Estimativa de Geração de Resíduos da Construção Civil e Estudo
de Viabilidade de Usina de Triagem e Reciclagem
Quantification of the Construction and Demolition Waste and Study the Feasibility
of Deploying Recycling Plant
RESUMO
O setor de construção civil tem intensificado suas atividades e aumentado a geração de
resíduos sólidos. Foi realizada a estimativa de Resíduos da Construção Civil (RCC) e estudo
de viabilidade de implantação de Usina de Triagem e Reciclagem (URE) no município de
Criciúma. O volume obtido pelo método indireto foi de 145,65 t/dia. O estudo de
viabilidade foi realizado para uma URE com capacidade de 25 t/h, sendo considerada a
metodologia de Jadovski (2005) para estimar custos de implantação, operação e
manutenção. A quantidade de resíduo a ser reciclado foi estimada em 80% gerando uma
receita bruta anual de R$ 702.635,94. Foi aplicada a Taxa Interna de Retorno (TIR) em
intervalos de 8, 10 e 15 anos, e resultaram em TIR de 12,40%, 16,57% e 21,21% ao ano,
respectivamente, indicando viabilidade econômica para instalação da URE.
PALAVRAS-CHAVE: Resíduos, Construção Civil, Usina de Reciclagem
ABSTRACT
The construction industry has intensified its activities and increased the generation of
waste that causes environmental degradation. This research has made the estimate of
generation of construction and demolition waste (CDW) and a feasibility study
for implementation of sorting and recycling plant in the Criciúma municipality. The estimate
is made by direct and indirect methods and found a period of 10 years. The volume
obtained by the indirect method was 145.65 t / day. The feasibility study was conducted
to a plant
with capacity
of
25 t /
h
and applying
the
methodology
of Jadovski (2005) have raised the costs of deployment, operation and maintenance. The
amount of waste being recycled was estimated at 80% of collected waste generating gross
revenue of R $ 702,635.94. From the net values calculated by discounting the initial
investment and applying the Internal Rate of Return for 8, 10 and 15 years have led to
the IRR's
of 12.40% years, 16.57%
pa
and 21.21%
per
annum
respectively. The calculated internal rates of return indicate that there is economic viability
for the RP considering the return periods of 8, 10 and 15 years.
KEYWORDS: Waste, Construction, Recycling Plant
Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014
1
Afrodite
da
Conceição
Fabiana Cardoso
Engenheira Ambiental pela
UNESC - Universidade do
Extremo Sul Catarinense.
Criciúma, SC, Brasil
[email protected]
Sérgio Luciano Galatto
Professor do Dpto de
Engenharia Ambiental da
UNESC - Universidade do
Extremo Sul Catarinense e
Pesquisador do IPAT Instituto
de
Pesquisas
Ambientais e Tecnológicas.
Mestre
em
Ciências
Ambientais pela UNESC.
Criciúma, SC, Brasil
[email protected]
Mario Ricardo Guadagnin
Professor da UNESC Universidade do Extremo Sul
Catarinense,
no
Departamento de Engenharia
Ambiental.
Mestre
em
Geografia pela UFSC Universidade Federal de
Santa Catarina.
Criciúma, SC, Brasil
[email protected]
ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478
INTRODUÇÂO
Nas últimas décadas tem
se
observado
um
aumento
populacional e a expansão das
cidades refletindo no crescimento
intensificado do setor de construção
civil. A questão dos Resíduos da
Construção Civil (RCC) tem sido
amplamente discutida no Brasil pela
alta taxa de geração, representando
cerca de 51% a 70% dos resíduos
sólidos
urbanos
coletados
(MARQUES NETO, 2005). Os estudos
sobre caracterização e quantificação
dos RCC’s no Brasil iniciaram em
meados de 1980. Na década 1990
começaram
ensaios
sobre
reciclagem e atualmente existem
inúmeras usinas de triagem e
reciclagem muitas controladas pelas
municipalidades como aponta Pinto
(1999).
De forma geral, os RCC’s
são vistos como resíduos de baixa
periculosidade,
tendo
como
principal impacto o grande volume
gerado. Contudo, nesses resíduos
também são encontrados materiais
orgânicos, produtos perigosos e
embalagens diversas que podem
acumular água e favorecer a
proliferação de insetos e de outros
vetores de doenças (KARPINSKI,
2009).
