Metodologia Científica
Editoração dos Trabalhos Científicos
Este texto procura apresentar orientações
rigorosamente embasadas nas normas
ABNT. Mas nem tudo está prescrito pelas
normas e, por isso, há espaço para
liberdade do autor e mesmo para modelos
alternativos de apresentação. Detalhes
omitidos, nesta apresentação didática,
deverão ser buscados no próprio texto das
normas. Cabe lembrar que reedições futuras
das normas ABNT poderão trazer pequenas
alterações às orientações.
Partes de um trabalho acadêmico, sua
seqüência e obrigatoriedade
As partes que compõem um trabalho
acadêmico
são
denominadas,
seqüenciadas e prescritas pela Norma NBR
14724, na qual baseia-se o quadro a seguir.
Elementos pré-textuais são as partes que
identificam o trabalho e informam o leitor
sobre sua natureza, finalidade, instituição,
autoria, composição das partes etc.
Elementos textuais são as partes principais do
trabalho, o texto em que serão expostas e
discutidas as idéias que o autor quer transmitir.
Elementos pós-textuais informam as fontes
que serviram de referência ao autor e
acrescentam informações suplementares que
enriquecem a compreensão do leitor. Um
trabalho acadêmico bem composto e
apresentado é aquele que contém os
elementos obrigatórios e, ao menos, os
principais elementos opcionais.
Elementos pré- Capa
textuais
Lombada
Obrigatória
Opcional
Folha de Rosto Obrigatória
Errata
Folha de
Aprovação
Opcional
Obrigatória
Dedicatória
Agradecimentos
Opcional
Opcional
Elementos
pré-textuais
Epígrafe
Opcional
Resumo em
Português
Obrigatório
Resumo em
língua
estrangeira
Obrigatório
Lista de
Ilustrações
Opcional
Lista de
abreviaturas
e siglas
Opcional
Lista de
símbolos
Opcional
Sumário
Obrigatório
Elementos
Textuais
Introdução
Obrigatório
Seções do
Texto
(Desenvolvimento
Obrigatório
Conclusão
Obrigatório
Elementos
Pós-textuais
Referências
Obrigatória
Glossário
Opcional
Apêndice(s)
Opcional
Anexo(s)
Opcional
Índice
Opcional
Contracapa
Obrigatório
Observação importante
Trabalhos "escolares", isto é, aqueles que são
entregues às disciplinas dos cursos de
graduação para avaliações regulares, podem
receber uma apresentação mais simples. Nesse
caso, além dos elementos opcionais, podem ser
dispensados, também, os resumos em
português e em língua estrangeira; a folha de
aprovação deve ser também adaptada,
retirando-se as menções à banca e seus
membros.
Papel, fontes, cores,
margens, paragrafação e
espacejamento
Os trabalhos devem ser apresentados em papel
A4 (21,0 cm x 29,7 cm), de cor branca, digitados
ou datilografados apenas numa das faces da
folha. Não há especificação de gramatura do
papel. Recomenda-se o uso de fonte (tipo de
letra) de tamanho 12 para o texto e de tamanho
menor (a experiência sugere 10 ou 11) para
citações longas, notas de rodapé, paginação e
legendas das ilustrações e tabelas.
As normas oficiais não determinam o tipo
da fonte, podendo ser escolhida pelo autor.
Em geral, utilizam-se as mais conhecidas,
como Times New Roman ou Arial. A
utilização conjunta de várias fontes ou de
fontes exóticas deve ser evitada. O texto
deve ser impresso em tinta preta, o que
facilita a leitura, reservando outras cores
para eventuais ilustrações.
Todas as folhas devem respeitar margens
superior e esquerda de 3 cm e margens
inferior e direita de 2 cm. O recuo à
esquerda, para sinalizar o início do
parágrafo, não é obrigatório, mas sua
utilização assinala, com clareza, o início
de um novo parágrafo, evitando confusão
visual. Um modo alternativo de distinguir
os parágrafos é alinhá-los na margem
esquerda e separá-las entre si por dois
espaços.
