NOVEMBRO 2013
ANO XXIV - Nº 264
BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL
PUBLICAÇÃO MENSAL
Preço avulso: 0,50 €
EDITORIAL
Não vivemos parados no tempo, pois a novidade é
permanente que não só traduzida em coisas materiais.
O trabalho pastoral, nos seus vários sectores, tem a
participação de todos os que a esse sector pertencem.
A grande realidade de participação é materializada no
Conselho de Pastoral Paroquial que sendo já realidade
entra nós há mais de 20 anos vai, cada vez mais, tendo
um lugar muito importante, pois os seus elementos
propõem e aconselham o Pároco, em tudo o que
acção`pastoral diz respeito. Costumo dizer que todos
os que ao Conselho Pastoral pertencem e foram
escolhidos ou indigitados, devem procurar olhar a
realidade com o olhar de Cristo e tudo fazer para que
Ele seja mais seguido e amado. Não é parlamento de
desabafo ou de apresentar resultados...é sobretudo
espaço onde todos têm vez e voz no que há paróquia
diz respeito. Os e as que a ele pertencem têm de
estimar muito os outros e a paróquia onde vivem.
terem a qualidade de ouvir, de dizer, de concluir e de
seguir sempr dentro da Igreja a que preside o Pároco.
Todas as realidades têm e devem ser vistas à luz
da fé.
Muito em breve, os sectores da Pastoral vão ser
chamados a escolher o seu delegado. A escolha e a
aceitação tem de ser responsável, como todos entendem
e, cada vez querem mais que assim seja.
Posso dizer que uma Paróquia depende do Conselho
Pastoral e o seu futuro tem de ser constantemente
preparado por ele.
Penso que todos procuraram fazer o melhor, à sua
maneira, mas creio que é possível fazer mais e melhor.
Estamos prestes a celebrar o final do Ano da
Fé. Foi uma caminhada iniciada a 11 de Outubro de
2012 e chega ao seu termo a 24 de Novembro, como
celebração duma caminhada, não como fim mas como
nova arrancada pois muito recebemos em doutrina e
celebração. Estou confiante.
PDJ
http://www.paroquiadamaia.net
Dia 13 de Outubro celebrámos o 22º aniversário da
Dedicação da Igreja de Nossa Senhora da Maia e Festa de
Nossa Senhora da M aia. A Igreja encheu-se.
Tinha-se programado que a Procissão sairia á Cidade,
percorrendo parte da Rua Augusto Simões, Prala Dr. José
Vieira de Carvalho, Avenida Visconde, Santa casa, Rua do
Viso, Rua Dr. Augusto Martins. O tempo não o permitiu,
devido á chuva, mas a procissão fez-na Igreja ao som de
cânticos e da Oração do Terço. Foi um belo momento
NOSSA
SENHORA
DA MAIA,GUIAI-NOS
para
em Maria
pormos o nosso
coração sentindio a Sua
presença.
[email protected]
CONSULTANDO A HISTÓRIA
Continuando a transcrição das informações sobre S. Miguel de Barreiros
fornecidas em 1758 no âmbito das “Memórias Paroquiais”, vemos hoje o excerto
do documento que diz respeito às questões 7 a 12, que eram as seguintes:
“ 7. Qual é o seu orago, quantos altares tem, e de que santos, quantas naves
tem; se tem Irmandades, quantas e de que santos.
8. Se o Pároco é cura, vigário, ou reitor, ou prior, ou abade, e de que apresentação
é, e que renda tem.
9. Se tem beneficiados, quantos, e que renda tem, e quem os apresenta.
10.Se tem conventos, e de que religiosos, ou religiosas, e quem são os seus
padroeiros.
11.Se tem hospital, quem o administra e que renda tem.
12. Se tem casa de Misericórdia, e qual foi a sua origem, e que renda tem; e o
que houver de notável em qualquer destas coisas.”
Nas informações prestadas pelo pároco de então ( disponíveis no Portal da
Torre do Tombo, em http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=4239195), vemos as
seguintes respostas:
“7 O orago e Padroeiro he São Miguel,
tem cinco altares com seu arco e capella mór,
S. MIGUEL DA MAIA
onde está o Padroeyro e a imagem de Christo
Proprietário e Editor
Crucificado, dous altares da parte do Evangelho, hum da Senhora do Bom Despacho e
Paróquia da Maia
outro de São Vicente, e outros dous da parte da Epistola, hum de São Roque e outro
de Santo Antonio, tem huma nave só e duas Irmandades, huma da Senhora do Bom
Director
Despacho e outra do Subsino
8 He vigairaria collada por aprezentação dos Ballios de Leça e collação dos
e
Reverendos Vigarios Geraes da Religião de Malta. Rende cento e oitenta mil reis
Chefe
de
Redacção
9 Não tem beneficiados
P. Domingos Jorge
10 Nada
11 Nada
Maria Artur
12 Nada”
Colaboradores
NOTÍCIAS DA COMUNIDADE PAROQUIAL
A CELEBRAÇÃO DO ANO DA FÉ
O Santo Padre Bento XVI, Papa-Emérito,
pela sua carta Apostólica "A Porta da Fé" propôs à
Igreja a celebração do Ano da Fé (11 de Outubro de
2012 a 24 de Novembro de 2013) como celebração
dos 50 anos do Concílio Vaticano II e os 20 anos do
Catecismo da Igreja Católica, como todos sabem. O
Ano está a chegar ao fim, que não a Fé, pois a vivência
de um ano robusteceu-a para que ela seja a luz.
A Diocese vai celebrar , na Catedral, às
16h00, todos são chamados a participar.
Na nossa paróquia iremos celebrar este final, no
domingo dia 16,em todas as celebrações da Eucaristia,
com a entrega do Credo e alguns testemunhos.
30 NOVEMBRO - CONCERTO SOLIDÁRIO
No próximo dia 30, irá realizar-se no Fórum da Maia um espetáculo
solidário que reverterá a favor das Conferências Vicentinas da Maia,
Vermoim, Gondim e Milheirós.
Para este evento, estão já confirmadas as presenças de Francisco
Moreira (Kiko) vencedor da Gala de Fado da RTP, as Clavezinhas
de Sol, o Coro Sol Maior e o grupo Amigos do Ambiente que
protagonizam um animado espetáculo de imitações.
Esta é mais uma iniciativa de várias Conferências da Maia, que
procuram cada vez mais, dar as mãos no auxílio aos mais pobres. Com a receita deste
espetáculo iremos tentar proporcionar um Natal um pouco melhor às cerca de 200
famílias apoiadas pelas 4 conferências.
Acreditamos que o cartaz é apelativo e que estão reunidas todas as condições para
passar uma noite agradável connosco. Participe e ajude-nos a divulgar o evento. Encher o
Fórum da Maia não irá ser fácil, como quase tudo o que diz respeito à atividade vicentina,
mas como habitualmente, contamos com a colaboração da nossa comunidade que ao
longo do tempo nos tem ajudado a superar todos os obstáculos.
Carlos Costa
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2
Ana Maria Ramos
Ângelo Soares
António Matos
Arlindo Cunha
Carlos Costa
Conceição Dores de Castro
Henrique Carvalho
Higino Costa
Idalina Meireles
João Aido
José Carlos Teixeira
José Manuel Dias Cardoso
Luís Sá Fardilha
Manuel Machado
Mª Artur C. Araújo Barros
Mª Fernanda Ol. Ramos
Maria Lúcia Dores de Castro
Mª Luísa C.M. Teixeira
Maria Teresa Almeida
Mário Oliveira
Palmira Santos
Paula Isabel Garcia Santos
Correspondentes
Vários (eventuais)
Col. na Composição
João Aido
José Tomé
Tiragem
1500 exemplares
Pró - VOCAÇÃO, por vocação
MOVIMENTO DEMOGRÁFICO
BAPTIZADOS
Mês de Outubro
Semana dosa Seminários
Começa hoje a Semana dos Seminários, com este
tema sugestivo e provocador: “Para que Cristo se
forme em nós”.
O guião da Comissão Episcopal Vocações e
Ministérios dá o mote, através da oração que propõe:
06 - Afonso Duarte Morais
- Rodrigo Miguel Moreira Pinto
- Rodrigo Miguel Neto Moreira
ÓBITOS
04 - Maria do Céu Lopes Vieira (88 anos)
- Abílio Francisco Gonçaslves Riberiro (72 anos)
10 - Feernando Correia Gomes (66 anos)
14 - Ilda de Jesus Domingues Pinheiro (65 anos)
27 - Maria Alice de Oliveira (100 anos)
ORAÇÃO
Deus - Pai, Filho e Espírito Santoque em Jesus viestes até nós
para nos dar a Vida em abundância:
Dai-nos muitos e santos sacerdotes
que pela Palavra, pelos Sacramentos e pela Caridade pastoral
nos comuniquem a vossa graça,
para que Cristo se forme em nós!
Dai-nos seminaristas livres para responder,
que cresçam em santidade e sabedoria
e abracem o sacerdócio,
para que Cristo se forme em nós!
Dai-nos jovens generosos e atentos que,
nas suas famílias e comunidades,
escutem o vosso chamamento e respondam SIM,
para que Cristo se forme em nós!
E Vós, ó querida Virgem Mãe,
ensinai-nos a vossa docilidade ao Espírito Santo,
para que Cristo se forme em nós!
De facto, esta oração resume o essencial:
- O ministério sacerdotal existe em ordem à conformação
de todos os homens com Cristo.
Amén!
- Para que haja vocações ao ministério sacerdotal, é
preciso rezarmos!
- Os sacerdotes são os comunicadores da Graça pelo que anunciam, celebram e vivem.
- Os que se questionam e preparam para o sacerdócio precisam de ser formados e acompanhados, para que façam
uma escolha livre e orientada ao serviço a Deus nos irmãos.
- As famílias e as comunidades são elas mesmas seminários, isto é, lugares onde a semente vocacional brota e germina;
para isso têm de ser lugares onde o chamamento possa ser escutado e generosamente respondido.
- A vocação é fruto da docilidade ao Espírito, que em nós opera e nos abre a Deus, como Maria tão bem nos mostra.
Que a nossa vida seja um permanente “Amen”, isto é, a expressão permanente de que queremos que Cristo se forme
em nós e nos comprometemos a ser “seminário” de novas vocações sacerdotais.
