ITINERÁRIO DE ORAÇÃO VOCACIONAL agosto 2013‐novembro de 2014 VIA HUMANITATIS O CAMINHO VOCACIONAL DA HUMANIDADE QUINTO ESQUEMA dezembro de 2013 CHAMADOS A “COMEÇAR DE BELÉM” Orientador: Desde a conceção até a morte, a nossa vida passa‐se e envolve‐se em relações concretas que exprimem atenção, ternura, afeto… e por vezes também sofrimento! A experiência de Jesus desde Belém a Nazaré é uma passagem do tempo cronológico que se encontra com o tempo de Deus, num equilíbrio, para nós, que sempre deve ser procurado. Nesta oração imergimo‐nos no tempo presente guardando o coração e a mente para o tempo de Deus que nos encontra aqui e agora… e nos transforma. Peçamos o dom de saber reconhecer o tempo de Deus dando espaço na nossa oração, no nosso coração e em nossas comunidades aos jovens que ele chama à vida Paulista. Cântico inicial Da Via Humanitatis Jesus Cristo nasceu em Belém. É acolhido por Maria e por José, pelos pastores e pelos Magos; inicia a sua escola de virtude, de verdade, de bondade. Abaixou‐Se até ao homem para erguer o homem até Deus. Foi colocado para ruína e ressurreição dos homens. Convite à oração Salmo 96 (95) Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome, anunciai dia a dia a sua salvação. Publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos as suas maravilhas. O Senhor é grande e digno de louvor, mais temível que todos os deuses. Os deuses dos gentios não passam de ídolos, foi o Senhor quem fez os céus. Diante d'Ele, a honra e a majestade, no seu templo, o poder e o esplendor. Dai ao Senhor, ó família dos povos, dai ao Senhor glória e poder, dai ao Senhor a glória do seu nome, levai‐lhe oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai o Senhor com ornamentos sagrados. Trema diante d'Ele a terra inteira. Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei». Sustenta o mundo e ele não vacila, governa os povos com equidade. Alegrem‐se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém, exultem os campos e quanto neles existe, alegrem‐se as árvores dos bosques, Diante do senhor que vem, que vem para julgar a terra: julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade. Escutemos a Palavra de Deus Do Evangelho segundo São Lucas 2,1‐40 Naqueles dias, o imperador Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento em todo o império. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registar‐se, cada um na sua cidade natal. José era da família e descendência de David. Subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até à cidade de David, chamada Belém, na Judeia, para se registar com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram‐se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogénito. Ela enfaixou‐O e colocou‐O numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor envolveu‐os em luz e eles ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores: «Não tenhais medo! Eu anuncio‐vos a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu‐vos um Salvador, que é o Messias, o Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém‐nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura». De repente, juntou‐se ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus, dizendo: «Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados». Quando os anjos se afastaram, voltando para o céu, os pastores combinaram entre si: «Vamos a Belém ver este acontecimento que o Senhor nos revelou». Foram, então, à pressa, e encontraram Maria e José e o recém‐nascido deitado na manjedoura. Tendo‐O visto, contaram o que o anjo lhes anunciara sobre o Menino. E todos os que ouviam os pastores ficavam maravilhados com aquilo que contavam. Maria, porém, conservava todos estes factos e meditava sobre eles no seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que haviam visto e ouvido, conforme o anjo lhes tinha anunciado. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do Menino, deram‐Lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. Terminados os dias da purificação deles, conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito de sexo masculino será consagrado ao Senhor». Ofereceram em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, conforme ordena a Lei do Senhor. Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Era justo e piedoso. Esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava com ele. O Espírito Santo tinha revelado a Simeão que não morreria sem primeiro ver o Messias prometido pelo Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições da Lei a seu respeito, Simeão tomou o Menino nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel». O pai e a mãe estavam maravilhados com o que se dizia do Menino. Simeão abençoou‐os e disse a Maria, mãe do Menino: «Eis que este Menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a Ti, uma espada há de atravessar‐Te a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações». Havia também uma profetisa chamada Ana, de idade muito avançada. Era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Tinha‐se casado muito jovem e vivera sete anos com o marido. Depois ficou viúva e viveu assim até aos oitenta e quatro anos. Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Ela chegou nesse instante, louvava a Deus e falava do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Quando acabaram de cumprir todas as coisas, conforme a Lei do Senhor, voltaram para Nazaré, sua cidade, que ficava na Galileia. O Menino crescia e fortalecia‐Se, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele. Escutemos a Palavra do Fundador Pelo Natal todos esperam presentes do Menino e o Menino está também à espera dos nossos presentes. O que é que Lhe podemos oferecer? O mesmo que ofereceram Maria, José, os pastores: o seu coração, sim, um coração santo; a sua mente, com uma fé profunda, adorando Jesus Menino como Deus. Nasceu numa extrema pobreza e aí, no silêncio, nem sequer acolhido em Belém, cidade que era a sua cidade: os homens viviam ocupados com muitas outras coisas! Mas Ele nasceu naquela condição… e ocorria uma grande fé para acreditar que Ele fosse Deus feito homem, o Messias esperado havia séculos, e ninguém se apresentou para O acolher, ninguém de verdade! Mas apareceram os anjos, chegaram também os pastores, chamados como os “prediletos”, chamados em primeiro lugar ao presépio (cf. Lc 2,4‐16). E nestes dias, no clima natalício, nós devemos tomar os mesmos sentimentos que tinha Maria naquela gruta, os seus pensamentos, a sua fé, os seus desejos santos: devemos fazê‐los nossos e rezar ao Menino com Maria, com José. Maria foi aí a primeira adoradora: ela pegou no Menino, envolveu‐O nuns pobres paninhos, colocou‐O sobre um pouco de feno na gruta. Maria fazia, então, como que a primeira exposição e foi a primeira adoradora – modelo das adoradoras – que nós devemos sempre chamar em nossa ajuda, e tentar tomar os seus pensamentos, os seus sentimentos, a sua piedade quando fazemos as nossas adorações na igreja, a Visita ao Santíssimo Sacramento. Oferecer a Maria, e por seu intermédio a Jesus, nós mesmos, o nosso ser: entregar o dom de nós mesmos a Jesus. Eis uma bela oportunidade, para quem tem os votos, de os renovar: dar‐se… E entregar‐se inteiramente: doar‐se! Oh! Então o Natal será bem celebrado e Jesus corresponderá, em primeiro lugar, dando‐Se a nós na sagrada Comunhão; e depois infundindo uma fé mais viva, um desejo mais aceso de O amar e as virtudes que nos são necessárias para a nossa vida, a fim de santificarmos os nossos dias e assim preparar‐nos para O contemplar não já no presépio, e nem sequer apenas na Eucaristia, mas contemplá‐l'O no Céu. […] Lembremos as intenções que Jesus tinha lá na gruta, quando estava sobre a palha, sobre aquele montinho de feno. As suas intenções eram duas e tinham dois fins pelos quais o Filho de Deus Se encarnou, Se fez homem, Se fez um Menino para um dia morrer na Cruz; elas eram a glória do Pai Celeste e, ao mesmo tempo, a paz dos homens: dois fins que compreendem outros fins, outras intenções. Viver sempre para a glória de Deus! Não nos movamos por amor próprio em nada mas sejamos movidos, em tudo o que fizermos, pelo amor de Deus, procurando a Sua glória; e assim, certamente que encontraremos a nossa felicidade eterna. A reta intenção nas coisas é aquilo que as faz preciosas aos olhos de Deus. Por seu lado, o Senhor tudo criou para a Sua glória, todas as obras que realizou: a Encarnação é a obra das obras, a Encarnação do Filho de Deus é a obra das obras, e portanto – fim principal – foi a glória de Deus. Reta intenção: não nos movamos pelo amor próprio nas coisas nem apenas e só para evitar admoestações, observações, nem para procurar satisfação ou a estima dos outros. Tudo seja pela glória divina e pelo amor de Deus. A seguir, a paz dos homens é o segundo fim. Estes dois fins foram cantados pelos anjos: «Glória a Deus e paz aos homens» (cf Lc 2,14). Conhecem‐se os fins da Encarnação que constituem o programa de vida do Filho de Deus encarnado, de Jesus. Paz aos homens significa o perdão dos pecados, a reconciliação do homem com Deus, o paraíso que é reaberto. Paz aos homens! Paz aos homens: primeiro aos que pertencem à Igreja de Deus: «Para que Vos digneis purificá‐la, guardá‐la, uni‐la e governá‐la». Para que não haja discórdias entre os cristãos católicos: que haja paz, concórdia, união. O Papa disse: procuremos a unidade e a paz. […] De seguida, fazer a paz entre as Nações: é como se estivéssemos sempre em suspenso ao vermos em cada instante delinear‐se como um espectro de guerra. Paz social entre as várias classes, social. Paz da nossa consciência com Deus: quando a consciência nos testemunha que agimos bem; caso contrário, a consciência anda perturbada quando não fazemos os bem. E paz na comunidade: paz, temos que o dizer, com os superiores e com os inferiores e com os iguais. Paz na comunidade, onde todos devem querer‐se fortemente bem. […] Haja bondade com abundância: todos interessados em procurar o bem dos outros e todos dispostos a ter misericórdia, perdoar, desculpar os erros; e todos dispostos a encorajar, a sempre ter conversas que levem ao entusiasmo, ao fervor; e sempre iluminar, instruir; e sempre lembrar que seja verdadeiramente bem vivida a vida religiosa. Que assim seja! (Às Apostolinas, 25 de dezembro de 1958, pp. 204‐208) Silêncio – Reflexão – Partilha Para a partilha: Senhor, ensina‐nos a virtude do(a)… Rezemos Sede bendito, adorado e acolhido por todos, ó Mestre divino, humilde e manso. Vós agradastes ao Pai, e todo aquele que se faz semelhante a Vós terá o beneplácito do Pai celeste. Vós sois o Filho encarnado: por Vós e em Vós transformamo‐nos em filhos adotivos de Deus. Vós sois a salvação de quem Vos acolhe, e condenação de quem Vos rejeita. Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens que Ele ama. Ó Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós. Ó Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós. Cântico final 
Download

VIA HUMANITATIS O CAMINHO VOCACIONAL DA HUMANIDADE