UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO De Cale a Vila Nova de Gaia As instituições públicas e sua evolução Jan. 2010 Carlos Almeida 25904 Rui Silva 25953 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas AGRADECIMENTOS: Ao Dr. Mota, por ter despertado o interesse pelas raízes de Vila Nova de Gaia; Á Professora Mónica Augusto, por ter aguardado pelo trabalho e por ter de encarnar o Prof. Marcelo para o ler; Á Diana, que nos aturou horas a fio; 2 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas INTRODUÇÃO É na margem esquerda da foz do Douro que se fundem as culturas dos dois mestrandos que elaboram este trabalho. Quando este trabalho foi proposto, pensamos logo em focar a nossa análise no concelho de Vila Nova de Gaia. A importância deste concelho ultrapassa qualquer ideia que se possa ter, basta pensarmos que o produto com mais importância no nosso PIB (Vinho do Porto), tenha as suas principais empresas sediadas nesta cidade. Além deste dado, é ainda importante realçar que este é o terceiro concelho mais populoso de Portugal. Ao nível institucional, o concelho de Gaia sofreu grandes alterações que vamos analisar no decorrer deste trabalho. Para um maior entendimento, achamos por bem fazer uma análise histórico-política e geográfica do concelho. A lenda mais conhecida de Gaia relata a batalha do Rei Ramiro II com Alboazer por questões amorosas. Conta a lenda que o rei Ramiro II que viveu por volta do séc.. X, ouvira falar na beleza e bondade de uma moura irmã de Alboazer Alboçadam senhor das terras de Gaia até Santarém. Este senhor travou muitas lutas com o rei Ramiro II. Como o rei Ramiro II queria ficar com a moura de quem estava apaixonado, fez as pazes com Alboazer. Então pediu a moura em casamento ao seu irmão. Ele não consentiu, pois rei Ramiro era já casado e tinha filhos. O rei ficou zangado e uma noite com a ajuda dos seus soldados raptou a moura e conseguiu levá-la para Leão. Baptizou a moura e deu-lhe o nome de Artiga. O Alboazer ficou muito zangado com o rei Ramiro e mandou raptar toda a sua família, a Rainha e filhos. Levou-os para o seu palácio em Gaia. Quando Dom Ramiro soube, ficou furioso e jurou vingar-se. Juntou de novo as suas tropas e veio tentar recuperar a sua família. Ao chegar perto do palácio mandou esconder as tropas e ele disfarçou – se de mendigo. Conseguiu mandar um recado à Rainha para poder entrar no palácio. Depois de entrar enganou o seu inimigo e conseguiu chamar todas as suas tropas e travaram uma grande batalha. Levou dali a toda a sua família para um barco e seguiram caminho para Leão. A Rainha chorava muito pelo senhor de Gaia que o rei Ramiro tinha matado. O rei não gostou e mandou deitar a Rainha ao mar, com uma pedra ao pescoço. Quando o rei Ramiro chegou de novo a Leão casou com a bela Artiga que era agora cristã. 3 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas ENQUADRAMENTO HISTÓRICO-POLÍTICO E GEOGRÁFICO DE V. N. GAIA Vila Nova de Gaia é um dos 16 municípios da Área Metropolitana do Porto. A cidade está localizada na margem sul da foz do rio Douro, o que a torna singular por pertencer ao distrito do Porto. Formada originalmente a partir de duas povoações distintas, Gaia e Vila Nova, foi elevada a cidade a 28 de Junho de 1984. A última alteração verificada neste concelho foi em 1952 pelo decreto-lei n.º 38637, tendo-se constituído a freguesia de S. Pedro da Afurada por desanexação à freguesia de S.ta Marinha. Com 168,7 km² de área é o maior concelho do Grande Porto. Gaia subdivide-se em 24 freguesias, limitada a norte pelo município do Porto, a nordeste por Gondomar, a sul por Santa Maria da Feira e Espinho e a oeste pelo oceano Atlântico. Este contexto permitelhe ser um concelho de grandes contrastes, entre zonas interiores, rio e mar, bem como entre áreas urbanas, industriais e rurais. Segundo dados de 2008 do Instituto Nacional de Estatística (INE), é o terceiro município mais populoso de Portugal, e o mais populoso na região Norte, com 312 742 habitantes. A maioria da população (178 300) é residente essencialmente em Mafamude, Santa Marinha e Afurada, as três freguesias que formam a cidade de Vila Nova de Gaia. O Rio Douro adequou, desde sempre, as características geográficas e económicas desde concelho. A zona ribeirinha da cidade destaca-se pelo impacto como estaleiro e entreposto comercial. O Vinho do Porto é a principal riqueza desta região, com os seus majestosos armazéns e os barcos rebelos, são um dos principais pólos de atracção turística, não só de V. N. de Gaia, como do país. Foi em Vila Nova que, em 1756, por ordem do Marquês de Pombal, foi instalada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. A Companhia estabeleceu 4 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas a primeira região vinícola demarcada do mundo, o Douro, com a instalação dos célebres marcos pombalinos1. O peixe e o comércio tiveram, desde sempre, uma grande importância no tecido económico concelhio. S. Pedro da Afurada e Aguda são exemplos de comunidades muito activas no sector piscatório, possibilitando a compra directa de peixe fresco. Da mesma forma, embora o desenvolvimento urbano tenha reduzido o espaço disponível para terrenos agrícolas, mantém-se a capacidade de produção, nomeadamente em nichos de mercado como a agricultura biológica. Disto são hoje exemplo, o Projecto Raízes e o Cantinho das Aromáticas. As ligações ao Porto, por ponte, vieram fomentar ainda mais o impulso de Gaia, a primeira foi a Ponte D. Maria (ferroviária), em 1877, a assinatura é de Gustavo Eiffel. A este clima hegemónico favorece, já no século XX, a chegada da industrialização, com a qual Vila Nova de Gaia se vê invadida por fábricas de cerâmica (destacando-se a das Devesas), metalurgia, cortiça e vidro, que se desenvolvem após as funções governativas de Fontes Pereira de Melo, o qual dava prioridade ao desenvolvimento da rede viária e dos transportes marítimos e ferroviários como forma de fazer progredir o país. Apesar das condições favoráveis, lentamente, a intensa vida comercial e industrial de Gaia vai-se alterando. As fábricas de cerâmica fecham e outras indústrias, como a cortiça, deslocam-se para os concelhos situados a sul, mais perto do porto de Aveiro. Dado isto, actualmente, Vila Nova de Gaia vive sobretudo de actividades terciárias, estando cada vez mais a apostar no turismo, visto que não tem matérias-primas de especial valor no subsolo, nem grandes terrenos agrícolas. DAS PRIMEIRAS REFERÊNCIAS AO REINADO DE D. AFONSO HENRIQUES O povoamento das terras que hoje compõem o Concelho de Vila Nova de Gaia está documentado desde as épocas mais remotas, do período neolítico até ao aparecimento da romanização. Foram encontrados instrumentos de pedra polida no Monte Murado (Pedroso) e picos asturienses no litoral entre Lavadores e Valadares. 