Oração pelas Vocações Sacerdotais
Toda a comunidade paroquial está convidada a rezar pelas vocações sacerdotais:
- nas celebrações eucarísticas dominicais
- através da oração acima e/ou da que foi distribuída nas missas dominicais
- participando na vigília de oração no dia 13, 4ª feira, pelas 21h30, na igreja de Nossa Senhora da Maia
- no Terço em comunidade
- na adoração ao Santíssimo, que na primeira quinta-feira de cada mês terá uma hora vocacional
O que distingue um presbítero
No seu livro “Levantar o céu”, o Prof. José Mattoso cita “A vida de S. Teotónio”, do séc.XII. Pela sua actualidade e pertinência nesta Semana dos Seminários, aqui reproduzimos o texto:
“Ordenado de presbítero pela prudência do seu comportamento, e pela maturidade do seu modo de vida, foi crescendo com grande aproveitamento e a viver com hábitos de grande honestidade entre o povo de Deus. (…) Era tal o seu
modo de vida que constituía exemplo para todos e cada um. Desempenhava admiravelmente o ofício da sua ordem, catequizando os povos sem instrução, batizando e incorporando-os na Igreja. Chamava os pecadores à penitência e curava-os
com o medicamento das suas orações e com a palavra da consolação, absolvia-os e reconciliava-os com Deus. Rezava a
Deus pelos pecados do povo. Como bom medianeiro entre os homens e Deus, tanto apresentava os preceitos de Deus
ao povo, pregando-lhe a verdade, como oferecia as orações do povo a Deus, intercedendo pelos seus pecados, elaborando
no altar sacrifícios agradáveis a Deus, dizendo orações e abençoando os dons de Deus.”
Equipa Paroquial Vocacional
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3
CENTRO SOCIAL
Enerva-nos os debates da nossa Assembleia da República transmitidos pela TV, a ESCUTANDO O OUTONO
ponto de, ao mais pequeno sinal, quase em coro os nossos utentes pedirem para mudar de canal.
Baloiçam as árvores
Estamos todos cheios de palavras. São tão poucos os modelos credíveis. Quase Em dias de outono.
ninguém ouve ninguém. E tantos gritam para serem ouvidos.
Bailam as folhas
Falámos de mais na família, nas comunidades, na Assembleia da República. Com Ao sabor do vento…
alguma dificuldade percebemos que a voz que verdadeiramente se impõe é a do teste- Soltam-se, ligeiras,
munho A vida de cada um de nós deve ser o primeiro e eloquente meio de convencer. Livres, sem amarras…
Assim o ensinou São Francisco: «Com as obras é que todos devem pregar».
Voam, levemente,
Permanece bem actual a palavra de Paulo VI: «O cansaço que hoje provoca tantos Com o pensamento.
discursos ocos, não deve diminuir a permanente validade da palavra, nem levar a perder a confiança nela. Mas o homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade E o pensamento voa
os testemunhos do que os Mestres, ou então, se escuta os Mestres, é porque eles são Até ao outono
testemunhos».
Andrew Oitke publicou o polémico livro "MentalObesity", que revolucionou os Em dias de sol.
campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático Sinto a esperança…
de Antropologia em Harvard introduziu o conceito de "obesidade mental" para des- Depois de chuvadas
E de temporais
crever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a humanidade tomou consciência dos perigos do ex- Vem o sol que aquece,
cesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que Vem sempre a bonança!
os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas
Escutei o outono…
tão ou mais sérios que aquele".,
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de Falou-me, sem pressas,
Nas folhas bailando
proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono».
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, E cobrindo o chão.
condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem quase Tapete bordado
nada. Enquanto praticam qualquer desporto sob a sua responsabilidade, falham nas Em tons matizados…
tácticas; estão a vê-lo sob a responsabilidade dos outros, já sabem como fazer. Estão A vida é mudança,
fora do Governo, sabem de tudo; estão no Governo, não sabem nada. Os companhei- É renovação
Ana Maria Ramos
ros deste excesso da palavra são os jornalistas e os comentadores, os filósofos e os
editores de informação. Oiçam a rubrica "Contraditório" na Antena 1,ou leiam o que
escreveu na net um iluminado vereador da "cultura?" , e vejam se eu tenho ou não razão. Os telejornais e as telenovelas,
as revistas e os romances, dão continuidade aos que sabem tudo por fora e nada por dentro. Enfim ... tudo fofocas, como
disse há dias o nosso Papa Francisco.
Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em
decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura é só a imaginada de uns tantos.
Floresce a pornografia, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
O mundo, mais do que de reformas, desenvolvimento e progresso, precisa sobretudo da contenção da palavra e de
testemunhos de vida que não deixem dúvidas a ninguém. Dos santos do nosso tempo destacamos Madre Teresa de Calcutá
que, principalmente pela santidade de vida que a acompanhava, em muitos provocou uma verdadeira mudança.
Não estaremos nós obesos de tanta palradura e informação oca, mas pobres de ideais e de compromisso?
Não estaremos nós, também, cheios de doutrina para ensinar aos outros e não a aplicá-la a nós mesmos?
Façamos o nosso exame de consciência.
Manuel Machado
LIVRO A LIVRO
Via da FÉ
Ao longo dos dezassete capítulos deste livro, marcamos encontro com expressões de Pedro, inseridas
nos Evangelhos.Aprofundar o seu significado, é o conteúdo das lindas meditações que nos são apresentadas
por Frei Bernardo Corrêa D’Almeida, sacerdote franciscano.Via da Fé é um precioso contributo para, através
do itinerário de Pedro no seguimento de Jesus, refletirmos sobre: o nosso conhecimento da Palavra, o nosso
modo de orar, as nossas atitudes, o sentido da nossa existência…
Entusiasmemo-nos como Pedro a amar, a conhecer e a seguir Jesus.
Diz-nos o autor: - O Senhor Jesus dá-nos tudo para que a nossa fragilidade seja a nossa grandeza; dá-nos
a sua Eucaristia, dá-nos a sua Igreja, dá-nos os seus Apóstolos, dá-nos o seu Espírito, para que a nossa vida seja
um crescente florir de bondade e de comunhão.
Estejamos onde estivermos, tristes ou alegres, cansados ou animados, abramos o coração para o Deus de
Jesus Cristo entrar. Com a Sua Força e a Sua Luz, queremos caminhar.
Maria Teresa e Maria Fernanda
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4
EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR
O campo da acção desta equipa na Paróquia é imenso. Já há muitos anos que se falava da família
e dos problemas que enfrentava, mas hoje os problemas são imensos. Neste nosso mundo, nota-se em leis e suas interpretações um ataque feroz à família. Sabem-se de onde vem estes ataques
pois quem os provova e faz, através de tanta e tanta coisa. Mas nós acreditamos que a família é
uma realidade sagrada, mesmo sofrendo estes ataques, não poderá ser abolidada.
Esta Equipa paroquial vai ajudar a viver esperança, pois está consciente da fé.
Tudo o que foi o trabalho nas Paróquias foi, resumidamente apresentado.
Espera a equipa, muito em breve, apresentar algo de novidade neste campo pastoral para toda a Paróquia .
E. P.P.F
Maria Luísa e José Carlos Teixeira;Jorge Lopes; Lídia
Mendes; David Barbosa; Maria Elizabete e Jorge Real;
Contactos:
P. Domingos Jorge
917373873 - 229482390 229448287 - 917630347 229486634 969037943 966427043 - 229416209 - 916746491 - 965450809
www.paroquiadamaia.net;
962384918
[email protected] - Navegue
FESTA DE NOSSA SENHORA DA MAIA
em imagens - 13 de Outubro de 2013
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 5
HÁ CONTRASTES QUE DOEM MUITO
Num destes dias, descia eu, a rua da Sá da Bandeira,
do centro da cidade do Porto e quase parei quando vi
aquele homem, ainda muito novo, que muito apressadamente remexia dentro dum contentor de lixo. Não
parei, claro, não queria ser notada, por ele, na minha
observação, mas abrandei o passo e já mais adiante
virando-me para trás, vi que ele continuava naquela avidez de remexer dentro do contentor do lixo e separava alguma coisa para o saco dele. O que era? Era o papel. Deu para ver que até pequenos papeis ele recolhia.
A minha alegre disposição – pois aproveitava o intervalo para o almoço para caminhar um pouco naquele radioso dia de Outono, – e o meu pensamento, deram instantaneamente uma volta de 360 graus. Fiquei
totalmente absorvida pela figura de miséria daquele
homem. E pensei: Meu Deus do Céu, aquele pobre homem ali a aproveitar aqueles restos de papel, que por
certo serão o que depois de vendidos lhe vão permitir sobreviver, e nós, os que não passamos carências,
muito menos fome, no nosso dia a dia sempre a deitar
para o lixo tanta coisa ás vezes até em atitudes de desperdício e estrago. E nos precisos momentos seguintes,
saltou aos meus olhos a atitude de um colega de trabalho que esteve dois dias a arrumar o armário enfiando
no lixo comum, tudo o que era papel sem sequer se
dar ao cuidado de dar meia dúzia de passos para deitar
o papel no recipiente destinado á
reciclagem e que, por mais que se
lhe dissesse para o fazer, a sua resposta foi sempre: Oh, não estou
p´ra isso. Quero lá saber!...
A nossa sociedade, sem dúvida, está pejada de atitudes de “
Oh! Quero lá saber”…. Porque
são os pequenos gestos de cada
um, que fazem a diferença entre:
o que é bom e se faz bem, o que
é mau e a todos prejudica ou faz
falta.
Quem não se lamenta das medidas de austeridade do governo?
Quem não está a sentir os cortes nos rendimentos pessoais, das
famílias e em todos os serviços
prestados pelo Estado? Mas a realidade é que é muito difícil ver a
mudança de atitudes nas pessoas
que afinal de contas ainda nada
lhes faltou. O usar e deitar fora
em tanta coisa, continua muito visível, sem ser pensado o reaproveitamento, é o “Oh! Quero lá saber”…
que geralmente acontece, e ainda com mais frequência,
quando o gasto é por conta do Estado ou de outras
pessoas…Enfim, gestos destes, posturas de actuação
deste estilo, multiplicados por muitas pessoas em gastos e consumos desnecessários, fazem com que haja
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6
falta de muita coisa a muitos outros e até aos próprios,
quem sabe, quando reclamam que o Estado lhes deveria dar determinados bens ou condições, esquecendo-se que são dos que continuam a contribuir para o desperdício que a ninguém beneficia.
Tantos contrastes neste país e infelizmente cada
vez mais!
