II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 01 - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS DESFECHOS CLÍNICOS, SEGURANÇA E FARMACOECONOMIA RELACIONADOS A UTILIZAÇÃO DA COLISTINA E POLIMIXINA B NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS Autores: GUSTAVO RAFAINI LLORET; ANTONIO LUIS EIRAS FALCAO; PATRICIA MORIEL Instituição: Universidade Estadual de Campinas - Cidade/UF: CAMPINAS/SP Ag.Financiadora: CAPES E CNPQ - Nr. Processo: 02P4353/2015 E 164796/2014-2 Área: INFECÇÕES HOSPITALARES Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 15:10-15:20:00 INTRODUÇÃO O emergente crescimento dos casos de infecções nosocomiais, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), causadas por bactérias gram-negativas levou a reintrodução do uso das polimixinas no combate a estes patógenos. OBJETIVOS Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto clínico e econômico da utilização da polimixina B e colistina no tratamento de pacientes internados nas UTI. METODOLOGIA Foi realizado um estudo retrospectivo observacional, com duração de 36 meses, em arquivo eletrônico e prontuários de pacientes adultos internados nas UTI de um hospital universitário no interior de São Paulo, e que utilizaram a colistina ou polimixina-b para o tratamento de infecções bacterianas comprovadas microbiologicamente. RESULTADOS Ao todo, 197 pacientes foram analisados quanto a nefrotoxicidade, sendo que 109 foram estudados quanto ao desfecho clínico, uma vez que 88 pacientes foram excluídos por não apresentarem infecções bacteriadas causadas por patógenos sensíveis as polimixinas. Secreção traqueal foi a amostra clínica mais frequente, seguido por sangue. Infecções causadas por A. baumannii foram as mais prevalentes, e apresentaram elevada taxa de resistência frente a praticamente todas as classes de antibióticos testadas, com exceção das polimixinas que apresentaram excelente atividade (> 95%). A nefrotoxicidade foi similar em ambos os grupos (aproximadamente 20,0%), e foi identificada como fator de risco para mortalidade para os pacientes tratados com a colistina (p <0,05). Ainda em relação a este grupo, o comprometimento renal foi associado estatisticamente com o prolongamento do tratamento, e foi manifestado de maneira mais precoce quando comparado com os pacientes tratados com a polimixina B. Em relação a sobrevida, apesar de não ter demonstrado uma diferença estatisticamente significativa, a colistina apresentou uma efetividade superior a polimixina B (71,7% Vs. 62,5%, p>0,05), embora em termos econômicos, tenha sido uma opção mais onerosa. CONCLUSÃO Este trabalho demonstrou que não houve diferença significativa entre a incidência da nefrotoxicidade para ambas polimixinas, no entanto, foi manifestada de maneira mais precoce no grupo tratado com a colistina. Além disso, a utilização de doses diárias mais elevadas pode estar relacionada ao aumento da sobrevida, sem que ocorra necessariamente o aumento do risco de comprometimento renal. Os pacientes tratados com a colistina apresentaram uma sobrevida superior a polimixina B, embora em termos econômicos, tenha sido uma opção mais onerosa. 1 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 02 - MAYARO VÍRUS: CASO IMPORTADO DE INFECÇÃO COM DIAGNÓSTICO CONCOMITANTE DE HIV E SÍFILIS Autores: CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; MANLIO TASSO OLIVEIRA MOTA; DELZI VINHA NUNES GONGORA; IRINEU LUIZ MAIA; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA; JAKELINE FLÁVIA SERTORIO SANTOS; BÁRBARA FERREIRA DOS SANTOS Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 15:20-15:30:00 INTRODUÇÃO Mayaro virus (MAYV) é um arbovírus, enzóotico de áreas tropicais da América do Sul e endêmico em áreas rurais. A maioria das infecções por MAYV ocorrem em pessoas com história de atividades recentes em ou próximas a áreas florestais. Febre Mayaro é uma doença febril aguda, geralmente não-fatal, caracterizada por cefaléia, epigastralgia, mialgia, artralgia, rash maculopapular, tremores, náuseas, fotofobia e vertigem. A dor articular é incapacitante e pode persistir por meses. OBJETIVOS Descrever um caso de doença febril aguda, com identificação de MAYV por métodos moleculares, além de infecção aguda pelo HIV e sífilis, com período de evolução indeterminado, em paciente após visita ao Estado do Pará. METODOLOGIA O relato do caso foi realizado a partir de coleta de dados do prontuário informatizado, seguida de revisão bibliográfica em MedLine, SciELO, RIMA. RESULTADOS Paciente, 27 anos, masculino, procedente de José Bonifácio/SP, jornalista, admitido em outubro/2014, com febre 39-40°C, há 10 dias, associada à mialgia, artralgia e cefaléia holocraniana, sem manifestações de pele. Referia viagem laborial há 40 dias para Portal, interior do Pará, com visita a diversas populações, inclusive ribeirinhos. Negava comorbidades, tabagismo, etilismo e uso de drogas injetáveis. Exames bioquímicos sem alterações, sorologia para dengue IgM e CHIKV não reagentes, gota espessa para malária negativa, sorologia para febre amarela inconclusiva (realizou dose de reforço de vacinação contra febre amarela 37 dias antes do início dos sintomas). Sorologia reagente para HIV, VDRL sérico 1/8. LCR com discreta pleocitose linfomonocitária, hiperproteinorraquia, VDRL liquórico 1/2. PCR sérico positivo para Mayaro vírus. Contagem de linfócitos CD4+ 306 células/ml, carga viral do HIV 21351 cópias/ml. Internado para tratamento de neurossifilis com penicilina cristalina por 10 dias. Recebeu alta assintomático para acompanhamento ambulatorial. CONCLUSÃO A Febre Mayaro causa uma doença febril que pode ser confundida com dengue ou outras doenças exantemáticas, ou ser subdiagnosticada. Apesar da baixa mortalidade, a intensa artralgia causa temporária incapacidade para trabalho, podendo gerar hospitalizações, promovendo impacto socioeconômico. A identificação precoce dos agentes etiológicos das doenças febris agudas é crucial, assim como um entendimento sólido da epidemiologia das arboviroses emergentes, para o desenvolvimento e operação de sistemas de controle e vigilância funcionais. 2 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 03 - VALOR DO TESTE DO TORNIQUETE PARA TRIAGEM DOS PACIENTES SUSPEITOS DE SEREM PORTADORES DE DENGUE Autores: MAYARA ROMERO CANAL; NATHALIA BARBOSA FURLAN; CAROLINE TUKASAN; CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA; NATAL SANTOS DA SILVA Instituição: LabMMEM -Medicina UNILAGO - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 15:30-15:40:00 INTRODUÇÃO A dengue é a principal arbovirose do mundo.Estima-se que 3,6 bilhões de pessoas estejam vivendo em risco de infecção atualmente e que a cada ano possa haver 50 milhões de casos em todo mundo, com 500.000 casos de dengue grave e 22.000 mortes. A doença é causada por quatro sorotipos virais, DENV-1 a 4.A possibilidade de progressão de formas brandas para graves da infecção demonstra que, na ausência de confirmação sorológica e virológica, o diagnóstico acurado e precoce através de outros métodos é relevante.A avaliação do real valor do TT para diagnosticar ou excluir a dengue tem sido proposto na literatura, com resultados diversos. OBJETIVOS Avaliar o valor do teste do torniquete na triagem de pacientes suspeitos de infecção pelo DENV e sua gravidade, bem como comparar esse teste com métodos de dignóstico rotineiros.Para isso, utilizamos de forma inédita uma amostra numerosa, em um período de tempo consideravelmente longo e com tantos métodos laboratoriais como referência, incluindo a reação em cadeia da polimerase (PCR) e relacionando com índice de gravidade da classificação da OMS de 2009, simultaneamente. METODOLOGIA Foram estudados 119.589 casos notificados entre maio de 1998 e julho de 2012, com 30.670 casos confirmados no período em uma cidade brasileira. O teste Kappa de Cohen foi aplicado para avaliação do grau de concordância entre os testes e a sensibilidade e a especificidade também foi calculada para o TT. RESULTADOS Houve aumento gradativo do percentual de TT positivo ao longo dos anos, com decréscimo posterior, nos últimos cinco anos do estudo, com proporções semelhantes de positividade do teste entre as faixas etárias. A associação entre o resultado do TT e maior gravidade pelo guideline de 2009 não foi observada (p=0,28), também não mostrou concordância relevante com o diagnóstico final (κ=0,01; CI 95%= 0,00-0,02) e nem tampouco individualmente com o ELISA-IgM (κ=0,05; CI 95%=0,04-0,06) e muito menos com a PCR (κ=0,27; CI 95%=0,06-0,49). Essa baixa concordância foi ainda fundamentada pela baixa sensibilidade do TT para diagnosticar dengue (11,9%; CI 95%= 0,11-0,12) e VPP igualmente baixo (31,6%; CI 95%= 0,31-0,32); embora tenha mostrado maior importância quanto à especificidade (88,9%; CI 95%= 0,88-0,89) e para o VPN (70,3%; CI95%= 0,70-0,71). CONCLUSÃO O TT mostrou-se mais eficaz na detecção de casos que verdadeiramente eram negativos do que daqueles positivos. 3 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 04 - IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA AÇÕES DE CONTROLE DA DENGUE ATRAVÉS DE CLUSTERS ESPAÇO-TEMPORAL Autores: MAYARA ROMERO CANAL; ELIS REGINA S FERREIRA; CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; ANDRÉIA MARTIMIANO DIAS; CAROLINE TUKASAN; ANA CAROLINA BERTOQUE; VITOR DANTAS MUNIZ; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA; NATAL SANTOS DA SILVA Instituição: LabMMEM - Medicina UNILAGO - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 15:40-15:50:00 INTRODUÇÃO A dengue afeta aproximadamente 50-100 milhões de pessoas por ano e estima-se que haja cerca de 3,6 bilhões de pessoas sob risco em todo o mundo. As diversas epidemias dessa doença registradas no Brasil nos últimos anos somam mais de dois milhões de casos notificados pelo Ministério da Saúde.Nesta perspectiva, avaliar dados espaços-temporais através do geoprocessamento dos casos notificados dessa doença e destacar regiões e momentos verdadeiramente endêmicos direcionam os esforços e podem torná-los efetivos. OBJETIVOS Demonstrar a utilização de uma nova ferramenta de vigilância epidemiológica dos casos de dengue baseada em geoprocessamento. METODOLOGIA Os dados foram coletados através do serviço de vigilância de dengue do Ministério da Saúde do governo brasileiro, do período de janeiro a dezembro de 2009, no total, 1.051 casos dos detectados no período foram incluídos.O domicílio notificado foi adotado como o provável local de infecção. Ferramentas utilizadas foram; QGIS, versão 2.2.0, SaTScan, versão 9.4.2, conforme descrito por Kulldorff e Nagarwalla. A significância foi testada através do modelo de probabilidade permutação espaço-tempo, com 999 replicações de Monte Carlo, com análise retrospectiva, e considerados estatisticamente significantes clusters com valor-p < 0,05.Para a visualização espacial utilizou-se Google Earth, versão 7.1.2.2041. RESULTADOS Os 1.051 casos de dengue avaliados estiveram relacionados a 924 domicílios sob maior risco, representando uma taxa de infecção global de 1,14 caso/domicílio.A análise espacial dos dados apresentou cluster com raios variando de 0,18 a 2,04 Km, com taxas de infecção elevadas, mais de três quartos deles apresentaram valores superiores a 50%. O número de clusters com p<0,05 demonstrados, foi de 8 e 11 para 50% e 10% dos domicílios, respectivamente.O cluster 1, para 50% , destacou-se com elevada taxa de infecção (0,86), com 86 domicílios em seu interior, para 10%, os clusters com maiores taxas de infecção foram, 1(0,86), 3(0,80), 6(0,80) e 11(0,86) porém os dois últimos apresentaram baixa participação de domicílios em sua composição.Na analise temporal ,os maiores apresentados , foram os clusters 4 , duração de seis meses, entre maio e novembro de 2009 e cluster 5 de 4 meses , entre março a julho de 2009, para a análise de 50% e 10% respectivamente. CONCLUSÃO A utilização das ferramentas de geoprocessamento disponíveis para processar e análisar os dados sobre dengue mostrou se efetiva no que foi proposto. 