O espacejamento entre as linhas do texto deve ser
de 1,5.
.
Entretanto, há diversas situações em que deve ser
simples: citações com mais de três linhas; notas de
rodapé; referências; legendas das ilustrações e das
tabelas; natureza, objetivo, instituição e área de
concentração do trabalho (constantes da folha de
rosto e da folha de aprovação). O autor fica livre para
justificar ou não a mancha gráfica (alinhar o texto nas
duas margens verticais), mas esse procedimento
melhora muito a aparência final do trabalho.
Referências devem ser alinhadas apenas à
esquerda.
Capa
A capa de um trabalho não é considerada folha,
mas proteção externa. Contudo, deve portar as
informações indispensáveis à sua identificação,
na ordem abaixo descrita:
Nome da instituição (opcional);
Nome do autor do trabalho (o aluno); se houver
mais de um autor, seus nomes deverão
aparecer em ordem alfabética;
Título do trabalho;
Subtítulo, se houver;
Número do volume, caso haja mais de um;
Cidade onde se situa a instituição;
Ano da entrega.
A capa respeita as mesmas margens previstas para o
trabalho.
Não é numerada nem contada como folha. Como já
mencionado acima, o projeto gráfico não é prescrito pela
norma. Assim, o autor fica livre para utilizar letras
maiúsculas ou minúsculas na capa e fontes de tamanho 12
ou maior. Os exemplos seguintes contêm duas sugestões
que consideramos compatíveis com a tradição e com o bom
senso. Nelas, utilizamos letras maiúsculas, fonte 14, negrito
e centralização para os nomes de autor( es) e instituição;
letras maiúsculas, fonte 16, negrito e centralização para o
título do trabalho; letras maiúsculas e minúsculas, fonte 16,
negrito e centralização para o eventual subtítulo; letras
maiúsculas e minúsculas, fonte 14, negrito e centralização
para a cidade e para o ano de entrega.
NOME DO AUTOR DO TRABALHO
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo se houver
Campinas 2004
NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DO AUTOR DO
TRABALHO
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo se houver
Campinas 2004
Lombada é a parte da capa do trabalho que é dobrada,
de forma a reunir as margens internas das folhas que
constituem o trabalho. Apesar de ser opcional, pode se
tomar um importante elemento de identificação de um
trabalho acadêmico, especialmente, quando ele está
depositado numa biblioteca, entre muitos outros volumes.
Na lombada, devem ser impressos o nome do autor do
trabalho, o título do trabalho e os elementos
alfanuméricos de identificação, como, por exemplo, o
número do volume. O nome do autor e o título do
trabalho devem ser impressos longitudinalmente, de
modo que se estendam do alto para o pé da lombada,
permitindo leitura normal quando o volume estiver na
posição horizontal com a face voltada para cima. Como
na capa, não há prescrição de fontes ou de caracteres
maiúsculos ou minúsculos para essa impressão.
Folha de rosto
Como sugere o nome, é a primeira folha do
trabalho. Por isso, é contada como folha
número 1, mas não leva marcado esse número.
Contém os mesmos elementos da capa (exceto
o nome da instituição, que é deslocado),
acrescido da indicação da natureza, finalidade,
instituição de apresentação e, se for o caso,
área de concentração. Nos casos em que
couber, leva, ainda, o nome do orientador.
Esses
elementos
são
grafados
em
espacejamento simples e alinhados do meio da
mancha gráfica para a margem direita.
Teses, dissertações e trabalhos que
serão encaminhados à biblioteca
deverão conter, ainda, no verso da
folha de rosto, a ficha catalográfica,
em
geral,
elaborada
por
bibliotecários, segundo o Código de
Catalogação Anglo-Americano.
Figura 3. Modelo de folha de rosto.
