e força o Cavaleiro das Trevas a chegar mais perto do que nunca de ultrapassar a linha tênue que separa o herói do justiceiro. O indicado ao Oscar® Heath Ledger (O segredo de Brokeback Mountain) interpreta o arquivilão Coringa, e Aaron Eckhart faz o papel do promotor Harvey Dent. Maggie Gyllenhaal integra o elenco como Rachel Dawes. Repetindo seus papéis de Batman Begins estão Gary Oldman, como o comissário Jim Gordon; o vencedor do Oscar® Michael Caine (Regras da Vida) como o mordomo Alfred; e o também ganhador do Oscar® Morgan Freeman (Menina de Ouro) como Lucius Fox, o fiel ajudante e apoiador de Wayne. Batman – O Cavaleiro das Trevas é baseado nos personagens que aparecem em histórias em quadrinhos publicadas pela DC Comics. Batman foi criado por Bob Kane. Seis seqüências de Batman – o Cavaleiro das Trevas foram filmadas com câmeras IMAX, inclusive a abertura de seis minutos de duração. Trata-se da primeira vez que um filme de grande orçamento é filmado parcialmente com câmeras IMAX, uma integração revolucionária dos dois formatos de cinema. A IMAX Experience® será exibida em IMAX DMR (letterbox), enquanto as cenas filmadas com câmeras IMAX em filme de 15/70 mm se expandirão verticalmente para preencher a tela do IMAX inteira, com até oito andares de altura, para gerar uma experiência inesquecível no cinema. 4 SOBRE A PRODUÇÃO “Existem homens que não estão à procura de algo lógico, como dinheiro. Eles não podem ser comprados, nem intimidados. Não é possível argumentar nem negociar com eles. Alguns homens só querem ver o mundo em chamas.” Com Batman Begins, o roteirista e diretor Christopher Nolan inaugurou um novo capítulo na franquia de filmes de Batman, levando o personagem lendário de volta às suas origens, reimaginando como e porque o industrial bilionário Bruce Wayne se tornou o enigmático combatente do crime conhecido como Batman. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Nolan retorna à saga de Batman com o personagem que hoje, nas palavras do diretor, “está totalmente moldado”. Nolan continua: “Achei que deixamos o mundo de Batman em um ponto interessante no primeiro filme, e o filme sugeria uma direção intrigante pela qual a história poderia prosseguir”. Nolan desenvolveu a história com David S. Goyer, com quem colaborou no roteiro de Batman Begins. Nolan e o irmão, Jonathan, então, trabalharam juntos no roteiro de Batman – O Cavaleiro das Trevas. Nolan revela que se concentrou mais em como a própria existência do Batman alterou Gotham no novo Batman – O Cavaleiro das Trevas. E não foi, pelo menos inicialmente, para melhor. “No final de Batman Begins, nós insinuamos a ameaça da escalada da violência: ao perseguir os cartéis criminosos da cidade e atacar seus interesses, Batman poderia provocar uma resposta ainda maior da comunidade criminosa; e agora isso aconteceu. Há algumas conseqüências muitas negativas de sua cruzada que estão prestes a ocorrer em Gotham”, ele revela. O produtor Charles Roven comenta que o problema se estende além dos criminosos que moram em Gotham. “Por um lado, Batman começou a livrar Gotham do crime e da corrupção que assolavam a cidade; mas, ironicamente, o vácuo que ele criou atrai um elemento criminoso ainda mais poderoso, que vê isso como sua oportunidade para assumir o controle da cidade”. A produtora Emma Thomas observa: “Em Batman Begins, nós nos concentramos nas origens do personagem: como Batman evoluiu do próprio trauma inicial de Bruce Wayne, seus medos, sua raiva e, por fim, sua resolução de combater o crime e a corrupção. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Batman se tornou mais conhecido para a polícia e os cidadãos de Gotham, mas enquanto alguns o consideram um herói, outros se perguntam se 5 ele está causando mais mal do que bem. E a chegada de um novo tipo de criminoso aumenta os riscos nesse debate”. “O intrigante é que o playboy bilionário Bruce Wayne, com seus carros fabulosos, uma bela mulher em cada braço e sem nenhuma preocupação na vida, não é de forma alguma quem esse homem é de verdade. Assim, embora Wayne use uma máscara para proteger sua identidade como Batman, na verdade é Batman quem define a verdadeira identidade de Bruce, e a imagem pública de Bruce Wayne é a 'máscara' que ele usa para coexistir nesse mundo”, Thomas acrescenta. Mas não começou dessa maneira. Retornando ao papel duplo de Bruce Wayne/Batman, Christian Bale afirma: “Creio que Bruce achou que seria por tempo limitado, que Batman serviria como uma inspiração para Gotham e que, por fim, ele poderia deixar o personagem para trás. Mas ele está começando a compreender, cada vez mais, que isso é algo que ele não pode abandonar agora, ou que talvez nunca possa abandonar. Há novos inimigos dos quais a cidade precisa ser protegida”. O mais perigoso desses vilões é o mais abominável arquiinimigo de Batman, um louco violento e sem remorso chamado Coringa. “O Coringa é o arquivilão supremo do cinema. Ao seu próprio modo, ele é um ícone tanto quanto o Cavaleiro das Trevas, e isso nos brindou com a oportunidade e o desafio de explorar o ponto de vista distorcido do personagem. Mas também queríamos criar um vilão que, por mais colorido e extravagante que fosse, ainda se baseasse na realidade. Para manter o tom estabelecido em Batman Begins, decidimos que ele é um sujeito bastante sério, apesar de ser chamado de Coringa. Por isso, começamos com a noção do Coringa como a forma mais extrema de anarquista, uma força do caos, um criminoso sem propósito que não está à procura de nada e, por isso, não pode ser compreendido. Ele não é somente uma imensa força destruidora, como também tem grande prazer em sua natureza assassina, o que é um espetáculo bem aterrorizante”, explica Nolan. “À medida que o roteiro era desenvolvido, começamos a explorar o efeito que um homem poderia ter sobre uma população inteira, as diferentes maneiras nas quais ele perturbaria o equilíbrio das pessoas, as diversas formas em que ele poderia fazer com que suas regras de vida, ética, crenças e humanidade se voltassem contra elas mesmas. Você pode dizer que vimos ecos disso em nosso próprio mundo, o que me levou a acreditar que anarquia e caos, mesmo a ameaça da anarquia e do caos, estão entre as coisas mais assustadoras que a sociedade enfrenta, especialmente hoje em dia”. “O Coringa não segue absolutamente nenhuma norma. Como combater alguém cuja determinação é destruir, mesmo que isso signifique a autodestruição? Trata-se de um adversário formidável”, afirma Bale. O ator 6 prossegue dizendo que a falta total de moralidade do Coringa é uma de suas armas mais potentes na guerra contra Batman porque, em oposição, "Batman tem um código moral muito rígido sobre o que faria ou não, e o Coringa pode se aproveitar disso”. Ele completa: “Batman ainda tem uma imensa reserva de raiva e dor e sabe que poderia facilmente ir longe demais, por isso não deve ultrapassar esse limite. Ele precisa ter certeza de que, ao perseguir um monstro, ele próprio não se tornará um. Chris Nolan levantou questões éticas interessantes neste filme sobre as complicações de ter poder em oposição a aspirar ao poder”. Bale, que conta Batman – O Cavaleiro das Trevas como seu terceiro trabalho com Nolan, acrescenta: “Acho que Chris tem um grande talento para satisfazer a necessidade de ‘uma viagem de montanha russa’, do entretenimento puro, sem prescindir de momentos de grande conflito pessoal e da dualidade dos personagens. Ele consegue fazer as duas coisas sem comprometer nenhuma delas”. Embora o Coringa provoque caos e medo, o promotor público Harvey Dent é o novo rosto da lei e da ordem em Gotham. “Harvey é um homem do povo. Ele é um herói típico americano de uma maneira muito diferente de Batman. Assim, agora temos o trio formado por Batman, Harvey Dent e o comissário Gordon — o sistema judiciário, a polícia e um justiceiro — numa aliança para reduzir o crime. O auxílio de Batman lhes dá uma vantagem sobre os criminosos, mas ainda é a polícia que os prende, e depois eles serão julgados pelo sistema judiciário. Porém, surge a pergunta sobre se é possível ser flexível com as leis sem transgredi-las. E isso se torna o tema subjacente da história”, diz Nolan. A dinâmica entre os três combatentes do crime muda abruptamente quando uma reviravolta imprevisível destrói o leal promotor público Harvey Dent e dá origem ao vilão vingativo Duas-Caras. Nolan comenta: “A esperança que Harvey representa para Gotham, e depois a tragédia do que acontece a ele e sua transformação em Duas-Caras… É uma história extraordinária”. O diretor observa: “O Coringa é um vilão mais exibicionista, por isso ele atrai a atenção. Mas, sob alguns aspectos, Harvey Dent/Duas-Caras é um personagem mais interessante porque tem um desenvolvimento impressionante. Nosso Coringa não tem um desenvolvimento em si; ele é determinado o tempo inteiro. O Coringa e Harvey Dent são os dois personagens mais fascinantes dos quadrinhos de Batman. Eles têm uma característica quase mítica, e eu desejava vê-los pelo prisma do mundo que criamos”. Em um movimento revolucionário, Nolan ampliou o escopo desse mundo primeiramente com a direção. Nolan filmou as seis seqüências de ação principais com câmeras IMAX, tornando-se o primeiro diretor a usar câmeras 7 desse formato para filmar, ainda que apenas parcialmente, um longametragem tradicional. “Ao continuar a história de Batman, o desafio era tornar as coisas mais grandiosas e melhores, expandir o mundo que estabelecemos no primeiro filme, tanto por meio da história quanto da forma como a apresentamos. Fiquei empolgado com a forma como a fotografia IMAX se mostrou. Ela lança o público bem no meio da ação de uma maneira que nenhum outro formato de filme poderia. Ela me faz voltar à época em que eu era criança indo ao cinema e vivenciando o escopo, a escala e a grandiosidade que o cinema de qualidade pode oferecer. Como cineasta, acho que sempre se está tentando voltar a isso, e expandir o cenário de nossa história com o IMAX pareceu uma ótima maneira de fazê-lo”, ele comenta. Os realizadores também fizeram várias mudanças no mundo de Batman: o lar da família de Bruce Wayne, a Mansão Wayne, foi incendiada no final de Batman Begins; por isso, Bruce agora reside em uma moderna cobertura com vista para a cidade. Batman também tem um Bat-uniforme recém-desenhado, que lhe proporcionou uma maior amplitude de movimentos e um maior campo de visão: “Eu posso virar a cabeça”, diz Bale com um sorriso. E o ágil e poderoso Bat-Pod faz sua muito aguardada estréia enquanto o Cavaleiro das Trevas costura pelo tráfego de Gotham em uma seqüência de perseguição intensa filmada nas ruas de Chicago. A busca de Batman por justiça também o leva por uma odisséia por meio mundo até Hong Kong, marcando a primeira vez que o Cruzado Mascarado deixa os limites de Gotham na tela. “Chris tinha uma visão geral maravilhosa do que ele queria alcançar com este filme, e ele foi capaz de realizar isso e muito mais. Ele é um desses raros diretores que, quando lhe conta o que está tentando fazer, não importa o quanto ambicioso seja, você confia que o fará, geralmente até melhor do que você imaginou”, elogia Roven. “Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão.” Batman - O Cavaleiro das Trevas traz de volta vários membros do elenco de Batman Begins, começando por Christian Bale no papel-título. Bale conta que recebeu com alegria a oportunidade de mais uma vez viver a figura solitária, que precisa abandonar muito de sua identidade pessoal em nome do bem maior. Ele comenta: “Bruce está certamente em sacrifício, tanto mental quanto fisico, como conseqüência desse personagem Batman que ele pôs em ação e agora não consegue mais controlar. Mais do que uma persona, ele criou 8 um símbolo, e esse símbolo não pode ter limites. Ele não pode jamais mostrar fraqueza. Então, há o conflito entre o que é bom para Bruce Wayne e o que é a coisa certa a ser feita pelo Batman, porque os dois nem sempre são compatíveis”. “Trabalhar com Christian é uma alegria e simplesmente muito divertido. Ele é uma presença muito interessante para se ter no set. Ele tem também intensidade, é incrivelmente concentrado em aproveitar a realidade psicológica de qualquer personagem que esteja interpretando. Ele aplica a mesma abordagem disciplinada para encontrar a verdade desse personagem e a mantém. Isso é uma grande ajuda para mim como cineasta porque sei que ele está preparado e domina o modo como seu personagem se movimentará pela história. Na verdade, ele tem muitas das mesmas qualidades que Bruce Wayne aplica para se transformar de um homem comum nessa figura extraordinária de combate ao crime”, analisa Nolan. “Christian trouxe em sua atuação tudo que se poderia desejar para o personagem: a estatura, a ressonância emocional, a complexidade. É impressionante observá-lo no set. Ele levou seu papel um nível além neste filme”, afirma Roven. Nolan acrescenta que, embora Bale interprete em Batman – O Cavaleiro das Trevas o mesmo personagem que interpretou em Batman Begins, os dois filmes apresentaram desafios muito diferentes para o ator. “Em Batman Begins, havia muito esforço físico, ele precisou ficar em ótima forma e aprender todo tipo de habilidade com relação ao modo como Batman luta, o jeito como ele se movimenta. Eu diria que este filme exigiu um processo mais interno porque Bruce está percebendo o preço pessoal de viver essa vida dupla, e está questionando as escolhas que fez. Christian transmite esse conflito emocional de maneira muito convincente, muitas vezes sem dizer uma palavra”. Contudo, o papel de Batman tem um aspecto físico inerente, por isso Bale mergulhou em um curso de atualização no Keysi Fighting Method (KFM) que Batman emprega contra seus inimigos. Uma disciplina de artes-marciais relativamente nova, KFM é um método de luta intuitiva com uma forte ênfase na concentração mental, mas Bale também precisava estar no auge da condição física. Ele treinou com os coordenadores de luta Keysi, Andy Norman e Justo Dieguez, por duas a três horas diariamente. “No KFM, você precisa desenvolver cada parte de seu corpo como uma arma, o que não é tarefa fácil. Trabalhamos Christian de forma muito extrema, e era fantástica a rapidez com que ele absorvia tudo. Havia uma progressão clara em seu treinamento desde o primeiro filme. Ele compreende o KFM muito melhor, por isso era mais forte; e seu movimento, inacreditável”, relata Norman. 