Geranção Nova do Movimento dos Focolares G n. 7-8 julho-agosto 2012 Alfredo «Alemão» Socorro da Silva Neto, gen que ofereceu os últimos dias da sua vida pelo Genfest. Genfest a preparação nos Centros gen Quando o jogo se torna Ideal... Obrigado Alfredo pela sua contribuição para o Genfest CARTA ABERTA 2 Dar a vida onde estivermos Caríssimas e caríssimos, Em muitos países estamos no período das férias, do repouso: em várias regiões estão acontecendo as Mariápolis Férias, acampamentos de verão... Certamente queremos que também o repouso seja sempre mais expressão do nosso ser gen, fruto de Jesus em meio. Gostamos do que está escrito no regulamento sobre este aspecto (vide art. 32 – 39): nutrir-se da eucaristia; repeitar o corpo como templo de Deus; cuidar da saúde com o esporte, o jogo, o repouso, uma alimentação regular, a higiene pessoal; amar e salvaguardar a natureza; compartilhar os sofrimentos dos outros gen. Sumário Como vocês sabem, nos meses de julho e agosto conclui-se o ano «ideal» e em setembro começará o novo ano, com o encontro dos responsáveis das regiões. Isto nos convida a fazer um pequeno exame de consciência, principalmente sobre os pontos principais que vivemos com toda a Obra: a Palavra de Deus e o Alaranjado. No que se refere a nós, graças aos relatórios e também às várias conferências skype que fizemos durante o ano, constatamos que a vida da Palavra gerou muitos frutos através da vida de vocês, tanto pessoalmente quanto em conjunto. Jesus em vocês e entre vocês realizou muitos «milagres» e talvez muitos tenham experimentado, pelo menos em alguns momentos, que «a Palavra nos vive», como Chiara costumava dizer. Além disso, vivendo a Palavra «acendemos o fogo do Idea» principalmente entre os jovens, que são confiados a nós de modo todo especial. Quantas atividades, quantas iniciativas, quantos relacionamentos pessoais vividos como Jesus, «sendo Jesus».. Quantos corações tocados pelo Seu amor. Constatamos com alegria que o viver pelos outros fez crescer a união com Deus e a unidade entre todos nós. Por estes – e por tantos outros frutos – agradeçamos juntos a Deus. Até breve no Genfest, que já está às portas, prontos a dar a vida onde estivermos. 4 O triunfo do Amor 6 Objetivos 2012 8 De olho no Centro DA REDAÇÃO 3 Olá gen, como estão? Vocês gostaram da edição especial de preparação ao Genfest? PRONTOS PARA PARTIR?! Então, juntos, prossigamos esta viagem rumo ao Genfest. Outro dia, no encontro da redação, pareceu-nos muito claro que as «pontes de relacionamentos autênticos» devem começar antes de tudo, nas nossas unidades gen, depois entre os e as gen, focolarinas e focolarinos aqui no Centro etc..., até chegar a todos vocês das várias regiões do mundo. E de novo GEN retoma a sua importância em ser sempre mais um instrumento para construir pontes entre nós e para fazer circular a vida do nosso Movimento: tudo depende de cada um de nós! Também depende de cada um de nós, cuidar bem do nosso corpo, templo do Espírito Santo, principalmente no período das férias. Queremos propor de modo especial nesta edição – através de artigos de Sportmeet e da breve apresentação da vida de Alfredo, gen brasileiro que partiu para a Mariápolis Celeste – uma reflexão sobre a importância que damos à nossa saúde. Todos nós estamos vivendo um momento de grande expectativa pelo Genfest e a meditação de Chiara nos ajudará a sermos fiéis ao momento presente, sabendo que seremos todos atores, protagonistas deste evento extraordinário. Assim, lembraremos de viver com vocês cada aspecto da nossa vida gen, para chegarmos juntos ao Genfest com toda energia e alegria. Olá a todos! Obrigado pelas orações e pela unidade! Contamos para vocês o que está acontecendo aqui com este terremoto que não quer terminar, mas estamos confiantes no amor de Deus que está por trás de cada coisa! Em Parma nos encontramos com os Gen e os Jovens por um Mundo Unido para entender como poderíamos ajudar as cidades atingidas. Alguns já foram e outros ainda irão ajudar a separar tudo o que chega de gêneros alimentícios e outras coisas para as pessoas desalojadas; enquanto outro grupo, formado