TEXTO LIVRE, de Beatriz Aguiar (7.º B) A idosa e o adulto que não tinha valores Estava um dia de sol, na cidade da Guarda, e todos os seus habitantes estavam felizes a passear em família quando, de súbito, o sol se escondeu atrás das nuvens e começou a chover torrencialmente. Todos os habitantes fugiram para as suas casas, exeto uma velhinha que tropeçou e caiu. A coitada ficou toda encharcada e nem se conseguiu levantar. Um homem que estava de passagem viu-a, mas não se deu ao trabalho de a ajudar, ignorou os pedidos de ajuda da pobre senhora e foi-se embora. Passados uns dias, o homem voltou à cidade e, por coincidência, começou a chover repentinamente. Com o ar de orgulho que tinha, o indivíduo continuou a sua visita à cidade, quando, de repente, passou uma carruagem que o deitou ao chão. Tal como a velhinha a quem tinha recusado ajuda, ficou encharcado! Viu uma pessoa, pensou em pedir-lhe ajuda. Para sua surpresa, era a velhinha que, chegando ao pé dele, lhe disse: - Meu filho, lembras-te de mim? Já viste como é engraçado, agora estás tu a precisar de mim e eu vou ajudar-te porque não guardo rancores de ninguém. Então, a velhinha ajudou o homem, levou-o para a sua casa, deu-lhe uma toalha e preparou-lhe um chá. - Muito obrigado, minha senhora. Até hoje não tinha percebido como é importante estender o braço para ajudar alguém. Desculpe. - Estás desculpado, meu filho, mas lembra-te: nunca faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti! A partir desse dia, o homem aprendeu a lição e tornou-se o mais bondoso do bairro.