1
de capoeira na briga
3 grupo
contra o tráfico de drogas
estilos que fazem a
4 diversos
moda dos dias de hoje
com Juninho,
6 entrevista
skatista radical
pág.
Tá na Rede! - Jornal da Rede Jovem de Cidadania - número 2 - setembro de 2003 - tiragem: 50 mil exemplares
pág.
S
S
O
O
R
T
P
U
O TEM
na
i
g
pá
5
pág.
2
Boca livre
enquanto
isso, na sala
de justiça...
Ei! Você aí que está lendo este jornal, sabe o que é
mídia? Se não sabe continue lendo, pois você irá saber.
Se você já sabe, leia assim mesmo, pois quando achamos
que sabemos é aí que não sabemos nada. Agora, deixando
a filosofia de lado, vamos falar sobre o assunto.
Bom, mídia são os meios de comunicação, como por
exemplo, TV, rádio, jornal, computador/internet e outros.
Podemos também dizer que ela é um espaço de
visibilidade. Por exemplo: quando sai uma nova banda,
como você fica sabendo? Você pode dizer que foi através
de seus amigos, mas eles provavelmente ficaram sabendo
ao ver uma matéria na televisão ou ao ler uma reportagem
sobre o assunto. Daí temos uma noção de como a mídia
está presente em nossas vidas. É ali que muitas vezes
ficamos sabendo de coisas que acontecem. É ali também
que gostaríamos de ver algumas coisas, mas às vezes não
as encontramos.
A grande mídia tem uma forte preocupação com a
comercialização de produtos. Pare e pense: um filme tem
em média cinco ou seis partes, certo? Antes, durante e
depois do filme, são exibidas várias propagandas. Se
contarmos, serão seis ou sete partes de comerciais.
Notamos, através disso, que a mídia convencional não
nos quer somente como público, mas também como
compradores em potencial. Além de produtos, idéias e
estilos são vendidos. Em meio a essas idéias, algumas
visões ganham destaque, enquanto outras são deixadas
de lado. Os jovens, por exemplo, geralmente são
retratados como ricos, fortes e bonitões. Será que todos
os jovens são iguais?
Enquanto isso, na Sala da Justiça, Super Homem e
Batman confabulam um plano surpresa para resgatar a
Terra dessa perdição. Vem aí, com capa colorida e espada
em punho, uma rede que vai encantar as nove regiões de
BH e revolucionar a TV, o rádio, o jornal e a internet.
Ninguém segura a Rede Jovem de Cidadania!
Com a cara e a coragem do jovem, essa rede quer
contribuir para que você continue esse cidadão crítico
que já é. Tão crítico que consiga analisar esse texto e
perceber que, quando se fala em mídia, não se trata de
perceber vilões ou heróis. A Rede Jovem de Cidadania é
apenas uma mídia alternativa, que tenta te oferecer algo
de novo. Continue vendo o que te dá na telha, mas não
se esqueça de tirar suas próprias conclusões.
Fale com a gente: [email protected]
Os meios de comunicação entraram de vez em nossa
vida. Eles estão em nossas casas como se fizessem parte
da família. Você já parou pra pensar quantas vezes
dormiu no sofá com a televisão ligada? E quem nunca
se viu cantando junto com o rádio músicas das quais
nem gosta?
É por isso que a equipe do Tá na Rede! foi verificar a
opinião de algumas pessoas sobre os meios de
comunicação. Confira o resultado...
Diego Gomes Pereira - 18 anos - Músico
Para mim os meios de comunicação trazem mais coisas
ruins do que boas. A televisão, por exemplo, introduziu
em minha mente muita pornografia e ainda atrapalhou
meu desempenho escolar.
Nathália Núbia Macieira - 15 anos - Estudante
Eu nem sei o que faria sem os meios de comunicação.
Adoro estar “por dentro de tudo”. Escuto o dia inteiro,
no rádio, as “baladas” do momento. Ah! Não podemos
esquecer do celular. É um aparelhinho de comunicação
muito útil. A vida seria um tédio sem a mídia.
Anderson Antônio Gomes - 34 anos - Porteiro
Os meios de comunicação ajudam em todos os sentidos.
Se não houvesse os meios de comunicação, seria bem
mais difícil encontrarmos pessoas desaparecidas, por
exemplo.
