Sob o tema REFLECTOR e com propostas para a estação fria de 2015-16
PORTUGAL FASHION COMEMORA 20 ANOS
COM 31 DESFILES REPARTIDOS
POR QUATRO DIAS, DUAS CIDADES,
SEIS EDIFÍCIOS E OITO PASSERELLES

Descentralização dos desfiles é uma aproximação ao modelo
organizativo dos grandes eventos de moda internacionais
 No Porto, estão previstos desfiles não apenas no Edifício da Alfândega
mas também na Escola Rodrigues de Freitas, no Palácio dos Correios e no Palácio da Bolsa

Programa contempla 31 desfiles, reunindo 17 criadores, nove marcas
de vestuário, seis marcas de calçado, seis jovens designers
e quatro marcas de jovens designers
 Line-up inclui alguns dos nomes mais consagrados da moda portuguesa,
como Anabela Baldaque, Alves/Gonçalves, Carlos Gil, Fátima Lopes, Júlio Torcato,
Luís Buchinho, Luís Onofre, Miguel Vieira, Nuno Baltazar,
Pedro Pedro, Storytailors e Katty Xiomara
 Estão também previstos desfiles de jovens criadores em ascensão,
como Diogo Miranda, Daniela Barros, Estelita Mendonça, Hugo Costa, João Melo
Costa ou Susana Bettencourt, e de marcas nacionais de prestígio, como a
Dielmar, a TM Collection, a Lion of Porches ou a Vicri

Luís Buchinho comemora 25 anos de carreira
 Pedro Pedro regressa ao Portugal Fashion,
depois da sua última participação em 2007

Showroom Brand Up na Alfândega
Depois da passagem por Lisboa, o Portugal Fashion prossegue no Porto, ao final
da tarde de 26 de março, com um desfile muito aguardado e com todos os
condimentos para ser uma grande celebração da moda. No ginásio da Escola
Rodrigues de Freitas, Luís Buchinho festeja 25 anos de carreira com a
apresentação da coleção “Comics”, na qual faz uma análise introspetiva dos
motivos que o conduziram ao design de moda.
Trata-se então, nas palavras do criador, de revisitar “as razões que me
levaram à escolha desta profissão, algo que começou com a minha obsessão,
desde cedo, pela banda desenhada, a ilustração e o design gráfico”. Por isso,
“a possibilidade de contar uma história graficamente foi o conceito base para
toda a coleção, recorrendo a técnicas utilizadas ao longo de todo o meu
percurso criativo, tais como a mistura de diferentes materiais, o uso de
blocos de cor e uma paleta de cor inusitada”.
Para o próximo outono/inverno, o criador desenhou uma coleção em que o preto e
o branco estão em destaque, “reforçando o lado gráfico do tema em silhuetas
fortes, por vezes masculinas e sempre afirmativas”. Nos materiais, Luís
Buchinho deu preferência ao mohair, combinado com lãs de diferentes texturas e
densidades. Lãs, essas, que surgem misturadas com cabedal, seda, jacquards
dupla face em algodão e vários complementos em malha. “As silhuetas são ora
desportivas, ora românticas, pintadas em azul, azul e mais azul”, revela o
criador.
A celebração dos 25 anos de carreira de Luís Buchinho cruza-se, numa
coincidência feliz, com o 20.º aniversário do Portugal Fashion, cujas
comemorações arrancam, justamente, nesta 36.ª edição do evento. De resto, o
criador tem uma relação umbilical com o Portugal Fashion. Luís Buchinho foi um
dos criadores que participou na primeira edição do evento, em julho de 1995.
E, a partir de então, as suas coleções, quer individuais, quer as que desenhou
para a marca Jotex, têm sido regularmente apresentadas no Portugal Fashion. De
resto, o criador realizou desfiles em Paris, Nova Iorque, São Paulo e Londres
com o apoio do Portugal Fashion.
Para assinalar o seu aniversário, o Portugal Fashion vai organizar, nesta
edição, um live sketching (ilustrações) dos desfiles, em colaboração com o
mestrado de Ilustração do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (Polo de
Barcelos). Está também prevista a realização de um vídeo-documentário sobre o
evento, registando-se desta forma tudo o que gravita em torno do Portugal
Fashion (organização, bastidores, desfiles, festas, etc.). Por fim, será
fomentada uma inovadora cobertura do evento nas redes sociais, convocando para
isso bloggers, instagramers e social influencers.
