HISTÓRIA E RESTAURAÇÃO DA CAPELA SISTINA Gostaria de oportunidade agradecer que me calorosamente foi concedida a pela Universidade Estácio de Sá, ao Magnífico Reitor, Dr. Gilberto Mendes de Oliveira Castro, às autoridades presentes, à Dra. Daisy Ketzer, com quem já tive o prazer de trabalhar no passado e pela qual nutro uma grande estima pessoal e 1 profissional; agradeço ao IILLA - Instituto ÍtaloLatino-Americano - e ao Ministério Italiano do Exterior, que retornar ao formação me deram a Brasil com um em restauração oportunidade e curso que ligado está de à em andamento no Rio Grande do Sul, em Ilópolis (moinho da imigração italiana) e São Miguel (cerâmica missionária); finalmente, gostaria de agradecer, pela confiança em mim depositada 2 nestes anos, ao Prof. Andrea Papi, organizador e coordenador desses cursos na América Latina, com quem tive o prazer e a sorte de colaborar, e cuja experiência no setor de formação profissional em restauração permitiu, a mim e a outros colegas italianos, levar e comparar a nossa própria formação profissional além dos limites de nosso país. 3 Falar da Capela Sistina, de Michelangelo e da “grande maniera” - como definiu Giorgio Vasari o estilo do artista - necessitaria mais de uma conferência. Assim, me concentrarei somente em alguns aspectos históricos, pictóricos e técnicos que fundamentais, foram para de as ajuda, se intervenções não de restauração deste grande complexo. 4 HISTÓRIA E FUNÇÃO DA CAPELA SISTINA A “Grande Capella” foi citada pela primeira vez em 1368, e deve ter sido construída após o longo exílio dos Papas em Avignon, França, que durou de 1305 a 1367, mantida em parte (paredes até peitoris), na refundação do Papa Sixto IV, do qual depois recebe o nome. 5 O início dos novos trabalhos por obra do Papa della Rovere é no ano de 1477. Recordemos que a função da Capela - “Capella Papalis” ou “Capela Pontifícia” - é a de ser a sede do Conclave (reunião do Papa e dos Cardeais) e lugar de prece. Reunia geralmente 200 pessoas aproximadamente, entre eclesiásticos e laicos, dentre os quais somente alguns se beneficiavam 6 dos lugares sentados no espaço delimitado pelo balaústre, espaço este chamado “Sancta Sactorum”. A Capela era iluminada dia e noite por braseiros (bracieri) de velas e tochas acesas. A estrutura externa, fortificada e quase inacessível, parece estar simbolicamente ligada ao programa político de defesa e de ataque do 7 Papa, que organizava uma nova cruzada contra os turcos. A abóbada era originalmente decorada em azul com estrelas de ouro, de autoria do pintor Pier Matteo d’Amelio; nas paredes laterais havia uma série de histórias em afresco, obra dos pintores Perugino, Botticelli, Signorelli, Rosselli, além do afresco da parede do fundo, também de 8 Perugino, e que Michelangelo destruiu para substituí-lo pelo Juízo Universal. O piso, em mosaico, foi executado em “OPUS ALEXANDRINUM”, isto é, composto de pedaços de mármores preciosos, dispostos segundo um esquema geométrico. Assim se apresentava a Capela Sistina, antes que Michelangelo iniciasse seu trabalho na abóbada. 9 Michelangelo, reconciliado com o Papa Giulio II Della Rovere para o qual não havia concluído seu monumento fúnebre, e tendo vencido o arquiteto Bramante - que pressionava o Papa para que o trabalho da abóbada da Sistina fosse confiado ao seu jovem protegido e conterrâneo, Rafaello -, iniciou o projeto da abóbada em maio de 1508, concluindo-a em 1512. 10 Logo de início tornaram-se evidentes dois problemas: a organização das histórias sobre uma superfície de cerca de 550 metros quadrados à altura de 20 metros, e pintar sem criar obstáculos às funções religiosas que diariamente aconteciam na sala sob a abóbada. No primeiro projeto, parece que o Papa Giulio II teria pedido ao artista para pintar a imagem dos 12 Apóstolos e uma decoração em estilo 11 grotesco, mas que Michelangelo, após um primeiro esboço organizativo das figuras e dos elementos decorativos, teria demonstrado sua perplexidade ao Papa que, então, deu-lhe carta branca tanto para o projeto iconográfico quanto para a sua organização. A abóbada transformou-se, assim, num grande “rotulo” ou dedicadas livro ao ilustrado, Genesis, 12 com 9 quadros histórias laterais 12 retratando Profetas e Sibilas, 4 penachos com as Milagrosas Salvações de Israel, 8 velas e 12 lunetas com os ascendentes (antepassados) de Cristo. 