Informativo da Indústria da Construção Newsletter :: Edição 15 :: 16/10/2015 NOTÍCIAS “NÃO EXISTE BALA DE PRATA CONTRA A CORRUPÇÃO” RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO LAVA-JATO, SÉRGIO MORO DEFENDE MUDANÇA CULTURAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA participaram do evento, que também recebeu o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Paulo Roberto Vasconcelos, e o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo. Sérgio Moro surpreendeu a plateia e aceitou responder perguntas ao final de sua preleção – ele também concedeu a entrevista exclusiva ao CBIC Mais, que você lê nas páginas à seguir. O PRESIDENTE DO SINDUSCON-PR, JOSÉ EUGÊNIO GIZZI; O JUIZ SÉRGIO MORO; O PROCURADOR FEDERAL ROBERSON POZZOBON E O PRESIDENTE DA CBIC, JOSÉ CARLOS MARTINS. FOTO: JÚLIO CÉZAR SOUZA O combate à corrupção não pode ficar enclausurado nos tribunais ou nos órgãos de investigação, tem de envolver toda a sociedade na busca por uma mudança cultural do Brasil. Essa é a síntese do pensamento de Sérgio Moro, juiz federal que lidera a força-tarefa da operação Lava-Jato, cuja atuação tem trazido à tona o maior esquema de desvio de recursos públicos da história recente do Brasil. Homenageado pelo Sinduscon do Paraná no dia 14/10, Moro proferiu palestra em que avaliou os desafios no combate à corrupção, rebateu críticas à atuação da força-tarefa e conclamou os empresários brasileiros a atuarem de modo mais firme para reverter o que apontou como uma quase “naturalização” de práticas ilícitas. “Empresários têm condições de cobrar uma ação mais efetiva contra a corrupção para impedir que esses problemas se repitam. Todos sabemos o que devemos fazer”, afirmou. “Não existe bala de prata contra a corrupção. É preciso uma cultura de respeito às regras e ao Estado de Direito. Não se pode ter uma moralidade dúbia”, alertou. Moro palestrou diante de um auditório lotado por 300 pessoas, entre empresários e dirigentes da indústria da construção, que prestigiaram e endossaram a homenagem oferecida pelo Sinduscon-PR. Além de Moro, foi agraciado o procurador federal Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa. Reunidos para o encontro mensal, os integrantes do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e seu presidente, José Carlos Martins, Presidente do Sinduscon Paraná, José Eugênio Gizzi fez um discurso afirmativo em defesa da indústria da construção e de uma mudança no ambiente de negócios brasileiro. “Como houve o desvio de uma quantia gigantesca de recursos públicos neste grande esquema de corrupção que está sendo investigada pela Operação Lava-Jato, valendo-se de contratos de obras de construção, fizemos questão de convidá-lo para vir aqui em nossa casa hoje, e reforçar que temos certeza de que este trabalho conjunto entre Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal irá beneficiar o nosso setor e a sociedade como um todo”, afirmou. Falando em nome dos empresários do setor no Estado, Gizzi destacou o esforço para consolidar uma cultura empresarial pautada pela boa conduta. “São todos construtores que buscam as boas práticas empresariais, que se capacitam continuamente, tanto tecnicamente quanto legalmente, e que se sentem extremamente prejudicados ao ver a imagem do setor manchada por atitudes de alguns, que ao fim e ao cabo, depreciam o valor do que todos produzem”, frisou. O PRESIDENTE DA CBIC, JOSÉ CARLOS MARTINS, E OS VICE-PRESIDENTES DA ENTIDADE REÚNEM-SE COM O JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO NO SINDUSCON-PR. FOTO: JÚLIO CÉZAR SOUZA CONFIRA AS FOTOS DO EVENTO www.cbic.org.br NOTÍCIAS MUDANÇA DE POSTURA “Um dos grandes males que vemos é a concentração do mercado, que propicia os desvios”, afirmou o presidente da CBIC. José Carlos Martins destacou a atuação da entidade, sempre pautada no estímulo e fortalecimento de boas práticas empresariais e na defesa de uma livre concorrência sustentada pela ética. “É preciso abrir o mercado para que haja mais concorrência e holofotes sobre as ações. O momento