O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 16 - Nº 11 NOV/06 O DIA MAIS DRAMÁTICO DA HISTÓRIA Raymond L. Cox A história está recheada de momentos dramáticos! Eventos que abalam o mundo competem entre si por fama e conhecimento entre as futuras gerações. Mas qual foi o dia mais dramático da história? Se entrevistássemos as pessoas comuns, as respostas seriam as mais variadas, influenciadas pela experiência, interesses e pontos de vista de cada uma delas. A pessoa interessada em política diria que o dia mais comovente da história foi o da independência do país. Alguém que se interesse por movimentos militares talvez dissesse que foi o dia em que a bomba atômica aniquilou Hiroshima. Uma senhora poderia dizer que foi o dia em que as mulheres conquistaram o direito de votar. As opiniões seriam ilimitadas. Os cristãos, no entanto, por serem ad- vertidos a “buscar primeiro o reino de Deus” (Mt 6.33), devem notar que os eventos de significado espiritual são os momentos mais importantes da história. A Queda, o Dilúvio, a confusão das línguas na Torre de Babel, a incineração de Sodoma, a sarça ardente, as pragas do Egito são alguns entre os inúmeros acontecimentos registrados no Antigo Testamento. O Novo Testamento apresenta dias ainda mais decisivos: o primeiro Natal, a Última Ceia, o Getsêmani, a crucificação e ressurreição de Cristo, o Pentecostes. Entre todos, o dia da ressurreição de Cristo deve ter proeminência, pois num sepulcro emprestado o Salvador destruiu o cetro da Morte. O domingo da ressurreição é o dia mais comovente da história. No entanto o futuro encerra um evento ainda mais importante! A Bíblia antecipa a história e denomina isso de profecia. Se o dia mais importante da história foi a primeira Páscoa, o dia mais comovente das profecias será aquele em que “o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e res- soada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4:16-17). O momento futuro mais comovente para os cristãos acontecerá “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15:52). Isso é que é dramaticidade! Um trem estará em disparada pelos trilhos. O maquinista cristão se prepara para soar o apito. Mas antes que ele possa tocar a alavanca, a trombeta de Deus soa e o homem vai se encontrar com o Senhor nos ares, enquato o trem avança noite adentro, sem ninguém que o conduza! Um marido incrédulo e bruto, cego de raiva, levanta a mão para ferir a esposa crente. Mas antes que o golpe aconteça, a trombeta de Deus soa, a esposa desaparece e o enorme punho soca o ar. Um pastor infiel está pregando a um auditório. Talvez esteja negando a verdade da segunda vinda de Cristo. Enquanto fala, a trombeta soa, e os poucos fiéis da congregação desaparecem dos bancos. O pastor tem à frente um grupo reduzido de pessoas. Um grupo de não-salvos choram à beira do caixão de um ente querido. De repente alguém grita, pois o corpo desapareceu! O Senhor retornou. A trombeta soou. O morto querido ressuscitou e ascendeu na companhia dos redimidos. Quando este momento dramático for anunciado pelo relógio do tempo, funcionários desaparecerão de suas mesas; carros ficarão sem seus motoristas e cairão em ribanceiras, baterão em postes e muros; os homens que carregam um caixão perceberão que a carga ficou leve. No mundo todo, cristãos desaparecerão de jantares, salas de estar, locais de trabalho e de suas camas. Estarão se encontrando com o Senhor nos ares! Naturalmente alguns lugares não serão Continuação na página 3 O AMIGÃO do Pastor Página 2 NOV/06 AVISO AOS JOVENS PASTORES Editorial Prezado leitor, O primeiro artigo deste número do Amigão do Pastor trata do Arrebatamento. Creio que devemos procurar lembrar deste evento escatológico iminente todos os dias, a fim de sermos desafiados a viver uma vida cada vez mais santa, mais consagrada e mais frutífera à medida que a volta de CRISTO se aproxima. As pessoas se preparam para enfrentar uma série de catástrofes que podem vir a ocorrer no mundo. Constróem até abrigos para ataques nucleares. Mas não se preparam para a volta de CRISTO. para aqueles que não se prepararem, o Arrebatamento trará conseqüências catastróficas. Porém, para os que aguardam a Sua vinda, será uma gloriosa bênção. Devemos nos lembrar, porém, que imediatamente após o Arrebatamento, terá ocasião o Tribunal de CRISTO, onde haveremos de dar contar a DEUS das nossas obras como cristãos. Nossa fidelidade e nossas intenções em tudo o que temos feito no serviço do SENHOR serão julgadas, e aí ganharemos galardões ou não. Devemos viver na espectativa de sermos reconhecidos como servos bons e fiéis. Maranata! O SENHOR te abençoe! Pr. Cleber R. Neves (Extraído da carta que o pastor John Murdoch escreveu a um jovem pastor.) Regozijo-me com o fato de você ter ouvido e obedecido ao chamado de Deus. Você atendeu ao mais importante e digno chamado que alguém poderia ter recebido. Você é um ministro de Deus. Mantenha sua posição com muita dignidade, humildade e boa vontade. Lembre-se de que Deus não está atrás de grandes pregadores. Ele procura homens que tenham paixão pelas almas perdidas. Dedique-se ao estudo da Palavra, mas acima de tudo seja um homem de oração. O lugar de oração é um lugar de poder, e nada a substitui. Quando o desânimo atacar—e ele ataca todos os pastores—não trace planos fantásticos. Fique a sós com Deus. O plano é dele. Cuide bem de seu corpo; é o que eu deveria ter feito. Exercite-se e durma o suficiente; coma alimentos saudáveis, e não apenas os de que você gosta. Sirva-se de uma boa variedade de legumes, verduras e frutas. Seja amigável sem ser intrusivo. Seja firme sem ser áspero. Seja gentil sem ser tímido. Tenha postura, mas sem afetação. Seja zeloso, mas não precipitado. Seja tolerante, mas não contemporizador. Mostre preocupação, mas não temor. Almeje as alturas. O preço é o mesmo, quer você mire gambás ou águias. (Sword of the Lord) Poucos recordes de velocidade são quebrados na corrida contra a tentação. (E. C. McKenzie - Sword of the Lord) A TEORIA DA EVOLUÇÃO NÃO EXPLICA NADA! A Teoria da Evolução explica a criação do eletromagnetismo? Não. Explica a criação dos átomos e moléculas? Não. Explica a criação do sistema solar? Não Explica o fato de a Terra ter sido posicionada a quase cento e sessenta milhões de quilômetros do Sol, necessário à criação e preservação da vida aqui embaixo? Não. Explica a descoberta da fórmula exata de oxigênio e dióxido de carbono que a flora e fauna necessitam para continuar vivendo? Não. O que explica isso tudo é a existência de um Ser Supremo todo-poderoso, que criou e continuará criando tudo o que existe e existirá na Terra e em qualquer outra parte do Universo. (Sword of the Lord) JÁ OUVIU SEUS PRÓPRIOS SERMÕES? Alguém disse que um determinado pastor possuía tanto dom para o ministério quanto uma ostra. Em minha opinião, o comentário foi um insulto à ostra, pois esse precioso bivalve mostra-se bastante discreto e sábio ao abrir e fechar sua concha. Se alguns pastores fossem condenados a ouvir seus próprios sermões, a sentença lhes seria muito bem apropriada, e imediatamente repetiriam o clamor de Caim: “Meu castigo é maior do que posso agüentar”. (Spurgeon - Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo Batista, Fundamentalista Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertas voluntárias. Escreva para o endereço abaixo para maiores informações. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamento na conta número 500400-9, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal ao Ministério Maranata de Literatura Fundamentalista. Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone: (0xx 35) 3832-2704. Fax: (0xx 35) 3832-2455. Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigos que solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressando necessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério do MINISTÉRIO MARANATA DE LITERATURA FUNDAMENTALISTA. NOV/06 “o dia mais dramático” (da página 1) tão afetados. Provavelmente não haverá gente desaparecendo de bordéis nem de bares. Muitos bêbados, no entanto, cambalearão para casa e descobrirão que seus familiares desapareceram. Da mesma forma, o baile continuará conforme a programação. Mas quando as filhas voltarem para casa, os pais “antiquados”, para quem elas elogiaram os namorados lascivos, terão desaparecido. Aquele será um dia de grandes separações! Existem duas categorias de pessoas—os “tomados” e os “deixados”. É assim que Jesus descreve a cena: “Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra. Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado” (Lucas 17:3436). Nem mesmo a cova escapará desta divisão, pois somente os “mortos em Cristo” serão ressuscitados nesse momemnto (1Ts 4.16). Os outros terão de esperar durante mil e sete anos (Ap 20.5). Não vai demorar muito para que o dia mais dramático das profecias seja parte da história. “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10:37). Quando esse dia chegar, você será tomado ou deixado? Se ainda não está salvo, suplico-lhe que aceite a Cristo como Salvador AGORA! Amanhã pode ser TARDE DEMAIS! (Sword of the Lord) VOCÊ SABE ONDE ME ENCONTRAR Um pastor idoso estava gravemente enfermo. Na opinião do médico, não lhe restavam mais que uns poucos dias de vida. A esposa fez uma ligação interurbana ao filho, que era pastor de uma igreja pequena, num vilarejo a mais de quatrocentos quilômetros. Em poucas horas, o filho estava ao lado do pai, e os dois oraram juntos. No sábado, a situação do pastor continuava a mesma. O pai chamou o filho e, com voz fraca e titubeante, falou: “Filho, volte para sua igreja e pregue amanhã. Se eu morrer, você sabe onde me encontrar”. “Você sabe onde me encontrar”! O AMIGÃO do Pastor É maravilhoso um pai poder dizer isso a seus filhos! É maravilhoso chegar ao ocaso da vida e sabermos onde estaremos na aurora da eternidade—na casa do Pai, na companhia do Salvador, que foi antes de nós para nos preparar um lugar. É maravilhoso um pai que está à beira da morte saber que seus filhos aprenderam o caminho para onde ele está indo, e que eles também, pela graça de Deus, habitarão numa mansão na casa do Pai, nas alturas. “Você sabe onde me encontrar”! Pais e mães, perguntemos a nós mesmos: “Tenho a segurança espiritual que me capacitará a dizer no fim da vida: ‘Sei para onde estou indo’”? E já transmitimos esse conhecimento e fé a nossos filhos, para lhes dizermos com segurança: “Vocês sabem onde me encontrar”? Poderemos responder afirmativamente às duas questões se, pela graça de Deus, enraizarmos nossa fé—e também a de nossos filhos—firmemente Naquele que morreu por nós; Naquele que está nos aguardando na casa de Seu Pai, nas alturas. (Herman W. Gockel) NÃO SEI Dr. Bob Jones Desconheço muitas coisas, e não posso conhecer outras tantas. Não sei o que acontecerá hoje. Não sei o que o amanhã me reserva. Não sei qual será o resultado das tarefas que realizo. Antes de chegar ao final, não sei aonde a trilha da vida me levará. Não sei onde os sofrimentos me esperam nem onde a morte me espreita. Não sei quando irei me deparar com o que gostaria de evitar. Não sei quando serei afligido por moléstias e enfermidades. Não sei quando terei de passar pelo fogo nem quando a tragédia irá desabar sobre mim. Não sei quando perderei um ente querido nem quando me juntarei aos que foram antes de mim. Não sei por que a infelicidade faz parte da vida. Não sei por que inocentes pagam pelos pecadores. Não sei por que não tenho o que quero e nem por que as coisas que evito são jogadas para cima de mim. Não sei como o ser humano agüenta as tristezas e dores que lhes advêm. Não sei como nossa alma consegue atravessar as águas profundas e frias que a ameaçam engolir Não sei como harmonizar o amor de Deus pelos homens com as tragédias e Página 3 sofrimentos que a divina providência lhes permite acontecer. Mas não preciso saber o quê nem onde nem quando nem por quê nem como, pois conheço QUEM. “Sei em quem tenho crido” (2Tm 1.12). Ele me é perfeitamente revelado em Jesus Cristo. O Deus que conheço é um Deus de amor. Seu amor manifestou-se na morte de Cristo na cruz por nossos pecados. “…logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). O Deus que conheço é sábio. Ele é o Autor de toda sabedoria e conhecimento. Ele sabe “desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam” (Is 46:10). O Deus que conheço é onipotente. Ele “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). Posso confiar Naquele que é o próprio amor perfeito, o poder e a sabedoria. Ele sabe do que preciso e do que é melhor para mim, e nada me acontece sem sua permissão. Ele me dá forças para enfrentar o que vier pela frente. Você o conhece também? (Sword of the Lord) “ENCARAR MINHA CONSCIÊNCIA JÁ É O INFERNO!” Num acesso de raiva, o pai tomou um machado e acabou com a vida do próprio filho. Foi preso, e enquanto aguardava o julgamento teve tempo de sobra para sofrer e lamentar o gesto insano. Depois de ouvir o caso, o juiz declarou: “O senhor sempre foi conhecido como um homem honrado e obediente às leis. Esse crime horroroso não foi premeditado. Sua condenação será viver com a lembrança do que fez!” Poderia haver punição mais severa? Achamos que não. Shakeaspeare afirmou: “Ficar sozinho com minha consciência já é o Inferno!” (Sword of the Lord) “No teste, o garoto escreveu: “Morte natural é quando você morre sozinho, sem a ajuda do médico.” (Pulpit Helps) Metade dos problemas desta vida são causados por um “sim” muito rápido e um “não” muito demorado. (Josh Billings - Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Página 4 O BR EM 8 V NO ia 2 RO MB 9 VE ia 2 O N ta D r Qua ça D Ter SEU ENCONTRO COM A MORTE! Peter Eldersveld Talvez você não goste de falar sobre a morte e esteja tentado a parar de ler esse artigo agora mesmo. Existe muita gente assim. Algumas pessoas não se preocupam muito com a morte—ou dizem não se preocupar. Outras têm medo até de falar no assunto, e certamente não querem ler sobre ele, embora, talvez, este seja o melhor jeito de acabar com os temores. Se você é um desses temerosos, espere um pouco antes de colocar o papel de lado. Por que ignorar um dos fatos mais óbvios da existência? A coisa mais certa da vida é a morte. Estamos cercados de evidências de que ela existe. Você sabia que pelo menos uma pessoa morre a cada segundo? Dá para ignorar ou fugir do assunto? O relógio ainda não marcou o seu tempo, mas algum dia, em algum segundo, a morte baterá à nossa porta, pois “está indicado ao homem morrer uma só vez, vindo depois a seguir o juízo final”. Quando esse momento chegar, você estará pronto? Ou será pego desprevenido? O tempo continua sempre em movimento, todavia faz uma parada para cada um de nós. Onde é seu ponto de descida? Deus governa sobre a morte e a vida. Ele marca nossa hora com a morte, e não podemos fugir do encontro. Apesar de tudo, estamos sempre querendo saber o porquê da morte. Não somos como os animais—possuímos uma alma imortal. Fomos criados para a vida, e não apenas para a vida temporária, mas para a eterna. A morte é anormal e desnatural para nós. Por que Deus permite que ela nos atinja? Como bem sabemos, a Bíblia diz: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5:12). Nosso pecado é uma quebra da lei de Deus. Ele não planejou que morrêssemos. A morte tornou-se o castigo de Deus para suas criaturas. Talvez seja por isso que muita gente não goste nem de falar no assunto. A última parte de Hebreus 9.27 é o que realmente incomoda: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27). Se a morte fosse apenas o fim do pecador, não seria tão ruim assim. Todavia ela é apenas o começo, e sua continuação é infindável. O juízo final aguarda por todos nós. Quando morrermos nossas almas não mergulharão no esquecimento nem