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O AUTOR
Samuel Murgel Branco
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Biólogo e naturalista, é professor titular de Saneamento e Ecologia
Aplicada da Universidade de São Paulo. Como consultor internacional
da OMS (Organização Mundial da Saúde), ministrou cursos em muitos
países da América Latina. É autor, pela Editora Moderna, de obras de
divulgação científica voltadas ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A OBRA
AVENTURAS DE UMA GOTA D’ÁGUA
Aventuras de uma gota d’água
Samuel Murgel Branco
ILUSTRAÇÕES: ATTÍLIO
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
E DE ATIVIDADES
Maria Lúcia de Arruda Aranha
Marisa Rodrigues de Freitas
|
|
C
Carolina ficou muito surpresa quando uma gotinha d’água do
mar, colhida num vidro, começou a conversar com ela. Passado o
susto, a gotinha começou a contar todo o percurso de sua vida,
desde o momento em que nasceu numa nuvem.
Ela explicou que quando uma nuvem se transforma em chuva,
as gotinhas caem no solo, se infiltram na terra ou evaporam. E,
assim, toda a água do planeta realiza o seu ciclo hidrológico.
Respondendo a muitas perguntas de Carolina, a gotinha d’água
continuou narrando a sua história. Contou, por exemplo, como as
águas dos rios são utilizadas. Mas, como explicou a gotinha, nem
tudo é alegria nessa história: a poluição das águas por esgotos e
indústrias acabam provocando a redução do oxigênio e causa a
morte de peixes e plantas.
No final da conversa, Carolina resolve devolver a água ao mar.
Ao se despedir de Carolina, a gotinha se prepara para de novo evaporar, completando, assim, seu ciclo na natureza.
E
Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras
de não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena história — como neste
livro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área do conhecimento. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações.
Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança com
a crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa ter
condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da
autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja
contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações,
mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de
outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais
os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em
classe, as assembléias.
Preparando para a cidadania
TEMAS ABORDADOS
|
• Ciclo hidrológico • Infiltração e evaporação da água • Enxurrada
• Erosão • Desmatamento • Lençol freático • Poluição dos rios e
mares • Tratamento da água
Aventuras de gota d’água.enc
1
O
O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas, deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e
recebido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os
problemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire
sentido novo para sua vida e para a comunidade. O saber incor-
8/16/02, 18:47 PM
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porado ao vivido é condição importante para a formação integral
do aluno porque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro
integrante da comunidade e possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar valores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina sejam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado e os valores humanos. Isso significa que os temas éticos,
políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber como temas transversais, isto é, como temas que
atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto — Aventuras de uma gota d’água
E
Neste livro, o autor conta o percurso de uma gota d’água na
natureza, o que nos dá a oportunidade para refletirmos a respeito
dos inúmeros significados que a água nos sugere. Desde os tempos primordiais, a água representa a vida; a água que brota da
terra e a chuva que faz crescer as plantas representam a fonte da
vida; o oásis é a esperança de vida do habitante do deserto. As
religiões privilegiam a água como forma de purificação (batismo, água benta) ou como castigo (dilúvio). Tales de Mileto, o
mais antigo dos filósofos, na Grécia Antiga, dizia que todos os
seres eram constituídos de água. Temos, realmente, muita água
na composição de nosso organismo e necessitamos constantemente reidratá-lo. Ocupando grande parte da superfície da Terra, a água é um dos mais importantes recursos minerais de que
dispomos.
Especialistas anunciam uma crise violenta de falta de água no
século XXI, que exigirá a redução drástica do consumo e provocará prejuízos incalculáveis à qualidade de vida. Para que essa
previsão não se concretize, precisamos conter o desperdício e
evitar a todo custo a poluição das águas.
Outro aspecto a ser discutido é a situação das regiões mais
secas da Terra, como o Nordeste brasileiro, por exemplo, onde a
população sofre com os longos períodos de seca. Esse tema sugere uma pesquisa sobre a atuação de governos para evitar o
sofrimento e a morte de pessoas, animais e plantas nessas re-
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O AUTOR
Samuel Murgel Branco
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Biólogo e naturalista, é professor titular de Saneamento e Ecologia
Aplicada da Universidade de São Paulo. Como consultor internacional
da OMS (Organização Mundial da Saúde), ministrou cursos em muitos
países da América Latina. É autor, pela Editora Moderna, de obras de
divulgação científica voltadas ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A OBRA
AVENTURAS DE UMA GOTA D’ÁGUA
Aventuras de uma gota d’água
Samuel Murgel Branco
ILUSTRAÇÕES: ATTÍLIO
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
E DE ATIVIDADES
Maria Lúcia de Arruda Aranha
Marisa Rodrigues de Freitas
|
|
C
Carolina ficou muito surpresa quando uma gotinha d’água do
mar, colhida num vidro, começou a conversar com ela. Passado o
susto, a gotinha começou a contar todo o percurso de sua vida,
desde o momento em que nasceu numa nuvem.