NOME DO AUTOR DO TRABALHO
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo se houver
Trabalho
de
aproveitamento
apresentado
à
disciplina
Metodologia do Trabalho Científico
do curso de Filosofia da Pontifícia
Universidade
Católica
de
Campinas, sob orientação do Prof.
Ms.
Paulo
Pozzebon,
para
obtenção de créditos.
Campinas 2007
Errata
A errata é uma lista opcional que indica ao
leitor a ocorrência de erros que passaram
despercebidos pela revisão do trabalho.
Em geral, é uma folha avulsa acrescentada
ao trabalho após a impressão; deve ser
inserida entre a folha de rosto e a folha de
aprovação, e seu texto deve ser
organizado como no exemplo a seguir:
ERRATA
Folha Linha Onde se lê Leia-se
32
3 publiacao publicação
41
7 anatomia autonomia
63
12
1967
1969
Folha de aprovação
É a folha em que os membros da banca, que
julgam o trabalho, registram a sua
aprovação,
assinando-a.
Podem,
eventualmente, registrar, nessa folha, os
seus pareceres. Os elementos constitutivos
são: nome do autor ou autores, título por
extenso, subtítulo se houver, natureza e
objetivo do trabalho, nome da instituição a
que é submetido, área de concentração, data
de aprovação, nome, titulação, assinatura e
instituição de origem dos membros da banca
examinadora. Essa folha não recebe título.
Dedicatória
É opcional. Na dedicatória o autor oferece
seu trabalho a alguém. Pode, igualmente,
homenagear alguém. Se houver dois ou
mais autores, podem fazê-Io em conjunto
ou
separadamente.
A
forma
de
apresentação é livre, mas tem se tomado
freqüente a disposição em forma de
retângulo no canto inferior direito da folha.
Não recebe qualquer título. Devem ser
evitadas frases piegas.
Agradecimentos
É opcional. Na maioria dos casos
são
feitos
a
pessoas
que
contribuíram, de alguma forma, para
a realização do trabalho. Entretanto,
pode ser uma obrigação ética
agradecer
a
instituições
que
colaboraram ou financiaram a
pesquisa.
Recebe
o
título
"Agradecimentos" centralizado, sem
numeração. Evite, aqui, também, o
texto piegas.
AGRADECIMENTOS
A realização desse trabalho
tornou-se possível devido à
colaboração
pronta
e
generosa
de
muitas
pessoas.
Destaco
em
especial as orientações da
Profa. Dra. Isabel... E as
críticas e sugestões do Prof.
Dr. Pedro...
Epígrafe
Consiste na apresentação de uma
citação, com indicação de autor (não é
necessária referência bibliográfica), que
esteja relacionada com a matéria do
trabalho. Sua disposição é livre, mas
vem se tomando costume apresentá-Ia
no canto inferior direito da folha, em
itálico. Com a mesma finalidade, pode
incluir, também, alguma figura ou
fotografia. Não recebe a palavra
"epígrafe" como título. As epígrafes
longas costumam não ser lidas.
Mar Português
Ô mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas
de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantosfilhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar, Para
quefosses nosso, ó mar. Valeu a pena? Tudo vale
a pena Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador Tem que
passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas
nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Resumo em português
O resumo é um texto de um só parágrafo,
contendo, no máximo, 500 palavras, em
que são apresentados, por meio de
frases
concisas
e
objetivas,
a
problemática tratada, a metodologia
utilizada, os resultados e conclusões
alcançados.
Em
seguida,
são
apresentadas
palavras-chaves,
representativas do conteúdo do trabalho,
que servirão para identificá-lo. O título
"Resumo" não é numerado e aparece
centralizado.
RESUMO
O presente trabalho trata do conceito de linguagem
proposto por Hans-Georg Gadamer, na 3" Parte de
Verdade e Método, com o intuito de superar o
reducionismo do Método Científico e mostrar sua
incapacidade para atingir a Verdade. Pretende-se, a
partir de Gadamer, chegar à compreensão da
linguagem e do diálogo hermenêutico como único
caminho possível para a compreensão do Ser. Tratase, portanto, de elevar a experiência hermenêutica à
categoria de Ontologia. Palavras-chave: Gadamer,
linguagem, experiência hermenêutica, verdade,
ontologia hermenêutica.
