lInstituto de Artes – Universidade Estadual de Campinas Educação e Tecnologia – Professor Doutor José Armando Valente Comunicação Social – Habilitação em Midialogia Beatriz Iozzi – R.A. 093463 Isabela Maia – R.A. 091574 Júlia Klemz – R.A. 095799 Projeto 4 - Proposta de um protótipo de hardware, software ou recurso da Web 2.0 para ser usado em ambiente de aprendizagem. Vídeo de culinária para iniciantes: brigadeiro a ponto de enrolar Introdução A proposta de protótipo em questão é um vídeo de culinária para iniciantes, ensinando a fazer um brigadeiro a ponto de enrolar. O brigadeiro é uma sobremesa adorada por muitos e feita de diversas maneiras. Pretendemos encontrar uma maneira fácil e esmiuçar o seu método através de narração, vídeo e texto. A feitura do brigadeiro é de aprendizado relativamente simples e de fácil observação de resultados; as muitas receitas encontradas na internet são simplesmente textuais, não levando em consideração outros estilos de aprendizagem e a possibilidade de erros. A web 2.0 oferece avanços nesse sentido, e é isso que pretendemos explorar com essa idéia. O objetivo, portanto, é idealizar um vídeo, para um ambiente de aprendizagem de web 2.0, que contenha o mais completo conteúdo sobre ensinar a receita “Brigadeiro a ponto de enrolar” para aprendizes iniciantes de culinária, utilizando para isso as conclusões dos debates ocorridos ao longo da disciplina Educação e Tecnologia em torno de métodos eficazes de ensino e estilos de aprendizagem Descrição do protótipo O vídeo de culinária foi pensado como uma “receita à prova de erros”. Fez-se uma lista de todas as possíveis inseguranças que uma pessoa inexperiente poderia ter ao realizar uma receita, ainda que simples, e essas inseguranças são todas, no mínimo, mencionadas, seja pela própria narração, seja por boxes informativos com “dicas” em forma de texto, seja pelo próprio vídeo ou fotografia. Nesse quesito, a web 2.0 é um ambiente favorável, visto que o vídeo pode ser refeito conforme outras dúvidas forem surgindo nos comentários da página de exibição, ou pelo efeito conhecido como “vídeo-resposta”, que daria origem a uma discussão escrita ou mesmo através de produtos audiovisuais. Essa discussão será incentivada ao final do vídeo, pois acredita-se que dessa forma promove-se uma interatividade entre o realizador e o espectador; esta pode elevarse ao nível de uma interação conforme esses dois ou mais sujeitos constroem o conhecimento juntos, já que abre-se o espaço para propor desafios e discutir questões e dúvidas. A população alvo do vídeo é jovem, entre 17 e 25 anos, idade em que observamos uma vontade e/ou necessidade maior de autogerenciamento, o que inclui saber cozinhar para si mesmo. É claro que o brigadeiro não se pretende como uma refeição completa, mas certamente é uma receita popular entre esses jovens justamente por ser de fácil preparo, além do seu paladar agradabilíssimo. O local de uso deve ser, de preferência, um suporte móvel, para que o aprendiz possa levar consigo o vídeo para a cozinha, a fim de que a revisão de instruções e o saneamento de dúvidas sejam de fácil acesso. A tecnologia deve ser usada, portanto, como tradicionalmente se usa uma receita escrita, antes e durante o processo, como forma de preparação e consulta; entretanto, essa tradição apresenta-se melhorada na forma de vídeo, pois o fluxo de conhecimento não é uni, mas multidirecional, pois não há apenas uma transmissão de dados da receita para o cozinheiro: há uma comunicação entre os dois e entre o cozinheiro e outros possíveis aprendizes que assistem o mesmo vídeo e podem discutir as dúvidas e trocar experiências entre si. Assim, o vídeo funcionaria como, além de mediador entre o conhecimento da receita e o aprendiz, mediador também nessas discussões que surgiriam a partir do contato dos aprendizes com outros do mesmo patamar de conhecimento. Para tanto, escolhemos o site de vídeos online mais em voga no momento, o Youtube (www.youtube.com.br), pois o público alvo que estabelecemos é um dos que mais freqüenta este site, além do fato de ser simples e eficiente. As atividades realizadas, segundo a proposta, consistiriam em: - assistir ao vídeo; - reunir os ingredientes e utensílios necessários para a realização da receita; - reproduzir o vídeo num suporte com mobilidade o suficiente para que se possa assisti-lo na cozinha (notebook, celular, etc); - realizar