por focolarinos, gen e amigos que querem ajudar, irá aos acampamentos para dar uma mão! Entre outras coisas um grupinho de gen foi também à Ligúria, nas cidades onde estivemos para ajudar nas enchentes, porque também ali estão precisando de ajuda! Por enquanto é tudo, manteremos vocês informados. Toda unidade para a preparação do Genfest! Os e as gen da região da Emília Romana Até breve. Let’s bridge!!! Os nossos contatos: [email protected] e para as fotos [email protected] 10 Sportmeet: Quando o jogo se torna um ideal 12 Sportmeet: perguntemos a: 14 Eu sou de Deus 4 COM CHIARA Genfest: O Triunfo do Amor Caríssimos atores do Genfest, Está chegando a hora! Coragem! Não é um momento de vocês, não pode ser: estariam enganando todos aqueles jovens. Deve ser o momento de Deus como eu já disse antes. E então, o que fazer? Tenham Jesus no meio durante todas as quatro horas, sem ceder jamais. O desanimar de um, pode ser a causa de uma graça a menos para uma ou mais pessoas que nos escutam. Com o céu azul Nossa Senhora sorri e envolve os seus filhos da 2ª geração. Portanto não tenham medo! Quando Ele está presente o demônio foge e o amor triunfa. E o Genfest será o triunfo do Amor! Estou com vocês espiritualmente. E vocês não imaginam o quanto eu rezo. Amanhã espero estar com vocês fisicamente. Avante ao ataque: 20.000 jovens = 20.000 conversões e novas conversões. (ou assim, ou nada!) Rocca di Papa, 1° de março de 1975. Em GEN, abril 1975 p. 3 5 6 ESPECÍFICO GEN Objetivos 2012 Uma experiência de unidade gen a 360° «… se viverem a vida gen vocês estarão construindo o Genfest» (Emmaus, cfr. box em GEN 5-6, p 11). Dedicamos estas duas páginas ao objetivo unidade gen (procurar os objetivos 2012 em GEN 1-2, p. 2-3), apresentando a experiência que Benedetta, da região de Roma, colocou em comum conosco: «Uma vez feita a experiência de viver com Jesus em meio, você não pode mais viver sem Ele. Assim é para mim. Foi tão forte este ano, que agora, quando não existe, é como se me faltasse o ar nos pulmões. É estranho dizer isso quando na sua cidade não existem os gen... mas o amor aguça a criatividade. Fiquei responsável pelas gen que moram em lugares diferentes na minha cidade e cada vez que devemos nos encontrar fazemos um grande esforço: cada uma deve conseguir encontrar uma tarde livre; depois escolhemos um lugar intermediário que seja melhor para todas e nos encontramos. Eu passo com o carro para buscar quem não consegue pegar A direita: Benedetta; ao lado no alto: as gen da região de Abruzzo e Molise. o transporte coletivo e, muitas vezes, passamos mais tempo nos locomovendo do que propriamente no encontro. Mas o importante é estar ali, mesmo que seja somente para um passeio juntas; o importante é olhar uma para a outra e dizer: «Conte comigo, estou pronta a dar a vida por você!». A experiência de unidade vivida quotidianamente com a unidade dos brancos da sub-região foi e continua sendo fundamental para mim. Torpedos, toques no celular, telefonemas, um café ou um jantar no focolare, um feriado juntas ... são todos momentos que encontramos para manter sempre viva e acesa a chama de Jesus entre nós, para que seja somente Ele a viver, a falar, a escolher e escutar. Coloco tudo em unidade. Às vezes acontece de telefonar somente por alguns segundos para dizer: «Reza comigo por esta realidade», ou então, «Queimo isto com Jesus no meio entre nós», e ainda, «...Vou optar por isso, vou fazer esta determinada coisa... O que você acha?”. Todas as vezes é como recolocar o foco no que realmente conta, em nos- so Ideal, que redescubro sempre mais maravilhoso: o ut omnes verdadeiro e autêntico. Cada uma de nós leva esta «carga», na unidade gen e na cidade onde vive e trabalha como gen a 360 graus; as gen de cada unidade são as gen de todas e nós podemos ser mães umas das outras. Esta «abertura» refletiu-se também em um relacionamento muito especial com os gen e isso possibilitou o nascimento de inúmeras iniciativas com os Jovens por um Mundo Unido, que dão vida nova às cidades e novo impulso à identidade própria dos gen e das gen: amar. Aquele amor que você não pode guardar