1 Para demarcar o espaço físico da mais antiga região demarcada do mundo foram mandados implantar 201 marcos de granito. Seis anos mais tarde, no ano de 1761 são colocados mais 134 marcos pombalinos, perfazendo então um total de 335. (Ver imagem em anexo 2); 5 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Em diversos locais do concelho é possível encontrar referências à cultura megalítica, período do bronze e idade do ferro, esta última comprovada pelos numerosos castros encontrados (uma média de um por freguesia). Os quais virão a ser intensamente romanizados a partir do século I d.C., ganhando muita importância com a construção da via romana. A povoação de Cale2 possuiu grande importância durante o reino Suévico3 e durante as invasões árabes servindo muitas vezes de fronteira entre território cristão e território “infiel”, como aliás vem descrito na lenda de Gaia. A convivência entre cristãos e árabes não foi apenas de confronto. A população cristianizada criou lugares de paz e desenvolvimento por todo o território como é o caso dos Mosteiros de Grijó, Crestuma, Avintes, Pedroso, Vilar de Andorinho e Sandim, no entanto acabaram por ser extintos ou integrados noutros maiores com a vinda da Ordem de Cluny. Durante séculos a igreja e o poder civil deste território, pertenceram aos governadores de Coimbra. No aspecto civil e militar, esta zona, entre Douro e Mondego, “funcionou como cadinho da nacionalidade nascente”4, onde convergiam os interesses dos ricos homens de RibaDouro, com os senhores Moçárabes da zona entre Douro e Vouga e os cavaleiros Mouriscos de Coimbra contra três forças distintas, os fidalgos galegos, a Norte, sediados em Guimarães; os leoneses, a Leste, que pretendiam dominar os vales do Douro e Côa; e os árabes, a Sul, sempre presentes às portas de Coimbra e de Montemor. Desde o inicio da nacionalidade que a família real concedeu amplos benefícios às terras de Gaia. D. Teresa e D. Afonso Henriques coutam várias terras como Brito, Grijó, Avintes e Tarouquela, tornando-as imunes às justiças dos bispos portucalenses que as cobiçavam. 2 Nome pelo qual Gaia era conhecido no tempo romano; Existem referências a uma possível Sé na margem esquerda do Douro; 4 Panorâmica geral da história de Vila Nova de Gaia, ed. Câmara Municipal de Gaia, 1991; 3 6 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas OS FORAIS DE VILA NOVA DE GAIA “Os forais são documentos extremamente importantes para uma leitura da nossa história medieval. Por um lado, apontam claramente as razões pelas quais merece a pena ir povoar uma terra e por outro, ao apontarem direitos e obrigações dos povoados, são retratos exactos do “habitat” local.” 5 É a velha questão, entre o poder dos reis e dos bispos, que levará à criação da Vila de Gaia, junto ao rio, pelo Foral dado por D. Afonso III em 1255, iniciando-se assim a organização local em termos municipais. A Vila de Gaia é terra reguenga e os seus habitantes, mercadores e pescadores, têm o invejável privilégio de não pagarem portagem em nenhuma terra do Reino. Com o rápido aumento da população nasce, junto de Vila de Gaia, a povoação de Vila Nova de Rei6. D. Dinis e a Rainha concedem o Foral a esta Vila em 1288 e rapidamente esta transforma-se num importante entreposto comercial. Sendo dois concelhos completamente distintos, Gaia e Vila Nova, foram sofrendo grandes alterações ao longo dos reinados. Depois do foral de Pedroso ter sido entregue aos seus habitantes em 1271, pelo Abade do Mosteiro, D. Pedro cria, em 1363, o concelho de Canidelo que acaba por ter uma duração efémera porque estas terras haviam sido oferecidas a D. Inês pela Igreja. Esta revelou-se a última tentativa do poder régio aumentar a sua influência na margem esquerda do Douro. Com os acontecimentos dinásticos de 1383 e a destruição do Castelo de Gaia no ano seguinte, Gaia e Vila Nova, são doadas por D. João I à cidade do Porto. Esta doação é uma paga pelos serviços que os burgueses portuenses haviam prestado aquando do cerco de Lisboa pelo rei de Castela. Estas duas povoações acabam por perder a sua autonomia municipal, sendo o poder exercido por um membro da nova nobreza, Álvaro Anes de Cernache pelos seus feitos na Batalha de Aljubarrota. 5 6 SILVA, Dr. João Belmiro Pinto da Silva, Vila Nova de Gaia – a outra margem, Anégia editores, 1999; Esta zona é hoje pertencente à parte baixa da freguesia de Sta. Marinha; 7 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas No Foral de D. Manuel I, datado de 1581, é possível verificar um alargamento da mancha de povoação por todas as freguesias que constituem o actual concelho de V. N. de Gaia. O Mosteiro de Grijó é um exemplo da grande influência da igreja nestas terras. O clero é detentor de um largo número de propriedades, das quais aufere volumosos rendimentos. No século XVI alguns cónegos deste Mosteiro optam por viver vais próximos da cidade do Porto, é com este propósito que nasce o Convento da Serra do Pilar, um majestoso edifício renascentista. O LIBERALISMO EM PORTUGAL No início do século XIX, em resultado das invasões francesas, chega a Portugal a ideia de assembleia parlamentar enquanto órgão de representação nacional. Esta ideia contrapõe o modelo tradicional das cortes, representados pelas três Ordens do Reino: Clero, Nobreza e Povo. Em 1808, nascem as cortes constitucionais apresentadas pelo tanoeiro José de Abreu Campos, num documento conhecido como a Súplica de Constituição7. “O documento foi apresentado pelo tanoeiro José de Abreu Campos, um dos representantes do povo à Junta dos Três Estados (comissão delegada das Cortes do Reino) e tratava-se de um projecto de petição dirigida a Napoleão, onde se pedia a outorga de uma Constituição. Neste projecto constitucional de um grupo de afrancesados (simpatizantes das ideias da Revolução francesa) estavam já claramente expressos princípios tão caros ao liberalismo como o da igualdade perante a lei, a salvaguarda da liberdade individual de culto, a justiça fiscal "sem excepção alguma de pessoa ou classe", a liberdade de imprensa e a instrução pública. Preconizava-se o princípio da divisão tripartida dos poderes, em que o poder judicial deveria ser independente e o poder