Resumo em língua estrangeira
Escrito
em
uma
língua
estrangeira moderna (a NBR
14724 exemplifica com o inglês
Abstract, o francês Résumé e o
espanhol Resumen), possui as
mesmas
características
do
resumo em português e é
seguido
de
palavras-chaves
vertidas à língua escolhida.
ABSTRACT
This article discusses the concept of language proposed
by Hans George Gadamer in Part ITI of "Truth and
Method", with the objective of surpassing the reduction of
the Cientific Method and its incapacity to reach the truth. It
intends, based ofGadamer's ideas, to arrive at a
comprehension of language and hennetic dialog as the only
possible way to comprehend being. Thus, it deals with the
elevation of the henneneutic experience to the category of
ontology.
Key
words:
Gadamer,
language,
hermeneutic
experience, truth, hermeneutic ontology.
Lista de ilustrações
Apresenta,
segundo
a
ordem
de
aparecimento no texto, o tipo e o título
específico de cada ilustração, seguido do
respectivo número da página em que
aparece. Em trabalhos que contêm muitas
ilustrações, é recomendável elaborar uma
lista própria para cada tipo: desenhos,
esquemas,
fluxogramas,
fotografias,
gráficos, mapas, organogramas, plantas,
quadros, retratos e outros.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 - Classificação das doenças
tropicais .............................................17
Quadro 2 - Cronologia do aparecimento
dos principais métodos terapêuticos..29
Gráfico 1 - Incidência da Dengue no
Brasil- década de 90...........................35
Lista de tabelas
Tabelas são recursos demonstrativos
autônomos,
que
apresentam
informações
tratadas
estatisticamente. Devem, portanto,
conter quantidades e não devem ser
confundidas com quadros conceituais.
A lista de tabelas apresenta, segundo
a ordem de ocorrência no texto, o
nome específico de cada tabela,
seguido do respectivo número da
página em que aparece.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição de salários no
Brasil, por sexo e faixa etária ............15
Tabela 2 - Remuneração direta dos
empregos criados nos anos 2000
e 200 I ...............................................18
Tabela 3 - Variação das principais
formas de remuneração indireta na
indústria paulista, anos 1996-200 I .. 23
.
.
2
3
Lista de abreviaturas e siglas
É opcional, mas faz-se necessária
quando o trabalho recorre com
freqüência a siglas e abreviaturas
para evitar repetição de nomes e
expressões
longas.
Torna-se
indispensável se o trabalho for
extenso. A lista deve conter a
relação, em ordem alfabética, das
siglas e abreviaturas utilizadas no
trabalho,
acompanhadas
dos
correspondentes significados.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABF - Academia Brasileira de
Filosofia
AFZ - Assim Falava Zaratustra (F.
Nietzsche)
CAPES
Coordenadoria
de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino
Superior
DS- Les Degrés du Savoir (1.
Maritain)
IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
Lista de símbolos
As relação de símbolos utilizados
no trabalho deve seguir a ordem
em que aparecem, seguidos dos
respectivos significados.
Sumário
Sumário é a apresentação, meramente indicativa, das
partes em que se divide um trabalho. Deve enumerar as
seções e suas subdivisões pelos respectivos títulos e por
sua numeração progressiva, na mesma ordem, com a
mesma grafia com que aparecem no corpo do texto.
Acompanham essas divisões os números de páginas que
lhes correspondem. Esses números podem indicar tanto
as páginas em que se inicia cada seção, quanto as
páginas de início e fim de cada seção, com números
separados por hífens. As normas que regem o tema não
determinam o uso de pontos, espaços ou vírgulas para
separar o título de cada parte da correspondente
indicação de página.