desaparecerão como o vapor, embora nossos corpos estejam fadados a voltar ao pó da terra. De jeito nenhum! Seremos levados ao tribunal do Deus Santo, que estará esperando por nós. Aparentemente os seres humanos acham que o progresso que conquistaram na vida está aniquila essa idéia antiquada, e sentem indiganação quando alguém fala no assunto. Talvez a filosofia contemporânea ache o assunto puramente acadêmico, contudo isso não muda os fatos. Depois da morte virá o julgamento, quer gostemos ou não. Mas será que não existe mesmo outra saída? Será que podemos conceber a existência de um Deus que não peça às suas criaturas uma prestação de contas da vida que ele mesmo lhes deu? Não concebemos que a justiça terrena exista sem juízes e prisões, não é mesmo? Igualmente, não podemos pensar em Deus sem conceber a existência do Céu e no Inferno. Sem dúvida nenhuma, quando atravessarmos os portais da morte, seremos chamados a prestar contas do que fizemos de nossas vidas. Que ninguém se engane: existe mesmo um tribunal de justiça do outro lado desse portal. Naquele momento solene o livro da vida será aberto e o registro de nossos pecados será lido. Nessa hora nós nos veremos exatamente como Deus nos vê. Naquele dia, nem mesmo tentaremos emparelhar nossos erros com nossas boas ações. Ninguém irá presumir que conseguirá se sustentar na própria “ficha corrida”, não importa os méritos que a pessoa tenha tido aos olhos de seus semelhantes. NOV/06 Por mais estraho que pareça, milhões de pessoas já compareceram diante desse tribunal sem nenhuma apreensão! Esperaram tranqüilamente receber o veredicto de “Inocente”, e foi exatamente isso que ouviram! Milhões de pessoas sabem que receberão o mesmo veredicto. Elas não temem a morte porque não temem o julgamento. Quem é essa gente? Como lhes é possível encararm o Juiz sem tremor nenhum? Essas pessoas são melhores que nós? Não. São pecadoras como todos nós. Algumas estavam entre as piores de seus dias. Porém todas elas têm um Salvador que as acompanhou e acompanhará através do portal da morte; um Salvador junto a elas diante do tribunal. Essas pessoas acreditaram que Ele iria salvá-las eternamente. Acreditaram que ele morreu na cruz por elas; acreditaram que quando ele ressuscitou, venceu a morte por elas. Ele pagou a dívida que era delas, e por isso vivem em liberdade. Enquanto estava na terra, o Salvador garantiu: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32-33). A Bíblia explica claramente como nos preparar para a morte. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio para nos salvar, morrer por nós, pagar nossos pecados e garantir-nos a vida eterna. Quem confiar nele como Salvador atravessará os umbrais da morte em sua companhia e ficará junto a ele diante do tribunal de Deus. Mas quem o rejeitar como Salvador terá de fazer a jornada sozinho. E sabemos bem o que isso significa—ninguém pode comparecer desacompanhado diante de Deus. Quem morrer sem Cristo terá de viver para sempre sem Deus. E é isso que faz do Inferno...o Inferno! Seu encontro com a morte está marcado. Você irá sozinho ou terá Cristo a seu lado? Sword of the Lord) Muitas vezes, a pessoa de consciência limpa simplesmente é fraca de memória. Não reclame por não conseguir o que quer. Agradeça por não receber o que merece. Tudo o que já vi me ensinam a confiar em Deus para as coisas que não vejo. Fale com Deus sobre as pessoas antes de falar com as pessoas sobre Deus. (Pulpit Helps) O AMIGÃO do Pastor NOV/06 E AQUELES OITOCENTOS DÓLARES? Dr. John Rice Num culto evangelístico de domingo, em Saint Paul, no estado americano de Minnesota, algumas pessoas aceitaram a Cristo. Depois da bênção apostólica, uma senhora de rosto bastante preocupado me perguntou: “O que o senhor fez com minha filha? Cadê a minha filha?” “Ela está ali naquela sala conversando com a esposa do pastor”, expliquei. Perguntei-lhe então: “A senhora já está salva? Não gostaria de tomar sua própria decisão?” “Não sei se sou salva ou não. Acho que não. Tenho de conversar com alguém”. E a mulher desabou a chorar. Sentamo-nos; perguntei-lhe qual era o problema e por que não sabia se estava salva ou não. “Bom, sempre que começo a orar, Deus me pergunta: ‘E aqueles oitocentos dólares’, e então não consigo terminar a oração. Este é o único assunto que Deus fala comigo!”, ela exclamou. “Qual é a história dos oitocentos dólares”, perguntei. A mulher me contou sua triste história, uma história que ninguém sabia. Seu marido morrera há catorze anos, e ela ficou sozinha com duas criança, sem ter como se sustentar. Certo dia, depois que os filhos foram para a escola, ela colocou fogo na casa; não sobrou nada. O seguro entregou-lhe os devidos oitocentos dólares sem fazer nenhuma pergunta. Com o dinheiro, a mulher se mudou para Saint Paul, colocou os filhos na escola e começou uma vida nova. A simpática mocinha que havia aceitado a Cristo naquele culto e o filho mais novo não tinham a menor idéia do que a mãe ha- via feito. Ninguém nunca desconfiara de nada. Porém Deus continuava lembrando-a de que era ladra; sempre que começava a orar, Deus lhe perguntava: “E os oitocentos dólares?” Avisei a mulher de que ela precisava conversar com a companhia de seguro imediatamente e confessar o erro. “Mas não tenho dinheiro. Não tenho como restituir nada.” Observei-lhe que ela se vestia muito bem; que ela e a filha tinham bons empregos, e que se conseguisse pagar nem que fossem alguns dólares por semana, estaria mostrando sua boa intenção. “Mas eu acabaria na prisão. Eu infringi a lei e o mundo inteiro me chamaria de ladrona. Não posso fazer isso.” “Mas a senhora é ladra, mesmo que ninguém saiba. Se não pagar sua dívida, nunca terá paz com Deus. Se tiver que ser presa, que seja; Deus lhe dará paz de consciência e de coração lá na cadeia, quando a senhora orar. Ele não atenderá sua oração enquanto esse pecado estiver entre vocês dois.” Ela fez nova objeção: “Eu nem me lembro qual era a companhia de seguro. Não sei onde fica o escritório. Mesmo que tivesse dinheiro, não teria como pagar”. “Invertamos a situação. Se uma companhia de seguro lhe devesse oitocentos dólares, e a senhora não soubesse o nome da empresa, o que faria? Não tentaria descobrir quem era?” A mulher afirmou que sim, e que até descobriria onde a companhia estava localizada. Amados, vocês podem ser filhos de Deus. Podem lhes ser tão queridos quanto Davi, um homem segundo Seu coração; ou como Sansão, um juiz de Israel; ou como Pedro, o primeiro apóstolo. Mas advirto: Deus odeia o pecado, mesmo cometido por seus filhos mais queridos. Ele exige que abandonemos o pecado, que o odiemos, que sinceramente busquemos consertar os erros que cometemos. (Sword of the Lord) ABSTINÊNCIA E “MODERAÇÃO” A revista americana “Reason” publicou a história de um acidente provocado por uma jovem de 25 anos. Ela batera de frente em outro carro, matando o motorista e sua filha menor de idade. As autoridades encontraram uma garrafa de vodka quase vazia no banco do passageiro do carro da moça. O nível de álcool em sua corrente Página 5 sanguínea era três vezes mais que o permitido. A motorista se declarou culpada pelas duas mortes. Tragédias assim não são incomuns. O que chamou a atenção foi o fato de a moça ser autora de um livro sobre consumo moderado de álcool e fundadora do “Moderation Management” (algo como “Bebendo com moderação”), uma organização cujo objetivo é ajudar alcoólatras a controlar a ingestão de bebida. Não muito tempo antes, a moça havia abandonado a organização e começado a freqüentar um grupo de Alcoólatras Anônimos, organização que acredita que o alcoolismo é uma doença que pode ser controlada apenas com a abstinência. Durante séculos o mundo tem observado a batalha entre os que advogam moderação e os que advogam abstinência. O articulista da revista “Reason” é advogado e psicólogo e já escreveu vários livros sobre vícios em geral. Ele afirma que uma pesquisa do governo nega as afirmações de que o alcoolismo só pode ser curado por meio de tratamento e que os alcoólatras não conseguem reduzir o consumo de bebida a níveis toleráveis. Nenhuma das duas organizações citadas—M.M. e A.A.