"Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." (Atos 4.12) A nossa Salvação em Cristo O tema fundamental do evangelho cristão é a salvação. Salvação é uma palavra de ampla aplicação que expressa a idéia de resgate do perigo e da miséria para um estado de segurança. O evangelho proclama que o Deus que livrou Israel do Egito, Jonas do ventre do peixe, o salmista da morte e os soldados do naufrágio (Êx 15.2; Jn 2.9; Sl 116.6; At 27.31), livra do pecado e suas consequências todos os que confiam em Cristo. Como esses livramentos foram totalmente obra de Deus, e não casos de pessoas salvando-se com a ajuda de Deus, o mesmo também ocorre com a salvação do pecado e da morte. "Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, [seja a fé ou a salvação e a fé juntas] é dom de Deus" (Ef 2.8). "Ao SENHOR pertence a salvação!" (Jn 2.9). Do que os crentes são libertados? De sua primeira condição sob a ira de Deus, do domínio do pecado e do poder da morte (Rm 1.18; 3.9; 5.21); de sua natural condição de serem dominados pelo mundo, pela carne e pelo Diabo (Jo 8.23,24; Rm 8.7,8; 1Jo 5.19); dos temores causados por uma vida pecaminosa (Rm 8.15; 2Tm 1.7; Hb 2.14,15), e dos muitos hábitos viciosos que são parte dela (Ef 4.17-24; 1Ts 4.3-8; Tt 2.11-3.6). Como os crentes são libertados dessas coisas? Por meio de Cristo e em Cristo. O Pai está tão preocupado em exaltar o Filho, como em libertar os perdidos (Jo 5.19-23; Fp 2.9-11; Cl 1.15-18; Hb 1.4-14), e é tão verdadeiro dizer que os eleitos foram designados por Cristo, o Filho amado, como é verdadeiro dizer que Cristo foi designado para os eleitos (Mt 3.17; 17.5; Cl 1.13; 3.12; 1Pe 1.20; 1Jo 4.9,10). Nossa salvação compreende, primeiramente, Cristo morrendo por nós e, em segundo lugar, Cristo vivendo em nós (Jo 15.4; 17.26; Cl 1.27) e nós vivendo em Cristo, unidos com Ele em sua morte e vida ressurreta (Rm 6.3-10; Cl 2.12,20; 3.1). Esta união vital, que é sustentada pelo Espírito, do lado divino, e pela fé, do nosso lado, a qual se forma em nosso novo nascimento e mediante ele, pressupõe uma união pactuada no sentido de nossa eterna eleição em Cristo (Ef 1.4-6). Jesus foi preordenado a ser nosso líder representante e portador substituto de nosso pecado (1Pe 1.18-20; cf. Mt 1.21), e nós fomos escolhidos para ser efetivamente chamados, conformados à sua imagem e glorificados pelo poder do Espírito (Rm 8.11,29,30). Os crentes são salvos do pecado e da morte, mas para que foram eles salvos? Para viver no tempo e na eternidade em amor a Deus — Pai, Filho e Espírito — e a seu próximo. A fonte do nosso amor a Deus é o conhecimento do seu amor redentor por nós, e a evidência do nosso amor a Deus é o amor pelo próximo (1Jo 4.19-21). O propósito de Deus, aqui e na vida futura, é continuar expressando seu amor em Cristo a nós, e nossa meta deve ser continuar expressando nosso amor às três Pessoas do único Deus por meio da adoração e serviço em Cristo. A vida de amor e adoração é nossa esperança de glória, nossa salvação agora e nossa felicidade para sempre.