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O planejamento familiar é direito assegurado na Constituição Federal e
consiste num conjunto de ações que auxiliam o casal que deseja ter filhos
ou ainda, na prevenção da gravidez para aqueles que já estão com a
família constituída.
As pessoas, quando usam um método
anticoncepcional, se sentem protegidas contra
a gravidez. No entanto, muitas vezes, não se
lembram de que as relações sexuais podem trazer
o risco de infecção pelo HIV/aids e por outras
doenças sexualmente transmissíveis, descuidando
de sua proteção. A camisinha masculina ou
feminina são os únicos métodos que protegem da
contaminação pelo HIV/aids e por outras doenças
sexualmente transmissíveis, ao mesmo tempo em
que protegem contra a gravidez indesejada.
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O planejamento familiar é uma tentativa de controlar o número de filhos
que o casal vai ter e o tempo entre cada nascimento. Para isso podem
ser usados métodos de contracepção, que impedem temporariamente
a gravidez, ou a esterilização cirúrgica para evitar a gestação de modo
definitivo. O melhor método é aquele que se adapta ao seu modo de vida
e à sua condição de saúde.
Os métodos de contracepção possibilitam a existência de vida sexual
sem que tenha consequente gravidez. Devem ser seguros, eficazes e
adaptados a idade fértil da mulher, possibilitando o controle da fertilidade
juntamente com a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
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MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO
Naturais ou comportamentais: métodos de abstinência periódica que
se baseiam no cálculo do período fértil da mulher evitando relações
sexuais neste período. São muito falíveis.
Químicos: impedem a ovulação (ex: contraceptivos hormonais e: pílulas,
anel vaginal, implante contraceptivo, adesivos contraceptivos e hormonais
injetáveis) ou impedem a fertilização por inativação dos espermatozóides
por substâncias químicas (geleias e cremes espermicidas)
Barreira/mecânico: são aqueles que evitam a gravidez impedindo a
chegada dos espermatozóides ao útero/óvulo por obstáculo mecânico
(preservativo masculino, preservativo feminino e diafragma).
Esterilização: consiste na interrupção dos canais deferentes (nos homens)
ou das tubas uterinas (nas mulheres) por meio de procedimento cirúrgico
impedindo definitivamente a concepção (encontro do espermatozóide
com o óvulo) sendo estes procedimentos conhecidos como vasectomia
ou laqueadura.
CUIDADOS QUE O HOMEM DEVE TER APÓS A VASECTOMIA:
• Descansar por dois dias, se possível;
• Colocar compressas frias no escroto nas primeiras quatro horas, o que
poderá diminuir a dor e sangramento;
• Vestir calça ou cueca confortável por dois a três dias para ajudar na
sustentação do escroto. Isto diminuirá o inchaço, o sangramento e a dor;
• Mantenha o local do corte limpo e seco por dois a três dias. Não fazer
sexo por pelo menos dois a três dias;
• Usar preservativos ou outro método de planejamento familiar eficaz por
até três meses após o procedimento da vasectomia;
• É solicitado repouso sexual por 7 dias.
Algumas complicações que podem ocorrer nos pós-cirúrgico:
• Hematoma;
• Aparecimento de manchas escuras no escroto;
• Dor;
• Infecção;
nea.
• Recanalização espontânea.
COMO ESCOLHER O MÉTODO ANTICONCEPCIONAL?
É importante procurar um médico para receber informações sobre os
métodos anticoncepcionais disponíveis, obter o método escolhido e fazer
o acompanhamento periódico para garantir a eficácia do mesmo.
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4.2 Vasectomia
Também conhecida por esterilização masculina ou contracepção cirúrgica
masculina, a vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, seguro
e rápido, é realizado em homens que não desejam mais gerar filhos.
Considerada permanente, depois de realizada a cirurgia a reversão é difícil,
mas pode ocorrer em casos isolados.
Por meio de uma pequena incisão na bolsa escrotal, o médico localiza
cada um dos 2 canais por onde o esperma é transportado até o pênis
(canal deferente) e interrompe o mesmo, cortando e amarrando-os de
modo a fechá-los ou aplicando calor ou eletricidade (cautério). Funciona
por meio do fechamento de cada canal deferente, fazendo com que o
sêmen não contenha mais espermatozóides.