—conseguiria explicar o caso de meu pedreiro. Ele estava fazendo um conserto lá em casa ontem e perguntei-lhe se já havia aceitado a Cristo como Salvador. Ele relatou como, de maneira gloriosa, havia se convertido e abandonado a bebida. O homem nunca fora a uma reunião de A.A. e nunca ouvira falar em M.M. Perguntei: “Você está dizendo que não teve de ir parando aos poucos e que também nunca participou de uma reunião de Alcoólatras Anônimos?” Com um sorriso gentil, o ex-alcoólatra contou que havia entregado sua vida a Cristo e, desde então, nunca mais bebeu nem quis beber. Quem nunca toma o primeiro gole, jamais será alcoólatra! (Sword of the Lord) “De acordo com as melhores evidências disponíveis, a pena de morte, sem dúvida alguma, diminui a criminalidade. Nenhum dos 162 assassinos executados em Kentucky até agora voltou ao crime.” (Pulpit Helps) Quanto mais discussões você ganhar, menos amigos vai ter. (Old Union Reminder) Página 6 INCONVENIENTE? PESSOAS ESTÃO MORRENDO! J. Hudson Taylor – Missionário na China Quando estava em Ningpo, conheci John Jones que, juntamente com o doutor Parker, representava a Sociedade para a Evangelização da China. Impossibilitado de voltar à minha cidade, juntei-me a esses irmãos e comecei a trabalhar ali mesmo. Na tarde do segundo dia, eu e o senhor Jones já estávamos em uma viagem que nos aproximava de Sungkiang, cidade grande e importante daquele país. Decidi sair do navio e pregar o evangelho à multidão que juntara no cais e espremia-se junto aos portões da cidade. Entre os passageiros do navio estava Peter, um chinês distinto, viajado, que estivera na Inglaterra. Como era de se esperar, ele já tinha ouvido um pouco do evangelho, mas nunca experimentara seu poder salvador. Na noite anterior, eu havia tido uma conversa sincera com ele sobre a salvação de sua alma. O cavalheiro ouviu com atenção e chegou às lágrimas, porém não observei nenhum resultado concreto. Fiquei feliz, no entanto, quando ele pediu para me acompanhar ao cais e ouvir a mensagem da Palavra. Fui até o camarote preparar folhetos e livros que distribuiríamos em terra. Assustei-me ao ouvir um barulho de água e um grito, ambos vindos de fora do navio. Corri para o convés e olhei rapidamente ao redor. Peter havia desaparecido! Todos os passageiros olhavam desesperadamente para o lugar onde Peter havia caído, mas ninguém fazia um gesto para salvá-lo. O vento forte empurrava com violência o barco para frente, apesar da corrente de água que seguia firme em direção contrária. A costa desprovida de qualquer vegetação não oferecia nenhum marco que nos indicasse a que distância estava o náufrago. Na esperança de encontrar Peter, atireime na água. Olhei ansiosamente ao redor, em suspense agonizante; não vi nada, a não ser um barco com apetrechos de pesca que conseguiriam trazer Peter à tona. “Venham cá!”, gritei, enquanto a esperança brotava em meu coração. “Venham cá e joguem a rede bem neste lugar; um homem está se afogando bem aqui!” “Veh bin” (Isto é muito inconveniente), foi a resposta insensível. “Não fale em inconveniência!”, gritei em O AMIGÃO do Pastor agonia. “Um homem está se afogando, gente!” “Estamos pescando e não podemos ir aí”, foi a resposta. “Esqueçam a pesca. Eu lhes darei mais dinheiro do que ganhariam em um dia de pesca; mas venham já!” “Quanto você vai nos dar?” “Não temos tempo para discutir isso agora! Venham imediatamente ou será tarde demais. Eu lhes dou cinco dólares.” “É muito pouco”, replicaram. “Por vinte dólares salvaremos o homem.” “Não tenho tanto dinheiro. Venham de uma vez; eu lhes darei tudo o que tiver.” “E quanto você tem?” “Não sei bem—cerca de catorze dólares.” Finalmente, mas devagar, o barco se aproximou e a rede foi lançada. Em menos de um minuto, o corpo foi içado. Os pescadores ficaram zangados, indignados até, porque tentei ressuscitar Peter antes de lhes pagar a exorbitante quantia. Meus esforços de nada valeram; uma vida havia se extinguido. Culpado! O incidente me foi profundamente triste e cheio de significado, lembrando-me de uma realidade bem mais infeliz. Será que os pescadores não foram culpados da morte do pobre chinês, pois tinham as ferramentas para salvá-lo, se as tivessem usado logo? Certamente foram culpados. Mas paremos antes de fazer acusações, pois não queremos que alguém maior que Natã responda: “Tu és este homem” (2Samuel 12.7). É assim tão maldoso, tão desumano não salvar o corpo físico? Quão maior será o castigo daquele que deixar perecer uma alma e disser como Caim: “Por acaso sou guardador de meu irmão?” (Gênesis 4.9). O Senhor Jesus ordena a mim e a você, meu irmão, minha irmã: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Nossa resposta a Ele será: “Não, agora é inconveniente”? Vamos lhe dizer que estamos ocupados com a pesca e não podemos ir? Que compramos um terreno e não podemos ir? Que compramos cinco juntas de bois ou casamos ou estamos envolvidos em coisas maiores e mais interessantes e não podemos ir? Mais cedo que pensamos, “importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10). Não nos esqueçamos de orar, de batalhar a NOV/06 favor dos perdidos, para não pecarmos contra nossas próprias almas. Pensemos naquele que afirmou: “Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?” (Provérbios 24:11-12). (Sword of the Lord) O médico, achando que a menina à beira da morte não estava ouvindo sua conversa com a mãe, comentou: “Pobre criança, ela já viu dias melhores”. No entanto ela ouviu, e respondeu: “De jeito nenhum, doutor. Meus melhores dias virão quando eu vir o Rei em sua glória”. (Willian E. Biederwolf) O melhor caminho para o sucesso é ter a sabedoria dos mais velhos e o entusiasmo dos mais novos. Perdão é desistir do direito de ferir quem me feriu. (Old Union Reminder) Deste lado do túmulo, sofremos e choramos quando eles se vão. Do outro lado, eles se alegram e sorriem quando chegam. (Billy Sunday) A misericórdia de Deus nos poupa do que merecemos (o Inferno), e a graça de Deus no dá o que não merecemos (o Céu). (Shelton Smith - Sword of the Lord) Vivemos o que cremos; o resto é papo religioso. (Pulpit Helps) A SABEDORIA DE SALOMÃO “Uma língua saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela quebranta o espírito.” PROV: 15:4 O AMIGÃO do Pastor NOV/06 dades diárias, e um dia todos nos encontraremos diante do livro, quer seja no tribunal de Cristo ou no trono branco. Deus é um guarda-livros. O grande Daniel Webster disse que o pensamento mais fantástico que lhe cruzou a mente foi o de que um dia estará na presença de Deus. Certo evangelista disse: “Todos nos tornamos covardes quando pensamos no dia de prestação de contas”. COMO DOMAR A LÍNGUA Dr. Bob Kelley Um dos ensinos mais claros da Bíblia é que o Deus que julga todas as coisas mantém um arquivo acurado de todas as nossas palavras, pensamentos, obras e também motivos. Psicólogos afirmam que dez mil pensamentos atravessam o cérebro humano diariamente. Eu lhes afirmo que Deus conhece cada um deles. Em Mateus 10 Jesus afirma que nem um pardal cai sem o conhecimento de Deus. No Salmo 147.4 Deus chama as estrelas pelos nomes. Se ele toma ciência dos pardais e do movimento das estrelas, certamente conhece e registra os caminhos dos homens. Um conjunto musical evangélico canta o seguinte: Ele vê tudo o que faço. Ele ouve tudo o que digo. Meu Deus escreve o tempo todo, o tempo todo. Meu Deus escreve o tempo todo. Céu, um lugar de arquivos Quero provar-lhes que o Céu é um lugar de arquivos divinos. Jó, um dos mais antigos escritores bíblicos, afirmou: “Minha testemunha está no céu” (16.19). Daniel teve uma visão “em que se abriram os livros” (3.16). Malaquias falou sobre “um memorial escrito” (3.16). Paulo diz em Romanos 14.12: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”. Uma pergunta: É possível prestarmos contas do que não foi registrado? 