OF. N.º076/SG/SINTUF-MT Cuiabá,16 de junho de 2015 Ilma. Sra. Maria Lúcia Cavalli Nedder MD. Presidente do CONSUNI Nesta Senhora Presidente, No dia 10 de junho de 2015, reuniram-se na Sala da PROAD, representantes da PROAD/Prefeitura do Campus, e da Coordenação de Segurança, representantes da Empresa Sul América, Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados – SEAAC para negociar a reversão do ato contra os três empregados eletricistas da Sul América, de demissão por justa causa: DOS FATOS: 01. No dia 07 de junho, os trabalhadores Clayton Viana de Almeida, Gilson Ferreira dos Santos, Marcos dos Santos Andrade, atendendo a solicitação do Prefeito do Campus, através dos responsáveis pela fiscalização da área elétrica da UFMT, Girley Cruz(Engenheiro Eletricista) e Nivaldo Borges Siqueira (Chefe dos Eletricista), endossado pelo fiscal do contrato junto a Empresa Sul América Sr. Heraldo Afonso Ribeiro, vieram executar o serviço emergencial de emenda do cabo elétrico do poste que havia se rompido. Esse serviço foi executado por que a empresa contratada para tal (PROTEGE) ficou de vir na segunda feira para realizar o serviço, e o mesmo dado a sua emergência não podia esperar. O local do trabalho foi no HOVET e FAMEV, e a permanência do problema colocava em risco a segurança da Universidade (câmaras desligadas, sem monitoramento e o campus escuro) e vida de animais e de pessoas. 02. A equipe técnica acima mencionada atesta que os serviços executados atenderam as NR 010 e 035, pois a rede geral estava desligada, não apresentando nenhum risco a vida dos envolvidos e a instituição. A luva só foi tirada para fazer a conexão, pois com as mesmas era impossível fazer o trabalho. A luva de alta tensão e o uniforme anti-chama foram utilizados para desligamento da rede na cabine geral conforme normas. No local da foto o funcionário não utilizava uniforme anti-chama e a luva de alta tensão, porque a rede estava desernegizada e aterrada. O cinto no momento do serviço estava atrelado no poste conforme a imagem das fotos. O mesmo foi retirado após sua execução. Apesar das justificativas apresentadas pela equipe de segurança do trabalho da UFMT, nos surpreende a manutenção da demissão por justa causa. A Empresa Sul América, conforme registro em Ata afirma que “...a demissão poderia ser revista com o apoio do sindicato...”. Na mesma Ata o sindicato afirma que “...ficou surpreso em saber que os funcionários da Sul América haviam sido demitidos com justa causa; pediu que gostaria no momento de dialogar e que fosse reconsiderado a demissão dos funcionários, pois estavam ali porque receberam uma ordem, foi uma situação atípica.” Diante do exposto, denunciamos junto a esse egrégio conselho analise as seguintes questões: 01. A Empresa Sul América, trata os trabalhadores de forma arbitrária não respeitando os direitos dos trabalhadores. 02. No cotidiano da Universidade, as condições de trabalho são precárias, as relações são autoritárias, coercitivas, e de assédio de toda a ordem. 03. Não possuem equipamentos de proteção adequados e com o número necessário para a proteção (ex: entregam 01 uniforme anti-chama, uma luva de alta tensão, um capacete, um cinto, uma botina para três trabalhadores). 04. A Universidade que contrata os serviços da Empresa fica refém da mesma, não encontrando espaço para diálogo com a Empresa, mesmo apresentando laudos técnicos pelos engenheiros e pelo fiscal dos contratos. 05. A Convenção de Trabalho não é respeitada em vários itens. 06. Os trabalhadores não tem direito a livre organização. 07. Os trabalhadores não recebem cursos de capacitação. 08. Não possuem local de descanso adequado. 09. A qualidade dos serviços prestados não é debatido ou mesmo avaliada. Esses itens acima elencados são apenas fragmentos de uma relação de exploração entre o representante do capital x trabalho. O trabalhador terceirizado pode ampliar os mesmos desde que não seja identificado, pois se assim for será perseguido. Apelamos a esse Conselho, pois é inconcebível uma instituição de educação, cujo princípio é educar o homem para se libertar, se omitir diante da situação de exploração vivenciada pelos trabalhadores terceirizados na UFMT. São trabalhadores importantes para a UFMT e através deles a missão indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão universitária é cumprida. No aguardo da agenda de reunião do CONSUNI – com a Urgência que o tema requer - para debater essa temática relativa a Terceirização na UFMT e as condições de trabalho dos empregados terceirizados, dando destaque a situação em tela, subscrevemo-nos apresentando as nossas Saudações Sindicais Leia Souza de Oliveira Coordenadora Geral SINTUF-MT Reginaldo Silva de Araújo Presidente Adufmat