9 “É um método de luta fascinante porque ele usa a adrenalina que todos sentem ao entrar em uma situação de ameaça ou violência. Vem mesmo de dentro. Em vez do tipo de calma zen de que se utilizam algumas artes marciais, o KFM se baseia no instinto animal e no desenvolvimento desses instintos para que sejam letais; por isso, ele é perfeito para Batman”, explica Bale. Mas o Cavaleiro das Trevas está prestes a enfrentar um criminoso singular chamado Coringa, que tem pouca preocupação com Keysi ou qualquer outro método de luta. Em uma luta justa, segundo Bale: “Batman o destruiria, mas o Coringa não luta de forma justa. Ele tem outros truques na manga, então é mais um jogo psicológico. Porém, ele encontra em Batman um oponente muito digno, e acho que gosta disso”. Heath Ledger interpreta o papel do Coringa, o palhaço maléfico, que é talvez o mais reconhecível dos arquiinimigos de Batman. Para escalar o papel, Nolan diz que a principal qualidade que procurava era o destemor. “Precisava de um ator fenomenal, mas ele também precisava não ter medo de assumir um papel tão icônico. Heath criou algo completamente original. É impressionante, é cativante e surpreenderá as pessoas”, diz o diretor. O diretor lembra que se encontrou primeiramente com Ledger para conversar sobre o papel antes mesmo de haver um roteiro. “Conversamos sobre como víamos esse personagem e nós tínhamos exatamente o mesmo conceito; o que interessava ao Coringa era a ameaça de anarquia e ele adorava criar caos e medo em grande escala. Heath parecia compreender instintivamente como tornar esse personagem diferente de tudo que já tinha feito antes”, recorda. Roven analisa: “O Coringa é um dos maiores vilões da tradição dos quadrinhos: psicótico, enigmático, esperto, diabólico, charmoso, engraçado e divertidíssimo de se observar. Sabíamos que seria necessário um ator extraordinário para interpretá-lo e Heath teve bom desempenho sob todos os aspectos. De cada nuance física a cada emissão vocal, é simplesmente um desempenho inesquecível”. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, o Coringa surge em cena sem aviso e sobe impiedosamente na hierarquia do crime de Gotham. “Nunca desejamos fazer uma história original para o Coringa neste filme, queríamos mostrar a ascensão do Coringa. Em certo sentido, o Coringa é uma resposta lógica para o Batman, que instigou esse tipo de comportamento extremo em Gotham”, Nolan sustenta. Bale acrescenta: “O Coringa quer bater Batman, provar que todo mundo tem um preço e até mesmo Batman pode ser utilizado de uma forma que comprometeria seus princípios. Realmente acho que ele está satisfeito por descobrir que Batman não faria isso, e isso cria para o Coringa um 10 oponente ainda melhor nesse jogo. Ele é um personagem fascinante, e Heath fez um trabalho extraordinário com ele. Não acho que o filme teria funcionado tão bem se não tivéssemos um ator do calibre de Heath Ledger, que era realmente capaz de arriscar, como o Coringa faz em Gotham”. “Queríamos que o Coringa representasse o mal puro e não adulterado, no sentido de que não há motivação lógica para suas ações. Era isso que queríamos soltar na cidade de Gotham. Ele é uma realidade essencial”, Nolan resume simplesmente. Apesar disso, Emma Thomas é rápida em observar: “Ele é muito engraçado. Sei que isso soa até certo ponto bizarro, pois como alguém tão deplorável pode ser engraçado? A abordagem de Heath no papel não foi esdrúxula, e apesar disso foi hilariante, tanto fisicamente quanto no seu sarcasmo. Com o Coringa, acho que você se descobrirá estarrecido e aterrorizado, mas divertindo-se imensamente ao mesmo tempo”. No outro lado da lei, outra figura ganhou importância em Gotham. Harvey Dent, o novo promotor público eleito, que tem como missão desmontar o controle do crime organizado em sua cidade sitiada. Dent é interpretado por Aaron Eckhart, que comenta: “Harvey assumiu a responsabilidade de enfrentar o crime organizado e limpar as ruas. Ele é a novíssima esperança em Gotham, o ‘Cavaleiro Branco’, como é chamado. Ele começa cheio de otimismo e entusiasmo, porém termina de forma completamente diferente. É um ótimo papel e sou um grande fã de Chris Nolan, então quando ele me abordou a respeito do filme, não precisei pensar muito”, o ator revela. Nolan diz que, embora Eckhart tenha toda a aparência do promotor público bonito e carismático, havia profundas razões para escolher o ator. “Procurávamos alguém que pudesse incorporar o charme tipicamente americano porque você precisa investir nele como uma figura muito atraente e heróica no começo do filme. Mas ele precisava também ter uma superioridade; ele precisava sugerir essa corrente oculta de raiva e escuridão que Harvey Dent precisava ter, de modo que o ponto a que ele chega fosse verossímil. Pode-se apresentar um personagem assim como uma figura heróica sem nenhuma falha, nenhum lado sombrio. Aaron captou todas essas qualidades muitíssimo bem”, elogia. Como o novo promotor público de Gotham, Harvey Dent não só precisou lutar contra o aumento do crime, mas também contra um justiceiro conhecido como Batman. “É uma dinâmica interessante porque Harvey vê Batman lutando contra o crime de um modo que gostaria de agir, mas não pode. Harvey precisa permanecer dentro dos limites da lei. Ele precisa fazer publicamente o que o Batman está fazendo veladamente. Ele admira as intenções de Batman, mesmo que não possa apoiar publicamente seus 11 métodos. Mas o que ele pensa de Bruce Wayne é bem diferente. Ele vê Bruce como nada mais que um playboy urbano sem nenhuma credibilidade real”. “Harvey acha que Bruce é um completo idiota da classe alta. Muito o surpreenderia descobrir que ele é na verdade o homem por trás da máscara”, observa Nolan. Apesar da opinião de Dent sobre sua imagem pública, Bruce Wayne aprecia os novos esforços do promotor público em nome da cidade. Nolan comenta: “Parecia mais lógico para nós que Bruce inicialmente visse Batman como uma cruzada de curto período, como um símbolo para inspirar as pessoas de bem de Gotham a retomar sua cidade. Em Harvey Dent, ele finalmente vê a resposta que procurava. Harvey é o herói de que Gotham precisa, um herói com rosto, não um que usa máscara”. No entanto, afirma Thomas: “Há uma certa quantidade de oportunismo pessoal acontecendo também, porque se Harvey Dent for bem-sucedido, então talvez Bruce possa deixar de ser Batman. Talvez haja um mundo em que ele possa retornar a uma vida normal. Há uma grande parte dele que deseja pendurar sua capa. Se Bruce gostaria realmente de pendurar a capa de Batman neste ponto, eu não sei. Acho que nem ele sabe. Porém, há certamente uma parte dele que sente que começou algo que saiu de controle, e Harvey Dent pode ser sua única esperança de ser capaz de terminar”. Para Bruce Wayne, uma chance de uma vida normal também significa uma oportunidade de futuro com o amor de sua vida, Rachel Dawes, que também trabalha para Dent como promotora pública assistente. Nesse sentido, o promotor público não é uma esperança, mas um obstáculo, porque Rachel está envolvida com ele profissional e romanticamente também. “Com relação a Rachel, há uma contradição nos sentimentos de Bruce por Dent. Embora ele respeite Dent, outra parte de Bruce só quer nocauteá-lo”, diz Bale. “Por isso, o lado ideológico de Bruce e seu lado muito humano estão novamente em desacordo um com o outro”, acrescenta. Escolhida para o papel de Rachel, Maggie Gyllenhaal observa: “Rachel tomou a decisão dolorosa de que é impossível para ela estar com Bruce enquanto ele for o Batman. Então, Harvey Dent entra em sua vida, e ela fica louca por ele. Acho que a admiração dela por Harvey, ao contrário de Batman, ou em vez do que Bruce Wayne está fazendo como Batman, é porque ele não é um justiceiro. Ele não está se colocando acima da lei pelo que acredita, que é, no fundo, o melhor para as pessoas de Gotham. Em vez disso, Harvey acredita no sistema, mesmo que ele seja imperfeito, e trabalhará dentro do sistema para alterar as coisas que estão corrompidas. Acho que é por isso que Rachel o ama e pensa que ele é um herói à sua própria maneira. Ao mesmo tempo, ela ainda ama genuinamente Bruce e obviamente sabe que ele está apaixonado por ela, por isso é uma situação realmente desagradável. 12 “Para mim eles são Christian Bale e Aaron Eckhart, e ambos estão espetaculares, então como atriz foi fácil conviver com essa situação desagradável”, diz Gyllenhaal com uma risada. “O fato de eu querer fazer parte do filme teve quase tudo a ver com Chris Nolan e o restante do elenco. Desde o início, Chris era muito envolvente e estava muito interessado em minhas idéias para o papel. Ele tinha certeza de que queria que Rachel fosse inteligente e capaz, e não a donzela em apuros, embora ela esteja em apuros algumas vezes. Incentivamos um ao outro de formas diferentes para tornar Rachel quem ela é”, completa. “Maggie é uma atriz fantástica. Sempre adorei seu trabalho e queria uma oportunidade de trabalhar com ela, e o papel de Rachel neste filme parecia uma combinação perfeita. Maggie tem muita inteligência, maturidade e é muito carinhosa; e também, é claro, adorável! Você realmente acredita nela neste papel. Acho que ela transmitiu de forma excelente o conflito de Rachel entre esses dois homens na vida dela, e pode-se ver porque os dois homens naturalmente se sentem atraídos por ela. Rachel tem um passado com Bruce, e ele sempre estará no coração dela, mas também ama Harvey e pode vislumbrar um futuro com ele”, afirma Nolan. Porém, tudo isso muda em um instante quando um incidente chocante transforma o respeitável Harvey Dent no horrivelmente deformado DuasCaras, que agora só tem uma motivação: vingança. “Algo terrível acontece e altera tudo em sua vida e o ódio assume o controle. Ele tira força e dor de seu pesar e se prepara para matar os vilões, ou quem ele agora identifica como vilões. Ele ainda quer justiça, mas agora ele a busca fora da lei de acordo com a qual um dia viveu. Não penso nele puramente como um vilão da forma que o Coringa é. No momento em que Harvey se torna Duas-Caras, seu ponto de vista está tão distorcido que começa a ver o Coringa como uma personalidade semelhante à sua, e o Coringa sabe que tem Harvey onde quer. É uma ótima cena, e Heath fez um trabalho maravilhoso. Como ator, foi emocionante trabalhar com ele. O desempenho de Heath tornou esse Coringa um personagem do cinema inesquecível. Ele era tudo que se poderia desejar em um arquivilão terrível como o Coringa; e, apesar disso, foi completamente original”, diz Eckhart. Nolan observa: “O Coringa é aterrorizante porque parece não haver motivo para o que ele faz. Ele é simplesmente uma força da natureza em ação. Com Duas-Caras, você vê sua transformação e compreende de onde vêm a raiva e a dor. Aaron fez um trabalho extraordinário ao interpretar o desenvolvimento trágico de Harvey Dent e Duas-Caras; ele nos conduz por essa viagem emocional”. Afora o exemplo óbvio de Harvey Dent/Duas-Caras, o diretor analisa: “Há várias dualidades no filme, e há vários relacionamentos duplicados. O 13 relacionamento entre Batman e o Coringa é interessante, como é o relacionamento entre Harvey Dent/Duas-Caras e o comissário Gordon”. Repetindo seu papel em Batman Begins, Gary Oldman interpreta o comissário Jim Gordon, o chefe da Unidade de Crimes Hediondos da Polícia de Gotham. “Gary é um ator notável. Gordon poderia ter sido um papel direto em comparação, especialmente cercado pelos personagens mais excêntricos e bizarros, mas Gary trouxe muitas nuances para sua atuação”, diz Roven. Nolan comenta: “No primeiro filme, Gordon era um personagem muito reservado. Ele exigia um ator que pudesse interpretar um papel importante de forma muito sutil e comedida. Fiquei entusiasmado por conseguir trazer Gary de volta como Gordon, mas em uma história que desafia mais o personagem e permite que Gary mostre mais daquilo que ele é tão bom em fazer”. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Gordon está enfrentando pressão cada vez maior de todos os lados no início da recente escalada de crime, mas, como um policial de carreira, ele sabe que sua primeira e melhor opção é seguir seus instintos, que lhe dizem para confiar em Batman. Ele compreende que Batman agora representa algum perigo para Gotham, porém acredita que Batman pode ser sua salvação em última análise, especialmente com a chegada do Coringa. “A polícia nunca se viu diante de nada semelhante ao Coringa. Ele não está interessado em dinheiro nem mesmo em poder, no sentido comum da palavra. O que interessa ao Coringa é o caos, ele faz o que faz pela diversão. Como você policia alguém assim?”, indaga Oldman. Thomas acrescenta: “Gordon não confia completamente em Harvey Dent ainda, porque nunca houve um político em Gotham que não fosse corrupto de alguma maneira. Ele sabe que algo precisa ser feito e decide que Batman é sua melhor opção porque conhece as intenções dele e tem fé que as coisas melhorarão a longo prazo”. Bruce Wayne tem dois outros aliados confiáveis em sua vida: seu leal mordomo, Alfred Pennyworth, que, desde que os pais foram assassinados, tem sido essencialmente o único pai que Bruce conheceu; e o brilhante Lucius Fox, que hoje é o diretor executivo da Wayne Enterprises, e também inventor do arsenal de alta tecnologia de Batman. Os atores premiados com o Oscar® Michael Caine e Morgan Freeman retornam como Alfred e Lucius, respectivamente, tendo interpretado os mesmos papéis em Batman Begins. Como confidentes mais próximos de Bruce Wayne, Alfred e Lucius conhecem a verdade, porém a responsabilidade acompanha essa informação privilegiada. Cada um à sua maneira, também servem como mentor, defensor e algumas vezes como a consciência de Bruce. “A ligação entre eles é muito clara, mas você vê os lados diferentes de seus relacionamentos. Lucius Fox está completamente ciente do que Bruce está fazendo como Batman e aprova 14 em grande parte. Porém, no decorrer do filme, testamos os limites do que Lucius acha aceitável em relação ao que Bruce faz como Batman”, realça Nolan. Freeman observa: “Vejo Lucius como uma mente prática para fazer o que precisa ser feito para facilitar a missão desse homem. Batman se apresentou como um defensor da justiça, e depois que ele estabeleceu essa idéia e o mundo passou a contar com ele, ele precisa assumir a responsabilidade. Mas Lucius questiona se há limites para o que ele faria para ajudar Bruce a vencer esse desafio”. Por outro lado, diz Nolan: “Alfred acredita firmemente no que Bruce está fazendo e o incentiva a levar isso ainda além, caso necessário, porque Alfred crê que é a coisa certa a ser feita. É claro que Alfred também está preocupado com o lado humano de Bruce, porque Alfred o criou desde garoto, mas tenta não deixar seus temores pela segurança pessoal de Bruce serem um obstáculo ao orientá-lo a prosseguir com seu objetivo”. Bruce Wayne conta a Alfred que, como um símbolo, Batman não pode ter limites. “Mas para Alfred, Bruce é uma pessoa de verdade e portanto possui limitações”, diz Caine. “Bruce é como um filho para ele, e você sempre vê seus filhos como crianças, mesmo quando eles já cresceram. Por isso, é claro, Alfred se preocupa com o que ele está fazendo. Penso em Alfred como o anjo da guarda de Bruce, não só fisicamente, mas psicológica e moralmente. Há questões reais aqui, e Alfred muitas vezes o critica por isso. O relacionamento de Alfred com Bruce é muito humano e também, acho, muito bem-humorado”, diz Caine com um sorriso. O diretor observa que o humor de Alfred surge naturalmente: “Michael é um sujeito muito engraçado; nunca trabalhei com um ator que tivesse o tempo da comédia de forma tão natural. Ele sabe exatamente o que fazer com uma fala para obter a maior risada. “Trabalhando com grandes veteranos como Michael Caine e Morgan Freeman, eu me beneficiei imensamente da experiência deles”, continua Nolan. “Eles têm uma presença tranqüila no set, e simplesmente inspiram todos ao redor a estarem em sua melhor forma. Foi um privilégio trabalhar com eles no primeiro filme e uma honra tê-los de volta para Batman – O Cavaleiro das Trevas”, diz. Também fazem parte do elenco principal: Eric Roberts, como Maroni, um dos cabeças do cartel criminoso de Gotham; Chin Han como Lau, um magnata dos negócios asiático, que faz ao sindicato do crime de Gotham uma oferta irrecusável; Nestor Carbonell como o prefeito de Gotham; e Anthony Michael Hall como um repórter de televisão. Cillian Murphy também retorna em uma participação especial como Espantalho. 