1.PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA MONARQUIA (753-509 a.C.) – pequena cidade, sob influência dos etruscos. REPÚBLICA (509-27 a.C.) – criou suas instituições sociais e econômicas e expandiu o território, tornando-se 1 das maiores civilizações do Mundo Antigo. IMPÉRIO (27 a.C.-476 d.C.) – desfrutou de estabilidade política e paz por 2 séculos. Depois, os romanos enfrentaram inúmeros problemas, cujo agravamento levou ao declínio da civilização romana. O IMPERIALISMO ROMANO 2. A Expansão de Roma é um Fenômeno de Longa Duração Estende-se da monarquia etrusca (séc. VII e VI a.C.) até um momento impreciso do Baixo Império. Trata-se, portanto de um milênio de expansão militar e de domínio de outros Estados e povos por parte de Roma. 3. Lúcio Cornélio Sulla ou Sila ou ainda Silas Os seus primeiros anos foram passados na obscuridade e só conseguiu fundos para ingressar no Senado Romano, através de duas heranças, que Plutarco na sua biografia considera suspeitas. Sulla foi questor ao serviço de Caio Mário na campanha da Numídia e destacou-se sobre o seu comando ao capturar o rei Jugurta. Sulla continuou sob o comando de Mário na campanha contra as tribos germânicas que terminou com sucesso em 101 a.C.. Durante o consulado, Sula obteve o comando principal na 1ª Guerra Midriática (contra Mitrídates VI do Ponto), que acabava de começar. Mas o seu antigo aliado Caio Mário manobrou politicamente e retirou-lhe o comando por meio do suborno de um tribuno da plebe. Sula não se deixou ficar e tomou a decisão de invadir Roma com o seu exército. Mitrídates VI (132-63 a.C.), chamado Eupátor Dionísio, também conhecido como Mitrídates, o Grande Foi rei do Ponto na Anatólia e um dos mais formidáveis e sucedidos inimigos de Roma, havendo enfrentado três dos melhores generais romanos da baixa República. Nesta altura, era considerado sacrilégio para um exército atravessar o pomerium, a fronteira simbólica da cidade. A atitude de Sila foi tão grave e inédita, que ele nem repreendeu alguns dos seus legados que se recusaram a embarcar na aventura. Talvez devido ao efeito surpresa, Sula conquistou Roma e conseguiu assegurar o seu comando. Aparentemente indiferente à devastação política que se vivia em Roma, Sula arrecadou inúmeras vitórias contra Mitrídates, que se aliara a Atenas. Em 82 a.C. regressa à Itália para encontrar um exército à sua espera. Na breve guerra civil que se seguiu, a qualidade dos veteranos das suas legiões provou ser decisiva. Sula invade Roma uma vez mais e em 81 a.C. com a batalha da Porta Colina torna-se ditador romano vitalício. Com essa vitória, ele foi homenageado pelo povo com a construção de uma estátua de bronze e ainda instituiu no calendário, mais uma festa, a da vitória de Sula. A restauração de Sula não resolvera problema algum. A plebe continuava miserável, Os cavaleiros ávidos por dinheiro, Os senadores egoístas e Mitrídates decidido a prosseguir sua luta contra Roma. Em 79 a.C., no pico do seu poder, Sula tomou a decisão de abdicar de todos os seus cargos e de se retirar da vida política Com Roma na bancarrota, Sula recorreu à proscrição dos seus inimigos políticos para arranjar os fundos necessários às reformas que pretendia realizar. Ele perseguiu e matou diversos seguidores de Mário, até mesmo expulsou um grande jovem, sobrinho de Mário (por parte de sua esposa), chamado, Caio Júlio César, que se tornaria o maior nome da história de Roma. Mitrídates retoma a luta e Sertório torna-se seu aliado. Quinto Sertório foi um general e político romano. Tomou o lado de Caio Mário na guerra civil que opôs o partido deste ao de Lúcio Cornélio Sila. Para abater Mitrídates, fora preciso atribuir poderes extraordinários a um único homem – Pompeu – que unira sob o comando forças consideráveis Pompeu estivera em todos os campos de batalha, na Espanha, contra Sertório, no Oriente, contra Mitrídates e os piratas que, aproveitando-se das dificuldades de Roma, tornaram praticamente impossível a navegação pacífica e até na própria Itália, onde bandos de escravos revoltados, sob a chefia de um gladiador, Spartacus, mantiveram o país. 4.Cícero Domina todo este período da história de Roma e sua morte em 43 a.C. assinalou o fim da República, ou