é oportuno para produzir uma mudança de postura”, frisou. Para Martins, o combate à impunidade e a busca por soluções simples e efetivas, dentro das regras de mercado e dos marcos legais, são essenciais para o enfrentamento e a reversão do cenário atual. Na oportunidade, o presidente da CBIC entregou a primeira publicação do projeto CBIC de Ética e Compliance ao juiz Sérgio Moro, projeto este que conta com o apoio do SESI. nossa parte, animosidade contra a iniciativa privada”, informou. ““PRESIDENTE, EM RELAÇÃO A ESSE DESAFIO, É COM TODA TRANQUILIDADE QUE VOU FAZER UM PEDIDO: PUNA ESSAS EMPRESAS! PUNA! É O QUE NÓS ESPERAMOS”, AFIRMOU JOSÉ EUGÊNIO GIZZI. A defesa pelo resgate de valores éticos pautou o discurso dos convidados, que convergiram na avaliação de que o Brasil vive um momento em que pode forjar uma inflexão profunda na direção da legalidade e da ética. “Nós temos que passar a limpo o país e toda a sociedade deve participar desse processo de renovação de paradigmas”, afirmou Paulo Roberto Vasconcelos, presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. “O trabalho que estamos fazendo é fundamental para o combate à corrupção e para mostrar que o Brasil que queremos é possível e está cada vez mais próximo. Precisamos de cidadãos, empresários e que toda a sociedade estejam dispostos a fazer a coisa certa”, comentou o procurador federal Roberson Pozzobon. “Aqui estão pessoas que clamam por justiça e o que pudermos ajudar, contem conosco”, afirmou o presidente da FIEP, Edson Campagnolo. Falando para um público composto majoritariamente por empresários, o juiz buscou referência na figura do industrial italiano Libero Grassi, que enfrentou a máfia siciliana e foi assassinado em 1991, para defender a importância de uma ação firme e coletiva do empresariado para combater e esvaziar a corrupção. “O que tem chamado minha atenção é que a corrupção é apontada como uma regra do jogo. É assustadora a perspectiva de naturalização da corrupção”, disse Moro. “É preciso dizer não de uma perspectiva coletiva e esvaziar a vantagem competitiva daqueles que aceitam (pagar ou receber)”. O juiz defendeu que o combate à corrupção não será efetivo apenas com a aprovação de reformas no poder público. “É preciso pensar em reformas também no âmbito privado, em que as próprias empresas criem mecanismos para punir o mau empresário. É importante agirmos e esse é o momento para buscar mudanças”, disse Moro. A palestra no Sinduscon Paraná foi o primeiro contato institucional de Sérgio Moro com a indústria da construção desde a eclosão da operação Lava-Jato. Ele iniciou sua exposição afirmando ter sido esse um dos motivos de aceitar o convite. “Entendi que deveria aceitar, especialmente por ser no Sinduscon, que representa um setor que está no foco da operação”, disse o juiz. Moro negou categoricamente que a força-tarefa trabalhe para prejudicar setores determinados da economia e reafirmou que os resultados desse trabalho serão positivos tanto para o setor público quanto para o privado. “Quero deixar claro que quando se tem um processo contra corrupção o que fazemos é aplicar a lei. Não temos interesse em prejudicar ninguém, não temos vinculação partidária nem alvo econômico. Não existe, de O presidente do Tribunal de Justiça foi além, afirmando que desvios éticos são cometidos também no setor privado. “Acho que todos nós temos que mudar os nossos conceitos, nossos comportamentos. É aplicar o sistema ético, de legalidade, e não pensar, digamos assim, em burlar a lei e levar vantagem”, alertou Paulo Roberto Vasconcelos, para quem não é possível ignorar que há empresas atuando fora de bases éticas e da legalidade. “Presidente, em relação a esse desafio, é com toda tranquilidade que vou fazer um pedido: puna essas empresas! Puna! É o que nós esperamos”, afirmou José Eugênio Gizzi, lembrando que esse debate envolve, inclusive, o modo como são preparados os editais de licitação. CONFIRA AS FOTOS DO EVENTO www.cbic.org.br MORO DEFENDE ADOÇÃO DE FERRAMENTAS DE COMPLIANCE O CBIC MAIS conversou com