só para si, mas que chega até os confins da terra! Num dos últimos dias da faculdade, por exemplo, eu devia apresentar um artigo científico diante dos meus colegas e da professora sobre a desumanização. Decidi tornar a apresentação interessante montando um vídeo e inserindo no final o spot dos Jovens por um Mundo Unido. Queria apresentar o outro «lado da medalha»: a nossa humanidade, Aconselho vocês se encontrarem todas as vezes que for possível: contar as próprias experiências e estar sempre dispostas a morrer uma pela outra, de modo a construir focolares temporários, estações de Deus. Então façam assim, porque deste modo vocês mantêm sempre vivo o Ideal e são totalitárias. Chiara al Congresso gen, 19.1.88. GEN 6-7, ‘88. 7 em contraposição à desumanização. Foi um super sucesso!! No mês passado eu senti que Deus «me pedia» para viver uma experiência incomum: candidatar-me como vereadora da minha cidade. Sou uma pessoa muito reservada, gosto de certa rotina de vida, mas justamente por esta forte experiência de Jesus em meio, principalmente depois do Congresso da Grande Região da Itália, senti que tinha chegado o momento de me lançar. Tendo a oportunidade de conhecer muitas pessoas, juntamente com as mais variadas situações da minha cidade, experimentava sempre mais o vazio de Deus na política, o grito de Jesus Abandonado forte e claro: mesmo se eu tinha oportunidade de dar a minha opinião, venciam sempre os interesses dos mais fortes e menos honestos, como uma forma de manifestar o próprio poder e não como um serviço. Não obstante todas as ocupações que não me davam tréguas, a unidade foi a âncora de salvação para não afundar no vazio; em primeiro lugar estava a vontade de Deus para mim, que algumas vezes significou deixar tudo para me encontrar com as gen. Não faltaram as oportunidades para colocar em comum o que eu estava vivendo com todos os gen e as gen da Grande Região da Itália, que estiveram sempre ao meu lado com um entusiasmo incomparável e aos quais digo um grande OBRIGADA! A experiência mais forte eu vivi antes do segundo turno. O candidato a prefeito a quem eu apoiava me chamou e perguntou se eu queria ir com ele gravar um programa de televisão junto com os secretários de todos os partidos que o apoiavam... Mesmo se eu não era secretária de nenhum partido, ele gostaria que eu aceitasse o convite; disse-me ainda que estariam presentes representantes da oposição. Para fazer um ato de amor a Jesus nele eu aceitei. Enquanto estava indo, escrevi uma mensagem para as gen para pedir o Espírito Santo. Chegando lá, o clima era «gelado»... Durante o programa Art. 56: Os gen firmam entre si um pacto de unidade, prontos a dar a vida uns pelos outros, para ter sempre Jesus em meio e serem iluminados e guiados por Ele. Regulamento gen 2, art. 56. os candidatos dirigiam aos seus respectivos opositores perguntas cheias de agressividade. Chega a minha vez. Olho nos olhos da candidata da oposição e penso: é Jesus... e repito dentro de mim: «Olá Jesus!». Começo a fazer uma pergunta de modo pacato, pronunciando bem as palavras, olhando-a nos olhos sem colocála em dificuldade. Ela me olha e ao vivo me diz: «Obrigada Benedetta por aquilo que você está dizendo! Você é jovem e transmite muita positividade!». Quando terminou o programa, ela me abraçou na frente de todos. Agora sinto que a minha unidade gen se alarga sempre mais e, em vista do Genfest, superou também os confins da Itália. Todos os dias, depois de receber Jesus Eucaristia, renovo o Pacto com todos: próximos e distantes, com quem consigo encontrar e com quem já não vejo há tanto tempo. Sinto muito forte que somos sempre «um» naquele sim a Deus, no momento presente». Benedita Ferrone(Itália) e redação Art. 57: (...) Comunicam as próprias experiências para o encorajamento recíproco, para que a vida quotidiana seja uma contínua verificação e testemunho da própria escolha de Deus. Regulamento gen 2, art. 57. 