De acordo com o Art. 13
da Lei n˚ 12.305/2010, os resíduos
de construção civil (RCC’s) são
aqueles gerados nas construções,
em reformas, em reparos e em
demolições de obras de construção
civil, bem como os resultantes da
preparação e escavação de terrenos
para obras civis. São definidos e
classificados em quatro classes pela
Resolução do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA) n°
307/2002, em função do seu
potencial para serem reciclados ou
reutilizados.
A Resolução 307 do
Conselho
Nacional
do
Meio
Ambiente (CONAMA) define os
resíduos de construção civil como
“os provenientes de construções,
reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como:
tijolos, blocos cerâmicos, concreto
em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa,
gesso, telhas, pavimento asfáltico,
vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica etc., comumente chamados
de entulhos de obras, caliças ou
metralha (BRASIL, 2002)”.
Para Hamassaki (2000), o
resíduo de construção civil ou
“entulho” é um “conjunto de
fragmentos ou restos de tijolos,
concreto, argamassa, aço, madeira e
outros provenientes do desperdício
na
construção,
reforma
ou
demolição de estruturas”.
A Resolução 307/2002 do
CONAMA, ainda classifica os RCD da
seguinte forma (BRASIl, 2002):
Classe A - São os resíduos
reutilizáveis ou recicláveis
como agregados, tais
como: a) De construção,
demolição, reformas e
reparos de pavimentação
e de outras obras de
infraestrutura, inclusive
solos provenientes de
terraplanagem; b) De
construção,
demolição,
reformas e reparos de
edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos,
telhas,
placas
de
revestimento
etc.),
argamassa e concreto; c)
De processo de fabricação
e/ou demolição de peças
pré-moldadas
em
concreto (blocos, tubos,
meios-fios
etc.)
produzidas nos canteiros
de obras;
Classe B - São os resíduos
recicláveis para outras
destinações, tais como:
plásticos, papel/papelão,
metais, vidros, madeiras,
gesso e outros;
Classe C - São os resíduos
para os quais não foram
desenvolvidas tecnologias
ou
aplicações
economicamente viáveis
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2
que permitam a sua
reciclagem/recuperação;
Classe D - São os resíduos
perigosos oriundos do
processo de construção,
tais
como:
tintas,
solventes,
óleos,
lâmpadas fluorescentes,
pilhas e baterias ou
aqueles
contaminados
oriundos de demolições,
reformas e reparos de
clínicas
radiológicas,
instalações
industriais,
telhas de amianto e
outros.
Os
principais
instrumentos legais referentes aos
RCC’s são: as Resoluções CONAMA
n° 307/2002, 348/2004, 431/2011,
as Normas Técnicas Brasileiras
n°15112/2004,
n°15113/2004,
n°15114/2004,
n°15115/2004,
n°15116/2004, a Lei 12305/2010
que institui a política nacional de
resíduos sólidos e o decreto
regulamentador n° 7404/2010.
Na grande maioria dos
municípios, a maior parte dos RCC’s
é
depositada
em
bota-foras
clandestinos, nas margens de rios e
córregos ou em terrenos baldios. A
deposição irregular de entulho
ocasiona proliferação de vetores de
doenças, entupimento de galerias e
bueiros, assoreamento de córregos
e rios, contaminação de águas
superficiais e poluição visual
(OLIVEIRA, 2008). Para Sjostrom
(1996) apud John (2000), além da
poluição visual, contaminação das
águas superficiais e subterrâneas e
do solo, o setor de construção civil
absorve cerca de 14% a 50% dos
recursos naturais.
Os RCC’s no Brasil não
representam
grandes
riscos
ambientais em razão de suas
características químicas e minerais
serem semelhantes aos agregados
naturais e solos. Entretanto, podem
apresentar outros tipos de resíduos
como
óleos
de
maquinários
utilizados na construção, pinturas e
asbestos de telhas de cimento
amianto (ÂNGULO, 2000, apud
KARPINSKI, 2007).
