Sob o tema REFLECTOR e com propostas para a estação fria de 2015-16 PORTUGAL FASHION COMEMORA 20 ANOS COM 31 DESFILES REPARTIDOS POR QUATRO DIAS, DUAS CIDADES, SEIS EDIFÍCIOS E OITO PASSERELLES Descentralização dos desfiles é uma aproximação ao modelo organizativo dos grandes eventos de moda internacionais No Porto, estão previstos desfiles não apenas no Edifício da Alfândega mas também na Escola Rodrigues de Freitas, no Palácio dos Correios e no Palácio da Bolsa Programa contempla 31 desfiles, reunindo 17 criadores, nove marcas de vestuário, seis marcas de calçado, seis jovens designers e quatro marcas de jovens designers Line-up inclui alguns dos nomes mais consagrados da moda portuguesa, como Anabela Baldaque, Alves/Gonçalves, Carlos Gil, Fátima Lopes, Júlio Torcato, Luís Buchinho, Luís Onofre, Miguel Vieira, Nuno Baltazar, Pedro Pedro, Storytailors e Katty Xiomara Estão também previstos desfiles de jovens criadores em ascensão, como Diogo Miranda, Daniela Barros, Estelita Mendonça, Hugo Costa, João Melo Costa ou Susana Bettencourt, e de marcas nacionais de prestígio, como a Dielmar, a TM Collection, a Lion of Porches ou a Vicri Luís Buchinho comemora 25 anos de carreira Pedro Pedro regressa ao Portugal Fashion, depois da sua última participação em 2007 Showroom Brand Up na Alfândega Depois da passagem por Lisboa, o Portugal Fashion prossegue no Porto, ao final da tarde de 26 de março, com um desfile muito aguardado e com todos os condimentos para ser uma grande celebração da moda. No ginásio da Escola Rodrigues de Freitas, Luís Buchinho festeja 25 anos de carreira com a apresentação da coleção “Comics”, na qual faz uma análise introspetiva dos motivos que o conduziram ao design de moda. Trata-se então, nas palavras do criador, de revisitar “as razões que me levaram à escolha desta profissão, algo que começou com a minha obsessão, desde cedo, pela banda desenhada, a ilustração e o design gráfico”. Por isso, “a possibilidade de contar uma história graficamente foi o conceito base para toda a coleção, recorrendo a técnicas utilizadas ao longo de todo o meu percurso criativo, tais como a mistura de diferentes materiais, o uso de blocos de cor e uma paleta de cor inusitada”. Para o próximo outono/inverno, o criador desenhou uma coleção em que o preto e o branco estão em destaque, “reforçando o lado gráfico do tema em silhuetas fortes, por vezes masculinas e sempre afirmativas”. Nos materiais, Luís Buchinho deu preferência ao mohair, combinado com lãs de diferentes texturas e densidades. Lãs, essas, que surgem misturadas com cabedal, seda, jacquards dupla face em algodão e vários complementos em malha. “As silhuetas são ora desportivas, ora românticas, pintadas em azul, azul e mais azul”, revela o criador. A celebração dos 25 anos de carreira de Luís Buchinho cruza-se, numa coincidência feliz, com o 20.º aniversário do Portugal Fashion, cujas comemorações arrancam, justamente, nesta 36.ª edição do evento. De resto, o criador tem uma relação umbilical com o Portugal Fashion. Luís Buchinho foi um dos criadores que participou na primeira edição do evento, em julho de 1995. E, a partir de então, as suas coleções, quer individuais, quer as que desenhou para a marca Jotex, têm sido regularmente apresentadas no Portugal Fashion. De resto, o criador realizou desfiles em Paris, Nova Iorque, São Paulo e Londres com o apoio do Portugal Fashion. Para assinalar o seu aniversário, o Portugal Fashion vai organizar, nesta edição, um live sketching (ilustrações) dos desfiles, em colaboração com o mestrado de Ilustração do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (Polo de Barcelos). Está também prevista a realização de um vídeo-documentário sobre o evento, registando-se desta forma tudo o que gravita em torno do Portugal Fashion (organização, bastidores, desfiles, festas, etc.). Por fim, será fomentada uma inovadora cobertura do evento nas redes sociais, convocando para isso bloggers, instagramers e social