8 MUNDO GEN De olho no Centro IDEIA! No número passado entrevistamos os gen de Florença, Nova Iorque, Budapeste, Trento e Rio, para ver como estão se preparando para o Genfest! Agora voamos para Grottaferrata entre os gen dos Centros Gen. São 18: uma verdadeira task force proveniente de 9 Países. Deixaram tudo (família, estudo, oportunidades de trabalho...) pelo Movimento Gen. Para saber como acontecem os trabalhos no Centro, perguntamos a alguns deles: no que consiste o seu trabalho para o Genfest? E qual é a experiência que você está fazendo? Além disso, com as fotos, mostramos alguns flashes de como eles também estão trabalhando para pagar as próprias passagens para Budapeste. MACARENA: O meu trabalho para o Genfest é um trabalho de equipe: trabalho com a Comissão Anil. A nossa função é ter um olhar global sobre todos os conteúdos do Genfest, por isso trabalhamos, por exemplo, na programação minuto por minuto, no Concerto Mundial e no United World Project. Para mim este trabalho é, acima de tudo, a concretização do mundo unido. Acredito que não foi por acaso que Deus pensou que eu estivesse aqui neste ano tão particular no qual aprofundamos a vida da Palavra. No último dia do mês de maio me propus a viver durante todo o dia a Palavra de vida. Durante o nosso encontro de trabalho eu lancei esta proposta a todos e assim fizemos: lançamos todas as nossas ideias, pensamentos, contribuições e as «queimamos» no fogo de Jesus no meio, com a certeza que o trabalho era fruto da palavra vivida. NATALIA: Faço parte do Comitê Central do Genfest junto com outros gen. Para mim este trabalho significa procurar fazer toda a minha parte para escutar profundamente cada um e doar tudo, todas as minhas ideias e os meus pensamentos, para que tudo o que nasce não seja o que eu quero ou o que o outro quer, mas seja o próprio Jesus a trabalhar em todos os detalhes do Genfest. LUCA: Trabalho na Comissão Azul do Genfest. Depois de procurar pessoas que pudessem realizar com competência o que nós jovens queríamos ver em Budapeste, nasceram grupos de diferentes competências para idealizar o palco, para a preparação cenográfica do Ginásio, para criar a camiseta oficial do Genfest... Ajudamos a concretizar e organizar o trabalho incansável de muitos de nós aqui no Centro Gen e no mundo inteiro. É uma grande responsabilidade, tendo em vista a montanha de propostas que chegam de todos!!! Pensar de um modo «universal» é realmente um empreendimento heroico. Saber perdoar-se quando é necessário e conseguir manter a agulha da nossa bússola mirando sempre para o Alto é algo extraordinário; mas principalmente poder experimentar a unidade e o amor a Jesus Abandonado (o nosso compromisso) no dia a dia, dispostos a fazer muito e, ao mesmo tempo, a perder tudo, «tomar a Sua cruz» e continuar a segui-lo; e, principalmente, fazer este caminho sempre juntos é uma verdadeira obra de santidade coletiva! Estamos para vivenciar algo irrepetível, que deixará mais uma vez «novos sinais». 9 MARU: A minha contribuição para o Genfest é no Violeta. Estudei publicidade e um pouco de desenho gráfico e aqui tenho a oportunidade de ajudar com o que sei para o www.genfest.org e para as redes sociais: seja inserindo as news e o material organizativo, seja toda a gráfica das redes sociais. Para mim este trabalho é muito importante: descobri que não só o mundo unido será possível em Budapeste, mas que já começa a ser sentido e vivido com a equipe de trabalho durante a preparação. Somos provenientes de diferentes partes do mundo e trabalhar juntos é uma oportunidade maravilhosa para vivermos juntos a Palavra, fazendo o possível através da comunicação: a unidade. MARCO (GENS): Trabalho no Amarelo. Trabalhamos para fornecer às e os gen do mundo inteiro o suporte para poder rezar e preparar-se espiritualmente para chegar bem firmes ao Genfest. Temos no coração a Missa de domingo, 2 de setembro, nos seus vários aspectos, os ritos das diversas Igrejas cristãs e um encontro para os que pertencem às diferentes religiões. Encontrei-me a trabalhar pelo Genfest depois de ter decidido oferecer «um ano por Jesus» no Centro gens onde, com sacerdotes e seminaristas, sem diferenças, no empenhamos na vida da Palavra. Nestes meses eu tive que concluir os estudos de filosofia e assim me exercitei em escutar aquela «Voz», deixando de lado o estudo no tempo oportuno para poder trabalhar pelo Genfest, experimentando que não é somente um empenho pessoal, mas é algo compartilhado com os outros do Centro e com os gens do mundo inteiro. ELIS: Trabalho na preparação da Escola pós Genfest para as gen e gen em formação dos Continentes (menos Europa) que virão para Roma depois desta festa mundial! Trabalho junto com outras 6 gen: é uma bela experiência de amor recíproco, concreta e de construção real de Jesus no meio, que me deu a possibilidade de doar tudo de mim – mesmo se os meus talentos são pequenos – por Deus, por Chiara e também para construir o mundo unido. ARK: Trabalho na programação do Genfest (comissão Anil). Pra mim isto significa sair de mim mesmo para poder dar a minha vida por este trabalho. Sou enfermeiro, não tenho experiência de um profissional que organiza grandes eventos, mas tenho a experiência de formação e de unidade que posso transmitir no meu trabalho para o Genfest. Assim, viver a Palavra no trabalho me ajuda muito a ver cada momento (seja positivo ou negativo) como uma oportunidade para amar e construir a unidade com quem devo trabalhar. MARINA: Como estudei economia, vimos que eu podia ajudar no aspecto do Vermelho do Genfest. Ajudo no controle de tudo que recebemos de todas as partes do mundo. Um trabalho lindo, mas muito intenso, porque deve ser feito com extrema atenção e também porque, como todos sabemos, não temos ainda todo o dinheiro necessário; de modo que dentro de mim há sempre esta preocupação. A experiência que procuro fazer é lembrar-me de viver a Palavra de Vida do Vermelho: «Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo» (Mt 6,33). Assim, mesmo se falta o dinheiro, procuro amar em cada momento e sinto a segurança que Deus nos mandará todo o necessário; mas que, ao mesmo tempo, Ele conta com todo o meu amor e a minha doação em viver buscando o Seu Reino. IRENE LOMBARDO 10 INUNDAÇÕES Sportmeet: quando se torna Ideal... Em pleno verão de grandes eventos esportivos (Torneio Europeu de Futebol e as Olimpíadas às portas) e tendo como pano de fundo: escândalos, mortes suspeitas, o império do espetáculo televisivo; qual é o destino do esporte? É o momento de dar a nossa opinião! Giovanni Morasso Stefano Crepaz, treinador de futebol 11 Giovanni, gen de Sena, em 2002 escreveu a Chiara: «Quando eu era criança eu gostava de um famoso desenho animado “Holly e Bengi”: além da habilidade dos personagens em jogar futebol, tocava-me o espírito positivo com o qual o esporte era vivido. Eu estava certo que o encontraria jogando futebol, mas logo me dei conta que a realidade era muito diferente (...). Ao meu redor via jovens impulsionados somente pela vontade de vencer e brigas contínuas entre os colegas». Giovanni não se abateu e se distinguiu sempre pelo espírito esportivo chegando até mesmo aos jornais. Entretanto, depois de alguns anos (mesmo tendo chegado – com apenas 17 anos – a jogar num time muito importante), entendeu que o esporte do «vencer a todo custo» não era para ele. Deixou a sua equipe e fundou outra junto com seus amigos e com o seu irmão, que também é um gen. «À medida que o tempo passa vejo que a equipe entendeu o espírito que nos liga, e reage em conformidade com este espírito: não existem mais blasfêmias, palavrões, insultos... conseguimos ser corretos no campo» No final: «Conseguimos também ótimos resultados. Depois de muitos anos finalmente consegui realizar o sonho que trazia dentro de mim desde a infância e que já considerava impossível». Poucos meses depois, impressionada com esta experiência e iluminada sobre quanto o esporte é capaz de criar relacionamentos e de veicular uma mensagem de unidade, Chiara Lubich lança Sportmeet, a inundação do Ideal no mundo do esporte. A recuperação da dimensão lúdica do esporte no lugar da cultura da vitória; a regra de ouro expressa em um dado, através dos conteúdos esportivos; a criação de uma rede com os vários setores que trabalham na difusão de um esporte ‘positivo’ e – no verdadeiro sentido da palavra – a fraternidade em movimento com e através deste; são alguns dos objetivos