Afrânio Coelho Santos - 47 anos - Metalúrgico
Particularmente não gosto de novelas. Muitas são bobas,
incentivam a violência e mostram os filhos desrespeitando
os pais.
Vítor Chagas, Felipe Gustavo e Lucas Santos
Expediente
Veículos da Rede Jovem de Cidadania: Jornal “Ta na Rede!”, programas televisivos e
radiofônicos, site e agência de notícias | Participantes: 54 jovens que atuam em todo o processo
– da concepção à edição | Equipe técnica: 20 profissionais (comunicadores e educadores) –
conheça todos os integrantes no site www.redejovembh.org.br | Equipe do Jornal: Carolina
Alcântara de Araújo, Deise Rodrigues Paulino, Denilson Ferreira Garofa, Edilene Ferreira
Lima, Felipe Gustavo Lara Rosado, Jéssica Perpétua Gonçalves, Juliana Alves Rosa, Laiara
Amorim Borges, Lucas Pereira dos Santos, Marcelo Vinicius Mendes Cupertino, Marcos de
Assis Rocha, Mariana Martins Rodrigues, Polyanne Andréia Silva, Rodrigo Philemon Pereira
Nunes, Tatiane Viana Martins, Thaís Tatiane Souza, Tiago de Araújo Batista, Vítor Augusto
Chagas | Técnicos da oficina de Jornal: Gisele Fonseca, Leandro Matosinhos e Ricardo
Fabrino | Colaboraram com ilustrações: Igor Dutra e Julierme Alves | Jornalista
Responsável: Rafaela Lima (MTb 1696) | Projeto gráfico e diagramação: Leandro
Matosinhos e equipe do Jornal | Fotolito e Impressão: Sempre Serviços Gráficos | Tiragem:
50 mil exemplares | Distribuição gratuita nas escolas públicas de Belo Horizonte.
Golpe de
derruba
Melhorar as condições de vida de crianças carentes e
incentivar a cultura. Esses são os objetivos do projeto
Capoeira na Escola, da Associação Guerreiros República
dos Palmares. A idéia é levar a arte da capoeira para
adolescentes que geralmente têm pouco acesso à
cultura. Com isso, o projeto mostra também sua face
social: tentar minimizar a criminalidade e a prostituição infantil.
Rogério Inácio,
criador do projeto,
conta que muitos
dos adolescentes e
das crianças tinham
ligação direta com o tráfico
de drogas. De acordo com ele,
esses meninos queriam oportunidades para serem vistos e para melhorar sua condição social. São “crianças que não sabem ler nem escrever, mas
que sabem bem o que é matar ou roubar. O
governo fala muito de ‘Fome-Zero’, mas a
maior fome de hoje não é a de comida, e sim de
oportunidades”.
O “Capoeira na Escola” começou em 1994, na Escola
Padre Pedro Penido, que fica no bairro Floramar. O
projeto logo teve grande aceitação e se estendeu para
escolas do Morro Alto, Jaraguá e Nova Pampulha. A
Escola Estadual José Silva, no Nova Pampulha, cedeu
espaço para a capoeira depois de ver que a criminalidade
dentro do colégio estava sem controle: os próprios alunos
teriam furtado um computador. Atualmente, 250 crianças
da escola já são atendidas pelo projeto. Uma delas, E. G.,
ê
c
o
v ia?
b
a
s
capoeira
~
avi a o
de 12 anos, conta que “a capoeira foi uma forma para
evitar criminalidade, que era intensa na escola”. Ela
destaca que o esporte é bom para as habilidades físicas e
que também ocupa o tempo. E M, de 16 anos, é outro a
ver com bons olhos a luta da capoeira contra as drogas.
Ele diz que não tem amigos no tráfico, porque todos que
seguiram esta vida morreram.
Segundo Rogério Inácio, a implantação do projeto
realmente mudou as comunidades em que está presente.
A população e os traficantes teriam passado a respeitálo. Um dos instrutores do grupo, Wone Soares, conta
que já viu traficantes abordando crianças na saída do
colégio, para ‘adotá-las’ (transformá-las em aviõezinhos).
Ele se emociona ao dizer que a capoeira vem salvando
vidas: “o que gratifica é saber que uma criança está
contente lá; se de dez salvarmos duas, já fico feliz, pois
são duas vidas a menos no mundo das drogas”.