Ela explicou que quando uma nuvem se transforma em chuva,
as gotinhas caem no solo, se infiltram na terra ou evaporam. E,
assim, toda a água do planeta realiza o seu ciclo hidrológico.
Respondendo a muitas perguntas de Carolina, a gotinha d’água
continuou narrando a sua história. Contou, por exemplo, como as
águas dos rios são utilizadas. Mas, como explicou a gotinha, nem
tudo é alegria nessa história: a poluição das águas por esgotos e
indústrias acabam provocando a redução do oxigênio e causa a
morte de peixes e plantas.
No final da conversa, Carolina resolve devolver a água ao mar.
Ao se despedir de Carolina, a gotinha se prepara para de novo evaporar, completando, assim, seu ciclo na natureza.
E
Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras
de não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena história — como neste
livro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área do conhecimento. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações.
Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança com
a crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa ter
condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da
autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja
contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações,
mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de
outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais
os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em
classe, as assembléias.
Preparando para a cidadania
TEMAS ABORDADOS
|
• Ciclo hidrológico • Infiltração e evaporação da água • Enxurrada
• Erosão • Desmatamento • Lençol freático • Poluição dos rios e
mares • Tratamento da água
Aventuras de gota d’água.enc
1
O
O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas, deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e
recebido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os
problemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire
sentido novo para sua vida e para a comunidade. O saber incor-
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porado ao vivido é condição importante para a formação integral
do aluno porque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro
integrante da comunidade e possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar valores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina sejam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado e os valores humanos. Isso significa que os temas éticos,
políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber como temas transversais, isto é, como temas que
atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto — Aventuras de uma gota d’água
E
Neste livro, o autor conta o percurso de uma gota d’água na
natureza, o que nos dá a oportunidade para refletirmos a respeito
dos inúmeros significados que a água nos sugere. Desde os tempos primordiais, a água representa a vida; a água que brota da
terra e a chuva que faz crescer as plantas representam a fonte da
vida; o oásis é a esperança de vida do habitante do deserto. As
religiões privilegiam a água como forma de purificação (batismo, água benta) ou como castigo (dilúvio). Tales de Mileto, o
mais antigo dos filósofos, na Grécia Antiga, dizia que todos os
seres eram constituídos de água. Temos, realmente, muita água
na composição de nosso organismo e necessitamos constantemente reidratá-lo. Ocupando grande parte da superfície da Terra, a água é um dos mais importantes recursos minerais de que
dispomos.
Especialistas anunciam uma crise violenta de falta de água no
século XXI, que exigirá a redução drástica do consumo e provocará prejuízos incalculáveis à qualidade de vida. Para que essa
previsão não se concretize, precisamos conter o desperdício e
evitar a todo custo a poluição das águas.
Outro aspecto a ser discutido é a situação das regiões mais
secas da Terra, como o Nordeste brasileiro, por exemplo, onde a
população sofre com os longos períodos de seca. Esse tema sugere uma pesquisa sobre a atuação de governos para evitar o
sofrimento e a morte de pessoas, animais e plantas nessas re-
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O AUTOR
Samuel Murgel Branco
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Biólogo e naturalista, é professor titular de Saneamento e Ecologia
Aplicada da Universidade de São Paulo. Como consultor internacional
da OMS (Organização Mundial da Saúde), ministrou cursos em muitos
países da América Latina. É autor, pela Editora Moderna, de obras de
divulgação científica voltadas ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A OBRA
AVENTURAS DE UMA GOTA D’ÁGUA
Aventuras de uma gota d’água
Samuel Murgel Branco
ILUSTRAÇÕES: ATTÍLIO
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
E DE ATIVIDADES
Maria Lúcia de Arruda Aranha
Marisa Rodrigues de Freitas
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|
C
Carolina ficou muito surpresa quando uma gotinha d’água do
mar, colhida num vidro, começou a conversar com ela. Passado o
susto, a gotinha começou a contar todo o percurso de sua vida,
desde o momento em que nasceu numa nuvem.
Ela explicou que quando uma nuvem se transforma em chuva,
as gotinhas caem no solo, se infiltram na terra ou evaporam. E,
assim, toda a água do planeta realiza o seu ciclo hidrológico.
Respondendo a muitas perguntas de Carolina, a gotinha d’água
continuou narrando a sua história. Contou, por exemplo, como as
águas dos rios são utilizadas. Mas, como explicou a gotinha, nem
tudo é alegria nessa história: a poluição das águas por esgotos e
indústrias acabam provocando a redução do oxigênio e causa a
morte de peixes e plantas.
No final da conversa, Carolina resolve devolver a água ao mar.
Ao se despedir de Carolina, a gotinha se prepara para de novo evaporar, completando, assim, seu ciclo na natureza.
E
Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras
de não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena história — como neste
livro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área do conhecimento. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações.
Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança com
a crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa ter
condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da
autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja
contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações,
mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de
outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais
os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em
classe, as assembléias.
Preparando para a cidadania
TEMAS ABORDADOS
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• Ciclo hidrológico • Infiltração e evaporação da água • Enxurrada
• Erosão • Desmatamento • Lençol freático • Poluição dos rios e
mares • Tratamento da água
Aventuras de gota d’água.enc
1
O
O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas, deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e
recebido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os
problemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire
sentido novo para sua vida e para a comunidade. O saber incor-
8/16/02, 18:47 PM
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porado ao vivido é condição importante para a formação integral
do aluno porque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro
integrante da comunidade e possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar valores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina sejam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado e os valores humanos. Isso significa que os temas éticos,
políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber como temas transversais, isto é, como temas que
atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto — Aventuras de uma gota d’água
E
Neste livro, o autor conta o percurso de uma gota d’água na
natureza, o que nos dá a oportunidade para refletirmos a respeito
dos inúmeros significados que a água nos sugere. Desde os tempos primordiais, a água representa a vida; a água que brota da
terra e a chuva que faz crescer as plantas representam a fonte da
vida; o oásis é a esperança de vida do habitante do deserto. As
religiões privilegiam a água como forma de purificação (batismo, água benta) ou como castigo (dilúvio). Tales de Mileto, o
mais antigo dos filósofos, na Grécia Antiga, dizia que todos os
seres eram constituídos de água. Temos, realmente, muita água
na composição de nosso organismo e necessitamos constantemente reidratá-lo. Ocupando grande parte da superfície da Terra, a água é um dos mais importantes recursos minerais de que
dispomos.
Especialistas anunciam uma crise violenta de falta de água no
século XXI, que exigirá a redução drástica do consumo e provocará prejuízos incalculáveis à qualidade de vida. Para que essa
previsão não se concretize, precisamos conter o desperdício e
evitar a todo custo a poluição das águas.
Outro aspecto a ser discutido é a situação das regiões mais
secas da Terra, como o Nordeste brasileiro, por exemplo, onde a
população sofre com os longos períodos de seca. Esse tema sugere uma pesquisa sobre a atuação de governos para evitar o
sofrimento e a morte de pessoas, animais e plantas nessas re-
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O AUTOR
Samuel Murgel Branco
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Biólogo e naturalista, é professor titular de Saneamento e Ecologia
Aplicada da Universidade de São Paulo. Como consultor internacional
da OMS (Organização Mundial da Saúde), ministrou cursos em muitos
países da América Latina. É autor, pela Editora Moderna, de obras de
divulgação científica voltadas ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A OBRA
AVENTURAS DE UMA GOTA D’ÁGUA
Aventuras de uma gota d’água
Samuel Murgel Branco
ILUSTRAÇÕES: ATTÍLIO
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
E DE ATIVIDADES
Maria Lúcia de Arruda Aranha
Marisa Rodrigues de Freitas
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C
Carolina ficou muito surpresa quando uma gotinha d’água do
mar, colhida num vidro, começou a conversar com ela. Passado o
susto, a gotinha começou a contar todo o percurso de sua vida,
desde o momento em que nasceu numa nuvem.
Ela explicou que quando uma nuvem se transforma em chuva,
as gotinhas caem no solo, se infiltram na terra ou evaporam. E,
assim, toda a água do planeta realiza o seu ciclo hidrológico.
Respondendo a muitas perguntas de Carolina, a gotinha d’água
continuou narrando a sua história. Contou, por exemplo, como as
águas dos rios são utilizadas. Mas, como explicou a gotinha, nem
tudo é alegria nessa história: a poluição das águas por esgotos e
indústrias acabam provocando a redução do oxigênio e causa a
morte de peixes e plantas.
No final da conversa, Carolina resolve devolver a água ao mar.
Ao se despedir de Carolina, a gotinha se prepara para de novo evaporar, completando, assim, seu ciclo na natureza.
E
Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obras
de não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena história — como neste
livro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área do conhecimento. No entanto, o
texto expositivo não se restringe à transmissão de informações.
Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança com
a crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecnologia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a informação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa ter
condições de selecionar essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento da
autonomia do pensar e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja
contextualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se reduza a abstrações,
mas adquira sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornos afetivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esforço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de
outras explicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí a importância de acrescentar às atividades individuais
os trabalhos em equipe, os projetos coletivos, as discussões em
classe, as assembléias.