Nascido em 1995, o Portugal Fashion tornou-se um dos maiores eventos de moda
ibéricos e promoveu as criações portuguesas nas mais consagradas passerelles
do mundo, assumindo-se assim como uma referência de cosmopolitismo,
criatividade e sofisticação estética do nosso país face ao exterior. De facto,
nestes 20 anos, o evento contribuiu decisivamente para uma cultura de
criatividade centrada na moda. Foram formados novos públicos, desenvolvidas
novas competências técnicas, criadas novas oportunidades profissionais,
produzidos
novos
bens
e
serviços,
geradas
novas
perspetivas
de
internacionalização e instituídas novas vias promocionais no que à moda diz
respeito.
Por outro lado, o Portugal Fashion logrou promover um relacionamento mais
próximo e profícuo entre o tecido industrial e os criadores, além de ter
desempenhado um papel fulcral no lançamento de novos talentos da moda,
principalmente através da plataforma Bloom.
Espelho refletor da moda portuguesa
O Portugal Fashion inicia as comemorações do seu 20.º aniversário assumindo-se
como um verdadeiro espelho refletor de tendências e estilos, gostos e
idiossincrasias, sentimentos e emoções. O tema desta 36.ª edição do evento é,
justamente, REFLECTOR e constitui um tributo à moda portuguesa enquanto
fenómeno estético que reflete a imagem de um país moderno, empreendedor e
criativo. País, esse, que o Portugal Fashion ajudou a construir nestes últimos
20 anos.
Importa sublinhar que, de 25 a 28 de março, o 36.º Portugal Fashion REFLECTOR
contempla 31 desfiles repartidos por quatro dias, duas cidades, seis edifícios
e oito passerelles. Uma vez mais, o Portugal Fashion adota o modelo dos
grandes eventos de moda internacionais, ao distribuir os seus desfiles por
vários edifícios emblemáticos de Lisboa e Porto, como o Palácio Foz e a
Carpintaria de São Lázaro, na capital, e a Escola Rodrigues de Freitas, o
Palácio dos Correios, o Palácio da Bolsa e o Edifício da Alfândega, na
Invicta.
Para o presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários,
entidade organizadora do Portugal Fashion, “a escolha de edifícios glamorosos
para a realização dos desfiles reforça a capacidade promocional, a linguagem
estética e a mundividência autoral de criadores e marcas. Por outro lado, a
distribuição dos desfiles por vários edifícios enquadra-se na dinâmica
inovadora e na natureza cosmopolita do Portugal Fashion, que, apesar de
sediado no Porto, ao longo da sua história conheceu edições em várias cidades
do país e tem uma forte vertente internacional”, conclui João Rafael Koehler.
No total dos quatro dias, o 36.º Portugal Fashion REFLECTOR vai realizar 13
desfiles individuais de criadores, dois desfiles duplos de criadores, dois
desfiles coletivos de marcas (calçado e vestuário), cinco desfiles individuais
de marcas de vestuário e nove desfiles do projeto Bloom. Ao todo, o evento
reúne 17 criadores, nove marcas de vestuário e seis marcas de calçado, bem
como seis jovens designers e quatro marcas de jovens designers. Estes últimos
inserem-se no projeto Bloom, criado pelo Portugal Fashion em 2010, com o
intuito de divulgar, apoiar e valorizar, nacional e internacionalmente, jovens
criadores portugueses.
Para o presidente da ANJE, “o 36.º Portugal Fashion é uma demonstração de
força e resiliência da fileira moda portuguesa. Numa conjuntura económica
ainda difícil, o Portugal Fashion mantém um nível elevado de qualidade segundo
os padrões internacionais e um programa de desfiles muito diversificado, que
permite ao evento abarcar diferentes nichos da fileira moda. Para além de
criadores consagrados, designers emergentes e marcas de vestuário e calçado, o
evento continua a dar a oportunidade a jovens criadores de apresentarem os
seus trabalhos, naquilo que é um contributo claro para a renovação geracional
da moda portuguesa”, garante João Rafael Koehler.
