Regulação bancária e os seus reflexos Regulação bancária e os seus reflexos para os consumidores Banco de Portugal Maria Lúcia Leitão, Diretora do Departamento de Supervisão Comportamental , p p p A regulação bancária e os seus reflexos para os consumidores A regulação bancária é uma componente relativamente recente da supervisão financeira. A crise financeira internacional veio demonstrar a importância da atuação dos reguladores e supervisores financeiros na proteção dos clientes bancários. O acesso por camadas crescentes da população a novos produtos bancários, bancários cada vez mais diversificados e complexos, reforça a importância da regulação. A proteção t ã dos d consumidores id d produtos de d t bancários b á i deve d i l i a elaboração incluir l b ã de d normas, a fiscalização do seu cumprimento, a informação dos clientes bancários e a formação financeira de todas as camadas da população. Os Bancos Centrais estão cada vez mais atentos à proteção dos clientes bancários. Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 2 O Banco de Portugal é responsável pela supervisão comportamental Em janeiro de 2008, o governo atribuiu ao Banco de Portugal a responsabilidade pela supervisão a responsabilidade pela supervisão comportamental bancária supervisão comportamental bancária comportamental bancária Uma pequena equipa começa a trabalhar, integrada no Departamento de Supervisão Bancária Em janeiro de 2011, o Banco de Portugal cria o Departamento de Supervisão Comportamental O Banco de Portugal, além de se ser chamado a apoiar o O B d P t l lé d h d i governo na preparação de diplomas legais, desenvolve uma estratégia comportamental de médio prazo estratégia comportamental de médio prazo, que inclui:: • Regulação da transparência de informação e códigos de da transparência de informação e códigos de conduta • Fiscalização da atuação das intituições • Sancionamento dos incumprimentos às normas d à • Informação e formação formação financeira Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 3 O Banco de Portugal tem uma missão bem definida O Banco de Portugal atua enquanto regulador e supervisor dos mercados bancários de retalho: REGULADOR Impõe às instituições deveres de informação na comercialização dos produtos e serviços bancários Define boas práticas e regras de conduta que as instituições devem cumprir FISCALIZADOR Avalia o cumprimento das normas legais e regulamentares a que as instituições de crédito estão obrigadas SANCIONADOR Exige às instituições a correção das irregularidades Impõe multas e sanções às instituições de crédito que não cumprem as normas definidas Impõe multas e sanções às instituições de crédito que não cumprem as normas definidas O governo atribuiu ao Banco de Portugal poderes para o exercício das suas competências g g p p p Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 4 O Banco de Portugal segue uma estratégia de médio prazo O Banco de Portugal atua sobre o comportamento das instituições de crédito sem esquecer os clientes bancários O Banco de Portugal desenvolveu um conjunto de normas que alargam o quadro de deveres das instituições instituições… … TRANSPARÊNCIA RIGOR ATUALIDADE O Banco de Portugal presta serviços aos clientes bancários GESTÃO DE RECLAMAÇÕES NA INFORMAÇÃO DIVULGADA RESPOSTA A PEDIDOS DE INFORMAÇÃO DO PÚBLICO …sem esquecer FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO QUADRO LEGAL E REGULAMENTAR INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO FINANCEIRA g p f g A estratégia é ambiciosa mas tem sido implementada de forma gradual Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 5 O Banco de Portugal exige transparência e rigor da informação O Banco de Portugal tem vindo a definir princípios e regras para a transparência e rigor da informação que as instituições devem prestar aos clientes bancários e à população em geral CONTAS BANCÁRIAS CRÉDITO CRÉDITO AOS SERVIÇOS DE E DEPÓSITOS HIPOTECÁRIO CONSUMIDORES PAGAMENTO PUBLICIDADE PREÇÁRIO INFORMAÇÃO PRÉ‐CONTRATUAL CONTRATO INFORMAÇÃO PRESTADA AO LONGO DO CONTRATO q g p f ç O quadro regulamentar envolve todos os produtos e fases de comercialização Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 6 O Banco de Portugal participa na definição de normas internacionais BANCO DE PORTUGAL AUTORIDADE BANCÁRIA EUROPEIA (EBA) Comité para a proteção dos consumidores e a inovação financeira e subgrupos… COMITÉ CONJUNTO DAS AUTORIDADES EUROPEIAS DE SUPERVISÃO Subcomité para a proteção dos consumidores e a consumidores e a inovação financeira e subgrupos… ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO (OCDE) Task Force para a proteção dos proteção dos consumidores de produtos financeiros COMISSÃO EUROPEIA REDE INTERNACIONAL REDE INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA ((INFE)) DA PROTEÇÃO FINANCEIRA DOS CONSUMIDORES (FINCONET) Conselho consultivo consultivo, assembleias gerais e subgrupos… • Conselho, assembleias gerais e… Com o apoio do G20 C i d G20 O Banco de Portugal segue as melhores práticas internacionais e partilhar a sua experiência g g p p p Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 7 Portugal tem hoje uma elevada proteção dos clientes bancários A normas legais e regulamentares são produzidas pela União Europeia Europeia, governo português e Banco de Portugal A comercialização dos produtos e ser iços bancários pelas serviços bancários pelas instituições a clientes particulares obedece a normas legais e regulamentares em constante aperfeiçoamento constante aperfeiçoamento Sã bé d fi id di i São também definidos