executivo assistido por um Conselho de Estado e que não podia "obrar senão por meio de ministros responsáveis". Relativamente ao poder legislativo, pedia-se a instituição de um parlamento bicameral, sendo os representantes da nação eleitos pelas câmaras municipais, de acordo com "os nossos antigos usos", legislando as duas câmaras em concorrência com o executivo. Com a revolução de 1820 procurou-se que alguns destes princípios fossem assumidos como linhas de orientação política, intenção indiciada, desde logo, pela vontade de convocação de cortes constituintes com vista à elaboração de uma constituição escrita, como se pode constatar na proclamação lida a 24 de 7 LOPES, Praça, Colecção de leis e subsídios para o estudo do direito constitucional português, vol. II, páginas IX e X, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1897; 8 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Agosto por um dos comandantes da tropas que fizeram o pronunciamento militar no Porto. A Junta Provisional, então constituída, organizou as eleições para as Cortes.”8 A aprovação da Constituição de 1822, resultado da revolução liberal de 1820, marca o começo da história do parlamentarismo constitucional em Portugal. REVOLUÇÕES LIBERAIS EM V.N. DE GAIA Foi durante o Cerco do Porto pelas tropas liberais de D. Pedro contra os realistas fiéis a D. Miguel, entre 1832-1833, que Gaia tem um papel de maior relevância nesta luta pelo poder em Portugal. O visconde de Santa Marta, comandante supremo dos realistas, resolveu estabelecer-se em Gaia com pretensões de abrir fogo mal o inimigo fosse avistado, contudo as forças liberais foram mais fortes e tomaram o convento da Serra do Pilar, os realistas retiraram até Oliveira de Azeméis. Os ataques à Serra do Pilar eram constantes mas este reduto foi defendido heroicamente pelo General Torres. Até à vitória final dos Liberais leva a retirada das tropas realistas. O Conde de Almer que estava na zona ribeirinha de Gaia com as suas tropas também retira mas manda incendiar as caves de Vinho do Porto. O prejuízo foi, na época, foi avaliado em mais de 2.500 contos de réis, perderam-se 17.374 pipas de vinho e 533 pipas de aguardente. 8 In www.parlamento.pt; 9 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas A CRIAÇÃO DO CONCELHO E MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE GAIA Foi em cumprimento do disposto no Decreto nº 23, de 16 de Maio de 1832 – aditado ao Decreto de 23 de Junho de 1833 – que foi estabelecido o novo concelho e município de Vila Nova de Gaia. Disposto isto, Manuel Gonçalves de Miranda, Perfeito da província do Douro9, nomeou Manuel Dias Monteiro como Provedor10 do novo concelho de Gaia. O Perfeito do Douro organizou, ainda, a Comissão Administrativa Municipal para dirigir o município. Assim, a nomeada comissão era constituída por António da Rocha Leão11, António Tomás da Silva, Francisco Alves de Oliveira Araújo e José Alves Souto, cabendo a António Leão a honra de a presidir. 28 de Maio de 1834 fica marcado como um dia de boa memória para todos os gaienses. No único edifício público da época, uma cadeia12, compareceu Gaudêncio Xavier de Carvalho e Silva, como delegado daquela autoridade, a fim de dar posse ao Provedor e ao Presidente e membros da Comissão Administrativa do Município. Cinco dias depois, no mesmo local e com o mesmo delegado, párocos das freguesias e muitas pessoas na assistência, os já empossados prestaram “juramento de fidelidade à Rainha D. Maria II”. Assim, o concelho de Vila Nova de Gaia ficou composto pelas seguintes freguesias: Arcozelo, Canelas, Canidelo, Getim13, Gulpilhares, Mafamude, Madalena, Olival, Oliveira do Douro, São Félix da Marinha, Santa Marinha, Sermonde, Serzedo, Valadares, Vilar de Andorinho e Vilar do Paraíso, uma composição muito próxima da actual. 9 Cargo actualmente designado por Governador Civil; Idem, por Administrador; 11 António da Rocha Leão, mestre tanoeiro (um dos mais distintos da sua classe), além de primeiro presidente e responsável pela instalação do município de Gaia, foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo pela rainha D. Maria II. Faleceu a 3 de Outubro de 1854; 12 Concluído em meados de 1832, tem a curiosidade de ter sido o cárcere número um, o dirigente da sua construção. João Rodrigues da Cruz, o Susano, foi preso após a vitória dos liberais na sequência da Guerra Civil Portuguesa (1828-34). Depois de ter servido como sede da Escola Oficial Masculina de Mafamude, foi demolido em 1904 para alargamento do actual Jardim Soares dos Reis; 13 Foi anexa ao concelho de Espinho pelo Decreto nº 12457, de 11 de Outubro de 1928. Pelo mesmo Decreto foi anexa ao concelho de Gaia a freguesia de Lever; 10 10 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Na sequência destes acontecimentos, em 20 de Junho de 1834 Vila Nova e Gaia readquirem a sua autonomia e o Município abre uma nova página da sua história. O Município do Porto imiscuía-se na gestão do município gaiense reclamando para si os impostos cobrados nas freguesias de Mafamude e Santa Marinha, consideradas pertencentes ao município do Porto há já muitos anos. Entre os meses de Junho e Novembro realizaram-se 39 reuniões com a finalidade de resolver esta situação. Quando, em 11 de Novembro de 1834, a nova vereação toma posse na Comissão Administrativa Municipal Gaiense, a antiga equipa teve de despender 125$00 por cada membro a fim de saldar as dívidas do executivo. A insistência das pretensões da Câmara do Porto levou o Perfeito da Província, por ofício de 15 de Outubro de 1834, a mandar desanexar da freguesia de Santa Marinha, 100 a 160 fogos, “como pertencentes ao Termo Velho da Muito Nobre e Leal Cidade do Porto”. Apesar do descontentamento dos habitantes, suportado pela nova vereação eleita que tinha já o apoio dos párocos e autoridades das restantes freguesias do concelho, o Governo atendeu aos desejos da Câmara do Porto. Esta situação levou a que ambas as margens criassem um imposto de trânsito de veículos. Ao fim de alguns anos Vila Nova de Gaia vê aprovado, por D. Maria II, o seu brasão de armas14, para com ele “galardoado a antiquíssima vila de Cale, conhecida hoje como Vila Nova de Gaia”. Verifica-se portanto as vicissitudes por que passaram os executivos gaienses para que o Município de Gaia continuasse a manter-se perante um poderoso inimigo, que, mesmo separado pelas águas do Rio Douro, tinha firmado, contudo, as suas guerras numa grande parte das terras de Gaia. As localidades de Avintes, Grijó, Crestuma