de Sportmeet. «O esporte é uma grande oportunidade, uma janela aberta a mil encontros». «O ‘algo a mais’ a ser focalizado é fazer com que se trate de um encontro, não entre corpos, mas entre pessoas». É o que evidenciam os membros de Sportmeet, que dirigindose a nós acrescentam: «Muitas vezes os gen nos veem como um ‘patrocinador’ para as suas atividades; entretanto, trata-se de uma revolução cultural que, muito além da promoção do fair play, foi vista por Chiara expressa em um dos aspectos, o verde. Se o considerarmos assim, e o assumirmos, o esporte faz parte da vida Ideal de cada um de nós!». Até mesmo uma tese ou uma profissão, podem dar uma contribuição importante para difundir esta cultura. Esta é a experiência que Stefano, gen da região dos Castelos Romanos e treinador de futebol está fazendo: «O meu primeiro objetivo é sempre o de criar e “defender” o clima positivo e de ajuda recíproca no time, não somente para alcançar resultados comuns, mas para o próprio crescimento dos adolescentes! Muitos são os obstáculos culturais e sociais, mas até hoje, o trabalho positivo cotidiano sempre superou tudo...». Nas páginas seguintes propomos um aprofundamento sobre como nós gen podemos também dar a nossa contribuição ao atual mundo do esporte e lembramos o site www.sportmeet.org que justamente nestes meses foi renovado e agora espera ser enriquecido pelas nossas experiências e contribuições! TOMASO COMAZZI 12 Perguntemos a... Givanni Bettini, ciclista Sportmeet/2 Por ocasião do encontro dos responsáveis do 5° diálogo conhecemos e entrevistamos PAOLO CIPOLLI, presidente da inundação Sportmeet, e GIOVANNI BETTINI, gen di Pádua (Região deTrento) que está trabalhando muito por esta realidade. Com eles, nasceu um diálogo que lhes apresentamos agora. O que é hoje Sportmeet e para PAOLO: Não basta chegar priquem é dirigido? meiro em uma disciplina: pois o confronto com a derrota pode ser GIOVANNI: É uma rede mundial muito duro; além do mais o indiviaberta aos mais diversos campos dualismo nos faz correr o risco de (atletas, dirigentes, etc) cujo obje- perder os relacionamentos humativo é criar uma cultura do esporte nos, que são parte integrante do voltada para o relacionamento. esporte. Se ao contrário damos a palavra aos valores que contam PAOLO: Através desta dinâmica no esporte, além de colocarmos são potencialmante criados mo- em evidência gestos positivos, delos de cidadania, são introduzi- mas principalmente contribuimos dos estilos de vida saudáveis, não para que quem os vive não fique somente em nível motor. nunca isolado. Jogar e praticar esporte são uma ajuda concreta para o desenvolvi- GIOVANNI: Neste aspecto, Sportmento da pessoa, qualquer que meet pode ser o alto-falante para seja a sua condição social. um esporte positivo, inclusive profissional, que trabalha cotidianaPara vocês quem é o modelo mente por valores éticos. Esta é a vencedor? vitória verdadeira. É possível ser Palavra viva no mundo do esporte? PAOLO: Chiara nos indicou o caminho a seguir. Ela também jogava e seguia o esporte com muito interesse. Através dos seus conselhos hoje podemos dizer que a atividade esportiva, se vivida com e por Deus, tem a mesma relevância que outros afazeres cotidianos como o estudo, o trabalho e a oração. GIOVANNI: tenho certeza que sim. Olhem o exemplo da Bíblia, onde muitas vezes encontram-se paralelismos entre o esporte e a vida: estes mostram que podemos e devemos sempre tender a algo grande, e que é necessário, antes de tudo, a confiança em nós 13 «Vocês não sabem que no estádio todos os atletas correm, mas só um ganha o prêmio? Portanto, corram, para conseguir o pêmio. Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; e nós, para ganharmos uma coroa imperecível». (I carta de São paulo ao Corítios, 9, 2425) mesmos para poder alcançar os nossos objetivos! Entre os Gen e Jovens por um Mundo Unido não faltam iniciativas que evidenciam o valor do esporte em viver com atos concretos o Ut omnes. Entre as estas queremos aprofundar uma, VOLLEY DAY, que há 10 anos acontece na Suíça. Entramos em contato com GABRIELE, que há muito tempo segue a preparação desta atividade. Você pode nos falar sobre o torneio que vocês realizam? O Volley Day nasceu em 2001 para possibilitar a um número maior de pessoas de diferentes ambientes e diversos níveis de preparação atlética, a ocasião de encontrarem-se, compartilharem uma experiência esportiva, criar relacionamentos e contribuir para projetos de educação e ajuda econômica para crianças e adolescentes de países em via de desenvolvimento. É um evento que envolve diferentes gerações da nossa região. Como se estrutura? Cada time procura um patrocinador, que trabalha para contribuir economicamente segundo a pontuação do time. Parte-se de um único bloco para depois criar duas categorias determinadas pelos pontos obtidos; este ano tinha um grupo a mais de adolescentes com menos de 17 anos. No final, além de premiar os vencedores do torneio, é dada uma taça para o time que totalizou o maior número de pontos (cujo patrocinador contribuiu mais). Quais são os princípios do Volley Day? Desde os primeiros anos do torneio introduziu-se o dado de Sportmeet: era lançado no início do dia e nos empenhávamos em viver a frase que saísse. Recentemente esta prática não se repetiu mais, mas permaneceu o sentido profundo; isso é demonstrado não somente no comportamento entre os jogadores. Vai-se além do resultado: assim como se aprende a vencer, aprende-se também a perder e a respeitar o adversário como um companheiro de time. Como vocês explicam o sucesso desta atividade? É um modelo que atrai: cada edição teve a participação de pelo menos 100 jovens (este ano eram mais de 170) de Zurique, Berna e outras regiões da Suíça. Para alguns deles é um encontro imperdível! Muitos apreciam a organização e nos dizem: «A atmosfera é bela», ou «Eis o que significa ir além do esporte!». Graças aos conselhos deles conseguimos também melhorar: oferecem-nos pontualmente indicações sobre a escolha de quais projetos devemos financiar ou sobre a preparação técnica... uma belíssima oportunidade para crescermos juntos! LUCA CARLETTI De cima para baixo: Paolo em uma maratona em Florença; dado do Sports 4 Peace; Volley Day na Suíça. 14 Mariápolis Celeste Eu sou de Deus O LUMINOSO CAMINHO DE ALFREDO Alfredo nasceu no dia 24 de julho de 1989. Quando tinha 11 anos, através da sua avó, conheceu o Movimento dos Focolares. Alfredo aderiu a esta espiritualidade como gen 3. Participou do nascimento da Banda gen 3, na qual tocava guitarra. Ali ele encontrou a «possibilidade de dar Deus às pessoas e de melhorar a cada dia», como escreveu. Nesta banda iniciou um relacionamento profundo com outros adolescentes que depois perdurou para sempre. Era um adolescente tímido, tranquilo e simples. O seu modo de ser mariano, discreto, mas imediato e concreto no amor, marcou a todos que o conheceram. Cresceu como um jovem normal, com as dificuldades e as alegrias típicas da idade. Mas viveu tudo intensamente, procurando permanecer sempre unido a Deus e fazendo a Sua Vontade. A sua sede de infinito o levou a querer mais. Por isso, em 2008, decidiu fazer uma experiência que revolucionou a sua vida. Foi morar na Mariápolis Lia, na Argentina, para aprofundar o carisma da unidade. Como ali existe uma única lei - a lei do Amor - fez muitas descobertas: adquiriu forças no amor ao próximo, alargou ainda mais o seu coração, experimentando profundamente o Amor de Deus e a Unidade. Foi um ano especial no qual Alfredo construiu grandes amizades e consolidou-se no seu coração a escolha de Deus. Em uma carta para um gen que estava deixando a Mariápolis permanente, Alfredo escreveu: «sabemos que Deus preparou tudo para cada um, e se agora pede para você voltar para sua casa, é porque já está lhe preparando para levar ao mundo tudo o que você aprendeu aqui» (13/02/09). Em outra carta diz que aprendeu «como ser um gen pronto a tudo o que Deus pede», e fala de unidade e de «prontidão em dar a vida». Esta era a sua medida no relacionamento com o outro – pronto a dar a vida – nas atividades com os outros jovens, nos relacionamentos, na família, na faculdade (estudava agronomia). Hoje vemos que Deus o preparava espiritualmente para o último