Regresso de Pedro Pedro
Após a apresentação de Luís Buchinho, e à semelhança da edição anterior, o
Palácio dos Correios volta a receber desfiles do Portugal Fashion, a partir
das 20h30 do dia 26 de março. Merecem destaque as novas coleções de Daniela
Barros, Hugo Costa, Katty Xiomara, Júlio Torcato e Pedro Pedro, que regressa
ao evento depois de vários anos de ausência. A última participação de Pedro
Pedro no Portugal Fashion foi em 2007, na 21.ª edição do evento.
Nascido em 1973, Pedro Pedro concluiu, em 1997, o curso de Design de Moda da
Academia de Moda do Porto. Iniciou-se como profissional em 1996 e ganhou,
nesse mesmo ano, o 1.º prémio do concurso “ Novos Estilistas Expo-Wear”.
Começou por fazer ilustrações de moda e desenvolveu vários projetos ligados à
indústria: fardas, linhas jean e streetwear masculino. Em 1998 criou a marca
Pedro Pedro, com a qual participa, nos anos seguintes, no Porto de Moda e no
Portugal Fashion.
Em 2003 ganhou o 1.º prémio do “I Mode You European Fashion Awards 03”,
realizado em Bruxelas. Em 2004 lançou, com Júlio Waterland, a etiqueta Pedro
Waterland, com a qual estaria presente em várias edições do Portugal Fashion.
Em 2006 e 2007, a marca/dupla Pedro Waterland participa na Paris Fashion Week,
com o apoio do Portugal Fashion. Entretanto, é retomada a marca Pedro Pedro,
com a qual o criador vem apresentando o seu trabalho desde a coleção
primavera/verão 2008.
Antes de Pedro Pedro, Katty Xiomara apresenta a coleção ”Revolution”, que,
segundo a criadora, “desenha um contorno mais feminino sobre aquela base tão
masculina do uniforme militar. E numa visão mais otimista fala-nos da
necessidade de respeitar o que é natural e vivo”. Ora, “como resultado desta
mistura militar, revolucionária e naturalista, numa onda de movimentos livres
e espontâneos, surgem formas puras, limpas, envolventes e texturadas. Lãs
meltons, tweeds e malhas esponjosas, materializam a ideia de volume e textura.
A leveza e as linhas puras ficam ao serviço das rendas e voilles de algodão e
seda”. Nas cores imperam os tons verde da natureza e pequenos detalhes em
ambrósia, alecrim e vermelho marsala, que combinam com padrões militares.
A seguir, Júlio Torcato revela a coleção “Two (2) Collection", que é descrita,
pelo seu autor, como um “trabalho sobre dualidade e duplicidade, sobre nós e o
outro, sobre diferenças que aproximam, como uma energia que associa conceitos
aparentemente antagónicos: claro e escuro, tradição e modernidade, curto e
longo”. Predominam as calças cropped e os casacos longos com materiais como
pelos falsos, veludo, pele e lã. Riscas e xadrezes definem silhuetas
contemporâneas e reforçam o look e o statement da coleção. Nas cores dominam o
preto, o navy, o bordeaux e o cinza. “Os materiais, a forma e as texturas são
a chave do conceito da coleção”, diz Júlio Torcato.
A encerrar a noite de quinta-feira, Pedro Pedro dá a conhecer uma coleção que
teve como ponto de partida conceptual o “ballet como esforço, dedicação,
bravura. A dança antes do glamour do palco. A dança como exercício físico
exigente, batalha contra o corpo”. Assim nasceu uma coleção que o criador
descreve como “brutalista nos cortes e nos acabamentos, contrariada pelos
materiais naturais e femininos. Roupa-casulo que contrasta com rachas e
aberturas, sobreposições que não escondem por completo a sensualidade da
pele”. Nos materiais, Pedro Pedro privilegiou os feltros de lã, a lã double
face, os bouclés, a jersey de lã e os canelados de jersey estruturados e/ou
transparentes. A paleta de cores espraia-se pelas tonalidades de cinzento,
castanho, caqui e rosa, com apontamentos vivos de mostarda e preto. A silhueta
é “natural” mas vai-se “descontruindo à medida que se acentua o jogo de
sobreposições”. Os cortes são “longilíneos” e estão “conjugados com peças
desestruturadas e volumosas”.
Estreia no Palácio da Bolsa
Na sexta-feira, 27 de março, o Portugal Fashion faz a sua estreia no Palácio
da Bolsa, um dos mais monumentais e identitários edifícios da cidade do Porto.