o juiz federal Sérgio Moro, no último dia 14 de outubro, por ocasião da homenagem realizada pelo Sinduscon-PR. Confira a entrevista a seguir: CBIC MAIS - O Brasil passa por um momento de questionamento e revisão de valores e práticas, que alcançam também o relacionamento entre empresas e setor público. Na sua avaliação, o que levou o descontrole na prática de desvios ao patamar que conhecemos hoje? O que pode ser feito para impedir que essas práticas se mantenham ou repitam? Sérgio Moro - Muito difícil identificar uma causa única. Provavelmente, há causas concorrentes. Uma delas consiste na ineficiência, em regra, do sistema de Justiça Criminal para, em tempo razoável, processar esses crimes e punir eventuais culpados, o que acaba gerando impunidade e estimulando a sua renovação. CM - Como construir uma nova cultura empresarial e de negócios no país? SM - Fazendo a coisa certa. Dizer não à propina e ao atalho fácil para os negócios. Comunicar eventuais extorsões às autoridades públicas. Veja-se o exemplo positivo de associações como o Addiopizzo na Itália, que congrega empresários de Palermo, que se comprometeram publicamente a não pagar propina à máfia siciliana. Grandes empresas têm ainda o dever de adotar sistemas de compliance compatíveis com sua responsabilidade social e política. www.cbic.org.br CM - Qual a contribuição pedagógica mais relevante que o conhecimento dos fatos apurados pela Polícia Federal pode oferecer à sociedade brasileira? SM - O caso está em andamento e o resultado final é ainda incerto. Então difícil; responder conclusivamente. Não obstante, a mera revelação da existência de indícios de esquemas de corrupção sistêmica tem um efeito positivo, pois estimulam a mudança. CM - Considera importante a aproximação de setores como a indústria da construção, ao Judiciário, para debater o cenário nacional e ponderar os novos caminhos que se colocam decorrentes das mudanças impostas pelo resultado das investigações? Que importância dedica a debates como esse promovido pelo Sinduscon-PR, na consolidação desse novo momento nacional? SM - Sim, o diálogo em uma democracia é sempre importante. A Justiça tem um poder limitado na prevenção e punição da corrupção. Da iniciativa privada, podem surgir medidas importantes que podem minorar o problema. NOTÍCIAS COMO VOCÊ QUER QUE SEJA SUA CIDADE DAQUI A 20 ANOS? PROJETO O FUTURO DA MINHA CIDADE, DA CBIC, INCENTIVA SOCIEDADE CIVIL A SE ORGANIZAR PARA TRAÇAR METAS DE FUTURO E MELHORAR A GESTÃO DOS MUNICÍPIOS mandatos (2005 a 2012) e iniciou esse projeto há 18 anos na cidade paranaense. “A melhor alternativa para o desenvolvimento de uma cidade é quando a sociedade civil organizada resolve participar do processo. Nenhuma cidade que não possui planejamento vai poder dizer que seu futuro será melhor do que o presente para os habitantes”, avalia Barros. “É preciso blindar o planejamento de uma cidade contra a descontinuidade política. Desse forma, a sociedade define seu futuro, não apenas de quatro em quatro anos”, completa. O SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E COORDENADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ, SILVIO BARROS, É UM DOS PALESTRANTES DO FUTURO DA MINHA CIDADE. Reunir “apaixonados” por todo Brasil em prol de cidades e municípios. Essa é uma das metas do projeto Futuro da Minha Cidade, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O evento já foi realizado em oito cidades brasileiras: Joinville, Goiânia, Porto Velho, São Gonçalo do Amarante, Uberlândia, Teresina, Aparecida de Goiânia e Cascavel. “Neste novo ciclo de palestras, queremos mobilizar mais cinco cidades. O primeiro evento será em Volta Redonda, no Rio de Janeiro”, avisa o presidente da CBIC, José Carlos Martins. “Queremos conscientizar todos os setores da sociedade sobre a necessidade de se planejar o futuro da cidade nos aspectos sociais, ambientais, econômicos e urbanísticos”, completa Martins. O secretário de Planejamento e coordenador-geral do Estado do Paraná, Silvio Barros, é um dos palestrantes do Futuro