Origem da Terra Antes de falarmos na origem da Terra, devemos primeiro abordar o tema a origem do Sistema Solar, ou melhor, ainda a origem do Universo. Várias teorias buscam explicar a origem do Universo. O Big Bang consiste hoje a teoria mais aceita para a origem do cosmo, onde estão incluídas as estrelas, planetas, gases, poeira cósmica. Esta teoria postula ainda que a origem de tudo ocorreu a cerca de 14 bilhões de anos. No entanto, apesar dos esforços de diversos historiadores, filósofos, pesquisadores e cientistas, sempre nos deparamos com problemas em formular a origem de tudo, sem uma base concreta de informações. Esta situação está vinculada a própria limitação humana, onde, com nossa visão limitada de universo, sempre haverá fenômenos sem explicação. Neste contexto, devemos abordar também a origem do Sistema Solar. No início da formação do Universo, amontoados de matéria, começaram a se formar, girando ou orbitando ao redor de um centro de massa comum. Esse processo deu origem as galáxias, cuja formação pode se dar também pela colisão entre galáxias distintas, durante o seu movimento orbital ao redor do centro de massa comum. Assim deu-se a formação da Via Láctea, onde está inserido o Sistema Solar. Estima-se que o Sistema Solar teve o início de sua formação a aproximadamente 6 bilhões de anos. Postula-se que sua origem deu-se a partir de uma nuvem de gás, que começou aos poucos a se contrair. Há mais ou menos 4,5 bilhões de anos, partículas de poeira e gás constituintes desta nuvem começaram a se atrair e aglutinar. Explosões, aglutinações de partículas e condensação de matéria deram origem a várias esferas. Diversos corpos/ esferas colidindo entre si viriam a constituir os planetas, luas e asteroides. Estes se encontravam numa nuvem nebulosa, em forma de disco, girando ao redor de uma esfera maior, constituída de gás incandescente. Essa esfera maior deu origem ao Sol e as esferas menores aos planetas. Para saber mais sobre a formação de asteroides, acesse o site: http://ciencia.hsw.uol.com.br/cinturoes-de-asteroides1.htm O sol, dentro de uma nuvem de gás e a poeira, começou a se submeter à fusão nuclear, emitindo luz e calor. Como o movimento das partículas e as colisões entre as matérias, liberavam muito calor, a terra e outros planetas seriam derretidos no começo de sua formação. A nuvem nebulosa de poeira cósmica apresentava em seu interior movimento de correntes de convecção, elevando a temperatura por volta de 3000oC, levando algumas substâncias a se liquefazer. Neste processo, a primeira substância a se liquefazer foi o Ferro, que por ser mais pesado, viria a constituir o núcleo da Terra. Na sequência, outras substâncias foram acrescidas, como por exemplo, o Silício e Óxidos metálicos, dando origem ao manto. Aos poucos a temperatura da Terra foi diminuindo, reduzindo também a radiação de calor para o espaço. A solidificação do material derretido aconteceu enquanto a terra ia esfriando. No intervalo de temperatura entre 1500oC e 800oC, começou a solidificação da crosta. Nesse processo de resfriamento, formou-se também a atmosfera, inicialmente constituída de vapor d’água, amoníaco e óxido de carbono. A água concentrava-se parte na atmosfera e parte no interior das rochas, de origem ígneas e magmáticas. Com a crosta sólida e a atmosfera continuando a esfriar, em torno de 374oC, o vapor da atmosfera se condensa, formando as primeiras chuvas. Esse evento levou ao acúmulo de água em depressões, dando origem aos primeiros mares. Nesse momento também surgem as primeiras rochas sedimentares, em função do intemperismo da chuva sobre as rochas previamente formadas. Ou seja, a água desgastava as rochas, e arrastava junto os sedimentos liberados que se depositavam junto com lamas mais finas em depressões. No entanto, o resfriamento da Terra era só externo. A crosta estava solidificada, mas internamente o manto continuava aquecido, constituído de rochas magmáticas liquefeitas, num