Tristemente a imagem de quem recolhe coisas nos
contentores do lixo começa a ser muito frequente na
nossa terra. Aquele homem recolhia o papel outros.
por vezes. procuram tudo o que é de metal, mas sabemos que há quem procure alimentos. E enquanto aquele pobre procurava o seu sustento no lixo, próximo
dele, as esplanadas dos restaurantes e cafés ou confeitarias estavam cheias de gente, muita dela a fazer a sua
refeição do almoço, o que é um bom sinal de vida para
essas pessoas e para os donos dos estabelecimentos,
mas que contrasta amargamente e é muito triste sinal
de vida para aquele que passa fome e que de certeza
tem um mundo pela frente tão sem nada e tão diferente. Ele não veria os que estavam de perna cruzada na
esplanada, naquele lindo dia de sol deste Outono, os
seus olhos provavelmente só viam a reluzir os bocados
de papel entre a imundice dos contentores de lixo…
o papel do lixo que era a sua esperança de ter o que
comer e como viver…
Quando é que esta miséria irá acabar?
Somos tantos, tantos a interrogar… mas a esperança é muito ténue, porque infelizmente estamos a ver
que, quem tem tido poder para a solucionar, só tem
agido em sentido contrário, precisamente como quem
diz ou pelo menos pensa: Oh! Quero lá saber!...
Maria Luisa C. M.Teixeira
In MEMORIAM - Frei Ignacio Larrañaga
A TI QUERIDO FREI IGNACIO LARRAÑAGA
Deve ter sido um abraço carinhoso, longo e amoroso
aquele que se deram Frei Ignácio e o nosso Papá Querido
na madrugada de segunda feira dia 28 de outubro...
Tantos amanheceres e entardeceres e noites ansiando
e suplicando, em silencio e solidão: A Tua Presença Senhor,
a Tua presença!
Tantas e tantas vezes a sua veemente súplica: Oh meu
Senhor , MOSTRA-ME O TEU ROSTO!
E hoje, o PAI amantíssimo abre as portas de par em
par, de sua Casa e de seu Reino ao nosso Guia e Condutor,
agora transformado em nosso Intercessor.
Encontrou-o ainda, com a enxada ao ombro , com os
pés poeirentos e as mãos cheias de sementes que já não
teve tempo de semear...
Ninguém melhor que ele pode dizer, como no Domingo
líamos em Paulo a Timóteo: “ 7Combati o bom combate,
terminei a corrida, permaneci fiel. 8A partir de agora, já me
aguarda a merecida coroa, que me entregará, NAQUELE
DIA, o Senhor, justo juiz... A Ele a glória pelos séculos dos
séculos. Amém
Para sempre ficarão "ressoando" no nosso coração as
palavras com as quais nos convida, aos Guias TOV, a uma
"Conversão Permanente" no seu ultimo livro: “Meus irmãos,
eu já estou no ocaso da vida. Mas antes de o grande silêncio
me alcançar, estou a fazer um esforço sobre-humano para
dar um impulso de Refundação a esta nossa obra, as Oficinas de Oração e Vida.
Se não entendemos agora, o esforço sobre-humano que
foi para ele as “Semanas de Culminância”, e o veemente desejo de que os Guias fôssemos almas em continua conversão, então, nunca seremos o Guia ou a Guia que ele sonhou
e que o Senhor necessita.
Sabemos Frei Ignacio, que igual ao que escreveste de
Francisco, Deus te dirá:
“Meu filho, olha-me nos olhos. Olha-me e lá longe, sobre
as últimas ladeira do teu coração, verei escrito o meu nome.
E eu te direi: Deixa-me entrar nesse mar. E tu me dirás:
Entra. E avançarei mar dentro e me perderei aí e perderei
a cabeça e sonharei.
(O Irmão de Assis)
VIDA DE FREI IGNACIO LARRAÑAGA
Frei Ignacio Larrañaga nasceu em Loyola, no dia 04 de maio de 1928, foi ordenado ORAÇÃO DA MANHÃ - 2
sacerdote em Pamplona e desenvolveu durante alguns anos o seu ministério sacerdotal Senhor,
na Espanha.
Enviado depois ao Chile, desde muito jovem, desenvolveu uma obra pastoral no silêncio deste dia que nasce,
imensa como pregador, escritor e organizador de conferências, cursos e retiros.
venho pedir-te paz, sabedoria e força.
Em 1965 fundou o Centro de Estudos Franciscanos e Pastorais para a América
Latina (CEFEPAL), desenvolvendo, ao longo de uma década, uma intensa atividade Hoje quero olhar o mundo com olhos animadora na linha franciscana e na renovação conciliar em diversos países da América cheios de amor;
Latina e Espanha.
Em 1974, no Brasil, iniciou um método de evangelização chamado “Encontro de ser paciente, compreensivo, humilde,
Experiência de Deus” de seis dias de duração que levou a cabo durante 23 anos, do suave e bom.
qual participaram dezenas de milhares de pessoas. Hoje em dia esses encontros são Ver teus filhos por trás das aparências,
aplicados por Casais Evangelizadores de diversos países.
A partir de 1984 iniciou a obra considerada mais importante de sua vida: as Oficinas como Tu mesmo os vês,
de Oração e Vida (TOV), a cuja fundação e consolidação dedicou aproximadamente para, assim, poder apreciar a bondade
dez anos, escrevendo para seu eficaz funcionamento dois livros fundamentais: o Manual de cada um.
do Guia TOV e o Estilo e Vida dos Guias e gravando sete cassetes com a mesma
Fecha meus ouvidos a toda murmuração,
finalidade.
Frei Ignacio é autor de 16 livros, os quais alcançaram numerosas edições e foram guarda minha língua
traduzidos em 10 idiomas.
Na Espanha teve êxito especial seu livro “A Arte de Ser Feliz”, um livro de autoajuda de toda maledicência,
cristã que põe o Evangelho e Cristo como fontes de paz e transformação interior.
que só os pensamentos que bendigam,
Seus outros livros de espiritualidade são “Mostra-me Seu Rosto”, “O Irmão de permaneçam em mim.
Assis”, “O Pobre de Nazaré”, “Salmos para a Vida”, “O Silêncio de Maria”, “Sofrimento
Quero ser tão bem-intencionado e
e Paz” e “O Casamento Feliz”.
As Oficinas de Oração e Vida foram fundadas em 1984, como proposta de uma justo que todos os que se aproximarem
nova evangelização “vibrante e positiva, embasada no amor e não no temor”.
Estão presentes em mais de 40 países e contam com 18000 responsáveis (chamados de mim, sintam tua presença.
“Guias”) que “ensinam as pessoas a orar de uma maneira experimental e progressiva, Reveste-me de tua bondade, Senhor,
introduzindo-as na oração litúrgica e na vida sacramental”.
O método recebeu uma primeira aprovação do Pontifício Conselho para os Leigos e faz que ,durante este dia, eu te revele.
em 1997, como Associação Internacional Privada, de Direito Pontifício, confirmada Amém.
(Autor: Frei Ignácio Larrañaga, em "Encontro")
Arquidiocese de Campinas - Brasil Frei Acílio Mendes – Fraternidade dos Capuchinhos
depois em 2002.
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7
O principio de um sonho
O título deste artigo pode dar origem a vários tipos
de texto ou notícia. Afinal de contas, sonhos há muitos.E,
tal como diz aquela música tão antiga (datada de 1969
segundo a minha pesquisa) e tão conhecida, “o sonho é
uma constante da vida, (...) o sonho comanda a vida”. Este
vintage da música portuguesa é talvez daquelas letras que,
por muito que o tempo passe, continuará sempre a fazer
parte da nossa cultura geral e atual.
E foi certamente envolvidos neste espírito sonhador
que, neste Verão, mais propriamente entre os dias 23 e 28 de
Julho, se reuniram no Rio de Janeiro, segundo as estimativas
da organanização do evento, cerca de 3,7 milhões de pessoas,
de 175 dos 197 países de todo o mundo. Apesar de não ter
sido ultrapassada a marca das Jornadas Mundiais da Juventude
de 1995 nas Filipinas (em que se consta a adesão de 4 milhões
de participantes), estes não deixaram de ser números que
superaram as expectativas da organização, tendo em conta
o atual contexto de crise de Fé e de valores, existente um
pouco por toda a parte. Relativamente a números, destaque
ainda para os 86,9 % de peregrinos que participaram pela
primeira vez numas Jornadas Mundiais da Juventude.
História e estatísticas à parte, estes são apenas alguns
dados recolhidos. No final das Jornadas deste Verão, foram
desde logo anunicadas o ano e o local das próximas: Cracóvia,
Polónia em 2016. E a partir deste anúncio, nasceu um projecto
ambicioso, um desafio corajoso: o de a nossa comunidade
juvenil poder participar nas mesmas. Apesar de o evento
parecer ainda longínquo no espaço temporal, é importante
começar-se desde já a planeá-lo, pois o caminho para que
ele possa ser possível também é longo, especialmente a nível
financeiro.Assim, incentivados e apoiados pela Equipa Pastoral
da Catequese e pelo Sr. Padre Domingos, o plano já se
encontra em “marcha”, tendo sido realizada na passada sextafeira, dia 01/Novembro, a apresentação das suas primeiras
linhas orientadoras aos interessados que puderam participar.
Trata-se de um projecto principalmente direccionado aos
últimos anos da catequese da adolescência actual, mas
também aberto a outros jovens da nossa comunidade que
desejem participar e alimentar este sonho. As pré-inscrições
já se encontram abertas e as primeiras atividades para a
angariação de fundos já estão também pensadas. Entre outras,
será realizada nos primeiros sábados de cada mês, no decorrer
dos Anos Pastorais, a venda de bolos, café e outras bebidas,
junto às salas de catequese. As próximas actividades (como
referido, algumas delas já idealizadas) serão oportunamente
anunciadas. Como um dos responsáveis por esta organização,
apelamos a que se deixem contagiar e entusiasmar por este
desafio, para que a contribuição de todos permita alimentar
de forma efetiva este projecto.
Por fim, e para que nos possamos ir familiarizando
com esta iniciativa, foi também criado um logotipo (uma
vez que ainda não existe o oficial
para as próximas Jornadas), à qual
se encontrará sempre associado. E
porque o mesmo não foi pensado e
desenhado sem sentido, aqui ficam
resumidamente explicados os seus
principais símbolos: as pegadas
(como imagem de peregrinos que
somos e desejamos ser), com
origem nos“4 cantos do Mundo”,
mas apenas um único destino– o
coração (como imagem do Amor
de Deus que nos deseja sempre reunir em harmonia)
– formando, em conjunto, uma cruz (principal imagem
associada a Jesus, fonte de vida).