4 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 05 - EFICACIA DE ANTIFUNGICOS E PLANTAS MEDICINAIS NO CONTROLE DE TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES E MICROSPORUM GYPSEUM Autores: RODOLPHO CÉSAR OLIVEIRA MELLEM KAIRALA; NYCOLLE ARANTES TORRES CARVALHO; DORA INÉS KOZUSNYANDREANI Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - UNICASTELO - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 15:50-16:00:00 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas as infecções fúngicas tiveram um elevado aumento e esse acontecimento estimulou a produção de pesquisas com o intuito de tratamentos alternativos para estas dermatofitoses. O tratamento dessas infecções fúngicas geralmente não é efetivo, sendo os fármacos disponíveis muitas vezes ineficazes, geram resistência ou causam recorrência, a toxicidade dos princípios também é um fator importante. A busca por antifúngicos mais seguros e mais eficientes é constante. Diante dos fármacos atuais, tratamentos alternativos contra essas enfermidades infecciosas são promissores, principalmente o uso de produtos naturais para terapia. OBJETIVOS Avaliar a atividade de antifúngicos convencionais, extratos de plantas medicinais e óleos essenciais sobre os dermatófitos Trichophyton mentagrophytes e Microsporum gypseum. METODOLOGIA Microdiluição em placas para avaliação de antifúngicos, recomendada pela CLSI. Para avaliação da eficácia foram utilizados extratos hidroalcoólicos de Aroeira-vermelha, Jatobá-do-Cerrado, Barbatimão, Barú, Copaibeira, Ipê-amarelo, ipê roxo, Ipê branco, Jenipapo e Pequizeiro, óleos essências de eucalipto, citronela, melaleuca, cravo-da-India, canela, laranja, limão, copaíba, e tangerina e os antifúngicos fluconazol, cetoconazol, miconazol, nistantina e griseofulvina. RESULTADOS Verificou-se que os extratos hidroalcólicos de copaibeira, barú, pequizeiro e ipê-amarelo, os óleos essenciais de eucalipto, citronela, melaleuca, copaíba, cravo-da-India foram eficazes, em baixas concetrações, no controle de T. mentagrophytes. Os extratos de barú, barbatimão, jatobá-do-cerrado, ipê branco, copaibeira, aroeira-vermelha e pequizeiro e os óleos essenciais de melaleuca, cravo-da- India, citronela, eucalipto, limão e tangerina apresentaram atividade fungicida sobre M. gypseum. Os antifúngicos convencionais foram eficazes nas concentrações recomendadas. CONCLUSÃO Os extratos de plantas medicinais assim como os óleos essenciais apresentaram eficácia no controle de dos dermatófitos, evidenciando a possibilidade de sua utilização no controle e tratamento destes microorganismos patogênicos, porém ainda não é uma prática adotada rotineiramente na medicina. 5 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS OR - 06 - CISTICERCOSE MAMÁRIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE NÓDULOS DA MAMA: RELATO DE CASO Autores: DENISE MARIA FONTANA; VISLAINE DE AGUIAR MORETE; CAMILA SANO VIEIR LEMES; CAROLINE CARDOSO GUSSON; MANUELLA RIBEIRO PEREIRA; IGOR HENRIQUE N ASSIS; TRICIA A R PATTINI DE SOUZA; MAURICIO FERNANDO FAVALEÇA; CAIO ULYSSES G MENEZES Instituição: unicastelo - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 30/10/2015 - Sala: AUDITÓRIO - Horário: 16:00-16:10:00 INTRODUÇÃO A cisticercose humana é causada pelo Cysticercus cellulosae, larva da Taenia solium, doença muito comum na América Latina. Esta doença pode atingir musculatura, sistema nervoso central, olhos e em menor frequência o tecido mamário. OBJETIVOS Relatar um caso de cisticercose mamária como diagnóstico diferencial de nódulos da mama, considerando que existem poucos casos relatados na literatura. METODOLOGIA Análise de prontuário, x clinico de paciente e revisão de literatura. RESULTADOS Mulher, 59 anos, assintomática, realizava mamografia de rotina após os 40 anos. Em um exame de mamografia em 2013 foi evidenciado nódulo em mama direita categoria BI-RADS 0® e em mama esquerda evidenciou-se calcificações de aspecto benigno com categoria BI-RADS 2®, sugerindo complementação com ultrassonografia. Nesse exame foram evidenciadas formações ovaladas anecóicas de paredes finas e um cisto ovalado localizado no raio de 10 horas da mama direita medindo cerca de 40 mm com conteúdo anecóico. Também foi encontrado uma nodulação sólida, hipoecoica de aspecto vegetante medindo cerca de 5 mm e sinal de fluxo vascular interno definindo uma categoria BI-RADS 4B®. Após esse exame o ginecologista a encaminhou para um centro especializado para realização de biópsia; a qual foi realizada em 2014 cujo resultado mostrou uma área cística com sinais de processo inflamatório crônico granulomatoso, sinais de hemorragia antiga e fibrose contendo fragmentos teciduais compatíveis com metazoário, em nota o diagnóstico diferencial de cisticercose mamária. Após diagnóstico ela foi encaminhada ao serviço de infectologia local onde foi realizado tratamento com albendazol 400 mg cada 12 horas por 28 dias e após não ser constatado alterações em outros órgãos, recebeu orientações de seguir sua rotina de exames anualmente conforme já realizava. CONCLUSÃO Apesar da cisticercose ser uma doença comum nos países em desenvolvimento o acometimento do tecido mamário é pouco frequente.Neste caso o diagnóstico foi por meio de exames de imagem realizados de rotina pela paciente, porém o diagnóstico definitivo foi através do histopatológico. A importância deste diagnóstico se deve a exclusão de neoplasias mamária e a investigação de cisticercose em outros tecidos mais nobres como sistema nervoso central e globo ocular, que podem causar doença grave nos pacientes. Apesar da cisticercose mamária ser incomum, a mesma deve ser mantida no diagnóstico diferencial de nódulos da mama, especialmente, em áreas endêmicas como o Brasil. 6 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-01 - ANÁLISE DE CASO CLÍNICO DE PACIENTE COM PSEUDOARTROSE APÓS POLITRAUMA COM FRATURA EXPOSTA DE FÊMUR E INFECÇÃO POR STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS Autores: AMANDA OLIVA SPAZIANI; ALINI MAZZA DA SILVA GALVANI; ROMULO SIQUEIRA DE AZEVEDO; IGOR HENRIQUE NUNES ASSIS; LAIS ALMEIDA PRANDINI; PATRIQUE VARALDA CAETANO; MARCOS PAULO FELTRIN HERNANDES; MARINA BIANCARDI WOOD; FLAVIO H N BENEZ DOS SANTOS; CLAUDIA SUSANA MANTOVANI Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 01 INTRODUÇÃO Em fraturas expostas há rompimento da pele, hemorragia e riscos de infecção. A bactéria Staphylococcus epidermidis é distribuída pela superfície corporal de forma benigna, mas pode gerar infecções. OBJETIVOS Relatar o caso de uma paciente com pseudoartrose em fêmur direito após politrauma motociclístico e infecção pela bactéria Staphylococcus epidermidis. METODOLOGIA Trata-se de um relato de caso realizado por meio da discussão com a paciente e seu médico. RESULTADOS F.C.B.S. Vítima de acidente motociclistico apresentando traumatismos em membros. Após exames foi possível constatar lesão de nervo radial, fratura de úmero direito, de cotovelo direito, de primeiro, segundo e terceiro metacarpos direitos e supraintercondiliana de fêmur direito. A paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico para lavagem, desbridamento da fratura exposta e tração esquelética, além da tala axilopalmar em membro superior. Sete dias após, foi realizado procedimento cirúrgico em úmero direito, cotovelo direito e fêmur direito. Evoluiu com processo infeccioso em úmero direito, retirada de material de síntese, tratamento com antibioticoterapia e tala axilo-palmar. Seis meses após, apresentava consolidação das fraturas de úmero e cotovelo e funções do nervo radial sem infecções. Em membro inferior direito, evoluiu com aumento de volume na coxa, dor intensa e câimbras, foi realizada uma punção aspirativa onde visualizou-se um hematoma. Foi encaminhada para o centro cirúrgico onde foi visualizado um aneurisma de artéria femoral, o qual foi reparado. Dois anos após, foi realizado um novo procedimento cirúrgico com enxerto artificial e nova estabilização, paciente evoluiu com secreção purulenta logo após o procedimento sendo encaminhada para o infectologista, no entanto não conseguiu a avaliação deste profissional sendo tratada novamente com antibioticoterapia, evoluindo com o cessamento da secreção. Não havendo sinais de consolidação, foi realizado um novo procedimento, agora com enxerto ósseo da própria paciente e troca do material de síntese, realizada nova cultura e antibiograma, onde foi constado a presença de Staphylococcus epidermidis multirresistente sensível a Teicoplanina e Vancomicina, foi optado pelo uso da Teicoplamina. CONCLUSÃO Atualmente, a paciente mantem o uso de antibiótico, as radiografias apresentam sinais de consolidação óssea e melhora do processo infeccioso. 7 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-02 - ANÁLISE DE CASO CLÍNICO DE PACIENTE QUE TEVE MENINGITE MENINGIOCÓCCIA COM EVOLUÇÃO PARA AMPUTAÇÃO DE MEMBROS Autores: PATRIQUE VARALDA CAETANO; AMANDA OLIVA SPAZIANI; ALINI MAZZA DA SILVA GALVANI; ROMULO SIQUEIRA DE AZEVEDO; IGOR HENRIQUE NUNES ASSIS; LAIS ALMEIDA PRANDINI; MARCOS PAULO FELTRIN HERNANDES; MARINA BIANCARDI WOOD; FLAVIO H N BENEZ DOS SANTOS; CLAUDIA SUSANA MANTOVANI Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 02 INTRODUÇÃO A Meningite meningocócica é responsável por epidemias e causa muitos óbitos. É causada pela bactéria gram-negativa Neisseria meningitidis e causa inflamação nas meninges e infecção generalizada. OBJETIVOS Relatar o caso de uma paciente com meningite meningiocóccia causada pela bactéria Neisseria meningitidis. METODOLOGIA Trata-se de um relato de caso realizado após conversa com a mãe da paciente. RESULTADOS M.M., 2 anos e 11 meses, reclamava de dores no braço e a mãe levou até a UPA, mas nada foi encontrado. Em casa na noite do mesmo dia, começou a apresentar febre e a mãe ministrou remédio. A criança pedia água insistentemente e vomitava alimentos. Durante a noite, começaram a aparecer lesões eruptivas cutâneas por todo corpo que se apresentava edemaciado. Houve encaminhamento para um hospital de nível mais avançado, onde a criança chegou em hipotermia e com paralização renal. A primeira hipótese diagnóstica foi dengue hemorrágica, mas foi solicitado o exame de liquor devido a nuca enrijecida da criança. Pelo exame foi possível diagnosticar a doença como meningite meningiocóccia causada pela bactéria Neisseria meningitidis. A vigilância epidemiológica foi acionada e evitou um possível surto tratando a família e os colegas de escola. Após o diagnóstico, houve um novo encaminhamento para um hospital de nível superior, no qual a criança foi imediatamente internada na UTI. No momento dessa internação, a menina apresentada o corpo enegrecido, principalmente nas extremidades, e apresentava-se mais edemaciada, optaram por colocá-la em coma induzido. Após 72 horas, a menina começou a se recuperar. Após 2 semanas em coma induzido, foi encaminhada para o centro cirúrgico para remoção de tecido necrótico. Após 4 semanas, saiu da UTI e foi encaminhada para o quarto. Após 5 semanas, constataram que seria necessário amputar as pernas da criança e realizaram o procedimento, também ocorreu a perda de dois dedos da mão. Em casa após dois meses de internação, a recuperação era plena e sem rejeição de tecidos. Assim que completou três anos começou a utilizar próteses para pernas. CONCLUSÃO Hoje cerca de seis anos depois, utiliza as proteses para tudo, realiza todas as funções e tem uma vida plena, apesar de ainda realizar seções constantes de fisioterapia. 8 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-03 - EFEITO DA OZONIZAÇÃO SOBRE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS Autores: AMANDA OLIVA SPAZIANI; GIOVANNA ANDREANI; DORA INÊS KOZUSNY ANDREANI Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 03 INTRODUÇÃO O ozônio apresenta atividade altamente oxidativa que o caracteriza como um agente potencialmente biocida que atua sobre bactérias, fungos, vírus e helmintos. OBJETIVOS Avaliar a eficiência do gás ozônio no controle in vitro de Escherichia coli CCCD E003, Salmonella typhi CCCD S009, Pseudomonas aeruginosa CCCD P013. METODOLOGIA Foram utilizadas concentrações de 1,0x100, 1,0x1000, 1,0x10000, 1,0x100000, 1,0x1000000, 1,0x10000000, 1,0x100000000 e 1,0x1000000000 UFC/mL de solução de NaCl (0,5%), que foram expostas ao ozônio por diferentes intervalos de tempo (0, 30, 60, 90, 120, 150,180, 210, 240, 270, 300, 330, 360, 390, 420, 450, 480, 510, 540 segundos) e a uma concentração de 2ppm. A viabilidade bacteriana foi determinada pelas UFC e pelo método colorimétrico com 2,3,5-Triphenyltetrazolium Chloride. RESULTADOS Verificou-se sensibilidade das espécies bacterianas ao ozônio. E. coli e S. typhi, apresentaram decrescimo de células viáveis entre 80 e 45% após 30 segundos de exposição, enquanto de P. aeruginosa, no mesmo período, apresentou redução de 25% da população inicial. As concentrações de bactérias (102 a 109 UFC/mL) e de ozônio (2ppm/h/L) e os intervalos de tempo de exposição (0-510 segundos) utilizados neste estudo permitiram determinar que o efeito bactericida do ozônio depende da concentração e do tempo de exposição, resultado confirmado pela sobrevivência observada nos controles sem tratamento onde houve escassa variação no número de células vivas. CONCLUSÃO O ozônio é um agente biocida eficaz no controle de bactérias patogênicas de interesse médico, odontológico, ambiental e da indústria de alimentos. 