da Minha Cidade. Barros foi prefeito de Maringá durante dois www.cbic.org.br O Futuro da Minha Cidade conta também com a jornalista Natália Garcia, do projeto Cidade Para Pessoas. Natália entende que cada local tem uma característica específica. “Meu papel no projeto é fazer um diagnóstico. Tento mapear os problemas e os potenciais que a cidade tem”, conta Natália. A jornalista tem um estudo sobre o tema e, por meio dos cases analisados no Brasil e na Europa, avalia quais são os exemplos que dialogam melhor com a cidade visitada em determinado momento. Para Natália, a mobilização popular é a principal chave para mudar uma cidade. “O grande intuito desse evento de sensibilização é o de despertar a população para ser protagonista nas decisões que norteiam o crescimento do município”, avalia a palestrante. PUBLICAÇÃO DA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE (CMA) DA CBIC SOBRE O PROJETO FUTURO DA MINHA CIDADE NOTÍCIAS CASE DE SUCESSO A cidade de Maringá, situada no noroeste do Paraná, foi o modelo que inspirou o projeto da CBIC. Desde 1996, com a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Lei Municipal no 4275/96), os representantes do conselho formulam as políticas de desenvolvimento econômico da cidade. Além disso, em cada eleição à prefeitura os candidatos firmam compromisso, assinado em cartório, de que se- guirão os compromissos norteados pelo conselho composto. Hoje, Maringá possui 350 mil habitantes, exibe índices de desempenho impressionantes para uma cidade tão jovem. Com IDH 0,8 (23º do Brasil), ocupa o terceiro lugar do País em saneamento básico, o quinto no combate à mortalidade infantil, o 13º em geração de empregos e o 15º em exportação. OUÇA AQUI A ENTREVISTA COMPLETA COM SILVIO BARROS www.cbic.org.br NOTÍCIAS INMETRO APROVA EXTENSÃO DE ESCOPO DO CENTRO CERÂMICO DO BRASIL CCB AUMENTOU O SEU ESCOPO PARA MAIS 30 ENSAIOS LABORATORIAIS ABRANGENDO DESEMPENHO ensaios segundo a ABNT NBR 15575: IPT, Tesis, LENC e Consultare. A acreditação do Centro Cerâmico do Brasil foi bastante comemorada pelos membros da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Comat/CBIC), de acordo com o consultor técnico do Sinduscon-MG, Roberto Matozinhos, porque é mais uma estrutura de laboratório que vai permitir às empresas a possibilidade de atender à norma. “A competência do CCB quanto ao revestimento cerâmico e a acreditação ampliou a oferta de laboratórios credenciados no Inmetro e aumentou ainda mais sua referência no setor da construção”, ressalta Matozinho. O Centro conta com infraestrutura laboratorial completa para a realização de ensaios para a avaliação da qualidade das placas cerâmicas, telhas cerâmicas e telhas de concreto, além de possibilitar o desenvolvimento de pesquisas técnicas/tecnológicas na área de revestimentos cerâmicos. ENSAIO REALIZADO DURANTE A AUDITORIA DO INMETRO FOTO: DIVULGAÇÃO DO CENTRO CERÂMICO DO BRASIL O setor da Construção comemora a acreditação dada recentemente pelo Inmetro ao Centro Cerâmico do Brasil (CCB), organismo certificador da qualidade de pisos e azulejos, que estendeu o seu escopo para mais 30 ensaios laboratoriais acreditados, além dos 11 existentes para os sistemas de pisos, vedações verticais e coberturas. Consolidado como um Organismo de Avaliação da Conformidade (OAC) e Entidade Tecnológica, a ampliação do escopo do CCB atende à crescente demanda do setor da construção relacionada à Norma de Desempenho (NBR 15.575:2013 - Edificações Habitacionais - Desempenho) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Publicada e em vigor desde 2013, a norma instituiu requisitos e critérios mínimos de desempenho, em alguns casos intermediário e superior, para os elementos e sistemas de uma edificação habitacional (estrutura, vedações, sistemas hidrossanitárias, pisos, fachada e cobertura), baseados no desempenho e na durabilidade dos sistemas em uso e já consagrados no País. A Norma de Desempenho ampliou ainda mais a necessidade de laboratórios para a realização dos ensaios indispensáveis na avaliação de