1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU FACULDADE DE LETRAS, ARTES, COMUNICAÇÃO E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO CURSO: LETRAS DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTOS EM LPO II PRÁTICA EDUCACIONAL – TEXTOS DISSERTATIVOS Ana Carolina Vasconcelos Guimarães SÃO PAULO – USJT 2012 2 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI A Globalização A globalização é um fenômeno que gera grande polêmica, principalmente entre os mais “conservadores”. Entretanto, não se pode negar que esse assunto tem seus diversos pontos positivos. Junto aos avanços dos meios de comunicação, a globalização automaticamente aproximou pessoas de diversos lugares do planeta, facilitando, assim, o acesso a informações. Dessa forma já é possível notar que a globalização tem pontos realmente bons. Ao longo de muitos anos, diversas pesquisas foram sendo realizadas para que houvesse algum avanço dentro dos meios de comunicação existentes. A internet é a maior prova de como, com a ajuda da globalização, esses meios foram evoluindo com tamanha eficiência e rapidez que tornaram o acesso a múltiplas informações quase instantâneo. Assim, chegamos à questão das relações interpessoais, que passou a estar diretamente ligada ao fluxo de informação. Sabe-se que, antigamente, as pessoas precisavam de meios como carta e telegrama se quisessem se comunicar. Porém, hoje, quase num piscar de olhos, podemos conversar com alguém no Alasca por meio de videoconferência. Ou seja, sem a globalização nunca poderíamos adquirir essa quantidade de informação de conhecimento sobre outras culturas, a menos que estivéssemos diretamente inseridos nela. A globalização tem diversos pontos negativos, assim como qualquer outro fenômeno já ocorrido dentro da sociedade. Porém, não se deve ser tão radical em relação a isso, pois podemos, e devemos, aproveitar tudo que ela tem a nos oferecer. Portanto, a globalização deve ser encarada não como algo ruim e incontrolável, mas como um fenômeno que deve ser explorado, e que continuará evoluindo junto da raça humana. 3 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI Degradando o Planeta. A rápida urbanização e industrialização das cidades trouxe diversos benefícios às sociedades e a seus habitantes. Porém, é necessário questionar-se sobre o preço pago por toda essa modernização. Há uma diminuição drástica da fauna e flora em prol do crescimento das indústrias, algo que, somado à grande emissão de poluentes, acaba por danificar a saúde do homem. Dessa forma, percebe-se que a indiferença em relação ao meio ambiente reflete diretamente na saúde de todos. Ao mesmo tempo em que mata a natureza ao seu redor, o homem vai matando suas chances futuras de sobrevivência. Com tantas agressões contínuas, cada vez menos o planeta terá o que oferecer e, de fato, não há chances de sobrevivência sem que haja local nem condições para tal. São necessárias então medidas eficazes e definitivas Não se pode negar que existam tentativas de reverter e conter a destruição em curso, mas sabe-se que o melhor remédio é a extinção dos atos contra a natureza. Problemas como o desmatamento e a poluição, que ocasionam elevação de temperaturas, empobrecimento dos solos, contaminações e proliferações de pragas e de doenças, poderiam ser amenizados com a conscientização. Se todos deixassem de poluir e desmatar, depositassem seus resíduos em locais apropriados, utilizassem materiais biodegradáveis e combustíveis que liberassem menos poluentes no ar, a vida seria bem mais saudável para ambos os lados. Porém, há um grande e perigoso obstáculo nesse quesito: financiamento. A maior parte dos produtos que não agridem a natureza são caros, assim como locais apropriados para depósito de lixo e biocombustíveis. Mesmo com todos os benefícios, entra em jogo a questão dos interesses públicos, que barram grande parte do progresso real. Toda essa sujeira tem um custo-benefício bem melhor para os governantes do que para os meios naturais. Além do interesse de estabelecer lucros com o próprio povo, surgem os negócios internacionais. Obviamente, um país com escassez de recursos naturais irá recorrer a outro, até que os recursos desse cessem por completo. Ao invés de guerrearem por isso, os governos viram uma grande oportunidade de negócio, vendendo seus recursos, lucrando milhões com isso e convencendo o povo de que, na verdade, esses recursos estão muito bem protegidos. A 4 realidade é que, quanto menos o povo se preocupar com o ambiente em que vive, mais lucrativo será para o governo, até o momento em que não houver mais nada para negociar. E a culpa será apenas de um ser: o homem. 