9 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-04 - SINTOMAS PSICOLÓGICOS DURANTE TRATAMENTO PARA HEPATITE C COM ALFAPEGINTERFERONA, RIBAVIRINA E TELAPREVIR Autores: RENATA SILVA DE ALMEIDA; MARIA CRISTINA OLIVEIRA MIYAZAKI; BÁRBARA FERREIRA DOS SANTOS; LUIZA MARTINI BREVILIERI; CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; ELIANE TIEMI MIYAZAKI; RITA DE CÁSSIA MARTINS ALVES DA SILVA Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: HEPATITES VIRAIS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 04 INTRODUÇÃO A hepatite C atinge 3% da população mundial e é responsável por cerca de 70% da hepatites crônicas e 40% dos casos de cirrose. Além disso, 40 a 50% dos transplantes realizados são decorrentes de cirrose causada pelas hepatites B e C. Uma nova medicação tem sido fornecida ao paciente com hepatite C, que consiste da associação de Alfapeginterferona e Ribavirina (tratamento duplo) ao Telaprevir (tratamento triplo). Este último foi liberado para uso em 2011, porém a aprovação para o tratamento ocorreu somente em 2013. Embora esse novo tratamento possa erradicar o vírus em mais de 50% dos pacientes, a literatura aponta diversos efeitos colaterais que têm impacto negativo sobre a qualidade de vida, dentre eles, a maior vulnerabilidade para quadros reativos de ansiedade e depressão, ataques de pânico e ideação suicida, além de sérios problemas relativos à adesão ao tratamento. OBJETIVOS Avaliar qualidade de vida, fadiga e sintomas de depressão e ansiedade em pacientes durante o tratamento para hepatite C utilizando Alfapeginterferona, Ribavirina e Telaprevir. METODOLOGIA Dez pacientes foram acompanhados antes, durante e após o tratamento e responderam aos seguintes instrumentos: Entrevista Clínica Estruturada (CIS-R), Inventário de Qualidade de Vida SF-36, Inventário de Fadiga de Chalder, Inventários Beck de Depressão (BDI) e de Ansiedade (BAI), Escala de Modos de Enfrentamento (EMEP) e Inventário de Percepção da Doença (IPQ-R). Os dados foram analisados com estatística descritiva e testes não paramétricos (p<0,05). RESULTADOS Houve aumento significante dos sintomas de depressão na 8ª (p<0,001) e na 12ª (p<0,001) semanas; aumento significante dos sintomas de ansiedade na 4ª (p<0,05) e na 8ª (p<0,01) semanas; aumento significante de fadiga na 2ª (p<0,05), na 4ª (p<0,001), na 8ª (p<0,001) e na 12ª (p<0,001) semanas; piora significante na qualidade de vida no pós-tratamento nos seguintes domínios analisados: dor (p<0,01), aspectos emocionais (p<0,01), aspectos físicos (p<0,05), vitalidade (p<0,05), aspectos sociais (p<0,05) e saúde mental (p<0,05) e a principal estratégia de enfrentamento foram práticas religiosas. CONCLUSÃO Os resultados apontam aumento de sintomas de depressão, de ansiedade e de fadiga, além de um declínio significativo na qualidade de vida após o início do tratamento triplo para hepatite C. 10 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-05 - ABSCESSO RENAL POR ASPERGILLUS EM PACIENTE SOROPOSITIVO APÓS TRATAMENTO DE SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA Autores: CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; VITOR DANTAS MUNIZ; TALITHA TONINI OLIVEIRA; ROBSON POUL TIOSSI; CÉLIA FRANCO; IRINEU LUIZ MAIA; BÁRBARA FERREIRA DOS SANTOS; JAKELINE FLÁVIA SERTORIO SANTOS Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 05 INTRODUÇÃO Aspergillus são fungos ubíquos, capazes de colonizar seu hospedeiro ou causar uma ampla variedade de manifestações clínicas, até doença invasiva e grave. As condições de base mais comuns associadas à aspergilose invasiva são imunossupressão por transplante de órgão sólido, quimioterapia citotóxica, resultando em neutropenia, terapia prolongada com corticosteróides, diabetes e a infecção pelo HIV/AIDS. Neste último grupo, a doença invasiva geralmente está associada a níveis baixos na contagem de linfócitos CD4+; outra condição predisponente é o desenvolvimento de desordens inflamatórias relacionadas a infecção retroviral, como a síndrome hemofagocítica, caracterizada por uma hiperproliferaçao e hiperativação linfo-histiocitária, multissistêmica, porém inefetiva. OBJETIVOS O objetivo deste estudo é relatar um caso de abscesso renal por Aspergillus em paciente soropositiva após tratamento de síndrome hemofagocítica. METODOLOGIA O relato do caso foi realizado a partir de coleta de dados do prontuário informatizado, seguida de revisão bibliográfica em MedLine, SciELO, RIMA. RESULTADOS O estudo apresenta o caso de uma paciente com sorologia reagente para HIV, em estado de imunodepressão, que durante o primeiro ano após diagnóstico apresentou quadro de síndrome hemofagocítica, evidenciado, inclusive em mielograma, sendo submetida a tratamento com corticóides, supervisionado em regime de leito-dia, além de terapia antirretroviral. Durante o ano de seguimento, paciente evoluiu com retinite por citomegalovírus, pneumonia comunitária e micobacteriose nãotuberculose, com melhora clínica, até quatro meses após término de tratamento, período no qual apresentou queda progressiva do estado geral, febre e instabilidade hemodinâmica. Tomografia de abdome com evidência de abscesso renal. Meusmo após amplo espectro antimicrobiano instituído e nefrectomia, paciente evoluiu a óbito. No pos morten, avaliação de nefrectomia evidenciou abscesso renal por Aspergillus. CONCLUSÃO A decisão de tratamento de síndrome hemofagocítica é crítica, uma vez que altas doses de corticóides são administradas a fim de suprimir a intensa tempestade inflamatória vigente. Contudo, complicações relacionadas a imunossupressão induzida, bem como doenças imunossupressoras de base, podem predispor a maior susceptibilidade a infecções, até a morte. 11 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-06 - MIELITE POR DENGUE: UM RELATO DE CASO Autores: CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; DELZI VINHA NUNES GONGORA; IRINEU LUIZ MAIA; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA; JAKELINE FLÁVIA SERTORIO SANTOS; BÁRBARA FERREIRA DOS SANTOS Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 06 INTRODUÇÃO A Dengue, uma doença infecciosa viral, é considerada a mais importante arbovirose do mundo em termos de morbidade, mortalidade e implicações clínicas. Caracteriza-se como uma doença febril aguda, autolimitada, marcada por um amplo espectro de sinais e sintomas clínicos. A despeito das frequentes e intensas epidemias de dengue, existem poucos casos descritos envolvendo complicações neurológicas associadas à infecção por esse vírus. Tal fato pode ser explicado porque este raramente afeta o sistema nervoso central, ao contrário de outros arbovirus. OBJETIVOS Descrever um caso de acometimento do sistema nervoso por dengue, com identificação de anticorpos IgM e IgG para essa doença febril no líquor do paciente. METODOLOGIA O relato do caso foi realizado a partir de coleta de dados do prontuário informatizado, seguida de revisão bibliográfica em MedLine, SciELO, RIMA. RESULTADOS Este estudo relatou o caso de um paciente homem, 21 anos, atendido em nosso Hospital-universitário em abril de 2015, que, após 10 dias do início dos sintomas sugestivos de dengue sem sinais de alarme, já sem febre e com hemograma sem plaquetopenia, iniciou quadro de disfunção motora de membros inferiores e vesical. Ao exame com Babinski bilateral, clônus de membros inferiores bilateralmente, sensibilidade tátil e dolorosa com nível sensitivo na transição T4-T6. Pesquisa de autoanticorpos, sorologia para HIV, VDRL, hepatites B e C não reagente, A RNM de encéfalo e medula espinal evidenciou realce de C5 a T11, liquor com pleocitose linfomonocitária, glicorraquia e proteinorraquia normais, sem sinais de hipertensão intracraniana. Teste rápido para NS1, IgG, IgM para Dengue no soro reagentes para IgM e IgG e no líquor, para IgG. Diante da hipótese de mielite por Dengue, foi realizado pulsoterapia com metilprednisolona endovenosa, por 5 dias. Ao final do tratamento, paciente já deambulava com auxílio e era capaz de urinar com manobra de Credê. CONCLUSÃO A fisiopatologia das complicações neurológicas da dengue pode ser explicada pela ocorrência de edema cerebral, hemorragia cerebral, hiponatremia, falência hepática associada à encefalopatia portosistêmica, anóxia ressoaal, hemorragia microcapilar e liberação de produtos tóxicos, que podem ocorrer isolados ou em conjunto. Dessa forma, é de extrema importância monitorar e diagnosticar precocemente tal complicação a fim de prevenir sequelas futuras. 12 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-07 - PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE NOTIFICADOS NO PERIODO DE JULHO DE 2009 A MAIO DE 2015 Autores: CAMILA SANO VIEIRA LEMES; DENISE MARIA FONTANA; RODOLPHO CESAR O M KAIRALA; MANUELLA RIBEIRO PEREIRA; DANIELLA B RODRIGUES COELHO; TRICIA A R PATTINI DE SOUZA; IGOR HENRIQUE NUNES ASSIS; ANA PAULA PEREIRA GOMES LEITE; GUILHERME MARCATTO; JOSÉ MARTINS PINTO NETO; VISLAINE DE AGUIAR MORETE; CAROLINE CARDOSO GUSSON Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: HANSENÍASE Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 07 INTRODUÇÃO A hanseníase é uma micobacteriose de alta infectividade e baixa patogenicidade, o agente etiológico é o Mycobacterium leprae, é uma doença de notificação compulsória e obrigatória investigação. As manifestações clínicas são variáveis devido a relação entre a doença e a imunidade natural do hospedeiro. Diante disso, sabe-se que dependendo da forma de apresentação da hanseníase a doença pode causar sequelas incapacitantes permanentes. A clínica constitui-se em afecções neuro-dermatológicas, os doentes são divididos em paucibacilares podendo ser a forma indeterminada ou tuberculóide e em multibacilares podendo ser a forma dimorfa ou virchowviana. O Brasil é o segundo país em incidência da doença, todavia a doença persiste em ser negligenciada causando um diagnostico tardio e a maior chance de sequelas severas. OBJETIVOS Analisar os prontuários dos pacientes notificados com hanseníase em um serviço de infectologia no estado de São Paulo, e identificar qual forma clínica e sexo a hanseníase é mais prevalente na população. METODOLOGIA Realizou-se um estudo transversal através da análise de 267 prontuários notificados com hanseníase no período de julho de 2009 a maio de 2015, em um serviço de infectologia do interior paulista, onde foram coletados durante três meses dados sobre forma clinica da doença (Paucibacilar: Indeterminada ou Tuberculóide; Multibacilar: Dimorfa ou Virchowviana). RESULTADOS Dos 267 prontuários analisados, pertenciam156 (58,42%) ao sexo feminino e 111 (41,57%) ao sexo masculino. Quanto à da manifestação clinica 61 (22,84%) eram paucibacilares, sendo 36 (14,48%) da forma indeterminada e 25 (9,36%) da forma tuberculóide, os multibacilares eram 206 (77,15%) com 190 (71,16%) na forma dimorfa e 16 (5,99%) na forma virchowviana. CONCLUSÃO Assente os resultados é possível inferir que a maior incidência feminina pode estar associada ao maior zelo com a saúde e aparência, já os homens procuram menos os serviços de saúde por causas dermatológicas. Em relação à forma clinica, a forma multibacilar foi a mais prevalente, sendo um fator de alerta, pois essa forma possui maior risco de gerar incapacidades físicas. Apesar de ser uma doença tratável e com grande potencial de cura ainda há uma alta prevalência no Brasil, que atenta à necessidade de elaboração de ações que ajudem a conscientizar a população sobre os sintomas da doença e a necessidade de tratamento da hanseníase e também a dissuadir o preconceito em torno da mesma. 