influencers. Nascido em 1995, o Portugal Fashion tornou-se um dos maiores eventos de moda ibéricos e promoveu as criações portuguesas nas mais consagradas passerelles do mundo, assumindo-se assim como uma referência de cosmopolitismo, criatividade e sofisticação estética do nosso país face ao exterior. De facto, nestes 20 anos, o evento contribuiu decisivamente para uma cultura de criatividade centrada na moda. Foram formados novos públicos, desenvolvidas novas competências técnicas, criadas novas oportunidades profissionais, produzidos novos bens e serviços, geradas novas perspetivas de internacionalização e instituídas novas vias promocionais no que à moda diz respeito. Por outro lado, o Portugal Fashion logrou promover um relacionamento mais próximo e profícuo entre o tecido industrial e os criadores, além de ter desempenhado um papel fulcral no lançamento de novos talentos da moda, principalmente através da plataforma Bloom. Espelho refletor da moda portuguesa O Portugal Fashion inicia as comemorações do seu 20.º aniversário assumindo-se como um verdadeiro espelho refletor de tendências e estilos, gostos e idiossincrasias, sentimentos e emoções. O tema desta 36.ª edição do evento é, justamente, REFLECTOR e constitui um tributo à moda portuguesa enquanto fenómeno estético que reflete a imagem de um país moderno, empreendedor e criativo. País, esse, que o Portugal Fashion ajudou a construir nestes últimos 20 anos. Importa sublinhar que, de 25 a 28 de março, o 36.º Portugal Fashion REFLECTOR contempla 31 desfiles repartidos por quatro dias, duas cidades, seis edifícios e oito passerelles. Uma vez mais, o Portugal Fashion adota o modelo dos grandes eventos de moda internacionais, ao distribuir os seus desfiles por vários edifícios emblemáticos de Lisboa e Porto, como o Palácio Foz e a Carpintaria de São Lázaro, na capital, e a Escola Rodrigues de Freitas, o Palácio dos Correios, o Palácio da Bolsa e o Edifício da Alfândega, na Invicta. Para o presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, entidade organizadora do Portugal Fashion, “a escolha de edifícios glamorosos para a realização dos desfiles reforça a capacidade promocional, a linguagem estética e a mundividência autoral de criadores e marcas. Por outro lado, a distribuição dos desfiles por vários edifícios enquadra-se na dinâmica inovadora e na natureza cosmopolita do Portugal Fashion, que, apesar de sediado no Porto, ao longo da sua história conheceu edições em várias cidades do país e tem uma forte vertente internacional”, conclui João Rafael Koehler. No total dos quatro dias, o 36.º Portugal Fashion REFLECTOR vai realizar 13 desfiles individuais de criadores, dois desfiles duplos de criadores, dois desfiles coletivos de marcas (calçado e vestuário), cinco desfiles individuais de marcas de vestuário e nove desfiles do projeto Bloom. Ao todo, o evento reúne 17 criadores, nove marcas de vestuário e seis marcas de calçado, bem como seis jovens designers e quatro marcas de jovens designers. Estes últimos inserem-se no projeto Bloom, criado pelo Portugal Fashion em 2010, com o intuito de divulgar, apoiar e valorizar, nacional e internacionalmente, jovens criadores portugueses. Para o presidente da ANJE, “o 36.º Portugal Fashion é uma demonstração de força e resiliência da fileira moda portuguesa. Numa conjuntura económica ainda difícil, o Portugal Fashion mantém um nível elevado de qualidade segundo os padrões internacionais e um programa de desfiles muito diversificado, que permite ao evento abarcar diferentes nichos da fileira moda. Para além de criadores consagrados, designers emergentes e marcas de vestuário e calçado, o evento continua a dar a oportunidade a jovens criadores de apresentarem os seus trabalhos, naquilo que é um contributo claro para a renovação geracional da moda portuguesa”, garante João Rafael Koehler. Regresso de Pedro Pedro Após a apresentação de Luís Buchinho, e à semelhança da edição anterior, o Palácio dos Correios volta a receber desfiles do Portugal Fashion, a partir das 20h30 do dia 26 de março. Merecem destaque as novas coleções de Daniela Barros, Hugo Costa, Katty Xiomara, Júlio Torcato e Pedro Pedro, que regressa ao evento depois de vários anos de ausência. A última participação de Pedro Pedro no Portugal Fashion foi em 2007, na 21.