5 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI Arte e Cultura A arte está presente em tudo o que vemos, mesmo nos menores detalhes e nas ações cotidianas. Contudo, o conceito de arte e de artista ainda é bastante deturpado na sociedade. Alguns acreditam que certas formas de arte são vandalismo, assim como vândalos são considerados artistas por outros. Dessa forma, é necessário um olhar mais crítico e atento sobre essa questão. Existem diversas formas de expressões artísticas pelo mundo, todas válidas desde que não agridam o consumidor. Assim, mesmo que haja um grafite maravilhoso num muro, se feito sem autorização, passa a ser vandalismo, pois estará agredindo. Então, é extremamente fácil confundir um artista com um vândalo e surge aí o grande problema: a regulamentação da profissão. A ausência de regulamentação dentro da profissão traz grande insegurança ao artista, pois, além da concorrência de pessoas igualmente qualificadas, ainda há os “ditos” artistas, que grande parte das veze não possuem instrução alguma. Isto acarreta grande desvalorização da profissão de artista, tanto por parte dos consumidores, que acabam gastando seu dinheiro com qualquer trabalho, quanto por parte dos artistas, que cada vez menos se arriscam na profissão. Esse também é um problema muito sério. Além de o nível dos trabalhos artísticos cair abruptamente pela falta de capacidade dos profissionais, dentro de pouco tempo eles mesmos, profissionais desqualificados, estarão ensinando os próximos. Assim, acabaremos prejudicados demais na questão cultural. Toda arte consumida agrega conhecimento, sendo de grande importância para a formação cultural do ser humano. Mesmo que inconscientemente, todos estão consumindo arte. É necessária então a devida valorização da arte e, principalmente, do artista, que está por trás de tudo. Afinal, valorizando o artista estaremos valorizando a nós mesmos. 6 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI A Educação e a Fome Há tantos problemas sociais no mundo que se torna cada vez mais complicado encontrar soluções e colocá-las em prática. A fome é um grande exemplo de um problema que persiste e para o qual existem diversas propostas, mas continua devastando populações. Acredita-se que a maneira mais eficaz de se resolver a questão da fome seja a educação. Muitas pessoas desperdiçam uma quantidade imensa de alimentos apenas por não saberem aproveitá-los melhor na hora do preparo. Soma-se a isso o interesse das grandes empresas alimentícias que descartam o produto apenas para manter seu valor comercial. Nesse ponto, a educação entra como uma grande ferramenta. Além de instruir sobre o melhor aproveitamento dos alimentos, minimizando o desperdício, também serve para ensinar as famílias menos favorecidas a viverem de sua própria produção, a chamada educação para subsistência. Claro que, além do aprendizado, o governo deve oferecer o material básico, como sementes e insumos, junto de acompanhamento técnico para garantir o sucesso da iniciativa. Deve-se dar também grande importância ao aspecto nutricional, pois além de aprender a produzir é necessário aprender a se alimentar de maneira adequada, afinal, é tão importante a qualidade quanto a quantidade. Acima de tudo, a educação para a cidadania de maneira global daria às pessoas uma consciência cívica sobre o valor de suas escolhas. 