desempenho desses sistemas. As exigências impostas a cada sistema são estabelecidas pelos principais critérios de desempenho que ele tem que cumprir, em conformidade com normas prescritivas inerentes ao sistema. Além do CCB, existem mais quatro laboratórios acreditados pelo Inmetro para execução dos www.cbic.org.br Para o assessor técnico do Sinduscon-PR, Ivanor Fanti, a ampliação do escopo é significativa para o setor. “É muito importante para a construção civil ter mais laboratórios e uma grande oportunidade para que os fornecedores de materiais também possam fazer os ensaios dos seus produtos”, enfatiza Fantin. A expectativa do diretor de Materiais e Tecnologia do Sinduscon-BA, Marcos Galindo, é de que outros laboratórios também possam explorar essa oportunidade de prestar serviços à construção civil, ampliando também os seus escopos de ensaios e certificação de produtos. “Gostaria que essa iniciativa fosse mais disseminada, para que outras organizações, instituições, empresas e laboratórios seguissem o mesmo exemplo e ampliassem os seus escopos de ensaios e certificações, e que houvesse a descentralização, para que outros laboratórios, em outros locais, também pudessem trabalhar”, defende Galindo. ENSAIO REALIZADO DURANTE A AUDITORIA DO INMETRO FOTO: DIVULGAÇÃO DO CENTRO CERÂMICO DO BRASIL NOTÍCIAS O CCB aguarda para a próxima semana, segundo a superintendente Ana Paula Menegazzo, nova avaliação do Inmetro para a extensão de acreditação dos ensaios de desempenho também em campo, iniciativa pioneira até o momento. A auditoria em campo vai ocorrer no Edi- fício Office Tower em Rio Claro, pertencente à Construtora Durso. Confira a seguir, a listagem dos ensaios. 1- DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES (SISTEMAS CONSTRUTIVOS) ABNT NBR 15575-3:2013 - Anexo D- Verificação da resistência ao ataque químico dos componentes da camada de acabamento dos sistemas de pisos ABNT NBR 15575-2:2013 – Anexo C- Verificação da resistência a impactos de corpo Mole ABNT NBR 15575-3:2013 - Anexo A- Verificação da resistência a impactos de corpo duro ABNT NBR 15575-3:2013 – Anexo B- Verificação da resistência do sistema de piso a cargas verticais concentradas ABNT NBR 15575-3:2013 - Anexo C - Verificação da resistência à umidade do sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis ABNT NBR 15575-4:2013 – Anexo A- Determinação da resistência dos SVVIE às solicitações de peças suspensas ABNT NBR 15575-4:2013 – Anexo B- Verificação da resistência a impactos de corpo duro ABNT NBR 15575-4:2013 – Anexo C- Verificação em laboratório, da estanqueidade à água de SVVE ABNT NBR 15575-3:2013 – Item 10.4- Estanqueidade de áreas molhadas ABNT NBR 15575-4:2013 – Anexo D- Verificação da permeabilidade à água de SVVIE ABNT NBR 15575-4:2013 – Anexo E- Verificação do comportamento de SVVE exposto à ação de calor e choque térmico ABNT NBR 15575-5:2013 - Anexo C- Verificação da resistência ao impacto em telhados ABNT NBR 15575-5:2013 - Anexo E- Verificação da resistência de suporte das garras de fixação ou de apoio NBR 15575-5:2013 - Anexo G- Determinação da resistência ao caminhamento 2-ABNT PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO ABNT NBR 13818:1997 - ANEXO A- Análise visual do aspecto superficial (em laboratório e em campo) 3- TELHAS CERÂMICAS ABNT NBR 15310:2009 - ANEXO A- Determinação das Características dimensional e do rendimento médio ABNT NBR 15310:2009 - ANEXO B- Verificação da impermeabilidade ABNT NBR 15310:2009 - ANEXO C- Carga de ruptura à flexão simples (FR) - Flexão a três pontos ABNT NBR 15310:2009 - ANEXO D- Determinação da massa seca e da absorção d’água ABNT NBR 15310:2009 - ANEXO E- Determinação da galga mínima ABNT NBR 15310:2009 - item 4.2- Identificação ABNT NBR 15310:2009 - item 4.4- Características visuais ABNT NBR 15310:2009 - item 4.5- Sonoridade 4- TELHAS DE CONCRETO ABNT NBR 13858-2:2009 - Anexo B- Método de ensaio para determinação da absorção de água e do peso seco da telha por metro quadrado de área útil ABNT NBR 13858-2:2009 - Anexo