seja, da liberdade. Para impor-se na República, era preciso fazer-se escutar e ele era um grande orador. Cícero foi eleito Cônsul em 63 a.C. O seu co-cônsul nesse ano, Caio Antônio Híbrida, teve um papel menor. Nesse cargo, ele destruiu uma conspiração para derrubar a República, liderada por Lúcio Sérgio Catilina. O Senado deu a Cícero o direito de usar o Senatus Consultum de Re Publica Defendenda (uma declaração de lei marcial) e ele fez Catilina deixar a cidade com quatro discursos (as famosas Catilinárias), que até hoje são exemplos estupendos do seu estilo retórico. As Catilinárias enumeraram os excessos de Catilina e os seus seguidores e denunciaram os simpatizantes senatoriais dele como sendo patifes e devedores dissolutos, que viam Catilina como uma esperança final e desesperada. Cícero exigiu que Catilina e os seus seguidores deixassem a cidade. Quando acabou o seu 1º discurso, Catilina saiu do Templo de Júpiter Stator. Nos próximos discursos, Cícero não se dirigiu diretamente a Catilina, mas ao Senado. Com estes discursos, Cícero queria preparar o Senado para o pior caso possível e também entregou mais provas contra Catilina Catilina fugiu e deixou para trás outros conspiradores para começarem a revolução de dentro, enquanto Catilina iria atacar a cidade com um exército de "falidos morais e fanáticos honestos". Catilina tinha tentado ter ajuda dos Alobroges, uma tribo da Gália Transalpina, mas Cícero, trabalhando com os Gauleses, conseguiu recuperar cartas que incriminavam cinco conspiradores e os forçaram a confessar os seus crimes em frente ao Senado Cícero denuncia Catilina 5. Primeiro Triunvirato – Pompeu, César e Crasso O 1º triunvirato foi uma aliança política informal estabelecida em 59 a.C., na República Romana, entre Júlio, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso. Júlio César, acabado de ser eleito cônsul, era um advogado brilhante ; Pompeu era extremamente popular junto dos cidadãos dado às suas conquistas militares, mas desprezado pela classe senatorial pela falta de sangue azul da sua família; Crasso era considerado o homem mais rico de Roma, mas ao qual faltava influência política César, Pompeu e Crasso Caio Júlio César foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano. Suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o Oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e econômicas em Roma César – o único com pensamento político: Quis dar terra aos desprotegidos, Limitar os excessos dos governadores nas províncias; Criou o 1º jornal de Roma. O Cônsul Bíbulo – seu opositor. Aliou-se ao agitador Públio Clódio e o sugeriu que acusasse Cícero de mandar matar sem julgamento os cúmplices de Catilina. Sob a pressão dos bandos de Clódio e também dos exércitos de César que aguardavam a expulsão do grande orador, a plebe votou a lei e Cícero, apesar de seus protestos, teve que se exilar. César começou a conquista da Gália; Pouco a pouco, formou-se um movimento de resistência e houve uma dura guerra. Todos os gauleses, chefiados por Vercingétorix, se voltaram contra ele, mas ele era irredutível, não voltaria a Roma vencido para ser humilhado pelos seus inimigos. Vercingétorix César o encurralou e este se entregou para evitar um massacre maior, quebrando a resistência gaulesa. Crasso empolgou com os tesouros do Oriente. Em Roma, só estava Pompeu que autorizou o regresso de Cícero; Clódio foi assassinado; César voltou a Roma, Pompeu fugiu para o Oriente: o mundo estava dividido. Sertório dominou grande parte da Península Ibérica até à sua morte, derrotando sucessivamente os exércitos, comandados pelos generais romanos com mais reputação na época, como Cneu Pompeio ou Quinto Cecílio Metelo Pio, enviados contra si. O seu sucesso levou também a que os seus domínios na Península Ibérica servissem de refúgio a vários romanos fugidos de Roma em virtude dos sobressaltos políticos lá vividos. Um reforço substancial que recebeu terá sido aquele levado por Marco Perperna Veientão em 77 a.C. após a derrota em Itália da revolta conduzida por Lépido. César tinha a Gália, a Itália e a Espanha. Foi ao Oriente e esmagou Pompeu e o Senado. Era o fim da República Romana. Mas, antes que se impusesse uma ordem estável e que a paz regressasse definitivamente à cidade e ao mundo, foi ainda preciso que houvesse muita luta e muito sangue, a começar pelo do vencedor. 