Entrevista
15 de fevereiro a 15 de março ❖ Ano 1 ❖ Nº 11 ❖ Página 12
Helinho Castroneves
“Eu amo correr, esta é minha vida e quero vencer!”
O Jornal Nossa Gente,
entrevistou Helio Castroneves,
o piloto brasileiro e “queridinho”
da América hoje em dia.
Helinho (quarto na foto ao lado),
como é conhecido entre os amigos, fez parte da equipe PenskeTaylor Racing que participou da
Rolex 24 na categoria
“Daytona Prototypes”,
ficando em terceiro lugar.
Alex: - Há dez anos atrás nos encontramos e perguntei quais os objetivos de sua
vinda para os EUA. Você me respondeu
–“Eu amo correr, esta é minha vida e
quero vencer”. Agora, depois de 2 vitórias
na 500 milhas de Indianópolis, uma
das mais famosas corridas do mundo, e
de vencer o “Dancing with the Stars” da
rede ABC, tornando-se uma celebridade
nos EUA, poderia rapidamente dar um
resumo de seus 10 anos nos EUA?
Helinho: Para ser sincero eu não me arrependo de nada. Realmente, a Fórmula 1
para nós brasileiros é o objetivo principal de qualquer piloto, pelo fato de ter
tido tantos excelentes pilotos campeões
como, Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi,
Nelson Piquet, etc . Eu acabei não sendo
bem recebido na Fórmula 1 e, com isto,
continuei correndo em outras categorias.
Hoje estou em uma excelente equipe,
umas das melhores no automobilismo.
Isso é um sonho realizado e uma maneira
de provar que posso vencer, chegando ao
ponto mais alto da carreira com a mesma
paixão que tinha desde os meus tempos
de menino. Estou muito contente de ter
escolhido esta profissão.
Alex: Você passou grande parte de sua
carrreira pilotando carros abertos (Fórmula Indy) e agora, uma experiência com
os carros fechados, “Daytona Prototypes”.
A equipe do nosso Bi-campeão nas 500 milhas de Indianópolis, Helio Castroneves
Qual foi a maior dificuldade de adaptação e diferenças dos dois tipos de carro?
Helinho: Este tipo de carro é bem diferente, tem o dobro do peso dos carros da
Formula Indy, e a potência é um pouco
menor. Tudo isto tem um comportamento
diferente na pista; a aerodinâmica não é
tão eficaz e o ponto de freada é diferente.
Como piloto, estamos continuamente
procurando tirar o máximo do carro, nos
adaptando e sentindo o carro a cada volta
na pista.
Alex: Hoje, no Brasil, a Stock Car está
muito bem, com bom público, e crescendo
cada vez mais. Você vê a possibilidade de
um dia levar uma corrida da “NASCAR”
ou “Daytona Prototypes” para o Brasil?
seria uma oportunidade para
os pilotos no Brasil. Eu, como
promotor, não estou pensando nisto. Agora preciso
me concentrar em minha
carreira de piloto. Mas,
sem dúvida, a Stock Car
está muito bem no Brasil; a
audiência é muito grande,
os pilotos são experientes e rápidos. Estou contente de ver
o Brasil tendo
um tipo de
categoria forte que todo mundo
quer assitir, trazendo patrocinadores, dando o suporte
necessário.
Alex: E para 2008 você vai
correr com o Ryan. Você tem
alguma experiência com
ele?
Helinho: Tony Ryan é um piloto muito jovem, rápido. Vai dar
muito trabalho não só para mim,
mas para os outros competidores também. O legal de
tudo isto é a comunicação.
Nós dois estamos nos
dando muito bem. Ele é
uma injeção de entusias-
Helinho: Seria fantástico! Os carros são
construídos de forma profissional e
mo na equipe.
Alex: E agora, mudando de
assunto, você fez um grande
sucesso quando foi entrevistado por David Lepersson, e
agora vencendo o “Dancing
with the Stars”. Nós ouvimos
falar muito mais do Helinho
pop-star do que do piloto.
Conte-nos um pouco desta
experiência.
Download

“eu amo correr, esta é minha vida e quero vencer!”