13 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-08 - DISTRIBUIÇÃO DOS GENÓTIPOS EM PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA EM UMA REGIÃO DO NOROESTE PAULISTA Autores: CAMILA SANO VIEIRA LEMES; VISLAINE DE AGUIAR MORETE; CAROLINE CARDOSO GUSSON; MAURÍCIO FERNANDO FAVALEÇA; DENISE MARIA FONTANA; MARCIO CESAR REINO GAGGINI; LAIS SEREZINI OLIVEIRA; DANIELLA B RODRIGUES COELHO; GUILHERME MARCATTO; RAFAEL AMARO SILVA Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: HEPATITES VIRAIS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 08 INTRODUÇÃO Estima-se que 3% da população mundial (180 milhões de pessoas) estejam contaminadas pelo vírus da Hepatite C (VHC). O Brasil possui alta prevalência da doença, com taxas de 1,5 a 2% de infectados. O vírus da Hepatite C possui grande heterogeneidade genética, sendo atualmente classificado em 6 genótipos principais e vários subtipos. Nos EUA, alguns países da Europa e no Brasil o genótipo mais frequente é o 1, subdividido em 1a e 1b. Em ordem decrescente, o genótipo 3 é o segundo mais frequente no Brasil, seguido pelo genótipo 2. Não é comum haver erro de genotipagem (<3%) e, raramente, existe mais de um genótipo no mesmo paciente. OBJETIVOS Identificar o genótipo mais prevalente entre os indivíduos portadores de Hepatite C Crônica em acompanhamento em três serviços de Infectologia em uma região do noroeste do estado de São Paulo de janeiro de 2010 a junho de 2015. METODOLOGIA Um estudo transversal retrospectivo foi realizado através da análise de 122 prontuários médicos de serviços de Infectologia de três municípios localizados no noroeste Paulista, avaliando somente os prontuários de indivíduos portadores de Hepatite C crônica e com exame de genotipagem para o HCV. RESULTADOS Dos 122 prontuários analisados, 78 pacientes (63,94%) pertenciam ao sexo masculino e 44 (36,06%) ao sexo feminino. Em relação aos genótipos, noventa e dois pacientes (75,41%) foram diagnosticados com o genótipo 1, cinco (4,1%) com o tipo 2 e vinte e cinco (20,49%) com o tipo 3. Apenas um paciente, englobado no grupo com o genótipo 3, apresentou concomitantemente o tipo 4. Nenhum paciente com genótipo 5 ou 6. CONCLUSÃO Assim como apontam as estatísticas brasileiras para a maior prevalência do genótipo 1, esse estudo revelou que mais de 2/3 dos casos em acompanhamento pertencem a esse grupo, seguido dos tipos 3 e 2. A Hepatite C é uma infecção que incide mais em homens, assim como uma de suas complicações, o hepatocarcionoma. Determinar o genótipo do vírus é fundamental na prática clínica para entendimento da evolução e epidemiologia do vírus, além de determinar a escolha dos medicamentos e o tempo de tratamento nos portadores de Hepatite C crônica. 14 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-09 - MIELOMA MÚLTIPLO, UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NA INVESTIGAÇÃO DE ALTERAÇÃO RENAL SEM CAUSA APARENTE: RELATO DE CASO Autores: CAROLINE CARDOSO GUSSON; ANA CAROLINA SILVA; LILIANY PINHEL REPIZO; BRÍGIDA BOTELHO PRUDÊNCIO Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 09 INTRODUÇÃO O Mieloma Múltiplo é uma neoplasia maligna de linfócitos B, caracterizada pela proliferação desregulada e clonal de plasmócitos na medula óssea, os quais produzem e secretam imunoglobulina monoclonal ou fragmento desta, chamada proteína M. As consequências fisiopatológicas do avanço da doença incluem destruição óssea, falência renal, supressão da hematopoese e maior risco de infecções. OBJETIVOS Apresentar um caso de Mieloma Múltiplo, diagnosticado por alteração renal por nefrologista, ressaltando o impacto desta variação no contexto do prognóstico da doença. METODOLOGIA Revisão de prontuário para relato de caso: H.M.A.F., 59 anos, sexo feminino, foi internada para avaliação diagnóstica de anemia, perda de peso e proteinúria. A eletroforese de proteínas revelou pico monoclonal em beta-2 e gama, sugerindo alta probabilidade de gamopatia monoclonal. Na imunofixação sérica, detectou-se presença de proteína monoclonal IgA/lambda e cadeia leve lambda isolada. Osteoporose em coluna lombossacra e área de lise em calota craniana foram evidenciadas aos raios-x, mas não apresentava hipercalcemia. Procedeu-se investigação com mielograma concluindo medula óssea sugestiva de Mieloma Múltiplo. RESULTADOS Os testes laboratoriais para avaliação do componente monoclonal demonstraram pico monoconal em beta2 e gama e presença de 16% de plasmócitos na medula óssea, estabelecendo um diagnóstico seguro. Em imunofixação sérica, constataram-se proteína monoclonal IgA/lambda e cadeia leve lambda isolada, responsáveis pela insuficiência renal. O estudo radiológico dos ossos contribuiu para o diagnóstico da doença, pois lesões ósseas foram identificadas. Pelo International Staging System (ISS), modelo de estadiamento e prognóstico, a paciente enquadrou-se no estádio I com sobrevida média de 62 meses. Em se tratando de paciente sintomática (anemia, alteração da função renal, presença de lesões líticas), um encaminhamento foi realizado para que o tratamento pudesse ser rapidamente instituído. CONCLUSÃO Como o Mieloma Múltiplo trata-se de uma doença cada vez mais prevalente e com diferentes alterações clínicas na sua manifestação, ressalta-se a importância do conhecimento desta patologia por diferentes especialidades. 15 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-10 - RELATO DE CASO: SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON Autores: CLERSON RODRIGUES MANAIA; JENIFER MOREIRA MINARI; MARCIO CESAR REINO GAGGINI; ANNA PAULA COSTA CORGOZINHO; GUILHERME MARCATTO; MAURICIO FERNANDO FAVALEÇA; DIANA CARENO OLIVEIRA; JAQUELINE MOREIRA MINARI Instituição: UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO - Cidade/UF: ARAÇATUBA/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 10 INTRODUÇÃO A Síndrome de Stevens Johnson (SSJ) ou Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) é uma reação alérgica, que cursa como reação de hipersensibilidade tardia, mediada por imunoglobulina (IgG) e complemento. Estes compostos se depositam entre derme e epiderme, assim como em pequenos vasos da derme. Na histopatologia os achados são: necrose de células satélites nos estágios iniciais, que progridem para necrose epidérmica. A síndrome pode ser desencadeada por vários agentes, sendo os medicamentos referidos como os mais importantes. A Síndrome cursa com lesões eritemato-descamativas e vesiculobolhosas em pele e mucosas, podendo ter aspecto purpúrico ou necrótico. Acomete face, pescoço e tórax. O diagnóstico é clínico e as principais complicações são: choque hipovolêmico, infecção secundária, insuficiência renal e sangramentos. O tratamento consiste em retirada do agente causador, suporte e possível supressão imune. OBJETIVOS Relatar o caso clínico de um paciente que apresentou quadro de febre e bolhas dolorosas de fundo eritematoso e aspecto necrótico em região de mucosa oral, dorso e membros durante 15 dias. Os sinais clínicos iniciaram durante o uso de antibioticoterapia. METODOLOGIA Os dados foram obtidos por meio de revisão do prontuário do paciente, entrevista e levantamento bibliográfico através do banco de dados Scielo, Medline e Lilacs. RESULTADOS Paciente 51 anos, masculino, imunocompetente, deu entrada na Santa Casa de uma cidade do interior paulista, apresentando febre associada à vesículas dolorosas de aspecto necrótico e escamas foliáceas eritematosas em região de dorso, face e membros, assim como bolhas enantemáticas em região oral, há15 dias. Paciente referiu uso de Sulfametoxazol + Trimetropim para infecção de pele prévia. O tratamento foi iniciado com a suspensão do antibiótico em uso e adição de Ceftazidima e Clindamicina. Além disso, realizou-se hidratação vigorosa com soro fisiológico, corticoterapia, isolamento reverso, otimização de curativos, debridação da pele necrótica e medicações sintomáticas. Apresentou exames laboratoriais com leucocitose e desvio à esquerda, além de diminuição da taxa de filtração glomerular. O paciente evoluiu sem intercorrências e com melhora significativa das lesões. CONCLUSÃO O reconhecimento precoce da SSJ é essencial para evitar complicações. Além disso, a retirada do agente causador e o manejo clínico adequado são de suma importância a fim de interromper a reação de hipersensibilidade. 16 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-11 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SOCIODEMOGRÁFICO DOS DOENTES ATINGIDOS PELA HANSENÍASE EM CIDADE HIPERENDÊMICA DO NOROESTE PAULISTA Autores: ANDRÉ WILIAN LOZANO; VÂNIA DEL ARCO PASCHOAL ; DARLENE VIANA SANTOS; CLINTON FABIO G. SILVA; JUSSARA ALENCAR OLIVEIRA; GLEDES P. FREITAS RONDINA; JOSE MARTINS PINTO NETO; SUSILENE MARIA T NARDI Instituição: Fundação Educacional de Fernandopolis - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: HANSENÍASE Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 11 INTRODUÇÃO A hanseníase ainda se constitui um relevante problema de Saúde Pública no país, apesar dos progressos obtidos com a implantação da PQT em 1991 e da implantação do SUS em 1988. O Brasil representa quase 90% dos casos das Américas. Em 2013 registrou-se 31.044 casos novos, com incidência de 15,44/100 mil habitantes. A prevalência atual é de 1,56 casos por 10 mil habitantes. OBJETIVOS Traçar o perfil epidemiológico e sociodemográfico dos casos de hanseníase em cidade hiperendêmica do Noroeste Paulista METODOLOGIA Pesquisa descritiva, epidemiologica, com abordagem quantitativa do ano de 2013, . Utilizou se dados parciais da pesquisa de mestrado, aprovada pelo CEP da Famerp, do autor principal, que está em desenvolvimento. A população de estudo é de 52 pessoas notificadas, com exclusão de um caso pela não permissão de acesso ao prontuário. Na coleta de dados foi utilizado instrumento contendo as variáveis de interesse clinicas e sociodemográficas disponíveis nos prontuários e fichas de notificação/investigação dos casos da Unidade de Saúde - cenário dessa pesquisa. Os dados foram lançados no Excel e construiu-se tabelas com distribuição de frequência relativa e absoluta das variáveis. RESULTADOS Os resultados nos mostram que os adultos jovens (20 a 49 anos) foram os mais acometidos (47,06%), predominando em mulheres, destaca se o valor de 5% entre 5 a 19 anos. 90,20% residem na periferia. A maioria é casada, com valores iguais entre os sexos (15 de cada). A escolaridade é baixa 60,78% (de analfabetos a Ensino Fundamental incompleto). Quanto à classificação operacional predominam as formas multibacilares (78,43%) destacando-se a Dimorfa (72,56%). Na primeira Baciloscopia de Linfa o resultado negativo predominou nas formas MB; em 19,60% dos casos ela não foi realizada e em 15,70% não tinha informação. A principal forma de detecção dos casos novos foi por demanda espontânea e encaminhamentos (41,18% de cada). 39 dos casos notificados foram classificados como novos. Os dados também apontam que 86,28% tiveram alta medicamentosa e 5,88% de abandono de tratamento. A avaliação de incapacidades físicas foi realizada em 96,08% no diagnóstico e em 60,78% após a alta. Dos casos 33 apresentaram reações hansênícas, sendo que a maioria foi tratada com Prednisona (49,02%). CONCLUSÃO Evidenciamos a importância de implementar ações de educação em saúde sobre a doença, busca ativa de casos, diagnóstico e tratamento precoces, avaliação de incapacidades e ações para melhorar a adesão ao tratamento. 17 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-12 - A EXPERIENCIA E OS DESAFIOS DO SCIH DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DO INTERIOR DO ESTADO - A RACIONALIZAÇAO DO USO DOS ANTIMICROBIANOS Autores: IGOR BARCELLOS PRECINOTI; BRUNA PERASSOLI TEIXEIRA Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Birigui - Cidade/UF: ARAÇATUBA/SP Área: INFECÇÕES HOSPITALARES Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 12 INTRODUÇÃO Um dos grandes desafios do SUS é a distribuição geográfica dos profissionais e serviços de saúde. A escassez de recursos tecnológicos, laboratoriais e de recursos humanos são características de hospitais distantes dos grandes centros urbanos, gerando desafios para o SCIH. Em Junho de 2013 foram propostas ações para a racionalização do uso de Antimicrobianos pelo SCIH de um hospital do interior do estado. Inicialmente foram levantados problemas como falhas na comunicação da prescrição de antimicrobianos pelo corpo Clínico, a não solicitação de culturas e a inexistência de protocolos de uso de antimicrobianos. O Objetivo deste estudo é demonstrar a experiencia e o resultados do trabalho deste SCIH. OBJETIVOS Descrever os resultados de 1 ano de trabalho do SCIH, no controle do uso dos Antimicrobianos, comparando os dados deste período com o mesmo período do ano anterior. Demostrar a redução do consumo dos antibióticos Imipenem, Meropenem, e Ceftriaxone, através da comparação do numero de doses dispensadas entre os períodos relatados. METODOLOGIA Foram avaliados o numero de internações ocorridas nos períodos de 06/13 a 05/14 e de 06/14 a 05/15. A definição destes dois períodos se deu com o intuito de avaliar os resultados de um ano de trabalho do SCIH do hospital, iniciado em 06/14 e comparar com o mesmo período do ano anterior. Foram analisados o numero de doses dispensadas de Imipenem, Meropenem e Ceftriaxone nos dois períodos e a variação dos gastos com estes medicamentos. RESULTADOS O numero de internações de 06/13 a 05/14 foi de 7772, e no período de 06/14 a 05/15 foi de 7813, evidenciando discreto aumento do numero de internações. Imipenem: no primeiro período foram dispensadas 3102 doses, e no segundo passou para 809 o que representa uma redução de 74%. Considerando a dose unitária de imipenem de R$ 13,51, temos que o gasto total passou de R$ 41.908,02, para R$ 10.929,59, resultando em uma redução de R$ 30.978,43. Meropenem: passou de 846 para 697 doses, redução de 18%. Dose unitária: R$ 20,56, o gasto total passou de R$ 17.309,16 para R$ 14.330,32, redução de R$ 2.978,84. Ceftriaxone: passou de 16.028 para 8.879 doses, redução de 45%. Dose unitária: R$ 4,90, o gasto total passou de de R$ 78.537,20 para R$ 43.507,10, redução de R$ 35.030,10. CONCLUSÃO Apesar das dificuldades referentes a escassez de recursos tecnológicos e humanos é possível executar ações que racionalizam o uso de antimicrobianos em hospitais localizados longe dos grandes centros. 