15 Nolan resume: “O elenco é uma reunião excelente de alguns dos atores mais extraordinariamente talentosos que trabalham no cinema, tornando a experiência empolgante para todos os envolvidos. Isso gerou uma ótima atmosfera no set, e era mágico assistir a atores com muitas abordagens diferentes se reunirem e trabalharem arduamente em busca dos mesmos objetivos”. “Vai querer o Bat-Pod, senhor?” “Em pleno dia, Alfred? Não é muito sutil.” Na tela, Lucius Fox ganha o crédito por fornecer a Batman o cinturão de combate ao crime de última geração, seu novo e aperfeiçoado Batuniforme, armas e diferentes meios de transporte. Na vida real, contudo, o crédito vai para Chris Nolan e as equipes de design por trás das câmeras, lideradas pelo desenhista de produção Nathan Crowley e a figurinista Lindy Hemming, e também pelo supervisor de efeitos especiais Chris Corbould e sua equipe, que transforma design em função. Chris Nolan observa: “Com Batman Begins, precisávamos mostrar como coisas como o Batmóvel e o Bat-uniforme foram desenvolvidas. Ao mesmo tempo, não exploramos completamente todos os dispositivos, então, ao continuar a história, o que conseguimos fazer foi mostrar como ele se torna ainda mais tecnológico, permanecendo verossímil. O que gosto no Batman é que ele não tem superpoderes, exceto sua fortuna extraordinária. Olhando para isso desse ponto de vista, se você tem recursos financeiros infinitos e, portanto, muito poder em termos materiais, como você poderia aplicar isso na criação de alguns dispositivos surpreendentes e técnicas de combate ao crime, todas elas ainda baseadas em ciência de verdade e na lógica do mundo real?” Nolan e Crowley haviam anteriormente redesenhado o lendário Batmóvel do Cruzado Encapuzado para Batman Begins, criando uma espécie de mistura de Lamborghini e Humvee. O carro robusto definitivo, o Batmóvel — apelidado de Tumbler — combina o poder e o manuseio de um carro esportivo com uma estrutura mais próxima à de um tanque blindado. Andando sobre seis pneus de caminhão “monstro”, o Batmóvel não tem eixo frontal, permitindo fazer curvas mais fechadas. Embora pese duas toneladas e meia, ele pode pular até 1,8 metro de altura e 18 metros de comprimento, partindo no instante que toca o chão. O Batmóvel pode também fazer de zero a 96 km/h em cinco segundos. Apesar de o Batmóvel permanecer como uma presença formidável em Batman – O Cavaleiro das Trevas, o filme apresenta o mais novo veículo de 16 Batman, o Bat-Pod, uma máquina em duas rodas pesadamente armada e de alta potência. “É claro que teríamos o Batmóvel de volta, mas queríamos dar ao Batman algo novo, um meio de transporte muito exótico e de aparência muito poderosa. É um veículo de duas rodas, mas definitivamente não é uma motocicleta. O Bat-Pod é essencialmente para o mundo de motocicletas o que o Tumbler é para o mundo dos carros”, compara Nolan. Rápido e manobrável pelas ruas de Gotham, o Bat-Pod também é capaz de enfrentar todos os terrenos. Tem os mesmos pneus de caminhão “monstro” encontrados no Batmóvel e fica em pé sozinho, significando que não precisa de suporte. Bem equipado para situações hostis, ele conta com armas em ambos os lados: canhões explosivos de 40 mm, metralhadoras calibre .50 e lançadores de arpão. O desenho original do Bat-Pod foi fruto da imaginação de Crowley e Nolan. Com pouco mais do que o conceito básico na cabeça, os dois fugiram para o quartel-general de design favorito, também conhecido como a garagem de Nolan, para definir os detalhes. Crowley lembra: “Nós concluímos, ‘Vamos tentar; vamos construí-lo em tamanho natural’. E assim fizemos. Conseguimos algumas ferramentas e montamos um modelo em tamanho natural de qualquer coisa que pudéssemos encontrar que fosse adequada”. É claro, Nolan e Crowley ainda não faziam idéia se a invenção deles poderia realmente correr. Foi aí que a equipe de efeitos especiais, encabeçada por Chris Corboud, entrou. Corbould relata: “Primeiramente, lembro quando Chris Nolan me mostrou seu plano para o Batmóvel. Não tinha idéia de como o faríamos funcionar, embora ele tenha sido muito bemsucedido ao final. Então, quando recebi sua ligação me pedindo para dar uma olhada em algo que ele chamava de ‘Bat-Pod’, pensei, ‘O que você inventou dessa vez?’” Corbould voou para Los Angeles, chegou à garagem de Nolan, e a primeira vez que olhou para Nolan e o modelo de Crowley do Bat-Pod “quase chegou às lágrimas”, conta Crowley, rindo. “Ele parecia aterrorizado ao pensar que precisaria realmente mecanizar aquela coisa. Nós ficávamos trazendo xícaras de chá, e ele só permanecia sentado lá, olhando para ela, como se dissesse: 'Ah, meu Deus, a que horas sai o próximo vôo?’ Era o conflito comum de design versus engenharia”, continua. Como se revelou, Crowley não estava distante em sua avaliação do estado de espírito de Corbould. “Eu fiquei estupefato. Fiquei lá silenciosamente, fingindo que estava ponderando, mas o pensamento que percorria minha cabeça era que os dois tinham que estar com um parafuso a menos. Onde eu ia colocar um trem de força? E com aquelas rodas imensas, aquela coisa poderia realmente ser guiada? Havia muitos problemas”, admite Corbould. 17 Apesar dessas preocupações, Corbould retornou a Londres, onde ele e sua equipe começaram a discutir formas de dar vida ao Bat-Pod. Depois de algumas tentativas e erros, eles desenvolveram o Bat-Pod final, que era surpreendentemente próximo ao modelo rudimentar que Nolan e Crowley tinham construído originalmente. Nolan confessa: “Realmente não devia funcionar, mas de alguma forma Chris e sua equipe encontraram uma forma de fazer funcionar”. “O engraçado é que acho que nem Chris nem Nathan já andaram de motocicleta na vida, por isso eles estavam completamente alheios à mecânica necessária para fazer aquela coisa se mover. De certa forma foi benéfico, porque eles não estavam direcionados para uma motocicleta mais ortodoxa, mesmo que de maneira inconsciente. O fato de que eles não tinham conhecimento de mecânica ajudou-os a criar esse veículo estranho e maravilhoso”, diz Corbould. Na verdade, ser capaz de dirigi-lo era um problema totalmente diferente. Nolan confirma: “O produto final que Chris e sua equipe criaram era muito impressionante, muito eficaz e funcionou muito bem, mas incrivelmente difícil de montar e guiar”. Para manobrar o Bat-Pod, o motorista tinha que aprender a inclinar o corpo para frente, quase horizontalmente, e guiar com seus cotovelos, em vez dos pulsos. Na verdade, a única pessoa que foi capaz de dominar o Bat-Pod foi o piloto-dublê profissional Jean-Pierre Goy. Corbould comenta: “Trabalhei com Jean-Pierre algumas vezes, e ele é um dos melhores pilotos de moto no mundo, se não for o melhor. Imediatamente, ele entrou totalmente na atitude mental de aprender sobre essa máquina. Ele disse, 'Não vou pilotar outra motocicleta até terminar essa seqüência’, porque ele tinha que se concentrar nas características de manejo exclusivas do Bat-Pod. Estaria mentindo se dissesse que mesmo para ele foi fácil pilotar, mas o visual foi espetacular quando o fez, por isso valeu o esforço”. “Preciso de um novo uniforme. Não estou falando de moda, sr. Fox, mas de funcionalidade.” “Você quer mobilidade para virar a cabeça…” A silhueta de Batman é uma imagem indefectível, reconhecida instantaneamente até mesmo pelo observador mais distraído. Chris Nolan e a figurinista Lindy Hemming sabiam que era importante preservar aquela imagem ao desenvolver e atualizar a roupa de Batman em Batman – O Cavaleiro das Trevas. 18 Investindo em uma roupa ainda mais confortável e com maior flexibilidade, Hemming e sua equipe fizeram pesquisas intensivas sobre os uniformes usados por pilotos de motocross, bem como sobre as armaduras usadas pelo exército. “Queríamos que o novo traje do Batman fosse mais maleável, mais flexível, um equipamento que permitisse a respiração do corpo, uma espécie de armadura moderna em vez de uma simples roupa de borracha”, diz Hemming, referindo-se ao material de neoprene utilizado na fabricação da roupa de Batman em Batman Begins. O novo uniforme de Batman é composto de 110 peças separadas. A camada da base da roupa foi feita com um material fabricado a partir de uma liga de poliéster, empregado pelos fabricantes de fardas militares e de roupas de alta tecnologia por conta das propriedades permeáveis. Em seguida, peças soltas e flexíveis, feitas à base de uretano, foram acopladas à liga para compor a superfície da armadura. Para proteção adicional, pedaços feitos de fibra de carbono – leves, apesar de serem incrivelmente fortes e resistentes – foram colocados dentro de alguns dos pedaços de uretano na calça do uniforme, no peito e no abdômen. Para ilustrar a evolução da roupa do Batman de Batman Begins até Batman – O Cavaleiro das Trevas, o supervisor do figurino Graham Churchyard, observa: “Havia três componentes principais na roupa do Batman em Batman Begins, enquanto que, no novo filme, há mais de cem deles, o que evidencia a complexidade do uniforme. Além disso, todas as peças soltas tiveram de ser feitas a partir de um modelo, que foi criado em gesso. Cada pedaço, depois, teve de ser replicado dezenas de vezes para os inúmeros uniformes fabricados e usados na produção. Foi um trabalho minucioso”. A pedidos, tanto de Nolan quanto de Bale, a principal missão de Hemming era modificar o uniforme para permitir maior mobilidade da cabeça e do pescoço. “No passado, Batman sempre teve de mexer os ombros para poder virar a cabeça, então aquele detalhe foi primordial”, afirma Bale. A solução, aparentemente simples, foi separar o capuz do resto da roupa, mas o uniforme tinha de parecer uma coisa só, de forma a não comprometer a silhueta imponente do Cavaleiro das Trevas. De maneira geral, o novo design cabia perfeitamente em Bale. “Tudo ficou muito mais confortável e menos claustrofóbico do que a primeira roupa. Também me permitiu mais agilidade e possibilidades de movimentos, o que contribuiu para as cenas de ação e as seqüências de luta. Mas, ainda assim, me dava uma sensação de invencibilidade”, ele reconhece. “Acabamos nos sentido protegidos e mais poderosos quando vestimos a roupa do Batman. Simplesmente funciona”. Em relação às lutas e à proteção, a nova e melhorada roupa garantiu muito mais do que simplesmente uma flexibilidade a mais. Ela também trouxe 19 uma variedade de dispositivos para ajudar Batman em sua luta contra o crime, incluindo uma espécie de quilha afiada que pode ser projetada para fora e arremessada a partir das luvas em seu antebraço; lentes que funcionam como um sonar visual que descem junto com o capuz de Batman, permitindo-lhe ver imagens tridimensionais enquanto esconde os olhos atrás de proteções brancas que brilham no escuro. O único elemento no design da roupa que permaneceu intocável foi a capa. Hemming comenta: “Passamos muito tempo desenvolvendo a capa certa para o primeiro filme, e não estávamos dispostos a mudá-la”. A capa, no entanto, ganhou uma novidade: ela pode dobrar-se toda, virando uma espécie de mochila e depois soltar-se ao toque de um comando, efeito obtido por meios digitais. Ainda que a imagem de Bruce Wayne não seja tão icônica como a de seu alterego, ele também tem o seu estilo próprio de vestir, influenciado por sua condição financeira e social. Para vestir o homem por trás da máscara, Hemming teve a colaboração do lendário estilista Giorgio Armani. “Chris Nolan e eu queríamos que Bruce Wayne tivesse uma aparência elegante”, conta Hemming. “Achávamos que a marca Giorgio Armani seria emblemática para o visual clássico e contemporâneo que buscávamos para o personagem. Escolhemos os tecidos e trabalhamos diretamente com o sr. Armani e sua equipe para fabricar um guarda-roupa inteiro de ternos, feitos sob medida para o personagem”. Tal como Bruce Wayne, Bale se veste com a mais nova linha Armani, a Giorgio Armani Hand Made-to-Measure. Cada terno carrega o tradicional selo feito especificamente para cada um dos clientes, neste caso, o Giorgio Armani for Bruce Wayne. Harvey Dent, certamente, não tem a mesma condição financeira de Bruce Wayne, mas Hemming conta que, ainda assim, seu figurino deveria denotar certo ar de autoridade e confiança. “Nós o vestimos de maneira simples, mas em ternos impecáveis feitos pelo (Ermenegildo) Zegna”. A figurinista pôde ousar muito mais ao escolher a roupa do Coringa, modificando o visual familiar do personagem para refletir a geração do ator que o interpretou. Hemming explica: “Logo que soube que o Coringa seria interpretado por Heath Ledger, quis que o figurino tivesse um estilo mais jovem, mais descolado do que o das versões anteriores. Basicamente, pesquisei Vivienne Westwood, Johnny Rotten, Iggy Pop, Peter Doherty e Alexander McQueen. Colecionei todo tipo de imagens”. Finalmente, Hemming bolou um conjunto eclético que ela define da seguinte forma: “Ele é um pouco vaidoso, com um pouco de atitude grunge”. Na palheta de cores da roupa do Coringa, vemos o roxo do sobretudo, usado sobre um colete verde. Quando varia um pouco, ele usa uma jaqueta mais 20 leve que foi inspirada no visual da Carnaby Street. A camisa foi fabricada com uma estampa que Hemming pinçou em um mercado de antigüidades. Os