A partir das 17h30, sobem à passerelle as coleções, entre outros, da marca
Meam (by Ricardo Preto), dos consagrados Anabela Baldaque, Carlos Gil e Miguel
Vieira e dos designers emergentes Diogo Miranda, Susana Bettencourt e Estelita
Mendonça.
Com a coleção “Teatime", Anabela Baldaque revela uma “história de imagens”,
onde sobressaem capas, casacos longos, casacos grandes, casacos volumosos e
cachecóis. Estas peças foram concebidas com recurso a brocados, sedas, lurex,
lã, jersey tricô, fantasias e lisas. As cores remetem para o outono: bege,
verde, laranja, azul e preto. A silhueta é longa e fluida. Para Anabela
Baldaque, esta coleção “é uma mistura de rock romântico com uma audácia
gráfica”.
Regressado de Paris, onde a 8 de março se estreou na semana de prêt-à-porter
com o apoio do Portugal Fashion, Diogo Miranda vai fazer desfilar, justamente,
uma coleção dedicada à cidade-luz. Chama-se “Paris n.º 1” e teve como ponto de
partida “uma silhueta couture com um tom subversivo”. O “look austero, porém
estilizado”, remete para os filmes de ficção científica. “Ombros acentuados,
cinturas definidas e ancas exageradas denunciam os contornos do corpo. Volumes
angulares, com novas proporções apresentam uma nova impressão da figura e
silhueta feminina”. O criador privilegiou o bordeaux, o preto, o azul navy, o
azul Riviera, o telha e o branco em materiais como a seda, o mikado, os
brocados, o veludo devoré, a lã e crepe de seda.
A encerrar os desfiles no Palácio da Bolsa, Miguel Vieira traz-nos “uma
coleção minimalista e luxuosa, inspirada nos materiais utilizados, nos
próprios tecidos e no seu processo de implementação. De base artesanal e com
corte impecável, os fatos são meticulosamente construídos por alfaiates com as
melhores cachemiras, os sapatos handmade saem das mãos dos artesãos mais
experientes e as gravatas e camisas de malha são como uma segunda pele”,
assegura o criador. Há uma mistura de tecidos técnicos com tecidos jacquard
com motivos geométricos, couro trabalhado e lantejoulas bicolor, daqui
resultando “uma silhueta clean”. “As peças jogam com detalhes de décadas
anteriores e detalhes desportivos, mas sempre com uma base clássica, que lhes
confere um look moderno, sofisticado e elegante”. Nas cores avultam o bege
café com leite, o bordeaux, o castanho licor de café, o azul Limoges e o negro
carvão vegetal.
No derradeiro dia de desfiles, sábado 28, o Portugal Fashion regressa àquele
que tem sido o seu centro nevrálgico nos últimos anos: a Alfândega do Porto.
Para este histórico edifício está prevista uma longa jornada de desfiles, que
tem início às 15h00 com as apresentações coletivas de seis marcas de calçado
(Dkode, Fly London, Goldmud + Alexandra Moura, J. Reinaldo, Nobrand e Sílvia
Rebatto) e quatro de vestuário (Ballentina, Concreto by Hélder Batista,
Cheyenne e Mad Dragon Seeker by Alexandrine Cadilhe e Daniel Simões). Nesse
dia, destaque ainda para os desfiles de Nuno Baltazar, Luís Onofre, Vicri,
Lion of Porches, Dielmar e Fátima Lopes, que encerra o evento como
habitualmente.
Fátima Lopes vai dar a conhecer a coleção “Black Rainbow”, em que, com as suas
“silhuetas arquiteturais e desconstruídas, assimétricas e curvilíneas, a
criadora desenha o sedutor look de uma nova amazona”. Nas propostas da
estilista madeirense para a estação fria há a destacar o uso de peles em
vestidos e casacos, bem como as combinações de seda e cachemira e a aplicação
de rendas que dão “um toque feminino às silhuetas altas e estruturadas”. Já
“os vestidos surgem sobrepostos em calças e os casacos em vestidos, as capas
são utilizadas sobre os ombros e as combinações são duplas: calças de tamanho
curto e vestidos semilongos”. Quanto às cores, dominam os tons púrpura
profundos, os verdes secos e delicados e os azuis orgânicos. Para Fátima
Lopes, “o resultado é simples, chique e ideal para uma mulher moderna e
independente”.