18 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-13 - RELATO DE UM CASO DE PACIENTE COM PARAPLEGIA CRURAL INCOMPLETA POR HISTOPLASMOSE MEDULAR Autores: IGOR HENRIQUE NUNES ASSIS; AMANDA OLIVA SPAZIANI; MARCOS PAULO FELTRIN HERNANDES; MARINA BIANCARDI WOOD; LAIS ALMEIDA PRANDINI; ALINI MAZZA DA SILVA GALVANI; ROMULO SIQUEIRA DE AZEVEDO; PATRIQUE VARALDA CAETANO; FLÁVIO H N BENEZ DOS SANTOS; CLAUDIA SUSANA MANTOVANI Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: INFECÇÕES HOSPITALARES Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 13 INTRODUÇÃO As paraplegias ocorrem devido a uma lesão medular, traumática ou de outra natureza, a qualquer nível medular, classificando-se como completa ou incompleta. Em uma paraplegia incompleta, os membros inferiores apresentam alguns movimentos, mas sem força suficiente que permita a deambulação ou contração voluntária da musculatura esfincteriana. A histoplasmose é uma micose causada por fungo dimórfico, o Histoplasma capsulatum, este multiplica-se nos linfonodos para-hilares e mediastinais caindo na circulação sistêmica e atingindo órgãos como baço e medula óssea. OBJETIVOS Relatar o caso de um paciente com paraplegia crural incompleta a nível sensitivo motor T10, ocasionada por histoplasmose medular. METODOLOGIA Trata-se de um relato de caso feito através da avaliação do prontuário e da discussão do caso com a médica Fisiatra que assistiu o mesmo. RESULTADOS M.A.B, 42 anos, masculino, solteiro, branco, etilista crônico, sem imunodeficiência adquirida, natural de Fernandópolis residente em Dolcinópolis. Morador e trabalhador rural tendo contato com morcegos. Paciente refere que à 2 anos iniciou quadro de lombalgia evoluindo com paresia e parestesia de MMII progressiva. Em outubro de 2014 foi diagnosticado no Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto com paraplegia devido a histoplasmose cerebral e medular confirmada em exame citológico do líquor, ficando internado por 10 dias em uso de Anfotericina B endovenosa e após a alta encaminhado para tratamento reabilitacional. Relata também politrauma após acidente automobilístico em dezembro de 2014 que necessitou de esplenectomia, nega outras comorbidades. Atualmente em tratamento com Fluconazol 600mg/dia, Omeprazol, Nortriptilina, em uso de cadeiras de rodas, sem controle esfincteriano e foi inserido em um programa de reabilitação na Rede Lucy Montoro fazendo fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, serviço social, enfermagem e condicionamento físico. Evoluindo com melhora do equilíbrio de tronco, da força muscular, já realizando transferências e ortostatismo terapêutico em barras paralelas; independente para atividades de vida diária e iniciando treino de marcha com andador. CONCLUSÃO Paciente jovem, em idade produtiva, sem imunodeficiência adquirida, que apresentou lesão medular grave por uma infecção atípica, porém com o diagnóstico correto, tratamento clínico adequado e reabilitação em local especializado está aos poucos recuperando sua funcionalidade. 19 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-14 - A IATROGENIA DECORRENTE DA FALTA DO HISTÓRICO ALÉRGICO DO PACIENTE: CASO PENICILINA Autores: JAQUELINE SANCHES V. FRANCISCO Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) - Cidade/UF: DESCALVADO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 14 INTRODUÇÃO A penicilina apresenta reação de hipersensibilidade em 0,7 a 10% dos pacientes tratados e ocasiona rash eritematoso, urticária, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e dermatite esfoliativa e bolhosa. Quando grave leva à edema angioneurótico, anafilaxia, doença do soro, vasculite de hipersensibilidade e nefrite intersticial, com choque anafilático ocorrendo entre 1 a 4 de 10.000 pacientes, com média de 2 óbitos por 100.000 tratamentos. A reação alérgica a ela é influenciada por fatores individuais, ingestão de alimentos contaminados por penicilina natural, inalação de suas partículas, infecções fúngicas cujos produtos induzam reações cruzadas, entre outros. Dessa forma, o trabalho propõem a avaliação do histórico alérgico do paciente evitando iatrogenia e patologias citadas. OBJETIVOS Busca através de relato clínico reforçar a necessidade de avaliação rigorosa quanto ao histórico alérgico do paciente evitando a iatrogenia. METODOLOGIA Os dados para construir o relato foram obtidos através do prontuário, entrevista e levantamento bibliográfico da SCIELO e Asbai. RESULTADOS Em consulta particular, paciente feminino, 54 anos, teve paroníquea diagnosticada na mão esquerda. O membro apresentava-se doloso, edemaciado e purulento. Para alívio imediato drenou-se a secreção. Paciente relatou melhora e foi medicada com amoxilina 875 mg por 7 dias. No 6º dia pós-consulta, relatou urticária e prurido nos membros inferiores e dorso. Retornou a clinica, diagnosticada com sensibilidade a penicilina, teve seu uso suspenso. Administrou-se hidroxizina 50 mg e prednisolona micronizada durante 15 dias e sulfato de gentamicina creme. No 9º dia, a reação retrocedeu reiterando diagnóstico de hipersensibilidade. Paciente relatou não ser questionada quanto ao histórico alérgico na consulta inicial e que já havia apresentado quadro semelhante ao utilizar amoxilina em extração dentária há cerca de 8 anos. CONCLUSÃO Deve-se promover busca pelo histórico alérgico do paciente e interrogatório prévio. Tal conduta não é freqüente, pois alguns medicamentos, como a penicilina, apresentam reações alérgicas graves em uma porcentagem baixa da população, e muitos testes são realizados incorretamente expondo o paciente ao mesmo risco de reação caso utilizasse o medicamento prescrito. Deve-se melhorar a qualidade da anamnese, explanação do profissional da saúde e aplicação de testes alérgicos seguros. O diagnostico de alergia a penicilina deve ser solicitado previamente quando o uso é indicado e existem fatores de risco. 20 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-15 - RELATO DE CASO: PERICARDITE POR CITOMEGALOVÍRUS Autores: JENIFER MOREIRA MINARI; CLERSON RODRIGUES MANAIA; MÁRCIO CÉSAR REINO GAGGINI; ANNA PAULA COSTA CORGOZINHO; RAÍSSA SOUZA LIMA; JAQUELINE MOREIRA MINARI; DENISE MARIA FONTANA Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 15 INTRODUÇÃO A pericardite aguda é frequentemente uma enfermidade de curso favorável e autolimitado, entretanto, pode ter uma variedade de expressões clínicas passíveis de causar complicações como derrame e constrição pericárdica. Diversas causas são atribuídas às pericardites, como as infecções virais, sendo um dos principais agentes o citomegalovírus (CMV). Normalmente o quadro clínico das infecções por CMV se evidencia de maneira fugaz e autolimitada, mas pode cursar com complicações letais. O relato de pericardite por CMV é escasso na literatura. Presume-se que grande parte das pericardites idiopáticas seja de causa viral não identificada, uma vez que normalmente não existem achados clínicos que as diferencie. OBJETIVOS Relatar o caso de um paciente de 14 anos, masculino, imunocompetente, que iniciou dor precordial associada à limitação do movimento e febre. Foi realizado o diagnóstico clínico de pericardite com comprovação laboratorial de CMV por sorologia. Após medidas sintomáticas, o quadro evoluiu sem maiores complicações. METODOLOGIA Os dados foram obtidos por meio de revisão do prontuário do paciente, entrevista e levantamento bibliográfico através do banco de dados Medline, Lilacs e Scielo. RESULTADOS O paciente compareceu à clínica particular do médico especialista em infectologia com queixa de dor precordial com limitação do movimento e febre por 3 dias. Na admissão, ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes e estertores finos. Achados laboratoriais: leucócitos, CPK e CKMB aumentados e PCR positivo (+/4+). Permaneceu em internação hospitalar, retornando ao consultório médico para exame clínico no qual foi observado atrito pericárdico. Solicitados ecocardiograma transtorácico e sorologias, os quais não reportaram quaisquer alterações significativas, com exceção do exame sorológico para CMV, que acusou infecção aguda (IgM e IgG positivas). O quadro clínico foi autolimitado; o paciente retornou em 30 dias assintomático e sem alterações ao exame físico. CONCLUSÃO É importante o conhecimento da expressão clinica, da epidemiologia e da terapêutica que envolve a infecção pelo CMV, principalmente nas crianças, em que os quadros clínicos são mais variáveis, pois embora a doença seja geralmente inócua, em alguns casos acarreta em complicações como a pericardite. Além disso, o diagnóstico precoce das pericardites agudas é de suma importância, a fim de se evitar agravamentos do quadro como o derrame e a constrição pericárdica. 21 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-16 - RELATO DE CASO: SARNA CROSTOSA EM UNIVITELINOS Autores: JENIFER MOREIRA MINARI; CLERSON RODRIGUES MANAIA; MÁRCIO CÉSAR REINO GAGGINI; FERNANDO PIRES DE MORAIS; DIANA CARENO DE OLIVEIRA; JAQUELINE MOREIRA MINARI; DENISE MARIA FONTANA; TAIANY SILVA DA COSTA; LARISSA HUMMEL TERRA; ANNA PAULA COSTA CORGOZINHO Instituição: UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 16 INTRODUÇÃO A sarna crostosa é uma complicação da escabiose, ambas causadas pelo ectoparasita Sarcoptes scabiei var. hominis, sendo uma condição rara e altamente transmissível. Também conhecida como forma difusa, ocorre quando há uma superinfestação de mais de 2 milhões de exemplares do ácaro na pele, acometendo normalmente indivíduos imunossuprimidos. As lesões poupam geralmente áreas de face e escalpo. As manifestações dermatológicas são variáveis e o diagnóstico clínico muitas vezes difícil, uma vez que esta patologia é capaz de simular múltiplas dermatoses, tais como psoríase, dermatite seborréica e ictiose. Além disso, há um risco relacionado a infecções secundárias, ocasionando glomerulonefrite pós-estreptocócica e febre reumática. O relato de sarna crostosa em gêmeos é escasso na literatura. OBJETIVOS Relatar o caso de dois gêmeos univitelinos que apresentaram vesículas e pápulas eritemato-pruriginosas pelo corpo durante 6 meses. METODOLOGIA A coleta de dados foi realizada através de análise do prontuário dos pacientes, entrevista e revisão bibliográfica por meio do banco de dados Medline, Lilacs e Scielo. RESULTADOS Gêmeos, 14 anos, masculinos, foram admitidos em um serviço de atenção secundária em infectologia do interior paulista, com quadro de prurido generalizado, sobretudo no período noturno, durante 6 meses. Ambos iniciaram simultaneamente com vesículas pruriginosas e eritematosas em região genital, as quais evoluíram para o restante do corpo com agravamento das lesões em regiões de articulações. Ao exame físico, dobras cutâneas com lesões crostosas, espessas, irregulares, descamativas, amareladas e branco nacaradas com sulcos entremeados. Nas demais áreas, lesões vesiculares e papulosas com eritema difuso. As lesões eram simétricas, poupando apenas o maciço central da face e o couro cabeludo. À biópsia de pele, achados morfológicos compatíveis com