Dificuldades
Igor Dutra
A maior dificuldade do projeto é a precariedade
do meio social em que algumas escolas se inserem.
Wone Soares diz que muitas crianças chegam para
treinar com fome, “o que é inaceitável”. Outro problema seria a falta de uniformes para os alunos. Quando
o grupo sai para lutar em outros lugares, fica difícil
reconhecer os participantes.
O projeto ainda não conta com nenhum tipo de apoio
financeiro, o que impede que se forneça alimentação ou
material para os integrantes. Professores e instrutores
trabalham na base do voluntariado, justamente por
acreditarem nas potencialidades do projeto.
Laiara Borges
A primeira transmissão de rádio aconteceu em 7 de setembro de 1922,
patrocinada pelo Presidente da República Epitácio Pessoa. Como no Brasil não
havia emissoras de rádio, o Presidente encontrou uma solução muito original:
mandou importar um transmissor e sessenta aparelhos, que distribuiu
entre os amigos.
O primeiro telejornal da televisão brasileira foi o “Imagens do Dia”, transmitido
pela TV Tupi, no ano de 1950. Paradoxalmente, no jornal “Imagens do Dia”, não
existiam imagens previamente gravadas. Os apresentadores faziam, ao vivo, a
leitura dos principais acontecimentos do dia.
Marcos Assis
3
4
dEU a LOuca na MOdA
Qual é o seu estilo? Fizemos essa pergunta a várias pessoas. A maioria respondeu que não seguia um
padrão, mas se vestia do
jeito que se sentia bem. No
começo ficamos frustradas, porque esperávamos
encontrar estilos definidos,
tais como: hippies, pagodeiros, patricinhas, metaleiros, “hip hopers”, grunges... Aos poucos, percebemos que os entrevistados
mostravam que esses estilos não eram tão fechados,
nem tão definidos. Trabalhávamos com estereó-
tipos, que eram muito restritos para apreender a realidade.
Mas descobrimos que os estilos variam de acordo com a
personalidade de cada um.
Segundo o professor Paulo Caetano, “estilos são
formas de pessoas autênticas marcarem seu espaço na
sociedade e questionarem padrões estéticos”. É através
das roupas que muitos encontram meios para protestar, expressar um estado de espírito, uma forma de
pensar ou uma religião. Bons exemplos são os
engravatados mórmons, o jeito diferente de um
metaleiro, ou a tranqüilidade de um hippie. Isso sem
falar daqueles que adotam o estilo “peladão” para protestar contra a guerra.
A mestranda em comunicação social Carla Mendonça
afirma que “a moda é uma possibilidade de expressar a
personalidade”. Muitas vezes, a sociedade aponta os
jovens como baderneiros ou “loucos”, justamente por
possuírem uma diversidade de estilos. A criatividade
contaminou a nova geração, trazendo à tona estilos
excêntricos e até extravagantes. “Os jovens se vestem de
várias maneiras, pois ainda procuram uma identidade” –
confirma a psicóloga Zenaide Corrêia.
Mas como escolher um estilo fixo de roupa em uma
época de identificações tão variadas? Não somos várias
coisas ao mesmo tempo? É o que parece indicar a resposta
das pessoas. O fato de a maioria delas não se definir em
apenas uma palavra revela que os estilos, assim como as
pessoas, têm várias faces. Assim, você pode encontrar
um punk que curte hip hop, não abre mão de ouvir
Djavan, adora praticar skateboard e trabalha de terno e
gravata como gerente bancário.
No fim das contas, descobrimos um novo estilo: o
normal. Aquele que pode ser básico e diferente, sério e
irreverente, colorido e preto e branco, excêntrico e padronizado, mas que sempre é normal. O importante é se
vestir de acordo com o seu gosto.
Mariana Rodrigues e Rodrigo Philemon
DEtaLheS tÃO peQUenOS...
“Cansei de ver pessoas
escondendo a bolsa quando eu passava perto, por
causa do meu jeito de
vestir. Sou do movimento
hip hop. Geralmente, uso
roupas largas”. Esse é o
depoimento de Luciana
Silva, que afirma ter sido
A psicóloga Zenaide explica que o preconceito é um
vítima de preconceito. Várias pessoas avaliam as outras
pelo seu modo de vestir. É como escolher um livro só valor pré-concebido que é atribuído ao outro. Por
exemplo: uma pessoa acha que quem usa chinelos é
pela capa.