sapatos do Coringa vieram de Milão e foram selecionados pela figurinista porque tinham uma leve inclinação para cima no lugar do dedão do pé, o que poderia ser um resquício dos sapatos de palhaço. A gravata foi confeccionada a partir de um tecido trançado segundo especificações de Hemming pela Turnbull & Asser, confecção londrina conhecida por fornecer roupas à realeza britânica. “Heath queria que ela fosse fina, então a gravata tem uma inspiração dos anos 1960, porém num tecido da Turnbull & Asser. Ouso afirmar que é a gravata mais esquisita já confeccionada pela Turnbull & Asser”, Hemming diverte-se. “Quando Heath chegou e mostramos a ele todos os acessórios e peças de roupa do figurino, ele achou tudo muito original e mergulhou no papel”. A maquiagem do Coringa também mudou bastante em relação às versões do passado. Ainda que o indefectível rosto branco e sarcástico tenha permanecido, a maquiagem para Batman – O Cavaleiro das Trevas tinha como objetivo um visual mais descontrolado, o que contribui para a figura chocante que ele representa. O rosto do Coringa é coberto por pancake branco quebradiço e umedecido em algumas partes. Os olhos têm maquiagem pesada preta, e um irregular sorriso vermelho no rosto é pintado a partir da boca até as bochechas, sempre deixando à vista as terríveis cicatrizes por baixo. O cabelo é pintado em um sutil, porém perceptível, tom de verde. O responsável pelo cabelo e maquiagem, Peter Robb-King, observa: “Evidentemente, o público tinha uma expectativa em relação à aparência do Coringa, mas ele queria ir fundo, por assim dizer, no que o personagem representa para a história. Ele é um ser que sofreu traumas em todos os sentidos possíveis da palavra, então era primordial que criássemos um visual que não fosse, com perdão da palavra, um ‘coringa’ banal”. O responsável pela maquiagem de Heath Ledger, John Caglione Jr., compara a aplicação da maquiagem no ator a uma “dança”. Ele descreve: “Heath fazia inúmeras expressões com o rosto, levantava as sobrancelhas, espremia os olhos, e eu pintava com o branco sobre as contorções faciais dele. Esta técnica criava texturas e expressões que não seriam obtidas com um rosto liso, inexpressivo. Daí, eu usava maquiagem preta ao redor dos olhos de Heath enquanto ele os fechava bem firmemente, o que criava texturas faciais bastante consistentes. Depois que o preto era aplicado, eu borrifava água nos olhos, e ele os espremia e balançava a cabeça para a tinta preta escorrer e borrar o rosto”. A maquiagem do Coringa também representa um avanço revolucionário na aplicação de próteses, desenvolvidas e aplicadas pelo supervisor de próteses Conor O’Sullivan e pelo designer de próteses Robert Trenton. “Eles 21 usaram um novíssimo processo baseado em silicone que permite que as próteses sejam aplicadas na pele de tal forma que parecem costuradas a ela”, explica Robb-King. “É simplesmente incrível, porque podemos dar um close com a câmera – até mesmo uma IMAX, de alta definição – e não há falhas”. O’Sullivan revela: “Demoramos quase dois anos para desenvolver esta tecnologia, mas, depois de alguns erros, acertamos na mosca. Agora, somos capazes de produzir pedaços de silicone que são aplicados diretamente na pele. E ele se mistura perfeitamente à pele; se não revelamos o truque, ninguém consegue perceber as modificações”. Além disso, o novo processo diminui significativamente o tempo gasto na aplicação das próteses antigas. O’Sullivan confirma: “As próteses do Coringa demorariam, pelo processo antigo, de três a quatro horas para serem aplicadas. Em vez disso, levávamos 25 minutos e o resultado era bem superior, o que foi maravilhoso”. As máscaras de palhaço para a gangue do Coringa foram esculpidas individualmente, moldadas e, em seguida, pintadas a mão. Curiosamente, os realizadores tiveram de aprender que cada rosto de palhaço é registrado e de propriedade da pessoa que a criou originalmente. Dessa forma, todas as máscaras dos palhaços do filme tiveram de ser inéditas; nenhuma delas poderia ser copiada de rostos de palhaços existentes. Os efeitos gráficos na maquiagem do personagem Duas-Caras envolviam uma combinação de próteses e efeitos visuais. Robb-King e sua equipe trabalharam de perto com o supervisor de efeitos visuais Nick Davis para representar o dano feito ao rosto de Harvey Dent, que é tão grave que não poderia ser obtido apenas com as próteses. Eckhart recorda: “Foi interessante para mim porque, com a tecnologia, não precisava gastar horas na maquiagem todos os dias. Todo o processo foi feito sem tanto esforço, pelo menos para mim”, diz, sorrindo. “Usar a tecnologia IMAX para filmar algumas das cenas de ação nos deu grandes possibilidades em relação ao cenário para a história, e o resultado é uma experiência de grande imersão”. Christopher Nolan A produção de Batman – O Cavaleiro das Trevas começou, efetivamente, semanas antes do início oficial da fotografia principal. Elenco e realizadores foram até as locações em Chicago para começar a filmar a seqüência inicial do filme: um dramático assalto a banco que mostra o fervor criminal do Coringa. As cenas seguintes foram marcos para o cinema, porque Christopher Nolan tornou-se o primeiro diretor a usar câmeras em tecnologia 22 IMAX para filmar seqüências em um longa-metragem tradicional. “Sempre tive vontade de filmar com IMAX”, relata Nolan. “Via apresentações em IMAX nos museus e coisas do gênero, e achava o formato completamente impressionante. A limpidez e a definição das imagens são diferentes de tudo já visto anteriormente, então pensei que, se pudesse rodar um longametragem com câmeras IMAX – e não apenas filmar com filmes 35mm e simplesmente projetar em telas IMAX –, o público entraria de fato na história”. Emma Thomas observa: “Quando pensamos em alguns dos filmes IMAX, lembramos que já levaram estas câmeras até o Monte Everest, ao fundo do oceano, astronautas já o carregaram para o espaço... Se eles conseguiram isso, certamente poderíamos filmar nas ruas de Chicago com uma câmera IMAX”. Como em qualquer primeira vez, Nolan e seu diretor de fotografia de longa data, Wally Pfister, sabiam que filmar nas ruas de Chicago com câmeras IMAX seria um desafio, a começar pelo tamanho do equipamento. “As câmeras são enormes e muito mais pesadas do que uma câmera de 35mm”, confirma Pfister. “Tivemos que desenvolver uma abordagem completamente diferente, mas, como ocorre com qualquer desafio na produção cinematográfica, não podíamos nos intimidar e desistir facilmente. Fomos pouco a pouco avançando até conseguirmos tudo”. Para Nolan e sua equipe, este primeiro “pouco” foi a filmagem das cenas da seqüência inicial do filme. Pfister lembra: “A semana que passamos filmando a seqüência do assalto ao banco foi uma espécie de escola de IMAX para nós”. Eles passaram no teste. Filmar o prólogo do filme com câmeras IMAX não apenas satisfazia, como também excedia todas as expectativas, então os realizadores decidiram filmar inúmeras outras cenas com o novo equipamento, o que incluía a maioria das seqüências de ação. A equipe de Pfister teve de encontrar uma maneira de fixar o aparelho de forma a não somente capturar, mas também seguir a ação. Eles foram atrás do pessoal da Ultimate Arm, os premiados criadores da câmera acoplada ao guindaste giroestabilizado acionado por controle remoto. Os técnicos da Ultimate Arm reforçaram a cabeça do guindaste, de forma que este pudesse agüentar o peso das câmeras IMAX. Pfister revela: “Filmamos a maioria das seqüências com o Bat-Pod com o Ultimate Arm, o que nos deu mobilidade com a câmera, que subia, descia e girava em torno do Bat-Pod para garantir imagens estonteantes”. O carpinteiro principal da produção, Mike Lewis, também criou um equipamento mais firme que permitia à equipe de filmagem montar as pesadas câmeras IMAX nos capôs dos carros, nas laterais dos caminhões ou em qualquer outro lugar que fosse necessário. Todos os encaixes regulares para as 23 câmeras tiveram de ser reforçados para agüentar o peso das câmeras IMAX. Nolan e Pfister também contaram com a ajuda do operador da steadicam Bob Gorelick, que, segundo Pfister, “fez um trabalho excelente ao conseguir que aquela câmera ficasse no lugar”. Com os avanços da tecnologia a seu favor, o diretor de fotografia pensou que o simples peso da câmera IMAX o impossibilitaria de fazer qualquer tomada com câmera na mão, mas Nolan tinha outras idéias em mente. Pfister comenta: “No início da pré-produção, Chris disse para mim, ‘Em algum momento você precisa tentar segurar uma daquelas câmeras IMAX só para dizer que tentou’. E eu dizia, ‘De jeito nenhum! Eu não vou colocar essa coisa nos meus ombros’. Mas ele ficou insistindo e me importunando para que eu tentasse até que finalmente cedi, e decidi que deveria dar-lhe uma chance. Acabei fazendo uma tomada com a câmera na mão, correndo na frente de uma equipe da S.W.A.T. para dentro de um prédio. Além de conseguir filmar a cena, acho que Chris ficou muito orgulhoso por ter me convencido a fazê-lo”. “Conseguimos usar o formato IMAX sem ter de abrir mão do formato que usaríamos com as câmeras menores. A tecnologia não diminuiu o ritmo das filmagens e foi muito animador ver as coisas serem realizadas”, diz Nolan. Além do esforço despendido para carregar as câmeras, houve outros fatores que tiveram de ser repensados com o formato maior de filme. “A composição das tomadas é completamente diferente, porque o quadro é muito maior, então precisamos centrar mais as coisas para prender a atenção do público na ação que se desenrola na cena. E o foco é muito mais crítico, porque a profundidade de campo é drasticamente reduzida”, esclarece Pfister, acrescentando que o quadro em tamanho maior também influenciou diretamente a iluminação. “Um dos maiores desafios em filmar com o IMAX é tentar esconder as luzes. Com o quadro expandido, o campo de visão também é aumentado para os lados, e de cima a baixo, então não podemos colocar as luzes onde normalmente colocaríamos. Temos de colocá-las atrás dos objetos e em qualquer outro lugar onde possamos escondê-las”. O tamanho e a claridade das filmagens em IMAX afetaram outros departamentos também. Nathan Crowley observa: “Filmar em IMAX significa um grande bônus para um desenhista de produção, porque o público acaba percebendo detalhes que antes passariam despercebidos. A expectativa é enorme, ou seja, propositadamente, tivemos de caprichar nos tetos rebaixados e nos chãos, que tinham de estar tinindo e bem encerados, porque tudo apareceria no quadro. Tínhamos de garantir que os acabamentos estivessem muito bem feitos, porque qualquer poeira no chão seria vista”. Todos concordaram que o resultado final compensou o esforço de ter de aprender a lidar com esta nova tecnologia. “A diferença é visível”, garante 24 Pfister. “É mais apurado; a resolução é melhor, o contraste também ganha uma saturação de cor mais rica. A imagem, no todo, tem melhor qualidade, seja com projeção em uma tela IMAX ou em uma tela convencional. Acho que a ação irá pular para fora das telas em qualquer sala de cinema”. “Dando continuidade à história de Batman, achávamos importante sair de Gotham para enxergá-la como um centro urbano mundial”. Christopher Nolan Com Batman – O Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan foi em busca da expansão do mundo de Batman de forma literal, ao transferir a ação do confinamento de um estúdio para as infinitas possibilidades que as locações de verdade oferecem. “Estávamos atrás de maneiras de expandir o escopo do filme. Estava determinado a levar as locações muito além do que fizemos em Batman Begins”, diz o diretor. “O mundo real é construído em uma escala impossível de ser reproduzida em um estúdio”. Assim como em Batman Begins, a cidade de Chicago novamente virou a fictícia cidade de Gotham. “Passei parte da minha vida em Chicago, então é uma cidade que conheço bem e da qual gosto muito. Ela é famosa pela arquitetura e também é uma cidade muito fácil para se rodar um filme. Ficamos lá durante três semanas para Batman Begins, mas desta vez estávamos dispostos a ficar por lá durante meses e a ajuda e incentivo que obtivemos da administração da cidade foram extraordinários”, conta Nolan. Chuck Roven confirma: “Não tenho palavras para agradecer ao prefeito Daley, ao Departamento de Cinema de Chicago nem, principalmente, aos habitantes da cidade, que não poderiam ter sido mais animados e mais receptivos conosco. Eles cooperaram 100 por cento e nos permitiram fazer coisas inacreditáveis nas ruas. Sempre fomos muito gratos e sempre tentamos respeitar o privilégio que nos foi concedido”. Indiscutivelmente, a façanha mais incrível que a cidade permitiu que a produção fizesse foi um feito inédito: a rotação de um trailer-trator de 12 metros, de ponta a ponta, justamente no coração da zona financeira da cidade, mais precisamente na LaSalle Street. Quando Chris Corbould viu o caminhão girar da maneira que era descrita no roteiro, ele pensou: “Tentei fazer com que Chris cedesse em alguns pontos – como talvez fazer um giro menor no caminhão ou usar um em escala pequena –, mas ele não estava disposto a abrir mão de nada daquilo”. 