escabiose. O tratamento foi realizado com Deltametrina tópica e Ivermectina oral. Os pacientes evoluíram com melhora significativa das lesões e sem maiores complicações. CONCLUSÃO A sarna crostosa é com frequência subdiagnosticada, pois mimetiza inúmeras outras doenças dermatológicas. Desta forma, o diagnóstico diferencial criterioso e o conhecimento das manifestações clínicas da doença é imprescindível, devendo-se considerar a prevalência epidemiológica da sarna comum, com o intuito de quebrar a cadeia de transmissão, evitar infecções secundárias e realizar um diagnóstico e tratamento adequados 22 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-17 - CARACTERÍSTICAS CLINICAS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES COM HIV-LVA TRATADOS NO HOSPITAL ESTADUAL BAURU (BAURU - SP) - RESULTADO PARCIAL Autores: JOSÉ CLÁUDIO SIMÃO; MILENA A. TUNES SIMÃO; CARLOS MAGNO C. B FORTALEZA Instituição: Faculdade de Medicina de Botucatu - FMB UNESP - Cidade/UF: BAURU/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 17 INTRODUÇÃO Desde a introdução no Estado de São Paulo em 1999, a Leishmaniose Visceral Americana (LVA) tem afetado um grande número de pessoas se tornando um problema de saúde pública e sua associação com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) aumentou gradativamente, passando a ser um problema emergente de saúde neste grupo de pacientes em especial. O Hospital Estadual Bauru é o serviço de referência para tratamento dos casos procedentes das cidades que compõem a Regional de Saúde VI – Bauru (DRS VI Bauru), sendo de suma importância conhecer o espectro clínico e prognóstico dos pacientes co-infectados por HIV-LVA, contribuindo assim para aprimoramento da assistência e redução da letalidade. OBJETIVOS Conhecer as caracteristicas clinicas e laboratoriais dos pacientes LVA-HIV atendidos no Hospital Estadual Bauru - SP. METODOLOGIA Trata-se de um estudo com delineamento de coorte “retrospectiva” ou “não concorrente”, baseado em revisão de fichas de notificação, prontuários e arquivos laboratoriais. RESULTADOS Resultados parciais de 40 casos estudados neste serviço mostraram predomínio da co-infecção HIV-LVA no sexo masculino (62,5%), com idade média de 36,5 anos. Dentre as comorbidades mais prevalentes foi constatado patologias que comprometiam respectivamente o sistema respiratório (22,5%) e nervoso (10,0%). Outra variável observada foi alteração na anatomia hepatoesplênica, conforme apontamento realizado pelo avaliador clínico em prontuário, sendo a esplenomegalia presente em 27,5% dos casos e hepatomegalia em 30,0%, seguido da elevação dos valores séricos das enzimas hepáticas, Aminotransferase de Aspartate (AST) com média de 39,5 U/L e Aminotransferase de Alamina (ALT) média de 77,5 U/l e quadro febril (27,5%) no momento da admissão. Ambos os casos foram tratados conforme protocolo vigente com Anfotericina B Lipossomal (94,9%) e os demais com droga de segunda escolha de forma empírica, com uma letalidade total presente de 22,5% e recidiva de 20,0%. CONCLUSÃO O resultado parcial sugere que o comprometimento imunológico aliado a outras complicações clinica em decorrência do HIV/AIDS foram fatores primordiais para o alto número de recidiva e letalidade neste grupo, sendo necessário aprofundar os estudos neste sentido a fim de que possamos ter uma melhor compreensão deste evento. 23 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-18 - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS DERMATOPATIAS EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS Autores: BRUNA CAROLINA ALVES NAVARRO; JULIANA STEFANIN FUZATTI; CLEIDJANE FURTADO REZENDE; MILENA SAMPAIO PANTALEÃO GARCIA GOMES; LUCAS AMARAL EMIDIO; DAVID DORETO SOUZA; MAURÍCIO FERNANDO FAVALEÇA Instituição: Unicastelo - Cidade/UF: MERIDIANO/SP Área: HIV / AIDS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 18 INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus HIV é uma pandemia, sendo comum as manifestações dermatológicas.Há vários possíveis patógenos como bactérias, vírus, fungos ou outros agentes não infecciosos. As dermatoses fúngicas são mais frequentes, seguidas das virais. Algumas infecções cutâneas são definidoras da AIDS,o utras servem como marcadores de progressão de doença. Sendo assim, sua avaliação é importante no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes HIV. A Histoplasmose é uma micose causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, cuja infecção é decorrente da inalação de esporos de solo rico em excrementos de morcegos e aves. Em média 10% dos pacientes com forma disseminada apresentam lesões cutâneas, mais frequente no período de imunossupressão grave. Seu diagnóstico é realizado por meio da suspeita clinica, biópsia e cultura. A reconstituição da imunidade diminui a necessidade da instituição de profilaxias para algumas infecções oportunistas, sendo importante a adesão do paciente ao tratamento. OBJETIVOS Relatar caso de dermatopatia em paciente imunocomprometido. METODOLOGIA Pesquisa em prontuário e artigos científicos em base de dados confiáveis. RESULTADOS Masculino, 44 anos, ajudante geral, portador de HIV há 8 anos, não aderente ao tratamento. Procurou atendimento médico por inapetência, astenia, perda de peso, febre, vômitos e odinofagia. Há 45 dias esteve em UTI com suspeita de sífilis maligna e histoplasmose (VDRL em liquor 1:2). Relata que há 7 dias havia procurado atendimento, quando foi prescrito Itraconazol 100mg 12 em 12 horas. Ao exame físico: lesões dermatológicas maculo-papulosas não pruriginosas distribuídas pelo corpo, incluindo a face, com confluentes em alguns locais. Em mucosa nasal e labial, lesões crostosas, sangrantes e dolorosas; em orofaringe, presença de placa esbranquiçada e pequenas pápulas. Sem outras alterações.Iniciou uso empírico de ceftriaxone, sulafamtoxazol com trimetropim diário e Itraconazol. Exames complementares CD4: 15 células, carga viral:75.784 cópias, hemograma apresentando anemia macrocítica e leucopenia. Endoscopia digestiva alta com lesões compatíveis de Monilíase em orofaringe, esôfago e laringe, classificação Wileox classe I. Realizada biópsia de pele confirmando diagnóstico de histoplasmose.Iniciado Anfotericina B desoxicolato (dose total de 750 mg) e após alta prescrito Itraconazol. CONCLUSÃO Demonstrar a importância em conhecer diversas patologias dermatológicas que podem acometer pacientes imunucomprometidos para correta realização de diagnostico e tratamento. 24 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-19 - INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTE EM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE SÃO PAULO Autores: JULIANA STEFANIN FUZATTI; CLEIDJANE FURTADO REZENDE; BRUNA CAROLINA ALVES NAVARRO; MILENA SAMPAIO PANTALEÃO GARCIA GOMES; NATHÁLIA MARIA FURQUIM; ROSANA CRISTINA MOTTER; MAURÍCIO FERNANDO FAVALEÇA; RENEU ZAMORA JUNIOR Instituição: Unicastelo - Cidade/UF: MERIDIANO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 19 INTRODUÇÃO A sífilis na gestação é um problema de saúde pública responsável por altos índices de morbimortalidade intrauterina e desfechos perinatais adversos. Apesar de se tratar de uma doença com agente etiológico, modo de transmissão e diagnóstico bem estabelecidos, tratamento eficaz e de baixo custo, com excelentes possibilidades de cura, ainda assim se observa que 38% a 48% das gestantes chegam às maternidades sem resultados sorológicos. As atuais recomendações definem que o rastreamento da sífilis durante o pré-natal deve ser realizado na primeira consulta (primeiro trimestre) e no terceiro trimestre da gestação. Utilizam-se para o screening teste não-treponêmico (VDRL) e para a confirmação do diagnóstico testes treponêmicos (FTA-Abs, TPHA, Elisa, MHA-TP e teste rápido). O controle de tratamento e cura é mensal até o parto. OBJETIVOS Analisar os casos notificados de sífilis em gestante em município do interior do Estado de São Paulo de 2008 a 2015. METODOLOGIA Análise epidemiológica de sífilis em gestante em município com população de 68.120 habitantes. As informações foram obtidas a partir das fichas de notificação de sífilis em gestante do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) local. RESULTADOS Foram registrados 32 casos de sífilis em gestante no município de 2008 até 2015. A principal idade gestacional foi o primeiro trimestre, sendo 16 gestantes neste período da gravidez, 8 no segundo trimestre, 7 no terceiro e 1 gestante com este dado ignorado. As 32 gestantes com sífilis apresentaram teste nãotreponêmico no pré-natal reagente, sendo 2 com titulação 1/1, 2 com ½, 5 com ¼, 11 com 1/8, 6 com 1/16, 4 com 1/32, 1 com 1/64, 1 com 1/128. Dos testes treponêmicos realizados, os 32 foram reagentes. Dos esquemas de tratamento prescritos às gestantes, a maioria foi realizada com Penicilina G benzatina, sendo 5 com 2.400.000UI, 5 com 4.800.000UI, 20 com 7.200.000UI, 1 utilizou outro esquema e 1 não foi tratada. Em relação aos parceiros, apenas 13 receberam tratamento concomitantemente à gestante. CONCLUSÃO A sífilis na gestação é observada em parcela significativa de mulheres. A manutenção da ocorrência, juntamente com a falta de controle da doença, indica falhas no programa de DST e em ações de rotina do pré-natal. Sabendo que a sífilis é uma das DSTs que causa maiores danos às gestantes e seus conceptos, investir em ações que mudem tal cenário é imprescindível para chegarmos à meta de controle da mesma. 25 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-20 - CRISE CONVULSIVA EXACERBADA PELO USO DE AMPICILINA Autores: CLEIDJANE FURTADO REZENDE; BRUNA CAROLINA ALVES NAVARRO; JULIANA STEFANIN FUZATTI; MILENA SAMPAIO PANTALEÃO GARCIA GOMES; VITOR FERNANDES MISUGI; TAMIRES MAURA MERLIM; FERNANDA CASTELI SPOLON; CLAREANA C.N.V ARAÚJO GONÇALVES; FAGNER SILVA GUIMARÃES; ANA TIEMI SHIMAZU FRIGÉRIO; ARISTIDES ANDRADE; ALAN MAICON OLIVEIRA Instituição: Unicastelo - Cidade/UF: MERIDIANO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 20 INTRODUÇÃO Crise convulsiva: Manifestação de atividade neuronal excessiva ou hiperssíncrônica usualmente autolimitada, com alterações motoras. O sulbactam sódica/ampicilina sódica é um fármaco com indicação comum em infecções do trato respiratório superior e inferior. Existem reações adversas que podem ocorrer com o uso desse medicamento, incluindo relatos raros de convulsões. OBJETIVOS Relatar caso de crise convulsiva como reação adversa ao uso de ampicilina + sulbactam. METODOLOGIA Estudo de prontuário e pesquisa científica em base de dados. RELATO DE CASO: A.J.R.F,feminino, 1 ano, deu entrada em hospital com queixa de febre há 6 dias (39°C), não responsiva a dipirona. Ao exame físico: desnutrida, hipoativa, taquipneica, presença de estertores crepitantes em base pulmonar esquerda, sendo diagnosticada com pneumonia. Apresenta como comorbidade paralisia cerebral controlada com fenobarbital, rivotril e valproato de sódio de uso contínuo. Iniciado o tratamento do quadro infeccioso com ampicilina + sulbactam 250mg a cada 6 horas, apresentando crise convulsiva no mesmo dia com aumento progressivo da frequência e duração nos dias posteriores e cianose associada quando graves. Prescrito clonazepam, topiramato, fenobarbital, ácido valproico em doses adequadas, sem melhora do quadro. Foi feita a substituição de ampicilina + sulbactam por ceftriaxona, o que resultou em evolução para crises raras, com término após 48 horas sem uso de anticonvulsivantes e alta hospitalar no décimo dia de internação. RESULTADOS A farmacovigilância demonstrou que não houve interação medicamentosa que justificasse as convulsões. Segundo estudos, a penicilina pode atuar como agonista da picrotoxina podendo induzir convulsões por antagonismo aos receptores GABAérgicos. CONCLUSÃO Ampicilina + sulbactam apresenta como efeito adverso crise convulsiva. Deve ser explorado se há relação com alterações neurológicas preexistentes e questionada a raridade da reação. 