ª edição do evento. Nascido em 1973, Pedro Pedro concluiu, em 1997, o curso de Design de Moda da Academia de Moda do Porto. Iniciou-se como profissional em 1996 e ganhou, nesse mesmo ano, o 1.º prémio do concurso “ Novos Estilistas Expo-Wear”. Começou por fazer ilustrações de moda e desenvolveu vários projetos ligados à indústria: fardas, linhas jean e streetwear masculino. Em 1998 criou a marca Pedro Pedro, com a qual participa, nos anos seguintes, no Porto de Moda e no Portugal Fashion. Em 2003 ganhou o 1.º prémio do “I Mode You European Fashion Awards 03”, realizado em Bruxelas. Em 2004 lançou, com Júlio Waterland, a etiqueta Pedro Waterland, com a qual estaria presente em várias edições do Portugal Fashion. Em 2006 e 2007, a marca/dupla Pedro Waterland participa na Paris Fashion Week, com o apoio do Portugal Fashion. Entretanto, é retomada a marca Pedro Pedro, com a qual o criador vem apresentando o seu trabalho desde a coleção primavera/verão 2008. Antes de Pedro Pedro, Katty Xiomara apresenta a coleção ”Revolution”, que, segundo a criadora, “desenha um contorno mais feminino sobre aquela base tão masculina do uniforme militar. E numa visão mais otimista fala-nos da necessidade de respeitar o que é natural e vivo”. Ora, “como resultado desta mistura militar, revolucionária e naturalista, numa onda de movimentos livres e espontâneos, surgem formas puras, limpas, envolventes e texturadas. Lãs meltons, tweeds e malhas esponjosas, materializam a ideia de volume e textura. A leveza e as linhas puras ficam ao serviço das rendas e voilles de algodão e seda”. Nas cores imperam os tons verde da natureza e pequenos detalhes em ambrósia, alecrim e vermelho marsala, que combinam com padrões militares. A seguir, Júlio Torcato revela a coleção “Two (2) Collection", que é descrita, pelo seu autor, como um “trabalho sobre dualidade e duplicidade, sobre nós e o outro, sobre diferenças que aproximam, como uma energia que associa conceitos aparentemente antagónicos: claro e escuro, tradição e modernidade, curto e longo”. Predominam as calças cropped e os casacos longos com materiais como pelos falsos, veludo, pele e lã. Riscas e xadrezes definem silhuetas contemporâneas e reforçam o look e o statement da coleção. Nas cores dominam o preto, o navy, o bordeaux e o cinza. “Os materiais, a forma e as texturas são a chave do conceito da coleção”, diz Júlio Torcato. A encerrar a noite de quinta-feira, Pedro Pedro dá a conhecer uma coleção que teve como ponto de partida conceptual o “ballet como esforço, dedicação, bravura. A dança antes do glamour do palco. A dança como exercício físico exigente, batalha contra o corpo”. Assim nasceu uma coleção que o criador descreve como “brutalista nos cortes e nos acabamentos, contrariada pelos materiais naturais e femininos. Roupa-casulo que contrasta com rachas e aberturas, sobreposições que não escondem por completo a sensualidade da pele”. Nos materiais, Pedro Pedro privilegiou os feltros de lã, a lã double face, os bouclés, a jersey de lã e os canelados de jersey estruturados e/ou transparentes. A paleta de cores espraia-se pelas tonalidades de cinzento, castanho, caqui e rosa, com apontamentos vivos de mostarda e preto. A silhueta é “natural” mas vai-se “descontruindo à medida que se acentua o jogo de sobreposições”. Os cortes são “longilíneos” e estão “conjugados com peças desestruturadas e volumosas”. Estreia no Palácio da Bolsa Na sexta-feira, 27 de março, o Portugal Fashion faz a sua estreia no Palácio da Bolsa, um dos mais monumentais e identitários edifícios da cidade do Porto. A partir das 17h30, sobem à passerelle as coleções, entre outros, da marca