25 Nolan responde: “Finalmente, um dia disse a ele, ‘Chris, o caminhão tem de ser um de 18 rodas. E sei que você conseguirá um jeito de fazer isso, porque você é assim, e é isso que você vai fazer’”. A primeira ordem era se certificar de que o trabalho dos dublês seria possível na cena. “Depois de cerca de seis semanas de cálculos, estávamos prontos para fazer um teste de verdade”, Corbould lembra. “Fomos a um campo a céu aberto, fizemos o caminhão andar a toda velocidade e apertamos o botão, e ele simplesmente zarpou do chão. Fui até Chris Nolan depois para lhe dizer que havia funcionado perfeitamente”. De qualquer forma, os realizadores estavam cientes de que havia uma enorme diferença entre girar um caminhão no meio do nada e fazer o mesmo em uma rua no meio da cidade. Antes que pudessem adicionar os dublês, os engenheiros da cidade foram convocados para garantir que a força necessária para girar o caminhão não afetaria a estrutura da rua, incluindo as inúmeras linhas que correm por debaixo do asfalto. Uma vez que os parâmetros de segurança foram determinados, a produção obteve o sinal verde. Quando chegou a noite em que se acrescentaria o trabalho dos dublês, o caminhão fez um giro completo, rendendo aplausos de elenco e equipe técnica. “Foi algo impressionante de se assistir, o caminhão voando e aterrissando no local exato em que Chris havia dito que ele aterrissaria”, observa Nolan. “Em seu topo, parecia um arranha-céu construído ali, e ele continuou o movimento, com muita graciosidade. Nunca vi nada parecido com aquilo”. A seqüência mais explosiva do filme envolvia a implosão de um edifício inteiro, o que foi realizado no prédio da fábrica Branch’s Candy, desativada na época. Corbould e sua equipe juntaram-se à empresa de demolição Controlled Demolition Inc., dirigida por Doug Loizeaux, para criar a explosão. Corbould relata: “Chris não queria que o prédio desabasse como uma pirâmide de cartas, ou seja, como uma demolição convencional. Trabalhei com Doug, que bolou um sistema para que o prédio desabasse em uma espécie de onda, em uma seqüência. Em seguida, acrescentamos elementos de efeitos especiais para que a cena ficasse ainda mais espetacular”. Para os realizadores, a segurança era sempre prioridade. As principais preocupações envolviam o tráfego de carros nos arredores, bem como as linhas de trem ativas que corriam próximo ao edifício. A produção entrou em contato com as companhias de trem e coordenou os horários dos trens para garantir que nenhum carro passasse no momento da explosão. O trânsito das ruas próximas também foi interditado para manter curiosos e transeuntes longe da implosão. Além disso, a cena exigia um ônibus perto da explosão, então telas de policarbonato foram acopladas às janelas do ônibus para 26 garantir que, mesmo se elas quebrassem, nenhum caco de vidro voaria para dentro do ônibus, repleto de atores da produção. Em locação em Chicago, os realizadores também levavam vantagem com algumas das características marcantes da cidade, como a mundialmente renomada arquitetura local e as ruas desniveladas. Nolan fez um bom uso das ruas paralelas, que ficam em níveis diferentes, para a emocionante cena da perseguição de carros entre o Coringa, a polícia e o Batman. A eletrizante perseguição contou com uma variedade de carros, caminhões oficiais e um desembestado caminhão de 18 rodas descendo ruas movimentadas como as partes alta e baixa da rodovia Wacker, as partes baixas das ruas Randolph, Columbus e LaSalle. Durante a perseguição, o Batmóvel chega a tomar uma rota alternativa pela recém-remodelada estação de trem sob o parque Millennium. Batman – O Cavaleiro das Trevas é o quarto filme de Nathan Crowley na “Cidade do vento” e o desenhista de produção observa: “A arquitetura de Chicago é fenomenal; todos os grandes arquitetos do último século trabalharam lá. E é incrivelmente cinematográfica”. Crowley escolheu dois edifícios assinados pelo famoso arquiteto Mies van der Rohe para alocar uma parte das filmagens. O edifício da IMB foi o local para a Wayne Enterprises Boardroom, o escritório de Harvey Dent, o gabinete do prefeito e do da Delegacia de Polícia, enquanto o lobby do Hotel One Illinois Plaza virou a principal área de convivência da nova cobertura de Bruce Wayne. Logicamente, utilizar o andar do lobby para ambientar a cobertura significava que os efeitos visuais teriam de criar vistas da cidade como se fossem do último andar de um prédio. O quarto de Bruce foi construído separadamente no 39º andar do Hotel 71, na parte leste da rodovia Wacker. Bruce e Alfred se instalaram na cobertura porque a propriedade de Wayne ainda está em construção depois de ter sido destruída por um incêndio. Nolan comenta: “Ao final de Batman Begins, Bruce diz que reconstruirá a propriedade tijolo por tijolo. E aquilo demoraria um longo tempo, então seria muito inverossímil se ele já tivesse se mudado de volta para a casa. Também houve um período, nas histórias em quadrinhos, em que Bruce Wayne morou em uma cobertura no centro da cidade, então usamos isso como um ponto de partida. Queríamos que ele ficasse na cidade, porque esta história é muito urbana e achávamos importante colocar Bruce no meio de tudo”. A cobertura, definitivamente, tem arquitetura mais moderna do que a da propriedade da família Wayne. Crowley explica: “Tivemos acesso aos andares mais modernos do hotel, e achamos que aquele estilo da arquitetura 27 seria mais apropriado para o drama que estávamos querendo contar. É frio e desabitado; não há qualquer sinal de aconchego naquele ambiente”. Nolan acrescenta: “Bruce vive uma vida muito solitária, de certa forma, então a decoração árida da cobertura tinha o objetivo de refletir tal estado de espírito”. As filmagens em Chicago também foram realizadas em locais como o Convention Hall, no McCormick Place West, o qual se tornou o enorme depósito da Wayne Enterprises’ Applied Science Division; o Navy Pier, que foi o local de uma cena dramática envolvendo cidadãos de Gotham em pânico; e o antigo Chicago Post Office, empregado em inúmeras cenas, incluindo a seqüência inicial do assalto ao banco. Além destas locações, o exterior da Trump Tower, cuja construção estava no início na época das filmagens, foi usado na crucial cena do embate entre Batman e Coringa. O interior da estrutura do edifício foi cuidadosamente recriado na Inglaterra, em Cardington – o hangar de aeronaves adaptado que agora é usado como estúdio –, onde a luta foi filmada efetivamente. Despontando dentre os arranha-céus de Chicago, a torre da Sears foi o lugar escolhido para as filmagens de uma sublime seqüência externa, e Christian Bale não perderia a oportunidade de ficar no topo do mais alto prédio dos Estados Unidos. O ator recorda: “Eu ouvi meu dublê, Buster Reeves, comentando que ele estava a caminho da torre da Sears para filmar aquela seqüência, e eu disse, ‘Sinto muito, de jeito nenhum. Essa eu tenho que fazer’. Quando teria outra oportunidade de ficar no topo de 110 andares, com vista de toda Chicago? É engraçado, e um tanto perigoso o quão rapidamente eu me senti em casa lá em cima, e como não me intimidei em andar pela beira do precipício, olhando lá para baixo”. Longe de ficar preocupado, Nolan entendeu a decisão de seu protagonista de agarrar a oportunidade única. “Christian gosta de se desafiar e eu sabia que não o estaríamos colocando em nenhum perigo real. Era perfeitamente seguro; apenas exigia coragem para ficar lá no topo. Certamente, eu não o faria, mas Christian parecia estar gostando de filmar lá e as cenas acabaram ficando lindas. E, depois de tudo isso, andar por um andaime em um prédio de Hong Kong seria moleza”. Batman – O Cavaleiro das Trevas envia Batman ao Extremo Oriente em uma missão para prender um magnata internacional do mundo financeiro, que vem controlando os mais poderosos grupos criminosos de Gotham. As cenas foram rodadas em Hong Kong, inicialmente no magnífico edifício IFC2, o mais alto da cidade. “Eu gostava da idéia de enviar Batman a um lugar exótico”, diz Nolan. “Já havíamos feito isso com Bruce Wayne no primeiro filme, antes de ele se tornar o Batman, mas queria mostrar o personagem Batman fora do universo da cidade de Gotham. Estive em Hong Kong muitos 28 anos atrás em um festival de cinema, e me lembrava que a cidade tinha ótimas locações. É um lugar incrivelmente visual, o que o torna ideal para filmagens cinematográficas”. Para algumas cenas de interior, a produção recorreu aos estúdios de Cardington, onde um enorme set de filmagens foi construído; o bunker do Batman, que substituiu temporariamente a caverna, já que Bruce e Alfred agora moram em uma cobertura. Com o teto repleto de luzes fluorescentes, o bunker “parece uma gigantesca caixa de luzes”, segundo a descrição de Wally Pfister, “o que, obviamente, facilitou o meu trabalho em relação à iluminação”. Crowley observa que, já que sua nova casa era no meio da cidade, Batman precisava de uma nova sede. “Ele não poderia ficar indo até sua caverna, então bolamos a idéia de um bunker que tem semelhanças arquitetônicas com a cobertura, no sentido de também ser vasto e simples. Basicamente, é uma enorme caixa de concreto, onde tudo acaba saindo das paredes e retornando. Ainda assim, ele deveria ter um visual interessante. Trabalhamos muito as proporções e a perspectiva, o que foi muito divertido”, explica. Christopher Nolan observa: “Cada etapa na realização de um filme dessa envergadura apresenta seus desafios, porém também tem suas recompensas. É muito emocionante viajar pelo mundo e andar em helicópteros, andar no Batmóvel pelas ruas de Chicago. Vez ou outra, preciso me lembrar do quão maravilhoso é o privilégio de fazer parte de tudo isso”. Outro elemento crítico no design de Batman – O Cavaleiro das Trevas não é visto, mas ouvido. “A engenharia de som do filme foi extremamente complicada”, ressalta Nolan. “Havia uma enorme quantidade de elementos envolvidos na mixagem do som e há momentos em que é difícil detectar o que é sonoplastia e o que é música”, ele garante. “Há imensas seqüências no filme em que usamos trilha sonora mínima ou nenhuma. Foi um desafio e tanto para o nosso engenheiro de som, Richard King, e sua equipe criarem a enormidade de sons diferentes para provocar reações emocionais que, normalmente, são dadas por meio da música. O final do filme conta com uma trilha repleta de música, mas só chegamos a este ponto à medida que a própria ação progride”. Os compositores Hans Zimmer e James Newton Howard, co-autores da trilha de Batman Begins, voltaram a trabalhar na trilha de Batman – O Cavaleiro das Trevas. Nolan conta: “Gosto que a trilha sonora de um filme denote a idéia de evolução que acontece paralelamente na ação da trama, e Hans e James foram incríveis neste aspecto. Como eles não costumam assistir às filmagens finais, eles nos dão as peças musicais que meu editor, Lee Smith, e eu levamos para a etapa da edição. É um processo muito orgânico, que exige muito dos compositores, e que eles conseguiram realizar muito bem”. 29 Assim como em Batman Begins, Zimmer e Howard dividiram as tarefas para Batman – O Cavaleiro das Trevas; Zimmer ficou encarregado de compor o tema do Coringa e Howard foi responsável pela dupla personalidade de Harvey Dent/Duas-Caras. Eles também fizeram modificações na trilha geral, evitando qualquer estereótipo de trilha heróica. Segundo Zimmer: “Batman, em minha opinião, não é um super-herói típico, então quis evitar qualquer coisa ‘super’ na música. Sempre penso na simbologia do morcego. É a representação icônica do Batman, mas, ao mesmo tempo, é obscura e simples”. “Batman é um personagem muito complexo”, Howard acrescenta. “Ainda o estamos conhecendo, então tentar adicionar qualquer tema musical que o defina de alguma maneira seria um erro”. Nolan conclui: “Para mim, Batman tem um apelo e sempre foi capaz de fascinar platéias porque é um personagem com o qual as pessoas se identificam. Referem-se a ele como um super-herói, mas, na verdade, ele é um herói autofabricado. Acho também que é a fantasia do homem que, por meio do simples desejo e de autodisciplina, transformou-se de um simples ser humano em uma figura heróica. É um mito muito comovente”. # # # SOBRE O ELENCO CHRISTIAN BALE (Bruce Wayne/Batman) nasceu no País de Gales e cresceu na Inglaterra e nos Estados Unidos. Ele estreou nos cinemas no épico da Segunda Guerra “Império do Sol”, de Steven Spielberg. O trabalho de Bale até a presente data inclui “Henrique V”, “Retrato de Uma Mulher”, “O Agente Secreto”, “Metroland”, “Velvet Goldmine”, “All the Little Animals”, “Psicopata Americano”, “Shaft”, “O Capitão Corelli”, “Reino de Fogo”, “Rua das Tentações”, “The Machinist – O Operário”, “Batman Begins”, “O Novo Mundo”, “O Grande Truque”, “Tempos de Violência”, “O Sobrevivente” e “Os Indomáveis”. Bale acaba de finalizar o trabalho em “Public Enemies”, do diretor Michael Mann. Atualmente, ele está trabalhando em “Terminator Salvation”, sob a direção de McG. MICHAEL CAINE (Alfred) é um dos mais estimados e premiados atores da indústria cinematográfica, com uma carreira de mais de meio século e beirando mais de 100 filmes realizados. Duas vezes vencedor do Oscar®, Caine levou para casa o primeiro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante pelo 30 trabalho em “Hannah e Suas Irmãs”, pelo qual também recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao BAFTA. Ele levou para casa o segundo Oscar® de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel em “Regras da Vida”, que também lhe rendeu um Prêmio SAG e indicações ao Globo de Ouro e ao BAFTA. Além disso, Caine foi indicado ao Oscar® de Melhor Ator outras quatro vezes, a primeira em 1966 pela atuação no papel que dá título ao filme “Alfie – Como Conquistar Mulheres”, que também lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro e um prêmio no New York Film Critics Award. Ele recebeu a segunda indicação ao Oscar®, bem como ao Globo de Ouro e na premiação do Evening Standard, pelo papel de Milo Tindle em “Um Jogo de Vida ou Morte”, de 1972. O papel em “O Despertar de Rita” lhe valeu a terceira indicação ao Oscar®, além de um Globo de Ouro e outro BAFTA. As mais recentes indicações ao Oscar®, ao Globo de Ouro e ao BAFTA vieram pelo papel em “O Americano Tranqüilo”, de 2002, pelo qual ele também ganhou um prêmio do London Critics Circle. Anteriormente, ganhou um Globo de Ouro e um prêmio do London Critics Circle, bem como uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, pelo filme “Laura – A Voz de Uma Estrela”. Mais recentemente, Caine ganhou outro prêmio do London Critics Circle pela atuação em “O Grande Truque”, que marcou a segunda vez em que o ator trabalhou com o diretor Christopher Nolan – a primeira, em 2005, foi no arrasa-quarteirão “Batman Begins”. Os trabalhos mais recentes de Caine incluem “O Sol de Cada Manhã”, de Gore Verbinski, “Filhos da Esperança”, de Alfonso Cuarón, e a refilmagem de “O Grande Truque”, de 2007, na qual ele passou para o outro lado do balcão em relação ao papel original, interpretando o adversário de Milo, Andrew. Caine nasceu Maurice Micklewhite, no sul de Londres, em 1933, filho de um transportador de peixes e de uma faxineira. O interesse pelas artes cênicas veio cedo e, aos 16 anos de idade, ele deixou a escola e teve uma série de empregos inusitados em empresas locais de cinema, na esperança de um dia ser descoberto. Aos 18 anos, ele foi recrutado pelo Serviço Nacional para o Regimento Real e para os Fuzileiros Reais. Logo após a dispensa, em 1953, Caine foi atrás da carreira de ator, adotando o nome artístico a partir do filme “A Nave da Revolta”. Começando nos palcos, ele excursionou pelo Reino Unido em uma variedade de peças, à medida que papéis melhores começavam a surgir em sua carreira, tanto em filmes britânicos como em programas de televisão. Em 1964, Caine conseguiu o primeiro papel importante em um filme, interpretando o tenente Gonville Bromhead em “Zulu”. No ano seguinte, estrelou o thriller de sucesso “O Arquivo Confidencial”, que lhe deu a primeira indicação ao BAFTA ao interpretar o agente secreto Harry Palmer. No entanto, foi a atuação indicada ao Oscar® no filme dos anos 1960, “Alfie – Como Conquistar as Mulheres”, que o lançou ao estrelato internacional. No 