26 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-21 - INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE HIV NA TERCEIRA IDADE NO MUNICÍPIO DE FERNANDÓPOLIS/SP ENTRE 2009 A 2015 Autores: RENAN CÉSAR CALDAS; RICARDO ANTÔNIO VICK FILHO; BRUNA MIZAEL BIROLLI; LUCAS AURÉLIO PEREIRA DEL GROSSI; LUIZ FERNANDO AVEZUM DO PRADO; MARCIO CESAR REINO GAGGINI Instituição: Unicastelo - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: HIV / AIDS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 21 INTRODUÇÃO HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico,as células mais atingidas são os linfócitos TCD4+. http://www.aids.gov.br/pagina/o-que-e-hiv. No final do século 20, ocorreu uma revolução no conceito da sexualidade, essas mudanças repercutiram na vida sexual do idoso. Atualmente, sexualidade não é ligada apenas à função reprodutiva, mas como fonte de prazer e realização em todas as idades (PORTAL DA TERCEIRA IDADE). A expectativa de vida do brasileiro passou para 74,6 anos em 2012, 5 meses e 12 dias a mais em comparação com 2011. http://teen.ibge.gov.br/noticias-teen/7827-expectativa-de-vida. Segundo o Boletim Epidemiológico AIDS e DST (2013), a taxa entre o público com mais de 60 anos por 100 mil habitantes cresceu mais de 80% nos últimos 12 anos no País. O índice de 4,8% (2001) saltou para 8,7% (2012). Segundo o Ministério da Saúde, 0,04% da população acima de 65 anos é portadora do vírus HIV (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS, 2014). Portanto, a revolução no conceito de sexualidade, aumento na expectativa de vida dos brasileiros e o crescente índice de portadores de HIV na terceira idade no país, tem-se a necessidade de realizar ações em saúde que incluam estratégias para diminuir essa moléstia. OBJETIVOS Identificar a incidência e a prevalência de HIV na terceira idade no município de Fernandópolis/SP entre os anos 2009 a 2015 e realizar uma análise comparativa entre homens e mulheres. METODOLOGIA Foi realizado um estudo descritivo, transversal. RESULTADOS Foram obtidos e analisados dados do período de 2009 a 2015. Esses demonstraram que o município de Fernandópolis/SP possui um total de 300 HIV positivos registrados, o que perfaz um total de 0,44% da população local, que é de 67.543 habitantes. Destes 300, existem apenas 14 com idade acima de 60 anos, sendo 7 do sexo feminino e 7 do sexo masculino, o que perfaz 4,6% do número total de portadores e 0,02% da população de Fernandópolis/SP. A incidência da doença para essa faixa etária no período foi semelhante, variando de 1 a 3 notificações por ano. CONCLUSÃO Com dados obtidos chegou-se à conclusão que a incidência de HIV na cidade de Fernandópolis/SP a partir dos 60 anos de idade é de 0,02%. No entanto cabe ressaltar que os dados podem não ser totalmente fidedignos, pois podemos destacar o receio que muitos indivíduos enfrentam em fazer o teste, principalmente acima dos 60 anos. 27 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-22 - DESCRIÇÃO DE PROVÁVEL CASO DE VÍRUS MUTANTE DA HEPATITE B Autores: MARIANA TOMAZINI BERNARDI; VITOR FERNANDES MISUGI; DAVID DORETO SOUZA; LUCAS AMARAL EMÍDIO; ROSANA CRISTINA MOTTER; CLAREANA NOGUEIRA GONÇALVES; TAMIRES MAURA MERLIM; FERNANDA CASTELI SPOLON; RENEU ZAMORA JÚNIOR Instituição: UNICASTELO - Cidade/UF: MATÃO/SP Área: HEPATITES VIRAIS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 22 INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus da hepatite B é notadamente um grave problema de saúde pública mundial, existem cerca de 350 milhões de portadores crônicos, e 1 milhão de pessoas no mundo morrem devido a hepatite B crônica. A presença do HBeAg no soro é epidemiologicamente relacionado a infectividade e a capacidade de replicação do vírus, no entanto estudos identificaram mutantes que não sintetizavam o HBeAg, sem interferir no ciclo de replicação do vírus, dando origem ao termo pré-core. A mutação ocorre principalmente à substituição da base nitrogenada guanina pela adenina na posição do nucleotídeo 1896 e mais raramente no 1899. OBJETIVOS Apresentarmos um relato de caso de paciente diagnosticado com cepa mutante do vírus da hepatite B, raro em nosso país. METODOLOGIA A.S, masculino, 54 anos, residente em Aparecida do Taboado – MS, deu entrada no SAE em 19/09/2014. Apresentou sorologia positiva para hepatite B em exames de rotina (Quadro 1). Atualmente assintomático. Alérgico à penicilina, nega transfusões. Esposa falecida por câncer hepático há 6 meses. Tabagista (20 cigarros/dia), nega etilismo. A pesquisa de marcadores sorológicos e exames laboratoriais foi realizada (Quadro 2 e 3), sendo compatível com provável infecção pelo vírus mutante da hepatite B. Exame físico sem alterações importantes. Resultado dos exames laboratoriais QUADRO 1 – Resultado dos exames realizados em agosto/2014 MARCADOR VIRAL RESULTADO Anti-Hbc total + HbsAg Anti-HIV Anti-HCV PCR-HBV 41 cópias QUADRO 2 – Resultado dos exames realizados em setembro/2014 MARCADOR VIRAL RESULTADO Anti-Hbc total + Anti-HCV HbsAg Anti-HIV Anti-Hbs PCR HBV + QUADRO 3 – Resultado dos exames realizados em setembro/2014 EXAME LABORATORIAL RESULTADO Hemograma Hb = 15; Ht = 46 28 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS Leuc. = 7700 (0/0/0/65/4/0/30/0/1) Plaq. = 264.000 Bilirrubinas totais 0,23 Bilirrubina direta 0,03 Proteínas totais 7,37 Albumina 4,14 RESULTADOS CONCLUSÃO A realização do diagnóstico o mais precoce possível da hepatite B mutante pré-core permite ao paciente uma melhor evolução clínica, com a introdução de tratamentos específicos com a finalidade de promover uma melhor qualidade de vida ao paciente, ou mesmo que assintomático, evitar uma rápida evolução para as complicações comuns deste vírus mutante, principalmente o carcinoma hepatocelular. A pesquisa sorológica para o vírus é de fácil e rápido acesso a toda à população, facilitando o diagnóstico. 29 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-23 - FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À HOSPITALIZAÇÃO POR DENGUE Autores: MAYARA ROMERO CANAL; NATAL SANTOS DA SILVA; CÁSSIA FERNANDA ESTOFOLETE; ELIS REGINA S FERREIRA; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA Instituição: LabMMEM -Medicina UNILAGO - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 23 INTRODUÇÃO A dengue é causada por quatro sorotipos virais, DENV-1 a -4. Qualquer um dos sorotipos é capaz de causar desde infecção assintomática a infecção grave e até fatal. Fatores pessoais ou clínicos estão relacionados como indicadores de maior gravidade dos casos. A hospitalização dos pacientes portadores de dengue é um indício de gravidade. OBJETIVOS Avaliar os fatores de risco associado à internação hospitalar de pacientes com dengue. METODOLOGIA Foram avaliados retrospectivamente 30.670 notificacões de dengue, confirmados por sorologia (ELISA), pesquisa da proteína não-estrutural 1 (NS1) ou pela reação em cadeia da polimerase (PCR), notificadas ao Ministério da Saúde do Brasil entre abril de 1998 a junho de 2012, da cidade de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. A hospitalização representou a variável depente e as variáveis pessoais e clínicas apontadas no guideline de 2009 da OMS representaram as variáveis independentes no modelo de regressão logística múltipla, aplicando níveis hieráquicos para grupos dessas variáveis. O teste do quiquadrado foi realizado para verificar a associação entre óbito e as variáveis estudadas. RESULTADOS O risco para hospitalizar por dengue foi maior nos indivíduos com extravasamento plasmático (OR:14.58; IC 95%:9.26-22.94) e nos que tiveram pelo menos uma manifestação hemorrágica (OR:3.23; IC 95%:2.594.02), mantendo também valores significantes na regressão logística simples. Foram detectados 28 óbitos por dengue e somente a idade (p<0,001), manifestações hemorrágicas (p=0,001) e o extravasamento plasmático (p<0,001) mostraram forte associação com o óbito por dengue. CONCLUSÃO Embora já seja conhecido que certas manifestações clínicas representam maior risco de complicações no paciente com dengue, a sua mensuração e ainda com uma amostra tão numerosa e bem documentada é inédito na literatura médica. O nosso estudo aponta para a necessidade de evitar que o paciente apresente principalmente extravasamento plasmático, mas que na suspeita da presença deste a hospitalização é altamente recomendada. 30 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-24 - IMPORTÂNCIA DA FEBRE EM PACIENTES COM DENGUE Autores: MAYARA ROMERO CANAL; CAROLINE TUKASAN; NATHALIA BARBOSA FURLAN; CASSIA FERNANDA ESTOFOLETE; MAURICIO LACERDA NOGUEIRA; NATAL SANTOS DA SILVA Instituição: LabMMEM - Medicina UNILAGO - Cidade/UF: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 24 INTRODUÇÃO Em 2009, a OMS lançou um novo guideline para classificação da dengue: sem sinais de alerta, com sinais de alerta e dengue grave. A febre é o sintoma inicial para a investigação e para a classificação da doença. O paciente que não apresenta a febre no começo ou até mesmo posteriormente, dificulta o enquadramento em quaisquer classes de gravidade no guideline da OMS. OBJETIVOS Avaliar a importância da febre nos pacientes com dengue. METODOLOGIA Foram avaliados 30.670 casos. A confirmação laboratorial foi feita pelo ELISA, ou pela pesquisa da proteína NS1 ou pela PCR. O teste exato de Fisher avaliou a associação entre febre e as outras diversas manifestações clínicas relacionadas no guideline de 2009. O teste U de Mann-Whitney verificou associação entre febre e a classificação de 2009 e entre o tempo para procurar tratamento e classificação de 2009. Através da regressão logística ordinal, para modelos estereótipos, analisou-se o risco dos pacientes com ou sem febre, assim como o tempo que levaram para procurar atendimento médico, evoluírem para as diferentes ordens da classificação do guideline de 2009, tomando dengue grave como categoria de referência na comparação dois a dois de cada uma das ordens. RESULTADOS 508 indivíduos não apresentaram febre.Houve associação estatisticamente significante entre a febre e classificação proposta pelo guideline da OMS de 2009 (U=3160348,5; p<0,001), assim como o tempo para procurar tratamento especializado esteve associado com a classificação da OMS (U=43705568,5; p<0,001).A avaliação da febre e do tempo para procurar tratamento em um mesmo modelo mostrou uma chance de quase quatro vezes (OR=3,74; IC95%:3,20-4,36) para indivíduos sem febre terem “dengue sem sinais de alerta”, quando comparado com “dengue grave”. Porém, a chance de um indivíduo que levou até sete dias para procurar atendimento médico é praticamente a mesma que para qualquer outro indivíduo (OR=1,02; IC95%: 0,98-1,07) quando consideradas a “dengue sem sinais de alerta” e a “dengue grave”. Todos os modelos apresentaram bom ajuste pelo teste de deviance (p>0,05). CONCLUSÃO Emboraindivíduos sem febre tenham maior chance de estarem na categoria mais baixa da classificação de 2009, mesmo assim tem-se que admitir que a existência de 508 indivíduos sem febre e uma clara associação entre febre e a classificação de 2009 denota uma preocupação com a ausência de diagnóstico adequado. 31 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-25 - SINDROME DE RAMSAY- HUNT : RELATO DE CASO Autores: NELY REGINA SARTORI; RODRIGO WANDERLEY NEVES BARBOSA; ANA ELISA ROMÃO DA S NOGUEIRA; LAYS APARECIDA EVANGELISTA; CAMILA APARECIDA RIBEIRO Instituição: UNIMAR - Cidade/UF: MARÍLIA/SP Área: HIV / AIDS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 25 INTRODUÇÃO As paralisias faciais otogênicas possuem diversas etiologias, dentre elas: traumáticas, infecciosas, neoplásicas, vasculares e as idiopáticas de Bell. A infecção do nervo facial pelo herpes zoster denomina-se síndrome de Ramsay Hunt, caracterizando-se por paralisia facial periférica e erupções vesiculosas no pavilhão auricular. Vertigem, náuseas, nistagmo e disacusia neurossensorial podem estar presentes. Supõese que a síndrome é responsável por 7-16% das paralisias faciais periféricas unilaterais não traumáticas. É incomum na infância e apresenta incidência crescente conforme a idade: 2 a 3/1000 em jovens, 5,1/1000 na 6ª década e 10/1000 acima da 7ª década. É freqüente nos pacientes imunosuprimidos, como nos casos de doença de Hodgkin, AIDS e corticoterapia. O diagnóstico é clínico e tem pior prognóstico que a paralisia de Bell, sendo que a recuperação completa ocorre somente em 30% dos pacientes. OBJETIVOS relatar o caso de uma paciente portadora desta síndrome associada à infecção cutânea secundária METODOLOGIA relato de caso RESULTADOS Mulher, 57 anos, HIV positiva, internou no HC-FAMEMA com lesões crostosas e vesiculares em hemiface direita e região de ramo mandibular, com acometimento de pavilhão auditivo à direita e mucosa oral. Iniciado tratamento com aciclovir 750 mg de 8/8 horas por 7 dias e oxacilina, porém paciente evoluiu com otite média necrotizante, suspenso oxacilina e iniciado ceftazidima + clindamicina + ciprofloxacino associado à dexametasona. Paciente evoluiu com bom estado geral, recebendo alta. CONCLUSÃO Síndrome de Ramsay Hunt é a segunda causa mais comum de paralisia facial periférica não traumática. Não há predileção por sexo e a incidência aumenta consideravelmente após os 60 anos. É causada pela reativação do VZV latente nos gânglios sensoriais do nervo facial, incluindo o gânglio geniculado. Indivíduos com comprometimento da imunidade celular são susceptíveis. O paciente apresenta-se tipicamente com paralisia facial, otalgia severa, vesículas dolorosas em orelha externa, vertigem, náusea, vômitos e zumbido. Hipoacusia e vertigem ocorrem devido à proximidade do nervo facial ao vestibulococlear no ângulo pontocerebelar. O diagnóstico é clínico, e pode ser complementado com detecção sorológica. O tratamento baseia-se na administração de aciclovir intravenoso e prednisona. O diagnóstico precoce é de suma importância, a fim de prevenir possíveis complicações, entre elas: nevralgia pós-herpética, meningite, encefalite e mielite. 