a receita e atentar às dificuldades; - comentar essas dificuldades, os erros e os acertos, compartilhando a experiência. O aprendiz constrói conhecimento na medida em que lhe é oferecido um ambiente de troca de experiências, com a possibilidade já discutida de realizar um “vídeo-resposta” específico para algumas perguntas que decorram um tempo maior de explicação ou atualizar o vídeomatriz alterando ou acrescentando algum conteúdo. No caso de dicas rápidas ou observações, a plataforma Youtube permite a criação de pequenas caixas de diálogo que aparecem sobre o vídeo em um espaço de tempo determinado pelo usuário. O mesmo também utilizará de toda uma cultura virtual, que consiste em ler os comentários de outros aprendizes, pesquisar ingredientes, consultar outros métodos através de vídeos relacionados, entrar em contato com o próprio feitor do vídeo, entre outros: todos esses recursos estão disponíveis ao educando, intensificando a construção do conhecimento quanto mais esse indivíduo os explora e os interconecta. A certificação dessa construção se daria através da resposta do aprendiz, que deveria comentar o vídeo com a sua opinião sobre o mesmo e com um relato da sua experiência quando colocou as instruções da receita em prática. Roteiro do vídeo - obs: anexamos fotos que representam os momentos de destaque do programa 1. Vinheta de Abertura Planos detalhes de: leite condensado se espalhando na panela. Granulados caindo numa tijela. Colher de pau com manteiga batendo na borda de uma panela. Fogo ascende na boca do fogão. Colher mistura o leite condensado e o chocolate em pó. Bolha de ar na superfície estourando. Colher mexendo o brigadeiro. Brigadeiro sendo enrolado. Traveling em volta de um único brigadeiro. Texto “Brigadeiro, aprenda!”. Texto desaparece. Uma mão pega o brigadeiro e a música acaba. No canto inferior direito um pequeno quadro de vídeo de LIBRAS (língua de sinais ou língua gestual brasileira) durante toda a narrativa. a seres utilizados na receita na medida em que o apresentador os menciona 2. Interior da Cozinha – Dia Cena 1. Um JOVEM caminhando até o balcão da cozinha, modestamente mobiliada, mas limpa e organizada. JOVEM Olá amigos, me chamo Lucas (nome aleatoriamente escolhido, que pode ser alterado)! No nosso programa de hoje faremos brigadeiros! O nosso docinho querido parece simples, mas quem entende do assunto sabe que existem vários truques para chegar no brigadeiro perfeito a ponto de enrolar. Pois é, mas felizmente eu tenho uma receita à prova de erro! Vamos lá? No balcão Plano Detalhe dos utensílios e legenda na parte inferior da tela à medida que o apresentador descreve os instrumentos culinários. JOVEM Primeiro os utensílios! Vamos usar: uma panela média de alumínio ou inox (figura 1), que tem aproximadamente 25 centímetros de diâmetro; um abridor de lata; uma colher de sopa para retirar os ingredientes de seus recipientes; uma colher de pau (figura 2) para misturar e mexer o brigadeiro enquanto estiver no fogo; uma colher de chá para pegar a medida certa de brigadeiro para enrolar; dois pratos fundos para colocar a massa de brigadeiro pronto e o granulado; papel-toalha; uma bandeja grande para colocar os brigadeiros finalizados e forminhas de papel número 5, o tamanho tradicional de brigadeiro, você as encontra em qualquer Supermercado. Figura 2 Figura 1 No balcão Plano Detalhe dos ingredientes e legenda na parte inferior da tela com a quantidade e nome dos ingredientes à medida que o apresentador as descreve. Figura 3 Figura 6 Figura 4 Figura 5 JOVEM Agora os ingredientes! Separe aí: uma lata inteira de leite condensado (figura 3), duas colheres de sopa de chocolate em pó (figura 4), uma colher de sopa de manteiga ou margarina (figura 5), usaremos 1 colher de sopa, e um pacote de granulado (figura 6) do qual usaremos em torno de 1 xícara. Plano Médio do JOVEM falando. JOVEM Vamos começar untando a vasilha em que será colocado o brigadeiro. Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo as atividades da receita. JOVEM Pegue um prato fundo, a manteiga e um pedaço de papel toalha comum. Dobre o papel em quatro e passe de leve na margarina, pegando muito pouco. Depois esfregue de leve na parte de dentro do prato, dessa forma. Plano Médio do JOVEM. JOVEM Feito, deixe-a de lado por um tempo. Agora, vamos para a receita de fato! Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo as atividades da receita. JOVEM Abra a lata de leite condensado com o abridor de lata e despeje na panela média com ajuda da colher. Coloque uma colher de sobremesa de margarina não muito cheia (figura 7). Com a colher de sopa pegue duas colheradas cheias de chocolate em pó e coloque em uma peneira pequena. Peneire sobre a panela. Isso evita que haja bolinhas duras na massa. Figura 7 Plano Médio do JOVEM. JOVEM Fique atento, pois existe chocolate em pó e achocolatado, que são diferentes: O chocolate em pó é mais forte, não contém açúcar, nem baunilha e outras substâncias que acrescentam no achocolatado. A receita final com o chocolate em pó fica com um gosto mais concentrado de chocolate do que a com achocolatado. Mas aí, vai do gosto de cada um! Portanto, se você preferir utilizar chocolate em pó acrescente duas colheres de sopa, já com o achocolatado, acrescente uma colher a mais de sopa, ou seja, serão três colheres de sopa. Zoom de Plano Médio até Primeiro Plano no JOVEM. JOVEM Mas e se eu errar na quantidade de chocolate? Bom, aí podemos tentar o seguinte... Plano Detalhe de uma panela com excesso de chocolate e das mãos do JOVEM fazendo as atividades da receita. JOVEM Adiciona-se leite à mistura, aproximadamente 1/3 da lata de leite condensado. Isso aumentará o tempo de preparo, mas o resultado será o mesmo. Agora sim, misture bem os ingredientes com a colher de pau até a massa apresentar uma cor homogênea, até que a manteiga derreta por completo e misture com os outros ingredientes. Coloque a panela na boca menor do fogão e em fogo médio. Plano Médio do JOVEM. JOVEM Este detalhe é importante! Lembrem-se, a pressa é inimiga da perfeição e, principalmente, para os menos experientes. Talvez você esteja desesperado para comer logo o brigadeiro pronto e coloque a panela na boca grande do fogão e em fogo alto. Porém, isto vai cansar mais você, pois terá que mexer mais rápido para não correr o risco de queimar o brigadeiro em algumas partes do fundo e mesmo que não queime pode formar pelotinhas na massa, que é o brigadeiro mais denso que descola do fundo da panela. Então coloque a panela numa boca pequena e em fogo médio! Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM A partir de agora, cozinharemos por volta de 6 minutos. É estritamente necessário que se mexa a massa o tempo todo. Senão acontece o que eu expliquei. INSERÇÂO de cena de um brigadeiro que não foi mexido corretamente. Plano Detalhe de uma mão com uma colher mexendo a massa de brigadeiro e evidenciando as pelotas e os queimados. Aparece um “X” vermelho na tela. Depois Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM E pior, o fundo ainda pode queimar e deixar tudo com gosto de queimado. Portanto mexa de forma rápida e contínua, com a colher inclinada desta forma (figura 8). Passe a colher nas laterais da panela com freqüência, para que essa parte não grude. Se a panela for muito pequena, existe a chance de o brigadeiro transbordar. Mantendo o fogo baixo, isso é bem improvável, mas no caso de acontecer desligue o fogo e veja se sobrou uma quantidade grande na panela. Se sim, não desista, apenas transfira para outra maior e cozinhe em fogo baixo. Figura 8 INSERÇÂO de cena de brigadeiro transbordando. Plano Detalhe de mão desligando o fogo e despejando o conteúdo da panela em outra maior. Depois Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM No decorrer do tempo você perceberá que a massa do brigadeiro vai ficar um pouco mais escura, espessa e brilhante. Passados os 6 minutos de cozimento no fogo baixo, vamos descobrir se está no ponto de enrolar? Segure a colher de pau junto à lateral da panela. Com uma luva ou pano-de-prato protegendo a outra mão, incline a panela para a lateral e observe. Se a massa desgrudar e se escorregar para baixo facilmente, não está pronto. INSERÇÂO de cena do brigadeiro que não esta em ponto de enrolar. Plano Detalhe da panela sendo inclinada evidenciando a facilidade da massa em escorrer para a borda. Depois Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM Se a massa com uma aparência mais espessa continuar grudada ao fundo, e com certa dificuldade em deslizar quando você inclinar a panela (figura 9) é sinal que está pronto! No momento que você atestar que está pronto, desligue o fogo. Ainda continue mexendo com colher por aproximadamente quarenta segundos, pois a panela ainda mantém