Meam (by Ricardo Preto), dos consagrados Anabela Baldaque, Carlos Gil e Miguel Vieira e dos designers emergentes Diogo Miranda, Susana Bettencourt e Estelita Mendonça. Com a coleção “Teatime", Anabela Baldaque revela uma “história de imagens”, onde sobressaem capas, casacos longos, casacos grandes, casacos volumosos e cachecóis. Estas peças foram concebidas com recurso a brocados, sedas, lurex, lã, jersey tricô, fantasias e lisas. As cores remetem para o outono: bege, verde, laranja, azul e preto. A silhueta é longa e fluida. Para Anabela Baldaque, esta coleção “é uma mistura de rock romântico com uma audácia gráfica”. Regressado de Paris, onde a 8 de março se estreou na semana de prêt-à-porter com o apoio do Portugal Fashion, Diogo Miranda vai fazer desfilar, justamente, uma coleção dedicada à cidade-luz. Chama-se “Paris n.º 1” e teve como ponto de partida “uma silhueta couture com um tom subversivo”. O “look austero, porém estilizado”, remete para os filmes de ficção científica. “Ombros acentuados, cinturas definidas e ancas exageradas denunciam os contornos do corpo. Volumes angulares, com novas proporções apresentam uma nova impressão da figura e silhueta feminina”. O criador privilegiou o bordeaux, o preto, o azul navy, o azul Riviera, o telha e o branco em materiais como a seda, o mikado, os brocados, o veludo devoré, a lã e crepe de seda. A encerrar os desfiles no Palácio da Bolsa, Miguel Vieira traz-nos “uma coleção minimalista e luxuosa, inspirada nos materiais utilizados, nos próprios tecidos e no seu processo de implementação. De base artesanal e com corte impecável, os fatos são meticulosamente construídos por alfaiates com as melhores cachemiras, os sapatos handmade saem das mãos dos artesãos mais experientes e as gravatas e camisas de malha são como uma segunda pele”, assegura o criador. Há uma mistura de tecidos técnicos com tecidos jacquard com motivos geométricos, couro trabalhado e lantejoulas bicolor, daqui resultando “uma silhueta clean”. “As peças jogam com detalhes de décadas anteriores e detalhes desportivos, mas sempre com uma base clássica, que lhes confere um look moderno, sofisticado e elegante”. Nas cores avultam o bege café com leite, o bordeaux, o castanho licor de café, o azul Limoges e o negro carvão vegetal. No derradeiro dia de desfiles, sábado 28, o Portugal Fashion regressa àquele que tem sido o seu centro nevrálgico nos últimos anos: a Alfândega do Porto. Para este histórico edifício está prevista uma longa jornada de desfiles, que tem início às 15h00 com as apresentações coletivas de seis marcas de calçado (Dkode, Fly London, Goldmud + Alexandra Moura, J. Reinaldo, Nobrand e Sílvia Rebatto) e quatro de vestuário (Ballentina, Concreto by Hélder Batista, Cheyenne e Mad Dragon Seeker by Alexandrine Cadilhe e Daniel Simões). Nesse dia, destaque ainda para os desfiles de Nuno Baltazar, Luís Onofre, Vicri, Lion of Porches, Dielmar e Fátima Lopes, que encerra o evento como habitualmente. Fátima Lopes vai dar a conhecer a coleção “Black Rainbow”, em que, com as suas “silhuetas arquiteturais e desconstruídas, assimétricas e curvilíneas, a criadora desenha o sedutor look de uma nova amazona”. Nas propostas da estilista madeirense para a estação fria há a destacar o uso de peles em vestidos e casacos, bem como as combinações de seda e cachemira e a aplicação de rendas que dão “um toque feminino às silhuetas altas e estruturadas”. Já “os vestidos surgem sobrepostos em calças e os casacos em vestidos, as capas são utilizadas sobre os ombros e as combinações são duplas: calças de tamanho curto e vestidos semilongos”. Quanto às cores, dominam os tons púrpura profundos, os verdes secos e delicados e os azuis orgânicos. Para Fátima Lopes, “o resultado é simples, chique e ideal para uma mulher moderna e independente”. Showroom com coleções de criadores O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR inclui, pela 4.