13 Andaime O primeiro problema que Michelangelo teve que enfrentar para poder iniciar o trabalho foi o andaime. A Capela, como já foi dito, era um dos lugares canônicos da vida litúrgica: todos os dias, ali, se realizavam funções religiosas, particularmente missas vespertinas. 14 Inicialmente, o Papa encarregou Bramante de projetar uma estrutura que servisse às várias exigências técnicas de realização dos trabalhos dos afrescos, e que não interferisse na continuidade das funções religiosas no espaço embaixo. O projeto de Bramante deveria ser segundo Vasari, sustentada por uma cordas plataforma que, suspensa passando por buracos abertos na abóbada, se enganchavam 15 presumivelmente nos caibros do teto. Esta solução, porém, não agradou a Michelangelo, que contestou perguntando como faria para fechar os buracos depois de terminada a pintura na abóbada. Michelangelo projetou então um andaime aéreo, apoiou-o a traves curtas projetadas das paredes, inseridas em furos (que foram descobertos na ocasião da restauração) nas laterais das janelas 16 e praticados, provavelmente, alargando as aberturas preexistentes destinadas ao encaixe de andaimes, utilizadas no século XV. O aspecto deste andaime aéreo, em suas linhas essenciais, está documentado num esboço desenhado à margem de um estudo para a “Criação do Homem”. Através deste desenho depreende-se que Michelangelo tinha a estrutura na parte realizada superior, por uma 17 plataforma da qual o artista pintou a “História da Criação” e os “Nus”, e nas laterais, duas escadas de onde ele pintou as velas e as histórias dos “Videntes”. Michelangelo ligou a ponte a três arcadas, de modo a poder trabalhar naquela metade da Capela que vai da parede da entrada até a “Criação de Eva” inclusive, parte que foi 18 descoberta para ser vista somente em 15 de agosto de 1511. Além disto, dado o tipo de estrutura, a luz natural era escassa porque o andaime “cortava” as janelas e impedia, também, a passagem de luz para o alto. A luz, portanto, era do tipo rasante e servia somente para a própria movimentação e para o deslocamento de objetos; isto significa que 19 Michelangelo fez uso de luz artificial, provavelmente utilizando lanternas fechadas. Para a última restauração, se reconstruiu a estrutura do projeto de Michelangelo, aproveitando-se as aberturas originais de apoio; porém, diferentemente do projeto de Michelangelo que encobria metade da Capela e era fixo, o atual encobria somente uma arcada e meia, e era móvel. 20 Técnica A técnica pictórica de Michelangelo demonstra seu conhecimento do “buon fresco”, descrito por Cennino Cennini em seu Il libro dell’Arte, tendo ele trabalhado como aprendiz no atelier de Ghirlandaio, nos afrescos de Santa Maria Novella de Florença. 21 O reboco (intonaco) da Capela Sistina, porém, é diferente daquele usado em Florença, porque feito de cal de travertino e “pozzolana” (material vulcânico proveniente de Pozzuoli, próximo de Nápoles e Pompéia), materiais inexistentes em Florença. Esta massa (malta) é particularmente forte, compacta e estável, tanto que o ciclo pictórico 22 se conservou quase inalterado até os nossos dias. O desenho das várias figuras, ainda visível em algumas áreas, é passado por meio de cartões, através da técnica do “spolvero” (pó) e incisão indireta ou direta. Michelangelo pinta velozmente, com uma espécie de guache sobre parede, obviamente ainda úmido, executada com tinta quase sem 23 espessura, aplicado por veladuras, e freqüentemente aproveitando, em transparência, o tom do reboco existente sob a pintura. Somente pequenas áreas, com a finalidade de reforçar o aspecto decorativo, foram tratadas a têmpera, isto é, “a secco”. Na prática, Michelangelo desenhou pintando, ou melhor, pintou desenhando, usando as cores 24 com a mesma habilidade com que utilizava suas ferramentas de escultor. 