7 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI O Poder Das Palavras Hoje, muito se consome das diversas mídias visuais, presentes ativamente no dia a dia do cidadão. Muito acreditam não necessitar de palavras para absorver todo o conteúdo, mas é aí que está o engano. Apesar de a comunicação humana ter se originado de imagens, a principal ferramenta de diálogo atual é a linguagem verbal. Ela está presente em todos os lugares e é consumida mesmo inconscientemente. Mesmo com todo o poder das mídias visuais, a utilização de palavras ainda é o meio mais seguo de fazer que a mensagem chegue intacta ao receptor, pois não deixa margem para dúvidas, sendo, assim, muito mais eficiente em seu propósito. Há também situações em que apenas o uso de palavras se encaixa, por exemplo, nomes de lugares. Dessa forma, percebe-se que as palavras são essenciais na comunicação, e junto às imagens, tornam a compreensão completa. 8 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI O desafio da Educação Não é novidade que a situação da educação brasileira é deprimente. A cada dia que passa as notícias sobre os resultados dos estudantes tornam-se piores, mesmo com todos os investimentos do governo na área. Mas, se o governo investe tanto na educação, como diz investir, qual será o problema com os estudantes brasileiros? A questão está na suposta formação de qualidade oferecida. Uma boa formação depende de diversos fatores, dentre eles uma boa estrutura das escolas, a qual possa suprir as necessidades dos alunos. As escolas públicas, sem sombra de dúvida, não se encaixam nos padrões do que se poderia chamar de bom. Falta de espaço, de material adequado e de profissionais capacitados são apenas a ponta do iceberg. Além de tudo isso ainda há o falho sistema de progressão continuada, que não prevê a retenção do aluno, mas a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço, Os profissionais, claro, são o principal. Sem bons professores para garantir uma boa educação não haverá bons professores no futuro, sendo assim um círculo vicioso. Além de boa formação dos profissionais, há também a questão da valorização desses profissionais. Aquele que foi um aluno brilhante, sai da escola sem a mínima ambição de ser professor, pois sabe que a carreira acadêmica não é bem recompensada na maioria das vezes. A verdade é que o governo pode fazer que a educação brasileira chegue a um patamar mais alto, mas isso é quase uma utopia, levando em conta que se trata de Brasil. 9 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI Igualdade de verdade. A igualdade de gêneros é um tema que vem gerando polêmica há muitos anos. Será realmente possível construir essa igualdade entre homens e mulheres? Apesar da modernização da sociedade, ainda hoje existe um abismo entre homens e mulheres em quase todos os quesitos. Seja no mercado de trabalho ou nas relações pessoais, as mulheres estão sempre sendo analisadas e julgadas por meio de padrões que a maioria chama de “machistas”. Isso se dá por uma questão bem simples: cultura. A cultura humana é tradicionalmente machista. Em todos os pontos da História do homem, a mulher sempre teve um papel inferior. Papel este que deveria seguir à risca e, em algumas crenças como a cristã, por exemplo, sob pena de torturas cruéis e até de morte. Felizmente, nos dias de hoje, a mulher não sofre nenhum tipo de tortura física e possui até certa liberdade, mas essa cultura machista permanece forte, mesmo que “camuflada”. É comum e até louvável na sociedade atual que o homem possua mais de uma parceira sexual. Porém, se é a mulher quem possui múltiplos parceiros, ela é julgada, sua índole questionada, e acaba, em vários casos, excluída de seu círculo social. Esse é um belo exemplo de como a questão de igualdade não funciona na prática. Outro exemplo, desta vez inverso, é a questão financeira. O homem é visto como provedor desde os tempos mais primórdios, e isso permanece ainda hoje. Muitas mulheres exigem igualdade de gêneros, mas não aceitam exercer este “cargo” familiar, ao contrário, preferem depender de seus maridos. A igualdade de gêneros é uma ideia interessante, mas vai de encontro à cultura da humanidade, o que acaba tornando-a inviável de fato. 1 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma:2ALENTI Jeitinho Brasileiro É fato que o Brasil é mundialmente conhecido como o país da corrupção. Em 2011, ele ficou em 73° lugar entre os países menos