6. O Nascimento do Império César: Formou um novo senado; Reorganizou o Estado; Promulgou leis; Enfraqueceu o poder dos magistrados; Controlou a sociedade dos publicanos para dar mais justiça às províncias; Simplificou o Direito Romano; Criou colônias para dar pão aos pobres Remodelou Roma e Partiu para o Oriente para submeter toda a Ásia até a Índia; O exército se encontra distante e, quando César foi ao seu encontro, foi atacado por um grupo de conjurados em pleno senado, caindo sob os golpes dos punhais. Cícero regozijou; O Assassinato de Júlio César Surgiu um novo personagem: Otávio, sobrinho de César Forma com Antônio, seu ex-inimigo e com Lépido o 2º triunvirato para reorganizar o Estado. Mandam matar todos seus inimigos políticos, entre eles, Cícero, decapitado: “assim morrem os inimigos de César.” 7. Otávio e a Passagem para o Império O assassinato de Júlio César (100-44 a.C.) motivou seu sobrinho Otávio a lutar pelo poder. Em 43 a.C., estabeleceu-se um novo governo em Roma, formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Sucedeu-se uma série de lutas políticas e militares entre esses líderes e seus partidários, motivadas, entre outros fatores, pela relação entre Marco Antônio e a rainha egípcia Cleópatra. Dessas lutas, Otávio saiu-se vitorioso, tornando-se o principal governante de Roma e dos territórios dominados pelos romanos, entre os quais o Egito, conquistado em 31 a.C. Otaviano criou a guarda pretoriana, após a conquista do Egito e o retorno a Roma. Era um corpo militar e de elite, formado para proteger os imperadores romanos e sua família. Alcançou tanto poder que era decisivo na escolha ou permanência dos imperadores. Os pretorianos vestiam-se de forma diferente e as guardas reais atuais são as suas herdeiras no que tange à questão de proteção da família real. Cleópatra deixou-se picar por uma de suas serpentes no ano 30 a.C. A rainha do Egito e seu amante, Marco Antônio, cometeram suicídio após derrota pelas legiões de Otávio na batalha de Áccio. Isto fez com que o Egito se tornasse posse de Roma e Otávio fosse o primeiro imperador romano. 8. O Império Romano A partir de 27 a.C., Otávio acumulou poderes e títulos, entre eles o de Augusto, tornou-se o governante supremo de Roma. Durante seu governo (27 a.C.-14 d.C.), realizou reformas administrativas, profissionalizou o exército e organizou internamente o império, reduzindo o avanço das conquistas militares. 8.1. PAX ROMANA A vitória de Otávio foi recebida com alívio: era o fim das guerras civis. A partir das medidas adotadas por Otávio, o império passou a desfrutar de um período de paz, que ficou conhecido como Pax Romana. Esse período estendeu até o século III, abrangendo os governos de vários imperadores que podem ser agrupados em 4 dinastias. 8.2. Otávio e a Literatura Durante as guerras civis, Roma perdera muitas de suas tradições. Otávio compreendeu que outras fossem criadas. Procurou apoio nos poetas para criar verdadeiros “mitos”. Virgílio escreveu: “Eneida”, “Bucólicas”, “Geórgias”: simplicidade, pastoralismo, natureza, deuses. 8.3. O Fim do Reino de Augusto Uma série de incursões profundas através da Germânia pareceu permitir a pacificação de todo o país; Mas uma terrível revolta rebentou, bruscamente, no fim do reino de Augusto no ano 9 d.C. Varus, o general romano, foi supreendido por cheruscos, liderados por Armínio. O exército de Varus foi completamente destruído. A revolta de Armínio pôs fim ao projeto de romanização da Germânia. A fronteira foi transferida para o Reno, ficando aí o Império O império romano atingiu sua máxima extensão em meados do século II, com cerca de 4 milhões de km2 e 70 milhões de habitantes. 