31 final da década de 1960, ele estrelou 11 filmes, incluindo as seqüências de “O Arquivo Confidencial”, “Funeral em Berlim” e “O Cérebro de Um Milhão de Dólares”; “Gambit”, com uma indicação ao Globo de Ouro®; “O Incerto Amanhã”; “Sete Vezes Mulher”; “A Força Sinistra”; “O Mago”; “Uma Saída de Mestre”; e “A Batalha Britânica”. Nas duas décadas seguintes, Caine estrelou mais de 40 filmes, incluindo “Assim Nascem os Heróis”, “X, Y e Z”, contracenando com Elizabeth Taylor; “Um Jogo de Vida ou Morte”, com Laurence Olivier; “O Homem que Queria Ser Rei”, de John Huston; “Dois Vigaristas em Nova York”; “Uma Ponte Longe Demais”, de Richard Attenborough; a comédia de Neil Simon “Califórnia Suíte”; “Hannah e Suas Irmãs”, de Woody Allen, pelo qual recebeu seu primeiro Oscar®; “Vestida Para Matar”, de Brian De Palma; “Fuga Para a Vitória”, de John Juston; “Armadilha Mortal”, de Sidney Lumet; “O Despertar de Rita”; “Feitiço do Rio”, de Stanley Donen; “O Documento Holcroft”, de John Frankenheimer; “Monalisa”, de Neil Jordan; e “Os Safados”, pelo qual recebeu uma indicação ao Globo de Ouro. Nos 15 anos seguintes, Caine estrelou filmes como a comédia de elenco “Impróprio para Menores”; “Sangue & Vinho”; “Laura – A Voz de Uma Estrela”; “Contos Proibidos do Marquês de Sade”; “Miss Simpatia”; “Austin Powers – O Homem do Membro de Ouro”; “O Americano Tranqüilo”; e, dirigidos por Lasse Hallström, “Lições Para Toda a Vida” e “Regras da Vida”, pelo qual ganhou o segundo Oscar®. Na televisão, Caine ganhou indicações tanto ao Emmy® como ao Globo de Ouro® pelos dois papéis que dão nome ao título do telefilme “Jekyll & Hyde”, e pela interpretação do presidente sul-africano F.W. de Klerk no drama histórico “Mandela e De Klerk”. Ele também foi indicado ao Globo de Ouro® pelo papel no telefilme “Jack – O Estripador” e ao Emmy® pelo docudrama “World War II: When Lions Roared”. Tabém escritor, Caine escreveu uma autobiografia intitulada What’s It All About?, bem como Acting on Film, livro baseado em uma série de leituras que ele faz no canal BBC. HEATH LEDGER (Coringa) foi indicado ao Oscar® pelo trabalho no drama de Ang Lee “O Segredo de Brokeback Mountain”. Pela atuação como Ennis Del Mar, Ledger também ganhou indicações ao Globo de Ouro®, ao Independent Spirit, ao BAFTA e ao Screen Actors Guild, além de inúmeras premiações de grupos de críticos. Em 2007, Ledger foi visto em “Não Estou Lá”, de Todd Haynes, pelo qual ele dividiu um prêmio Robert Altman no Independent Spirit Awards de 2008. 32 Em seus créditos constam filmes como “Candy”, “Casanova”, “Os Irmãos Grimm”, “Os Reis de Dogtown”, “O Devorador de Pecados”, “Ned Kelly”, “Honra e Coragem”, “A Última Ceia”, “Coração de Cavaleiro”, “O Patriota”, “10 Coisas Que Eu Odeio em Você”, que apresentou pela primeira vez o ator nascido na Austrália para o público americano. GARY OLDMAN (James Gordon) interpretou pela primeira vez o papel do comissário da polícia de Gotham em “Batman Begins”. Ele também deu origem ao papel de Sirius Black em “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” e retomou o papel em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e “Harry Potter e a Ordem da Fênix”. Oldman começou a carreira em 1979, nos palcos de Londres. Entre 1985 e 1989, ele atuou exclusivamente no teatro londrino Royal Court e, em 1985, foi contemplado com o prêmio de Melhor Revelação pela revista Time Out pelo papel em “The Pope’s Wedding”. Naquele mesmo ano, ele dividiu o prêmio de Melhor Ator do London Critic’s Circle com Anthony Hopkins. Em 1986, Oldman estreou no cinema com o filme “Sid e Nancy – O Amor Mata”, ganhando o Evening Standard na categoria Revelação Mais Promissora do Cinema Britânico pela interpretação da lenda do punk rock, Sid Vicious. No ano seguinte, ele estrelou “O Amor Não Tem Sexo”, de Stephen Frears, levando o prêmio de Melhor Ator do London Film Critics Circle pela interpretação do destrutivo dramaturgo britânico Joe Orton. Desde então, ele se tornou um dos atores mais respeitados da indústria, com papéis tanto em sucessos comerciais quanto em filmes independentes aclamados. No início da carreira, Oldman estrelou filmes como: “Track 29 – Passatempo Mortal”, de Nicolas Roeg; “Inocente ou Culpado”; “Chattahoochee – Sobrevivente da Prisão”; “Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos”, de Tom Stoppard, pelo qual recebeu uma indicação no Independent Spirit Awards na categoria de Melhor Ator; “Um Tiro de Misericórdia”; “Henry e June – Delírios Eróticos”; de Oliver Stone, “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar”, no qual interpretou Lee Harvey Oswald; e o papel que dá título ao filme “Drácula de Bram Stoker”, de Francis Ford Coppola. Oldman também teve papéis memoráveis em filmes como “Amor À Queima-Roupa”, de Tony Scott; “O Sangue de Romeu”; “O Profissional” e “O Quinto Elemento”, ambos dirigidos por Luc Besson; “Minha Amada Imortal”; “Assassinato em Primeiro Grau”; “A Letra Escarlate”, de Roland Joffe; “Basquiat – Traços de Uma Vida”, de Julian Schnabel; “Força Aérea Um”, de Wolfgang Petersen; a versão cinematográfica de “Perdidos no Espaço”; e “Hannibal – A Origem do Mal”, de Ridley Scott. Em 1995, Oldman e o sócio Douglas Urbanski inauguraram a produtora The SE8 Group, que produziu o longa-metragem que marcou a estréia de 33 Oldman na direção, “Violento e Profano”, com roteiro também assinado por ele. O filme foi convidado a abrir a 50ª edição do Festival de Cinema de Cannes, em 1997, na competição principal, e rendeu à atriz Kathy Burke o prêmio de Melhor Atriz no festival. Além disso, Oldman faturou dois BAFTA, nas categorias Melhor Filme Britânico e Melhor Roteiro; o Prêmio de Direção do Channel 4, no Festival Internacional de Cinema de Edimburgo; e o Prêmio Empire na categoria Melhor Filme de Estréia. Ele também foi o produtor executivo e atuou no filme “A Conspiração”, produzido pelo SE8 Group e duas vezes indicado ao Oscar®, uma ao prêmio do Screen Actos Guild, na categoria Melhor Ator Coadjuvante, para Oldman. Na televisão, Oldman ganhou uma indicação ao Emmy pela participação especial como um ator alcoólatra no seriado de comédia de grande sucesso “Friends”. Seus trabalhos mais antigos na televisão incluem os telefilmes “Meantime”, dirigido por Mike Leigh, e “The Firm”, dirigido por Alan Clarke. AARON ECKHART (Harvey Dent) ganhou indicações ao Globo de Ouro® e ao Independent Spirit Awards pelo papel de um politicamente incorreto lobista da indústria do tabaco em “Obrigado Por Fumar”, de 2005, que marcou a estréia de Jason Reitman na direção. Recentemente, Eckhart estrelou o mistério baseado em um assassinato real “Dália Negra”, de Brian De Palma; a comédia romântica “Sem Reservas”, contracenando com Catherine ZetaJones; e o filme independente “Meet Bill”. Em seguida, trabalhou em “Towelhead”, e “Travelling”, com Jennifer Aniston. Eckhart estudou teatro e cinema na Universidade Brigham Young, onde conheceu o roteirista e diretor Neil LaBute, que lhe deu inúmeros papéis em montagens ao longo dos anos. Em 1997, Eckhart chamou a atenção da crítica e do público ao estrelar o primeiro longa-metragem de LaBute, “Na Companhia de Homens”. O controverso longa-metragem rendeu críticas em todos os cantos e arrebatou diversos prêmios, incluindo um do Independent Film para Eckhart na categoria Melhor Ator Estreante. Nos cinco anos seguintes, ele estrelou outros três filmes de LaBute: “Seus Amigos, Seus Vizinhos”, com Ben Stiller e Catherine Keener; “A Enfermeira Betty”, com Reneé Zellweger; e “Possessão”, contracenando com Gwyneth Paltrow. Durante aquela época, Eckhart também recebeu elogios pela atuação memorável como o par romântico da personagem que dá título à aclamada cinebiografia de Steven Soderbergh, “Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento”, estrelada por Julia Roberts. Em seu currículo estão ainda os filmes “Nosso Amor do Passado”, em que contracenou com Helena Bonham-Carter; o drama de ação de John Woo “O Pagamento”, com Ben Affleck e Uma Thurman; “Desaparecidas”, de Ron Howard, com Tommy Lee Jones e Cate Blanchett; “O Núcleo – Missão ao 34 Centro da Terra”, com Hilary Swank; “A Promessa”, de Sean Penn, com um elenco estelar, incluindo Jack Nicholson e Vanessa Redgrave; “Em Um Domingo Qualquer”, de Oliver Stone; e “Molly – Experimentando a Vida”, contracenando com Elisabeth Shue. Nos palcos, Eckhart participou da montagem de Michael Christopher para “Amazing Grace”, na qual contracenou com Marsha Mason. MAGGIE GYLLENHAAL (Rachel Dawes) emergiu, nos últimos anos, como uma das mais requisitadas atrizes da indústria, recebendo elogios pelo seu trabalho, tanto em lançamentos de grandes estúdios, como em longasmetragens independentes. Em 2002, ela estrelou ao lado de James Spader no provocativo “A Secretária”, que estreou com críticas positivas no Festival de Cinema de Sundance. A atuação de Gyllenhaal no papel da secretária do título lhe trouxe inúmeros elogios, indicações ao Globo de Ouro® e ao Independent Spirit, e prêmios do Boston Film Critics e do National Board of Review. Além disso, ela ganhou o prêmio de Estreante Mais Promissor, do Chicago Film Critics, instituição que também reconheceu seu trabalho em outros filmes: “Adaptação”, de Spike Jonze, e “Confissões de Uma Mente Perigosa”, de George Clooney. Gyllenhaal recebeu a segunda indicação ao Globo de Ouro®, bem como a prêmios de festivais internacionais, pelo papel no longa-metragem independente “SherryBaby”, de 2006. Naquele mesmo ano, ela estrelou a aclamada comédia dramática de Marc Forster “Mais Estranho Que a Ficção”, com Will Ferrell, Emma Thompson, Queen Latifah e Dustin Hoffman; o drama verídico dirigido por Oliver Stone “As Torres Gêmeas”; e um dos curtas da antologia “Paris, Te Amo”. Gyllenhaal também emprestou sua voz para a animação indicada ao Oscar® “A Casa Monstro”. Em seu currículo estão ainda “Totalmente Apaixonados”, de Bart Freundlich, estrelado por David Duchovny e Julianne Moore; “Finais Felizes”, de Don Roos, com Lisa Kudrow no elenco; “A Casa dos Bebês”, de John Sayles; e “O Sorriso de Monalisa”, no qual ela contracenou com Julia Roberts, Kirsten Dunst e Julia Stiles, sob a direção de Mike Newell. Igualmente bem-sucedida no teatro, Gyllenhaal estrelou a peça de Tony Kushner “Homebody/Kabul”, encenada em Los Angeles e no Brooklyn Academy of Music. Anteriormente, ela interpretou o papel de Alice na premiada peça de Patrick Mauber “Closer”, primeiramente em cartaz no Berkeley Repertory Theatre e, em seguida, no Mark Taper Forum, em Los Angeles. Em seus créditos também está incluída a montagem de “Antônio e Cleópatra”, no Vanborough Theatre, em Londres. Gyllenhaal ainda era adolescente quando estreou no cinema com “Terra D’Água”, estrelado por Jeremy Irons e Ethan Hawke. Em seguida, ela 35 apareceu na irônica sátira ao universo de Hollywood, “Cecil Bem Demente”, que a levou ao papel de coadjuvante no thriller fantástico “Donnie Darko”. Em 1999, enquanto ainda investia na carreira de atriz, Gyllenhaal formou-se na Universidade de Columbia, onde ela estudou Literatura. MORGAN FREEMAN (Lucius Fox) ganhou um Oscar® na categoria Melhor Ator Coadjuvante pelo papel em “Menina de Ouro”, de Clint Eatswood, pelo qual ele também ganhou indicações ao Screen Actors Guild (SAG) e Globo de Ouro. Ele já foi agraciado com outras três indicações ao Oscar®, o primeiro pela atuação arrepiante como o cafetão homicida no drama de 1987 “Armação Perigosa”, o qual também lhe rendeu prêmios dos associações dos críticos de Los Angeles, de Nova York e dos Estados Unidos, além de um Independent Spirit na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, bem como a primeira indicação ao Globo de Ouro®. A segunda indicação ao Oscar® foi por “Conduzindo Miss Daisy”, de 1989, que lhe valeu um Globo de Ouro® e um prêmio do National Board of Review na categoria Melhor Ator. A terceira indicação ao Oscar® foi pela atuação no drama de 1994 “Um Sonho de Liberdade”, dirigido por Frank Darabont, filme que rendeu a Freeman indicações também ao Globo de Ouro® e ao prêmio do SAG. Além de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, Freeman também está no elenco do thriller de ação que promete se tornar um grande sucesso, “O Procurado”. Ele também estará em vários filmes ainda por estrear, incluindo “The Code”, “The Lonely Maiden”, o qual também produz; e “The Human Factor”, o qual ele irá co-produzir, além de interpretar Nelson Mandela, contracenando com Matt Damon. Os trabalhos recentes de Freeman incluem “Antes de Partir”, dirigido por Rob Reiner e estrelado por Jack Nicholson; “Banquete do Amor”, de Robert Benton; “Medo da Verdade”, de Ben Affleck; “Xeque Mate”; “Um Lugar para Recomeçar”, de Lasse Hallström, com Robert Redford e Jennifer Lopez no elenco; “Batman Begins”, de Christopher Nolan; “Cão de Briga”, filme de Luc Besson com a ação de Jet Li; e a comédia “Todo Poderoso”, e sua seqüência, “A Volta do Todo Poderoso”. Ele também emprestou sua indefectível voz para “A Guerra dos Mundos”, de Steven Spielberg, e para o documentário vencedor do Oscar® “A Marcha dos Pingüins”. Dentre os seus primeiros filmes, destacam-se “A Soma de Todos os Medos”; “Crimes em Primeiro Grau”; “Na Teia da Aranha”; “A Enfermeira Betty”; “Impacto Profundo”; “Tempestade”; “Amistad”, dirigido por Steven Spielberg; “Beijos Que Matam”; “Seven – Os Sete Crimes Capitais”; “Os Imperdoáveis”, de Clint Eastwood; “Tempo de Glória”; “Meu Mestre, Minha Vida”; “Marcas de Um Passado”; “Marie – A Verdade de Uma Mulher”; “Escola da Desordem”; “Meu Pai, Eterno Amigo”; e “Brubaker – Um Homem Contra o Sistema”. 