Jornal Distribuição Gratuita da Hora Número 40 Espaço Arterial 2012 Diretora Responsável: Vera Alves 2 Editorial São paulo, 2012 Dia 27 de março é comemorado o dia do Circo e do Teatro e, nós do jornal Da Hora, decidimos fazer um jornal dedicado a essas Artes. Nessa edição, você leitor, encontrará brincadeiras, dicas de livros, filmes, tirinhas sobre o tema e uma entrevista bem legal, que fizemos com a Cia. Vagalum Tum Tum de Teatro. Eles estavam em cartaz na A FOCA EQUILIBRISTA Jornal da Hora Livraria Cultura, Teatro Eva Herz. A peça é inspirada em Rei Lear de William Shakespeare. Confira a entrevista, você vai curtir. Dicas de Filme e Leitura Filme: O Circo, EUA, 1928, direção: Charles Chaplin, 71min, pb, Neste filme o vagabundo Carlito é confundido com um ladrão e vai se refugiar num circo, onde de uma hora pra outra, se transforma na atração principal. Isabella Ferreira, 10 anos A Megera Domada Bruno Costa, 15 anos SORRIA Bruno Costa, 15 anos e Guilherme Oliveira, 14 anos A Invenção de Hugo Cabret Samara Marinho, 14 anos Gabriela Rocha, 12 anos Nós da equipe do Jornal da Hora fomos assistir ao filme “A Invenção de Hugo Cabret”. O filme conta a história de um menino chamado Hugo Cabret que mora dentro de uma estação de trem na França e que trabalha consertando os relógios dessa estação. Hugo ficou órfão, seu pai era um relojoeiro, tinha sua loja e trabalhava também em um velho museu cuidando dos relógios e de objetos que precisavam de um conserto. A única lembrança que Hugo tinha de seu pai era um autômato (um objeto de corda, imitando um robô, que tinha forma de humano). Seu pai tinha achado o autômato no sótão do museu. Hugo tinha vontade de consertá-lo pois pensava que o autômato ia escrever uma mensagem deixada pelo seu pai. Hugo consegue consertar o autômato e consegue ver uma mensagem, mas só que essa mensagem tinha ligação, não com seu pai mas com um certo senhor chamado George Mèliés. Uma trama se inicia pra descobrir quem é esse senhor e ele fica sabendo que o senhor George foi um grande cineasta. Nessa descoberta Hugo acaba sendo adotado por George. Eu gostei muito dessa história, achei super legal, sugiro que assistam ao filme. Ah! uma outra dica, leiam o livro que deu origem ao filme, também muito legal! Até o próximo jornal. FILME: A invenção de Hugo Cabret, direção: Martin Scorsese, EUA, 126m, aventura LIVRO: A invenção de Hugo Cabret, autor: Brian Selznick, ed. SM EDITORA, 1a. edição, 2007 em cordel É impossível falar em teatro sem citar William Shakespeare. Suas peças, tanto dramas como comédias, foram encenadas e adaptadas através dos séculos e em várias linguagens. O livro que vou falar, é uma adaptação em cordel (gênero literário típico do nordeste, que é escrito em versos e rimas), da “A Megera Domada”, adaptado por Marco Haurélio, com ilustrações de Klevisson Viana de traços arredondados e inspirados em xilogravura. “A Megera Domada”, em cordel, adapta a história para a cultura brasileira, especialmente nordestina, utilizando girias e falas populares e também “abrasileirando” a grafia, como por exemplo, o nome do personagem que no original é em italiano e se escreve “Pretruchio” na versão adaptada é escrito “Petrúquio”, como na língua portuguesa. A história se passa em Pádua, Itália , é sobre Catarina e Bianca, duas irmãs, cujo pai não permitia que a mais nova (Bianca) casasse antes da mais velha. O problema era que ninguém queria casar com Catarina, pois todos a achavam uma Megera, até Petrúquio aparecer. Eu recomendo, o livro é