e Sandim também foram elevados a municípios mas não conseguiram prosseguir na sua função. Na verdade, os dois últimos 14 No mesmo brasão “uma fortaleza, com zimbório, perpetuará o templo da Serra do Pilar, em que os bravos gaienses se encerraram e defenderam a bandeira das cores nacionais constitucionais, triunfante, sempre, aos repetidos assaltos, com que, debalde, a pretenderam derribar.” In Santos, José Dinis, Resenha histórica de Cale Vila de Portugal e Castelo de Gaia – Separata de comunidades portuguesas, nº 21-12, 1970; 11 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas passaram a integrar o município de Grijó no ano de 1835, passando este, assim, a eleger cinco vereadores no ano de 1835. Contudo, dois anos depois, a 16 de Janeiro, realizou a sua última sessão camarária. Avintes15, presidida por António Francisco Aleixo, muito se esforçou na tentativa de engrandecer o concelho, para tal, a 17 de Junho de 1836, solicitou à Junta-Geral da Província do Douro, a anexação das freguesias de Olival, Pedroso e Vilar de Andorinho. O pedido foi indeferido por falta de receitas próprias, facto que levou António Francisco enviar uma representação a D. Maria II solicitando a anexação de Avintes ao concelho do Porto. A última acta deste município data de 28 de Fevereiro de 1837, tendo o seu arquivo municipal sido entregue na Câmara de Gaia. Com estas anexações, o concelho de Gaia ficou constituído pelas 24 freguesias que ainda hoje o compõem. O executivo gaiense era composto por um Presidente e Vereadores, os últimos eleitos nominalmente pelo n.º de habitantes das suas freguesias. Aquando da primeira Comissão o erário tinha três vereadores aumentando este número para oito no ano de 1910, ano em que o regime político sofreu uma alteração em Portugal com a Implementação da República em 1910. Durante o regime monárquico-liberal, o Município de Gaia foi dirigido por 37 vereações e sete comissões administrativas municipais. Depois da Instauração da República, Vila Nova de Gaia teve um crescimento exponencial. Aproveitando a sua proximidade com o Porto e durante muito tempo ter servido como “dormitório” desta cidade, Gaia abandonou a indústria tradicional para apostar no turismo e em indústrias de ponta como o ramo automóvel. No presente, Vila Nova de Gaia é gerida pela equipa de Luís Filipe Meneses que tem apostado fortemente no turismo e na juventude. Líder carismático, amado por um, odiado por outro, Meneses lidera a edilidade desde 1997. Neste período o município viu a sua população crescer, ultrapassando os 300 mil habitantes. 15 Os Passos Municipais tinham sede na então denominada Tulha dos Dízimos; 12 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas A nível turístico, Vila Nova de Gaia é já uma marca de grande valor, este é, no momento, o maior contribuinte para a economia local. No entanto, o seu impacto é muito maior que os limites concelhios, este contributo é fundamental também para o PIB nacional. A autarquia tem sido um ponto de estabilidade desta região do país, desde a revolução de 74 a câmara apenas conheceu 6 presidentes. 13 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas CONCLUSÃO Nascendo da proposta de avaliação da professora Marlene Augusto, para a Unidade Curricular de História das Instituições Publicas, este trabalho tornou-se, para nós, mestrandos, uma interessante pesquisa da história da cidade, do município, que é sede de concelho, Vila Nova de Gaia. A cada virar da página da História, foi crescendo o interesse, principalmente no relacionamento com o que agora é a realidade. Estando intimamente ligada ao Douro, cresce na sombra da grande cidade do Norte, o Porto. Este relacionamento, na maioria das vezes rival, traduz-se numa relação de amor/ódio, uma vez que sem o Porto, Gaia não era nada, porém o Porto explorou Gaia, algo imperdoável para o gaiense. Actualmente as cidades vivem um relacionamento misto de parceria com rivalidade. A nível institucional, vê-mos que Gaia desenvolve-se sobre a pauta do país. Servindo inicialmente para fixar as pessoas a sul do Douro, o foral de Afonso III viria a revelar-se um dos principais impedimentos ao subjugo pela cidade do Porto. Assim irá crescer como concelho, absorvendo alguns concelhos adjacentes, e tornandose no terceiro concelho mais populoso de Portugal. Contudo, como se observa pelo histórico dos executivos, a evolução até à actualidade foi um caminho sinuoso e bastante incerto. Tomemos como exemplo a fracassada Primeira Republica, e as constantes eleições e quedas de executivo em V.N.Gaia. Ao invés, após o 25 de Abril, o Município apenas recebeu seis presidentes de Câmara, demonstrando a estabilidade e o trabalho que Gaia tem vindo a desenvolver, com vista ao seu crescimento. Assim, pelos trilhos da história, percorremos um caminho desde o paleolítico até á actualidade, de que resulta este trabalho, influenciado pela nossa sensibilidade, proveniente das mais diversas vivencias. 14 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Índice Introdução…………………………………………………………….…pag.3 Enquadramento Histórico-político e Geográfico de V. N. Gaia…….…pag.4 Das primeiras referências ao reinado de D. Afonso Henriques..pag.5 Os forais de V. N. Gaia………………………………………...…pag.7 O Liberalismo em Portugal…………………………………….…pag.8 Revoluções Liberais em V. N. Gaia……………………………...pag.9 A criação do Concelho e Município de V. N. de Gaia…………..…...pag.10 Conclusão………………………………………………………………pag.14 Anexo 1 – Cronologias………………………………………………...pag.16 Portugal e o Município de V. N. de Gaia……………………….pag.17 Executivos camarários do Município de V. N. Gaia……….......pag.26 Anexo 2 – Fotografias, imagens e mapas………………………..…….pag.33 Organigrama do Município gaiense………………….………….…….pag.38 Bibliografia…………………………………………….……………....pag.39 15 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas ANEXO 1 CRONOLOGIAS PORTUGAL E O MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE GAIA EXECUTIVOS CAMARÁRIOS DO MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE GAIA 16 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Cronologia de Portugal e do Município de Vila Nova de Gaia Período Neolítico – Primeiras referências ao povoamento das terras que hoje se designa por concelho de Vila Nova de Gaia; Período Megalítico – Referências a diversas mamoas. A de Sandim foi recuperada em tempos mais recentes; Período do Bronze – Na necrópole de Gulpilhares são exumadas diversas cerâmicas; Séc. II – Referência à povoação de Cale no itinerário de António Pio; Condado Portucalense Ano 868-873 – Vímara Peres; 873-? – Lucídio Vimaranes; ?