1Coríntios 3.13 e 4.5 afirmam que Deus “manifestará” nossas obras. Afirmo que Deus registra nossas ativi- Arquivos da língua Tudo o que disse até agora foi com a intenção de mostrar este ponto incisivo: Deus mantém um registro acurado do uso que fazemos de nossa língua, das palavras de nossa boca. Em Salmo 19.14 lemos: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Se tomamos cuidado para que nossas palavras sejam aceitáveis no mundo, devemos cuidar muito mais para que sejam aceitáveis no dia do juízo. Em Mateus 12.36 Jesus adverte que “toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo”. Eis um aspecto em que somos bem descuidados. Levantamos de manhã, beijamos a esposa, engolimos o café e, totalmente inconscientes de que Deus está anotando nossas palavras, nos atiramos a um mundo apressado, frenético, louco. Damos um “chega pra lá” no pastor, somos grosseiros com os amigos, descemos a língua nos inimigos e geralmente espirramos veneno cada vez que abrimos a boca. Como isso é diferente do cristianismo do Novo Testamento! Em Efésios 4.32 Paulo ensina que devemos ser “benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros” em amor. Em Colossenses 4.6 ele afirma que nossa palavra deve ser “sempre agradável, temperada com sal”. Ou seja, nossa boca deve ser um agente conservante, e não poluidor. Nunca consegui entender como os santos na graça conseguem se livrar do cigarro, adotar novo estilo de roupa, abandonar os divertimentos mundanos, mas acham que têm o direito de conservar um vício—a língua ferina, venenosa. A mesma graça que destrói o hábito de fumar e dançar também pode acabar com a língua maldosa. Gosto das palavras de Agostinho: “Quem fala mal de alguém ausente de minha mesa não é bem-vindo à minha mesa”. Tiago 3: o capítulo da língua Tiago 3 é o único capítulo da Bíblia dedicado a domar o tigre que vive na cova Página 7 atrás dos dentes. Muita gente hoje se preocupa com línguas estranhas; eu, porém, me preocupo muito mais com as línguas desenfreadas. Leiam cuidadosamente o capítulo referido e vejam as palavras terríveis que Tiago usa para descrever a língua. No versículo cinco ele chama a língua de “pequeno órgão” que se gaba de grandes coisas. A língua adora o poder. É fanfarrona por natureza. Ela dinamita tudo e todos que estiverem em seu caminho. Alguém disse que a língua destruiu mais impérios do que a espada; acabou com mais lares que o adultério e matou mais igrejas que o dinheiro. Lembrem-se de que o Anticristo falará “grandes coisas”. A boca descontrolada vive em más companhias. Pensem no incêndio mais devastador que já viram. A língua pode fazer a mesma coisa com a reputação de uma pessoa. Ela é fogo! Faz uma grande bagunça! É contaminadora, é um mal desregrado. Meus amigos, domamos leões, subordinamos raios, controlamos doenças; porém, muitos de nós somos escravos da língua. O dragão em nossa boca corre solto, sem controle nenhum. I. Transgressões da língua Observo um grande problema com a pregação hoje em dia. Alguns pastores se referem ao pecado, mas poucos pregam sobre ele. Muitos denunciam o pecado, todavia poucos o definem. Lembro-me que no início de meu ministério ouvia um pastor no rádio falar muito sobre os modernistas, porém jamais citou um único nome. Ele pregava contra os vícios mundanos dos cristãos, mas nunca identificava esses vícios. Eu não quero carregar a mesma culpa, portanto vou apresentar alguns pecados cometidos pela língua, segundo a Palavra de Deus. Língua precipitada Os cristãos geralmente pecam com a língua rápida demais. Lemos em Provérbios 29.20: “Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele”. A Bíblia está se referindo à pessoa cuja língua começa a andar antes de o cérebro estar engatado. Esse tipo de gente fala só pelo prazer de ouvir a própria voz. Em Jó 8.2 Bildade pergunta: “Até quando falarás tais coisas? E até quando as palavras da tua boca serão qual vento impetuoso?” Esse tipo de cristão é um tagarela cuja língua não cabe dentro da boca. Continuação na próxima página Página 8 “dominar a língua” (da página 7) Leiam Juízes e conheçam Jefté. Ele pecou porque sua língua era rápida demais. Língua bajuladora Vocês já ouviram dizer que a bajulação abre todas as portas? Não com Deus! Na verdade, o Salmo 12.3 afirma: “Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores”. Elogios falsos nada mais são que mentiras. Bajular e elogiar só para ganhar favores pessoais é pecar contra Deus. Muitos cristãos pecam ao elogiar o chefe e dizer que ele está muito bonito com aquele terno, quando na verdade o homem mais parece uma briga de foice no escuro!Por favor, irmãos, nunca mintam para subir na vida. Este é um pecado da língua. Língua recriminatória Não estou me referindo a fofocas. Estou falando de usar a língua como uma alavanca para rebaixar e degradar os outros. Mateus 7.3-4 chama isso de “procurar argueiro”. Aprendi que jamais edificarei a mim mesmo se usar os outros como escada. Ser capaz de elogiar o sucesso de terceiros é marca da verdadeira espiritualidade. Que pecado entre os fundamentalistas de hoje! Pastores acabando com pastores; igrejas menosprezando igrejas na tentativa de promover seus próprios ministérios! Meus amigos, esse tiro sempre sai pela culatra. Esse bumerangue geralmente retorna aos pés de quem o atirou. Oro para que todos aprendam a lição, em benefício próprio. Língua caluniadora Agora estou falando de fofoca, mexericos. Em Tiago 4.11 lemos: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros”—e acrescento: “mesmo que seja verdade”. Que benefício você colhe falando mal dos outros? Se algo não precisa ser dito, não diga. Vocês já ouviram alguém dizer: “Não sou hipócrita. Digo o que penso. Se a carapuça servir, o problema não é meu”? Existe uma única coisa errada nessa atitude—é maligna. Provérbios 29.11 afirma: “O insensato expande toda a sua ira”, e 1Pedro 2.1 ensina que devemos nos despojar “…de toda sorte de maledicências”. Salmo 101.5 “pega pesado” aqui: “Ao que… calunia o próximo, a esse destruirei”. Eli imaginou que Ana estivesse bêbada quando orava no templo. E se ele tivesse começado a fofocar sobre o que havia pressuposto? O AMIGÃO do Pastor Outras línguas Existem outras línguas incontroláveis que poderiam ser mencionadas. Em Efésios 4.29 Paulo menciona a língua suja: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”—piadas de duplo sentido, conversa de sarjeta, crendices populares. John Wesley afirmou que era perigoso o cristão ser “dado a brincadeiras”. Quando eu estava na faculdade, durante um culto o palestrante contou uma história de “banheiro masculino”. Ele nunca mais foi convidado a voltar. Em Tito 2.8 Paulo acerta outra língua— “linguagem sadia e irrepreensível”. Creio que o assunto tratado é a língua enfurecida, destrambelhada. A Palavra de Deus ensina que devemos ser sóbrios, tranqüilos, calmos, serenos. Língua solta e cabeça quente é o mesmo que brincar com arma engatilhada. Alguém disse que “cabeça quente é fruto de coração frio”. Devemos nos fazer três perguntas antes de abrir a boca: O que vou dizer é verdadeiro? É necessário? É agradável? II. Domando a língua Apresentamos um retrato muito feio da dona Língua! Não há rodeios: ou você controla sua língua ou ela controla você. O dr. Bob Jones, pai, costumava dizer: “Todo ser humano ou está no comando ou é comandado”. E isso é absolutamente verdade em relação à língua! Em Tiago 3.8, o apóstolo afirma muito francamente: “…a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar”. Você está certíssimo, Tiago; ninguém consegue domá-la. Eu, porém, conheço Alguém que pode muito bem fazer isso—o bendito Espírito Santo! A chave para domarmos a língua se encontra em Efésios 5.18-19, onde Paulo ordena que todos os crentes sejam cheios do Espírito Santo; observem o resultado: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais...”