corruptos, segundo pesquisa divulgada pela ONG Transparência Internacional. O grande fator contribuinte para isso é a impunidade, muitas vezes considerada uma característica, pertinente apenas aos órgãos públicos e semelhantes, o que nãoé verdade. A impunidade é intrínseca à personalidade do povo, que a cultiva desde cedo, dentro de casa. A criança cresce sabendo que não irá de fato responder por seus atos, pois sempre há uma forma menos pesada de compensação, caracterizando o famoso “jeitinho brasileiro”. Na adolescência a impunidade é ainda maior, pois o jovem se apoia no fato de ainda não ter atingido a maioridade penal brasileira para cometer livremente seus crimes. Mesmo com toda a impunidade presente nas ruas, a que mais assusta a população é a que grande parte das vezes não é vista: a impunidade política. Os escândalos envolvendo políticos são cada vez maiores no Brasil. Suborno, nepotismo, desvio de dinheiro público, entre outros tantos crimes são cometidos, e os responsáveis não são punidos. Muitas vezes nem sequer são levados a julgamento. Por um fim à corrupção e à impunidade parece ser uma tarefa impossível, mas uma atitude importante deve ser tomada: a reeducação da população, para que mesmo os pequenos delitos sejam considerados imorais, e não algo “comum”. Dessa forma, talvez as pessoas passem a pensar coletivamente, e não apenas em si próprias. 1 São Paulo, 12 de setembro de 2012 Ao Ilustríssimo Senhor Celso Russomanno Candidato à prefeitura de São Paulo. Ref.: Propostas sobre Cultura, Esporte e Juventude Prezado senhor Estive observando seu plano de governo e achei extremamente vaga sua proposta. Como cidadã paulistana e eleitora, senti falta das informações essenciais para que eu possa, talvez no futuro,elegê-lo para a prefeitura de São Paulo. Algumas das propostas que mais chamaram minha atenção foram: incentivo à prática do skate na cidade; reorganização e estimulo à Virada Cultural, ampliando seu espaço de programação para toda a cidade com uma programação permanente; valorização do profissional de educação,oferecendo qualificação, plano de carreiras e melhores condições de trabalho; criação do Procon Municipal e a criação de um programa municipal de convênio com as escolas de saúde e seus respectivos conselhos e associações para estágios, residências nos equipamentos de saúde municipal. Porém, não há nenhuma explicação do que realmente significam essas propostas, como serão realizadas, o que será modificado dentro da cidade de São Paulo, como essas propostas irão, ou não, melhorar a vida dos paulistanos, entre outros. Em vista disso, solicito que Vossa Senhoria forneça maiores informações sobre seu plano de governo a seus eleitores, para que possamos escolher com maior segurança nossos candidatos. Atenciosamente, Ana Carolina V. Guimarães. 1 Nome: Ana Carolina V. Guimarães Turma: 2ALENTI O uso das ferramentas de tradução O avanço da tecnologia compreende atualmente todas as áreas de estudo, não apenas a das ciências exatas. Isso inclui a tradução, que evoluiu drasticamente com o advento das ferramentas chamadas “CAT Tools”. Porém, há diversas opiniões controversas sobre o uso dessas ferramentas de tradução. Existem hoje diversas ferramentas de auxilio à tradução, como os corretores ortográficos e gramaticais, dicionários e glossários on-line. Essas ferramentas são muito conhecidas tanto por leigos quanto por profissionais. É aí que surge a polêmica. Muitos tradutores são totalmente favoráveis ao uso de dicionários e glossários on-line, pois torna o trabalho bem mais fácil e rápido. Por outro lado, há uma grande quantidade de profissionais que são contra essas ferramentas por que são gratuitas e de fácil acesso e qualquer leigo que as utilize pode dizer-se tradutor. Além disso, há o problema da credibilidade. Por serem ferramentas abertas, qualquer um pode alterar e adicionar informações, o que faz que o conteúdo não seja confiável. O fato é que não se pode impedir os avanços tecnológicos, apenas adaptar-se a eles. O tradutor profissional precisa estar atento a esses avanços e sempre pronto a aprender coisas novas, tornando seu trabalho cada vez melhor.