9. As Dinastias do Império Dinastia dos Júlio-Cláudio (14-68) Tibério, Calígula, Cláudio e Nero; Dinastia dos Flávios (69-96)– Vespasiano, Tito Flávio Vespasiano e Domiciano; Dinastia dos Antoninos (96-192)Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Antonino Pio e Cômodo; Dinastia dos Severos (193-235)– Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre. TIBÉRIO (14 - 37) Filho adotivo de Augusto, foi um ótimo administrador. Fiscalizava tudo, não permitindo abusos e fraudes. Segurou firmemente as rédeas do Estado, deixando Roma em excelente situação financeira. Apesar disso, era pouco popular. O retraimento, o mau humor e a crueldade faziam dele uma figura odiosa. Calígula (37 – 41) Iniciou seu governo, tomando medidas populares, obtendo grande prestígio. Acometido por várias doenças, tornou-se doente mental: Fez com que o senado o aclamasse como divindade. Nomeou seu cavalo Incitatus senador de Roma. Moveu perseguições violentas e cruéis. Pretendia transformarse num monarca estilo oriental. Foi assassinado. Cláudio (41- 54) O medroso Cláudio, assim que soube da morte de Calígula, escondeu-se atrás de uma cortina. Descoberto por um guarda pretoriano, foi aclamado imperador, antes que os senadores restaurassem a antiga república. Conquistou a Bretânia e a Mauritânia, aperfeiçoou a administração e realizou obras públicas. Foi envenenado por sua esposa Agripina. Nero (54 – 68) Agripina assassinou Cláudio para Nero chegar ao poder. Durante os 1ºs cinco anos, fez um bom governo, depois tornou-se um tirano sanguinário: mandou envenenar seu irmão Britânico, livrou-se de Sêneca e Burrus (antigos aliados), mandou assassinar sua mãe e sua esposa e todos aqueles de quem apenas desconfiasse. Perseguiu os cristãos (Pedro e Paulo morreram durante seu reinado). As províncias da Gália e da Espanha, lideradas por Galba, rebelaram-se contra Nero, obtendo, em Roma, o apoio do Senado e dos pretorianos. Declarado “inimigo da pátria”, Nero fugiu e suicidou. Antes de morreu, teria declarado: “Que grande artista perde o mundo!” 10. Prazos Curtos no Poder Galba mal entrara em Roma para receber o título de Imperador das mãos do senado e já um rival surgia: Oton, antigo companheiro de Nero, mandou a guarda pretoriana contra Galba Entretanto, Vitélio surge da Germânia, esmaga o exército de Oton e mal assume o poder Em pouco tempo, as legiões do Oriente apoiam Flávio Vespasiano 10.1. Vespasiano ( 69-79) Não era romano. Para restaurar a ordem econômica e militar: Reduziu os gastos; Restabeleceu a disciplina militar; Submeteu definitivamente a Judeia; Construiu o Coliseu; 10.2. Tito Flávio Vespasiano Construiu muitas estradas nas províncias; Socorreu as cidades de Herculanum e Pompeia (Campânia), atingidas pela erupção do Vesúvio; Expulsou os judeus da Palestina, quando seu pai ainda era imperador (70) 10.3. Domiciano Tornou-se imperador por causa da morte de seu irmão Tito Vespasiano; Defendeu as fronteiras do Reno, do Danúbio e da Bretanha; Perseguiu os Cristãos e Judeus; Ignorou o senado; Era mau e vingativo; Acabou assassinado em 96. 10.4. Nerva Restaurou os direitos abolidos durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração possuía problemas financeiros. Faltava-lhe habilidade para tratar com as tropas. Uma rebelião da guarda pretoriana em 97 quase o forçou a adotar o popular Trajano como herdeiro e sucessor. 10.5. Trajano Possuía uma brilhante capacidade militar e administrativa. Altivo, simples e honesto, foi um grande imperador; Construiu estradas, pontes aquedutos, e belos edifícios; Levou as fronteiras imperiais até a Índia Para celebrar suas conquistas, construiu em Roma a célebre Coluna Trajano de 38 m de altura 10.6. Adriano Destacou-se como um dos melhores imperadores da História de Roma; Fez inteligentes reformas administrativas, políticas e jurídicas (Édito Perpétuo); Reforçou o exército; Incentivou as artes; Foi tolerante com os cristãos; Mas tinha defeitos: ambicioso, vingativo, arrasou a Palestina 10.7. Antonino Seria um bom imperador, com algumas ressalvas. “O paternalismo cauteloso de Antonino, esse cuidado com a economia, essa vontade decidida de evitar a guerra e a recusa de aceitar como súditos os povos estrangeiros que pediam para fazer parte do império parecem revelar um enfraquecimento secreto e um bem-estar frágil.” (Jean-Marie Engel) 10.8. Marco Aurélio Em seu governo, o longo período da paz romana chegou ao fim. Os partos atacaram o Oriente e os germânicos perseguiam o Danúbio e a Dácia. Dos 19 anos de governo, foram 17 de guerra. Também houve: peste, 1 terrível inundação do Tibre, 2 graves epidemias de fome e 1 usurpação tornou seu governo ainda mais difícil. 