Introdução
É elemento indispensável a qualquer texto, pois apresenta
informações que permitem ao leitor compreender melhor o
texto que lerá. A introdução de um trabalho científico pode
apresentar diferentes componentes, conforme o modelo
utilizado para a construção do trabalho. É costumeiro
apresentar o tema principal abordado no trabalho, os
objetivos da pesquisa sobre o tema, o problema a ser
investigado, a hipótese, a indicação da metodologia utilizada
e a indicação sintética das grandes partes do texto (o que
não é descrever cada capítulo). A introdução é, ainda, a
oportunidade para justificar a escolha do tema, do problema
e, eventualmente, dos objetivos e da metodologia.
Seções do texto (capítulos)
São as partes principais do trabalho,
nas quais são expostas e discutidas,
em detalhes, todas as informações
factuais e conceitos envolvidos no
tratamento do tema. Seções primárias
(capítulos) são unidades temáticas.
São
utilizadas
para
tratar,
extensivamente, os temas (matérias)
principais dos trabalhos. Por isso, seu
número varia conforme as exigências
do tratamento das matérias.
Uma seção secundária é uma
subdivisão do capítulo. Serve para
indicar e desenvolver os pontos
que, em seu conjunto, constituem a
unidade temática do capítulo.
Dentro da seção secundária, bem
como
de
suas
eventuais
subdivisões, far-se-á a exposição
dos temas, sua discussão, e a
elaboração
progressiva
de
conclusões.
Subdivisões não devem ser abertas sem
que haja a necessidade de, pelo menos,
duas delas para tratar, satisfatoriamente,
a matéria. Contudo, deve-se evitar um
texto com poucas subdivisões, bem como
um texto, excessivamente, subdividido.
Não se utilizam subdivisões para listar
elementos que não estejam logicamente
ordenados.
O primeiro parágrafo de uma seção
primária (capítulo) destina-se a
esclarecer qual será o tema e os
objetivos da seção e estabelecer as
relações da seção que se inicia com
as precedentes e as seguintes.
Portanto, o tema e sua importância já
são enunciados no primeiro parágrafo,
mas o desenvolvimento do capítulo
inicia-se depois, em geral, dentro de
uma seção secundária.
Uma seção secundária é uma subdivisão do
capítulo. Serve para indicar e desenvolver os
pontos que, em seu conjunto, constituem a
unidade temática do capítulo. Dentro da
seção secundária, bem como de suas
eventuais subdivisões, far-se-á a exposição
dos temas, sua discussão, e a elaboração
progressiva de conclusões.
Subdivisões não devem ser abertas sem
que haja a necessidade de, pelo menos,
duas delas para tratar, satisfatoriamente,
a matéria. Contudo, deve-se evitar um
texto com poucas subdivisões, bem
como
um
texto,
excessivamente,
subdividido. Não se utilizam subdivisões
para listar elementos que não estejam
logicamente ordenados.
O primeiro parágrafo de uma seção
primária
(capítulo)
destina-se
a
esclarecer qual será o tema e os
objetivos da seção e estabelecer as
relações da seção que se inicia com as
precedentes e as seguintes. Portanto, o
tema e sua importância já são
enunciados no primeiro parágrafo, mas o
desenvolvimento do capítulo inicia-se
depois, em geral, dentro de uma seção
secundária.
A seção primária, sendo uma unidade temática,
deve receber, também, uma conclusão breve que
terá, como finalidade, retomar, resumidamente, o
que foi obtido por meio das discussões
desenvolvidas na seção. Permitirá não apenas
relacionar o conteúdo da seção com a seguinte,
mas também auxiliar a esclarecer o leitor. Mesmo
sem receber o título explícito de "conclusão", será
indicada por expressões como "concluindo esta
seção, pode-se afirmar
que ... ", ou ainda "em conclusão, observou-se que
... ", ou mesmo "o que até aqui se obteve ... ".
As seções organizam-se segundo a numeração
progressiva.