32 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-26 - SÍNDROME DE SWEET: RELATO DE CASO Autores: RODRIGO WANDERLEY NEVES BARBOSA; CAMILA APARECIDA RIBEIRO; ANA ELISA ROMÃO DA SILVA NOGUEIRA; MARIA LUIZA ROMÃO DA S. NOGUEIRA; JAQUELINE F. MECINA; HERON FERNANDO DE SOUZA GONZAGA; LAYS APARECIDA EVANGELISTA Instituição: UNIMAR - Cidade/UF: MARÍLIA/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 26 INTRODUÇÃO A Síndrome de Sweet (SS) ou dermatose neutrofílica febril aguda foi descrita pela primeira vez por Robert Douglas Sweet, em 1964. O quadro clínico da SS era composto por febre, leucocitose com aumento de polimorfonucleares, nódulos ou placas eritematosas, edematosas, brilhantes e dolorosas que acometiam face, pescoço e extremidades superiores e dorso, com evolução de aproximadamente 2 semanas. A histologia revela um infiltrado dérmico denso com presença de neutrófilos e acometimento da parede vascular.. Quanto à clínica pode apresentar três formas clínicas: clássica ou idiopática, induzida por drogas e em associação com neoplasias malignas. OBJETIVOS relatar o caso de uma paciente com Síndrome de Sweet. METODOLOGIA estudo de caso. RESULTADOS RELATO DO CASO: Mulher, 70 anos, do lar, hipertensa, sem história prévias de atopias. Iniciou quadro de artralgia em articulação das mãos, pés, joelho e cotovelo e náuseas, após 5 dias evolui com febre de aproximadamente 39,8ºC, a qual era intermitente e sedia após uso de antitérmico. 9 dias após quadro inicial de artralgia apresentou lesão tipo placa, de aproximadamente 4 cm de comprimento por 3 cm de largura, hiperemiada, não pruriginosa e não descamativa em braço esquerdo, o qual evoluiu para MMII. Após surgimento das lesões procurou um serviço médico, o qual foi solicitado biopsia da lesão (Laudo: dermatite neutrofílica superficial e profunda – Síndrome de Sweet). Prescrito prednisona 40 mg 2X/dia por 5 dias, 40 mg 1X/dia por 10 dias, a partir do 6º dia e 20 mg 1X/dia por mais 5 dias. Houve melhora da artralgia, desaparecimento da febre, e discreta melhora no aspecto das lesões. Após 2 meses do término do tratamento, iniciou novamente quadro de artralgia, febre, náuseas e piora das lesões. Procurou infectologista, sendo internada e submetida a pulsoterapia de corticóide por 4 dias (1g/metilprednisolona EV/dia). CONCLUSÃO Teve alta com remissão da febre e artralgia e regressão importante das lesões tanto em dimensões como na cor (2cmX1cm) e prescrição de colchicina 0,5 mg, via oral, de 8/8 horas de uso contínuo e retorno a cada dois meses com controle de provas inflamatórias (VHS, PCR), hemograma e transaminase. Após 3 dias de uso de colchicina iniciou quadro pruriginoso o qual foi prescrito 2 mg de maleato de dexclorfeniramina, v.o. Paciente suspendeu colchicina sem orientação médica após 3 dias de uso. Hoje encontra-se sem febre e artralgia e piora das lesões. 33 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-27 - ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO SECUNDÁRIO À VASCULITE INDUZIDA POR NEUROSSÍFILIS Autores: NELY REGINA SARTORI; RODRIGO WANDERLEY NEVES BARBOSA; LAYS APARECIDA EVANGELISTA; ANTONIO TAKACHI NAKANO-JR Instituição: unimar - Cidade/UF: MARÍLIA/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 27 INTRODUÇÃO Sífilis é uma infecção adquirida ou congênita causada pelo Treponema pallidum. É classificada em tardia, precoce, latente e terciária (forma cardiovascular e neurossífilis). OBJETIVOS relatar o caso de um AVCi secundário à vasculite induzida por neurossífilis METODOLOGIA estudo de caso RESULTADOS Homem, 61 anos, hipertenso, dislipidêmico e tabagista com episódio súbito de ptose palpebral direita associada à diplopia há um mês; encaminhado ao Pronto Socorro, submetido à Tomografia de Crânio (laudo: área hipodensa em cápsula interna direita) e internação, no HCU, para tratamento conservador de AVCi. Encaminhado ao oftalmologista, devido não melhora da ptose, o qual solicitou FTA-ABS e VDRL (FTAABS e VDRL positivos), angioressonância (laudo: lesão subaguda em cápsula interna direita e lesões agudas em mesencéfalo bilateral e ponte à esquerda; artéria basilar alongada e tortuosa com redução de sinal de fluxo em terço proximal e redução do fluxo segmento M2 da artéria cerebral média direita) e coleta de líquor (FTA-ABS positivo (1:2)). Ao exame neurológico, encontrava-se com hiperreflexia generalizada, propriocepção conservada, equilibrio prejudicada com Roomberg positivo, quadrantopsia em olho direito e paralisia III e IV pares cranianos em olho direito, não possibilitando o olhar vertical, apresentava discreta midriase, e discreta resposta aos reflexos fotomotores, caracterizando a síndrome de Parinaud. Após avaliação da oftalmologia foi internado aos cuidados da infectologia FAMEMA, com suporte da equipe de neurologia, para tratamento clínico da neurossífilis e AVC isquêmico. CONCLUSÃO O paciente possui sinais de isquemia em mesencéfalo bilateral, ponte a esquerda e cápsula interna direita, este último é característica de isquemia por sífilis, e tais locais são vascularizados por artérias de pequeno e médio calibres como as artérias perfurantes e a artéria lenticulo-estriada. , A lesão subaguda em mesencéfalo direito justifica a ptose palpebral apresentada. O paciente também apresenta lesão em grande vaso como diminuição do fluxo na artéria cerebral média direita, que pode ser justificado pelos fatores de risco que o paciente apresenta (HAS, dislipidemia e tabagismo). Deste modo, sugeriu-se tratamento de neurossífilis com ceftriaxone EV 2g/dia por 10 dias, antiagregante plaquetária e hipolipemiante. 34 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-28 - DESAFIO DIAGNÓSTICO DE HEPATOESPLENOMEGALIA FEBRIL: RELATO DE CASO Autores: NELY REGINA SARTORI; RODRIGO WANDERLEY NEVES BARBOSA; CAMILA APARECIDA RIBEIRO Instituição: UNIMAR E FAMEMA - Cidade/UF: MARÍLIA/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 28 INTRODUÇÃO Paciente H.O.S., procedente de Paraguaçu Paulista/SP, em seguimento no Hospital das Clínicas/Marília devido quadro de hepatoesplenomegalia de grande monta, febre há 30 dias, pancitopenia e icterícia, com presença de raras formas amastigotas de Leishmania em mielograma e teste rápidopara Leishmanianãoreagente. Interna para tratamento de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) com anfotericina B lipossomal OBJETIVOS considerar diagnósticos diferenciais com outras patologias. METODOLOGIA relato de caso RESULTADOS Realizou tratamento para LVA por 5 dias com anfotericina B lipossomal(5mg/kg/dia), porém permaneceu com picos febris diários após tratamento. Evoluiu com parotidite à direita, sendo realizadoPAAF, e evidenciada estruturas semelhantes à hifas. Pela gravidade do caso, optou por manter anfotericina por mais 28 dias, porém sem melhora do quadro febril.Realizada TC de tórax com padrão em vidro fosco, sem linfonodomegalia e TC de abdome com presença de hepatoesplenomegalia. Evoluiu com plaquetopenia severa, com hipótese de hiperesplenismo ecom persistência de febre diária. Realizada biópsia hepática, com resultado normal. Solicitada avaliação da Hematologia, que fez a hipótese diagnóstica de linfoma primário de baço e diagnóstico diferencial com sarcoidose. Sugeriu esplenectomia devido hiperesplenismo, dado que paciente recebia transfusão diária de plaquetas. Solicitado dosagem de enzima conversora de angiotensina, que mostrou-seelevada (233,8U/L). Após esplenectomia, o material foi enviado para biópsia, com baço esclerocongestivo com numerosos granulomas do tipo sarcoídico, sem necrose caseosa e descartada a hipótese de linfoma por imunohistoquímica e imunofenotipagem e de tuberculose. Portanto, confirmou o diagnóstico de sarcoidose. Iniciado prednisona 40mg/dia, houve redução da hepatomegalia, ascensão de plaquetas e cessado febre. Recebeu alta hospitalar, com seguimento com a Infectologia e Reumatologia CONCLUSÃO Embora não apresentasse quadro clínico patognomônico de Leishmaniose, havia exame parasitológico confirmatório, porém sem resposta ao tratamento. Portanto, nos trouxe o aprendizado de que devemos considerar outros diagnósticos mesmo quando há hipótese consistente de determinada patologia, mesmo que baseado em diagnóstico clínico-laboratorial e epidemiológico. 35 II CONGRESSO DE INFECTOLOGIA DO NOROESTE PAULISTA 30 de outubro de 2015 Câmara Municipal de Fernandópolis - SP RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PO-29 - RELATO DE CASO DE PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE MONORRESISTENTE À ISONIAZIDA Autores: RODOLPHO CÉSAR OLIVEIRA MELLEM KAIRALA; MANUELLA RIBEIRO PEREIRA; CAIO ULLYSES GALVANI MENEZES; IGOR HENRIQUE NUNES ASSIS; TRÍCIA ALINE R. PATTINI DE SOUZA; THAIS CONDE MASAGÃO RIBEIRO; LAIS SEREZINI OLIVEIRA; MAURÍCIO FERNANDO FAVALEÇA Instituição: Universidade amilo Castelo Branco - UNICASTELO - Cidade/UF: FERNANDÓPOLIS/SP Área: OUTRAS PATOLOGIAS Forma de Apresentação: PÔSTER Data: 30/10/2015 - Sala: ÁREA DE PÔSTER - Horário: 08:00-18:00:00 - PAINEL: 29 INTRODUÇÃO A tuberculose (Tb) multirresistente é um problema grave que vem apresentando tendência crescente em todo mundo. O tratamento da tuberculose consiste em uma associação de fármacos, geralmente Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E), durante dois meses seguida por quatro meses com R e H. Várias situações podem levar ao surgimento de linhagens de M. tuberculosis resistentes a um ou mais fármacos (multirresistência, MDR). OBJETIVOS Relatar o caso de um paciente com Tb monorresistente à Isoniazida. METODOLOGIA Relato de caso feito através da avaliação do prontuário e da discussão do caso com médico Infectologista que assistiu o mesmo. RESULTADOS A.R.S, 52 anos, masculino, diabético, tabagista por 40 anos e etilista crônico. Deu entrada no Pronto Socorro (PS) do Hospital de Ensino Santa Casa de Fernandópolis, com história de há 20 dias com quadro de tosse produtiva associada à febre, sendo diagnosticado pneumonia e prescrito antibioticoterapia, não se recordando o nome do medicamento. Evoluiu com tosse seca, dor testicular associada a sudorese noturna e astenia. Foi solicitado novamente Raio-X (Rx) de tórax e prescrito amoxacilina associada à clavulanato e encaminhamento para o Centro de Atendimento às Doenças Infecto-parasitárias (Cadip). Em consulta no Cadip, a ausculta pulmonar revelou murmúrios vesiculares presentes com estertores basais bilaterais, foram então solicitados os exames: pesquisa de BAAR no escaro, PPD, pesquisa de fungos no escarro, testes rápidos para HCV, HBV, HIV e sífilis; sendo todos os resultados não reagentes e novo Rx de tórax, pensando-se em outras causas de pneumopatia. Paciente foi orientado a continuar a antibioticoterapia e retornar ao Cadip. Evoluiu com queixa de dores na coluna torácica e expectoração sanguinolenta. Exame físico sem alteração, exceto mucosas descoradas 2+/4+. No Rx, observou-se velamento no campo pulmonar esquerdo com cavitação de 6 cm no ápice. Paciente recebeu diagnóstico de Tb. A conduta foi iniciar o tratamento com esquema básico RHZE. Evoluiu com baciloscopia positiva após o segundo mês da terapia, sendo solicitada cultura para micobactéria, com identificação da espécie e teste de sensibilidade, que revelou resistência a Isoniazida. A conduta foi tratamento com Rifampicina, Pirazinamida, Etambutol e Estreptomicina. CONCLUSÃO A resistência à Tb é um problema grave que vem apresentando tendência crescente, devendo o médico responsável pelo atendimento primário estar atento aos casos de evoluções atípicas. 36