ª vez consecutiva, o showroom Brand Up. Trata-se de uma mostra de coleções de criadores e marcas de vestuário, aberta ao público em geral mas também dirigida a agentes do setor. Importa sublinhar que o Brand Up decorre na Alfândega do Porto e vai concitar a atenção da alargada comitiva de convidados internacionais, em particular jornalistas especializados e agentes de compras. A propósito de promoção internacional da moda portuguesa, importa ainda referir que a apresentação das coleções nacionais para o outono/inverno de 2015-16 teve início na 61.ª Mercedes-Benz Fashion Week Madrid, no princípio de fevereiro. A campanha internacional prosseguiu com ações na London Fashion Week, entre 20 e 24 de fevereiro, e na Semana de Prêt-à-Porter de Paris, já em março. As próximas paragens são, então, Lisboa e Porto. O Portugal Fashion é um projeto da responsabilidade da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários em parceria com a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, sendo atualmente financiado pelo QREN no âmbito do Programa Compete – Programa Operacional Fatores de Competitividade. Portugal Fashion volta a apostar em novos talentos PASSERELLE DO BLOOM REVELA PROPOSTAS DE SEIS JOVENS DESIGNERS E QUATRO MARCAS DE NOVOS CRIADORES Ao todo, nesta 36.ª edição estão previstos 10 desfiles consagrados a quem dá os primeiros passos no mundo da moda Instalação artística que, em Londres, serviu para expor criações do Bloom vai estar patente na Alfândega do Porto O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR contempla 10 desfiles no âmbito do projeto Bloom, plataforma aberta ao trabalho de jovens criadores e suas marcas. Na Carpintaria de São Lázaro, em Lisboa, a marca HIBU e a designer Carla Pontes apresentaram as suas propostas no Bloom, no dia 25 de março. No Porto, entre 26 e 28 de março, estão previstos mais oito desfiles na passerelle do Bloom. Ao todo, durante os quatro dias do evento, vão desfilar as coleções de seis jovens designers (Carla Pontes, Mafalda Fonseca, João Melo Costa, Pedro Neto, Eduardo Amorim e Teresa Abrunhosa) e de quatro marcas de novos criadores (HIBU, KLAR, Align With Kay e Atelier Ctrl). “A descoberta, apoio, orientação e promoção de jovens criadores é um dos desígnios estratégicos do Portugal Fashion”, sublinha o presidente da ANJE. “O evento procura funcionar como alavanca de talentos emergentes, de modo a renovar o panorama da moda nacional, a facilitar a integração de novos designers no mercado de trabalho e a preencher eventuais lacunas que empresas do setor do vestuário tenham ao nível do design”, acrescenta João Rafael Koehler. Neste pressuposto, “o principal instrumento deste desígnio estratégico é efetivamente o projeto Bloom”. No 36.º Portugal Fashion REFLECTOR merece destaque a estreia no evento das marcas Align With Kay e Atelier CTRL, o que configura a vontade da organização de, em cada edição, dar a a conhecer o trabalho de novos criadores, para assim integrá-los no mundo da moda. Align With Kay é a marca da designer Catarina Santos, que nasceu em Guimarães em 1989 mas muito cedo, com dois anos, foi viver para Basileia. Nesta cidade suíça concluiu o curso de Modelação e Costura no Couture Atelier e, já depois de iniciar atividade nesse âmbito, regressou a Portugal aos 22 anos. Entrou então no curso de Design de Moda da ESAD – Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos e, no ano de finalista, participou no Concurso Bloom Portugal Fashion 2014, ficando classificada em 3.