Seções primárias (capítulos) são numeradas com
algarismos arábicos, separados dos respectivos títulos
apenas por um espaço equivalente a um caractere (não
se utilizam pontos, nem hífens, nem parênteses). O
conjunto formado pelo título e sua numeração são
alinhados junto à margem esquerda, segundo prescreve
a NBR 14724. Entretanto, a confusão visual, que
freqüentemente daí resulta, justifica o uso de recuos nos
títulos das subseções, desde que não sejam excessivos.
A mesma norma não exige mais o recuo do título da
seção primária em relação à margem superior (8 cm).
Dada a liberdade de projeto gráfico, esse recuo não está
proibido.
O
s
Os
títulos das seções e subseções devem ser
t
destacados
por meio de recursos gráficos como
í
t
negrito,
itálico,
redondo,
letras
maiúsculas,
u
minúsculas
etc. No entanto, o modo de operar a
l
distinção
não é estabelecido, claramente, pelas
o
s
normas
que tratam desse assunto. Ao autor do
d
trabalho
é, portanto, facultado invocar a prerrogativa
a
de
s criar o projeto gráfico e, por meio dela, fixar seu
s
modo
de distinguir os títulos das seções. As formas
e destaque dos títulos, apresentadas neste trabalho,
de
ç
são
meras sugestões, não constituindo prescrição.
õ
e
Entretanto,
a forma de destaque adotada deverá ser
s
utilizada
consistente e uniformemente ao longo de
e
todo
o trabalho.
s
u
b
s
Veja o exemplo:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (tamanho de letra 12 ou 14,
negrito, maiúsculas)
1.1 Seção secundária (12 ou 14, negrito, inicial
maiúscula)
1.1.1 Seção terciária ( 12, itálico)
1.1.1.1 Seção quaternária (12, letras comuns)
Os títulos das subseções (secundárias, terciárias
etc.) devem ser separados do texto das seções
anteriores ou seguintes por dois espaços duplos.
A forma mais eficaz de destaque é separar um
título do texto que o precede por dois espaços
duplos
Conclusão
A conclusão do trabalho não é uma despedida. É um
componente importante para a compreensão do
conjunto do trabalho. Para maior clareza do leitor, aqui
se reapresentam, de modo ordenado, as conclusões
parciais, correspondentes aos objetivos ou às
hipóteses, que foram elaboradas ao longo das seções.
Deve apresentar, como elementos mínimos, uma
retomada das principais idéias tratadas nas seções, a
repetição da tese demonstrada ou das conclusões
obtidas e, finalmente, palavras de encerramento do
trabalho. Nenhuma nova informação deve ser
apresentada na conclusão.
Os conteúdos da introdução e da conclusão,
apesar de aparente proximidade, não devem
se repetir; essas partes constituem uma
espécie de "negativo" uma da outra: a
primeira enuncia sobre que tratará o trabalho
e como o fará; a segunda retoma, pelo
conteúdo, o que concluíram as discussões.
A palavra "Conclusão" serve de título a esta
parte do texto.
Não sendo numerada, deve vir centralizada.
Referências
Nessa parte do trabalho, relacionam-se as publicações e
os documentos efetivamente utilizados para sua
elaboração, mesmo que não tenham sido citados no texto.
Não deve ser confundida com uma bibliografia sugerida
para aprofundamento. As referências devem ser
apresentadas, conforme o sistema de citações adotado no
corpo do texto, ou seja, em ordem alfabética ou em ordem
numérica, acompanhando os números de chamada
inseridos no texto. Devem ser alinhadas à esquerda e
digitadas em espaço simples, cada uma separada da
subseqüente por um espaço duplo. A elaboração das
referências deve seguir a NBR 6023 de Agosto de 2002. O
título "Referências", não sendo numerado, deve ser
centralizado.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (org.).
Construindo o saber: metodologia científicas fundamentos e técnicas. 4. ed., Campinas: Papiros,
1994.