-924 – Onega Lucides; 922 – Fundação do Mosteiro de Grijó / O Mosteiro de Crestuma é doado ao bispo de Coimbra, D. Gomado, por Ordonho II das Astúrias; 924-926 – Mumadona Dias; 926-950 – Hermenegildo Gonçalves; 950-999 – Gonçalo I Mendes; 999-1008 – Mendo II Gonçalves; 1008-15 – Alvito Nunes; 1017-28 – Ilduara Mendes; 1028-50 – Mendo III Nunes; 1050-71 – Nuno II Mendes; 1093-1112 – D. Henrique da Borgonha; 1112-28 – D. Teresa de Leão (assumiu o reinado enquanto seu filho não atingiu a maioridade; 1112-39 – D. Afonso Henriques (é durante esta regência que se inicia a I dinastia) I Dinastia – de Borgonha ou Afonsina 1139-85 – D. Afonso Henriques (O Conquistador); 1185-1211 – D. Sancho (O Povoador); 17 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Séc. XIII – Origem da Lenda de Gaia; 1211-23 – D. Afonso II (O Gordo); 1223-47 – D. Sancho II (O Piedoso); 1248-79 – D. Afonso III (O Bolonhês); 1255 – Criação da Vila de Gaia dada pelo Foral por D. Afonso III; 1279-1325 – D. Dinis I (O Rei-Poeta); 1288 – Criação da Vila Nova de Rei dada pelo Foral de D. Dinis e Rainha Santa Isabel; 1271 – O couto de Pedroso recebe o seu Foral doado aos habitantes pelo Abade do Mosteiro; 1325-57 – D. Afonso IV (O Bravo); 1357-67 – D. Pedro I (O Justiceiro); 1363 – D. Pedro cria o concelho de Canidelo (concelho que tem curta duração); 1367-83 – D. Fernando I (O Formoso); 1383 – Morte do Rei Fernando de Portugal que leva a uma profunda crise social causadora de uma guerra civil. Esta crise manteve-se por 2 anos e este período ficou conhecido na nossa história com Interregno; 1383-85 – D. Beatriz (Regência exercida por sua mãe, D. Leonor Teles de Menezes até 16 de Dezembro de 1383, altura em que D. João, Mestre de Avis sobe ao poder); 1384 – Destruição do Castelo de Gaia; II Dinastia – de Avis ou Joanina 1385-1433 – D. João I (O da Boa Memória); 1415 – Inicio da epopeia dos Descobrimentos; 1433-38 – D. Duarte I (O Eloquente); 1438-77 – D. Afonso V (O Africano); 1477-77 – D. João II (O Príncipe Perfeito), está no poder apenas 4 dias (11 Novembro a 15 Novembro), abdica após o regresso de seu pai D. Afonso V; 1477-81 – D. Afonso V (O Africano); 1481-95 – D. João II (O Príncipe Perfeito); 1488 – Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, rebaptizado de Cabo da Boa Esperança; 18 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1495-1521 – D. Manuel I (O Venturoso); 1492 – Cristóvão Colombo chega á América com o apoio de Castela; 1497 – Inclusão da Madeira nos territórios do Reino de Portugal; Vasco da Gama parte do Restelo para descobrir o Caminho marítimo para a Índia; 1498 – Vasco da Gama chega á Índia; 1500 – Descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral; 1507 – Inicio da ocupação de Moçambique; 1516 – Inicio da ocupação de Timor; 1518 – Foral de D. Manuel I; 1519 – Inicia-se a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães ao serviço de Carlos V de Espanha. 1521-57 – D. João III (O Pio); 1532 – Colonização do Brasil; 1540 – Início da censura pelo Santo Ofício; 1542 – Primeira viagem confirmada dos Portugueses ao Japão; 1557 – Macau é cedido aos portugueses pelo imperador chinês Chi-Tsung; 1557-78 – D. Sebastião I (O Encoberto); 1572 - Publicação da primeira edição de Os Lusíadas; 1578-80 – D. Henrique I (O Casto); 1580 – 31 De Janeiro a 24 de Julho – Conselho de Governadores do Reino de Portugal; 1580 – 24 Julho a 25 de Agosto – D. António I (O Prior do Crato); 1580 – Após a morte do Rei D. Sebastião abre-se uma crise sucessória que culmina no início da Dinastia Filipina ficando Portugal sob a coroa Espanhola. O Rei é Filipe II de Espanha, I de Portugal; III Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria 1581-98 – Filipe I (O Prudente); 1598-1621 – Filipe II (O Pio); 1621-40 – Filipe III (O Grande); 19 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1640 – 1 De Dezembro, Revolução que restaura a independência a Portugal entregando o trono a D. João IV; IV Dinastia – de Bragança ou Brigantina 1640-56 – D. João IV (O Restaurador); 1656-83 – D. Afonso VI (O Vitorioso); 1683-1706 – D. Pedro II (O Pacífico); 1707-50 – D. João V (O Magnânimo); 1750-77 – D. José I (O Reformador); 1755 – Um grande terramoto abala Portugal dizimando a cidade de Lisboa, matando mais de 10 mil pessoas; 1777-1816 – D Maria I (A Piedosa); 1797 – Introdução do papel-moeda em Portugal; 1809 – 29 De Março – tragédia da Ponte das Barcas; 1815 – Após vários anos de batalhas sangrentas, Napoleão Bonaparte é finalmente derrotado; 1816-26 – D. João VI (O Clemente); 1820 – Revolução Liberal do Porto; 1826 26 De Abril a 2 de Maio - D. Pedro IV (O Rei-Soldado); D. Pedro IV declara a Carta Constitucional; 2 De Maio a 11 de Julho de 1828 – D. Maria II (A Educadora); 1828-34 – D. Miguel I (O Rei Absoluto); 1832 – Por decreto de 28 de Junho, é criado o novo concelho e município de Vila Nova de Gaia; 1834-53 – D. Maria II (A Educadora); 1834 – 28 De Maio, Tomam posse o primeiro Provedor e o primeiro Presidente do Município de Gaia, prestaram juramento à rainha D. Maria II cinco dias depois / 11 de Novembro, é empossada a segunda vereação municipal; 1835 – O então Município de Crestuma entrega toda a sua documentação na secretaria do Município de Grijó, passando a pertencer a este. Pouco tempo depois o mesmo acontece com o município de Sandim; 20 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1837 – 16 De Janeiro, o Município de Grijó realiza a sua última sessão camarária / 28 de Fevereiro, é lavrada a última acta do Município de Avintes / Com a dissipação destes dois Municípios e a sua integração Vila Nova de Gaia tem as 23 freguesias actuais. 1842 – Promulgação do novo Código Administrativo; Reforma das Câmaras Municipais; 1853-61 – D. Pedro V (O Esperançoso); 1853 – Emissão do primeiro selo postal português; 1855 – Inauguração do 1º telégrafo eléctrico do país; 1856 – Inauguração do primeiro troço de caminho-de-ferro português entre Lisboa-Carregado; 1861-89 – D. Luís I (O Popular); 1864 – Publicação do primeiro Código Civil português; - Criação da estação ferroviária das Devesas16; 1865 – Primeiros registos de phyloxera17 nos vinhedos do Douro; 1869 – Abolição da escravatura em todos os territórios portugueses; 1889-1908 – D. Carlos I (O Diplomata); 1890 – Ultimato Britânico; Criação da composição A Portuguesa por Alfredo Keil, futuro hino nacional de Portugal; 1907 - Greve Académica de 1907 na Universidade de Coimbra; 1908-10 – D. Manuel II (O Patriota); Implantação da República 1910 – Restauração da Independência; 5 De Outubro a 24 de Agosto de 1911 – Governo Provisório – Presidente: Teófilo Braga; 6 De Dezembro - Decreto de Brito Camacho reconhecendo o direito à greve; 16 Esta estação revela-se um ponto fulcral no desenvolvimento económico de Devesas, especialmente para a indústria da cerâmica; 17 A partir do último quartel do século XIX, a filoxera constituiu-se como a praga mais devastadora da viticultura mundial. 