Showroom com coleções de criadores
O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR inclui, pela 4.ª vez consecutiva, o showroom
Brand Up. Trata-se de uma mostra de coleções de criadores e marcas de
vestuário, aberta ao público em geral mas também dirigida a agentes do setor.
Importa sublinhar que o Brand Up decorre na Alfândega do Porto e vai concitar
a atenção da alargada comitiva de convidados internacionais, em particular
jornalistas especializados e agentes de compras.
A propósito de promoção internacional da moda portuguesa, importa ainda
referir que a apresentação das coleções nacionais para o outono/inverno de
2015-16 teve início na 61.ª Mercedes-Benz Fashion Week Madrid, no princípio de
fevereiro. A campanha internacional prosseguiu com ações na London Fashion
Week, entre 20 e 24 de fevereiro, e na Semana de Prêt-à-Porter de Paris, já em
março. As próximas paragens são, então, Lisboa e Porto.
O Portugal Fashion é um projeto da responsabilidade da ANJE – Associação
Nacional de Jovens Empresários em parceria com a ATP – Associação Têxtil e
Vestuário de Portugal, sendo atualmente financiado pelo QREN no âmbito do
Programa Compete – Programa Operacional Fatores de Competitividade.
Portugal Fashion volta a apostar em novos talentos
PASSERELLE DO BLOOM REVELA
PROPOSTAS DE SEIS JOVENS DESIGNERS
E QUATRO MARCAS DE NOVOS CRIADORES
 Ao todo, nesta 36.ª edição estão previstos 10 desfiles
consagrados a quem dá os primeiros passos no mundo da moda

Instalação artística que, em Londres, serviu para expor criações
do Bloom vai estar patente na Alfândega do Porto
O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR contempla 10 desfiles no âmbito do projeto
Bloom, plataforma aberta ao trabalho de jovens criadores e suas marcas. Na
Carpintaria de São Lázaro, em Lisboa, a marca HIBU e a designer Carla Pontes
apresentaram as suas propostas no Bloom, no dia 25 de março. No Porto, entre
26 e 28 de março, estão previstos mais oito desfiles na passerelle do Bloom.
Ao todo, durante os quatro dias do evento, vão desfilar as coleções de seis
jovens designers (Carla Pontes, Mafalda Fonseca, João Melo Costa, Pedro Neto,
Eduardo Amorim e Teresa Abrunhosa) e de quatro marcas de novos criadores
(HIBU, KLAR, Align With Kay e Atelier Ctrl).
“A descoberta, apoio, orientação e promoção de jovens criadores é um dos
desígnios estratégicos do Portugal Fashion”, sublinha o presidente da ANJE. “O
evento procura funcionar como alavanca de talentos emergentes, de modo a
renovar o panorama da moda nacional, a facilitar a integração de novos
designers no mercado de trabalho e a preencher eventuais lacunas que empresas
do setor do vestuário tenham ao nível do design”, acrescenta João Rafael
Koehler. Neste pressuposto, “o principal instrumento deste desígnio
estratégico é efetivamente o projeto Bloom”.
No 36.º Portugal Fashion REFLECTOR merece destaque a estreia no evento das
marcas Align With Kay e Atelier CTRL, o que configura a vontade da organização
de, em cada edição, dar a a conhecer o trabalho de novos criadores, para assim
integrá-los no mundo da moda.
Align With Kay é a marca da designer Catarina Santos, que nasceu em Guimarães
em 1989 mas muito cedo, com dois anos, foi viver para Basileia. Nesta cidade
suíça concluiu o curso de Modelação e Costura no Couture Atelier e, já depois
de iniciar atividade nesse âmbito, regressou a Portugal aos 22 anos. Entrou
então no curso de Design de Moda da ESAD – Escola Superior de Artes e
Design de Matosinhos e, no ano de finalista, participou no Concurso Bloom
Portugal Fashion 2014, ficando classificada em 3.° lugar com a coleção “Subtil
Conflict”.