Para qualquer tipo de informação ou esclarecimento,
os interessados poderão sempre recorrer ao seguinte
endereço electrónico: [email protected].
“Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce.”. E “sempre
que um homem sonha, o mundo pula e avança.”.
João Bessa
CAMINHADA NA FÉ
O que foi o ano da Fé para mim? O inicio de uma caminhada que acaba este mês? Acho que foi o recomeçar de uma
caminhada longa que espero só terminar no dia do julgamento final. Foi dia 19 de fevereiro de 2009 que a minha irmã mais
velha faleceu vítima de cancro, aos 39 anos. Todo na minha cabeça perguntava porque, se ela era uma pessoa tão especial,
sempre pronta para ajudar o próximo, porque ela? Sem raiva mas com muita dor foi atras de respostas, no principio de
março desse ano fui a Fátima, rezei e sai de la muito mais confortado mas faltava-me algo, em julho voltei lá pois havia
muitas duvidas, mais uma vez sai do Santuário de Fátima muito mais confortado, mas não passava disso, pois eu não dava
seguimento à procura, o tempo foi passando e em maio de 2010, quis Deus que eu andasse a trabalhar na baixa do Porto e
como sabem nesse ano esteve cá o Santo Padre Bento XVI, nesse dia tivemos folga no trabalho, na véspera á hora de jantar
algo me dizia que eu tinha que ir aos Aliados, mas deixava-me ficar, até que as 3 das manhã levantei-me e pus-me a caminho.
Cheguei ao Porto por volta das 4h30m e, para meu espanto, estavam lá imensos jovens, foi uma aurora bem agradável. Mas
o verdadeiro toque estava guardado para mais tarde, quando o Santo Padre passou ali á minha frente, aquele olhar terno
e doce penetrou em mim, ainda hoje me lembro daquele olhar que me marcou para a vida, olhos nos olhos, inesquecível,
foi um dia memorável, mas e agora o que é que eu faço? Estou perdido não sei o caminho, para que lado é que eu vou?
Passei a ser mais assíduo nas Eucaristias, mas faltava alguma coisa, eu sentia, não sabia o quê. Até que, numa tarde
de verão como de costume, fui á Eucaristia das 19h na Maia e ouvi o Padre Domingos a anunciar que estavam abertas
inscrições do Crisma para adultos, a minha oportunidade de me aproximar de Deus. Assim fiz.
Numa das sessões da preparação para o Crisma o padre Domingos falou das Oficinas de Oração e Vida. Eu fui, algo
tímido e sem saber onde me ia meter. Enchi-me de coragem e lá fui. Foi magnifico o que eu aprendi.
Nesta caminhada sentia-me empolgado por cada pedacinho que eu descobria no amor de Deus.
Entretanto, foi para o coro do Santuário onde adoro estar, pois o Santuário faz-me bem á alma, agora vou começar a
dar catequese, espero estar á altura do desafio,.
Que Deus me guie nesta nova fase da vida, também vou aprofundar os meus conhecimentos nas Oficinas de Oração
e Vida.
Por isso posso dizer que foi um ano de Fé em cheio e espero poder continuar a caminhar.
Com isto tudo, quero agradecer ao Santo Padre Bento XVI por aquele olhar terno e doce que tocou o coração, ao
padre Domingos pelas portas que me tem aberto nesta minha caminhada pela Fé ao longo deste ano, e aos meus guias das
Oficinas De Oração e Vida, Maria Luísa e José Carlos, que tanto me ensinaram.
Que a FÉ fique convosco e não termine em novembro mas continue para sempre nas nossas vidas.
José Carlos
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8
VIVER HOJE A MISSÃO
No dia 05 de Outubro de 2003 o Papa João Paulo II canonizou Daniel Comboni grande Apostolo da África Central e fundador dos Institutos Combonianos.
Este ano a Família Comboniana em comunhão com
toda a Igreja celebra o 10º aniversário do evento fazendo
memória deste grande santo missionário a quem João Paulo II chamou “o campeão da missão”.
Ele deu a vida pela salvação da Africa e deixou remarcável herança missionária à Igreja.
Reconhecida a santidade de um membro da Igreja, ele
torna-se para todos os membros da Igreja um testemunho,
exemplo e desafio à Santidade.
Nesse sentido, o Superior Geral dos Missionários
Combonianos, na celebração do evento, dirigiu uma carta aos Institutos missionários com o título: “ A Santidade
de Comboni desafia a nossa Santidade”. Nela, recordando
os dez anos passados desde a canonização, relembra que
S. Daniel Comboni é da Igreja e desafia a todos à missão
profética hoje! Em palavras claras pergunta aos membros
dos Institutos Combonianos: “Que fizemos da santidade de
Comboni que a Igreja quis pôr como modelo para toda a
Igreja, recordando que a missão vivida como ele a viveu é
caminho seguro de santificação?
Reconhece então com alegria o dom da “santidade missionária” vivida em Igreja: “Dá-me prazer e coragem poder
dizer que, graças a Deus, a santidade de Comboni superou os confins dos Institutos Combonianos e hoje, andando pelo mundo, encontramos todos os dias mais pessoas
que se inspiram na santidade de Comboni reconhecendo-o como modelo de discípulo, como grande missionário e
como exemplo extraordinário para descobrir o Senhor
nos caminhos da missão”.
No ano pastoral que se inicia quer assim a Família Comboniana viver “Com Comboni em missão profética hoje”.
Este é o tema escolhido para a celebração do ano. Todos
os membros, religiosos e religiosas, seculares e Leigos dos
quatro ramos da família missionária se comprometeram a
vivê-lo como programa de vida. Será a resposta ao convite
com que o Superior Geral conclui a sua mensagem: Que
a “celebração deste 10º aniversário mais do que momento da festa que vem e vai, se transforme em momento de
graça para nos abrirmos ao dom da santidade que temos
em casa”.
CAMINHOS DE MISSÃO…
Uma Comissão foi formada por representantes dos vários ramos da Família Comboniana. Reunida para reflexão
e programação, várias propostas foram já apresentadas e
aceites.Terão lugar durante este ano pastoral e são orientadas a nível interno, da vida das comunidades missionárias, e
a nível externo, da missão da Igreja local, onde estão inseri-
das, aqui e agora,
abertas ao mundo. A concretização do tema
apela à luta contra as novas escravaturas hoje,
à promoção dos
direitos humanos, ao reconhecimento do
“Lázaro à nossa
porta”, deduzindo da luta de S.
Daniel Comboni contra as escravaturas do século XIX.
As celebrações do ano incluirão tempos de reflexão e
oração assim como acção missionária direta e conjunta em
vários momentos e áreas geográficas. Procura-se dar especial atenção ao envolvimento dos jovens.
Como projeto solidário de ação missionária foi escolhido o projeto “Zo Kwe ZO” (“Toda a pessoa é pessoa”) em
favor dos Pigmeus da Republica Centro Africana no meio
dos quais trabalham conjuntamente os Leigos Missionários
Combonianos, os Missionários Combonianos, neste ano
juntando-se a eles uma Secular Comboniana. Conhecer
e apoiar este grupo humano hoje escravizado é o objetivo
motivador de toda a família Comboniana.
O auge de todas as celebrações será uma grande Peregrinação a Fátima de toda a Família Comboniana amigos,
benfeitores e colaboradores em 26 de Julho de 2014.
MISSÃO HOJE, AQUI E AGORA…
A Família Comboniana está em missão aqui e agora, em
Portugal e na Europa como está na África, América Latina
e Ásia. S. Daniel Comboni teve horizontes largos e novos
como grande missionário da Africa Central. A Família por
ele fundada quer dar respostas novas aos desafios da nova
missão hoje.
A celebração deste 10º aniversário de canonização é
um desafio e convite para todos. Desafio a não desanimar, a
enfrentar as novas escravaturas com coragem, esperança e
fé. Um convite a uma maior comunhão entre todos e todas
em missão.
A missão que é comunhão a começar no interior da
Família Comboniana estendendo-se a toda a Igreja missionária.
Nova vida e nova missão nestes tempos novos são o
desafio a que queremos responder. S. Daniel Comboni intercede por nós e é para nós exemplo na missão “até ao
fim dos tempos” que Jesus Cristo confiou a cada um e a
todos.
P. Carlos Alberto Nunes, MCCJ
ESCUTEIRANDO
Os Dirigentes do nosso Agrupamento de Escutas , participaram com mais sessenta Dirigentes oriundos de Vila do
Conde, Matosinhos e Maia, em mais um ACADINUC –Acampamento de Núcleo, esta ano realizado em Cerva - Ribeira
de Pena, nos dias 26 e 27 de Outubro , tendo como tema “Caminhos para Celebrar”. Foi um espaço de formação , em
que se aprofundou o Sistema de Formação , um espaço de Jogo Escutista em que se privilegiou o Programa Educativo
um espaço de Organização do Jogo Escutista e o Plano de Intenções .
A partida foi feita da Maia onde, no Santuário Nª Sª Bom Despacho , preparamo-nos em espírito para o intenso
fim de semana que iriamos viver. Com as orações habituais para a partida e as palavras do nosso Assistente de Núcleo,
Padre Domingos Jorge que, não podendo estar connosco física esteve espiritualmente e nos deixou uma mensagem
do seguinte teor: ”Dou -vos os Parabéns. Resististes a ficar e pusestes-vos a caminho…..Para já, acalentando no vosso
coração e inteligência a ida, sonhais que o dia venha e, se possível, venha depressa. A pessoa foi criada para andar. O passado serve para
dar a certeza à caminhada, mas não é para ser contemplado. Todo o escuteiro é um privilegiado, pois tem sempre um despertador que
o faz arrancar. O Alerta não é palavra que se aprende e se repete muitas vezes mas é uma atitude de coração que imprime à vontade
e ao querer o dinamismo de quem avança e imprime em todos um arregalar de olhos para executar o que se segue que é SERVIR os
outros e não a si próprio. A alegria do dever cumprido vale tudo o mais…. Dizia o fundador da Acção Católica, que não há dinheiro
Continua na Pág. nº 10
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 9
A ARTE DE DAR O QUE NÃO SE TEM
Um dia perguntaram a Gerard Bessière, como fazia para
estar sempre contente. E Gerard confessou candidamente
que isso não era verdade, pois também ele tinha horas de
tristeza, de cansaço, de inquietação, de mal estar. E então,
insistiram, como é que está sempre a sorrir, sobe e desce
as escadas a assobiar infalivelmente, o seu rosto e a sua
vida parecem sempre iluminadas? E Gerard respondeu
humildemente que, frente aos problemas que, às vezes,
carrega dentro de si, conhece o remédio, embora nem
sempre o saiba utilizar: sair de si mesmo, buscar a alegria
onde ela está, (no olhar de uma criança, num pássaro, numa
flor) e, sobretudo, interessar-se pelos outros, compreender
que eles têm o direito de o ver alegre, e então entregar-lhes
esse fundo sereno que há na sua alma, por debaixo das suas
próprias amarguras e dores. Para experimentar que, quando
queremos dar a felicidade aos outros, a damos, mesmo sem
a ter, e que, dando-a, essa felicidade vai crescendo também
para nós, de ricochete, no nosso interior.