. Meus amigos, se o Espírito Santo pode controlar o que vocês dizem uns aos outros, ele também pode controlar o que dizem uns sobre e para os outros. Graças a Deus, o Espírito Santo é o freio da língua ordenado por Deus. Uma língua desenfreada é indicativa de um relacionamento fraco com o Espírito Santo. Pensem nisso! Conheci um homem que tinha um cachorro pastor alemão muito bonito e muito bem treinado. Bastava o senhor Hickman virar a coleira para a esquerda ou direita, e o animal parecia um marionete. Que bom se o Espírito Santo tivesse esse controle sobre NOV/06 nós! III. O testemunho da língua Gostaria de terminar com uma sugestão bem prática. Depois de dezoito anos de pastorado, descobri que setenta por cento do testemunho de um cristão é determinado pelo orifício movente em seu rosto. O salmista nos oferece um conselho maravilhoso: “Seus louvores estarão continuamente em minha boca”. Se suas palavras não vão engrandecer a Deus, fique de boca fechada. O tio Bud Robinson costumava viajar de trem. Certa vez, enquanto comprava a passagem, ele magoou o bilheteiro. Tio Bud comentou mais tarde: “Sempre que ia à estação, eu ouvia as abelhas das bênçãos de Deus zunindo no fundo de minha alma. Eu sentia o cheiro da madressilva florindo”. Depois de ter magoado o amigo com sua língua, ele não mais ouviu as abelhas nem sentiu o perfume da madressilva. Meu amigo, você nunca ouve as abelhas nem sente o perfume da madressilva? O problema pode estar em sua língua! (Sword of the Lord) UM MÉDICO REALMENTE CRISTÃO James R. Adair Walter L.Wilson, um médico praticamente calvo, bigodudo e meio gordinho da Cidade de Kansas, dedicavase o mínimo possível ao tratamento de doenças físicas; ele devotou quase todo o seu tempo prescrevendo o Senhor Jesus Cristo aos corações pecaminosos que batem no peito da raça humana inteira. O doutor Walter viajava cerca de quarenta mil quilômetros anualmente pregando o evangelho. Ele se tornou famoso como o médico-pastor dos Estados Unidos. Era tão habilidoso ao lidar com o público como ao tratar um caso médico complicado. Gentil e compreensível, o doutor Walter era apto ao usar ilustrações de seu repertório de fatos diários; histórias que prendiam a atenção de um garoto inquieto ou de um executivo preocupado. Em certa reunião de um Lions Clube, numa das maiores cidades americanas, o doutor Walter viu-se diante de um grupo barulhento, aparentemente desinteressado em ouvir um sermão previsível. O médico pediu sabedoria especial a Deus e subiu à Continuação na próxima página NOV/06 O AMIGÃO do Pastor CONDENADO À MORTE “Fui sentenciado à morte. Joguei fora minha chance de viver. Aproveite sua oportunidade e viva para o Senhor!” (Escrito em 1994) Escrevo esta carta na esperança de alcançar e mudar a vida e a mente de alguém. Oro para que meus leitores mudem de rumo e comecem a viver para Deus enquanto ele chama e antes que algo verdadeiramente ruim lhes aconteça. por favor, ouçam o que digo, não somente vocês que são jovens, mas também os mais velhos. Meu nome é K. R. Sou um rapaz negro, de 1.65 de altura e 19 anos. Tenho grandes habilidades artísticas e consigo realizar o que outros não conseguem. Sou grato por muitas coisas nesta vida. Uma delas é o fato de ainda estar vivo. Agradeço a Deus por isso! Gostaria de fazer uma pergunta muito, muito importante: “Você está vivendo para Deus?” Pergunto porque tive a oportunidade de fazer as coisas certas, mas resolvi cair no mundo. Por causa desta decisão é que estou vivendo um pesadelo. Alguém há de perguntar: “Onde?” Tenham paciência, vou chegar lá. Escrevo esta carta porque Deus enviou alguém para me pedir que o fizesse. Espero que ela toque alguém—se não for você, talvez a pessoa a seu lado ou atrás de você—em tempo de salvá-lo. Escute, você tem tempo de agir corretamente, de ter uma vida maravilhosa, de visitar lugares e ver coisas novas. Acima de tudo, você tem oportunidade de se tornar alguém na vida. Sabe, oportunidade é tudo o que algumas pessoas, como eu por exemplo, adorariam ter novamente. O Senhor Deus está chamando você. É sua oportunidade de se aproximar dele. Imploro que você aproveite a chance enquanto ele ainda está chamando, Eu não soube ouvir o chamado de Deus. Ele me chamou muitas vezes. Certa vez busquei saber o que ele queria, e sua resposta foi que eu deveria mudar de vida, e eu mudei. Aceitei a Cristo como Salvador, uni-me a uma igreja, batizei-me e até fui introdutor durante os cultos. A essa altura tudo estava indo às mil maravilhas; diria até que foi a melhor época de minha curta existência! No entanto, parei de ir à igreja, voltei a infringir a lei, a usar drogas, a roubar, ao homicídio, ao roubo—em outras palavras—AO PECADO. Decepcionei a Deus—o maior erro que poderia cometer—o que na verdade custou minha vida. Vocês nem imaginam como eu gostaria de poder voltar atrás! Todos sabemos que isso é impossível. Mas, como já disse, todos têm suas oportunidades. Eu pisei feio na bola, e vocês verão o resultado. Em 15 de dezembro de 1993, a Justiça de Arkansas me condenou à morte por injeção por ter matado um homem durante uma tentativa de assalto a um caixa eletrônico, É muito difícil lidar com a situação agora. Naquela ocasião eu tinha apenas 18 anos. Sou o mais jovem condenado do corredor da morte. Podem ter certeza de que não quero morrer. Todos os dias, a primeira pergunta que faço ao acordar é: “Por que eu, Senhor?” No entanto, sei que sou o único culpado disso tudo. Deus me chamou, porém não lhe respondi. Dei-lhe as costas, e veja onde acabei: no corredor da morte! Nem em meus piores pesadelos imaginei que algo assim pudesse me acontecer. Minha situação é resultado de meu afastamento de Deus. Se eu tivesse me mantido fiel ao Senhor, não estaria onde estou hoje. Como sei disso? Porque o Senhor diz: “Se eu estou no comando, você não precisa saber para onde vai!” A razão de eu estar escrevendo esta carta é porque Deus está chamando você também. Ele sabe qual é seu destino. Imploro a você que se volte para Deus, e não contra Deus. Se você é traficante, ladrão, viciado, assaltante, malvado ou seja lá em que ruindades Página 9 esteja envolvido, ouça a voz da experiência—“pare agora mesmo!” Esse tipo de vida tem apenas um resultado: a morte. A saída é uma só—a que leva a Deus. Ele me enviou a lhe dizer isso. A salvação é gratuita, mas apenas àqueles que a buscam. A salvação não é questão de tentativa, e sim de confiança—confiança no amor e na misericórdia de Deus. Jesus é o único caminho. Ninguém é tão mau que não possa ser perdoado. Imploro que você dê ouvidos às minhas últimas palavras, mesmo que você não queira dar atenção a mais nada do que digo. Deus está mais preocupado com o tamanho de seu coração do que com o de sua conta bancária. Ele está chamando você agora! Nota do editor em Inglês: Conversamos com o Departamento de Justiça do Estado de Arkansas e tivemos a confirmação de que o autor do artigo aguarda a data de sua execução. (Sword of the Lord) “um médico” (da página 8) plataforma. Quando começou a história sobre seu “velho amigo, Búfalo Bill”, todas as atenções voltaram-se, de repente, para ele. Sua visita ao famoso show-man aconteceu na tenda particular de William F. Cody, que lhe foi especialmente desenhada pela empresa que o doutor Walter havia representado muito tempo antes. “Entrei na tenda para acertar detalhes do programa”, o médico explicou aos Leões. “No fim da conversa, perguntei-lhe onde ele passaria a eternidade. O coronel William F. Cody (Búfalo Bill) mostrou despreocupação com o assunto: ‘Minha idéia de felicidade total’, orgulhou-se, ‘é mandar que meus caubóis abram um buraco no meio da tenda e enchem-no com água. Então mergulho meu chapéu de quase quatro litros na água, deixo meu cavalo beber primeiro, depois enfio a cara