C- Método de ensaio para verificação da impermeabilidade ABNT NBR 13858-2:2009 - Anexo D- Método de ensaio para determinação da carga de ruptura à flexão ABNT NBR 13858-2:2009 - Anexo E- Procedimento para determinação do esquadro e análise dimensional ABNT NBR 13858-2:2009 - Anexo F- Método de ensaio para determinação do “GAP” ABNT NBR 13858-2:2009 - item 6- Identificação ABNT NBR 13858-2:2009 - item 4.2- Aspectos Visuais www.cbic.org.br CBIC DADOS A CONSTRUÇÃO EM NÚMEROS Estoque de trabalhadores na construção civil(*) por tamanho do estabelecimento Grandes Regiões e Total Brasil - 2014 Tamanho do estabelecimento Construção Civil Regiões Geográficas n° de trabalhadores Norte Nordeste Sudeste Sul De 1 a 4 empregados 7.772 30.468 92.134 54.122 Centro-Oeste 19.073 203.569 TOTAL De 5 a 9 empregados 9.008 36.397 99.628 52.596 19.697 217.326 De 10 a 19 empregados 13.219 52.005 136.384 64.831 25.954 292.393 De 20 a 49 empregados 23.922 96.309 224.189 88.372 42.207 474.999 De 50 a 99 empregados 23.533 97.297 172.141 51.290 34.493 378.754 De 100 a 249 empregados 34.607 118.707 220.399 50.371 41.149 465.233 De 250 a 499 empregados 19.129 79.749 164.284 29.860 21.513 314.535 De 500 a 999 empregados 17.235 67.340 131.745 22.058 14.234 252.612 1.000 ou mais 64.584 89.856 226.715 22.600 16.251 420.006 TOTAL BRASIL 213.009 668.128 1.467.619 436.100 234.571 3.019.427 FONTE: RAIS 2014 - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (*): DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS - CNAE 2.0. ARTIGO DO ESPECIALISTA RDC: ALTERAÇÕES À VISTA Dr. Benedicto Porto Neto Consultor jurídico da COP – Comissão de Obras Públicas da CBIC A Câmara dos Deputados aprovou, na última quinta-feira (08/10), o Projeto de Lei de Conversão nº 17, de 2015, proveniente da Medida Provisória nº 678, do mesmo ano, o qual altera a Lei do RDC (Lei nº 12.462/2011). O Projeto de Conversão amplia as hipóteses que admitem a realização de licitação por meio do RDC. Segundo o texto aprovado, também poderão ser licitados por aquele regime (a) as obras e serviços de engenharia para construção, ampliação, reforma e administração de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo, (b) os contratos no âmbito da Segurança Pública, (c) as obras e serviços de engenharia para melhorias em mobilidade urbana e para ampliação de infraestrutura logística e (d) as obras e serviços de engenharia no âmbito de pesquisa, ciência e tecnologia (ao lado de obras dos sistemas públicos de ensino, que atualmente já podem ser licitadas por meio do RDC por força da Lei nº 12.722/12, que alterou parcialmente a redação da Lei nº 12.462/11). Embora algumas obras dessas naturezas já venham sendo licitadas pelo RDC, a adoção do regime especial encontra fundamento em sua inclusão no PAC ou na sua relação direta com os jogos da Copa do Mundo de 2014 ou das Olimpíadas (hipóteses já contempladas na Lei do RDC). A partir da conversão do Projeto em Lei, a adoção do RDC para esses casos não dependerá mais do atendimento de tais requisitos. O projeto prevê, ainda, que o RDC poderá ser adotado para contrato de locação por meio do qual o particular assuma a obrigação de adquirir e de promover, por si mesmo ou por terceiros, a construção ou a substancial reforma de bem móvel ou imóvel, de acordo com especificações da Administração, com ou sem seu posterior aparelhamento para as atividades a serem nele desempenhadas (built to suit). No final do prazo de vigência do contrato e desde que nele previsto, o bem locado poderá ser revertido à Administração Pública. O texto define o limite máximo do aluguel mensal a ser pago pela Administração em 1% do valor do bem locado, sem disciplinar, pelo menos expressa e claramente, a remuneração devida ao contratado em caso de reversão do bem no final do período de locação. Outra omissão no texto normativo é sobre a possibilidade de a Administração oferecer, nessa modalidade contratual, garantias de cumprimento de suas obrigações. Considerando que, ao menos em regra, essa contratação exigirá vultosos investimento