21 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1ª República 1911 – 10 De Janeiro - Em Portugal é decretado o descanso semanal obrigatório ao domingo; 15 De Fevereiro - O Governo português cria a Comissão para o Estudo da Reforma Ortográfica; 23 De Fevereiro – Os bispos portugueses contestam as medidas anticlericais da 1ª República: A expulsão das congregações, a Lei do divórcio, a criação do registo civil e o fim do juramento religioso nos tribunais; 29 De Março – Reorganização dos serviços de instrução primária em Portugal. Criado o ensino infantil para os dois sexos; 22 De Maio – O Escudo é instituído como moeda oficial portuguesa, substituindo o real. 21 De Agosto – Promulgação da Constituição da República, aprovada pela Assembleia Constituinte portuguesa. 13 De Maio – Três crianças (pastorinhos) declaram ter visto uma aparição da Virgem Maria sobre uma azinheira, na Cova de Iria, perto de Fátima (1.ª aparição); 13 De Junho – Segunda aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos; 24 De Junho – É fundado em Setúbal a União Futebol Comércio e Indústria; 13 De Julho – Terceira aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos; 13 De Setembro – Quarta aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos; 13 De Outubro – Quinta e última aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos; milhares de pessoas de todo o país vão á Cova da Iria em peregrinação e dá-se o "Milagre do Sol"; 1911-15 – Presidente: Manuel de Arriaga (Partido Republicano Português – PRD) – Demitiu-se do cargo; 1915 – 29 De Maio a 5 de Agosto – Presidente: Teófilo Braga (Partido Democrático – PD) – Designado para terminar o mandato anterior; 6 De Agosto a 5 de Dezembro de 1917 – Presidente: Bernardino Machado (PD) – Mandato interrompido por golpe de estado; 1918 – 24 De Abril a 14 de Dezembro – Presidente: Sidónio Pais (Partido Nacional Republicano – PNR) – Militar revoltoso presidente da Junta Revolucionária, morto no exercício do cargo; 1918-19 – Presidente: Canto e Castro (PNR) – Assume o cargo para terminar o mandato iniciado por Bernardino Machado em 1915; 1919-23 – Presidente: António José de Almeida (Partido Republicano Evolucionista – PRE) – único presidente da 1ª republica a cumprir o mandato na totalidade; 22 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1923-25 – Presidente: Manuel Teixeira Gomes (PD) – Resignou ao mandato; 1925-26 – Presidente: Bernardino Machado (PD) – Mandato interrompido por golpe de estado; 2ª República – Ditadura Militar (1926-33) / Estado Novo (1933-74) 1926 – 31 De Maio a 17 de Junho – Presidente: Mendes Cabeçadas - Militar revoltoso, derrubado por um contra-golpe de estado; 17 De Junho a 9 de Julho – Presidente: Gomes da Costa – Militar revoltoso, derrubado por um contra-golpe de estado; 16 De Novembro a 18 de Abril de 1951 – Presidente: Óscar Carmona (União Nacional – UN) – Primeiro presidente a ser eleito ao abrigo da Constituição de 1933, morreu durante o exercício do seu quinto mandato; 1931 – Publicação do novo Código Administrativo; 1934 – 18 De Janeiro - Os trabalhadores vidreiros da Marinha Grande revoltam-se contra o governo de Salazar; 1940 – Celebração de uma Concordata entre a República Portuguesa e a Santa Sé sobre vários aspectos entre a Igreja e o Estado; 1944 – Criado, em Portugal, o Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, novo nome do Secretariado da Propaganda Nacional, na dependência directa de Oliveira Salazar; 1951-58 – Presidente: Craveiro Lopes (UN); 1957 – 7 De Março - Primeira transmissão em directo e início das emissões regulares da RTP; 1958-74 – Presidente: Américo Tomas (UN) – Último presidente do Estado Novo, derrubado pelo golpe de estado de 25 de Abril de 1974; 1960 – Conclusão da construção do Porto de Leixões; 1961 – 4 De Fevereiro - Assalto à cadeia de Luanda e a uma esquadra da polícia por parte de militantes do MPLA, causando alguns mortos, e que marcou o início da luta armada pela independência daquela antiga colónia portuguesa, e o início da Guerra Colonial Portuguesa, já que pouco tempo depois o conflito alastrou-se às restantes colónias africanas. O actual Aeroporto Internacional de Luanda tem o nome de "4 de Fevereiro" para assinalar essa data histórica; 1963 – Janeiro - Início dos confrontos do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde com Portugal, marcando o começo da Guerra da Libertação da Guiné-Bissau, abrindo mais uma frente na Guerra Colonial Portuguesa; 23 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1964 – 24 De Fevereiro - Início das campanhas da FRELIMO para a luta armada de independência moçambicana de Portugal, abrindo mais uma frente na Guerra Colonial Portuguesa; 1966 – 6 De Agosto - Inauguração da ponte sobre o Tejo (Ponte 25 de Abril), com o nome de Ponte Salazar; 1973 – 24 De Setembro - A Guiné-Bissau declara a independência; - Conselho Municipal Vila Nova de Gaia aprova proposta para elevação a cidade; 1974 – 25 De Abril – Revolução dos cravos (golpe militar que termina com a ditadura); 7 De Setembro - assinados os Acordos de Lusaka, entre o governo português e a FRELIMO, que terminaram ao termo da Luta Armada de Libertação Nacional e levaram à independência de Moçambique; 10 De Setembro - Portugal reconhece a independência da Guiné-Bissau; 1974 – 15 De Maio a 30 de Setembro – Presidente: António de Spínola – Presidente da Junta de Salvação Nacional, demite-se do cargo; 30 De Setembro a 13 de Julho de 1976 – Presidente: Costa Gomes – Assume o cargo para continuar o mandato anterior; 1975 – 25 De Abril Eleição da Assembleia Constituinte Portuguesa; 25 De Junho - Independência de Moçambique; 5 De Julho - Independência de Cabo Verde; 12 De Julho - Independência de São Tomé e Príncipe; 11 De Novembro - Independência de Angola; 28 De Novembro - Timor-Leste declara a independência; 1976 – 2 De Abril - A Assembleia Constituinte aprova o texto da Constituição Portuguesa; 1976-86 – (2 mandatos) – Presidente: Ramalho Eanes (Partido Renovador Democrático) – Primeiro presidente