36 Em 1993, Freeman estreou na direção com “Bopha! À Flor da Pele” e, logo depois, inaugurou a Revelations Entertainment. A mais recente produção que leva o selo da produtora é a comédia de Brad Silberling “Um Astro em Minha Vida”, em que Morgan contracena com Paz Vega. Nascido em Memphis, nos Estados Unidos, o ator iniciou a carreira nos palcos de Nova York no início dos anos 1960, depois de uma temporada trabalhando como mecânico na Força Aérea. Uma década depois, ele se tornou conhecido em todo o país por conta do popular personagem da televisão Easy Reader, no popular programa infantil “The Electric Company”. Durante a década de 1970, ele continuou o trabalho nos palcos, vencendo os prêmios Drama Desk e Clarence Derwent, além de uma indicação ao Tony pela atuação em “The Mighty Gents”, em 1978. Em 1980, ganhou o Prêmio Obie pela interpretação do anti-herói shakespeariano Coriolano, no Festival de Shakespeare de Nova York, e pelo trabalho em uma montagem de “Mãe Coragem e Seus Filhos”. Freeman ganhou outro Obie em 1984, pela interpretação do Mensageiro na aclamada produção da Academia de Música do Brooklyn do musical de Lee Breuer “The Gospel at Colonus” e, em 1985, levou o Prêmio Drama-Logue pelo mesmo papel. Em 1987, Freeman interpretou o papel de Hoke Coleburn na peça vencedora do Pulitzer, “Conduzindo Miss Daisy”, escrita por Alfred Uhry, o que lhe rendeu o seu quarto Obie. Em 1990, Freeman estrelou como Petruchio no Festival de Shakespeare de Nova York na montagem de “A Megera Domada”, na qual contracenou com Tracey Ullman. De volta aos palcos, Freeman atualmente estrela na Broadway, junto a Frances McDorman e Peter Gallagher, o drama de Clifford Odett “The Country Girl”, sob a direção de Mike Nichols. SOBRE OS REALIZADORES CHRISTOPHER NOLAN (diretor/roteirista/produtor) é um realizador premiado que tem tido o seu trabalho como diretor e roteirista reconhecido. Nolan começou a filmar cedo, com a câmera Super-8mm de seu pai. Enquanto estudava Literatura Inglesa na University College London, Nolan rodou filmes em 16mm na sociedade de cinema da UCL, adquirindo técnicas de filmagem em condições adversas, o que lhe seria útil logo em seu primeiro longa-metragem, “Following”. O thriller noir de pequeno orçamento foi um grande sucesso em inúmeros festivais internacionais de cinema, incluindo os de Toronto, Roterdã, o Slamdance, e o de Hong Kong, antes de seu lançamento nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França e em outros países. 37 O segundo filme de Nolan foi o longa-metragem independente – também de baixo orçamento – “Amnésia”, estrelado por Guy Pearce, CarrieAnn Moss e Joe Pantoliano e dirigido a partir de roteiro escrito pelo próprio Nolan, que, por sua vez, é baseado em um conto de seu irmão Jonathan. O filme recebeu inúmeras críticas positivas, além de indicações ao Oscar® e ao Globo de Ouro® na categoria Melhor Roteiro Original, e dois prêmios Independent Spirit nas categorias Melhor Diretor e Melhor Roteiro, além de uma indicação ao prêmio do Directors Guild of America. Além disso, ele ganhou prêmios de Melhor Roteiro de vários grupos de críticos, incluindo o de Los Angeles, o de Londres, o de Chicago e o Broadcast Film Critics Association, bem como o prêmio de Roteirista do Ano pelo American Film Institute, e o Prêmio Waldo Salt de Melhor Roteiro, no Festival de Cinema de Sundance de 2001. A seguir a “Amnésia”, Nolan dirigiu o thriller psicológico aclamado pela crítica “Insônia”, estrelado pelos vencedores do Oscar® Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank. Com este filme, Nolan ganhou o prêmio do London Critics Circle na categoria de Melhor Diretor do Ano. Em 2005, Nolan foi um dos roteiristas e o diretor de “Batman Begins”, estrelado por Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Gary Oldman e Morgan Freeman. O arrasa-quarteirão reinventou a franquia de Batman, agradando tanto aos críticos como aos fãs e pavimentando o caminho para “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Mais recentemente, Nolan dirigiu, co-roteirizou e produziu o thriller de mistério “O Grande Truque”, estrelado por Hugh Jackman, Christian Bale, Scarlett Johansson e Michael Caine. A revista Empire Magazine elegeu Nolan o Melhor Diretor do Ano por conta deste filme, o qual também recebeu indicações ao Oscar® pelas extraordinárias direção de arte e fotografia. Atualmente, Nolan mora em Los Angeles com a esposa, a produtora Emma Thomas, e seus filhos. CHARLES ROVEN (produtor) vem construindo, há mais de duas décadas, uma carreira bem-sucedida como produtor, tanto de filmes independentes como de grandes produções. Ele é um dos fundadores da Atlas Entertainment, que nos últimos dez anos fez parte do Mosaic Media Group, uma empresa de gerência integrada de produtos multimídia, como cinema e televisão, na qual ele fazia parte do conselho fundador. “Batman – O Cavaleiro das Trevas” reúne Roven à equipe do aclamado arrasa-quarteirão “Batman Begins”, que ele produziu em 2005. Dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman e Gary Oldman, “Batman Begins” ocupou o primeiro lugar 38 nas bilheterias por duas semanas consecutivas, arrecadando mais de US$370 milhões em todo o mundo. Além de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, Roven produziu a recémlançada comédia de ação “Agente 86”, dirigida por Peter Segal e estrelada por Steve Carell e Anne Hathaway, que dão vida a Maxwell Smart e à Agente 99, respectivamente. O filme estreou em primeiro lugar nas bilheterias americanas. Ele também produziu o thriller dramático “The International”, com previsão de estréia para o início de 2009, com Clive Owen e Naomi Watts no elenco e direção de Tom Tykwer. No início de 2008, Roven produziu o thriller criminal aclamado pela crítica “Efeito Dominó”, dirigido por Roger Donaldson e estrelado por Jason Statham e Saffron Burrows, e que estreou no topo da bilheteria do Reino Unido. Em seus créditos estão o musical “Idlewild – Malandros Acima da Lei”, estrelado por Andre Benjamin (Andre 3000), do Outkast, e Antwan Patton (Big Boi); e “Os Irmãos Grimm”, dirigido por Terry Gilliam e estrelado por Matt Damon e Heath Ledger. Anteriormente, Roven produziu uma série de filmes, incluindo o sucesso de US$275 milhões, “Scooby-Doo – O Filme”, seguido da segunda parte, “Scooby-Doo 2 – Monstros À Solta”; a aclamada fábula do pós-Guerra do Golfo “Três Reis”; a fantasia romântica que foi um sucesso de bilheterias “Cidade dos Anjos”, que arrecadou US$ 200 milhões nas bilheterias de todo o mundo; e “Os 12 Macacos”, de Terry Gilliam, estrelado por Bruce Willis e Brad Pitt, este último em um papel que lhe rendeu uma indicação ao Oscar® e um prêmio no Globo de Ouro®. Roven começou a carreira como empresário de profissionais da indústria, levando, em seguida, a sensibilidade aguçada no trabalho com artistas para a seara da produção. Em 2008, foi agraciado com o prêmio da ShoWest de Produtor do Ano pelas contribuições para a indústria. EMMA THOMAS (produtora) é a produtora por trás dos provocadores sucessos do cinema alternativo “Following” e “Amnésia”, bem como de uma série de grandes lançamentos do cinema, incluindo o arrasa-quarteirão “Batman Begins”. Mais recentemente, Thomas produziu o drama aclamado pela crítica “O Grande Truque”, dirigido por Christopher Nolan. Hugh Jackman, Christian Bale, Scarlett Johansson e Michael Caine estrelaram a história sobre a intensa rivalidade entre dois mágicos que ficam obcecados em ultrapassar um ao outro, resultando em uma atitude autodestrutiva e até em assassinatos. O 39 filme ganhou duas indicações ao Oscar®: uma pela Direção de Arte e outra pela Fotografia. Atualmente, Thomas e o roteirista e diretor Christopher Nolan desenvolvem “The Prisoner”, baseado no programa da BBC dos anos 1960, e “The Exec”, ambos sob o selo da produtora deles, a Syncopy. Thomas estudou na prestigiosa University College London antes de iniciar a carreira na Working Title Films, em Londres, onde ela trabalhou na produção física durante cinco anos. Enquanto trabalhava na Working Title, ela adquiriu sólida experiência em produção para o cinema, o que lhe foi muito útil, pois ela seguiu carreira na produção. O longa-metragem independente “Following” foi um divisor de águas em sua carreira, pois foi o primeiro filme em que trabalhou como produtora. Filmado nos finais de semana ao longo de um ano, “Following” foi o filme feito quase sem orçamento, por excelência. O filme, que teve um orçamento apertado, foi reconhecido em inúmeros festivais ao redor do mundo e teve distribuição internacional. Em seguida, Thomas foi produtora associada do sucesso no mundo todo “Amnésia”. O filme faturou inúmeros prêmios, incluindo um Independent Spirit, um do British Independent Film, e inúmeros reconhecimentos de grupos de críticos na categoria de Melhor Filme. Dando continuidade ao sucesso, Thomas foi uma das produtoras de um lançamento de um grande estúdio, o thriller de sucesso “Insônia”, estrelado por Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank. Em 2005, Thomas produziu “Batman Begins”, estrelado por Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Gary Oldman e Morgan Freeman, sob a direção de Christopher Nolan. O filme ganhou elogios tanto da crítica como do público, pela ousada reinvenção da franquia do Batman, pavimentando o caminho até “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. JONATHAN NOLAN (roteirista) escreve atualmente o roteiro de “Interstellar”, uma aventura de ficção científica, ambientada no espaço e com direção de Steven Spielberg, Nolan nasceu em Londres e cresceu em Chicago. Sua carreira no cinema começou quando ele escreveu o intrigante conto Memento Mori, que foi o ponto de partida para o aclamado drama noir “Amnésia”, estrelado por Guy Pearce. Dirigido por seu irmão, Christopher Nolan, que também assina o roteiro adaptado, “Amnésia” recebeu uma indicação ao Oscar® na categoria Melhor Roteiro Original, bem como o Prêmio Waldo Salt de Melhor Roteiro, no Festival de Cinema de Sundance de 2001, ambos divididos com Christopher. 40 Recentemente, ele foi um dos roteiristas do thriller de mistério “O Grande Truque”, sobre uma nociva rivalidade entre dois mágicos que acaba de forma trágica. Hugh Jackman, Christian Bale e Scarlett Johansson estrelam o drama, sob a direção de Christopher Nolan. DAVID S. GOYER (roteirista) trabalhou com Christopher Nolan primeiramente no roteiro de “Batman Begins”, que ganhou um Prêmio Saturn da Academia de Ficção Científica, Fantasia e Horror. Goyer ficou famoso ao contar histórias centradas nos dramas dos personagens, adaptadas a partir de histórias de super-heróis, de fantasia e de fenômenos sobrenaturais que são trazidas para o cinema. Atualmente, ele trabalha no thriller sobrenatural “The Unborn”, a ser estrelado por Gary Oldman e Odette Yustman, e que ele dirige a partir do próprio roteiro. O primeiro filme de Goyer foi feito em 1998, quando ele escreveu o roteiro da ação de sucesso “Blade – O Caçador de Vampiros”, estrelado por Wesley Snipes e baseado no caçador de vampiros da Marvel Comics que é, ele próprio, um pouco vampiro. Em 2002, ele escreveu “Blade 2 – O Caçador de Vampiros”, também atuando na produção executiva. Ele dirigiu, escreveu e produziu a última parte da trilogia, “Blade Trinity”. Goyer também foi produtor executivo em “Blade – A série”, do Spike TV, a primeira série com roteiro original para o canal. Em 2002, Goyer fez carreira com filmes de ação como sua estréia na direção, “Conduta Ilegal”, uma comédia afiada estrelada por Wesley Snipes, John Leguizamo, Oliver Platt, Natasha Lyonne e Sam Jones III. Além de “Conduta Ilegal” e “Blade Trinity”, Goyer dirigiu o thriller sobrenatural “O Invisível”, de 2007, estrelado por Justin Chatwin e Margarita Levieva. Natural de Ann Arbor, Michigan, nos EUA, Goyer queria escrever livros de histórias em quadrinhos desde pequeno, o que acabou levando-o a transportá-los para as telonas. Ele vendeu o primeiro roteiro de ação aos 22 anos de idade, enquanto ainda estudava na USC, e que acabou se tornando o thriller estrelado por Jean Claude Van Damme “Garantia de Morte”. Dentre os seus primeiros trabalhos, ele assinou o roteiro do aclamado filme “Cidade das Sombras”. A adoração de Goyer por histórias em quadrinhos o fez passar uma temporada de quatro anos em que colaborou para a revista DC Comics. Ele é co-roteiristas de “The Justice Society”, que é um dos maiores sucessos da DC. BENJAMIN MELNIKER (produtor executivo) tem uma longa e duradoura parceria com a DC Comics. Junto ao seu sócio na produção Michael E. Uslan, ele tem sido parte importante do filme sobre o Batman e também sobre os 41 projetos para DVD, mais recentemente servindo como produtor executivo de “Batman Begins”, de Christopher Nolan. Antes disso, ele foi produtor executivo do filme “Batman”, dirigido por Tim Burton e estrelado por Michael Keaton e Jack Nicholson, e “Batman – O Retorno”, estrelado por Keaton, Michelle Pfieffer e Danny DeVito, seguido do filme de Joel Schumacher, “Batman Eternamente”, estrelado por Val Kilmer, Jim Carrey e Tommy Lee Jones, e “Batman e Robin,” estrelado por George Clooney e Arnold Schwarzenegger. Ele também produziu a animação “Batman – A Máscara do Fantasma” e o vencedor do Prêmio Annie “Batman Beyond – O Retorno do Coringa”. Além disso, Melniker foi produtor do thriller dirigido por Francis Lawrence “Constantine”, baseado nos quadrinhos Hellblazer da DC Comics/Vertigo e estrelado por Keanu Reeves. Ele também foi produtor executivo de “A Mulher-Gato” e produtor associado em “A Lenda do Tesouro Perdido”. Atualmente, Melniker é produtor executivo do thriller de ação “The Spirit”, baseado no livro de histórias em quadrinhos de Will Eisner. Dirigido por Frank Miller e estrelado por Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson e Eva Mendes, o filme tem previsão de estréia para o final deste ano. Melniker iniciou a carreira no cinema na Metro-Goldwyn-Mayer e trabalhou no renomado estúdio durante 30 anos: foi vice-presidente executivo da empresa, membro do Conselho de Diretores e de seu Comitê Executivo, e presidente de seu Comitê de Seleção. Durante a temporada na MGM, ele envolveu-se em alguns dos mais memoráveis filmes da indústria, incluindo “Ben-Hur”, estrelado por Charlton Heston; “Doutor Jivago”, “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick; e o musical “Gigi”, dirigido por Vincente Minnelli. Em 1975, Melkiner foi produtor executivo de seu primeiro filme, o drama de ação “Mitchell”, seguido pelo thriller “Shoot”, de 1976, estrelado por Cliff Robertson e Ernest Borgnine. Também tem uma carreira bem-sucedida na televisão, incluindo a criação da série infantil “Onde Está Carmen Sandiego?”, pela qual ganhou o Emmy® de Melhor Programa Infantil Animado; “Harmful Intent”, baseado no livro de Robin Cook; o seriado “Fish Police”, “Swamp Thing” e “Dinosaucers”; e a aclamada minissérie da PBS “Three Sovereigns for Sister Sarah”, baseada na história verídica de do julgamento das bruxas de Salem. MICHAEL E. USLAN (produtor executivo) também é parceiro de longa data da DC Comics. Junto a seu sócio Benjamin Melkiner, Uslan envolveu-se em todos os filmes da franquia de Batman, bem como em outros filmes e projetos de DVD baseados nos títulos do catálogo da DC Comics. 