processo de resfriamento mais lento, que causa uma modificação no volume e consequentemente o enrugamento da crosta. Tal enrugamento produz fraturas e dobramentos nas rochas da crosta. Por estas fraturas, o magma sobe até a superfície, originando os vulcões. As variações de temperatura, observadas entre as diferentes camadas da Terra, são responsáveis pela instabilidade da crosta e a consequente movimentação dos continentes. Você acredita que as variações climáticas atuais possam interferir na instabilidade da crosta terrestre e movimentação dos continentes? Sugestão de leitura complementar: “O Aquecimento Global” Resumo dos principais períodos geológicos da formação do planeta Terra com destaque aos movimentos continentais e formação da flora e fauna. Tempo aproximado desde o início em milhões de anos antes do presente Quaternário (0,01 ± 1,7). Houve extensos e repetidos períodos de glaciação no Hemisfério Norte. As faunas de savanas das latitudes médias do Neogeno extinguiram-se e os hominídeos expandiram-se por todo o Velho Mundo. Próximo ao término desse intervalo, os hominídeos alcançaram o Novo Mundo. Houve extinção de muitos mamíferos grandes, especialmente no Novo Mundo e na Austrália. As aves carnívoros remanescentes, incapazes de voar, também se extinguiram. Terciário Inferior (5,2 ± 33,4) Climas mais frios e mais áridos persistiram resultantes da elevação de montanhas e da formação do istmo do Panamá quase no término desse intervalo. A calota de gelo Ártico formou-se no fim do intervalo. As primeiras campinas surgiram nas latitudes médias. Famílias modernas de mamíferos e aves sofreram radiação e, nos oceanos, aves e mamíferos marinhos se diversificaram-se. Os primeiros hominídeos apareceram perto do término do intervalo. Terciário Superior (33,4 ± 55) O clima global era quente nas primeiras partes do intervalo, havendo florestas acima do Círculo Ártico mas, mais tarde, as temperaturas diminuíram nas latitudes mais elevadas, juntamente coma formação da calota Antártica. Os mamíferos diversificaram-se adquirindo tamanhos maiores do corpo e maior variedade de tipos adaptativos, incluindo os herbívoros. As radiações dos mamíferos incluíram formas arcaicas, agora extintas, e o primeiros representantes das ordens viventes. Aves carnívoras gigantes, incapazes de voar, eram predadores comuns. Cretáceo – Jurássico (144,0) Ocorreu mais uma separação dos continentes, inclusive a quebra do continente sulino, o Gondwana. Os peixes teleóteos sofreram radiação e os répteis marinhos floresceram. Angiospermas apareceram pela primeira vez e diversificaram-se rapidamente tornando-se plantas terrestres dominantes no final do período. Os dinossauros permaneceram os tetrápodes dominantes, e pequenos mamíferos diversificaram-se. O espaço aéreo e as linhas costeiras eram compartilhados por aves e pterossauros e apareceram as primeiras serpentes. Ao final do período houve uma importante extinção em massa, definindo o fim da era Mesozóica, atingindo dinossauros, pterossauros e répteis marinhos, bem como muitos invertebrados marinhos. Jurássico – Triássico (206,0) O continente mundial começou a fragmentar-se com a formação do Oceano Atlântico. Os invertebrados marinhos passaram a adquirir um aspecto moderno, com a diversificação de predadores, tubarões e raias modernos apareceram e os répteis marinhos diversificaram-se. Coníferas e outras gimnospermas constituíam a vegetação terrestre dominante e os insetos diversificaram-se. Dinossauros diversificaram-se enquanto os mamíferos permaneceram pequenos e relativamente inconspícuos. Ao final do período apareceram pela primeira vez aves, lagartos e salamandras. Triássico ao Permiano (251,0) O continente mundial era relativamente alto e com pouco mares rasos. Não existiu nenhuma evidência de glaciação e o interior do continente era árido. A vegetação de pteridófitas terrestres foi substituída por coníferas nas partes posteriores do período. Répteis semelhantes