° lugar com a coleção “Subtil Conflict”. Fundado em 2013 por Horácio Vilela e João Lopes, o Atelier Ctrl propõe “uma mistura entre arte e moda”. Composto por quatro criativos, a marca assume “a missão onírica de perpetuar a arte e filosofia num ambiente direcionado para a moda”. O Atelier Ctrl começou, aliás, por desenvolver pinturas a óleo para tshirts, mas o conceito expandiu-se e deu origem à primeira coleção com a marca homónima. Trata-se de um conjunto de propostas de moda masculina para o outono/inverno de 2015-16, sob o nome de "Eminence". Refira-se ainda que o Atelier Ctrl está instalado na IMOD – Incubadora de Moda e Design, no espaço criativo Fábrica de Santo Thyrso. Mais de 30 jovens designers apoiados pelo Bloom O projeto Bloom foi criado pelo Portugal Fashion em 2010 com o intuito de apoiar, divulgar e valorizar, nacional e internacionalmente, jovens criadores portugueses. Traduzido para português, Bloom significa, aliás, florescer, dar flor, resplandecer. E é com este espírito de incubação que o professor de moda e criador Miguel Flor assume a coordenação do projeto Bloom, sendo responsável pela seleção dos designers, pelo apoio na estruturação dos seus coordenados e pela conceção dos desfiles. Importa sublinhar, a propósito, que os desfiles do Bloom se aproximam mais da performance do que das passagens de modelos tradicionais. Desde a 27.ª edição do Portugal Fashion, em outubro de 2010, o projeto Bloom já possibilitou a apresentação de coleções, numa passerelle alternativa do evento, a 33 jovens designers e a três marcas de novos criadores: Alexandre Marrafeiro, Ana Segurado, Andreia Lexim, Carla Pontes, Carlos Couto, Catarina Santos, Celsus, Cláudia Garrido, Daniela Barros, Diana Matias, Eduardo Amorim, Elionai Campos, Estelita Mendonça, Gonçalo Páscoa, Hugo Costa, Iúri, Joana Ferreira, João Melo Costa, João Rôla, Mafalda Fonseca, Margarida Gentil, Maria Martins, O Simone, Pedro Jorge, Pedro Neto, Pedro Pinto, Pilar Pastor, Pritt Franco, Rita Gilman, Sara Maia, Stefano Ficetola, Susana Bettencourt, Teresa Abrunhosa e ainda as etiquetas Autopsy (by Jordann Santos), HIBU e KLAR. A todos estes nomes devem acrescentar-se, agora, as marcas estreantes desta 36.ª edição: Align With Kay e Atelier Ctrl. Alguns destes jovens criadores participaram também em desfiles e showrooms internacionais com o apoio do Portugal Fashion, marcando assim presença em importantes certames de moda de Londres, Viena, Paris, Copenhaga e Madrid. Em dezembro de 2012, jovens criadores apoiados pelo projeto Bloom – Carla Pontes, Daniela Barros, Estelita Mendonça, Hugo Costa, Joana Ferreira e João Melo Costa – apresentaram as suas criações no Matadero - Centro de Creación Contemporánea, em Madrid. Em setembro de 2013, Daniela Barros e Estelita Mendonça participaram na Vienna Fashion Week. João Melo Costa, por seu turno, realizou no mesmo mês um desfile na Embaixada de Portugal em Londres, inserido no programa complementar da London Fashion Week. Em fevereiro de 2014, o mesmo João Melo Costa e ainda Daniela Barros fizeram desfilar as respetivas coleções na iniciativa Fashion Scout, integrada na London Fashion Week. A 10 de setembro de 2014, Susana Bettencourt apresentou as suas propostas na Vienna Fashion Week e, dois dias depois, foi a vez de Daniela Barros e João Melo Costa participarem novamente na iniciativa Fashion Scout, em Londres. Em 2015, mais concretamente a 20 de fevereiro, o Portugal Fashion produziu os desfiles de Daniela Barros e João Melo Costa na plataforma Fashion Scout, no âmbito da London Fashion Week. Também em Londres, entre 20 e 24 de fevereiro, Carla Pontes, João Melo Costa, KLAR, Hugo Costa e Mafalda Fonseca foram os “bloomers” responsáveis pela representação de Portugal na iniciativa International Fashion Showcase. Na altura, as criações destes designers e marca estiveram expostos numa instalação concebida para o efeito, sob curadoria de Miguel Flor. Instalação “Sol. Energia. Tecnologia.” De referir que a mesma instalação, designada de “Sol. Energia. Tecnologia.”, vai estar em exposição na Alfândega do Porto, durante os desfiles para aí programados. Trata-se de uma criação artística da autoria de outros talentos portugueses emergentes e com carreira internacional: o designer radicado em Londres Miguel Bento e a dupla de arquitetos NU.AS, Nuno Paiva e Astrid Suzano. Segundo Miguel Flor, a instalação é “a continuidade do trabalho apresentado na edição passada do International Fashion Showcase, em que, através de uma