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia
científica. 5. Ed., São Paulo: Prentice Hall, 2002.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa
social. 4.ed., São Paulo: Atlas, 1994.
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodofogia
científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14.
Ed., Petrópolis: Vozes, 1997.
MATIAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na
era da injormática. São Paulo: Saraiva, 2002.
Glossário
É uma lista que apresenta, em
ordem alfabética, conceitos e
termos técnicos utilizados no
trabalho,
seguidos
dos
respectivos significados.
Apêndice
Apêndice é um texto ou documento, elaborado
pelo(s) mesmo(s) autor(es) do trabalho, para
oferecer ao leitor informações suplementares
ou para enriquecer o trabalho. Não se trata de
parte do trabalho, mas de acréscimo ao
trabalho já considerado completo. Pode haver
mais de um apêndice. Para identificá-Ios, no
sumário e no texto, deve-se utilizar letras
maiúsculas consecutivas, seguidas dos
respectivos títulos, intercalados por um
travessão. A numeração de suas folhas deve
ser contínua à do trabalho.
Veja o exemplo abaixo:
APÊNDICE A - A utilização da obra de
Jacques Maritain no Brasil, segundo
seus principais comentadores brasileiros
Anexos
Anexos são textos (que não fazem parte do
trabalho) ou documentos que servem para ilustrar,
comprovar
ou
fundamentar
o
trabalho.
Diferenciam-se do apêndice por não serem
elaborados pelo mesmo autor do trabalho. São
freqüentemente utilizados para ajuntar ao trabalho
documentos como autorizações, pareceres de
Comitê de Ética em Pesquisa, artigos de jornais,
catálogos ou cópias de documentos históricos.
Sua apresentação é semelhante à do apêndice;
utiliza-se letra maiúscula, travessão e título. A
numeração das folhas dos anexos deve ser
contínua à do trabalho.
ANEXO A - Coletânea de artigos
inéditos e de correspondência entre
João José de Souza e Silva e seus
amigos
Índices
Índices são recursos de localização de palavras ou
frases contidas no texto. Têm a forma de listas de
palavras, em ordem alfabética, que indicam a
página do texto em que se encontram as
informações buscadas. Podem ser organizados
segundo diferentes critérios: índice de nomes de
autores citados, índice de assuntos, índice de
obras mencionadas, ou outros. A sua utilização é
conveniente em trabalhos grandes que contenham
numerosas menções a pessoas, livros, conceitos,
localidades etc.
Títulos não numerados
Como se pode notar, alguns títulos de
partes do trabalho não são numerados,
a saber, Agradecimentos, Resumos,
Listas, Sumário, Introdução, Conclusão
e Referências. Por não serem
numerados, devem vir centralizados.
Sugere-se escrevê-Ios em letras
maiúsculas destacadas com negrito.
Prefácio
Um Prefácio é um texto de algumas
páginas em que um especialista da
área apresenta ao leitor o trabalho de
um outro autor. É mais propriamente
direcionado a publicações e, portanto,
sua utilização, raramente, cabe num
trabalho acadêmico.
Livros não são modelos
A forma de apresentação dos livros e
revistas segue normas próprias.
Portanto, livros não servem de modelo
para apresentação gráfica de trabalhos
científicos.
O papel do bom senso
Todas essas normas e indicações não dispensam
uma boa dose de bom senso, seja para os casos
omissos, seja para os casos em que as
determinações das normas, eventualmente, não se
apliquem. Nessas situações, deve-se buscar
sempre a clareza e a precisão das· informações, se
necessário,
acrescentando
observações
explicativas ao texto para orientar o leitor. Lembrese de que o leitor não percorreu as mesmas etapas
da elaboração da pesquisa, mas deve receber
todas as informações para que possa julgar suas
conclusões, concordando com elas ou formulando
outras conclusões.
POZZEBON, Paulo Moacir Godoy (org.)
Mínima metodológica. Campinas: Alínea,
2004.
Download

Apresentação