De facto, ser feliz não é estar livre de problemas, mas
conseguir que eses problemas, fracassos e dores, não
anulem a alegria e a serenidade que são a base da alma.
Quer dizer: a felicidade está nos “alicerces da alma” nessa
base sólida em que cada um se sente reconciliado consigo
mesmo, cheio de segurança e auto confiança de quem
sabe para onde vai e para que serve a sua vida. Quando
este alicerce da alma está bem costruido, todas as dores e
amarguras ficam na superfície sem conseguirem minar ou
quebrar a alegria primordial e interior.
A seguir vem a alegria esterior, e essa depende, sobretudo,
de cada um ter o desejo e a capacidade de se abrir aos outros.
Quem passa a vida fechado sobre si mesmo, enroscado
nas suas ideias e conceitos próprios, nas suas amarguras
e desilusões, não pode nem sabe apreciar o sol da vida
e a alegria de viver. Mas ficará alegre e feliz, se aberto às
maravilhas do mundo que o rodeiam e, principalmente,
capaz de de se interessar sinceramente pelos outros.
Ninguém vive sozinho no mundo, já que o homem, por
definição, é um animal social. Era bom que descobríssemos que
os que vivem connosco “têm direito” a ver-nos sorridentes
quando se aproximam de nós, mendigando compreensão e
amor, sabendo-se e sentindo-se nascido do amor.
Escreveu alguém que “a felicidade é a única coisa que
podemos dar sem a termos”. Parece um contracenso, mas
não é. Quando lutamos para dar felicidade aos outros, a
felicidade começa a nascer dentro de nós. Parece que volta
para nós pelo efeito de “ricochete”. É uma dessas estranhas
realidades que ó as possuímos quando as damos. E esta até
pode ser uma das interpretações daquela palavra de Jesus:
“Quem perde a sua vida, ganha-a”, que aplicada ao nosso
tema poderia expressar-se assim: “Quem renuncia a sonegar
a própria felicidade e se dedica a construi-la para os outros,
acaba por encontrá-la para si mesmo”.
Por isso, sorrindo quando não se tem vontade, terminamos
sempre por ter muitíssima vontade de sorrir.
Mário Oliveira
ESCUTEIRANDO - Continuação da Pág. nº 9
no mundo que pague o coração dum operário, pois este vale
todo o ouro do mundo. E o dum verdadeiro escuteiro também
tem igual preço. Sei que vos entusiasmais pelo Papa Francisco. Em
tudo o que diz, porque fala por atitudes e não se fica nas palavras,
faz despertar. Há umas semanas atrás, ao dirigir-se aos jovens ele
dizia “É preciso remar contra a maré”. A maré que nos tentam
impor a todos e de um modo especial aos jovens que é de laicismo, achincalhando todos os valores como o da vida. Tudo se
tenta pôr em ridículo. A vossa experiência, sonhada, e que vai ser
realidade, é algo único na vossa vida. Aproveitai. Porque o fazeis,
olhando para o Alto, isto é em Deus, vai ser sublime. “
E foi com este espírito que partimos para viver um fogo
de conselho, símbolo de vida em pleno ar livre, ao encontro da
natureza, desfrutando um ambiente livre de imposturas e constrangimentos , para um jogo escutista em que nos foram postas
as palavras ditas em Manchester, está nas mãos de cada um dos
Dirigentes um grande poder de fazer bem ou mal aos escutas
colocados sob a nossa orientação e que tudo depende do nosso
caracter, do nosso exemplo o caminho que eles irão tomar. Que
temos de ter sempre presente de devemos ganhar os nossos jovens fazendo-nos seus amigos e auxiliares; que devemos influenciá-los pelo nosso exemplo e conduta e de realização das coisas
e que devemos dirigi-los com o nosso bom senso e amparo nos
ensinamentos da Lei do Escuta. Que devemos estar sempre de
espírito aberto para a formação criando espaço para que ela seja
instrumento de mudança e especialmente de mudanças planeadas que conduzam ao desenvolvimento conducente à formação
de pessoas; às vezes beneficiários, às vezes técnicos. E, quando
chegou a hora da Eucaristia, todos sentiram que Jesus Cristo é o
centro da Fé. Que o ideal cristão não é apenas um conjunto de
verdades e valores mas antes de mais o encontro e a descoberS.MIGUEL DA MAIA - Pág. 10
ta de uma pessoa viva, Jesus Cristo, fonte e fundamento desses
valores. O escutismo católico encontra em Jesus Cristo, uma
referencia concreta e um alicerce transcendente para o caminho
que propõe.
Animados pelo pensamento de S. João Bosco que diz, “Recordai-vos que a educação é assunto de coração e que só Deus é o
Senhor do coração. E nós não poderemos coisa alguma se Deus
não nos ensina a sua arte e não nos põe as chaves na mão”, despedimo-nos com a felicidade e com a certeza de que ganhamos
mais potencialidades que nos permitem sermos mais construtores de um mundo melhor, de sermos mais homens, mais cristãos
rumo ao Homem Novo, mais felizes e com a vontade de repartir
essa felicidade.
Por uma Juventude melhor,
Joaquim Santos Pena - Chefe do Agrupamento 95-Maia
EspionagemAmericana:como gerir o binómio segurança e liberdade?
Arlindo Cunha
A questão da espionagem
tornou-se recentemente mediática
à escala global devido à denúncia e
deserção de Edward Snowden, exanalista informático dos Serviços de
Informações Militares dos Estados
Unidos, a NationalSecurityAgency –
NSA.Snowden, que anteriormente
já tinha sido agente da CIA (Central
InteligencyAgency – os serviços
americanos de informações civis)
denunciou publicamente os programas
confidenciais de escutas da Agência, os
quais envolviam múltiplos governos
de todo o mundo e um sem fim
de personalidades. Depois de ter
tentado asilo político na agora chinesa
Hong Kong, percorreu diferentes
aeroportos até chegar a Moscovo
onde, aparentemente, lhe terá sido
dado asilo político.
A questão da espionagem é
antiga, tendo tido a sua época áurea
na década de 1950, quando os dois
grandes blocos político-militares
do pós-Segunda Guerra Mundial,
os Estados Unidos da América e os
seus aliados do Ocidente capitalista
e, por outro lado, a então União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), de economia e ideologia
comunista. Apesar destes dois mundos
viverem de costas voltadas um para o
outro, tentavam as mais sofisticadas
técnicas ao tempo para obterem
conhecimentos sobre a outra parte,
não só em matérias militares, como
também nas questões económicas
e tecnológicas. É a época da famosa
guerra fria, tão popularmente difundido
pelo filme “Moscovo contra 007”
de 1964….Com o fim do império
soviético no final do século passado e
o progressivo relacionamento entre os
antigos inimigos, a espionagem deixou
de ser tema de actualidade. O que não
significa que tenha desaparecido.
O relançamento da importância
dos serviços de espionagem devese ao surto de atentados terroristas
do 11 de Setembro de 2001, em que
o mundo ficou em estado de choque
com o arrasar das torres gémeas do
EmpireStateBuilding em Nova York,
e às acções intentadas ou praticadas
subsequentemente pelas células da AlQaeda, com suspeitas de ramificações
em quase todo o lado. E como as
ameaças terroristas não se limitaram
a alvos americanos, é compreensível
que os serviços secretos americanos
tenham criado uma rede de trabalho
com serviços congéneres de outros
países de democracia parlamentar e
economia de mercado. Foi assim que se
descobriu o paradeiro de Bin Laden e
foi assim que vários planos de ataques
nestes países foram, supostamente,
descobertos e prevenidos.
Mas se a existência dos serviços
secretos tem razão de ser neste
contexto, já não a tem o seu abuso.
Daí que nos países com democracias
consolidadas compete aos Parlamentos
monitorizar as actividades de tais
serviços, respeitando-os, dando-lhes
os meios necessários e suficientes, mas
definindo e vigiando as suas fronteiras
operacionais.
O caso recentemente noticiado
de que o telefone da Primeira Ministra
AlemãAngela Merkel teria estado
sobre escuta dos serviços secretos
americanos é, a ser verdade, a todos os
títulos assustador. Ou, como também
se noticiou, escutas a altas entidades
do Vaticano, incluindo o próprio Papa.
Obviamente que, possivelmente, muito
do que se diz na imprensa não será
verdade. Mas a tese de que no meio
de todo este fumo haverá também
algumas fogueiras, também parece
verosímil, face a precedentes reais que
são conhecidos e comprovados.
No mundo das tecnologias
avançadas em que vivemos é hoje
relativamente fácil pôr um satélite a
espiar todos os nossos movimentos.
Por isso os responsáveis políticos dos
vários países democráticos do mundo
terão queestar conscientes de que o
nosso sistema de valores não pode
prescindir de dois incontornáveis bens:
a segurança e a liberdade. A primeira
justifica a existência dos serviços
secretos e a segunda não existe se se
perder a privacidade. É esta equação
que os governos democráticos do
mundo inteiro têm que resolver de
forma satisfatória.
13 de Outubro - BEATIFICAÇÃO DE 522 MÁRTIRES - TARRAGONA
Não é todos os dias que, nestes 20 séculos, a Igreja proclama Beatos, de uma só vez, 522 mártires..
Aconteceu ontem em Tarragona (Catalunha). Alguns excertos da homilia do cardeal Ângelo Amato, presidente da celebração.
«A Igreja espanhola celebra hoje a beatificação de 522 filhos mártires, profetas desarmados da caridade de Cristo.