no chapéu e bebo. Ouvir dezessete mil pessoas aplaudindo com todo entusiasmo, é minha idéia do Céu”. Com este início, o doutor Wilson não teve problema nenhum em explicar o que a Bíblia tem a dizer sobre quem vai passar a eternidade onde. No final da reunião, um general da brigada aproximou-se do médico, pois havia sido profundamente tocado pelo evangelho. Para terminar a reunião com chave de ouro, ele deu a mão ao médico e o coração a Jesus. Era natural que estudantes fossem atraídos pelo médico. Suas mensagens, Continuação na próxima página O AMIGÃO do Pastor Página 10 QUANDO PAREI DE FUMAR C. E. DeWeese Era um dia ensolarado de primavera em 1966. Minha cidadezinha no estado de Mississippi é um cartão-postal na primavera. As azaléias desabrocham, atletas correm pelas ruas e moradores cuidam de seus jardins. Meu dia começou como sempre. Saí da cama, peguei o jornal, sentei-me confortavelmente na poltrona e acendi um cigarro. Inalei e esperei até que a nicotina saciasse a carência que havia se acumulado durante a noite. Aquele cigarro era o primeiro de muitos que seriam fumados durante o dia. O vício havia se instalado gradualmente. Eu sabia que os pastores de minha denominação não podiam fumar. No entanto, como alguns colegas, eu fumava mesmo assim. Tão logo terminava um cigarro, já sentia necessidade de outro. O vício exigia trinta cigarros por dia. Eu mastigava chicletes para disfarçar o hálito, mas o mau cheiro permanecia. Minha esposa me beijava com relutância, e eu não a culpava. Todavia meu desejo pelo cigarro era profundo. Fui atacado por uma tosse seca. Tossia noite e dia, porém continuava fumando e gastando dinheiro com cigarro. Continuava “empestiando” minha casa. Continuava tossindo. Tudo isso para ficar alguns momentos livres das garras da nicotina. Eu queria parar de fumar. Tentava sempre, todos os dias, mas falhava sempre, todos os dias. Apenas alguns minutos, e lá estava eu acendendo outro cigarro. Eu queria parar de fumar, mas não conseguia. Num domingo ensolarado, saí da igreja direto para o hospital. Um amigo da mesma idade (trinta anos mais ou menos) estava internado com câncer no pulmão. Naquela época os pacientes podiam fumar no quarto. Durante minha visita, o amigo puxou um cigarro do maço e, na cama mesmo, riscou o fósforo. Fiquei observando enquanto ele dava baforadas, inalava, exalava e tossia. Pensei nas conseqüências do meu vício, enquanto o outro fumava, mas assim que entrei no carro, acendi um cigarro. Dois dias mais tarde, fui de novo visitar meu amigo. Ele usava uma máscara de oxigênio, pois mal conseguia respirar. Sua esposa estava presente. Antes de sair, orei com eles. Ao entrar no carro, acendi um cigarro. Voltei no dia seguinte. Ele estava na U.T.I. Fiquei ao lado de sua esposa. Uma hora depois, o médico apareceu e colocou a mão no ombro da mulher. Entendemos o que havia acontecido. Ao sair do hospital, implorei: “Senhor, liberta-me”. Fui direto para a igreja. Entrei no santuário vazio e ajoelhei-me diante do altar. Não havia mais ninguém no templo. Peguei o maço de cigarros do bolso, coloquei-o no altar e admiti: “Senhor, não consigo fazer isso sozinho. Por favor, ajude-me. Entrego-lhe este maço de cigarros”. Uma paz extraordinária tomou conta de mim. Sabia que seria difícil, mas também sabia que o poder de Deus é maior que qualquer vício. Levantei-me, fui para casa e escovei os dentes. Uma hora depois a crise de abstinência atacou. Parei e orei: “Senhor, ajuda-me a vencer este ataque”; A crise voltou, e as orações também. Os ataques foram se espaçando, embora continuassem fortes. O Senhor me deu graça e determinação para persistir. Duas semanas se passaram. A vontade desesperada de fumar ainda me atacava. Às vezes me sentia zonzo, estranho. Deus me deu forças para dizer não. Seis meses se passaram. Eu pensava cada vez menos em cigarro. Um ano depois meus pensamentos sobre cigarro eram raríssimos. Faz trinta e três anos que parei de fumar. Não há mais crises. Não há mais fome de nicotina. Não há câncer de pulmão. A respiração é boa e estou de quinze a vinte mil dólares menos pobre. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13). E você também pode. (Pulpit Helps) NOV/06 “um médico” (da página 9) salpicadas de filosofia comum, levaram inúmeros alunos, e até diretores e professores, a se entregarem a Cristo. Porém, aqui e ali o médico se deparava com um estudante problemático que exigia atenção especial. Por exemplo, antes do culto na capela de uma escola, um aluno de dezessete anos se aproximou e, desdenhoso, perguntou: “Doutor Wilson, o senhor é o pregador desta manhã?” “Eu mesmo”, o médico respondeu. “Planejo falar sobre coisas interessantes, e acho que você vai gostar.” “É provável que não”, foi a resposta, “uma vez que não acredito nas ‘lorotas’ que vocês pastores contam.” “Que coisa!”, o médico exclamou. “Muito curioso. Agora que você me disse que não crê nessas coisas, poderia me dizer no que acredita? O que você crê me interessa mais do que o que você não crê! “Só creio no que posso compreender. Esses mistérios não têm vez comigo”, o jovem respondeu enfático, e foi sentar-se ao lado da namorada ruiva; o médico subiu ao púlpito. “Vocês têm aqui um rapaz extraordinário. Ele está no último ano do colegial. Como formando, ele sabe tudo e sabe que sabe tudo. Esse jovem acabou de me dizer que só acredita no que entende. Assim, quero lhe pedir que nos explique como uma vaca preta come grama verde e produz leite branco que vira manteiga amarela que produz cabelo vermelho na namorada que ingeriu as duas coisas.” A risada que ecoou pela capela logo se tornou em meditação, pois os alunos entenderam que muitas coisas na vida têm de ser aceitas pela fé e que nem tudo pode ser explicado. O rapaz e a ruiva ouviram com atenção a mensagem, que durou uma hora e meia. Durante todo este tempo, o médico fez comparações entre os milagres de Deus vistos na natureza e os milagres registrados na Bíblia. O doutor Wilson enfatizou a extraordinária transformação que ocorre quando uma lagarta (minhoca estofada, como o doutor diz na brincadeira) se reveste de sua própria cobertura e transforma-se em uma linda borboleta, e instintivamente deixa de se arrastar e passa a voar. “Da mesma maneira”, o doutor Wilson enfatizou, “Deus toma a vida de um pecador e a transforma até que brilhe com a Continuação na próxima página NOV/06 SENHOR, FAÇA-ME UM DE SEUS SALMÕES! Bert Hills estava tendo uma de suas conversas diárias com um amigo, pastor aposentado de Oklahoma. O velho pescador de almas perguntou se Bert conhecia a parábola de Mateus 13.37-38. Não? Ele a recitou: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora”. Com um brilho no olhar, o pastor disse: Faz mais de quarenta anos que lanço a rede do evangelho ao mar, e já vi muito peixe ser pego nesta rede. Você já ouviu falar de um peixe que tem a espantosa habilidade de se inflar e ficar duas vezes maior que o tamanho original? Já vi alguns desse tipo na rede de Deus. Se as coisas não acontecem de acordo com o que querem, esses peixes estufavam tanto o peito que quase explodem. Existem também as enguias. Quando tentamos pegá-las com as próprias mãos, elas escorregam pelos dedos. Peguei algumas na rede do Senhor. Quando achava que podia confiar nelas, elas escapavam. Não nos esqueçamos das medusas, ou águas-vivas. Elas não têm barbatanas nem espinha, e seguem a correnteza. Mesmo na rede de Deus, as medusas seguem o vento. Quando estão no meio dos crentes, agem como crentes. Quando estão com gente do mundo, seguem a multidão. Às vezes pegamos algumas ventosas. Esses peixes são encontrados no fundo dos riachos e alimentam-se dos refugos que chegam até eles. Os que caem na rede ficam muito infelizes com a situação, e tentam voltar aos detritos da vida o mais rápido possível, pois é lá que se sente em casa. O barbado é um peixe melhor, mas é preciso ter cuidado ao tocá-lo, uma