estufa, de um ambiente orgânico, se apresentaram as várias fases do crescimento sequencial”. Assim sendo, “nesta segunda fase, pretende-se proporcionar ao espectador uma evolução dessa estufa através de uma linguagem tecnológica e de elementos que sustentam o crescimento de uma forma artificial. A energia do sol é o núcleo desta instalação, a força motriz deste novo movimento tecnológico, o catalisador desta incubadora de talentos”, acrescenta. Por conseguinte, a instalação em causa vai ao encontro do sentido da palavra inglesa “bloom”, que, como já referimos, é sinónimo de florescer, dar flor, resplandecer. Ou seja, significa algo de fresco, que está a nascer ou a crescer, mas também algo mais laboratorial e, portanto, mais experimental, mais arriscado, mais inovador. Por outro lado, a instalação também se enquadra no tema desta 36.ª edição do Portugal Fashion: REFLECTOR. Isto porque a instalação tem uma grande superfície espelhada, onde as criações dos designers são refletidas, criando-se assim um efeito caleidoscópico. Ação de sensibilização social no último dia do evento JOVEM COM TRISSOMIA 21 DESFILA NA PASSERELLE DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR A intenção é dar visibilidade pública às pessoas com Síndrome de Down, alteração genética que não tem de ser sinónimo de isolamento social nem é impedimento para a generalidade das atividades humanas O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR inclui no seu programa de desfiles uma ação de sensibilização social. Um jovem com Trissomia 21 – Daniel Maia, com 17 anos – vai participar no desfile das marcas Cheyenne e Mad Dragon Seeker by Alexandrine Cadilhe e Daniel Simões. O objetivo é sublinhar a ideia de que a Síndrome de Down não tem de ser sinónimo de isolamento social nem é impedimento para a generalidade das atividades humanas. Com o apoio da Palco Sem Barreiras, associação que visa dar maior visibilidade pública aos cidadãos portadores de Trissomia 21, esta ação enquadra-se no dia mundial dedicado a esta alteração genética, o World Down Syndrome Day, que se assinalou a 21 de março. Para o presidente da ANJE, a participação nos desfiles de um jovem com Síndrome de Down “é uma chamada de alerta para a necessidade de integração social e profissional dos portadores de Trissomia 21, ajudando a quebrar preconceitos, estigmas e mitos justamente através de uma atividade associada à perfeição física, como é a dos manequins de moda. Neste sentido, esta iniciativa insere-se na responsabilidade social que a ANJE preconiza para si, para os seus associados e para a sociedade em geral”, conclui João Rafael Koehler. De resto, este género de ações de consciencialização social não é inédito no Portugal Fashion. Nas 17.ª e 19.ª edições do evento, em 2005 e 2006, teve lugar a iniciativa MODA’R MENTALIDADES, âmbito da qual crianças e jovens portadores de deficiência desfilaram na passerelle ao lado de manequins profissionais e figuras públicas. Organizada pela Corrente Jovem – Associação de Jovens para o Apoio à Pessoa Deficiente, a iniciativa visava essencialmente promover a igualdade de oportunidades, a valorização estética, a visibilidade pública, a integração social e o bem-estar físico da pessoa portadora de deficiência. SIC É A TELEVISÃO OFICIAL DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR Ana Rita Clara apresenta, pela primeira vez, os programas de transmissão dos desfiles Dois programas extra de 25 minutos assinalam 20.º aniversário do evento A SIC volta a ser a televisão oficial do Portugal Fashion, à semelhança das 12 últimas edições do evento. O protocolo assinado entre a organização do Portugal Fashion e a estação de Carnaxide prevê a produção e transmissão de quatro programas de dois minutos na SIC generalista, de oito programas de dois minutos na SIC Mulher e na SIC Caras e ainda de um compacto de 20 minutos na SIC Mulher e na SIC Caras. Os desfiles do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR vão poder, pois, ser vistos por milhões de telespectadores nos canais do universo SIC. Acresce que, para assinalar o 20.