Preparando para a cidadania
TEMAS ABORDADOS
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• Ciclo hidrológico • Infiltração e evaporação da água • Enxurrada
• Erosão • Desmatamento • Lençol freático • Poluição dos rios e
mares • Tratamento da água
Aventuras de gota d’água.enc
1
O
O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas, deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e
recebido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os
problemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire
sentido novo para sua vida e para a comunidade. O saber incor-
8/16/02, 18:47 PM
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porado ao vivido é condição importante para a formação integral
do aluno porque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o para se tornar um cidadão ativo na sociedade, membro
integrante da comunidade e possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinar valores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina sejam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado e os valores humanos. Isso significa que os temas éticos,
políticos e estéticos devem ser realçados no processo de apropriação do saber como temas transversais, isto é, como temas que
atravessam os diferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto — Aventuras de uma gota d’água
E
Neste livro, o autor conta o percurso de uma gota d’água na
natureza, o que nos dá a oportunidade para refletirmos a respeito
dos inúmeros significados que a água nos sugere. Desde os tempos primordiais, a água representa a vida; a água que brota da
terra e a chuva que faz crescer as plantas representam a fonte da
vida; o oásis é a esperança de vida do habitante do deserto. As
religiões privilegiam a água como forma de purificação (batismo, água benta) ou como castigo (dilúvio). Tales de Mileto, o
mais antigo dos filósofos, na Grécia Antiga, dizia que todos os
seres eram constituídos de água. Temos, realmente, muita água
na composição de nosso organismo e necessitamos constantemente reidratá-lo. Ocupando grande parte da superfície da Terra, a água é um dos mais importantes recursos minerais de que
dispomos.
Especialistas anunciam uma crise violenta de falta de água no
século XXI, que exigirá a redução drástica do consumo e provocará prejuízos incalculáveis à qualidade de vida. Para que essa
previsão não se concretize, precisamos conter o desperdício e
evitar a todo custo a poluição das águas.
Outro aspecto a ser discutido é a situação das regiões mais
secas da Terra, como o Nordeste brasileiro, por exemplo, onde a
população sofre com os longos períodos de seca. Esse tema sugere uma pesquisa sobre a atuação de governos para evitar o
sofrimento e a morte de pessoas, animais e plantas nessas re-
5
giões, o que nem sempre ocorre, embora o período de seca intensa possa ser previsto. Por causa da seca, muitos nordestinos
migram para o Sul, mas nem sempre conseguem melhorar suas
vidas, por causa das dificuldades para conseguir emprego e moradia. Além disso, sofrem por não poderem continuar vivendo na
terra em que têm suas raízes culturais e afetivas.
A pequena gota d’água também nos mostra a importância do
equilíbrio da natureza, que deve existir não só entre animais e
plantas em seus ambientes, mas também na relação entre os seres humanos e a natureza, numa interação que deve ser responsável e nunca predatória.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
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Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir todas as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são
mais adequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos.
Algumas vezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propostas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comunidade.
Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistas
para algumas das perguntas formuladas.
A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as
atividades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro;
acompanhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios;
verificar a compreensão dos conteúdos e sua fixação.
6
7
1. Sobre que assunto esse livro vai tratar?
2. Vocês sabem de onde vem a água que sai pela torneira?
3. Se vocês fossem uma gota d’água que caminhos gostariam
de percorrer?
4. Vocês consideram a água um elemento importante para a vida?
Por quê?
DURANTE A LEITURA
Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumas
questões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornar
dificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estrutura do
texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-se sugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margens do livro:
(!) se alguma informação constitui novidade; (?) se outra não foi
bem compreendida; ou (#) se o aluno não concorda com o autor em
algum trecho.
1. No capítulo 1, a gotinha d’água diz a Carolina que a “união faz
a força!” O que ela quer dizer com isso? (p. 9)
2. Descrevam como nascem as gotas d’água. (cap. 2)
3. Como se forma a chuva e o que é a neblina? (p. 9, 10)
4. Descrevam os possíveis caminhos percorridos pelas gotas da
chuva quando atingem o chão. (p. 10, 11)
5. Que perguntas vocês gostariam de fazer à gotinha da história
do livro?
6. Como funcionam a roda-d’água e o monjolo? Qual a sua utilidade? Vocês acham que são muito usados hoje em dia?
ANTES DA LEITURA
APÓS A LEITURA
Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,
levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses e
a expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável estimular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, consultar o sumário, ler a 4ª capa, indagar sobre o significado do
título, identificar a editora e o autor.
Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões sugeridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu, seja
oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar a contextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto estudado e os
problemas da vida cotidiana, provocando novas indagações que,
muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feita no livro.
Aventuras de gota d’água.enc
2
Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto
— Aventuras de uma gota d’água.
1. A gotinha d’água, quando caiu na forma de chuva, infiltrouse entre os grãos de terra. Dentro da terra havia três caminhos possíveis a seguir. Vocês podem descrever esses caminhos? (p. 13 a 17)
2. Por que a água dos rios pode ficar barrenta? (p. 20)
3. Que exemplo de poluição venenosa vocês poderiam dar? E
de poluição não venenosa? (p. 30, 31)
4. Qual foi a sensação que vocês tiveram quando perceberam
que o caminho da gotinha havia sido interrompido por Carolina?
5. O que poderia acontecer à gotinha caso a menina não a
tivesse devolvido ao mar?