Os mártires não se envergonharam do Evangelho, mas permaneceram fiéis a Cristo, que disse: «Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a
sua vida por minha causa há-de salvá-la.» (Lc 9,23-24)
Recordemos que os mártires não são caídos da guerra civil, mas vítimas de uma radical perseguição religiosa, que se propunha o
extermínio programado da Igreja.
Estes nossos irmãos e irmãs não eram combatentes, não tinham armas, não se encontravam na frente de combate, não apoiavam
nenhum partido, não eram provocadores. Eram homens e mulheres pacíficos. Foram mortos por ódio à fé, só porque eram católicos,
porque eram sacerdotes, porque eram seminaristas, porque eram religiosos, porque eram religiosas, porque acreditavam em Deus,
porque tinham a Jesus como seu único tesouro, mais precioso que a própria vida. Não odiavam a ninguém, amavam a todos, a todos
faziam o bem. O seu apostolado era a catequese nas paróquias, o ensino nas escolas, o cuidado dos enfermos, a caridade com os pobres,
a assistência aos idosos e aos marginalizados.
À atrocidade dos perseguidores, não responderam com a revolta ou com as armas, mas com a mansidão dos fortes.
A Igreja, casa do perdão, não busca culpados. Quer glorificar estas testemunhas heroicas do evangelho da caridade, porque
merecem admiração e imitação.
A celebração de hoje quer, uma vez mais, gritar fortemente ao mundo, que a humanidade precisa de paz, de fraternidade, de
concórdia. Nada pode justificar a guerra, o ódio fratricida, a morte do próximo. ...
A celebração de hoje seja, pois, a festa da reconciliação, do perdão dado e recebido, o triunfo do Senhor da paz.
Que os nossos Mártires, mensageiros da vida e não da morte, sejam nossos intercessores para uma existência de paz e fraternidade.
Será este o fruto precioso desta celebração no Ano da Fé.
Maria, Regina Martyrum, continue a ser a poderosa Auxiliadora dos cristãos.
Ámen.»
S.MIGUEL DA MAIA - Pág.11
Uma história que era infantil
Há muitos, muitos anos – parece uma história de reis
– em que ainda reinava em Portugal o escudo – o bendito
escudo, creio eu – eram tempos difíceis. Eram difíceis,
porque as pessoas costumavam viver só com o que tinham,
com o pouco que tinham. Não esperavam nada de ninguém.
Nem subsídios de “qualquer espécie”, nem IPSS’s, nem
apoios psicológicos, nem números urgentes de ajuda, nem
incentivos fiscais, nem banco alimentar, nem assistentes
sociais, nem esmola do vizinho, pois toda a pobreza era
envergonhada. Não vou falar de nada disto, nem sequer vou
fazer juízos de valor pelos apoios que agora temos e não
sabemos aproveitar ou desbaratar ou serem atribuídos a
quem menos precisa. Muito dinheiro veio da comunidade
europeia, que não soubemos aproveitar, até nem sei como
foi utilizado. Não sei como, porquê ou porque não, já não
estamos na cauda da Europa. Simplesmente já não somos
Europa. O pior é que não há nenhum continente que queria
tomar conta de nós, que nos queira adotar. Não percebo
nada de política e de economia, o que eu percebo são as
dificuldades que sinto no dia-a-dia. Como educar uma filha
num país sem oportunidades; como chegar à reforma com
a segurança social à beira da falência; como ter fácil acesso
a um sistema de saúde, só confiável e rápido no privado;
como viver sem nenhuma das regalias ganhas ao longo de
muitos anos de trabalho e muitas mais “choradeiras” que
não interessam mencionar para não enfadar os leitores.
Pois não vou falar de nada disto, uma vez que não é o
meu “forte”. O meu “forte” é falar de mim mesma e dos
meus, como os meus estimados leitores já sabem. Creio
que é o que eu sei fazer melhor. Sai de lá do fundo do
coração, é sentido, é verdadeiro. Hoje vou falar de uma
história longínqua no tempo, bem do tempo do escudo, em
que se apregoavam nas feiras “duas sacas – cinco coroas!”.
Nesse tempo em que pedíamos emprestado dois ovos à
vizinha, um conselho para melhorar o molho do pudim
ou saltávamos o muro para pedir um escadote. Eramos
vizinhos, eramos amigos, eramos família.
E desse tempo é esta história. É a história breve de um
pequeno sonho, minúsculo até. Nesse tempo as designações
das escolas eram coisa simples, e eu frequentava o ciclo
preparatório, no então “primeiro ano”. Para os mais
distraídos é o atual quinto ano. Um dia, apareceu na aula de
Religião e Moral, um missionário para divulgar as missões,
semear vocações e angariar assinaturas para uma revista para
crianças, adolescentes e jovens. O que ele disse, o que ele
mostrou e o que ele testemunhou encheram-me a cabeça
de sonhos, o coração de ternura e a alma de êxtase. Não
sosseguei enquanto não cheguei a casa para pedir à minha
mãe autorização e dinheiro para a assinatura. E pedi, pedi,
pedi… Nessa época de dificuldades escondidas, era difícil
ter cem escudos para a assinatura de uma revista, que “não
dava pão para a boca nem calçado para os pés”. Era difícil
ter cem escudos. A minha mãe, com toda a dificuldade deste
mundo, fez exercícios de ginástica acrobática impossíveis de
realizar e concedeu-me o valor para eu ser assinante da
Audácia, revista missionária pertencente aos Missionários
Combonianos. Hoje, com o passar do tempo, tenho a
certeza de que a minha mãe se furtou a muita coisa para me
dar o gosto da leitura e o dom da partilha e doação. Já lá vão
trinta e três anos de leitura assídua e pontual da Audácia.
Não há linha da revista que não seja lida ao pormenor.Todos
os meses espero por ela na caixa do correio. Gosto dos
textos, das imagens, dos desenhos, de tudo. É uma revista
para jovens, adolescentes e crianças? Então eu sou jovem,
sou adolescente, sou criança…
Estas linhas foram escritas a propósito de, no mês
de outubro findo, se ter comemorado os dez anos da
canonização, pelo beato Papa João Paulo II, de São Daniel
Comboni, fundador dos Combonianos e santo predileto
das minhas devoções. Que São Daniel Comboni, cuja festa
litúrgica se celebra a dez de outubro de cada ano, nos
abençoe e nos proteja.
Conceição Dores de Castro
Alguém escreveu após uma visita
Exmo. Reverendíssimo Pároco,
da Igreja da Nossa Senhora do Bom Despacho da Maia
Reverendíssimo Pároco:
Sou um forasteiro assíduo á cidade da Maia, que por motivos profissionais
e pessoais, me levam a conhecer muitas pessoas amigas, já sabedoras da vida de
outros tempos. Num dia destes, no tema de conversa, com um respeitado Sr.
conterrâneo, falou-se dos nossos monumentos e relíquias, que estão ao abandono.
Veio a propósito, a igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, Igreja, que tenho
passado centenas de vezes, e nunca entrei, pois gosto muito da Conciliação com
o Deus Todo-Poderoso. Desta vez, a porta estava aberta, entrei fiquei encantado
com tudo do que vi. Para além de gostar muito da arte sacra, Tenho curiosidade
por pormenores, que quase minguem repara.
1° Gostei, dou os parabéns a quem estima assim as coisas. Tudo em seu lugar
,tudo limpo, estimado, é lindo quando o amor, está de harmonia com a arte.
2° A grandiosa Igreja, tendo em conta a sua longevidade, imponente, magistral.
3°0s altares são executados, de uma talha e pormenores exemplares. Fiquei
admirado, porque não é muito comum, os mesmos terem ventilação interior. Para
Um leigo nestas coisas, não lhe dá importância. (parece mais um buraco)
Enfim muitas coisas curiosas e ricas, que temos mesmo ao pé da porta e não
lhe damos qualquer valor.
Agora o que me ficou na alma, foram imagens, que para mim fizeram parte
e ocuparam, o meu interior, como: A imagem da Nossa Senhora, a imagem de S.
Miguel Arcanjo, a imagem de São João Baptista. (nunca vi tal igual, fabulosa) as cruzes do tempo dos cruzados, nas paredes
laterais. Muito curiosa esta faceta. Mas tudo ..tudo, como a imagem magistral do Senhor Jesus Cristo, esta sim, deixou-me
sem respirar. (reportado ao tempo é uma imagem real muitíssimo
Divina os detalhes, não tenho oportunidade de os revelar.)
teophilo aires f. santos couto
Deveis estar orgulhosos, gente da Maia.
arq.eng/tec
Vila Nova de Gaia, 12 de Fevereiro de 2013-02-12,
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 12
Um momento de alta Cultura
O concerto comemorativo do 21º aniversário da dedicação
da Igreja de Nossa Senhora da Maia, à Virgem Maria, que se
realizou no dia 12 de Outubro, à noite, foi, sem sombra de
dúvida, um momento de alta Cultura, ao melhor nível, do que
se produz em Portugal e no estrangeiro.
O desempenho artístico do Quarteto Vocal Gaudium
Vocis, foi extraordinário, quer ao nível técnico, como no que
respeitou à exploração das excelentes condições acústicas do
templo, potenciando ao máximo, as qualidades expressivas,
nomeadamente das melhores obras da polifonia europeia que
o programa integrava.
Quem esteve no concerto, teve a oportunidade de escutar
belíssimas obras, marcadas por uma claridade contrapontística
que permitia seguir, sem grande dificuldade, o desenho
melódico das várias vozes que, em certas passagens, se reuniam
numa harmonia vocal de grande efeito e muito enriquecida
pelos invulgares tempos de reverberação proporcionados pela
concepção arquitectónica da Igreja.
Estas qualidades foram particularmente sentidas, aquando
da interpretação da obra de G. Palestrina - “Sicut servus” -,
uma peça demonstrativa da enorme mestria do compositor,
considerado uma referência maior da Polifonia Vocal, quer pelos
seus relevantes contributos, para o desenvolvimento técnico e
expressivo da Arte da Polifonia, como pelo seu legado estético,
no domínio da Música Sacra.
São igualmente de sublinhar, as interpretações conseguidas,
nas obras de pendor Mariano, de que destaco: -“Virgen bendita
sin par” , de Pedro Escobar, “Dixit Maria”, deHans Leo Hassler,
“Avé Maria”, de F. Schubert, “Salve Regina”, de Diogo Dias
Melgaz.