o calor do fogo, e se você não fizer corre o risco de formar as temidas pelotinhas... Tire a panela do fogo com uma luva térmica ou algum pano-de-prato dobrado, sempre tomando cuidado para não se queimar, e despeje no prato fundo que você havia untado. Para isso, é melhor utilizar a ajuda de alguém. Se não for possível, segure com firmeza a alça ou cabo da panela e incline sobre a vasilha. Com a outra não, empurre a massa com a colher de pau. Figura 9 Plano Médio do JOVEM. JOVEM A massa está pronta, mas precisa esfriar antes de ser enrolada. Deixe em lugar arejado por no mínimo uma hora. O esfriamento é necessário para que se chegue à uma textura mais firme, ideal para enrolar. INSERÇÃO do texto “1 hora depois” em fundo preto. Plano Médio do JOVEM e depois Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM Depois de fria, a massa pode ser enrolada. Prepare tudo no balcão que será utilizado: um prato para colocar o granulado, uma bandeja para colocar os brigadeiros prontos, manteiga, colher de chá, uma vasilha para o granulado e as forminhas separadas. Para começar, abra o pacote de granulado e despeje uma parte no prato fundo. Coloque mais ou menos a um dedo de altura, e reabasteça conforme for acabando. Com as mãos muito bem lavadas, pegue um pouco de manteiga com o dedo e espalhe bem em ambas as mãos. A manteiga é necessária para enrolar sem grudar, mas em excesso pode deixar as mãos escorregadias demais, dificultando o processo e deixando um gosto desagradável no brigadeiro, portanto, não exagere. Plano Médio do JOVEM e depois Plano Detalhe das mãos do JOVEM fazendo o passo-a-passo da receita. JOVEM Antes de começar a enrolar o brigadeiro, vamos arrumar as forminhas na vasilha. É interessante fazer isto antes, por que na medida que você acaba de enrolar os brigadeiros no granulado você já vai colocando-os nas forminhas, ao invés de deixá-los no prato granulado ocupando espaço e atrapalhando o processo de enrolar. A receita deve render por volta de 50 brigadeiros, mas esse número pode variar. Geralmente ao comprar as forminhas de brigadeiro do tamanho tradicional de número 5, o pacote contém 100 unidades. Garanta uma quantidade de forminhas com folga. Agora mãos na massa literalmente! Bem, não existe regra sobre o tamanho do brigadeiro, cada um faz como quer. Mas eu ensinarei a enrolá-los em um tamanho ideal para as tradicionais forminhas de número 5. Vamos lá. Pegue a colher de chá não muito cheia da massa e ponha na palma da mão (figura 10). Faça movimentos circulares com a massa entre a palma das mãos para formar uma bola. Se a massa estiver muito mole e tiver dificuldade em se manter no formato, coloque a vasilha com a massa na geladeira por 20 minutos e tente enrolar novamente. Figura 10 INSERÇÃO de cena com Plano Detalhe do apresentador tentando enrolar o brigadeiro mole com dificuldade, depois coloca-o na geladeira e aparece o texto “20 minutos depois” e ele o retira da geladeira. JOVEM Depois de enrolar o brigadeiro nas mãos, coloque-o sobre o granulado. Role o brigadeiro de um lado para o outro, garantindo que o granulado grude em tudo. Quando achar necessário pegue um punhado de granulado com a ponta dos dedos e jogue em cima do brigadeiro. Uma última dica agora: durante o processo de enrolamento da massa, as mãos tendem a ficar sujas de brigadeiro e grudentas. Quando isso acontecer, lave muito bem as mãos com detergente para retirar tudo que estiver grudado, seque as mãos e espalhe manteiga novamente. Repita essa ação algumas vezes no decorrer do enrolamento, ou sempre que se sentir incomodado. INSERÇÃO de Plano Detalhe de mãos sujas de brigadeiro, grudando muito enquanto tentam enrolar uma bola de massa. Plano médio do apresentador tirando a massa das mãos, indo em direção à pia da cozinha e lavando as mãos. Ele volta ao balcão e repete a untação das mãos. JOVEM À medida que você vai enrolando os brigadeiros coloque-os nas forminhas previamente separadas (figura 11). Faça isto até o final de toda a massa. Bem, essa foi a receita de brigadeiro à prova de erro! Se houver qualquer problema com o vídeo, com a realização da receita, ou mesmo se você tiver uma dica extra a dar, faça contato conosco pelos comentários ou por email. Bon appétit e até a próxima! 