10.9. Cômodo Filho de Marco Aurélio Era desequilibrado, perverso ao extremo, deliciava-se com espetáculos sangrentos. Acabou assassinado. Com a morte de Cômodo, a anarquia se instalou no Império Romano. Imperadores mudavam do dia para a noite. O império chegou a ser leiloado. “Isto se passava no ano de 193. O que oferecia aos soldados maior soma podia ser eleito imperador. Por 6 mil denários, para cada homem, adquiriu Juliano o tão cobiçado trono imperial.” (Diom Cássio) 10.10. Sétimo Severo (193-211) Governou com apoio do exército A seus filhos Geta e Caracala aconselhava:”Enriquecei os soldados e zombai do resto.” • Perseguiu os aristocratas; • Diminuiu as atribuições do senado; • Colocou militares no governo das províncias • Construiu um conselho imperial composto de juristas como Papiano e Ulpiano, para ajudá-lo nas tarefas legislativas 11. Os seus sucessores serão dominados por militares Caracala (212-217) Macrino (217) Heliogábalo ((218-222) Alexandre Severo (223-235) Serão vítimas dos legionários descontentes Caracala promulgou um Edito (212), concedendo cidadania a todos os homens livres do império. 12. Governos dos Severos O imperador torna-se uma figura sagrada e autoritária; Declínio dos poderes do senado; Sírios e africanos foram favorecidos O primeiro egípcio entrou para o senado; Expansão do cristianismo. Nas zonas rurais despovoadas, os ricos ajuntam muitos domínios e aí instalam oficinas prósperas, concorrendo com o artesanato das cidades. A produção diminui, os preços sobem e depreciam a moeda Severo e seu filho Caracala praticam a inflação, aumentam as taxas, introduzem o imposto em espécie e em dias de trabalho. 13. IMPERIALISMO DEFENSIVO Alguns autores acreditam que a expansão romana foi imotivada e involuntária, pois o senado nunca buscou a hegemonia. A prova estaria na recusa romana em anexar os territórios conquistados, estabelecendo protetorados ou em finalizar os povos submetidos. • É na conquista da Grécia Helenística que os defensores da tese do imperialismo preventivo ou defensivo concentram sua atenção. 13.1. Primeiro momento defensivo do Império Romano E uma etapa expansionista e agressiva, coloca-se na 1ª Guerra Púnica, quando Roma se aventura pela 1ª vez fora da Itália. Conquistam Sicília e Sardenha Na 2ª Guerra Púnica com Cartago ou No séc.II a.C., na campanhas orientais ou Na destruição de Cartago e Corinto em Corinto em 146 a.C. Púnico deviva-se de puni (fenício) que era como os romanos chamavam os cartagineses. 13.2 Guerra Defensiva Caráter religioso, possuía complexo ritual executado por 1 colégio de sacerdotes (feciais) - guerra justa - reparação de injustiça contra os romanos. Ritual: pedir satisfações (res repetere), reclamar as injustiças sofridas (clarigatio) e em caso de não atendimento, declarar a guerra, atirando 1 lança ensanguentada em território inimigo. Vencedores: estabeleciam 1 tratado (foedus) – ficavam sob proteção de Roma (uenire in fidem) Sacrificavam um porco, invocando Júpiter 13.3.A Vitória na Guerra Obtenção de bens materiais: presas de guerra, territórios, escravos, soldados e poderio político (glória para os chefes, alianças com aristocracias locais). 14. As duas etapas do Imperialismo Romano: I - Os romanos conquistaram o império com as armas, para seu próprio benefício, tratavam os subjugados com bondade. Comportavam-se como benfeitores e amigos: a uns cederam a cidadania, a outros o direito do matrimônio e a alguns deixaram a autonomia. II – Depois do domínio, aterrorizaram as cidades. Destruíram Corinto e Cartago (146 a.C.), erradicaram a Macedônia e a Numância (133 a.C.). Antes da destruição de Cartago, o povo e o senado romano administravam conjuntamente a república com placidez e moderação. 15. A expansão de Roma Monárquica e Republicana Até o séc. III a.C., foi realizada por uma sociedade essencialmente camponesa, na qual, os cidadãos se definiam pela propriedade de lotes de terra, em geral de pequena extensão, que eram cultivados pelo proprietário e sua família ou, no caso das famílias aristocráticas, por trabalhadores dependentes, ligados à classe dominante por laços de clientela. A Característica mais Original deste Período É a capacidade de o imperialismo romano alterar a estrutura econômica das regiões subjugadas e, em grande medida, integrá-las à sua própria economia, mercantil e escravista. 