25 Restaurações históricas Domenico Carnevali, pintor de Módena, já na metade do século XVI, executou uma importante restauração nos afrescos danificados por movimentos estruturais da abóbada (dedos do Adão da “Criação”), trabalhando com o “buon fresco”. 26 Annibale Mazzuoli restaurou a abóbada em 1710 - 1712 polindo a superfície com esponja e vinho grego, fixando rebocos com grampos de bronze em T deixados à vista, ou inseridos na parede e estucados e reavivando as cores com cola animal bem fluida. 27 Causas do estado de degradação e restauração Os exames de laboratório revelaram que a tonalidade escura da superfície da abóbada, além de ser devida, principalmente a poeira gordurosa e a fuligem preta, era proveniente também da aplicação de camada de cola animal de constituição protéica, claramente aplicada muitas vezes e em tempos diversos. 28 Justamente esta cola era a responsável pelos descolamentos e quedas de partes da camada pictórica porque ao contrair-se, arrancava a camada pictórica em seus pontos mais frágeis. A restauração era portanto não apenas necessária, mas improrrogável, e teve início em 1981 a partir das lunetas, seguindo-se a abóbada e finalmente o “Juízo Universal”. 29 Pensou-se que a cola pudesse ter sido aplicada por Michelangelo, porém é sabido que o artista, quando queria acrescentar outras cores sobre uma película cromática já seca, estendia uma fina camada de cal como base sobre a qual aplicava outras cores. Os testes revelaram também traços de fuligem preta (nerofumo) e de poeira sob a cola - prova inequivocável de que a cola foi aplicada não 30 diretamente sobre a tinta, mas quando as pinturas já haviam começado a sujar-se. Desde o início, a abóbada e as lunetas tiveram grandes problemas de umidade. As infiltrações de água produziam um embranquecimento da superfície pictórica por causa das formações salinas, que se estratificavam sobre os afrescos em uma fina pátina uniforme e aspecto de gesso. 31 O embranquecimento se manifesta, obviamente, com a evaporação da água, portanto, pode-se pensar que os antigos trabalhos de restauração, executados em várias ocasiões com a cola, tivessem a intenção de reavivar as cores para mascarar as grandes manchas salinas que afloravam. A partir dos resultados obtidos nas análises, pode-se deduzir, portanto, que a cola foi aplicada 32 sobre os afrescos da abóbada e das lunetas depois que os afrescos do “Juízo Universal” foram concluídos. A cola, aplicada bem líquida a quente, ou mantida líquida a frio com a adição de um forte percentual de vinagre, assumia a mesma função que tem a demão de verniz final dada sobre as pinturas a óleo. 33 A cola, usada como isolante dos rebocos e como base preparatória, era prática antiquíssima da qual fala C. Cennini na técnica da pintura mural “a secco”. Os restauradores do passado utilizavam esta técnica sobre os afrescos todas as vezes que previam dever recorrer a grandes reparações e repinturas, ou para reavivar as cores. 34 É justificável portanto, pensar-se que a figura do “mundator” (encarregado da limpeza dos afrescos), criada pelo Papa Paolo III em 1543 para a servisse manutenção também do para “Juízo sanar a Universal”, ação das formações salinas da abóbada. 35 Restauração A restauração foi coordenada pelo Diretor do Gabinete de Pesquisas Científicas dos Museus do Vaticano, Dr. Nazareno Gabrielli, e pelo restaurador chefe Gianluigi Colalucci; as tomadas fotográficas foram da Nippon Television Network Corporation de Tókio, que detém os 36 direitos das publicações das imagens da Capela Sistina restaurada. A limpeza de uma pintura, como disse Brandi, mais do que um problema técnico, é um problema crítico; nesta fase da restauração, portanto, é fundamental o aporte crítico do historiador de arte, juntamente com o do químico e o do restaurador. 