42 Recentemente, ele foi produtor executivo do sucesso “Batman Begins”, de Christopher Nolan, e produziu o thriller “Constantine”, estrelado por Keanu Reeves sob a direção de Francis Lawrence. Antes disso, ele foi produtor executivo em “Batman” e de “Batman – O Retorno”, ambos de Tim Burton e estrelados por Michael Keaton, além de “Batman Eternamente” e “Batman e Robin”, ambos dirigidos por Joel Schumacher. Em seus créditos de produtor executivo estão ainda “A Mulher-Gato”, e os títulos de desenho animado “Batman – O Cavaleiro de Gotham”, “Batman: Abaixo de Zero”, “Batman: O Mistério da Mulher-Morcego”, “Batman vs. Dracula”, “Batman e a Máscara do Fantasma” e “Batman do Futuro – O Retorno do Coringa”, pelo qual ele ganhou um prêmio Annie. Além disso, ele foi produtor associado no arrasaquarteirão “A Lenda do Tesouro Perdido”. Atualmente, Uslan está produzindo o thriller de ação “The Spirit”, baseado nos quadrinhos de Will Eisner. Com previsão de estréia para o final deste ano, o filme é dirigido por Frank Miller e estrelado por Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson e Eva Mendes. Também bem-sucedido na produção para a televisão, Uslan ganhou o Emmy® pela popular série infantil “Onde Está Carmen Sandiego?”, da qual ele foi produtor executivo. Dentre seus outros trabalhos na televisão, destacamse “Harmful Intent”, baseado no livro de Robin Cook, e a aclamada minissérie da PBS “Three Sovereigns for Sister Sarah”, baseada na história verídica do julgamento das bruxas de Salem. Uslan cresceu lendo quadrinhos e até aprendeu a ler com eles. Ele tornou-se uma renomada autoridade na história dos quadrinhos e, na Universidade da Indiana, lecionou o primeiro curso de graduação reconhecido sobre histórias em quadrinhos, tendo escrito como texto de apoio o livro The Comic Book in America. Não demorou muito para que lhe oferecessem um emprego na DC Comics, onde ele realizou seu sonho de escrever livros do Batman. Desde então, ele escreveu alguns títulos de histórias, bem como dúzias de livros que contam a história dos quadrinhos, incluindo America At War – A History of War Comics, Mysteries in Space – A History of Science Fiction Comics e The Pow! Zap! Wham! Comic Book Trivia Quiz Book. Em sua carreira de escritor, encontram-se ainda a tirinha para jornais dos personagens Terry and the Pirates; o histórico projeto de quadrinhos com Stan Lee, Just Imagine; o romance de capa dura sobre o Batman, Detective #27; The Spirit, de Will Eisner; e Dick Clark’s The First 25 Years of Rock and Roll. KEVIN DE LA NOY (produtor executivo) trabalhou recentemente como produtor executivo de “Diamante de Sangue”, estrelado por Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly e Djimon Hounsou, sob a direção de Edward 43 Zwick. Anteriormente, ele havia trabalhado com Zwick como gerente de produção em “O Último Samurai”. Em seus créditos estão ainda o thriller de ficção científica “Linha do Tempo”, co-produzido por ele, e o drama sobre a Segunda Guerra Mundial “O Resgate do Soldado Ryan”, de Steven Spielberg. Além disso, foi gerente de produção em sucessos como “Ali”, “Titanic”, “Coração Valente”, “Missão Impossível”, “Missão Impossível 2”. Ele também foi supervisor de produção em “O Poder de Um Jovem” e gerente de locação em filmes como “A Sombra e a Escuridão”, “Beleza Negra”, “O Jardim Secreto” e “1942 – A Conquista do Paraíso”. Foi assistente de direção em uma longa lista de longas-metragens. THOMAS TULL (produtor executivo) é fundador, diretor e CEO da Legendary Pictures, uma produtora privada com mais de US$1,5 bilhão de capital. A Legendary Pictures renovou, recentemente, o contrato de cinco anos estabelecendo a empresa como co-produtora e co-financiadora de filmes com a Warner Bros. Pictures. Desde sua criação, em 2005, a Legendary já se juntou à Warner Bros. para filmes de sucesso como “Batman Begins”, “Superman – O Retorno” e “300”. Dentre os projetos pendentes, está “Watchmen”, dirigido por Zack Snyder. Tull desenvolveu um sistema de trabalho nos contratos da Legendary que foi premiado com o prestigioso título de “Negócio do Ano” de 2005, concedido pela IDD Magazine à indústria do entretenimento. Tull também é um dos fundadores e vice-presidente da produtora de videogames Brash Entertainment, para a qual ele garantiu o financiamento ao arranjar investimentos da ordem de US$400 milhões. Até a presente data, a produtora assegurou a propriedade intelectual de cinco grandes estúdios e, atualmente, tem uma coleção de 40 licenças, incluindo inúmeras propriedades originais. Anteriormente, Tull era presidente e integrou o Comitê dos Diretores do Convez Group, uma empresa de mídia e entretenimento com sede em Atlanta. Além disso, ele integrou o Comitê de Diretores da How Stuff Works, uma empresa que o Convex Group adquiriu durante a sua temporada por lá, e que posteriormente foi vendida para a Discovery Networks. Antes da Convex, Tull foi diretor da Southeast Interactive Technology Funds. Tull é membro do Conselho dos Depositários do Instituto Americano de Cinema (AFI, na sigla em inglês). Ele também faz parte do conselho diretor do zoológico de San Diego e atua no Conselho Fundador da Sociedade do Zoológico de San Diego. Ele formou-se na Universidade Hamilton, em 1992. 44 WALLY PFISTER (diretor de fotografia) ganhou duas indicações consecutivas ao Oscar® pelos trabalhos com Christopher Nolan. O primeiro foi em 2005, “Batman Begins”, pelo qual ele também foi homenageado por seus colegas de profissão com uma indicação ao prêmio da American Society of Cinematographers. No ano seguinte, ele foi indicado ao Oscar® pelo trabalho em “O Grande Truque”. Pfister recebeu, antes, um Independent Spirit pelo trabalho em “Amnésia”, de Nolan, que assinalou a primeira parceria entre os dois. Ele também foi o diretor de fotografia do thriller de Nolan “Insônia”. No currículo de Pfister também estão “Uma Saída de Mestre”, dirigido por F. Gary Gray, e os longas-metragens independentes “O Crime Perfeito”, “Laurel Canyon – Rua das Tentações”, “Scotland, PA”, “The Hi-Line”, pelo qual ele ganhou o Prêmio Moxie de Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Santa Mônica. Na televisão, Pfister atuou como diretor de fotografia em telefilmes como “Sanctuary”, “Sharing the Secret”, “Breakfast with Einstein”, “Rhapsody in Bloom” e “Retrato Falado”. NATHAN CROWLEY (desenhista de produção) foi premiado pelos trabalhos que fez com o diretor Christopher Nolan. Ele ganhou uma indicação ao Oscar pelo drama de época “O Grande Truque”, e recebeu, anteriormente, uma indicação ao BAFTA pelo trabalho em “Batman Begins”. Além disso, Crowley ganhou indicações do Art Directors Guild por ambos os filmes. A primeira vez em que trabalhou com Nolan foi no thriller “Insônia”, estrelado por Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank. Nos créditos de Crowley estão ainda o drama romântico “A Casa do Lago”; a biocinegrafia “O Custo da Coragem”, dirigida por Joel Schumacher; o drama de guerra “Atrás das Linhas Inimigas”; e a comédia ambientada na Irlanda “A Guerra das Perucas”. Anteriormente, ele trabalhou como diretor de arte em filmes como “Missão Impossível 2”, dirigido por John Woo; “Assassinos”, de Richard Donner; “Inimigo Íntimo”, de Alan J. Pakula; e “Coração Valente”, dirigido e estrelado por Mel Gibson. Além do trabalho no cinema, Crowley foi desenhista de produção da série televisiva da BBC “The Ambassador”. LEE SMITH (editor) volta a trabalhar com o diretor Christopher Nolan em “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, repetindo a parceria de “Batman Begins” e “O Grande Truque”. Smith também tem uma parceria frutífera com o diretor Peter Weir, com o qual ganhou indicação ao Oscar® pela edição de “O Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo”, que também lhe 45 rendeu uma indicação ao Prêmio Eddie do American Cinema Editors. Smith trabalhou anteriormente como editor e desenhista de som em “O Show de Truman”, de Weir, “O Mestre das Armas” e “Green Card – O Passaporte Para o Amor”; também foi um dos editores de “A Sociedade dos Poetas Mortos”; e editor associado e desenhista de som de “O Ano em que Vivemos em Perigo”, no qual iniciaram a parceria. Vindo da Austrália, Smith ganhou um prêmio do Australian Film Institute (AFI) na categoria Melhor Montagem em “Duas Mãos”, de Gregor Jordan, no qual ele também trabalhou como desenhista de som. Por esta segunda função, ele também ganhou um prêmio do AFI e uma indicação ao BAFTA pelo filme “O Piano”, de Jane Campion, e um Prêmio AFI por “Terror a Bordo”, de Phillip Noyce. Como editor, Smith tem no currículo ainda “A Grande Virada”, “Preto e Branco”, “Guerreiros Buffalo”, “Risk”, “Joey”, “Robocop 2”, “Estranhos Visitantes” e “Howling III”. Ele também foi o desenhista de som de “Adoráveis Mulheres”, de Gillian Armstrong. LINDY HEMMING (figurinista) ganhou um Oscar® pelo figurino da era de Gilbert & Sullivan para o filme “Topsy-Turvy – O Espetáculo”, dirigido por Mike Leigh. Ela também foi figurinista em filmes como “Naked”, “A Vida é Doce” e “High Hopes”. Hemming trabalhou anteriormente com o diretor Christopher Nolan em “Batman Begins”. Ela também foi figurinista dos recentes filmes da franquia James Bond, começando em 1995 com “James Bond Contra Goldeneye”, dirigido por Martin Campbell, e continuando com “James Bond – O Amanhã Nunca Morre”, de Roger Spottiswoode, “James Bond – O Mundo Não é o Bastante”, de Michael Apted, “James Bond – Um Novo Dia Para Morrer”, de Lee Tamahori, e “James Bond – Cassino Royale”, de Campbell. Atualmente, ela trabalha com Campbell no longa-metragem “Edge of Darkness”, estrelado por Mel Gibson. A extensa lista de créditos de Hemming inclui “Lara Croft: Tomb Raider” e sua seqüência, “Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida”; “Harry Potter e a Câmara Secreta”, dirigido por Chris Columbus; “Porque os Homens Choram”, de Sally Potter; “A Trincheira”, estrelado por Daniel Craig; “Laura – A Voz de Uma Estrela” e “Escândalos no Hotel”, ambos de Mark Herman; “O Bravo”, dirigido e estrelado por Johnny Depp; “Sangue e Vinho”, de Bob Rafelson; “Rir e Viver” e “Escute Minha Canção”, ambos de Peter Chelsom; “Quatro Casamentos e Um Funeral”, de Mike Newell, com o qual ela foi indicada a um BAFTA; “Terra D’Água”, de Stephen Gyllenhaal; “Os Implacáveis Krays”, de Peter Medak; “Lembranças do Coração”, de John Amiel; “Minha Adorável Lavanderia”, de Stephen Frears; “Sombras do 46 Passado”, de David Hare; “Laughterhouse”, de Richard Eyre; e “Conforto e Prazer”, de Bill Forsyth. Ela foi indicada ao BAFTA para a TV pelo trabalho no telefilme “Porterhouse Blue”. Na televisão, participou de projetos como “Running Late”, “Dancing Queen” e “All Things Bright and Beautiful”. Antes de criar figurinos para o cinema, Hemming era figurinista no teatro. Ela trabalhou com as companhias do Royal Shakespeare Company, do National Theatre of Great Britain, e em inúmeras produções no West End londrino. HANS ZIMMER (música) é um dos mais influentes compositores da indústria cinematográfica, com uma carreira de décadas e que acumula mais de 100 filmes. Em 1994, ele ganhou o Oscar® e o Globo de Ouro® pela trilha do arrasa-quarteirão de animação “O Rei Leão”, uma das trilhas sonoras mais bem-sucedidas até hoje. A música de Zimmer para “O Rei Leão” ainda provoca aplausos na montagem teatral do musical, rendendo um Tony de Melhor Musical, em 1998, bem como um Grammy® por Melhor Disco Original. Atualmente, o musical completa dez anos em cartaz na Broadway, com produções sendo encenadas ao redor do mundo também. Zimmer também recebeu outras seis indicações ao Oscar® pelas trilhas de “Gladiador”, “Além da Linha Vermelha”, “O Príncipe do Egito”, “Melhor é Impossível”, “Um Anjo em Minha Vida” e “Rain Man”. Além disso, ele ganhou um Globo de Ouro® e uma indicação ao Grammy® pela trilha de “Gladiador” e também recebeu uma indicação ao Globo de Ouro® pelas composições para “O Código Da Vinci”, “Espanglês”, “O Último Samurai”, “Spirit – O Corcel Indomável”, “Pearl Harbor” e “O Príncipe do Egito”. Ele compôs, recentemente, a trilha para o longa-metragem de animação “Kung Fu Panda”, e, atualmente, trabalha no drama verídico de Ron Howard “Frost/Nixon” e no longa-metragem de animação “Madagascar 2 – A Grande Escapada”. A longa lista das colaborações de Zimmer inclui “Os Simpsons – O Filme”, “O Amor Não Tira Férias”, “Piratas do Caribe – No Fim do Mundo”, “Piratas do Caribe – O Baú da Morte”, “Batman Begins”, “Madagascar”, “Os Vigaristas”, “O Espanta-Tubarões”, “Falcão Negro em Perigo”, “O Chamado”, “Hannibal – A Origem do Mal”, “Maré Vermelha”, “Thelma e Louise”, “Conduzindo Miss Daisy”, “Missão Impossível 2”, “Uma Equipe Muito Especial”, “Black Rain – A Coragem de Uma Raça”, “Amor À Queima Roupa”, “Minha Adorável Lavanderia”. Além da variedade de composições que figuram em seu currículo, Zimmer trabalhou como produtor e consultor musical em inúmeros filmes, 47 mais recentemente para “O Homem de Ferro”, no qual ele foi produtor musical executivo. JAMES NEWTON HOWARD (música) foi indicado sete vezes ao Oscar® e é um dos mais ativos compositores do cinema, atualmente com mais de 100 trilhas para o cinema e a televisão em seu currículo. A última indicação ao Oscar® foi pela trilha do criticamente aclamado drama “Conduta de Risco”, estrelado por George Clooney. Ganhou, igualmente, indicações ao Oscar® na categoria Melhor Trilha Original por “A Vila”, de M. Night Shyamalan, “O Casamento do Meu Melhor Amigo”, de PJ Hogan, “O Fugitivo”, de Andrew Davis, e “O Príncipe das Marés”, de Barbra Streisand. Ele ganhou mais duas indicações, bem como indicações ao Globo de Ouro®, na categoria de Melhor Música Original por “Look What Love Has Done”, do filme “Júnior”, e por “For the First Time”, do filme “Um Dia Especial”. Howard recebeu a terceira indicação ao Globo de Ouro® pela trilha da refilmagem de sucesso de “King Kong”, de Peter Jackson. Howard já compôs para todos os filmes de M. Night Shyamalan, a começar pelo sucesso que foi a estréia do diretor, “O Sexto Sentido”, e, em seguida, “Corpo Fechado”, “Sinais”, “A Dama na Água” e, mais recentemente, “Fim dos Tempos”. No momento, ele compõe para inúmeros filmes a serem lançados, incluindo “Defiance”, de Edward Zwick, e “Confessions of a Shopaholic”, de P.J. Hogan. Nos créditos de Howard estão ainda “The Great Debaters”, de Denzel Washington; “Jogos do Poder”, de Mike Nichols; “Diamante de Sangue”, de Edward Zwick; “Batman Begins”, de Christopher Nolan; “A Intérprete”, de Sydney Pollack; “Colateral”, de Michael Mann; “Mar de Fogo”, de Joe Johnston; “Peter Pan”, de P.J. Hogan; “Os Queridinhos da América”, de Joe Roth; “Noiva em Fuga” e “Uma Linda Mulher”, de Garry Marshall; “As Duas Faces de um Crime”, de Gregory Hoblit; “Epidemia”, de Wolfgang Petersen; “Wyatt Earp” e “Grand Canyon – Ansiedade de Uma Geração”, ambos de Lawrence Kasdan; “Dave – Presidente Por Um Dia”, de Ivan Reitman; “Um Dia de Fúria”, de Joel Schumacher; “Um Time Muito Louco”, de David S. Ward, para mencionar apenas alguns. Também prestigiado pelo trabalho na televisão, Howard ganhou um Emmy® por Melhor Música de Vinheta de Abertura para o seriado “Gideon’s Crossing”, e foi indicado ao Emmy® na mesma categoria para a longeva série “Plantão Médico”. 48