vez que suas barbatanas têm espinhos envenenados. Se pegar algum em sua rede, é preciso coloque umas boas luvas antes de tocá-lo, se não quiser setas envenenadas em sua direção. O AMIGÃO do Pastor Não nos esqueçamos pescadas; esses peixes são de briga. Qualquer coisa que perturbe sua poça d’água conhece o poder de sua fúria. Às vezes encontramos alguns desses peixes na rede do evangelho. Se alguém tenta alterar a ordem existente, verá que estão sempre prontos a contender pela fé uma vez entregue aos santos. A truta é um bom peixe, mas não chega a lugar nenhum. O tempo passa, e a truta continua sempre no mesmo lugar. Se a água se agita durante uma reunião, a truta pode até se afastar para um lado; no entanto, quando o encontro termina, ela volta para o lugar de antes. Nem todas as pessoas conseguem diferenciar um salmão pequeno de uma truta, porém as diferenças são muitas. O salmão muda de água em água até alcançar o oceano; ali, mergulha profundamente para se alimentar das coisas providenciadas por Deus. Quando recebe um chamado do Senhor, esse peixe encaminha-se para o lugar da desova. Só a morte o impede de fazer isso. Uma vez lá, o salmão entrega sua vida para que outro salmão venha a existir. Bert ouviu tudo com ponderação. Depois de se despedir do velho amigo, caminhou rua abaixo. Silenciosamente ele orava: “Senhor, faça-me um de seus salmões”. (R. C. Cunningham) “um médico” (da página 10) beleza divina e é perfumada com as graças celestiais.” No final da palestra, o médico observou, visivelmente decepcionado, o jovem retirar-se do auditório. Porém, exultou de alegria quando o diretor da escola o procurou: “Doutor, a perfeição das coisas de Deus me impressionam sobremaneira. Por favor, explique-me como encontrar o Salvador esta manhã”. Seus olhos se encheram de lágrimas, e ele continuou: “Tenho fracassado muito na vida. Ando em círculos, sem chegar a lugar nenhum. Quero que Deus tome conta de mim a partir de hoje”. Depois de uma breve conversa com o doutor Walter, o diretor pediu que Cristo limpasse sua vida e fizesse habitação nela. (Sword of the Lord) “Se você agir corretamente mil vezes, ninguém diz nada. Erre uma vez, e vai ouvir sobre o erro mil vezes.” (Pulpit Helps) A morte não é um ponto final, e sim uma vírgula na história da vida. (Amos J. Tarver) Página 11 MULHERES RECATADAS X MULHERES IMORAIS Pr. David Cloud Provérbios 7.7-23 Vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carente de juízo, que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas. Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração. É alvoroçada e contenciosa,, cujos pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos. Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz: Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos. Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores; já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo. Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores. Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe. Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa. Seduziuo com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede, até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida. 1. São diferentes nos caminhos que percorrem. A mulher estranha não tem medo de sair “na escuridão da noite, nas trevas” (Pv 7.9). Seus “pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças” (Pv 7.11-12). A mulher recatada, por outro lado, tem cuidado por onde, quando e com quem anda. Ela evita lugares onde tentações morais estão à espreita. Ela evita ficar a sós com homens. Ela se esquiva de situações que podem arranhar sua reputação. 2. São diferentes no modo de se vestir (Pv 7.10). A mulher imoral usa “vestes de prostituta”—roupas apertadas, transparentes, apelativas—para chamar a atenção dos homens de maneira sexual. A mulher recatada, por outro lado, veste-se Continuação na próxima página Página 12 “mulheres recatadas” (da página 11) de modo a NÃO chamar esse tipo de atenção. 3. São diferentes em espírito (Pv 7.1011). A mulher imoral é “astuta de coração...alvoroçada e contenciosa”. A mulher recatada é de “espírito manso e quieto” (1Pe 3.4). 4. São diferentes em semblante (Pv 7.13). A mulher imoral tem “cara impudente”. A mulher recatada, por outro lado, usa de “modéstia” (1Tm 2.9). Paulo usa aqui o termo grego “aidos”, que “revela a idéia de olhos abaixados” e significa “timidez, (em relação a homens, por exemplo), simplicidade (em relação a Deus) ou reverência” (Strong). 5. São diferentes em sua religião. A mulher imoral entrega ofertas e cumpre suas obrigações religiosas (Pv 7.14), porém seu coração está longe de Deus. Ela vai à igreja, no entanto é hipócrita, pois sua vida particular é indecente. A mulher recatada, por outro lado, serve a Deus de todo o coração. Ela é a mesma pessoa tanto na escuridão da noite quando na luz do dia. 6. São diferentes em sua definição de amor. A mulher imoral confunde amor com luxúria, achando que “amor” não passa de romance e satisfação sexual, não importa o estado civil da pessoa (Pv 7.18). Esta é a definição de amor segundo os padrões do cinema e do rock and roll. A mulher recatada, por outro lado, sabe que o amor verdadeiro é compromisso divino dentro do casamento. O verdadeiro amor significa obedecer aos mandamentos de Deus (1Jo 5.3). 7. São diferentes no modo de encarar a vida. A mulher imoral vive apenas o momento presente; ela não quer saber como as coisas terminam, mas simplesmente como se iniciam. Ela não se preocupa com o julgamento de Deus, pensa O AMIGÃO do Pastor Caixa Postal, 74 37270-000 Campo Belo - MG IMPRESSOS O AMIGÃO do Pastor somente no prazer do pecado (Pv 7.22-23). A mulher recatada, por outro lado, sabe que o prazer do pecado dura pouco; ela concentra-se nas coisas eternas e não nas temporárias (Hb 11-24-16). (Way of Life) A GRANDE DIFERENÇA Um orador famoso foi honrado com um banquete. Depois de todos os discursos e celebrações, pediram-lhe que recitasse uma poesia, em obséquio aos convidados. Ele concordou e deu oportunidade para um pedido especial. Depois de alguns minutos de silêncio, um velho pastor falou: “Cavalheiro, o senhor poderia recitar o Salmo 23?” Uma expressão estranha sombreou o rosto do orador momentaneamente; ele então respondeu: “Posso e recitarei, mas com uma condição: que depois de mim, o senhor, meu amigo, faça o mesmo”. “Eu?”, o pastor respondeu em surpresa. “Não sou orador eloqüente como o senhor. Todavia, se este é seu desejo, recitarei.” O orador famoso começou o Salmo de forma magistral, e manteve o auditório completamente embevecido. Quando terminou, a platéia explodiu em palmas. Quando as palmas terminaram, o velho pastor se levantou, e o silêncio foi profundo. Ao término da apresentação, não se ouviu nenhum ruído de aplausos. Quem ainda estava com os olhos secos, mantinha-se em atitude de oração. O famoso orador colocou a mão no ombro do velho servo de Deus e com voz trêmula exclamou: “Meus amigos, eu toquei seus olhos e ouvidos. Este homem tocou seus corações. Eu conheço o Salmo do Bom Pastor, mas ele conhece o Bom Pastor do Salmo!” (Sword of the Lord) Deus prova nossa paciência porque deseja expandir nossa alma. (Pulpit Helps) NOV/06 O QUE WESLEY JAMAIS CONHECEU E. Pratt, reverendo metodista da África do Sul, em visita à terra natal de John Wesley, escreveu sobre coisas que este nunca chegou a conhecer. John Wesley nunca andou de trem nem de navio nem de bicicleta. Nunca usou máquina de escrever nem jamais viu uma máquina de costura. Nunca usou caneta tinteiro nem pregou sob luz elétrica. Nunca enviou um telegrama nem falou ao telefone. Nunca usou máquina fotográfica. No entanto, sua vida foi mais completa e rica do que a de milhões de pessoas de nossos dias. (Sword of the Lord) À beira da morte, um nobre inglês afirmou: “O que gastei, eu tinha; o que mantive, eu perdi; o que eu dei, eu tenho!” (Sword of the Lord)