6. Qual a vantagem de se represar um rio? (p. 28)
7. O que as pessoas da cidade fizeram para causar tanta decepção na gotinha? (p. 30)
8. De que forma os micróbios “bons” destroem a poluição nos
depósitos de lixo, no solo e nos rios? (p. 33)
9. No início da história, o avô pergunta a Carolina se a água é
viva. O que vocês responderiam?
10. Para pesquisar:
a) A poluição das águas.
b) Os manguezais.
Atividades interdisciplinares
Português: Escrevam um pequeno texto, criando uma história
diferente com outra gotinha d’água.
Geografia: Pesquisem sobre a importância de um rio para uma
cidade.
Arte: Em pequenos grupos, criem um desenho que mostre como
acontece o ciclo da água na natureza.
8/16/02, 18:47 PM
8
RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES
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As questões sem resposta são as que dependem de posicionamento pessoal do aluno.
Durante a leitura
1. Ela se refere à união das gotinhas quando movimentam os
moinhos e as rodas-d’água; quando giram as turbinas e produzem a energia elétrica; quando irrigam as plantações, os
jardins.
2. Nascem nas nuvens, em forma de gotículas leves suspensas
no ar. Quando se unem formam as gotas.
3. Muitas gotas juntas em forma de nuvem pesam no ar e caem.
Isso é a chuva. A neblina é uma nuvem baixa, repleta de gotículas de água.
4. Elas têm três caminhos a seguir: evaporam, formando novas
nuvens; infiltram-se no solo; escorrem sobre o solo se ele for
impermeável.
Após a leitura
1. A água poderia voltar à superfície por meio da capilaridade;
poderia ser absorvida pela raiz de uma planta (também por
capilaridade); poderia penetrar no solo e se acumular em uma
camada encharcada chamada lençol freático ou lençol subterrâneo.
2. Porque as águas que não penetram no solo e escorrem por
uma superfície sem plantas arrastam grãos soltos de terra,
levando-os para dentro dos rios.
3. Um exemplo de poluição venenosa é aquela que pode vir das
fábricas ou das plantações tratadas com muito inseticida. Não
venenosa: esgoto das casas.
6. Um rio represado fica com uma quantidade quase igual de água
o ano todo, gerando energia, abastecendo casas, irrigando plantações e servindo como lazer para a população de uma cidade.
7. As pessoas jogaram esgoto, água suja das fábricas e lixo nos
rios, fazendo com que os peixes morressem aos milhares.
8. Os micróbios “bons” fermentam os resíduos que provocam a
poluição, fazendo-os desaparecer.
5
giões, o que nem sempre ocorre, embora o período de seca intensa possa ser previsto. Por causa da seca, muitos nordestinos
migram para o Sul, mas nem sempre conseguem melhorar suas
vidas, por causa das dificuldades para conseguir emprego e moradia. Além disso, sofrem por não poderem continuar vivendo na
terra em que têm suas raízes culturais e afetivas.
A pequena gota d’água também nos mostra a importância do
equilíbrio da natureza, que deve existir não só entre animais e
plantas em seus ambientes, mas também na relação entre os seres humanos e a natureza, numa interação que deve ser responsável e nunca predatória.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
|
Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir todas as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são
mais adequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos.
Algumas vezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propostas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comunidade.
Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistas
para algumas das perguntas formuladas.
A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as
atividades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro;
acompanhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios;
verificar a compreensão dos conteúdos e sua fixação.
6
7
1. Sobre que assunto esse livro vai tratar?
2. Vocês sabem de onde vem a água que sai pela torneira?
3. Se vocês fossem uma gota d’água que caminhos gostariam
de percorrer?
4. Vocês consideram a água um elemento importante para a vida?
Por quê?
DURANTE A LEITURA
Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumas
questões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornar
dificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estrutura do
texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-se sugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margens do livro:
(!) se alguma informação constitui novidade; (?) se outra não foi
bem compreendida; ou (#) se o aluno não concorda com o autor em
algum trecho.
1. No capítulo 1, a gotinha d’água diz a Carolina que a “união faz
a força!” O que ela quer dizer com isso? (p. 9)
2. Descrevam como nascem as gotas d’água. (cap. 2)
3. Como se forma a chuva e o que é a neblina? (p. 9, 10)
4. Descrevam os possíveis caminhos percorridos pelas gotas da
chuva quando atingem o chão. (p. 10, 11)
5. Que perguntas vocês gostariam de fazer à gotinha da história
do livro?
6. Como funcionam a roda-d’água e o monjolo? Qual a sua utilidade? Vocês acham que são muito usados hoje em dia?
ANTES DA LEITURA
APÓS A LEITURA
Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,
levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses e
a expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável estimular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, consultar o sumário, ler a 4ª capa, indagar sobre o significado do
título, identificar a editora e o autor.
Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões sugeridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu, seja
oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar a contextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto estudado e os
problemas da vida cotidiana, provocando novas indagações que,
muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feita no livro.