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Separação na
origem
Recepção dos resíduos e
armazenamento inicial
Armazenamento e saída de
produtos finais
Pré-triagem e separação
inicial
Triagem e seleção dos fluxos
contaminados
Britagem e
Crivagem
Separação na origem
Figura 1 - Fluxograma do processo de reciclagem de RCC
Segundo
dados
apresentados pela Câmara Brasileira
da Indústria de Construção (CBIC,
2010), o setor de construção civil
têm crescido nos últimos anos e se
observa uma tendência de aumento
no período de 2003 a 2010,
fomentado pelo crescimento dos
créditos habitacionais, estabilização
da taxa de juros e efeitos positivos
do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) (IBGE, 2008). No
estado de Santa Catarina se observa
o
crescimento
deste
setor
principalmente
quando
se
acompanha o aumento do consumo
de cimento Portland de 0,23% de
2008 para 2009. O município de
Criciúma
apresenta
três
construtoras na lista das 100
maiores do Brasil e o setor de
construção tem grande relevância
social pela absorção da mão de obra
com menor qualificação na região
(PINTO, 2010).
Os RCC’s são provenientes
das diferentes origens sendo que
75% são gerados em atividades
informais,
contribuindo
para
disposição
irregular,
causando
problemas de ordem ambiental,
econômica e social (GUERRA, 2009).
Em
Criciúma
estes
resíduos
são
coletados
e
transportados
por
empresas
terceirizadas que os depositam em
aterros e áreas de bota-fora
(RODRIGUES, 2006). O principal
problema causado pelo RCC’s é
decorrente da disposição irregular
sem os requisitos ambientais
mínimos exigidos. Um estudo
realizado por Picolo e Réus (2011),
identificou 103 áreas de bota fora ao
longo do município de Criciúma,
evidenciando a necessidade de
medidas
mais
eficazes
no
gerenciamento dos RCC’s bem como
uma
maior
fiscalização.
É
importante ressaltar que o Art. 10
da Resolução CONAMA n° 307/2002
apresenta
orientações
para
disposição dos resíduos Classes A, B,
C e D.
Uma das soluções para os
problemas com os RCC’s é à
reciclagem, que no Brasil, data
desde 1980 onde se iniciaram
estudos
sistematizados
(Pinto,
1999). Assim, o estudo para
viabilização de uma URE em
Criciúma, considerou uma planta
fixa composta por equipamentos
transportadores, de redução e
britagem e cortinas de separação. O
processo de reciclagem obedece às
etapas apresentadas na Figura 1
baseados em proposta elaborada
por Pereira et al. (2004).
A análise de viabilidade de
usinas de reciclagem é fundamental
para
definição
do
processo
dimensional e configuração da
central.
Este trabalho tem por
objetivo estimar a geração dos RCC´s
no município de Criciúma durante o
período
de
2001
a
2010
empregando métodos direto e
indireto, além de um estudo de
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3
viabilidade
econômico
para
implantação de uma Usina de
Triagem e Reciclagem (URE) dos
resíduos da construção civil.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a estimativa de
geração dos RCC´s no município
foram utilizados métodos indiretos e
diretos. O método indireto foi
desenvolvido por Pinto (1999) e leva
em consideração a geração de 150
kg de resíduo por cada metro
quadrado de área construída,
sabendo-se que cada metro cúbico
de resíduo contém 1,2 toneladas de
entulho. O produto da área
construída, pela taxa de geração é a
provável geração de resíduo. Os
dados sobre a área construída foram
obtidos na prefeitura municipal de
Criciúma. É importante destacar que
no método indireto, Marques Neto
(2005) considera a média dos
últimos quatro anos, afirmando que
este dado representa melhor a
variação na taxa de geração.
O
método
direto
considera a movimentação de cargas
efetuadas pelos prestadores de
serviço. Por meio de entrevistas não
estruturadas
efetuadas
aos
prestadores de serviço foram
obtidas informações sobre o número
de caçambas, volume diário e
mensal, local de disposição e
perspectivas do setor.
