Para famílias cristãs – das 21h15 às 21h45
- Assumir a Palavra de Deus como Luz para a vida “Guarda no teu coração todas as palavras que eu Te disser,
ouve-as com ouvidos atentos. Vinde, Senhor Jesus”
Oremos. Iluminai, Senhor, com as luzes do Espírito Santo, a nossa
inteligência e o nosso coração. Que a Vossa Palavra realize em
nossas vidas aquilo que é a Vossa vontade, para que os nossos
passos sigam Vosso Filho, Jesus Cristo, e vivamos na alegria da
salvação. Amen.
Do Evangelho de S. Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá
sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre
as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os
homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder
ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então,
hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande
poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está
próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos
corações se tornem pesados, pela devassidão, a embriaguez e
as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda
subitamente como uma armadilha, pois ele sobrevirá todos os
que habitam a terra inteira. Portanto, vigiai e orai em todo o
tempo, para terdes a força de vos livrar de tudo o que vai
acontecer e poderdes estar firmes na presença do Filho do
homem.
Palavra da salvação
Eis-nos, Senhor, num novo Advento. Uma vez mais nos ofereceis a
possibilidade de mostrar o quanto gostamos de vós, pela forma como
Vos esperamos. Uma coisa é certa: Vós vindes! O Advento é a
afirmação clara e categórica da vossa vinda. Porque não sois um
terrorista
mas
o
Filho do homem, não vindes para destruir mas para salvar.
Então porque afirmais que «os homens morrerão de pavor»? Pode o
ferido ter medo da ambulância que o vem socorrer? Pode o doente
ficar angustiado na certeza de que o médico que o vem salvar estar a
chegar?
Não.
Mas pode morrer de angústia e de pavor o ferido que não sabe da
existência de ambulâncias ou o doente que desconhece a existência
de médicos e de remédios.
É verdade, Senhor, que quando vos referis ao ressurgir do caos no
universo, ao regresso da desordem à criação, não vos comportais
como um jornalista que relate antecipadamente o que vai acontecer.
A desordem que referis nas imagens que usais, e que são próprias do
tempo em que vivestes, já está presente, e foi o pecado e maldade
das
pessoas
que
a
provocaram.
Recordo a mulher vítima da violência física do marido ou o marido
vítima da violência psicológica da mulher; a mulher abandonada pelo
marido ou o marido pela mulher; recordo a desilusão dos pais com as
opções dos filhos e a dos filhos pelas as ambições dos pais; recordo o
homem que ficou sem emprego por inveja dos colegas, por ganância
dos patrões ou por roubo das multinacionais; recordo o sem número
de pessoas que não resistiram à teia da corrupção; recordo o jovem
que tornou a sua vida e a do seus num inferno por ter caído na
toxicodependência; recordo os vizinhos que dizem mal de tudo e de
todos para esconder a sua própria infelicidade; recordo o adolescente
que ninguém ajuda a ganhar auto-estima nem a adquirir palavra de
honra; recordo as vítimas da fome, da guerra, do terrorismo; recordo
essa multidão silenciosa daqueles que foram chamados à vida e que
depois foram impedidos de viver; recordo essas crianças que foram
usadas e abusadas por adultos indignos, etc. etc.
Que
fazer,
então?
Não vale a pena tentar esquecer a realidade presente com novas
desordens como a embriaguês, a busca desmedida do prazer ou da
riqueza ... A receita é outra e é o Senhor quem a dá: «Erguei-vos e
levantai a cabeça porque a vossa libertação está próxima». Para
manterdes firmes a vossa esperança «vigiai e orai em todo o tempo».
A nossa vida familiar é sustentada na oração?
Advento é tempo de conversão. Que gesto podemos fazer que seja
sinal disso?
O nosso futuro como família é pensado à luz da esperança na vida
eterna ou nas coisas passageiras que o mundo oferece?
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