A costureira Maria Helena de Souza também diz ter desleixado; assim, passa a conceituar todos os
sentido o preconceito na pele. Ela conta que foi a um “chineleiros” como largados. O preconceito emerge nos
mesmo banco duas vezes. Na primeira, estava usando pequenos julgamentos. São pequenos detalhes que
uma roupa social, na segunda, algo bem mais simples. podem passar desapercebidos, mas que orientam grande
“Você precisa ver como me trataram pior quando eu não parte das nossas relações sociais. Já parou para pensar
estava arrumada. Ninguém conversava direito comigo”. nos detalhes que te irritam?
Carolina Alcântara, Jéssica Gonçalves, Mariana Rodrigues e Polyanne Silva
No
meu
Foto: Ricardo Fabrino
tempo
não
e r a
assim...
Quem nunca escutou esta frase? Ela pode ser uma
queixa ou uma demonstração de saudade. Conversamos
com alguns idosos para saber como eram os costumes e
valores da sua época. Eles falaram de tudo um pouco.
Contam que a violência quase não existia. As pessoas
circulavam à vontade pela cidade, aproveitando ruas e
praças como espaços de convivência. José Barbosa, 75,
lembra que “dormia só com janela aberta, e olha que a
casa nem tinha muro”. Ele diz que caminhava pela cidade
de madrugada sem medo, algo bem diferente de hoje.
Questões ligadas ao trabalho também eram
diferentes. O salário mínimo era melhor nas lembranças
de Aloísio Magalhães, 83: “os 220 cruzeiros da época
de Getúlio equivaleriam a mil e cem reais; dava para
viver bem”. E, para José Barbosa, “era muito mais fácil
arrumar emprego”.
E quanto aos estudos? “A relação entre alunos e
professores era bem distante e respeitosa”, avalia Jacira
Machado, “17 anos invertidos”. Muitos rapazes estudavam com empenho para conquistar status e, assim, a mão
da tão sonhada dama. Várias moças freqüentavam escolas
só para mulheres e algumas pessoas que moravam no
interior tinham dificuldades para estudar. Jocelina
Norbeta, 63, conta que andava muito todos os dias. Ela
vivia em Rio Vermelho, onde não havia escolas. A situação
só mudou quando a comunidade fez uma ‘vaquinha’ para
levar uma professora à cidade.
“Os namoros se baseavam em rápidas visitas e
pequenas trocas de olhares”, lembra Emilio Lopes, 71.
Nada de beijos calientes ou abraços ofegantes. Segundo
Aloísio Magalhães, tudo
acontecia debaixo dos
olhares vigilantes dos pais
ou dos irmãos mais novos,
os quais eram recrutados
para tal função. Sexo, dizia
a regra, só depois do casamento. O assunto era tabu
na sociedade. Por isso
mesmo, “alguns rapazes se
viravam nas pequenas ‘casas da luz vermelha’, que
eram comuns no centro
da cidade” - conta José
Barbosa, 75. As moças
mais “danadinhas” também se realizavam por
debaixo dos lençóis, mas
“quem engravidasse tinha
que casar ou era expulsa
de casa”, lembra Jocelina
Norbeta. A Aids ainda
não existia, e a doença que
mais preocupava era a
tuberculose.
Havia muitos bailes e
horas dançantes. Rumba,
bolero, samba, valsa, cantigas de roda e músicas
caipiras marcaram época.
Para Jandira Machado, as pessoas tinham que se vestir
com roupas de gala quando iam aos bailes: “quem não
tivesse, ficava de fora; não era tão democrático quanto
hoje, que os jovens entram de calça jeans em qualquer
lugar”. De acordo com Aloísio Magalhães, as roupas
elegantes eram obrigatórias em qualquer evento social.
“No cinema não dava para assistir ao filme por causa
do chapéu que as mulheres usavam” - lamenta, em meio
a risadas. As calças rasgadas, hoje na moda, antes eram
algo vergonhoso. José Barbosa recorda que, quando
remendava roupas velhas, “tinha que esconder dos
outros para eles não rirem”.
Juventude tardia...