Aventuras de gota d’água.enc
2
Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto
— Aventuras de uma gota d’água.
1. A gotinha d’água, quando caiu na forma de chuva, infiltrouse entre os grãos de terra. Dentro da terra havia três caminhos possíveis a seguir. Vocês podem descrever esses caminhos? (p. 13 a 17)
2. Por que a água dos rios pode ficar barrenta? (p. 20)
3. Que exemplo de poluição venenosa vocês poderiam dar? E
de poluição não venenosa? (p. 30, 31)
4. Qual foi a sensação que vocês tiveram quando perceberam
que o caminho da gotinha havia sido interrompido por Carolina?
5. O que poderia acontecer à gotinha caso a menina não a
tivesse devolvido ao mar?
6. Qual a vantagem de se represar um rio? (p. 28)
7. O que as pessoas da cidade fizeram para causar tanta decepção na gotinha? (p. 30)
8. De que forma os micróbios “bons” destroem a poluição nos
depósitos de lixo, no solo e nos rios? (p. 33)
9. No início da história, o avô pergunta a Carolina se a água é
viva. O que vocês responderiam?
10. Para pesquisar:
a) A poluição das águas.
b) Os manguezais.
Atividades interdisciplinares
Português: Escrevam um pequeno texto, criando uma história
diferente com outra gotinha d’água.
Geografia: Pesquisem sobre a importância de um rio para uma
cidade.
Arte: Em pequenos grupos, criem um desenho que mostre como
acontece o ciclo da água na natureza.
8/16/02, 18:47 PM
8
RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES
|
As questões sem resposta são as que dependem de posicionamento pessoal do aluno.
Durante a leitura
1. Ela se refere à união das gotinhas quando movimentam os
moinhos e as rodas-d’água; quando giram as turbinas e produzem a energia elétrica; quando irrigam as plantações, os
jardins.
2. Nascem nas nuvens, em forma de gotículas leves suspensas
no ar. Quando se unem formam as gotas.
3. Muitas gotas juntas em forma de nuvem pesam no ar e caem.
Isso é a chuva. A neblina é uma nuvem baixa, repleta de gotículas de água.
4. Elas têm três caminhos a seguir: evaporam, formando novas
nuvens; infiltram-se no solo; escorrem sobre o solo se ele for
impermeável.
Após a leitura
1. A água poderia voltar à superfície por meio da capilaridade;
poderia ser absorvida pela raiz de uma planta (também por
capilaridade); poderia penetrar no solo e se acumular em uma
camada encharcada chamada lençol freático ou lençol subterrâneo.
2. Porque as águas que não penetram no solo e escorrem por
uma superfície sem plantas arrastam grãos soltos de terra,
levando-os para dentro dos rios.
3. Um exemplo de poluição venenosa é aquela que pode vir das
fábricas ou das plantações tratadas com muito inseticida. Não
venenosa: esgoto das casas.
6. Um rio represado fica com uma quantidade quase igual de água
o ano todo, gerando energia, abastecendo casas, irrigando plantações e servindo como lazer para a população de uma cidade.
7. As pessoas jogaram esgoto, água suja das fábricas e lixo nos
rios, fazendo com que os peixes morressem aos milhares.
8. Os micróbios “bons” fermentam os resíduos que provocam a
poluição, fazendo-os desaparecer.
5
giões, o que nem sempre ocorre, embora o período de seca intensa possa ser previsto. Por causa da seca, muitos nordestinos
migram para o Sul, mas nem sempre conseguem melhorar suas
vidas, por causa das dificuldades para conseguir emprego e moradia. Além disso, sofrem por não poderem continuar vivendo na
terra em que têm suas raízes culturais e afetivas.
A pequena gota d’água também nos mostra a importância do
equilíbrio da natureza, que deve existir não só entre animais e
plantas em seus ambientes, mas também na relação entre os seres humanos e a natureza, numa interação que deve ser responsável e nunca predatória.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
|
Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir todas as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são
mais adequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos.
Algumas vezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propostas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comunidade.
Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistas
para algumas das perguntas formuladas.
A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as
atividades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro;
acompanhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios;
verificar a compreensão dos conteúdos e sua fixação.
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7
1. Sobre que assunto esse livro vai tratar?
2. Vocês sabem de onde vem a água que sai pela torneira?
3. Se vocês fossem uma gota d’água que caminhos gostariam
de percorrer?
4. Vocês consideram a água um elemento importante para a vida?
Por quê?
DURANTE A LEITURA
Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumas
questões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornar
dificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estrutura do
texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-se sugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margens do livro:
(!) se alguma informação constitui novidade; (?) se outra não foi
bem compreendida; ou (#) se o aluno não concorda com o autor em
algum trecho.