Fundado em 2013 por Horácio Vilela e João Lopes, o Atelier Ctrl propõe “uma
mistura entre arte e moda”. Composto por quatro criativos, a marca assume “a
missão onírica de perpetuar a arte e filosofia num ambiente direcionado para a
moda”. O Atelier Ctrl começou, aliás, por desenvolver pinturas a óleo para tshirts, mas o conceito expandiu-se e deu origem à primeira coleção com a marca
homónima. Trata-se de um conjunto de propostas de moda masculina para o
outono/inverno de 2015-16, sob o nome de "Eminence". Refira-se ainda que o
Atelier Ctrl está instalado na IMOD – Incubadora de Moda e Design, no espaço
criativo Fábrica de Santo Thyrso.
Mais de 30 jovens designers apoiados pelo Bloom
O projeto Bloom foi criado pelo Portugal Fashion em 2010 com o intuito de
apoiar, divulgar e valorizar, nacional e internacionalmente, jovens criadores
portugueses. Traduzido para português, Bloom significa, aliás, florescer, dar
flor, resplandecer. E é com este espírito de incubação que o professor de moda
e criador Miguel Flor assume a coordenação do projeto Bloom, sendo responsável
pela seleção dos designers, pelo apoio na estruturação dos seus coordenados e
pela conceção dos desfiles. Importa sublinhar, a propósito, que os desfiles do
Bloom se aproximam mais da performance do que das passagens de modelos
tradicionais.
Desde a 27.ª edição do Portugal Fashion, em outubro de 2010, o projeto Bloom
já possibilitou a apresentação de coleções, numa passerelle alternativa do
evento, a 33 jovens designers e a três marcas de novos criadores: Alexandre
Marrafeiro, Ana Segurado, Andreia Lexim, Carla Pontes, Carlos Couto, Catarina
Santos, Celsus, Cláudia Garrido, Daniela Barros, Diana Matias, Eduardo Amorim,
Elionai Campos, Estelita Mendonça, Gonçalo Páscoa, Hugo Costa, Iúri, Joana
Ferreira, João Melo Costa, João Rôla, Mafalda Fonseca, Margarida Gentil, Maria
Martins, O Simone, Pedro Jorge, Pedro Neto, Pedro Pinto, Pilar Pastor, Pritt
Franco, Rita Gilman, Sara Maia, Stefano Ficetola, Susana Bettencourt, Teresa
Abrunhosa e ainda as etiquetas Autopsy (by Jordann Santos), HIBU e KLAR. A
todos estes nomes devem acrescentar-se, agora, as marcas estreantes desta 36.ª
edição: Align With Kay e Atelier Ctrl.
Alguns destes jovens criadores participaram também em desfiles e showrooms
internacionais com o apoio do Portugal Fashion, marcando assim presença em
importantes certames de moda de Londres, Viena, Paris, Copenhaga e Madrid. Em
dezembro de 2012, jovens criadores apoiados pelo projeto Bloom – Carla Pontes,
Daniela Barros, Estelita Mendonça, Hugo Costa, Joana Ferreira e João Melo
Costa – apresentaram as suas criações no Matadero - Centro de Creación
Contemporánea, em Madrid.
Em setembro de 2013, Daniela Barros e Estelita Mendonça participaram na Vienna
Fashion Week. João Melo Costa, por seu turno, realizou no mesmo mês um desfile
na Embaixada de Portugal em Londres, inserido no programa complementar da
London Fashion Week. Em fevereiro de 2014, o mesmo João Melo Costa e ainda
Daniela Barros fizeram desfilar as respetivas coleções na iniciativa Fashion
Scout, integrada na London Fashion Week. A 10 de setembro de 2014, Susana
Bettencourt apresentou as suas propostas na Vienna Fashion Week e, dois dias
depois, foi a vez de Daniela Barros e João Melo Costa participarem novamente
na iniciativa Fashion Scout, em Londres.
Em 2015, mais concretamente a 20 de fevereiro, o Portugal Fashion produziu os
desfiles de Daniela Barros e João Melo Costa na plataforma Fashion Scout, no
âmbito da London Fashion Week. Também em Londres, entre 20 e 24 de fevereiro,
Carla Pontes, João Melo Costa, KLAR, Hugo Costa e Mafalda Fonseca foram os
“bloomers” responsáveis pela representação de Portugal na iniciativa
International Fashion Showcase. Na altura, as criações destes designers e
marca estiveram expostos numa instalação concebida para o efeito, sob
curadoria de Miguel Flor.
Instalação “Sol. Energia. Tecnologia.”