O pré-dimensionamento
da Usina de Triagem e Reciclagem
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Tabela 1 - Licenças para Construção e Provável Geração de Resíduos em Criciúma de 2001 a 2010
Informações
Área licenciada
para construção
(1000 m2/ano)
Taxa de geração
de resíduos
(0,15 t/m2)
Provável geração
anual de
Resíduos (t/ano)
População
(1.000.000,00
habitantes) (1)
Provável geração
diária de
Resíduos (t/dia)
2001
2002
2003
2004
2005
221,19
204,74
169,69
214,21
391,35
0,15
0,15
0,15
0,15
33.292,8
6
30.710,
95
25.454,6
2
170,42
170,42
138,72
127,96
ANOS
2006
2007
2008
2009
2010
293,24
265,83
263,55
322,27
449,52
0,15
0,15
0,15
0,15
0,15
0,15
32.132,8
8
58.703,5
7
43.987,1
8
39.875,1
5
39.532,9
9
48.340,5
6
67.428,1
5
170,42
170,42
185,52
185,52
185,5
185,5
188,6
192,2
106,06
133,89
244,60
183,28
166,15
164,72
201,42
280,95
0,99
0,90
0,89
1,07
1,46
(2)
Provável geração
por Habitante Dia
0,81
0,75
0,62
0,79
1,32
(kg/hab*dia)
(1)
Dados retirados do senso do IBGE (2011); (2 ) Considerando 20 dias úteis/mês.
foi efetuado tendo em conta os
levatamentos
efetuados
por
Jadovski (2005) e por Stolz (2008).
Foram observados os custos de
implantação,
operação
e
manutenção da URE. A análise de
viabilidade
foi
efetuada
considerando a Taxa Interna de
Retorno
(TIR)
proposta
por
Casarotto Filho e Kopittke (2000) e
Brito (2006). Esta taxa requer o
cálculo da taxa que zera o valor
presente dos fluxos de caixa das
alternativas. Os investimentos com
TIR superior a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) são considerados
rentáveis.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os
resultados
foram
organizados e apresentados em
etapas sequenciais possibilitando
facilitar
a
compreensão
das
informações levantadas.
Resultados da Estimativa Indireta
de Geração dos RCC’s
Analisando a evolução das
licenças para construção (Tabela 1)
com os dados obtidos na Prefeitura
Municipal de Criciúma (2011),
observa-se que em 2003 foi
registrado o menor índice com
apenas 169.697,45 m² de área
construída licenciada, enquanto que
em 2010 foram licenciadas cerca de
449.520, 97 m². Para efetuar os
cálculos de taxa de geração foi
utilizado o indicador obtido por
Pinto (1999) de geração de 0,15
2
t/m . Pode-se observar que as
licenças
para
construção
aumentaram em mais de 200%,
considerando o período de 2003 a
2010, provavelmente resultante do
aumento de créditos habitacionais e
das novas políticas de habitação.
Entre o período de 2001 a
2010, foi registrado um crescimento
de 102,53% de área construída
licenciada.
Em
contrapartida
observa-se um aumento de 11,35%
na população do município nesse
mesmo intervalo (2001 a 2010). A
área total licenciada para construção
de 2001 a 2010 é aproximadamente
2
de 2.796.391,743 m . A geração de
RCC´s
no
período
analisado
apresentou uma média de 145,65
t/dia (método indireto).
Com relação à estimativa
diária de geração de resíduos de
construção civil, Lauritzen (1998)
apud por Jonh (2000) apresenta
dados da Europa com variação entre
2,08 a 3,19 kg/hab*dia. Pinto (1999)
propõe para o Brasil uma variação
de 0,80 a 2,64 kg/hab*dia. Em
Criciúma, os dados referentes à
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4
estimativa de geração diária de
resíduos
da
construção
civil
apontam variação entre 0,62 e 1,46
kg/hab*dia. Este valor é inferior aos
valores indicados na Europa, porém,
mais próximo aos apresentados por
Pinto (1999) para algumas cidades
brasileiras. A média da geração per
capita em 10 anos é de 0,96 kg/dia e
está
dentro
do
intervalo
considerado para as cidades
Brasileiras.
Para confirmação dos
volumes de resíduos de construção
civil, foram comparadas as áreas
licenciadas para construção e as
áreas correspondentes ao Habite-se.
Tendo como base os dados obtidos
junto
ao
Departamento
de
Patrimônio Físico Territorial do
município e considerando a taxa
estimada por Pinto (1999) de
2
são
geração de 0,15 t/m
apresentados na Tabela 2 os cálculos
efetuados para a obtenção das
estimativas de geração diária e
anual considerando neste caso o
Habite-se. Foram considerados o
mesmo número de habitantes e a
taxa de geração por área.
A estimativa de geração
de resíduos da construção civil pelo
Habite-se foi menor nos anos 2001 e
2005,
e
maior
em
2010.