1. No capítulo 1, a gotinha d’água diz a Carolina que a “união faz
a força!” O que ela quer dizer com isso? (p. 9)
2. Descrevam como nascem as gotas d’água. (cap. 2)
3. Como se forma a chuva e o que é a neblina? (p. 9, 10)
4. Descrevam os possíveis caminhos percorridos pelas gotas da
chuva quando atingem o chão. (p. 10, 11)
5. Que perguntas vocês gostariam de fazer à gotinha da história
do livro?
6. Como funcionam a roda-d’água e o monjolo? Qual a sua utilidade? Vocês acham que são muito usados hoje em dia?
ANTES DA LEITURA
APÓS A LEITURA
Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,
levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses e
a expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável estimular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, consultar o sumário, ler a 4ª capa, indagar sobre o significado do
título, identificar a editora e o autor.
Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões sugeridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu, seja
oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar a contextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto estudado e os
problemas da vida cotidiana, provocando novas indagações que,
muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feita no livro.
Aventuras de gota d’água.enc
2
Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto
— Aventuras de uma gota d’água.
1. A gotinha d’água, quando caiu na forma de chuva, infiltrouse entre os grãos de terra. Dentro da terra havia três caminhos possíveis a seguir. Vocês podem descrever esses caminhos? (p. 13 a 17)
2. Por que a água dos rios pode ficar barrenta? (p. 20)
3. Que exemplo de poluição venenosa vocês poderiam dar? E
de poluição não venenosa? (p. 30, 31)
4. Qual foi a sensação que vocês tiveram quando perceberam
que o caminho da gotinha havia sido interrompido por Carolina?
5. O que poderia acontecer à gotinha caso a menina não a
tivesse devolvido ao mar?
6. Qual a vantagem de se represar um rio? (p. 28)
7. O que as pessoas da cidade fizeram para causar tanta decepção na gotinha? (p. 30)
8. De que forma os micróbios “bons” destroem a poluição nos
depósitos de lixo, no solo e nos rios? (p. 33)
9. No início da história, o avô pergunta a Carolina se a água é
viva. O que vocês responderiam?
10. Para pesquisar:
a) A poluição das águas.
b) Os manguezais.
Atividades interdisciplinares
Português: Escrevam um pequeno texto, criando uma história
diferente com outra gotinha d’água.
Geografia: Pesquisem sobre a importância de um rio para uma
cidade.
Arte: Em pequenos grupos, criem um desenho que mostre como
acontece o ciclo da água na natureza.
8/16/02, 18:47 PM
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RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES
|
As questões sem resposta são as que dependem de posicionamento pessoal do aluno.
Durante a leitura
1. Ela se refere à união das gotinhas quando movimentam os
moinhos e as rodas-d’água; quando giram as turbinas e produzem a energia elétrica; quando irrigam as plantações, os
jardins.
2. Nascem nas nuvens, em forma de gotículas leves suspensas
no ar. Quando se unem formam as gotas.
3. Muitas gotas juntas em forma de nuvem pesam no ar e caem.
Isso é a chuva. A neblina é uma nuvem baixa, repleta de gotículas de água.
4. Elas têm três caminhos a seguir: evaporam, formando novas
nuvens; infiltram-se no solo; escorrem sobre o solo se ele for
impermeável.
Após a leitura
1. A água poderia voltar à superfície por meio da capilaridade;
poderia ser absorvida pela raiz de uma planta (também por
capilaridade); poderia penetrar no solo e se acumular em uma
camada encharcada chamada lençol freático ou lençol subterrâneo.
2. Porque as águas que não penetram no solo e escorrem por
uma superfície sem plantas arrastam grãos soltos de terra,
levando-os para dentro dos rios.
3. Um exemplo de poluição venenosa é aquela que pode vir das
fábricas ou das plantações tratadas com muito inseticida. Não
venenosa: esgoto das casas.
6. Um rio represado fica com uma quantidade quase igual de água
o ano todo, gerando energia, abastecendo casas, irrigando plantações e servindo como lazer para a população de uma cidade.
7. As pessoas jogaram esgoto, água suja das fábricas e lixo nos
rios, fazendo com que os peixes morressem aos milhares.
8. Os micróbios “bons” fermentam os resíduos que provocam a
poluição, fazendo-os desaparecer.
5
giões, o que nem sempre ocorre, embora o período de seca intensa possa ser previsto. Por causa da seca, muitos nordestinos
migram para o Sul, mas nem sempre conseguem melhorar suas
vidas, por causa das dificuldades para conseguir emprego e moradia. Além disso, sofrem por não poderem continuar vivendo na
terra em que têm suas raízes culturais e afetivas.
A pequena gota d’água também nos mostra a importância do
equilíbrio da natureza, que deve existir não só entre animais e
plantas em seus ambientes, mas também na relação entre os seres humanos e a natureza, numa interação que deve ser responsável e nunca predatória.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
|
Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir todas as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são
mais adequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos.
Algumas vezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propostas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comunidade.
Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistas
para algumas das perguntas formuladas.
A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as
atividades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro;
acompanhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios;
verificar a compreensão dos conteúdos e sua fixação.