Será que todos os jovens freqüentavam os elegan-tes
bailes em clubes? Amélia Silva, 73, responde: “não!”. Ela
se lembra com tristeza de que saiu de casa aos sete anos e
foi morar em uma fazenda. Lá, conta que foi escravizada.
Relata que dormia em um saco no chão da cozinha ou
em um galinheiro.
Nunca estudou. Diz ter passado a juventude trabalhando. Quando jovem, não namorou. “Casei virgem aos
25 anos, depois que fugi da fazenda. Meu irmão me obrigou a casar”. Hoje, Amélia faz parte de um grupo da terceira idade, onde tem aulas de bio-dança e tai-chi-chuan.
Tem vontade de brincar, dançar e de adquirir conhecimentos. “Minha vida está só começando”, diz, e a juventude dela promete ser longa.
Jéssica Gonçalves, Polyanne Silva e Thaís Souza
5
A.”
L
E
D
ES
D
A
D
U
SA
O
T
N
I
A S
D
n
i
a
...
8
K
S
s comte
a
O
s
o
g
i a gen
OU
,
s perm
U
a
r
E
uit porte?
b
o
n
U
e
a
O
u
s
m
q
E:
S
zem a visão cham do eon Junio
S
a
I
f
D
e
largasés. Essa é? O que a Wellingat de muitoe“ELA
s
a
p
u
p
m
t
m
l
a
c
i
d
a
r
e
t
r
o
p
es
Tá na Rede! - Por que
você pratica o skateboard?
Como isso começou?
Juninho - É uma coisa que
vem de dentro... Era um sonho desde criança. Lembro
que ficava olhando os caras
mais velhos andando de
skate (SK8), fazendo manobras e ficava morrendo de
vontade. É um esporte radical. Minha mãe não deixava
porque achava que era
perigoso, e tive que montar
meu primeiro SK8 sozinho. Fui comprando as peças aos pouquinhos e
montei.
TR! - Hoje, qual é a
opinião dos seus pais?
J - Não apóiam, nem
discriminam.
TR! - O que você acha do
skateboard? É uma forma
de expressar alguma coisa?
J - É uma terapia. Sei lá...
um lance. Relaxa o corpo, a
alma e a mente. O skate me
ro o dos pensa apo co sonalid re ska ,
m
a
s
u
que ha debaixo que elesater um p uma peer saca sobos, riscos
s
n
e
Jov tabuin ta. Mas omos b s. Com a o qu s tomb
uma do skatis iosos e f e 16 ano os cont ceito, do
tem mos cur ninho), d ras, ele no precon
Fica ha (o Ju as palav obras, d
teen, five. Quanto a
Roc e e poucdas man o mais.
ensinar, eu não sei nem pra
t
t
for rd. Fala a, e mui
mim direito, mas o que eu
boa o, músic
l
cara
tem
um
minuto
para
sei eu tento passar, e assim
i
est
faz sentir livre, como se eu
estivesse voando. Talvez
expresse essa liberdade.
Eu ando de skate por
causa disso e por causa das
aptidões que o esporte
proporciona.
TR! - Como é ser um
skatista?
J - Ter sempre paz no
coração e não esquentar a
cabeça com bobagem.
SK8 no pé e idéias revolucionárias na cabeça.
TR! - Você já participou
de algum campeonato?
Sabe como funciona?
J - Nunca participei. Tenho um pouco de medo,
porque é muito difícil. O
ê
c
o
v ia?
b
a
s
realizar todas as manobras
possíveis, sem cair do skate
e usando os obstáculos. O
juiz conta o estilo, a
perfeição das manobras e o
grau de dificuldade delas. O
prêmio varia por campeonato.
TR! - Onde você pratica?
J - Os lugares para praticar
são escassos. Costumo
andar em duas praças aqui
perto e em algumas ruas,
como a avenida Vilarinho e
a rua 8, que é a rua oficial
dos skatistas.
TR! - Você conhece algumas manobras? Você as
ensina?
J - São muitas, mas as mais
conhecidas são Olié, Flip,
180°, Hell, Rock slid, fif-
SK8 = s + k + eight = skate
Rodrigo Philemon
6
cara. A maioria curte rap,
mas a minha preferência é
rock’n’roll, tá ligado? Eu até
tenho uma banda, a “Banda Baile”.