período da sua vida; um período que enfrentou com serenidade e alegria, mesmo na dor. Foi tudo muito inesperado. Alfredo adoeceu e foi para o hospital, onde os médicos diagnosticaram uma pulmonite. O seu quadro de saúde tornou-se muito complicado e depois de diversos exames, chegou a notícia para todos: Alfredo tem um linfoma, um câncer que prejudica gravemente as defesas imunológicas. Depois deste diagnóstico, para confortar a sua namorada, que também é uma gen, Alfredo sugere abrirem juntos o Evangelho para entender o que Deus queria di- 15 zer para eles. E abre-se num trecho de Lucas: «E eu lhes declaro: assim, haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão» (Lc 15,7). E juntos, com Jesus no meio, entendem que esta doença serviria para a conversão de muitas pessoas. «Mas a primeira conversão é a minha, a nossa», diz Alfredo. Alfredo, de fato, mantém o sorriso e continua a amar todos que entram em contato com ele. Seguro que Deus o ama imensamente, entende que esta doença tem um grande objetivo e procura, desde o primeiro momento, encorajar e consolar a sua família e seus amigos. Improvisamente inicia a quimioterapia, que o debilita fisicamente e lhe causa muitas dores e sofrimentos. Mesmo assim Alfredo sorri; não se lamenta de nada e continua a animar todos os que estão ao seu redor. Cada dia a sua situação se agrava ainda mais, mas – conta uma enfermeira – Alfredo lhe diz sorrindo: «hoje melhorei 10%» e no dia seguinte: «Hoje melhorei 20%»; e no dia da sua partida, já muito grave: «Estou melhor 30%, logo vou para casa», sempre encorajando a todos. Com o físico debilitado pela quimioterapia e com as defesas imunológicas comprometidas pela doença, Alfredo adquire uma infecção que progride de maneira agressiva até levá-lo a morte. Da sua internação até a sua partida para o Céu passaram-se 38 dias. Muito rápido para que todos nós pudéssemos entender o que estava acontecendo. Durante este tempo, desde o início, formou-se uma rede de oração e solidariedade ao redor de Alfredo. Jovens de várias cidades e também de outros países uniram-se para rezar por ele. Juntos rezaram o terço via Skype, fizeram doações de sangue, ofereceram atos quotidianos de conversão e amor, muitos rasparam a cabeça em solidariedade ao amigo que tinha perdido os cabelos por causa da quimioterapia. Chegaram do mundo inteiro manifestações de afeto. Ele mesmo dizia: «Durante todo este tempo que estive aqui no hospital a coisa mais bela foi sentir a unidade de todos e as orações... estou muito contente por isto e tenho certeza que o que estou vivendo é por algo muito maior». O seu funeral foi um momento de Paraíso. Profundo e indescritível. Vários jovens viajaram centenas de quilômetros para estar presentes, agradecer pela vida do amigo e consolar a família que sofria. Os familiares ficaram impressionados, dizem que são plenos de gratidão para com estes jovens, por terem preparado para Alfredo um funeral digno de como ele tinha vivido. Os seus amigos passaram toda a noite cantando e rezando ao lado do corpo de Alfredo, sem deixá-lo sozinho nem mesmo por um minuto. O seu perfil no social network tem centenas de mensagens que nos mostram como foi um jovem autêntico, radical no amor a Deus e ao próximo, exemplo para muitos: deixou um rastro de luz. Ao lado: foto de Alfredo; com o seu time de futebol; na Mariápolis Lia. Nesta página, de cima para baixo: Alfredo no hospital; mensagens de encorajamento da parte dos gen, de Emmaus e de Giancarlo; gen da região rasparam a cabeça em sinal de solidariedade a Alfredo que provavelmente perderia o cabelo devido a quimioterapia. OS GEN DO BRASIL 16 ESPAÇO ABERTO Genfest. Coming from... Inscrição até hoje*: 11.606 Grandes Regiões Número de inscritos Itália 3.241 Ungheria 2.000 Europa Ocidental 720 Europa Central 795 Europa Oriental 1.948 Oriente médio 315 Ásia 603 África 44 América do Norte e Oceania 220 América de língua espanhola 527 Brasil 593 Atores, técnicos e staff 600 *Dados atualizados em 3/07/2012 Fill the form and tell us where you are coming from to the Genfest 2012: http://www.genfest.org/map Se conecte, condivida e participe!