De referir que a mesma instalação, designada de “Sol. Energia. Tecnologia.”,
vai estar em exposição na Alfândega do Porto, durante os desfiles para aí
programados. Trata-se de uma criação artística da autoria de outros talentos
portugueses emergentes e com carreira internacional: o designer radicado em
Londres Miguel Bento e a dupla de arquitetos NU.AS, Nuno Paiva e Astrid
Suzano.
Segundo Miguel Flor, a instalação é “a continuidade do trabalho apresentado na
edição passada do International Fashion Showcase, em que, através de uma
estufa, de um ambiente orgânico, se apresentaram as várias fases do
crescimento sequencial”. Assim sendo, “nesta segunda fase, pretende-se
proporcionar ao espectador uma evolução dessa estufa através de uma linguagem
tecnológica e de elementos que sustentam o crescimento de uma forma
artificial. A energia do sol é o núcleo desta instalação, a força motriz deste
novo movimento tecnológico, o catalisador desta incubadora de talentos”,
acrescenta.
Por conseguinte, a instalação em causa vai ao encontro do sentido da palavra
inglesa “bloom”, que, como já referimos, é sinónimo de florescer, dar flor,
resplandecer. Ou seja, significa algo de fresco, que está a nascer ou a
crescer, mas também algo mais laboratorial e, portanto, mais experimental,
mais arriscado, mais inovador. Por outro lado, a instalação também se enquadra
no tema desta 36.ª edição do Portugal Fashion: REFLECTOR. Isto porque a
instalação tem uma grande superfície espelhada, onde as criações dos designers
são refletidas, criando-se assim um efeito caleidoscópico.
Ação de sensibilização social no último dia do evento
JOVEM COM TRISSOMIA 21
DESFILA NA PASSERELLE
DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR

A intenção é dar visibilidade pública às pessoas com Síndrome de Down,
alteração genética que não tem de ser sinónimo de isolamento social nem é
impedimento para a generalidade das atividades humanas
O 36.º Portugal Fashion REFLECTOR inclui no seu programa de desfiles uma ação
de sensibilização social. Um jovem com Trissomia 21 – Daniel Maia, com 17 anos
– vai participar no desfile das marcas Cheyenne e Mad Dragon Seeker by
Alexandrine Cadilhe e Daniel Simões. O objetivo é sublinhar a ideia de que a
Síndrome de Down não tem de ser sinónimo de isolamento social nem é
impedimento para a generalidade das atividades humanas. Com o apoio da Palco
Sem Barreiras, associação que visa dar maior visibilidade pública aos cidadãos
portadores de Trissomia 21, esta ação enquadra-se no dia mundial dedicado a
esta alteração genética, o World Down Syndrome Day, que se assinalou a 21 de
março.
Para o presidente da ANJE, a participação nos desfiles de um jovem com
Síndrome de Down “é uma chamada de alerta para a necessidade de integração
social e profissional dos portadores de Trissomia 21, ajudando a quebrar
preconceitos, estigmas e mitos justamente através de uma atividade associada à
perfeição física, como é a dos manequins de moda. Neste sentido, esta
iniciativa insere-se na responsabilidade social que a ANJE preconiza para si,
para os seus associados e para a sociedade em geral”, conclui João Rafael
Koehler.
De resto, este género de ações de consciencialização social não é inédito no
Portugal Fashion. Nas 17.ª e 19.ª edições do evento, em 2005 e 2006, teve
lugar a iniciativa MODA’R MENTALIDADES, âmbito da qual crianças e jovens
portadores de deficiência desfilaram na passerelle ao lado de manequins
profissionais e figuras públicas. Organizada pela Corrente Jovem – Associação
de Jovens para o Apoio à Pessoa Deficiente, a iniciativa visava essencialmente
promover a igualdade de oportunidades, a valorização estética, a visibilidade
pública, a integração social e o bem-estar físico da pessoa portadora de
deficiência.
SIC É A TELEVISÃO OFICIAL
DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR


Ana Rita Clara apresenta, pela primeira vez,
os programas de transmissão dos desfiles
Dois programas extra de 25 minutos assinalam 20.º aniversário do evento
A SIC volta a ser a televisão oficial do Portugal Fashion, à semelhança das 12
últimas edições do evento. O protocolo assinado entre a organização do
Portugal Fashion e a estação de Carnaxide prevê a produção e transmissão de
quatro programas de dois minutos na SIC generalista, de oito programas de dois
minutos na SIC Mulher e na SIC Caras e ainda de um compacto de 20 minutos na
SIC Mulher e na SIC Caras. Os desfiles do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR vão
poder, pois, ser vistos por milhões de telespectadores nos canais do universo
SIC.