TR! - O skatista varia de
acordo com sua classe social?
J - Sim, mas mesmo dentro
das classes as variações são
grandes. É uma questão de
atitudes. Tem playboy que
é gente boa e outros que
são tirados.
TR! - Você já sofreu algum
tipo de preconceito?
J - Sim, porque acham que
todo skatista usa drogas, só
pelo fato de andar de skate
e por aí vai. Isso é uma
grande bobagem. Eu mesmo, nunca usei.
TR! - Um recado para os
jovens?
J - Ande de SK8, pratique
o skateboard, seja você
mesmo, mas não seja
sempre o mesmo.
vai a cadeia dos skatistas.
TR! - Você já levou muitos
tombos?
J - Vários. O pior foi uma
vez em que eu estava
descendo a rua com um
skate que não era meu em
alta velocidade. Ele começou a bambear e eu caí de
cara no chão.
TR! - Como é a roupa do
skatista?
J - Ele deve se vestir como
quiser, de maneira que se
sinta à vontade para realizar
suas manobras. A maioria
se veste com calças largas,
roupas sujas, boné e tênis
furado, morô?
TR! - Qual tipo de música
vocês costumam ouvir?
J - Depende do estilo do
Laiara Borges e Juliana Rosa
Se na sua comunidade existe uma rádio comunitária, e você mora a um
quilômetro de distância dela, cerca de 10 quarteirões, talvez você não consiga
sintonizá-la. Segundo a lei, as rádios comunitárias devem funcionar a 25 W de
potência, 30 m de antena e alcance de um quilômetro. Será que a sua comunidade
pode ser definida pelo número de quarteirões?
O primeiro jornal brasileiro era editado na Inglaterra. Ele vinha para o
Brasil de navio e criticava a situação política da colônia. O jornal demorava
semanas para chegar e precisava trazer notícias mais analíticas e
menos ligadas ao dia-a-dia.
Marcos Assis
7
^
Faca voce mesmo o seu colar
Material
´
Folhas de revistas, tesoura,
palito de fósforo, cola, cerca
de 1 m de barbante fino.
Piad a
Como fazer?
Recorte as páginas em
mais ou menos 15 tiras.
Dobre cada uma ao meio e
corte-as em formas triangulares. Passe cola na tira e
enrole-a no palito de
fósforo, começando pela
extremidade mais larga.
Retire o ‘enroladinho’ do
palito. Repita o processo
até ter cerca de 35 peças.
Deixe um espaço de 10
cm em uma das pontas do
~
Super- cidadao
Julierme Alves
Edilene Lima, Marcos Assis e Tiago Batista
Dois patinhos estão caindo
de um prédio. O que um
fala para o outro???
“Nó véi! Nós vamo rachá
os bico.”
Veja na cruzadinha dicas sobre o funcionamento do nosso corpo e a prevenção às DSTs
1 - Sigla das doenças sexualmente transmissíveis.
2 - Pessoa que se interessa por outra do mesmo sexo.
3 - Usada em relações sexuais para evitar doenças e
gravidez.
4 - Aparelho introduzido no útero da mulher para evitar
gravidez.
5 - Cirurgia de esterilização feita no homem, na qual se
cortam os canais deferentes para impedir que os
espermatozóides cheguem até a uretra.
6 - Hormônio sexual masculino.
7 - Doença que pode ser transmitida pelo beijo.
8 - Nome da primeira menstruação.
9 - Médico responsável pelo acompanhamento de
mulheres grávidas e pelo parto.
10 - Membrana localizada na vagina da mulher que pode
ser rompida durante a primeira relação sexual.
11 - Nome da doença causada pelo HIV.
1)DST - 2)HOMOSSEXUAL - 3)CAMISINHA - 4)DIU - 5)VASECTOMIA - 6)TESTOSTERONA - 7)HERPES - 8)MENARCA - 9)OBSTETRA - 10)HÍMEM - 11)AIDS
Palavras
Cruzadas
barbante, dê dois nós e
Pronto! É só amarrar
comece colocar as peças até com um laço no pescoço.
que o colar esteja de um
Agora é usar a criatitamanho bom. Deixe ou- vidade e fazer pulseiras ou
tros 10 cm no final e dê cintos. Pode dar para os
mais dois nós.
amigos ou vender.