prévios pelo particular, a falta de garantias seguras por parte da Administração Pública poderá, na prática, inviabilizar sua adoção. Um importante avanço trazido pelo texto aprovado é o esclarecimento de que, na remuneração do contratado, deverão ser levados em conta os riscos por ele assumidos, de acordo com a matriz adotada no ajuste. A regra afasta a equivocada ideia de que sua remuneração estaria limitada, de forma absoluta, pelos preços definidos nas tabelas Sinapi e Sicro (cf. art. 8º, § 3º, da Lei do RDC). www.cbic.org.br Finalmente, o texto contempla a possibilidade de emprego, nos contratos regidos pela Lei nº 12.462/11, de mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem e a mediação. Para viabilizar os contratos que, além da execução de obras e serviços de engenharia correspondentes, contemplem a administração pelo contratado de estabelecimentos penais, o mesmo Projeto de Conversão visa a alterar a Lei nº 7.210, de 1984, para autorizar a execução indireta de atividades materiais acessórias, instrumentais ou complementares desenvolvidas naqueles estabelecimentos, tais como serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção, reprografia, telecomunicações, lavanderia, manutenção de prédios, instalações de equipamentos internos e externos e serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso. A Câmara dos Deputados ainda deverá votar alguns destaques ao Projeto de Conversão. Encerrada a votação naquela Casa, o texto aprovado seguirá para deliberação do Senado Federal. O que mais me chama a atenção no Projeto de Conversão não é o conteúdo da proposta aprovada; tão pouco é a discussão que está por trás dele: RDC versus Lei nº 8.666/93. O que realmente me deixa surpreso é a postura da Câmara dos Deputados: de um lado, ela cria uma Comissão Especial com a tarefa, pelo menos no papel, de promover ampla discussão e revisão da Lei nº 8.666/93, inclusive com a colaboração da sociedade e de setores interessados, por meio de audiências públicas. De outro, ela vem referendando iniciativas do Poder Executivo de, à conta-gotas e sorrateiramente, ampliar o emprego do RDC. Qual, enfim, é seu verdadeiro objetivo: discutir e reformar a Lei nº 8.666/93 ou descartá-la de uma vez, para que o RDC seja definitivamente adotado em seu lugar? A Câmara dos Deputados deve atuar com transparência e lealdade. AGENDA 20 DE OUTUBRO 20 DE OUTUBRO 21 A 23 DE OUTUBRO Evento: Curso Como atender a fiscalização do trabalho? Evento: 6° Encontro Salvador Sustentável Local: Rua Capitão Gomes Duarte, 19-26 - Bauru-SP Local: Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (ao lado da Prefeitura) - Ladeira da Praça, s/n - Centro, Salvador - BA Evento: 30º Congresso Interamericano da Indústria da Construção Horário: 9h às 18h00 Local: Santiago - Chile Para acessar a programação completa, clique aqui. Mais informações com o Sinduscon-SP, regional Bauru: (14) 3234-1242 Horário: 9h às 11h00 22 DE OUTUBRO 28 DE OUTUBRO 10 E 11 DE NOVEMBRO Evento: Seminário Internacional BIM – Modelagem da Informação da Construção Evento: Seminário Regional Centro-Oeste - Concessões e Parcerias Evento: Seminário de Obras Públicas, Porto Alegre/RS Local: Caeser Business – Rua das Olimpíadas , 205,Vila Olímpia – São Paulo, SP. Local: Sinduscon-GO - Rua João de Abreu, n° 427, Setro Oeste, Goiânia-GO Horário: 8h às 18h25 Para mais informações, clique aqui. Mais informações: (71) 3320-0150 Horário: 8h às 18h00 Para mais informações, clique aqui. Local: Auditório Mondercil Paulo de Moraes - MPE - R. Aureliano Figueiredo Pinto, 80 - 3° andar Porto Alegre/RS Para acessar a programação completa, clique aqui. Inscreva-se EXPEDIENTE: Presidente da CBIC: José Carlos Martins Equipe de Comunicação: Ana Rita de Holanda – [email protected] Doca de Oliveira – [email protected] Mariana Spezia – [email protected] www.cbic.org.br Sandra Bezerra – [email protected] Isabel Paganine – [email protected] Contato comercial: (61) 3327-1013 / [email protected] Projeto Gráfico: Radiola Diagramação: Fabulando Produção Criativa