37 Para a Sistina, o problema foi contraditório e problemático, justamente pelas várias intervenções precedentes das quais já falamos. Escolheu-se então uma limpeza que retirasse as matérias estranhas à pintura original, mas que respeitasse aquela ligeira camada de sujeira que se formara e fixara sobre o afresco já nos primeiros anos de vida. 38 Mistura de solventes estudada pelo ICR, código AB57: bicarbonato de amônia, bicarbonato de sódio, Desogen, fungicida e tensoativo, carboxilmetilcelulose em H20 (gel). 39 Método de limpeza A mistura, aplicada a determinado de consistência pincel, (3 por minutos), gelatinosa, um e foi período pré- removida com esponja natural macia, embebida H20 destilado (água destilada). As partes “a secco”, sendo sensíveis à água, foram limpas de modo diferente. Após 40 individualizadas, foram consolidadas e impermeabilizadas com Paraloid B72, dissolvido em diluente nitro (sucessivamente, após concluída a limpeza, o Paraloid foi retirado com compressas de diluente nitro e papel japonês). 41 Retoque e consolidação Injeções de Vinnapas e recolagem das peças de reboco; descamações fixadas com Paraloid B72; estucagem com massa de cal e “pozzolana”. A reintegração - bastante reduzida graças à boa conservação dos afrescos – foi executada a aquarela com pinceladas, por meio do sub tom do traçado estucado, facilmente reconhecíveis. 42 Evitou-se recorrer às tintas neutras nas grandes lacunas porque, devido à quase total integridade da pintura, à grande distância, as formas da zona neutra poderiam enganar, criando a ilusão de objetos. Foi conservada somente aquela grande zona da primeira arcada, resultante da explosão do paiol de pólvora do Castelo de Sant’Angelo em 1797, porque a perda quase total de um “Nu” não podia ser preenchida. 43 Juízo Universal Também no Juízo, inaugurado em 1541, a restauração trouxe à luz as cores esquecidas há séculos, escondidas por um contínuo depósito de poeira, de fuligem negra, e de substâncias estranhas, prevalecendo a cola animal que criaram um terreno de cultura ideal para os microorganismos. Aqui, à cola usada como 44 reavivante, os antigos restauradores juntaram também um pequeno percentual de óleo vegetal (óleo de linho) que foi absorvido de modo não homogêneo. Uma situação complexa era extremamente apresentada particular pela e grande superfície do “céu”, sobre a qual se destacam as figuras dos protagonistas do Juízo Universal. Esta superfície encontrava-se quase totalmente 45 sulcada por uma série de pinceladas horizontais - compactas e finas na parte alta, largas e bem definidas na parte baixa. Num primeiro momento pensou-se em uma limpeza feita a pincel, usando vinho acidificado (vinagre). Observou-se, porém, que aqueles sulcos não tinham gotejamentos; além disso, as análises demonstraram que o vinagre não 46 consegue descolorir o lapis-lázuli, contido no azul ultramar utilizado no “céu”. Pensou-se então numa limpeza efetuada com a lixívia (solução alcalina) contida na cinza úmida e que, sendo semi-sólida, poderia ser aplicada, sem coar, com pincel. Uma outra possibilidade poderia vir do fato de que os sulcos seriam as marcas de retoques a seco, atualmente perdidos, e destinados 47 originariamente a reforçar certas áreas do céu, especialmente na parte baixa, para mascarar as junções provocadas entre uma e outra jornada de trabalho. 48 Limpeza A limpeza do Juízo naturalmente levou em conta a descontinuidade do estado de conservação da obra, de modo a equilibrar ao máximo o resultado. Lavagem preliminar com H20 destilada e, sucessivamente, com uma solução de H20 e carbonato de amônia, alternada com uma fase 49 de diluente nitro. Após 24 horas, uma 2ª solução de carbonato de amônia aplicada através de 4 folhas de papel japonês. Remoção com esponja esterilizada embebida na mesma solução e, enfim, H20. Sobre as excelente; figuras, para o o resultado céu, um obtido foi tempo de permanência menor do solvente e remoção da sujeira com tamponamentos com esponja. 