muito gostoso de se ler, para quem procura uma leitura leve e divertida. A história de Petrúquio e Catarina também foi adaptada no filme “10 coisas que odeio em você”, de 1999, com direção de Gil Junger. Esse filme é uma versão para adolescentes dessa história. “A Megera Domada”, ed. Nova Alexandria, SP, 2009 (coleção Clássicos em Cordel) 3 São paulo, 2012 Jornal da Hora Entrevista com Angelo Brandini A equipe do Jornal da Hora foi até a livraria nove.sete para assistir a peça de teatro “O Príncipe da Dinamarca” com a Cia. Vagalum TumTum e batemos um papo com o diretor da peça Angelo Brandini. “ O nome do grupo é Cia Vagalum Tum Tum, é uma brincadeira lá de Minas Gerais que a gente fazia para atrair vagalumes de luz, a brincadeira é assim: “Vagalum tum tum, seu pai tá aqui, sua mãe tá aqui, tá tudo aqui”, e os vagalumes vinham mesmo, de verdade! Jornal da Hora - Como surgiu o grupo? Angelo Brandini - Quando eu criei a Cia eu falei: vou por o nome de Cia Vagalum TumTum, porque eu acho ele super bonito, como é uma coisa para criança e adolescente eu acho que tinha tudo a ver, porque é uma brincadeira. A gente existe há 10 anos, essa é a nossa quinta peça, e a terceira peça que a gente faz adaptando Shakespeare. É um projeto que nós ” temos do Shakespeare, nós adaptamos “Othelo” que se chama “Othelito” que a gente faz até hoje e é muito legal. Adaptamos o “Rei Lear” que se chama “O bobo do rei” e agora o “Hamlet” que se chama “O príncipe da Dinamarca”. O grupo é formado por atores mas além de sermos atores, todos nós temos um trabalho muito forte de pesquisa na linguagem do palhaço, a gente usa o lado do palhaço para fazer as adaptações das nossas peças. JDH – E como é montar essas peças? Angelo Brandini – Não é fácil você fazer as adaptações, mas ao mesmo tempo é um cansaço que dá muito prazer de fazer, de descobrir como é que se faz um Hamlet para criança, que é uma tragédia, um drama bem trágico mesmo. Como é que você vai fazer uma peça dessa, de forma que crianças pequenininhas possam assistir, os pais também. Então é um desafio e quando você descobre o jeito de fazer é muito prazeroso, é muito legal, é sempre com muito prazer que a gente trabalha. E eu prefiro trabalhar as tragédias do que as comédias. JDH - O que você fazia antes de vir para o teatro? Angelo Brandini – Eu sou ator, formado pela EAD, que é a Escola de Arte Dramática da USP, e eu sempre gostei muito de comédia, então fui procurar uns palhaços para aprimorar a comédia e acabei virando um palhaço. Também trabalho há 18 anos nos Doutores da Alegria, estou lá desde o começo, sempre trabalhando como palhaço e paralelo a isso eu faço meu trabalho de ator em cinema e televisão, mas teatro é o que eu mais gosto de fazer. Eu sou ator há muitos anos, antes de “ tanto de Shakespeare que aí eu contava pra eles e pra eu contar tinha que fazer uma adaptação porque eram crianças de cinco, seis anos, não podia contar as tragédias como eu conhecia. Foi aí que começou essa história toda, a gente trabalha isso pelo prazer de fazer com que a criança tenha contato com Shakespeare desde pequena. Eu gosto muito de Shakespeare, pois ele fala de coisas que tem a ver com o ser humano, com a JDH- Deixa um recadinho para os leitores do Jornal humanidade. da Hora? ” ir para a companhia já era ator e virei palhaço também, agora juntou as duas coisas, as duas linguagens. JDH Tem algum motivo especial para você trabalhar com Shakespeare ? Angelo Brandini - O motivo especial é o meu prazer de trabalhar Shakespeare. Eu gosto