1. MÉTODO NATURAL
São os métodos de abstinência periódica. Ter percepção da fertilidade
significa que a mulher sabe dizer quando começa e quando termina
o período fértil de seu ciclo menstrual, (período fértil é quando ela
pode engravidar). Às vezes é chamado de abstinência periódica ou
planejamento familiar natural. Uma mulher pode recorrer a diversas
maneiras, individualmente ou combinadas, para dizer quando começa e
quando termina seu período fértil. Cabe lembrar que os métodos naturais
não previnem contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
Seu efeito não é imediato. Nas primeiras ejaculações depois da vasectomia,
ainda existem espermatozóides remanescentes. Só poderá ser utilizado
como método contraceptivo seguro após avaliação médica do exame de
espermograma. A vasectomia não altera a vida sexual do homem, apenas
a capacidade de gerar filhos.
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1.1 Os métodos baseados no calendário consistem em fazer registro
dos dias do ciclo a fim de identificar o início e o término do período fértil.
Exemplos: Método dos Dias Fixos e Método Rítmico do Calendário.
Os métodos baseados em sintomas dependem da observação dos sinais
de fertilidade;
1.2 Secreções cervicais: quando uma mulher observa ou sente secreções
cervicais, ela pode estar fértil. Ela pode sentir apenas uma pequena
umidade vaginal;
1.3 Temperatura corporal basal (TCB): A temperatura corporal de uma
mulher em repouso sobe ligeiramente após a liberação de um óvulo
(ovulação), momento em que ela poderia engravidar. Sua temperatura
permanece mais elevada até o início de sua próxima menstruação;
1.4 Coito interrompido
No coito interrompido, o homem retira o pênis da vagina um pouco antes
da ejaculação. É grande a possibilidade de falha, pois o líquido lubrificante
que sai pouco antes da ejaculação pode conter espermatozóides.
e práticas sobre o procedimento particularmente quanto ao caráter
permanente ajudando a mulher a tomar uma decisão esclarecida e a
ser uma usuária bem-sucedida e satisfeita com o método, sem que haja
arrependimento posterior.
APÓS O PROCEDIMENTO A MULHER DEVE:
• Descansar por dois dias e evitar trabalho vigoroso ou levantar peso por
uma semana;
• Manter a incisão limpa e seca por um a dois dias;
• Evitar esfregar a incisão por uma semana;
• Não fazer sexo por pelo menos uma semana;
• Se a dor se prolongar por mais de uma semana, evitar o sexo até que
a dor passe.
Algumas complicações que podem ocorrer nos pós-cirúrgico:
• Sangramento intenso;
• Desconforto abdominal;
• Febre;
• Dor persistente;
• Sangramento menstrual mais intenso e mais cólicas.
Assim como outros métodos que não são de barreira, a laqueadura não
protege de DST/HIV/aids.
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4. MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
Impedem definitivamente a concepção.
4.1 Laqueadura
É uma cirurgia simples realizada na mulher para evitar a gravidez. O
método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque
depois de realizada a cirurgia é muito difícil recuperar a capacidade de
gerar filhos.
A Lei referente ao Planejamento Familiar só permite realizar a laqueadura
e a vasectomia voluntárias em maiores de 25 anos ou, pelo menos, com
dois filhos vivos e em casos em que haja risco de vida para mulher ou
para o futuro bebê.
A eficácia varia ligeiramente dependendo da forma como as tubas uterinas
foram interrompidas, mas as taxas de gravidez são baixas para todas as
técnicas. O procedimento tem por objetivo ser definitivo. A cirurgia de
reversão é difícil, dispendiosa e não está disponível na maioria dos lugares.
A esterilização feminina é um método de contracepção seguro. Contudo,
requer cirurgia e anestesia, as quais apresentam alguns riscos tais como
infecção ou abscesso da ferida. Complicações graves são incomuns. Óbito,
devido ao procedimento ou à anestesia, é extremamente raro.
È importante conversar com um aconselhador que escute as preocupações
da mulher, que responda às suas dúvidas e lhe forneça informações claras
Os métodos baseados na percepção da fertilidade exigem a colaboração
do parceiro. O casal deve assumir o compromisso de se abster ou de
usar outro método nos dias férteis. Deve-se permanecer atento quanto
às mudanças corporais ou fazer um controle dos dias, de acordo com as
regras do método específico. Não têm efeitos colaterais nem oferecem
riscos à saúde.