direitos transversais, que envolvem vários produtos ou serviços bancários • • • • Contas bancárias e depósitos p Crédito hipotecário Crédito aos consumidores Serviços de pagamento – cartões de débito e de crédito, transferências, cheques e débitos diretos • Serviços Mínimos Bancários • Prevenção e gestão do sobre‐ endividamento Em Portugal a proteção dos clientes bancários é das mais elevadas na Europa Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 8 O Banco de Portugal fiscaliza de muito perto as instituições de crédito O Banco de Portugal segue uma abordagem ponderada pelo risco (risk‐weighted) QUADRO NORMATIVO EM VIGOR FISCALIZAÇÃO INSPEÇÕES ÀS RECLAMAÇÕES E SISTEMÁTICA INSTITUIÇÕES PEDIDOS DE INFORMAÇÃO • Balcões (cliente mistério e credenciadas) • Reclamações recebidas bd diretamente ou enviadas pelas instituições • Publicidade • Depósitos indexados e duais T á i • Taxas máximas no crédito aos consumidores • Serviços centrais de internet • Sítios Sítios de internet • Reportes • Pedidos de informação PROTEÇÃO DO CLIENTE BANCÁRIO O proteção do cliente bancário exige a fiscalização do cumprimento das normas Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 9 O Banco de Portugal analisa as reclamações dos clientes bancários RECLAMAÇÕES ESCRITAS NO LIVRO INSTITUIÇÃO DE RECLAMAÇÕES CRÉDITO ENVIADAS DAS INSTITUIÇÕES DIRETAMENTE AO BANCO DE PORTUGAL BANCO DE PORTUGAL CLIENTE BANCÁRIO O Banco de Portugal divulga duas vezes por ano a lista das instituições mais reclamadas por matérias Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 10 O Banco de Portugal apoia a implementação de novos direitos Serviços Mínimos Bancários (SMB) • Pessoas singulares titulares de uma única conta Pessoas singulares titulares de uma única conta de depósito à ordem têm acesso a esta conta e a serviços de pagamentocom a custos reduzidos Novos regimes de prevenção e gestão do sobre‐endividamento • Bancos obrigados a criar mecanismos para detetar e gerir situações de sobre‐endividamento • As entidades da Rede de Apoio ao Consumidor Endividado (RACE) apoiam os clientes em incumprimento ou em risco de incumprimento O Banco de Portugal divulga e fiscaliza a introdução de novos direitos Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 11 O Portal do Cliente Bancário é um instrumento fundamental da supervisão www.clientebancario.bportugal.pt O Banco de Portugal gere o Portal do Cliente Bancário (PCB) O PCB divulga a evolução das normas e presta informações úteis e serviços online Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 12 O Banco de Portugal fez o diagnóstico da literacia financeira da população O Banco de Portugal realizou o 1º Inquérito à literacia financeira da população em março de 2010 A taxa de inclusão bancária da população adulta em Portugal é de 91%, mas há elevados níveis de iliteracia financeira nalguns grupos populacionais iliteracia financeira nalguns grupos populacionais O Banco de Portugal tem uma estratégia de formação financeira Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 13 O Banco de Portugal participa no Plano Nacional de Formação Financeira O Plano é desenvolvido pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, presidido pelo Governador do Banco e Portugal Principais etapas do Plano • • • • • Princípios orientadores (Abril 2012) Portal Todos Contam (Julho 2012) Concurso Todos Contam (Setembro 2012 e 2013) Concurso Todos Contam (Setembro 2012 e 2013) Dia da Formação Financeira (Outubro 2012 e 2013) Referencial de Educação Financeira para as escolas (julho 2013) www.todoscontam.pt O Banco de Portugal preside à comissão de coordenação do Plano O Banco de Portugal preside à comissão de coordenação do Plano Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 14 O Banco de Portugal discute inclusão e formação financeira com BC da CPLP O Banco de Portugal promoveu o 1º encontro dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa sobre inclusão e inclusão e formação financeira em julho de 2013 formação financeira , em julho de 2013 formação financeira O Banco de Portugal publicou um relatório sobre O Banco de Portugal publicou um relatório sobre “Políticas de inclusão e formação financeira” a propósito deste encontro O Banco de Portugal está empenhado na cooperação com os países da CPLP para discussão das melhores práticas para a inclusão e formação financeira p p f ç f Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 15 A regulação bancária e os seus reflexos para os consumidores A regulação bancária promove a proteção do cliente bancário e contribui para a estabilidade financeira e para o crescimento económico. A regulação bancária fomenta a cidadania financeira ativa com clientes que poupam para acautelar o futuro, que aplicam as suas poupanças de forma esclarecida e que recorrem ao crédito de forma responsável. O acesso dos cidadãos a produtos e serviços financeiros adequados às suas necessidades é um fator‐chave para o bem‐estar das populações e para o desenvolvimento da economia. Clientes bancários esclarecidos e conhecedores dos seus direitos e deveres contribuem para um crescimento económico inclusivo. Um crescimento económico inclusivo é capaz de gerar mais poupança e de financiar o investimento de forma mais eficiente, potenciando o crescimento económico e reduzindo as desigualdades sociais. Maria Lúcia Leitão, Banco de Portugal 16 Regulação bancária e os seus reflexos Regulação bancária e os seus reflexos para os consumidores Banco de Portugal Maria Lúcia Leitão, Diretora do Departamento de Supervisão Comportamental , p p p