Uma nota especial para a muito conseguida tradução, para
português, da “Ave Maria”, de Edward C. Bairstow, desiderato
que Rui Fernando Soares logrou realizar com muito sucesso,
face à total percepção do texto, encaixado numa estrutura
musical moderna, mas com claras evocações da prática modal
do Canto Gregoriano.
Apesar destes momentos de grande Música Polifónica
Vocal, o concerto também integrou no seu programa, obras
para órgão e trompete, com a participação de Manuel Luís
Azevedo, trompete, e obras para órgão solo. Rui Fernando
Soares partilhou o órgão, com Daniel Ribeiro, sobretudo nas
prestações do Gaudium Vocis, em que o órgão também teve
intervenção, considerando que Rui Fernando Soares esteve
ali na tripla condição de instrumentista, cantor e Director
Artístico do Quarteto Vocal.
Na Música instrumental ali tocada, o destaque vai para a
celebérrima Tocata e Fuga, em Ré menor, BWV 565, de J. S.
Bach e a Tocata Final, da 5ª. Sinfonia, de C. M. Widor, obras
de uma monumentalidade musical invulgar que só estão ao
alcance de organistas muito competentes e experientes, tal é
o seu grau de exigência técnica e expressiva.
Uma última nota, para realçar a qualidade do público que
assistiu ao concerto e que com toda a humildade, aceitou a
recomendação dos artistas, para que só aplaudisse no final, o
que de facto aconteceu, denotando o enorme respeito pelo
trabalho dos músicos e um saber estar e apreciar a grande
Música, revelador da sua imensa sensibilidade artística e desejo
de fruição de bens intelectuais, ou se preferirmos, como será
porventura mais apropriado, bens espirituais.
Foi um concerto que fica para os anais da História da
nossa comunidade paroquial.
Victor Dias
O NATAL
Ao reler o BIP de anos passados, chamou-me a atenção um cada ano é descoberta, é novidade e é riqueza. Jesus não
artigo, que escrevi e o recortei. Não sei precisar o mês e ano, mas é passado. O Seu nascimento não é mais um ano que se
acrescenta tal e qual como o nosso tempo. Não, o tempo de
ao reler tocou-me fundo, porque permanece bastante actual.
Gostava de compartilhar esse artigo, com os leitores do Jesus não passa nunca, perdura e fica para sempre connosco.
Ele é a nossa Luz, para guiar os nossos passos; é o
BIP, neste período que nos aproxima do Natal.
Caminho, para percebermos qual o rumo e direcção que
O título do artigo é esse mesmo: O Natal…
A verdadeira maravilha do Natal acontece quando devemos tomar: é a Verdade, na qual nos devemos rever e
percebemos que somos nós o melhor presente que moldar; é a Vida, que se dá em cada dia, abundante, gratuita
alguém pode receber. Percebemos que é Natal, quando nos e que deve encher a nossa alma e as nossas medidas.
Claro, isto é tudo muito bonito, quando não fazemos
abrimos aos outros de um modo gratuito e desinteressado,
do
Natal
apenas um dia, e nos esquecemos dos outros
e quando entendemos que em Jesus esta a nossa força, a
nossa energia e o nosso combustível, quando tudo parece 364 dias; quando dizemos e afirmamos que vamos mudar
a nossa vida e converter-nos e apenas dizemos tais coisas
desabar à nossa volta.
Disponhamos o nosso tempo, o nosso interior e um com a nossa boca, para parecer bonito, ou porque fica bem.
Natal, sem obras e sem gestos e atitudes, é como dizer
pouco de nós mesmos, a escutar e a ouvir aqueles que se
abeiram de nós, procurando ajuda, conforto e um sorriso que acreditamos e temos fé em Deus, mas tal apenas fica
amigo. Se compreendemos que o verdadeiro espírito de nas palavras e nas intenções.
Procuremos entender o Natal e este tempo, como um
Natal é a partilha, a entrega, a família, a amizade e o amor,
acontecimento
que nos deve levar a abeirarmo-nos cada
então estamos na mesma sintonia e na mesma onda com o
vez mais de Jesus, de O comunicar aos outros e com eles
nascimento de Jesus nas nossas vidas.
Nascimento sempre presente, sempre actual e que em fazermos por ser cada vez mais irmãos.
Pedro Antunes
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13
DE PLENA ACTUALIDADE
Com a oportunidade de ir assistir ao «Sermão de Santo António
aos peixes» do Padre António Vieira, «pregado» pelo ator Diogo Infante,
acabei por adiar o momento pensado para escrever este apontamento.
Pareceu-me que esta ida ao teatro podia funcionar como uma alavanca
reflexiva.
De verdade, e agora que aqui me sento, em frente ao computador,
depois do espetáculo, assevero que tem tudo para o ser. O ator com uma
dicção e uma presença fabulosas a trabalhar com um texto intemporal e
de profunda densidade obriga o público, na minha opinião, a um salutar
exercício de concentração e reflexão. Evidentemente, que ajuda ter
alguma ideia quer sobre o autor, quer sobre o contexto, sobretudo o
contexto social, e o próprio texto.
O Padre António Vieira foi uma das mais importantes figuras do
século XVII em termos de oratória e política. Conhecia bem os homens
e o mundo. Foi missionário no Brasil e conheceu a perseguição feroz da
Inquisição. Defendeu os judeus, a abolição da distinção entre cristãosnovos e cristãos-velhos e foi o mais infatigável defensor dos direitos
humanos dos povos indígenas do seu tempo. Não teve medo de criticar
os poderosos, denunciar e defender os mais fracos e explorados.
Nesta lógica, escreve o sermão aos peixes. O texto, escrito em
paridade com a lenda de S. António, na qual se conta que S. António,
frustrado por não ser ouvido pelos habitantes da cidade italiana de
Arímino, dirige-se para a beira do mar e se põe a pregar aos peixes,
os quais, em cardume, correram para O escutar, é uma alegoria que
mantém toda a pertinência e intensidade, nos nossos dias.
É um discurso crítico e de profundo cariz satírico e irónico. Sublinha,
de forma, dura as vaidades e censura os orgulhosos (os peixes roncadores),
os parasitas e oportunistas (os peixes pegadores) os presunçosos e
ambiciosos (os peixes voadores) e os hipócritas e dissimulados (o polvo).
Independentemente da época e das circunstâncias políticas, religiosas,
económicas, sociais e culturais, reconhecemos, com facilidade até, os
peixes roncadores, pegadores e voadores, nossos contemporâneos ou
não. O Padre António Vieira conhecia bem a realidade da sua época e a
tónica da sua força foi também colocada na exploração e na injustiça, pelo
que as palavras que se seguem não surpreendem: «A primeira cousa que
me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande
escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis
uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo
contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara
um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os
pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.»
Logo no início do seu pregão, o Padre António Vieira procura agitar
consciências e costumes, faz umas quantas considerações que cada um,
nos papéis que desempenha bem pode ter em conta ou pelo menos deve
evitar ignorar. Não resisto, por isso, em estabelecer comparação com o Papa
Francisco e os seus constantes apelos em defesa de uma Igreja mais fraterna,
mais justa, mais próxima dos Homens, das suas dificuldades e fraquezas
mas, também das suas virtudes, em que o papel daqueles que assumiram
a responsabilidade de a liderar e de todos aqueles que creem em Cristo
nos obriga a ser «sal da terra». Por tudo isto, partilho umas linhas deste
magnífico texto que merece ser lido com atenção, vagar e devagar:
«Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal
da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que
faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se
vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício
de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque
o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal
não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque
a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina
que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os
pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não
deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que
fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se
pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os
ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites»
Paula Isabel
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 14
Ano da Fé - Ato de Fé
Os nossos antepassados
Manifestavam assim a sua fé
Logo após a Bendita Missão
De Cristo, Jesus de Nazaré.
Com eles nós aprendemos
Fervorosa manifestação de amor
Se recitada com entusiasmo
Com carinho, fé e fulgor.
São palavras que perfazem
Uma das mais belas orações
Que na Maia recitamos
No fim de todas as celebrações.
Meu Deus
-Eu creio tudo o que Vós revelaste
E a Santa Igreja nos ensina
Porque não podeis enganar-Vos nem
enganar-nos.
-E, expressamente, creio em Vós
Único e verdadeiro Deus
Em três pessoas iguais e distintas:
Pai, Filho e Espírito Santo.
-Creio em Jesus Cristo, Filho de Deus
encarnado
Morto e ressuscitado por nós
E que a cada um dará, segundo as
suas obras
O prémio ou o castigo eterno.
-Nesta fé, quero viver e morrer.
-Senhor, aumentai a minha fé. Ámen.
O meu primeiro catecismo
Esteve à volta da lareira
Começou com meu Batismo
Estendeu-se pela vida inteira.
Com meus pais aprendi gestos
E palavras a acompanhá-los
Nos bancos da catequese
Aprendi a cultivá-los…
…Foi assim na meninice
Dos que agora são mais velhos
E há quem ache casmurrice
Se transmitimos esses concelhos.
Por isso durante este ano
Vivendo a vida como ela é
Peguei nas minhas bases de humano
E transcrevi-as neste Ano da Fé
Henrique António Carvalho
OFERTAS VÁRIAS À PARÓQUIA
A sra Dra D. Edite e seu marido, para além
da máquina de costura, ofereceram uma
bela mesa e quatro cadeiras;
O Sr, Dr. Dias Leitão: uma bela mesa de
centro, já centenária, cadeiras e outras
peças.
Muito Obrigado.
IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE
Nª Sª DA MAIA
E OBRAS PAROQUIAIS
Em Outubro recebeu-se
Outubro - Sábado 12 - 269,00 ; 3º Domingo (Missões) 823,50; 4º
Domingo 540,60; Várias 431,49; 1º Domingo de Novembro(1,2,3)818,73; Sagrada Família (Cartório) 18,76;Sagrada Família (Macahdo)
25,91;Arautoa do Evangelho (Conceição Romano 40,00 Vários416,39;
Natividade Jorge Aido 20,00 (BIP) Cofre Santuário:(Outubro)
S. Gonçalo e S. Francisco de Paula 0,60;Anjo da Guarda 7,75; S. Miguel
e S. João 32,40; SS. Sacramento 10,15;Obras 11,10; S.José e Menino
Jesus de Praga 5,90; S.Lourenço e S.Sebastião 0,90;S. Roque, 1,75;
Sagrado Coração de Jesus 10,20;NªSª do Bom Despacho: (Sacristia)
240,60; e (Santuário) 324,75: Santa Teresinha e Santa Bárbara
3,70;Acção Social- 1,50;Santo António -21,20;Almas;47,35;Nossa
Senhora de Fátima- 67,25;NªSenhora da Assunção 12,20; Capela
dos Passos - Nosso Senhor dos Passos 32,90: Nosso Senhor dos
Amarrados-75,60;Nossa Senhora das Dores- 32,80;Sta Eufémia e S.