eleito pela constituição de 1976; 1978 – 2de Fevereiro - A Presidência, a Assembleia e o Governo da República Portuguesa repudiam o pedido do dirigente líbio Muammar al-Gaddafi para a independência da ilha da Madeira, considerada pela Organização de Unidade Africana como pertencendo a África; 1979 – 8 De Fevereiro - Portugal estabelece relações diplomáticas com a República Popular da China 24 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1980 – 7 De Março - Primeira transmissão regular a cores (da televisão) em Portugal (RTP); 1984 – Vila Nova de Gaia é elevada a cidade através da Lei nº. 15/84, de 28 de Junho; 1986 – 1 De Janeiro - Portugal e Espanha entram na União Europeia; 1986-96 – (2 mandato) – Presidente: Mário Soares (Partido Socialista – PS); 1996-2006 – (2 mandatos) – Presidente: Jorge Sampaio (PS); 1998 – 4 De Abril - Inaugurada a Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, a maior ponte da Europa; 22 De Maio - Expo 98 em Lisboa; 2000 – 4 De Janeiro - Bolsa de Valores de Lisboa (BVL) negocia em euros; 2001 – 1 De Janeiro - Entram em circulação as notas e moedas de euro; 2006-10 – Presidente: Cavaco Silva (Partido Social Democrático – PSD); 2007 – 13 De Dezembro - Assinatura do Tratado de Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos; 25 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Cronologia dos executivos camarários do Município de Vila Nova de Gaia 1834 – Comissão Administrativa 20 Junho a 14 de Novembro – Presidente: António da Rocha Leão / 3 Vereadores; 14 De Novembro a 31 de Dezembro – Presidente: António Ribeiro da Costa / 5 Vereadores; 1835 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: António Ribeiro da Costa / 6 Vereadores; 1836 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: Félix Bernardo França / 6 Vereadores; 1837 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: António Ribeiro da Costa / 6 Vereadores; 1838 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: Manuel Gonçalves de Castro / 6 Vereadores; 1839 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: Marcelino Máximo de Azevedo e Melo18 / 8 Vereadores; 1840 – Câmara (eleita para um ano) Presidente: Marcelino Máximo de Azevedo e Melo / 8 Vereadores; 1841-42 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Miguel Joaquim de Moura Coutinho de Lacerda Abreu e Lima / 8 Vereadores; 1843-44 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Miguel Joaquim de Moura Coutinho de Lacerda Abreu e Lima / 8 Vereadores; 18 Foi o primeiro Visconde de Oliveira do Douro. Foi ministro e neste cargo foi ele quem autorizou o estabelecimento do Banco de Portugal a 19 de Novembro de 1846; 26 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1845-46 – Câmara (eleita para dois anos) – É destituída antes do término do mandato, a 9 de Junho de 1846 Presidente: Miguel Joaquim de Moura Coutinho de Lacerda Abreu e Lima / 8 Vereadores; 1846 – Câmara Administrativa Municipal 10 De Junho a 24 de Setembro – Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 5 Vereadores; 25 De Setembro a 5 de Junho de 1847 – Manuel Gonçalves de Castro / 6 Vereadores; 1847 – Comissão Administrativa Municipal 6 A 18 de Julho – Presidente: Manuel Pereira Soares / 6 Vereadores; 19 De Julho a 8 de Novembro – Presidente: José Plácido Campeão / 5 Vereadores; 9 De Novembro a 31 de Dezembro de 1849 – Presidente: Antero Albano Silveira Pinto / 5 Vereadores; 1850-51 Câmara (eleita para dois anos) – É destituída antes do término do mandato, a 24 de Agosto de 1951 Presidente: Antero Albano Silveira Pinto / 6 Vereadores; 1851 – Câmara Administrativa Municipal 25 De Agosto a 31 de Dezembro – Presidente: Manuel Alves Souto / 6 Vereadores; 1852-53 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 6 Vereadores; 1854-55 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 6 Vereadores; 1856-57 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: António Joaquim Borges de Castro / 6 Vereadores; 1858-59 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 6 Vereadores; 1860-61 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 6 Vereadores; 1862-63 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim Veloso da Cruz / 6 Vereadores; 27 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1864-65 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Joaquim José Proença Vieira / 6 Vereadores; 1866-67 – Câmara (eleita para dois anos) Este executiva durou até 18 de Maia de 1868 Presidente: Joaquim José Proença Vieira / 6 Vereadores; 1868-69 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Antero Albano da Silveira Pinto / 6 Vereadores; 1870-71 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: António Joaquim Borges de Castro / 6 Vereadores; 1872-73 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: António Joaquim Borges de Castro / 6 Vereadores; 1874-75 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: António Joaquim Borges de Castro / 6 Vereadores; 1876-77 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Luís António Pinto de Aguiar / 6 Vereadores; 1878-79 – Câmara (eleita para dois anos) Presidente: Diogo Leite Pereira de Melo / 6 Vereadores; 1880-83 – Câmara (eleita para quatro anos) Presidente: Caetano de Melo Menezes e Castro / 6 vereadores; 1884-86 Câmara (eleita para três anos) Presidente: Diogo Leite Pereira de Melo / 6 Vereadores; 1887-89 Câmara (eleita para três anos) Presidente: Caetano de Melo Menezes e Castro / 8 Vereadores; 1890-92 Câmara (eleita para três anos) Presidente: António dos Reis Castro Portugal / 7 Vereadores; 1893-95 Câmara (eleita para três anos) Presidente: Jaime Teixeira da Mota e Silva / 6 Vereadores; 28 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1896-98 Câmara (eleita para três anos) Presidente: António Narciso Azevedo Magalhães / 7 Vereadores; 1899-1901 Câmara (eleita por três anos) Presidente: Dr. Agostinho de Almeida Rego / 7 Vereadores; 1902-04 Câmara (eleita para três anos) Presidente: Joaquim da Silva Magalhães / 8 Vereadores; 1905-07 Câmara (eleita para três anos) Presidente: Joaquim Augusto Silva Magalhães / 8 Vereadores; 1908 Comissão Administrativa Municipal (nomeada pelo Governo de João Franco) 2 De Janeiro a 19 de Fevereiro – Presidente: Dr. Agostinho de Almeida Rego / 8 Vereadores; 20 De Fevereiro a 29 de Novembro – Presidente: Joaquim Augusto Silva Magalhães / 8 Vereadores; 1908-10 Câmara (eleita) – Terminou o seu mandato com a restauração da Independência 30 De Novembro a 6 de Outubro de 1910 – Presidente: Joaquim Augusto