50 Concluída a limpeza, colocou-se a questão dos “calções” (braghettone) que já havia começado a suscitar polêmicas antes mesmo de as obras de restauração serem iniciadas. Da documentação reunida nos Arquivos do Vaticano, resulta que foram executadas três intervenções da Censura, duas das quais - a primeira durante o pontificado de Pio IV, a segunda durante o pontificado de Pio V 51 ocorridas logo após o Concílio de Trento de 1564. A primeira intervenção na obra de Michelangelo (documento sem as intervenções da censura, em uma cópia da autoria de Venusti, conservada em Nápoles e datada de 1549), foi confiada a Daniele de Volterra, pintor da “entourage” do próprio Michelangelo e seu amigo de longa data. São dele a repintura integral de São Biagio, e a 52 parcial de Santa Catarina. Ambas as repinturas foram feitas “a buon fresco”, removendo o estuque original e transferindo o desenho do novo cartão por incisão. A segunda intervenção foi de Carnevali, no final de 1500. A terceira é uma intervenção de 1700, muito criticada na época: num texto de 1766, lê-se que “artistas realmente medíocres se preocuparam 53 em cobrir com panos as mais belas figuras nuas da pintura de parte do Juízo”. Atualmente, graças ao emprego de diversas substâncias diferentes ultravioleta, pictóricas fluorescências foi características possível de cada reveladas obtidas sob distinguir uma pelas raios- bem das as três intervenções. E, naturalmente, acendeu-se uma discussão polêmica entre os que queriam retirar 54 todo o tipo de acréscimo indevido, isto é, que não fossem pretendiam de que Michelangelo, fossem e mantidas os todas que as sucessivas intervenções por sua importância histórico-documental. Optou-se pela retirada dos acréscimos do século XVIII, identificados, que diminuíam a obra, e conservar como testemunho histórico aqueles do 55 século XVI, executados após o Concílio de Trento. Não foi privilegiado, portanto, um método operacional abstrato, desligado da realidade da obra, mas sim, uma vez mais, foi a própria obra estudada conjuntamente por históricos de arte, químicos, biólogos, físicos, restauradores - que nos levou a uma metodologia de intervenção racional. 56 O progresso da técnica e a evolução do pensamento, certamente poderão, no futuro, oferecer a possibilidade de outras soluções. 57 SLIDES 1 – Abóbada da Capela Sistina, antes da restauração. .A e .B – interior da Sistina. 2 – Ambrogio Brambilla, Capela Sistina durante uma função religiosa, 1562 (incisão a buril) 3 – Michelangelo, desenho da seção do andaime da Sistina, Florença, Uffizi. 58 4 – Michelangelo, desenho do artista trabalhando na abóbada da Capela Sistina, Florença, Arquivo Buonarroti. 5 – Modelo do andaime de restauração da abóbada. 6 – Andaime durante a restauração. 7 – Restauradores trabalhando, filmados pela TV japonesa. 59 8 – A e B – Figura e mão nas quais são visíveis traços do “spolvero”. 9 – Adão, reboco à vista no olho e nos cabelos – aplicação de pinceladas cruzadas sobre rosto – linha contorno do cartão sobre perfil. 10 – Nu (part.), desenho do perfil, boca, olho. 11 – Pecado Original (part.), rosto de Eva coberto de cola. 60 12 – Pecado Original (part.), anjo – incisão indireta. 13 – A e B: Nu antes e durante a limpeza. 14 – A e B: gráfico das “giornate” – dias de trabalho em afresco. 15 – A e B: Lunetta de Roboan: A – após a 1ª limpeza, visíveis as formações salinas; B – retirada das formações salinas e limpeza ultimada 61 16 – Criação, particular da integração à aquarela, traço cruzado. 17 – A – Punição de Aman, antes da limpeza. B – antes da limpeza com água, C – aplicação de mistura solvente D – remoção da mistura solvente, E – afresco molhado, limpeza concluída. 18 – Juízo Universal antes da limpeza. 62 19 – Juízo Universal: esquema das repinturas “a secco” vermelhas, afresco azul. 20 – A abóbada da Sistina: limpeza terminada. 63 Palestra da Profª. Cecília Santinelli em 09/06/2005 na Universidade Estácio de Sá, Campus Centro I. Tradução e revisão Alessandra Gibelli Sonia Gibelli Daisy Ketzer 64