Acresce que, para assinalar o 20.º aniversário do Portugal Fashion, estão
igualmente previstos dois programas extra de 25 minutos na SIC Mulher e na SIC
Caras. Programas, esses, que apresentam um formato novo e incluem reportagens
e entrevistas com diferentes protagonistas do evento: criadores e marcas,
organizadores e técnicos de bastidores, jornalistas especializados nacionais e
estrangeiros, figuras institucionais e agentes de compras, por exemplo.
De referir que a produção dos conteúdos dos programas é da responsabilidade da
organização do Portugal Fashion, mas de acordo com as guidelines da SIC. De
resto, a condução dos programas caberá, pela primeira vez, à conhecida atriz e
apresentadora Ana Rita Clara.
Há ainda a possibilidade de incluir conteúdos sobre o evento em programas de
entretenimento e informativos da SIC, de acordo com a linha editorial dos
mesmos.
Maior canal de moda do mundo
FASHION TV É A TELEVISÃO INTERNACIONAL
DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR
A Fashion TV Portugal é a televisão internacional do 36.º Portugal Fashion
REFLECTOR. Mediante o acordo estabelecido com os organizadores do evento, o
maior canal de moda do mundo vai transmitir, para toda a Europa, reportagens
do 36.º Portugal Fashion (desfiles e assistência) durante 15 dias (no mínimo)
em prime time, entre as 20h00 e as 24h00, no total de 75 minutos. A produção,
realização e edição do filme cabem à Fashion TV Portugal, sendo que a emissão
chegará a uma audiência potencial de mais de 20 milhões de pessoas.
Para o presidente da ANJE, João Rafael Koehler, “trata-se de um acordo que
interessa a ambas as partes. Para o Portugal Fashion, a Fashion TV é um meio
muito eficaz de promoção da moda portuguesa no exterior, tendo em conta a
dimensão internacional do canal, o seu elevado universo de espectadores e a
sua especialização jornalística. Por seu turno, a Fashion TV Portugal terá,
pelas características do canal, interesse em assegurar a cobertura e a difusão
de um dos maiores eventos de moda da Península Ibérica, como é o Portugal
Fashion”.
PARCERIA COM O PORTO CANAL
GARANTE AMPLA COBERTURA DO EVENTO
O Porto Canal é media partner do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR. A
organização do evento estabeleceu uma parceria com esta estação de televisão,
que prevê a antevisão e promoção do evento (programas Porto Alive e Grandes
Manhãs), a cobertura informativa do mesmo, a transmissão em direto de desfiles
e a realização de reportagens e entrevistas com organizadores, criadores,
marcas, staff e técnicos dos bastidores. Os pivots responsáveis pela condução
desta emissão especial são Maria Cerqueira Gomes, Rute Braga e Andreia Teles.
O Porto Canal iniciou as suas emissões no dia 29 de setembro de 2006,
apresentando hoje uma grelha com 24 horas diárias de transmissão televisiva. A
sua programação aposta na informação de interesse específico para os 14
concelhos que integram o Grande Porto, contando, para tanto, com a colaboração
de empresas, autarquias e instituições relevantes desta área metropolitana.
ANTENA 3 É MEDIA PARTNER
DO 36.º PORTUGAL FASHION REFLECTOR
A Antena 3 é media partner
das sete anteriores edições
campanha promocional para o
de convites para o evento e
do 36.º Portugal Fashion REFLECTOR, à semelhança
do evento. Esta estação de rádio pública gizou uma
Portugal Fashion que inclui spots diários, ofertas
passatempos variados.
Para o presidente da ANJE, entidade organizadora do evento, a Antena 3 “é uma
rádio jovem, moderna, urbana e que por isso se enquadra na cultura de moda que
o evento tem promovido há 20 anos no nosso país. Estou certo de que o público
do Portugal Fashion, bem como o conjunto de pessoas envolvidas na realização
do evento, se identifica com a imagem, linha editorial e postura pública da
Antena 3”, conclui João Rafael Koehler.
Download

portugal fashion comemora 20 anos com 31 desfiles