16. Terra e Expansão Um dos elementos determinantes da expansão romana foi a busca por terras cultiváveis nas lutas internas em Roma e nos recursos obtidos com as conquistas. Tais terras eram integradas à propriedade pública do Estado Romano como ager publicus (terras públicas) 16.1. Terras Públicas e Conflito Agrário Até meados do séc. IV a.C., a expansão foi um feito da Liga Latina que congregava as cidades do Lácio. Por volta de 340 a.C., dissolvendo-se a Liga Latina, prosseguiu a fundação de colônias, diferenciadas em 2 tipos: Umas de caráter essencialmente militar e Outras localizadas na costa (interesses marítimos) 16.2. As Leis Agrárias A distribuição de territórios conquistados provocou uma longa série de lutas sociais em Roma, materializadas por várias leis agrárias, transmitidas pela tradição. A mais antiga é a lei agrária de Espúrio Cássio (séc. V a.C.) que distribuiu terras tomadas dos érnicos no Lácio à plebe e aos latinos 17. Importância da Colonização Entre 338 e 218 a.C., foram criadas 40 colônias, onde houve a distribuição de terra à população camponesa de Roma e de seus aliados e reproduzindo aí a economia de subsistência, centrada na pequena propriedade camponesa, que era característica de Roma neste período. 18. A Conquista da Cidade Etrusca de Veios Foi realizada por Roma, por meio de uma longa guerra e cujos amplos territórios foram confiscados em sua totalidade e se transformaram em ager publicos, foram repartidos em lotes e distribuídos à população de Roma (assignação), como resultado de uma intensa agitação social na cidade. Tal forma de repartição, cujo caráter social é evidente, enfrentava a oposição da aristocracia e do senado. 19. Imperialismo e Luta Política A estrutura política deixava ampla margem de controle e decisão nas mãos da oligarquia senatorial. Tal controle era ressaltado pelas características de funcionamento de 2 assembleias populares em Roma: por centúrias e por tribos. 20. As Assembleias da Plebe De caráter mais democrático, reuniam toda a cidadania (excetuando-se os patrícios) que votava por tribos, independentemente da riqueza pessoal dos participantes. Os votos eram computados por tribos e não individualmente. As decisões (plebiscita) não tinham, até o séc. III a.C., valor de lei para o conjunto da sociedade, sendo aplicáveis apenas aos próprios plebeus 21. Assembleias por Centúrias Representavam o povo em armas e nas quais o povo era segmentado em centúrias (batalhões de soldados), distribuídas segundo a riqueza individual deles. Elegiam os magistrados e aprovavam declarações de guerra, deixando uma grande margem de controle nas mãos dos ricos A Assembleia Centurial oferecia vários cargos, entre eles podemos citar: Pretores: encarregados da justiça Censores: contavam a população e cuidavam da manutenção da ordem e dos costumes Questores: cobravam impostos Edis: cuidavam da manutenção da cidade Pontífice: era responsável por assuntos religiosos 22. Os Benefícios das Conquistas A aristocracia fundiária tinha na expansão uma forma de ampliar seu próprio poder, adquirindo glória e prestígio militar, estabelecendo alianças com as aristocracias dos Estados aliados, fortalecendo o exército. Por outro lado, ocasionavam a agudização dos conflitos por parte da plebe que se sentia prejudicada. 23. Para os Proletarii As terras recebidas e que foram confiscadas representavam a possibilidade de acesso ao meio básico de produção, com consequente elevação de seu status social e de sua participação política. Eram de extensão reduzida, distantes de Roma, fazendo com que seus colonos perdessem seus direitos políticos de cidadão romano. 24. Quem era o inimigo do Senado Romano ? O povo respondeu que não era Veios, a quem Roma queria declarar guerra e sim a própria plebe romana. Esta sentia-se incomodada pelo senado com o serviço militar, mantendo-os ocupados em regiões estrangeiras, com receio de que se gozassem de uma vida pacífica em casa, começassem a pensar em coisas proibidas: liberdade, terras próprias para cultivar, divisão de terras públicas, direito de voltar segundo a vontade. Conflitos da Plebe