3. Vinheta de Encerramento Fotografias do JOVEM durante a realização da receita, com os créditos finais subindo junto com uma música. Figura 11 Pontos positivos e negativos Positivos O YouTube é uma plataforma de fácil acesso hoje em dia. A linguagem do vídeo foi pensada para atender a diferentes preferências de aprendizagem, tais como: deficientes visuais, que podem seguir as instruções segundo a narração do apresentador que descreve verbalmente o máximo possível o que se faz pela a imagem; deficientes auditivos, com a utilização da legenda dos ingrediente e utensílios durante o vídeo, a própria receita escrita passo-a-passo disponível no site Youtube no ‘box’ de descrição, como também a linguagem em LIBRAS; e pessoas analfabetas, por meio da narração do narrador e as imagens. Apesar de tentar antever e solucionar várias situações problemáticas, assumimos que é impossível prever tudo. Acreditamos ter solucionado esse problema com a possiblidade de interação, na qual o receptor se torna colaborador do programa ao compartilhar seus erros e dar dicas novas. A contribuição será extremamente enriquecedora para o processo de aprendizagem. Negativos É possível que nem todos os membros do público-alvo contemplado tenham acesso a suportes tecnológicos que permitam a mobilidade, tais como notebooks, celulares e similares. Também não há garantia de que a pessoa se sentirá estimulada a responder ao vídeo, ou mesmo a realizar a receita, o que interromperia o fluxo comunicativo educacional implícito na proposta, que depende diretamente de um feedback do possível aprendiz. Conclusão Como já foi discutido anteriormente o site Youtube que hospedaremos o conteúdo oferece a opção aos usuários de se comentar o vídeo, tal possibilidade é essencial, pois servirá como uma ponte de contato entre o mediador e o aprendiz. Portanto, a aprendizagem não será somente pela exposição direta do sujeito ao objeto ou estímulo, será uma aprendizagem pelas vias da mediação, que é mais eficiente por que interpõe entre o sujeito (mediando/aprendiz) e o mundo (no sentido amplo – conteúdo, estímulo, objeto, etc.) um mediador que – ao dar as repostas, mostrar outros caminhos, induzir questionamentos- conduz o usuário a reflexão e interação que potencializarão progressivamente a capacidade de aprendizagem deste sujeito. (WIKIPÉDIA, 2010) Esta comunicação entre mediador e aprendiz será proveitosa, pois permitirá a atualização do conteúdo para cada vez mais abranger as dúvidas e suas soluções no vídeo. Neste quesito, na tentativa de cercar todos os erros possíveis que um aprendiz em culinária teria ao fazer a receita, no roteiro não há apenas o modo correto de se fazer, como também a descrição verbal e imagética do modo incorreto, o que destaca o modo correto de se fazer. Vale lembrar que o ambiente de Web 2.0 do Youtube permite relacionar vídeos com temáticas semelhantes, o que pode sanar dúvidas que eventualmente nosso vídeo não contemple. Ao escrevermos o roteiro tentamos abranger todos os tipos de usuários, mas mesmo assim sempre há a exclusão de alguém. Como exemplo a se pensar futuramente seria a elaboração de alguma outra proposta de projeto para que os analfabetos e deficientes visuais possam gerar conteúdo para poder opinar sobre o vídeo, tirar dúvidas, entre outros, já que não conseguiriam postar comentários. Afinal, como não elaboraremos o site para este conteúdo, pois escolhemos o Youtube, existem estas limitações da plataforma online. Mais do que tudo, acreditamos que aprender não é somente a memorização da informação, mas também a construção de conhecimento (WIKIPÉDIA, 2010). Apesar do roteiro fazer ‘as vezes’ do aprendiz, contemplando a maioria de suas dúvidas, e de haver a possibilidade de comunicação online entre o mediador e o aprendiz, mesmo assim esta comunicação é limitada. Não há um ambiente com presença física do mediador e do aprendiz, fato que não permite uma aprendizagem mais profunda, pois este distanciamento espacial traz uma impessoalidade de um em relação a outro, o que impossibilita uma troca que poderia ser mais intensa. A troca de experiência se torna mais intensa na presença física das pessoas num mesmo ambiente e não só no nível cognitivo, o que geralmente pensam quando se fala em aprendizagem, mas também afetivo. E isto, nosso roteiro não pode abarcar por ser pensado num ambiente de presença online. Referências WIKIPÉDIA. Reuven Feuerstein. Disponivel em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Reuven_Feuerstein >. Acessado em: 29 de nov. 2010.