Comparando os valores anuais com
os obtidos na análise das áreas
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Tabela 2 - Habite-se de Construção e Provável geração em Criciúma de 2001 a 2010
Informações
2001
2002
2003
2004
2005
ANOS
Habite-se
911,43
154,74
159,51
134,30
117,19
(1000 m2/ano)
Taxa de
geração de
0,15
0,15
0,15
0,15
0,15
resíduos
(0,15 t/m2)
Provável
geração anual
13.671,43 23.210,47 23.926,74 20.145,27 17.577,80
de Resíduos
(t/ano)
População
(1000.000,00
170,42
170,42
170,42
170,42
185,52
habitantes) (1)
Provável
geração diária
56,96
96,71
99,69
83,94
73,24
de Resíduos
(2)
(t/dia)
Provável
geração por
0,33
0,57
0,58
0,49
0,39
Habitante Dia
(kg
dia/habitante)
(1) Dados retirados do senso do IBGE (2011); (2) Considerando 20 dias úteis/mês.
licenciadas para a construção,
verifica-se uma maior quantidade de
resíduos em 2010, porém os
menores volumes anuais diferem
para 2005.
Analisando os dados da
geração anual obtidos das áreas
licenciadas para construção (Tabela
1) em Criciúma observa-se que são
superiores aos dados obtidos pelo
Habite-se (Tabela 2). O volume de
resíduos obtidos das licenças de
2006
2007
2008
2009
2010
142,32
150,53
154,88
144,43
244,18
0,15
0,15
0,15
0,15
0,15
21.348,22
22.579,59
23.232,29
21.663,85
36.626,26
185,52
185,5
185,5
188,6
192,2
88,95
94,08
96,80
90,27
152,61
0,48
0,51
0,52
0,48
0,79
construção deveria ser aproximado
ao volume do cálculo do Habite-se,
no entanto, observa-se que a área
solicitada para a construção (449,51
2
x 1000 m /ano) em 2010 é
efetivamente superior a área
licenciada pelo Habite-se (244,18 x
2
1000 m /ano), no mesmo ano. É
importante frisar que o município de
Criciúma
não
possui
áreas
licenciadas para aterros de resíduos
de construção civil.
Analisando os dados
obtidos se observa que o Habite-se é
inferior às licenças, sendo que em
2010, foi o período de maior
concessão de licenças, com uma
diferença de 45,7% entre as licenças
de construção e as de habite-se. A
diferença menor entre as licenças de
construção e de Habite-se foi em
2003, com 6%. A Figura 2 compara
as licenças de construção com o
Habite-se.
Figura 2 - Comparativo das Licenças para Construção e Habite-se no período de 2001 a 2010, em Criciúma, SC.
Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014
5
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Tabela 3 - Movimentação de Cargas das Empresas Coletoras de Entulho.
Itens
Beneton
Cascão
50
50
Volume (m )
5
Nº de caçambas dia
Total de caçambas
3
N º de caçambas
(1)
mês
Volume diário
3
estimado (m /dia)
Volume mensal
3
estimado (m /mês)
(1)
Tele
Entulhão
Caçambão
50
75
70
5
5
5
5
7
7
7
10
10
160
160
160
240
140
35
35
35
50
50
205
800
800
800
1200
700
4300
Entulho
Total
Número de caçambas considerando 24 dias do mês com meio período nos sábados
As diferenças encontradas
podem ser atribuídas ao fato de que,
por um lado as construções não
foram efetivadas, ou por outro lado,
as construções podem ter sido
efetivadas, porém não foram
registradas evitando os impostos
associados ao Habite-se.
No período de 2001 a
2010 foi registrada no município
uma
área
construída
de
2
1.493.212,80 m . A média da
geração anual neste período foi de
22.398,19 toneladas e a geração
diária foi de 93,33 toneladas.
Resultados da Estimativa
Direta de Geração dos RCC’s
A estimativa direta da
geração de resíduos da construção
civil considerou a movimentação de
cargas efetuadas por empresas
responsáveis pelos serviços de
coleta. Em Criciúma existem cinco
empresas que atuam no município e
outros municípios no entorno:
Entulho e Transporte Ltda., da qual
fazem parte as empresas Beneton,
Cascão e Tele-Entulho, que possuem
um escritório Virtual e cerca de 150
caçambas, no total; Entulhão e
Caçambão.
Em função do movimento
de carga realizado nas cinco
empresas coletoras foi possível
estimar a capacidade de remoção de
resíduos de construção civil (Tabela
3). O valor de aluguel de uma
caçamba varia entre R$ 80,00 a R$
140,00 no prazo máximo de três dias
estacionado.