O casal previne a gravidez evitando sexo vaginal desprotegido durante
estes dias férteis - geralmente abstendo-se de fazer sexo ou usando
preservativos ou um diafragma. Alguns casais usam espermicidas ou o
coito interrompido, mas estes estão entre os métodos menos eficazes.
A mulher que quiser utilizar este método deve ser orientada a marcar
em um calendário, durante pelo menos seis meses, o primeiro dia de
cada menstruação, para verificar o número de dias que durou cada ciclo
menstrual e, com esses dados, calcular o período fértil, com a ajuda de
um profissional de saúde. A eficácia será maior se o casal não tiver relação
sexual com penetração vaginal no período fértil.
Não é indicada após o parto ou durante a amamentação, ou para
adolescentes e mulheres na pré-menopausa que estejam apresentando
ciclos menstruais irregulares.
2. MÉTODOS QUÍMICOS
Os métodos químicos assim como os métodos naturais, também não
previnem contra as DSTs. São eles:
2.1 Pílulas anticoncepcionais
São feitas de hormônios parecidos com os hormônios produzidos pelos
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antes da relação sexual e só deve ser retirado de seis a oito horas após a
última relação sexual. Não deve ser usado durante a menstruação.
Deve-se lavá-lo com água e sabão neutro, secá-lo bem com um pano
macio e guardá-lo em um estojo próprio, em lugar seco e fresco, não
exposto à luz do sol. O diafragma não protege de DST/HIV/aids.
ovários da mulher e são muito eficazes quando usadas corretamente.
Agem impedindo a ovulação. Também atuam dificultando a passagem
dos espermatozóides para o interior do útero. Devem ser tomadas todos
os dias, de preferência no mesmo horário. A fertilidade da mulher retorna
logo após ela ter parado de tomar a pílula. Pode haver diminuição do
fluxo menstrual.
2.2 Injeções anticoncepcionais
São feitas de hormônios parecidos com os hormônios produzidos
pelos ovários da mulher. Agem impedindo a ovulação. Também atuam
dificultando a passagem dos espermatozóides para o interior do útero
pelo espessamento do muco cervical.
Existem dois tipos de injeção anticoncepcional: a injeção aplicada uma
vez por mês, que é a injeção mensal, e a injeção aplicada de três em
três meses, que é a injeção trimestral. São muito eficazes quando usadas
corretamente e com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da
mulher logo retorna. Com a injeção trimestral, pode haver um atraso no
retorno da fertilidade da mulher.
Diafragma
3.4 Dispositivo intra-uterino – DIU
É um pequeno plástico que pode ser recoberto de cobre ou conter
hormônio, sendo colocado no interior do útero para evitar a gravidez. O
DIU não provoca aborto, porque atua antes da fecundação. A fertilidade
da mulher retorna logo após a retirada do DIU.
A colocação do DIU deve ser feita por um profissional de saúde treinado
e a mulher que usa DIU pode apresentar aumento do sangramento
menstrual e aumento na duração da menstruação ou apresentar cólicas.
O DIU também não protege de DST/HIV/aids.
2.3 Pílula anticoncepcional de emergência (Pílula do dia seguinte)
É um método utilizado para evitar gravidez indesejada após relação sexual
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3.2 Camisinha feminina
É um tubo feito de plástico macio, fino e resistente, que já vem lubrificado
e que se coloca dentro da vagina, para impedir o contato do pênis com
a vagina. A camisinha feminina é eficaz para proteger da gravidez e de
doenças sexualmente trasmissíveis, quando usada em todas as relações
sexuais, mesmo durante a menstruação.
desprotegida. A pílula anticoncepcional de emergência age impedindo ou
retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozóides
de fecundarem o óvulo.
A pílula anticoncepcional de emergência não é abortiva, porque ela não
interrompe gravidez já estabelecida. Funcionam basicamente impedindo
ou retardando a liberação de óvulos do ovário (ovulação).
Funciona como uma barreira, recebendo o esperma ejaculado pelo
homem na relação sexual, impedindo a entrada dos espermatozóides no
corpo da mulher.