Frutuoso 8,90; Acção Social 8,10; Obras 17,00; Cofre INSda Maia:
Santíssimo -31,80; Senhora da Maia, 56,40;S.Miguel 33,50; Obras 9,20
CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
LAR DE NAZARÉ
PLANOMAIA
OFERTAS - Setembro
Transporte......................................................326.465,41
3192 -Maria Amélia Silva Martins..........................................10,00
3193 -Lyons Club da Maia.....................................................200,00
3194 -António Augusto Mota Coelho............................... 300,00
3195 - Guido Ferreira da Silva .....................................................10,00
3196 -Maria Lúcia......................................................................10,00
3197 - Por Maria Joaquina Barros............................................15,00
3198 -Domingos Pereira.........................................................20,00
3199 -Alguém ............................................................................50,00
3200 -Beatriz e Conceição.....................................................50,00
3201 - Guido Ferreira da Silva -------------------------------10,00
A Transportar......................................625,00
OFERTAS -Mobílias do Lar
0001 -Adelino e Olinda Santos (Benguela).......................100.00
O LAR DE NAZARÉ
A nossa paróquia tem, no Lar de Nazaré, um espaço
nunca antes sonhado para todas as suas actividades que
a pastoral de hoje exige: Catequese (as salas que temos
são poucas para as muitas centenas de crianças, adolescentes,
jovens e adultos), Salas para encontros de formação: Famílias
e sua formação, através do CPM: salas de acolhimentos...
Vai proporcionar a todas as idades um espaço de vivência
do amor cristão em todas as vertentes. O poeta disse: "O
sonho comanda a vida...". A sua construção foi trabalho da
Paróquia a que a Comissão Fabriqueira deu corpo.
Estamos a pensar no mobiliário para que a vida seja a sua
alma.Valem-nos as palavras e atitudes de muitos que não se
cansam de louvar tudo o que já foi feito. Ainda não ouvi uma
só palavra de menos agrado. Valeu a pena a construção do
Lar de Nazaré e o tempo vai-lhe dar mais valor e referência.
A todos os que colaboraram, e o fizeram com verdade e
generosidade, neste grupo incluo a nossa Câmara Municipal,
quero expressar o meu muito obrigado pessoal e da
Paróquia e para todos imploro a Bênção de Deus, pela in
tercessão de Nossa Senhora do Bom Despacho, da Maia e
do Beato João Paulo II.
Aos que nada fizeram quer pessoalmente quer no cargo que
ocuparam ou até desmotivaram outros, acreditem que não
alimento azedumes nem querelas, pois a Igreja, não é uma
ONG, no dizer do Papa Francisco, quero dizer-lhes que o
Lar para todos está aberto e serão bem recebidos.
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
Assembleia Municipal
Presidente: Luciano Gomes
Câmara Municipal:
Presidente: Eng. António A. Bragança Fernandes
Vice-Presidente: Eng. António Domingos S. Tiago
Vereadores: Dr. Paulo Fernando de Sousa Ramalho
Dr.ª Marta Moreira de Sá Peneda
Dr.ª Ana Miguel F. R.Vieira de Carvalho
Dr. Mário Nuno Alves S.Neves
Hernâni Avelino da Costa Ribeiro
Jorge Luís Ferreira Catarino
Dr. Ricardo Manuel da Silva M. Bexiga
Eng.ª Sandra Raquel de V. Lameiras
Dr.ª Ana Virgínia da Costa Pereira
JUNTA DA MAIA (Maia,Vermoim, Gueifães)
Assembleia de Freguesia:
Presidente: Dr. Hugo Campos
Executivo
Presidente: Dra Olga Cristina Rodrigues da V. Freire
D. Maria do Carmo
D.Edite MoraisA
Jorge Reis
D. Maria do Carmo
A Paróquia agradece a estes amigos estas
belas ofertas : 4 máquinas de costura
Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE
NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o
NIB: 0045 1441 40240799373 19
Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .Após
a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o
Recibo para apresentar na Decl. do IRS
Elementos do Executivo:
Eng. Manuel Tavares;
Mário Jorge Guedes Martins;
Mário Ramos
Dr. Rui Rodrigues
Prof. Palmira Moreira
Dra Sandra Campos
Aos eleitos damos os parabéns. Auguramos
para todos um bom trabalho ao serviço da
Maia.
ESTÁTUA DO BEATO JOÃO PAULO II
Dra Paula Goreti Amorim Carvalho...............................1.500,00
Transporte........................12.538,00
FEIRA DE SÃO MARTINHO
10 de Novembro de 2013.
Todos à Feira!
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15
Pela Cidade...
De acordo com a Convenção
sobre os Direitos da Criança,adoptada pelaAssembleia Geral das Nações Unidas em 20 de Novembro
de 1989 e ratificada por Portugal
em 21 de Setembro de 1990, toda
«a criança tem direito à educação e
o Estado tem a obrigação de tornar
o ensino primário obrigatório e
gratuito, encorajar a organização
de diferentes sistemas de ensino
secundário acessíveis a todas as
crianças e tornar o ensino superior
acessível a todos, em função das capacidades de cada um». Estes
princípios civilizacionais, a que o nosso país aderiu prontamente,
correm o risco de ser postos em causa devido ao impacto das
medidas de austeridade que têm vindo a condicionar a acção
dos poderes públicos em todos os níveis de responsabilidade.
Segundo notícias divulgadas há alguns dias, um relatório
elaborado pelo comité português da UNICEF (organização das
Nações Unidas para as questões da infância) adverte para que «a
actual crise económica está a afetar severamente a Educação em
Portugal,com um significante impacto nos recursos disponíveis»
para este sector. Os sinais mais visíveis deste impacto negativo
serão,de acordo com o documento referido,as crescentes taxas
de abandono e de insucesso escolar, cujas efectivas razões a
organização recomenda que sejam estudadas. Como contributo
para esta reflexão,os responsáveis pelo documento lembram que
muitos pais têm aparecido a declarar publicamente que usavam
o dinheiro do abono de família e de outros subsídios que lhes
eram concedidos para comprarem manuais escolares,alimentação
ou pagar o transporte para a escola, o que deixaram de poder
fazer, devido aos cortes ultimamente decididos pelo governo.
O relatório a que nos referimos dá conta de que mais de 500
mil adolescentes e crianças portuguesas perderam o direito ao
abono de família entre 2009 e 2012 e refere esta medida como
uma das causas para que mais de 28,6 por cento das crianças
portuguesas estivessem em risco de pobreza no ano de 2011.
Pedindo que as medidas de austeridade, em Portugal, sejam
avaliadas por uma instituição independente para que os Direitos
da Criança sejam, «hoje e no futuro», minimamente garantidos,
o comité português da UNICEF conclui que, «23 anos depois
da ratificação por Portugal (da convenção sobre os direitos
dos mais jovens), as crianças ainda não são vistas por todos os
decisores políticos como titulares de direitos».
Ninguém ignora que os cortes nas despesas com a Educação
têm suscitado polémicas, especialmente entre os sindicatos e
o governo. Nem sempre é fácil distinguir, nas razões aduzidas
por uns e outros, o que há de verdadeiro e razoável, sobretudo
quando uns vêem um inferno anunciado onde outros conseguem
vislumbrar o paraíso.A frequência dos conflitos e o extremar cada
vez maior das posições têm contribuído para que um observador independente se sinta incapaz de formar um juízo perfeito
quanto à necessidade das medidas e às consequências que elas
poderão vir a ter. Mas quando uma organização independente
e credível, como o comité português da UNICEF vem alertar
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16
O DIREITO À EDUCAÇÃO
para as consequências negativas da obsessão pela austeridade
que já é possível identificar no nosso país, é preciso levar a sério
os avisos que são feitos.
Para além dos números,vão aparecendo aqui e ali referências
a alunos com Necessidades educativas Especiais que deixaram
de receber os apoios que tinham, alunos do ensino profissional
cujas escolas não abriram ainda, casos de falta de manuais escolares, porque os encarregados de educação não capacidade
financeira para os pagar e as escolas não conseguem responder
a todos os pedidos. Nestas condições, já não surpreendem as
notícias de que os abandonos e o insucesso estão a aumentar,
ou a diminuição de candidaturas ao ensino superior no ano
lectivo corrente.
Em 2010, o investimento na Educação representava cinco
por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O comité português
da UNICEF estima agora que o valor terá descido para 4,7% em
2011 e deverá baixar novamente em 2012, para 3,8%. Por muitas
razões que as autoridades possam ter e por mais dificuldades
financeiras que o país tenha de enfrentar, o recuo no investimento que tem sido feito na educação não pode pôr em causa
o direito que todas as crianças e jovens têm à educação. Este
não pode ser cerceado de modo nenhum, já que isso teria como
consequência impedir que cada uma das crianças portuguesas
tivesse condições para desenvolver todas as suas qualidades e
competências, construindo para si o melhor futuro possível.As
condições sociais, geográficas ou culturais em que uma criança
nasce não podem impedi-la de desenvolver-se plenamente e
de atingir todo o seu potencial. Limitar seja de que forma for
o direito à educação de crianças e jovens no nosso país é, para
além duma injustiça inaceitável, um retrocesso civilizacional que
é preciso impedir.
Chegados ao ponto em que estamos, esperemos que as
autoridades nacionais e internacionais se mostrem atentas e
sensíveis aos sinais preocupantes que vão surgindo. Vai sendo
tempo de lembrar o alerta contra a indiferença lançado noutro
tempo e noutro contexto pela poetisa Sophia de Mello Breyner
Andresen: «Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar»!
Luís Fardilha
S. MIGUEL DA MAIA
BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL
ANO XXIV Nº 264
2013
Publicação Mensal
PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIA
Director: Padre Domingos Jorge
Chefe de Redacção: Adelino de Lima Martins
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Registo na D.G.C.S. nº 116260
Empr. Jorn./Editorial nº 216259
http://www.paroquiadamaia.net
Impresso na Tipografia Lessa
Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA
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Tiragem
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EDITORIAL - Paróquia da Maia