da Silva Magalhães / 8 Vereadores; 1910-11 – Comissão Administrativa Municipal 13 De Outubro a 27 de Agosto de 1911 – Presidente: Dr. Manuel Ferreira de Castro (presidiu a apenas duas sessões sendo substituído a 27 de Outubro de 1910 por Dr. Inocêncio Lopes Goudim/ 8 Vereadores; 1911-13 – Comissão Administrativa Municipal Agosto 1911 a 31 de Dezembro de 1913 – Presidente: Francisco José Ferreira Guimarães (foi substituído ainda em Janeiro de 1912 por Alfredo de Seixas Bandeira. Este foi substituído pelo Dr. Benjamim Cândido Cardoso entre 25 de Janeiro de 1912 até 31 de Dezembro de 1913) / 8 Vereadores 1914-17 – Câmara (eleita por quatro anos) Presidente: Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior (Foi substituído por Alberto da Conceição Teixeira em Dezembro de 1914, levando este último a presidência até 31 de Dezembro de 1917) / 8 Vereadores; 29 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1918 – Câmara (eleita) 2 A 10 de Janeiro – Presidente João Fernandes de Oliveira / 8 Vereadores; Dissolvida pelo Governo do Dr. Sidónio Pais; 2 A 20 de Fevereiro – Presidente: Dr. António Florido da Cunha / 8 Vereadores; Nomeada pelo Governo do Dr. Sidónio Pais; 27 De Fevereiro a 23 de Janeiro de 1919 – Presidente: Dr. Ernesto Rodolfo Alves de Castro / 8 Vereadores; 1919 – Comissão Administrativa Municipal (nomeada pela autoridade da revolução monárquica que predominou, no Porto, entre 19 de Janeiro a 12 de Fevereiro de 1919, esta comissão teve apenas uma sessão plenária) Presidente: Dr. Agostinho de Almeida Rego / 7 Vereadores; 1919 – Comissão Administrativa Municipal 6 De Março a 9 de Outubro – Presidente: Alberto Júlio Pereira / 6 Vereadores; 1919 – Câmara (eleita) – Comissão Executiva 11 De Outubro a 28 de Dezembro de 1922 – Presidente: Alberto Júlio Pereira / 7 Vereadores; 1923-25 – Câmara (eleita para três anos) – Comissão Executiva Presidente: Dr. Joaquim Francisco Pedrosa / 6 Vereadores; 1926 – Câmara (eleita) – Comissão Executiva 2 De Janeiro a 1 de Julho – Presidente: Dr. Joaquim Francisco Pedrosa / 6 Vereadores; 1926-28 – Comissão Administrativa Municipal 26 De Julho a 12 de Abril de 1928 – Presidente: Coronel Augusto António de Macedo Pinto / 6 Vereadores; 1928-29 – Comissão Administrativa Municipal 19 De Abril a 17 de Janeiro de 1929 – Presidente: Coronel Augusto António de Macedo Pinto / 9 Vereadores; 1929-31 – Comissão Administrativa Municipal 29 De Janeiro a 30 de Junho de 1931 – Presidente: Dr. Vanceslau Fernandes de Figueiredo / 8 Vereadores; 30 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 1931-33 – Comissão Administrativa Municipal 5 De Julho a 6 de Julho de 1933 – Presidente: Dr. José Maria da Silva (foi destituído a 26 de Dezembro de 1931, assumindo o cargo Joaquim Francisco Correia. A 16 de Março de 1933 a liderança do executivo é entregue a Eng.º Jorge Faria Vieira de Araújo / 9 Vereadores; 1933-37 – Comissão Administrativa Municipal 13 De Julho a 2 de Setembro de 1937 – Presidente: José da Fonseca Meneres / 6 Vereadores; 1937-45 – Câmara (eleita) 9 De Setembro a 14 de Novembro de 1945 – Presidente: Eng.º Abel Pego Fiúza / 6 Vereadores; 1945-… 21 De Novembro a … - Presidente: Dr. Fernando Jorge de Azevedo Moreira / 10 Vereadores; 1974 – Comissão Administrativa da Câmara 19 De Outubro a 3 de Agosto de 1975 – Presidente: Alberto Martins Andrade; 1975-80 – Câmara (eleita pela primeira vez em eleições Autárquicas) 3 De Agosto – Presidente: António Coutinho da Fonseca; 1980-83 – Câmara (eleita) 22 De Janeiro – Presidente: Hermenegildo Tavares; 1983-86 – Câmara (eleita) 10 De Janeiro – Presidente: António Coutinho da Fonseca; 1986-90 – Câmara (eleita) 30 De Janeiro – Presidente: Mário Pinto Simões; 1990-93 – Câmara (eleita) 26 De Janeiro – Presidente: Heitor Carvalheiras; 1993-97 – Câmara (eleita) Presidente: Heitor Carvalheiras; 1997-2001 – Câmara (eleita) Presidente: Luís Filipe Meneses; 31 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas 2001-05 – Câmara (eleita) Presidente: Luís Filipe Meneses; 2005-09 – Câmara (eleita) Presidente: Luís Filipe Meneses; 2009 – Câmara (eleita) Presidente: Luís Filipe Meneses; 32 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas ANEXO 2 FOTOGRAFIAS, IMAGENS E MAPAS 33 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Área Metropolitana do Porto Concelho de Vila Nova de Gaia 34 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Marco Pombalino nº 27 Mapa da indústria gaiense em 1861 35 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Lembrança dos forais da cidade nas paredes do edifício da autarquia Fachada da Câmara Municipal de V. N. de Gaia 36 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Monumento á memória de Álvaro Anes de Cernache, 1º Senhor de Gaia. Colocado na entrada do convento Corpus Christi Barco Rebelo, uma imagem da cidade de Gaia 37 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas ORGANIGRAMA DO MUNICÍPIO GAIENSE PRESIDENTE GABINETE DO PRESIDENTE FUNDAÇÕES DIRECÇÃO MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO DIR. MUN. DE ASSUNTOS JURIDICOS EMPRESAS MUNICIPAIS DIR. MUN. DE PROTOCOLO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DIR. MUN. DE OBRAS MUNICIPAIS E MOBILIDADE PROJ. MUN. GAIA GLOBAL PROJ. MUN. VILA D’ESTE DIR. MUN. DE ESTUDOS E PLANEAMENTO ESTRATÉGICO DIR. MUN. DE QUALIDADE DE VIDA DIR. MUN DE URBANISMO POLICIA MUNICIPAL DIR. MUN. DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DIR. MUN. DE BOMBEIROS E PROTECÇÃO CIVÍL 38 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – História das Instituições Públicas Bibliografia Web: www.cm-gaia.pt; www.ine.pt; www.jf-santamarinha.pt; www.parlamento.pt; www.stape.pt; www.juventude.gaiaglobal.pt; www.amp.pt; www.cm-porto.pt; www.wikipédia.org; www.cantinhodasaromaticas.pt; www.raizes.org; www.jfmafamude.net; www.douronet.pt; http://gaienses-vilanovadegaia.blogspot.com; Livros: LOPES, Praça. Colecção de leis e subsídios para o estudo do direito constitucional português, vol. II, páginas IX e X, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1897; SANTOS, José Dinis. Resenha histórica de Cale Vila de Portugal e Castelo de Gaia – Separata de “comunidades portuguesas”, nº 21-12, 1970; FERNANDES, Isabel Alexandra. Reis e Rainhas de Portugal (5a. ed.). Lisboa: Texto Editores, 2006; DOMINGOS, A. Moreira. Freguesias da diocese do Porto, elementos Omnásticos Altimedievai: O concelho de Gaia – documentos sobre Vila Nova de Gaia, Porto, 1987; SILVA, F. 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