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1. Sobre que assunto esse livro vai tratar?
2. Vocês sabem de onde vem a água que sai pela torneira?
3. Se vocês fossem uma gota d’água que caminhos gostariam
de percorrer?
4. Vocês consideram a água um elemento importante para a vida?
Por quê?
DURANTE A LEITURA
Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumas
questões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornar
dificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estrutura do
texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-se sugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margens do livro:
(!) se alguma informação constitui novidade; (?) se outra não foi
bem compreendida; ou (#) se o aluno não concorda com o autor em
algum trecho.
1. No capítulo 1, a gotinha d’água diz a Carolina que a “união faz
a força!” O que ela quer dizer com isso? (p. 9)
2. Descrevam como nascem as gotas d’água. (cap. 2)
3. Como se forma a chuva e o que é a neblina? (p. 9, 10)
4. Descrevam os possíveis caminhos percorridos pelas gotas da
chuva quando atingem o chão. (p. 10, 11)
5. Que perguntas vocês gostariam de fazer à gotinha da história
do livro?
6. Como funcionam a roda-d’água e o monjolo? Qual a sua utilidade? Vocês acham que são muito usados hoje em dia?
ANTES DA LEITURA
APÓS A LEITURA
Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,
levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses e
a expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável estimular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, consultar o sumário, ler a 4ª capa, indagar sobre o significado do
título, identificar a editora e o autor.
Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões sugeridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu, seja
oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar a contextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto estudado e os
problemas da vida cotidiana, provocando novas indagações que,
muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feita no livro.
Aventuras de gota d’água.enc
2
Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto
— Aventuras de uma gota d’água.
1. A gotinha d’água, quando caiu na forma de chuva, infiltrouse entre os grãos de terra. Dentro da terra havia três caminhos possíveis a seguir. Vocês podem descrever esses caminhos? (p. 13 a 17)
2. Por que a água dos rios pode ficar barrenta? (p. 20)
3. Que exemplo de poluição venenosa vocês poderiam dar? E
de poluição não venenosa? (p. 30, 31)
4. Qual foi a sensação que vocês tiveram quando perceberam
que o caminho da gotinha havia sido interrompido por Carolina?
5. O que poderia acontecer à gotinha caso a menina não a
tivesse devolvido ao mar?
6. Qual a vantagem de se represar um rio? (p. 28)
7. O que as pessoas da cidade fizeram para causar tanta decepção na gotinha? (p. 30)
8. De que forma os micróbios “bons” destroem a poluição nos
depósitos de lixo, no solo e nos rios? (p. 33)
9. No início da história, o avô pergunta a Carolina se a água é
viva. O que vocês responderiam?
10. Para pesquisar:
a) A poluição das águas.
b) Os manguezais.
Atividades interdisciplinares
Português: Escrevam um pequeno texto, criando uma história
diferente com outra gotinha d’água.
Geografia: Pesquisem sobre a importância de um rio para uma
cidade.
Arte: Em pequenos grupos, criem um desenho que mostre como
acontece o ciclo da água na natureza.
8/16/02, 18:47 PM
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RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES
|
As questões sem resposta são as que dependem de posicionamento pessoal do aluno.
Durante a leitura
1. Ela se refere à união das gotinhas quando movimentam os
moinhos e as rodas-d’água; quando giram as turbinas e produzem a energia elétrica; quando irrigam as plantações, os
jardins.
2. Nascem nas nuvens, em forma de gotículas leves suspensas
no ar. Quando se unem formam as gotas.
3. Muitas gotas juntas em forma de nuvem pesam no ar e caem.
Isso é a chuva. A neblina é uma nuvem baixa, repleta de gotículas de água.
4. Elas têm três caminhos a seguir: evaporam, formando novas
nuvens; infiltram-se no solo; escorrem sobre o solo se ele for
impermeável.
Após a leitura
1. A água poderia voltar à superfície por meio da capilaridade;
poderia ser absorvida pela raiz de uma planta (também por
capilaridade); poderia penetrar no solo e se acumular em uma
camada encharcada chamada lençol freático ou lençol subterrâneo.
2. Porque as águas que não penetram no solo e escorrem por
uma superfície sem plantas arrastam grãos soltos de terra,
levando-os para dentro dos rios.
3. Um exemplo de poluição venenosa é aquela que pode vir das
fábricas ou das plantações tratadas com muito inseticida. Não
venenosa: esgoto das casas.
6. Um rio represado fica com uma quantidade quase igual de água
o ano todo, gerando energia, abastecendo casas, irrigando plantações e servindo como lazer para a população de uma cidade.
7. As pessoas jogaram esgoto, água suja das fábricas e lixo nos
rios, fazendo com que os peixes morressem aos milhares.
8. Os micróbios “bons” fermentam os resíduos que provocam a
poluição, fazendo-os desaparecer.
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2 AVENTURAS DE UMA GOTA D`ÁGUA Samuel Murgel Branco