De acordo com Pinto
3
(1999), um (1) m de resíduo da
construção civil corresponde a 1,2
toneladas. Considerando os valores
apresentados na Tabela 3, a
capacidade de movimentação das
empresas é de 246 t/dia e 5.160
t/mês. A estimativa de geração de
RCC’s pelo método indireto apontou
o valor de 145,65 t/dia.
É importante observar
que as caçambas muitas vezes
apresentam resíduos de diferentes
classes, como resíduos de Classe A
misturados com Classe B, inclusive
com os perigosos e domiciliares.
Resultados
do
dimensionamento
Pré-
Os
equipamentos
necessários ao funcionamento da
URE possuem uma capacidade
nominal de 25 t/h. Em virtude da
capacidade de produção da usina
foram escolhidos os equipamentos:
Britador de impacto; Tremonha de
alimentação; Transportador de
correia,
Peneira
vibratória;
transportador de correia; Sistema
antipó; Bica de transferência;
Peneira vibratória apoiada; Imã
permanente. As máquinas e veículos
necessários ao funcionamento da
Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014
6
URE foram escolhidos em função da
capacidade da usina ser inferior a 30
t/h seguindo as orientações de
Jadovski (2005).
Os valores apresentados
na Tabela 4 foram obtidos mediante
pesquisas
de
mercado
para
obtenção dos preços de aquisição e
transporte
dos
equipamentos,
(MAQBRIT, 2011), cotação de
equipamentos
de
protecção
individual (PROTESHOP,
2011),
estimativas orçamentárias (IPAT,
2011) e consulta a orgãos oficiais
(CASAN;CELESC,
2011).
Após
obtenção destes valores foram
calculados os percentuais conforme
metodologia de Jadovski (2005) e
Stolz (2008).
Os custos apresentados
não contemplam a aquisição nem o
aluguel do terreno que deveria
2
possuir 7.250 m , uma vez que nas
simulações efetuadas por Jadoviski
(2005) essas opções se mostraram
inviáveis. Para este projeto a compra
da área acima representaria um
acréscimo de 25,63% nos custos de
implantação do empreendimento.
Em caso de aluguel de um terreno o
custo de R$ 30.450,00 anuais seria
somado ao custo de operação.
Referente à compra de máquinas e
veículos
(retroescavadeira
e
caminhão basculante) ocorreria um
acréscimo de 41% no custo de
implantação e consequentemente
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Tabela 4 - Custos de implantação, Operação e Manutenção
Custos
Implantação
Item
Aquisição e Instalação dos Equipamentos
Terraplanagem, Contenções e Obras Civis
Licenciamento Ambiental
Sub-Total (R$)
Operação
Manutenção
Valor (R$)
558.555,00
82.569,00
66.093,93
707.217,93
Mão de Obra e Leis Sociais
Equipamentos de Proteção Individual
Aluguel de Máquinas e Veículos
Insumos
Despesas Administrativas
Sub-Total (R$/Ano)
Manutenção dos Equipamentos
133.675,08
1.439,16
309.129,60
43.888,32
3.600,00
491.732,16
14.571,00
Sub-Total (R$/Ano)
14.571,00
Total (R$)
1.213.521,09
Obs: Dados de custo obtidos junto aos fornecedores de equipamentos
um acréscimo de 59,71% no custo
da manutenção.
Resultados da Análise de
Viabilidade Econômica
A quantidade de agregado
reciclado foi estimada em 80% da
quantidade de resíduo recolhido,
conforme metodologia de Marques
Neto (2005) obteve-se valor de R$
3.252,94
toneladas/mês.
Considerando o preço médio de R$
18,00 do agregado reciclado serão
arrecadados
R$
58.552,99
mensalmente com a venda do
produto.
Para
análise
do
investimento foi aplicada a Taxa
Interna de Retorno (TIR) que deve
ser superior a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) estipulada em
12% pelo Banco Central para o ano
de 2011. Em caso de TIR inferior a
TMA o projeto é inviável (SOUZA E
CLEMENTE, 1997, apud JADOVSKI,
2005).