a mamíferos declinaram enquanto que os répteis arcossauros (incluindo os ancestrais dos dinossauros) diversificaram-se. Todos os grandes tetrápodes anamniotas remanescentes agora se especializaram como formas aquáticas. Ao final do período houve o primeiro aparecimento de mamíferos verdadeiros, dinossauros, pterossauros, répteis marinhos, crocodilos, lepidossauros, anfíbios anuros e peixes teleósteos. Permiano – Carbonífero (290,0) Um único continente mundial, a Pangéia, formou-se no término do período. Os grandes tetrápodes anamniotas terrestres declinaram e os amniotas sofreram radiação. A diversificação dos amniotas incluiu os ancestrais dos répteis modernos e os ancestrais dos mamíferos, os répteis semelhantes a mamíferos, que eram os grandes tetrápodes terrestres dominates. Surgiram os primeiros tetrápodes herbívoros. O maior evento de extinção em massa ocorreu tanto no ambiente terrestre como no marinho no final do período, definindo o término da Era Paleozóica. Carbonífero – Devoniano (354,0) Houve uma grande glaciação na segunda metade do período, acompanhada de baixos níveis de CO2 atmosférico. Brejos que originaram depósitos de carvão prevaleciam nas então áreas tropicais da América do Norte e da Europa. Grande radiação de insetos, inclusive de formas voadoras. Diversificação de peixes gnatostomados, incluindo formas semelhantes a tubarões e peixes ósseos primitivos, aparecimento de tipos modernos de peixes ágnatos. Extensa radiação de tetrápodes anamniotas, com o aparecimento dos primeiros amniotas (inclusive dos répteis semelhantes a mamíferos) na parte posterior do período. Devoniano – Siluriano (417,0) Houve intensa formação de montanhas na América do Norte e na Europa. As principais bacias de água doce foram preservadas, contendo os primeiros tetrápodes ao final do período nas regiões equatoriais. Mais ou mesmo tempo, surgiram as primeiras florestas no ambiente terrestre e os artrópodes terrestres diversificaram-se. Houve diversificação tanto de peixes gnastostomados como agnatos, mas ambos os grupos sofreram extinções perto do final do período, havendo desaparecimento dos ostracodermos, os peixes ágnatos portadores de armadura. Siluriano (443,0) Os extensos mares rasos nos continuaram mas, em terra seca, ocorreram as primeiras evidências de plantas vasculares e de artrópodes. Os peixes ágnatos radiaram e agora conheciam-se definitivamente peixes gnatostomados (formas semelhantes a tubarões). Ordoviciano (490,0) Houve extensos mares rasos nos continentes e o clima global era uniforme até uma brusca glaciação no final do período. Primeiras evidências de plantas complexas no ambiente terrestre. Grande radiação de animais marinhos, inclusive dos primeiros peixes ágnatos bem conhecidos, tendo havido evidências fragmentárias de peixes gnatostomados Cambriano (543,0) As massas continentais do fim da era Proterozóica agora partiram-se em blocos menores, cobertos por mares raso. Radiação explosiva de animais no início do período, com o primeiro aparecimento de formas com conchas ou outros revestimentos duros. Primeiro aparecimento de cordados e grande diversificação de artrópodes, inclusive de trilobitos. Os primeiros vertebrados apareceram no início do período. Início do Cambriano – Proterozóica (2.500) Formação de grandes massas continentais. O oxigênio apareceu na atmosfera. Os primeiros organismos eucariontes apareceram há cerca de 2 bilhões de anos. Grande diversificação da vida há 1 bilhão de anos, surgindo os organismos pluricelulares, inclusive as algas. Os primeiros animais apareceram mais ou menos há 600 milhões de anos. Logo após uma grande glaciação. Arqueano (4.600) Formação da Terra. Intenso bombardeio da Terra por corpos extraterrestres, impedindo a formação de vida até cerca de 4 bilhões de anos atrás (os primeiros fósseis são conhecidos de 3,5 bilhões de anos atrás). Continentes pequenos. Hidrosfera definida há 3,8 bilhões de anos, atmosfera sem oxigênio livre.