Edilene Lima, Jéssica Gonçalves e Mariana Rodrigues
8
Oi, você que está aí à toa, procurando algum lugar para ir e algo para fazer!
Aqui vão algumas dicas 0800 de como aprender e se divertir em BH:
Pandalelê - Pampulha
Programa Esporte Solidário – Barreiro
O projeto do Centro Pedagógico da UFMG busca formar
grupos de adolescentes que experimentam brincadeiras,
bem como promover a convivência e a cultura popular.
Endereço: Escola Fundamental do Centro Pedagógico
(UFMG). Av. Presidente Antônio Carlos, 6627. Pampulha.
Ônibus: 5102 - UFMG (passa na av. João Pinheiro).
Descer no Centro Pedagógico. Contatos: Eugenio Tadeu:
(31) 3499-5180/5199; Fax: (31) 3499-5176.
Aulas de futebol: é assim que esse projeto pretende
melhorar a vida de crianças e adolescentes e evitar que
eles entrem para o mundo da criminalidade. O programa
atende jovens de 12 a 18 anos, de segunda a sexta-feira,
em dois horários: de 8 às 11h30 e de 13 às 16h30.
Endereço: Centro Pró Vida Paulo Campos Guimarães
(antiga Febem). Av. Menelicke de Carvalho, 11. Flávio
Marques. Ônibus: 32 - Estação Barreiro (passa na rua
Tamóios com Guarani). Depois, pegar o 325. Contato:
Eliane Rosa: (31) 3383-7333.
Parque-Escola Jardim Belmonte - Nordeste
Oferece apresentações culturais e oficinas variadas (de
música a ecologia). As inscrições estão abertas de terça a
sexta-feira, das 9 às 12h e de 14 às 17h.
Endereço: rua Jornalista Abrahão Sadi, 380. Ônibus:
5525 B - via Belmonte (passa na rua Caetés). Contato:
Ivânia Linhares: (31) 3277-6737.
Aruê das Gerais - Leste
O grupo promove a cultura afro-brasileira através da dança,
percussão, ritos religiosos e desfiles. Os ensaios são às sextas
e sábados, às 17h, no Mops Recriança (Movimento de
Promoção Social Recriança). Aos domingos, apresenta-se
na Escola Municipal Wladimir de Paula Gomes, às 16h.
Endereço: Mops: rua Arapari, 470. São Geraldo. Ônibus:
9502 - São Geraldo (passa na rua Caetés com Bahia). E.M.
Wladimir de Paula Gomes: rua Uarirá, 350. Caetano
Furquim. Ônibus: 9411 - São José (passa na av. Amazonas
com São Paulo. Contato: Ro-Fatawá: (31) 3487-2959 ou
Nívia Santos: 9148-8461.
Praça Duque de Caxias - Centro Sul
Situada no bairro Santa Tereza, e mais conhecida como
Praça do Santa Tereza, a Duque de Caxias vem se
firmando como ponto de paquera. De sexta a domingo
rola um forró “pra lá de animado”, a partir das 21h.
Ônibus: 9103 - Santa Tereza/Santo Antônio (passa na
rua Tamóios com Afonso Pena). Descer na rua Mármore.
Deise Paulino e Tatiane Martins
Fique ligado
A Rede Jovem de Cidadania também tem suas
produções em:
Rádio >>> Favela FM (106.7) - todas as
quartas, às 16h
TV >>> TV Horizonte (canal 19 UHF e 22 ou
24 a cabo): sábado, às 14h e 22h; domingo, às 11h
Canal Comunitário (canal 13 a cabo) - segunda, às
17h30 e quinta, às 19h45
Internet >>> www.redejovembh.org.br
Obra Social Cabana Pai Tomás - Oeste
O projeto oferece aulas de capoeira para crianças e
adolescentes. Oferece também cursos de informática,
teatro, artesanato, futebol e higiene e beleza, para aqueles
que já estão fazendo aulas de capoeira.
Endereço: rua São Geraldo, 110. Ônibus: 1502 - Vista
Alegre (passa em toda a av. Amazonas). Descer na rua
Santa Arim, em frente ao supermercado 2B. Contato:
Alzira: (31) 3386-3826.
Projeto
Realização
Patrocínio
Apoio
Download

OUTROS TEMPOS - Rede Jovem de Cidadania