º aniversário do Portugal Fashion, estão igualmente previstos dois programas extra de 25 minutos na SIC Mulher e na SIC Caras. Programas, esses, que apresentam um formato novo e incluem reportagens e entrevistas com diferentes protagonistas do evento: criadores e marcas, organizadores e técnicos de bastidores, jornalistas especializados nacionais e estrangeiros, figuras institucionais e agentes de compras, por exemplo. De referir que a produção dos conteúdos dos programas é da responsabilidade da organização do Portugal Fashion, mas de acordo com as guidelines da SIC. De resto, a condução dos programas caberá, pela primeira vez, à conhecida atriz e apresentadora Ana Rita Clara. Há ainda a possibilidade de incluir conteúdos sobre o evento em programas de entretenimento e informativos da SIC, de acordo com a linha editorial dos mesmos. Maior canal de moda do mundo FASHION TV É A TELEVISÃO INTERNACIONAL DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR A Fashion TV Portugal é a televisão internacional do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR. Mediante o acordo estabelecido com os organizadores do evento, o maior canal de moda do mundo vai transmitir, para toda a Europa, reportagens do 36.º Portugal Fashion (desfiles e assistência) durante 15 dias (no mínimo) em prime time, entre as 20h00 e as 24h00, no total de 75 minutos. A produção, realização e edição do filme cabem à Fashion TV Portugal, sendo que a emissão chegará a uma audiência potencial de mais de 20 milhões de pessoas. Para o presidente da ANJE, João Rafael Koehler, “trata-se de um acordo que interessa a ambas as partes. Para o Portugal Fashion, a Fashion TV é um meio muito eficaz de promoção da moda portuguesa no exterior, tendo em conta a dimensão internacional do canal, o seu elevado universo de espectadores e a sua especialização jornalística. Por seu turno, a Fashion TV Portugal terá, pelas características do canal, interesse em assegurar a cobertura e a difusão de um dos maiores eventos de moda da Península Ibérica, como é o Portugal Fashion”. PARCERIA COM O PORTO CANAL GARANTE AMPLA COBERTURA DO EVENTO O Porto Canal é media partner do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR. A organização do evento estabeleceu uma parceria com esta estação de televisão, que prevê a antevisão e promoção do evento (programas Porto Alive e Grandes Manhãs), a cobertura informativa do mesmo, a transmissão em direto de desfiles e a realização de reportagens e entrevistas com organizadores, criadores, marcas, staff e técnicos dos bastidores. Os pivots responsáveis pela condução desta emissão especial são Maria Cerqueira Gomes, Rute Braga e Andreia Teles. O Porto Canal iniciou as suas emissões no dia 29 de setembro de 2006, apresentando hoje uma grelha com 24 horas diárias de transmissão televisiva. A sua programação aposta na informação de interesse específico para os 14 concelhos que integram o Grande Porto, contando, para tanto, com a colaboração de empresas, autarquias e instituições relevantes desta área metropolitana. ANTENA 3 É MEDIA PARTNER DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR A Antena 3 é media partner das sete anteriores edições campanha promocional para o de convites para o evento e do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR, à semelhança do evento. Esta estação de rádio pública gizou uma Portugal Fashion que inclui spots diários, ofertas passatempos variados. Para o presidente da ANJE, entidade organizadora do evento, a Antena 3 “é uma rádio jovem, moderna, urbana e que por isso se enquadra na cultura de moda que o evento tem promovido há 20 anos no nosso país. Estou certo de que o público do Portugal Fashion, bem como o conjunto de pessoas envolvidas na realização do evento, se identifica com a imagem, linha editorial e postura pública da Antena 3”, conclui João Rafael Koehler.