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04/03/2010
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Ciro diz não aceitar "papel subalterno"
Matéria publicada em 04 de março de 2010
Deputado se recusa a ser usado para criticar Serra, mas volta a atacar
BRASÍLIA. O deputado federal Ciro Gomes (PSB), pré-candidato do PSB à Presidência, bombardeou ontem
a articulação do PT e do presidente Lula para que seja o candidato da base ao governo de São Paulo, e
assim se contrapor ao projeto tucano no estado. Ele disse que a radicalização da disputa do PT com o PSDB
contaminou e amesquinhou a política nacional, e que não se prestará a ser candidato em São Paulo para
bater no governador José Serra, principal adversário da pré-candidata petista, Dilma Rousseff. Ciro disse
que, se depender dele, será candidato a presidente.
- Sou da turma que acredita que time que não joga não faz torcida - disse.
E lamentou que os aliados só deem valor "à briga paroquial de São Paulo":
- Se alguém acha que eu vou me prestar a esse papel subalterno de agredir o Serra, esqueça! Não sou tão
brilhante como o presidente Lula, mas tenho uma biografia que prezo muito e pela qual tenho que zelar. Não
vou bater em ninguém - disse Ciro, para em seguida se contradizer, e voltar a provocar o governador tucano:
- É claro que o Serra não será candidato. Já sei disso há muito tempo. Ele está fazendo a conta miúda. Só
pensa em si e na carreirinha dele. O Brasil que se exploda.
O deputado negou que tenha participado de uma conversa com o governador Aécio Neves (PSDB) sobre
uma provável chapa dos dois, com ele (Ciro) de vice:
- Isso não é provável (a chapa). Embora ele seja muito meu amigo, não acho provável.
(O Globo)
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