Foram efetuados cálculos
para os períodos de retorno de 8, 10
e 15 anos, conforme Figura 3. A TMA
utilizada foi de 12% a.a para o
cálculo da TIR. Para a correção das
despesas e custos foi utilizada a taxa
básica da economia brasileira (Taxa
Média Selic, 2011) de 12% a.a
aplicada a partir do 2° ao 15°ano. Os
cálculos foram efetuados no
software Excel após inserção dos
dados de entrada (custos de
implantação, operação, manutenção
e receita bruta anual) conforme
efetuado por Stolz (2008).
Observando a TIR para os
períodos de 8, 10 e 15 anos, verificase que a TIR é maior que a TMA,
portanto o empreendimento é
rentável. Os cálculos efetuados para
períodos inferiores a 8 anos
apresentaram uma TIR inferior aos
12% da TMA, o que os torna não
rentáveis, ou seja, em função do
montante investido e da receita
líquida anual, o investimento
retornará a partir do oitavo ano. O
Pesquisas realizadas por
Jadovski (2005), para um período 20
anos com a TMA de 12%
apresentam uma variação na TIR de
12,4% a 29%, considerando as
opções de compra e/ou aluguel do
terreno e aluguel de máquinas e
veículos. O período de retorno do
investimento apresentado por Dal
Pont (2008) considerando a opção
aluguel e de compra de uma
retroescavadeira foi de dois anos,
porém a receita bruta foi obtida
somando a receita da venda do
Figura 3: Comparativo da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) e da Taxa Interna de
Retorno (TIR)
período de retorno de 15 anos
apresentou à maior TIR, conforme
observado por Stolz (2008), que
indica que com o aumento período
de retorno, aumenta a taxa de
desconto.
Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014
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agregado reciclado e a arrecadação
com a disposição do resíduo em
aterro.
A análise de viabilidade
no presente estudo considerou
apenas a venda do agregado
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reciclado. Assim, se fosse optado
por cobrar pelo recebimento dos
resíduos, haveria aumento na
receita bruta, impostos e receita
líquida. Por exemplo, se fosse
cobrado apenas 50% do valor
aplicado pela Santech empresa
prestadora de serviços de Aterro
Sanitário localizada em Içara - SC (R$
25,00/tonelada) para destinação dos
resíduos haveria um aumento na
arrecadação
anual
de
R$
487.941,00.
CONCLUSÃO
O estudo dos RCC´s no
município de Criciúma permitiu a
compreensão da dinâmica e revelou
a existência de inúmeras áreas de
disposição
irregular,
conforme
estudo apresentado por Picolo e
Reus (2011), o que demonstra o não
cumprimento
da
Resolução
CONAMA 307/2002 e do Termo de
Ajustamento de Condutas firmado
em 2009 entre a Promotoria Pública
de Defesa do Meio Ambiente, o
Poder Público Local, o SINDUSCON e
os prestadores de serviços de coleta
de resíduos de construção civil.
Os serviços de coleta e
transporte dos RCC’s no município
são realizados por empresas
terceirizadas
que
depositam,
geralmente, em áreas de bota fora,
a maioria destas sem licenças
ambientais. Este fato se deve a falta
de
fiscalização
dos
órgãos
competentes, além dos altos custos
com a disposição em aterro
industrial.
Os resultados do volume
de RCC’s estimados pelo método
indireto, no período de 10 anos,
apontou a média de 145,65 t/dia em
Criciúma, enquanto que o método
direto foi 246 t/dia. Em função da
estimativa de RCC’s gerados em
Criciúma, estimou-se uma produção
de 3.252,94 t/mês ou 163 t/dia.
Nesse
estudo
optou-se
por
dimensionar uma usina de triagem e
reciclagem com capacidade de
processar 25 t/h. É reconhecida que
a reciclagem de RCC’s é de grande
importância ao desenvolvimento
regional, uma vez que contribui para
a produção de agregado reciclado,
conservação de reservas naturais de
areia e brita e redução de áreas de
bota fora irregulares.
O estudo de viabilidade
realizado para a usina com
capacidade de 25 t/h, utilizando o
método da Taxa Interna de Retorno,
indicou que o retorno do
investimento ocorrerá a partir do
oitavo ano, tornando-o mais
rentável nos anos seguintes. De
modo geral, as TIR’s calculadas
mostram-se viabilidade econômica
desta usina nos três períodos de
retorno analisados.
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Recebido em: fev/2012
Aprovado em: mar/2014
Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 31 – Março de 2014
10 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478
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