Não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina, pois poderá
ter efeitos nocivos para a saúde. Deve ser usada, no máximo, até cinco
dias após a relação sexual desprotegida, tomando-se os dois comprimidos
de uma só vez ou em duas doses (a primeira dose até cinco dias após a
relação sexual e a segunda doze horas após a primeira). Não têm efeito
caso a mulher já esteja grávida.
Pode ser colocada na vagina imediatamente antes da penetração ou até
oito horas antes da relação sexual. Nunca utilize o preservativo feminino
juntamente com o masculino.
Camisinha feminina
Aberto
3.3 Diafragma
É uma capa flexível de borracha ou de silicone, em forma de anel, que é
colocada na vagina para cobrir o colo do útero, impedindo a entrada dos
espermatozóides. É necessária a medição por profissional de saúde para
determinar o tamanho adequado para cada mulher. Pode ser usado com
espermicida ou sem espermicida.
Deve ser colocado em todas as relações sexuais, antes de qualquer
contato entre o pênis e a vagina. Pode ser colocado minutos ou horas
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2.4 Adesivo combinado
Um pequeno e fino quadrado de plástico adesivo e flexível que é
usado em contato com o corpo. Libera continuamente 2 hormônios um progestógeno e um estrógeno, semelhantes aos hormônios naturais
progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher - diretamente
através da pele para a corrente sanguínea.
Usa-se um novo adesivo a cada semana, durante 3 semanas, e a seguir
não se usa nenhum adesivo na quarta semana. Ao longo desta quarta
semana, a mulher terá o ciclo menstrual.
Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários
(ovulação). O adesivo combinado é um produto novo e as pesquisas
sobre sua eficácia são limitadas.
2.5 Anel vaginal
Um anel flexível que é inserido na vagina e libera continuamente dois
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hormônios - progestógeno e estrógeno, semelhantes aos hormônios
naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo da mulher. Os
hormônios são absorvidos através da parede da vagina indo diretamente
para a corrente sanguínea.
O anel é mantido no lugar por três semanas durante dia e noite, depois
é retirado durante a quarta semana. Na quarta semana, a mulher
habitualmente ficará menstruada. Funciona basicamente impedindo a
liberação de óvulos pelos ovários (ovulação).
3.1 Camisinha masculina
É uma capa fina de borracha que cobre o pênis durante a relação sexual,
para impedir o contato do pênis com a vagina, com o ânus e com a
boca. As camisinhas masculina ou feminina são os únicos métodos que
oferecem dupla proteção: protegem, ao mesmo tempo, de DST/HIV/aids
e da gravidez indesejada. É usada apenas na hora da relação sexual e não
atrapalha o prazer sexual. O esperma ejaculado pelo homem fica retido
na camisinha.
O anel vaginal combinado é um produto novo e as pesquisas sobre sua
eficácia são limitadas.
CUIDADOS IMPORTANTES COM A CAMISINHA:
• Guardar a camisinha em local seco e fresco.
• Não carregar a camisinha permanentemente na carteira, no bolso da
calça.
• Não abrir a embalagem com os dentes, unha ou tesoura.
• Não usar lubrificantes oleosos, como vaselina ou manteiga.
• Nunca se deve usar duas camisinhas ao mesmo tempo, nem masculina
com feminina, nem duas masculinas, nem duas femininas, pois o risco de
rompimento é maior.
• Verificar o prazo de validade e carimbo do Inmetro.
• Antes de usar, verificar se a embalagem não está furada.
2.6 Implantes
Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do tamanho aproximado
de um palito de fósforo, que liberam um progestógeno semelhante ao
hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher.
O profissional devidamente treinado para este fim realiza pequeno
procedimento cirúrgico para inserir o implante sob a pele no lado de
dentro do antebraço da mulher. Não contêm estrógeno e, por isso, podem
ser utilizados durante toda a amamentação e também por mulheres que
não podem utilizar métodos com estrógeno.
01
Não requerem nenhuma ação por parte da usuária e depois de colocados
previnem a gravidez com muita eficácia, são duradouros e não interferem
no sexo.
02
3. MÉTODOS DE BARREIRA
Impedem a chegada dos espermatozóides ao útero/óvulo por obstáculo
mecânico.
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