muito de Shakespeare, pois ele fala de coisas que tem a ver com o ser humano, com a humanidade. Quando estudava teatro, gostava de contar essas histórias para meus filhos, gostava Angelo Brandini - O recado que eu sempre deixo, pra quem quer ser ator, pra quem quer ser qualquer coisa, o importante é você seguir o que você gosta de fazer e nunca desistir do que está a fim de fazer, se você quer ser um jornalista, não deixe ninguém falar que você não vai ser, que não é legal, que não vai ser bacana. Não liga, vai atrás do seu sonho e concretiza ele, pois inevitavelmente ele vai acontecer, talvez demore, mas dá certo. JDH - Obrigado Reportagem Beatris Duraes, 14 anos, Gabriella Rocha, 12 anos, Bruno Costa, 15 anos e Guilherme Oiveira, 14 anos 4 São paulo, 2012 a z u Cr es Você sabia que ... a 1. Ele joga de três ou mais bolas para cima. Quem é ele? 2. Ele usa o nariz vermelho, faz o público dar muita risada. Quem é ele? 3. Ela dança ao som de uma música, usa sapatilha e uma saia bem rodada. Quem é ela? - o Brasil só foi conhecer o circo no ano de 1830 e se chamava Bragassi? 6. s no 4a ,1 ho rin Ma ara Sam - o primeiro palhaço negro foi o mineiro Benjamim de Oliveira, nasceu em 1870 e era filho de um fazendeiro e uma escrava? - antigamente, nos circos havia quadros com cenas de lutas e demonstrações de força e exibição de pessoas com anomalias físicas, como uma mulher anã, a mulher barbuda? 5. 1. 2. 4. Ele anda em uma corda esticada lá no alto. Quem é ele? 5. Fica se balançando no ar, de um lado para o outro. Quem é ele? 6. Ele faz coisas aparecerem e desaparecerem, geralmente usa uma cartola. Quem é ele? - que o circo brasileiro deu início ao teatro, comédia e tragédias e o principal personagem da comédia é o palhaço? 4. nos , 14 a rinho a Ma r a m Sa Guilherme Oliveira, 14 anos Bummm!!! Mateo Vettore, 7 anos ESPETÁCULO: O Bobo do Rei, direção: Ângelo Brandini, Cia Vagalum Tum Tum O Bobo do rei, é a história de um rei que já estava velho e cansado de ser rei. Ele tinha três filhas: Goneril, Regane e Cordélia. Como estava cansado, resolveu dividir o reino entre suas filhas, mas elas precisavam mostrar todo o carinho que sentiam pelo seu pai. Você me paga! EXPEDIENTE 3. Gabrielle Souza, 10 anos Raquel Dolores, 10 anos Cu d a id s rio h n i d Jornal da Hora Entrevista e Redação Beatris Oliveira Bruno Costa Gabriella Rocha Guilherme Oliveira Isabella Ferreira Raquel Dolores Ilustrações Bruno Costa Isabella Ferreira Mateo Vettore Samara Marinho Agradecimentos A Cia Vagalum Tum Tum Angelo Brandini Fotografia Bruno Costa Niti Merhej Valéria Silva Passatempo Capa Diagramação Gabrielle Souza Raquel Dolores Niti Merhej Valéria Silva Coordenação Goneril e Regane eram muito gananciosas e Cordélia era bastante amorosa, mas não conseguia falar para o seu pai que o amava muito. Demorou para o Rei perceber que as filhas mais velhas só queriam o seu dinheiro. Enquanto a filha mais nova, Cordélia, se disfarçou de bobo da corte para cuidar do pai e só mais tarde se revelou dizendo o quanto o amava. O pai ficou tão feliz que gostou também de ser um Bobo da Corte. Essa história é baseada em “Rei Lear” escrita por Willian Shakespeare. Isabella Ferreira, 10 anos Raquel Dolores, 10 anos Realização Vera Alves Valéria Silva Gráfica Xamã VM Editora e Gráfica Ltda Rua Itaoca, 130 CEP: 04140-090 Instituto Espaço Arterial Rua General Jardim, 556 3256-3057 CEP 01223010 Instituto Espaço Arterial Comunicação e Arte [email protected] [email protected] http://espacojornaldahora.blogspot.com/